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Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 1 Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional 2018 - 2022 Rio de Janeiro Março de 2019 Aprovado pela Resolução 166/CONSUNI/2019, de 01/03/2019 Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 2 APRESENTAÇÃO A UNESA, próxima de completar 30 anos como Universidade e 48 anos como IES, apresenta seu PDI para o período 2018 a 2022. O presente Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) está em consonância com a legislação da educação superior e os atos normativos do MEC, INEP e do CNE, com destaque para o Art. 16 do Decreto Federal N° 5.773, de 9 de maio de 2006 e Art. 3° da Lei 10.861/2004. O trabalho de construção deste PDI estava em plena execução, quando foi publicada a Portaria MEC 1.382, de 31 de outubro de 2017, instituindo novo formato, em eixos, para o processo avaliativo das IES. De forma a buscar integração entre o planejar, executar e o avaliar, optou-se em refazer alguns pontos do PDI e estruturá-lo, também, em eixos, à semelhança do processo avaliativo objeto da Portaria em questão, estruturado em 5 eixos e atendendo às 10 dimensões do SINAES. O presente PDI, para o período 2018 a 2022, apresenta, em seu primeiro eixo, a Universidade Estácio de Sá, sua evolução, seu processo de auto avaliação institucional, as avaliações externas recebidas e o perfil profissional de seus egressos, consubstanciados em seus relatórios de auto avaliação, apresentados conforme a legislação vigente. No segundo eixo, caracterizado com o que fazer, apresenta seu desenvolvimento institucional, com sua missão, objetivos e metas a alcançar em seus cursos, campi e polos, abrangendo o ensino, pesquisa e extensão, em um contexto econômico e de responsabilidade social, abrangendo as duas modalidades e dando ênfase a política institucional para EaD, dentro da legislação vigente quanto à implantação de Estudo para implantação de polos EaDe cursos. O terceiro eixo indica como fazer, tendo por base o Projeto Pedagógico Institucional – PPI, o atendimento aos discentes, incluindo o acompanhamento de seus egressos e a internacionalização de suas atividades, com base em estratégia e uso da comunicação interna e externa da UNESA, alicerçadas em tecnologia de ponta. O quarto eixo trata de quem faz através das políticas de gestão da UNESA, dando ênfase a capacitação, qualificação e formação continuada de seus docentes e técnico administrativos através de gestão institucional ágil e eficaz, respaldada em sustentabilidade financeira ao mesmo tempo factível à comunidade interna e aos desafios de expansão a que a universidade está engajada. O quinto e último eixo trata de onde fazer, através de processos e atividades relacionadas a infraestrutura, com especial atenção aos aspectos físicos dos campi e polos, às bibliotecas, ao ambiente tecnológico de informação e comunicação, incluindo-se, ai o ambiente virtual de aprendizagem – AVA, indispensável ao processo de ensino aprendizagem nos dias atuais. Este PDI foi construído coletivamente, contando com a participação de todos os segmentos da comunidade acadêmica e administrativa da Universidade Estácio de Sá, tendo sido debatido e aprovado pelos Conselhos Superiores da UNESA. Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 3 Todos os elementos constitutivos previstos na legislação estão contemplados, com destaque para o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e os objetivos, metas e ações para o período de vigência do mesmo. Registre-se que os PDIs anteriores, os relatórios de auto avaliação e os relatórios das avaliações realizadas pelo INEP, inclusive os relatórios referentes aos Exames de Desempenho dos Estudantes (ENADE), nortearam o processo de construção deste documento, visando contemplar a trajetória institucional, que tem como marca a expansão com qualidade, a responsabilidade socioambiental e a inclusão social. A evolução da UNESA, explicitada nos relatórios das avaliações, evidenciou a necessidade de refletirmos e reformularmos a base filosófica da Universidade. Após a realização de várias reuniões e eventos, com o objetivo de tratamos deste tema, a comunidade acadêmica, composta por todos os segmentos, definiu elementos constitutivos coerentes com a atual realidade institucional, que foram aprovados pelos Órgãos Colegiados da UNESA. Este novo referencial filosófico está expresso no Projeto Pedagógico Institucional e, principalmente, na Missão da UNESA. Desta forma, a Mantenedora e a UNESA reafirmam o compromisso com a educação superior com qualidade, consubstanciadas neste PDI. Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 4 Missão Educar para transformar, através da formação de recursos humanos qualificados, contribuir para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural e social do país com comprometimento ético e responsabilidade social, proporcionando o acesso de diferentes segmentos da população ao ensino de qualidade articulado aos benefícios da pesquisa, da extensão e da formação continuada, privilegiando a descentralização geográfica e o valor acessível das mensalidades; buscando ao mesmo tempo a inclusão social na construção, pelo conhecimento, de uma sociedade mais justa, mais humana e mais igual. Visão Buscar excelência nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, pilares da Universidade, de forma acessível a seu público, com foco na sustentabilidade e inclusão social. Perfil A Universidade Estácio de Sá traz em seu histórico grande experiência na integração das atividades de ensino, pesquisa e extensão, em atendimento a sua missão, desenvolvendo projetos pedagógicos e institucionais voltados para os interesses e necessidades das comunidades local e nacional em que atua, alinhados com a proposta de formação para a cidadania ética e profissionalização de qualidade, atuando, na modalidade presencial, no Município do Rio de Janeiro e em outros municípios do Estado do Rio de Janeiro e, na modalidade a distância, em todos os Estados do Brasil, com foco na sustentabilidade e inclusão social. Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 5 DADOS DA INSTITUIÇÃO UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - UNESA Código da IES: 163 Caracterização da IES: Instituição Privada, Recredenciada pela Portaria MEC 1.095, de 31 de agosto de 2012 Endereço do Campus Sede: Avenida das Américas, 4200 – Bl. 11 Barra da Tijuca Rio de Janeiro, RJ CEP - 22640-102 Cursos, campi e polos da UNESA, em dezembro de 2017: Cursos atuais: 91 Cursos de Graduação presenciais, sendo: 47 Bacharelados; 13 Licenciaturas; 31 Cursos Superiores de Tecnologia 76 Cursos de Graduação à distância, sendo: 25 Bacharelados; 20 Licenciaturas; 31 Cursos Superiores de Tecnologia 122 Cursos de Pós Graduação Lato Sensu presenciais 45 Cursos de Pós Graduação Lato Sensu EaD 5 Mestrados 3 Doutorados Campi atuais: 31 Campi, sendo: 16 Campi no Município do Rio de janeiro; 15 Campi em outros Municípios do RJ Polos atuais: 354 polos de educação a distância Endereço eletrônico: www.estacio.br Telefone – 21 4003 6767 http://www.estacio.br/ Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 6 DADOS DA MANTENEDORA SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR ESTÁCIO DE SÁ Ltda - SESES Código da Mantenedora: 119 Categoria Administrativa: Pessoa Jurídica de Direito Privado - Com fins lucrativos – Sociedade Mercantil ou Comercial CNPJ: 34.075.739/0001-84Endereço: Rua do Bispo nº: 83 Rio Comprido Rio de Janeiro, RJ CEP: 20261-063 Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 7 LISTA DE FIGURAS E QUADROS Figura 1: Curva do IGC contínuo da UNESA 29 Figura 2 : Evolução do IGC contínuo da UNESA 29 Figura 3: Conceito de Curso (CC) de Cursos/Campi da UNESA em 2016 32 Figura 4: Perfil do Aluno da UNESA 37 Figura 5: Participação no valor adicionado bruto (%) – Atividades Econômicas 2015 48 Figura 6: Interação holística – a interseção entre os fatores social, econômico e ambiental 60 Figura 7: Dimensões da sustentabilidade: 3Cs 62 Figura 8: Educação para a Sustentabilidade – Conhecimento 63 Figura 9: Educação para a Sustentabilidade – Conduta 64 Figura 10: Educação para a Sustentabilidade – Comunicação 65 Figura 11: Quadro de ações globais, específicas e respectivos desdobramentos do plano de ação para sustentabilidade 70 Figura 12: Comunicação Interna e suas diferentes necessidades de informação 407 Figura 13: Relacionamento com o público externo 410 Figura 14: Previsão de alunos para 2018 a 2022 427 Figura 15: Fórum de Internacionalização da Estácio em 2017 429 Figura 16:– Quadro de titulação e regime de trabalho docente em 2017 437 Figura 17 : Projeção da Titulação Docente 440 Figura 18 : Projeção do Regime de Trabalho Docente 440 Figura 19: Quadro de técnico-administrativo: composição por escolaridade 451 Figura 20: Projeção do Quadro de Técnico-Administrativo 452 Figura 21: Projeção de Tutores 456 Figura 22: Quadro de plano de crescimento: receitas e despesas (2017–2022) 468 Figura 23: Quadro de ações preliminares, ações acadêmicas e ações administrativas 474 Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 8 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AAC – Atividades Acadêmicas Complementares ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas ADP – Sistema computarizado (software) de Administração de Pessoal, licenciado para a UNESA AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem CAPES – Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CC – Conceito de Curso CDD – Classificação Decimal de Dewey, usado em Biblioteca CI – Conceito Institucional COLAPS - Comissões Locais de Acompanhamento e Controle Social do Programa Universidade Para Todos – PROUNI - implementadas nas Instituições de Ensino Superior para atender a portaria do MEC nº 1.132, de 2 de dezembro de 2009 CONSUNI - Conselho Universitário CONSEPE - Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão CPA - Comissão Permanente de Avaliação CPC – Conceito Preliminar de Curso DCNs – Diretrizes Curriculares Nacionais CONAP – Comissão Nacional de Acompanhamento e Controle Social DOS/VOX – Programa computarizado (software) para cegos e pessoas com baixa visão EDUCARE – Universidade Corporativa da Estácio FENEIS - Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos FIES - Financiamento Estudantil FLEX – Curso na modalidade EaD com atividades presenciais obrigatórias nos polos, além das avaliações GDA - Gestão de Desempenho Acadêmico GDO - Gestão de Desempenho Operacional IBGE – Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IES – Instituição de Ensino Superior IGC – Índice Geral de Cursos INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira LDB – Lei de Diretrizes e Base da Educação LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais NEAD – Núcleo de Educação à Distância NDE - Núcleo Docente Estruturante PAIUB - Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras - MEC PAIUNES - Programa de Avaliação Institucional da Universidade Estácio de Sá Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 9 PERGAMUM – Sistema computarizado (software) de controle de Biblioteca, licenciado para a UNESA PIQ – Programa Incentivo à Qualificação Docente PNE – Portadores de Necessidades Especiais PPC – Projeto Pedagógico de Curso PROUNI - Programa Universidade para Todos SAP – Sistema Integrado de Gestão Empresarial SAVA – Sala de Aula Virtual de Aprendizagem SESES – Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá Ltda SGC - Sistema de Gestão do Conhecimento SGP – Sistema de Gestão de Padronização S I A - Sistema de Informações Acadêmicas SINAES- Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior TI – Tecnologia da Informação TCC – Trabalho de Conclusão de Curso TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação UNESA – Universidade Estácio de Sá VRAF – Vice-Reitoria Administrativa e Financeira VRG – Vice-Reitoria de Graduação VRPGPE – Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão VRCRI – Vice-Reitoria de Cultura e Relações Institucionais WEBAULA – Sistema Integrado de Gestão de Aula OnLine, licenciado pela UNESA Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 10 SUMÁRIO EIXO 1 PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 16 1.1 EVOLUÇÃO 18 1.2 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 24 1.2.1 A Universidade e o SINAES 24 1.2.2 Avaliação do Desempenho dos Estudantes no ENADE 28 1.2.3 Avaliação de Cursos 31 1.3 PERFIL DO ALUNO DA UNESA 35 1.4 PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO 39 EIXO 2 DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 40 2.1.MISSÃO, VALORES, OBJETIVOS E METAS INSTITUCIONAIS 41 2.1.1 Missão e Valores Institucionais 41 2.1.2 Princípios e objetivos estatutários 42 2.1.3 Metas institucionais 44 2.1.4 Inserção regional como característica fundamental 47 2.1.4.1 Implantaçãode novos campi 50 2.1.4.2 Implantação de Estudo para implantação de polos EaD 51 2.1.4.3 Planejamento didático-instrucional e política de ensino de graduação e de pós-graduação 51 2.1.4.4 Política e práticas de pesquisa ou iniciação científica, de inovação tecnológica e de desenvolvimento artístico e cultural 52 2.2 POLÍTICAS INSTITUCIONAIS VOLTADAS Á VALORIZAÇÃO DA DIVERSIDADE, DO MEIO AMBIENTE, DA MEMÓRIA CULTURAL, DA PRODUÇÃO ARTÍSTICA E DO PATRIMÔNIO CULTURAL, E AÇÕES AFIRMATIVAS DE DEFESA E PROMIOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS E DA IGUALDADE ÉTNICO-RACIAL 53 2.2.1 Programas Institucionais de Responsabilidade Social na UNESA 55 2.2.2 Políticas de Educação Ambiental e Sustentabilidade 58 2.2.2.1 Conceito de sustentabilidade e o ensino na UNESA 60 2.2.2.2 Políticas e diretrizes da sustentabilidade no ensino da UNESA 61 2.2.2.3 Políticas da Universidade para a Sustentabilidade 61 2.2.2.4 Diretrizes da UNESA para a Sustentabilidade 61 2.2.2.5 Dimensões da sustentabilidade no ensino da UNESA 62 2.2.2.6 Semana de Sustentabilidade e Responsabilidade Social 65 2.2.3 Desenvolvimento Sustentável 66 2.2.4 Educação Inclusiva 66 2.2.5 Políticas institucionais voltadas ao desenvolvimento econômico e à responsabilidade social 68 2.2.5.1 A Responsabilidade Social e as Ações Afirmativas de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos e igualdade Étnico-racial 68 2.2.5.2 Plano de ação para a Responsabilidade Social na UNESA 70 2.2.5,3 Programas, projetos e atividades de responsabilidade social no Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 11 ensino da UNESA 71 2.2.6 Política institucional para a modalidade EaD 72 2.3 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PARA O PRÓXIMO QUINQUÊNIO 74 2.3.1 Novos Campi 76 2.3.1.1 Na sede 76 2.3.1.2 Fora de sede 77 2.3.2 Estudo para implantação de polos EaD 78 2.3.3 Novos Cursos de Graduação 115 2.3.3.1 Em campi na sede 115 2.3.3.1.1 Em campi na sede já existentes 115 2.3.3.1.2 Em novos campi na sede 127 2.3.3.2 Em campi fora de sede 129 2.3.3.2.1 Em campi fora de sede já existente 129 2.3.3.2.2 Em novos campi fora de sede 141 2.3.3.3 Em polos 143 2.3.3.3.1 Em polos já existentes 143 2.3.3.3.2 Em Estudo para implantação de polos EaD 149 2.3.4 Novos Cursos de Pós Graduação Lato Sensu 263 2.3.4.1 Em campi atuais na sede e fora de sede 263 2.3.4.2 Em novos campi 275 2.3.4.3 Em polos 281 2.3.4.3.1 Em polos já existentes 281 2.3.4.3.2 Em Estudo para implantação de polos EaD 310 2.3.5 Novos Cursos de Pós Graduação Stricto Sensu 334 2.3.5.1 Na modalidade presencial 334 2.3.5.2 Na modalidade a distância 335 2.3.6 Cursos da Educação Básica Nível Médio 336 2.3.6.1 Em campi atuais na sede 336 2.3.6.2 Em campi atuais fora da sede 337 2.3.6.3 Em polos atuais 338 EIXO 3 POLÍTICAS ACADÊMICAS 340 3.1 PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 341 3.1.1 Princípios Norteadores 342 3.1.2 Objetivos Institucionais 343 3.1.3 Princípios Organizacionais 344 3.1.4 Identidade: pressupostos e práticas curriculares 345 3.1.4.1 Pressupostos 345 3.1.4.1.1 Pressupostos filosóficos 345 3.1.4.1.2 Pressupostos psicopedagógicos 347 3.1.4.1.3 Pressupostos didáticos, metodológicos e curriculares 348 3.1.4.2 Identidade 350 Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 12 3.1.4.2.1 Identidade e Práticas Curriculares 350 3.1.4.2.2 Identidade e Flexibilização350 3.1.4.2.3 Identidade e interdisciplinaridade 354 3.1.4.2.4 Identidade e a relação teoria-prática 355 3.1.4.2.5 Identidade e contextualização 357 3.1.5 A Educação a Distância na UNESA 358 3.1.5.1 Atendimento voltado para os processos de ensino e aprendizagem (Modelo De Tutoria) 365 3.1.5.2 Mediação/facilitação acadêmica do tutor a distância 367 3.1.5.3 Mediação/facilitação acadêmica do tutor presencial 368 3.1.5.4. Modelo de avaliação na Educação à Distância 368 3.1.6 Ensino 369 3.1.6.1 Políticas de ensino e ações acadêmico-administrativas para os cursos de graduação 378 3.1.6.1.1 Bacharelado 380 3.1.6.1.2 Licenciaturas 381 3.1.6.2 Cursos Superiores de Tecnologia 384 3.1.6.3 Políticas de ensino e ações acadêmico-administrativas para os cursos de pós-graduação lato sensu 385 3.1.6.4 Políticas de ensino e ações acadêmico-administrativas para os cursos de pós-graduação Stricto Sensu 386 3.1.7 Ensino Médio e Técnico 388 3.1.8 Políticas institucionais e ações acadêmico-administrativas para a pesquisa ou iniciação científica, a inovação tecnológica e o desenvolvimento artístico e cultural 389 3.1.9 Políticas institucionais e ações acadêmico-administrativas para a Extensão 391 3.1.9.1 Princípios norteadores 395 3.1.10 Avaliação 399 3.1.10.1 Avaliação institucional 399 3.1.10.2 Avaliação externa 401 3.1.10.2.1 Avaliação das Condições de Ensino dos Cursos de Graduação e dos Cursos Superiores de Tecnologia pelo INEP/MEC 401 3.1.10.2.2 ENADE - INEP/MEC 402 3.1.11 Avaliação da Aprendizagem 403 3.1.12 Participação da Comunidade Universitária 404 3.1.12.1 Participação dos Alunos da Universidade Estácio de Sá 404 3.1.12.2 Associação de Professores da Universidade Estácio de Sá (ADESA) 404 3.1.12.3 Associação de Funcionários da Universidade Estácio de Sá (AFESA) 405 3.1.13 Acervo dos cursos 405 3.2 COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE: ESTRATÉGIAS E MEIOS 406 3.2.1 Comunicação da UNESA com a comunidade interna 406 3.2.2 Comunicação da UNESA com a comunidade externa 409 Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 13 3.2.2.1 Parcerias com a Comunidade 412 3.2.3 Ouvidoria 413 3.2.3.1 Funcionamento 415 3.3 POLÍTICA DE ATENDIMENTO AOS DISCENTES 416 3.3.1 Formas de ingresso 417 3.3.2 Secretaria Geral Acadêmica – SGA 417 3.3.2.1 Secretaria Virtual 417 3.3.3 Programas de Apoio Pedagógico 417 3.3.4 Programas de Apoio Acadêmico 420 3.3.5 Programas de Apoio à Prática Profissional 421 3.3.6 Programas de Apoio ao Financiamento de Estudos 423 3.3.7 Atendimento Psicopedagógico 423 3.3.8 Política institucional de acompanhamento dos Egressos 424 3.3.9 Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais 425 3.3.10 Representação Discente 426 3.3.11 Previsão de alunos para o período do presente PDI (2018 a 2022) 426 3.4 POLÍTICA INSTITUCIONAL PARA INTERNACIONALIZAÇÃO 428 3.5 POLÍTICAS INSTITUCIONAIS E AÇÕES DE ESTÍMULO E DIFUSÃO PARA A PRODUÇÃO ACADÊMICA DOCENTE 431 3.6 POLÍTICAS INSTITUCIONAIS E AÇÕES DE ESTÍMULO À PRODUÇÃO DISCENTE E Á PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS 432 EIXO 4 POLÍTICAS DE GESTÃO 433 4.1 POLÍTICAS DE PESSOAL 436 4.1.1 Corpo Docente 436 4.1.1.1 Titulação do corpo docente 437 4.1.1.2 Critérios de seleção e contratação de professores 437 4.1.1.3 Admissão e Contratação do Corpo Docente 438 4.1.1.4 Regime de trabalho 4384.1.1.5 Procedimentos de substituição eventual de professores 439 4.1.1.6 Política de Afastamento/Demissão 439 4.1.1.7 Cronograma de expansão do corpo docente 439 4.1.1.8 Política de capacitação docente e formação continuada 440 4.1.1.9 Plano de Carreira do Corpo Docente 448 4.1.1.10 Coerência entre plano de carreira e a gestão do corpo docente 449 4.1.2 - Corpo Técnico-administrativo 450 4.1.2.1 Composição 450 4.1.2.2 Política de Recrutamento e Seleção do Corpo Técnico- Administrativo 451 4.1.2.3 Cronograma de Expansão do Corpo Técnico-administrativo 452 4.1.2.4 Plano de Carreira do Corpo Técnico-administrativo 452 4.1.2.5 Política de capacitação e formação continuada para o corpo Técnico- administrativo 452 Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 14 4.1.3 Política de capacitação e formação continuada para o corpo de tutores presenciais e a distância 455 4.2 GESTÃO DA UNESA 457 4.2.1 Processos de gestão institucional 457 4.2.1.1 Órgãos Colegiados 457 4.2.1.2 Reitoria 458 4.2.1.3 Órgãos Suplementares 459 4.2.2 Administração de Curso 461 4.2.3 Administração de Campus 461 4.2.4 Administração de Polo 462 4.2.5 Sistema de controle de produção e distribuição de material didático 464 4.3 SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA: RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 465 4.3.1 Visão geral do Grupo Estácio 465 4.3.2 Cenário e indicadores Financeiros 465 4.3.3 Sustentabilidade financeira 466 4.3.4 Sustentabilidade financeira: participação da comunidade acadêmica 469 EIXO 5 INFRAESTRUTURA 471 5.1 A INFRAESTRUTURA NA UNESA 472 5.2 PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DE CURSO, CAMPUS OU POLO 472 5.3 BIBLIOTECA 474 5.3.1 Infraestrutura 474 5.3.2 Horário de Funcionamento 475 5.3.3 Serviços de Informatização 475 5.3.4 Plano de atualização do acervo 477 5.3.5 Expansão do Acervo 477 5.3.6 Equipe 477 5.3.7 Condições de Acessibilidade Arquitetônica da Biblioteca 478 5.4 INFRAESTRUTURA FÍSICA DA UNESA 478 5.4.1 Área física dos campi e dos polos 478 5.4.1.1 Estrutura dos polos EaD 479 5.4.2 Instalações administrativas 479 5.4.3 Salas de Aula 479 5.4.4 Auditório 480 5.4.5 Sala dos Professores 480 5.4.6 Espaços para atendimento aos alunos 481 5.4.7 Infraestrutura física e tecnológica destinada à CPA 482 5.4.8 Gabinetes/estações de trabalho para professores TI 482 5.4.9 Instalações sanitárias 483 5.4.10 Área de Convivência e Alimentação 483 5.4.11 Laboratórios, ambientes e cenários para as práticas didáticas: infraestrutura física 483 Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 15 5.4.12 Sala de apoio de informática 484 5.4.13 Sala para guarda e manutenção do Acervo Acadêmico 484 5.4.14 Infraestrutura física para COLAPS e NDE 484 5.5 INFRAESTRUTURA TECNOLÓGICA 485 5.5.1 Recursos de tecnologias de Informação e Comunicação 485 5.5.2 Avanços Tecnológicos 488 5.5.3 Sistema de Registro Acadêmico 489 5.5.4 Ambiente Virtual de Aprendizagem –AVA 491 5.5.5 Infraestrutura de execução e suporte 492 5.6 PLANO DE EXPANSÃO E ATUALIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS 492 5.7 PLANO DE PROMOÇÃO DE ACESSIBILIDADE E DE ATENDIMENTO PRIORITÁRIO AOS PNES 492 ANEXO - RESOLUÇÃO DE APROVAÇÃO DO PDI 496 Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 16 EIXO 1 PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL Eixo inicial que apresenta a Universidade Estácio de Sá, sua criação, trajetória, e os processos de avaliação interna e externa que subsidiaram seu planejamento e sua evolução institucional. Contempla a dimensão 8 (Avaliação) do SINAES. Dentre os itens avaliativos para atos de recredenciamento de IES, neste eixo, encontra-se a Evolução institucional a partir dos processos de Planejamento e Avaliação Institucional e o processo de Autoavaliação institucional. O Relato Institucional analisa e sintetiza o histórico da UNESA, o conceito de avaliações externas, o desenvolvimento e divulgação dos processos de Autoavaliação, o plano de melhorias e processos de gestão a partir das avaliações externas e internas, demonstrando a implementação de ações efetivas na gestão da universidade, evidenciando a evolução institucional e demonstrando, através de evidências, a sua apropriação pelos gestores, docentes, colaboradores e discentes. O processo de Autoavaliação da UNESA atende às necessidades institucionais, como instrumento de gestão e de ação acadêmico-administrativa de melhoria institucional, apresentando evidências de que todos os segmentos da comunidade acadêmica da universidade se apropriam de seus resultados e ficam sensibilizados pelos mesmos. O processo de Autoavaliação ocorre com a participação da sociedade civil organizada e de todos os segmentos da comunidade acadêmica, conforme evidências, ressaltando a abrangência dos instrumentos de coleta dos dados e o índice crescente de participação dos envolvidos. Os resultados divulgados, referentes à Autoavaliação institucional da UNESA e as avaliações externas de seus cursos, ocorridos no período de gestão do atual PDI são analíticos, detalhados e apropriados por toda a comunidade acadêmica. Os relatórios de Autoavaliação, elaborados dentro da legislação, foram postados de forma adequada e em tempo hábil, considerando o triênio estabelecido com os relatórios parciais e final, possuem clara relação entre si, impactam, de forma positiva, o processo de gestão da instituição promovendo mudanças benéficas e inovadoras O processo de avaliação institucional na UNESA iniciou-se em 1995, com a adesão ao PAIUB do MEC, através do PAIUNES – Programa de Avaliação da Universidade Estácio de Sá, adaptando-se à legislação, nos termos do artigo 11 da Lei nº 10.861, a qual instituiu, em 2004, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), obrigando toda instituição concernente ao nível educacional em pauta, pública ou privada, a constituir Comissão Permanente de Avaliação (CPA), com as atribuições de conduzir os processos de avaliação institucional. Desde 1995, a UNESA promove sua auto avaliação institucional, tornada obrigatória a partir de 2004, elaborando e postando no sistema e-MEC, os Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 17 relatórios de auto avaliação anuais. Com base em suas avaliações internas e externas, em suas estratégias de gestão e na trajetória e perfil profissional dos seus egressos, o qual acompanha desde sua fundação, a UNESA, apresentou seu primeiro PDI em 2002, estando, neste momento, em seu quinto PDI. Os Eixos a seguir indicam a estratégia de planejamento da Universidade, com a indicação do que fazer, no eixo 2; como fazer, no eixo 3; com quem fazer, no eixo 4 e onde fazer, no eixo 5. Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 18 1.1 EVOLUÇÃO A Universidade Estácio de Sá originou-se de uma instituição que ministrava cursos livres, no final dos anos 1960, voltada ao aperfeiçoamento e à atualização profissional dos interessados em concursos públicos para a Defensoria, Magistratura, Ministério Público, dentre outros. Em 1970, a recém-criada Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá – SESES -, sem fins lucrativos, estabeleceu-se como Mantenedora da Faculdade de Direito. Após a autorização dos cursos de Administração e Economia, em 1971, e Comunicação Social, em 1972, constituíram-se as Faculdades Integradas Estácio de Sá. Em 1988, a Estácio de Sá foi reconhecida como Universidade pelo Parecer CFE n° 1.205, homologado pela Portaria Ministerial n° 592, de 29/11/1988. O projeto, apresentado ao Conselho Federal de Educação, tinha como filosofia uma Universidade voltada para a qualidade do ensino, a profissionalização, a prestação de serviços à comunidade e o desenvolvimento da pesquisa. Assim, segundo o Art. 1º do Estatuto da Universidade ora vigente: “Art. 1o A Universidade Estácio de Sá – UNESA – é uma instituição privada de educação superior, doravante também denominada Estácio ou Universidade, com sede no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, credenciada pela Portaria MEC nº 592, publicada em 30 de novembro de 1988, e credenciada para oferta de cursos superiores na modalidade a distância pela Portaria MEC nº 442/2009, publicada no dia 12 de maio de 2009, mantida pela Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá Ltda. – SESES – inscrita no CNPJ/MF nº 34.075.739/0001-84, doravante denominada Mantenedora, sociedade empresarial com sede na Rua do Bispo, nº 83, no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, portadora do NIRE 33.2.0783899-0, com seu contrato social alterado, consolidado e registrado na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro, sob o nº 000021311868, em 30 de dezembro de 2010.” É assegurada, ainda, no Art.2º à Universidade “autonomia administrativa, financeira, didático-científica e disciplinar, na forma da Legislação Federal, deste Estatuto, do Regimento Interno e, no que couber, dos ordenamentos da Mantenedora”. Em 2012, o CNE produziu parecer acerca do recredenciamento da Universidade destacando o voto do relator que se manifestou nos seguintes termos: “Voto favoravelmente ao recredenciamento da Universidade Estácio de Sá, com sede no Município do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, mantida pela Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá Ltda., com sede no mesmo Município e Estado, observados tanto o prazo máximo de 10 (dez) anos, Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 19 conforme o artigo 4º, da Lei nº 10.870/2004, como a exigência avaliativa prevista no artigo 10, § 7º, do Decreto nº 5.773/2006, com a redação dada pelo Decreto nº 6.303/20071.” Ainda em 2012, foi publicada a Portaria n°. 1.095, de 31 de agosto de 2012, do Ministério da Educação, recredenciando a UNESA pelo período de 10 anos. Retornando à época de sua transformação em Universidade, as, então, Faculdades Integradas Estácio de Sá apresentavam um potencial e certos traços organizacionais que justificavam seu pedido. Reconhece-se, entretanto, que lhe afetavam, em maior ou menor grau, os mesmos problemas que atingiam as instituições de ensino superior do Brasil, sobretudo as particulares. Apontava-se ainda, a dispersão, a heterogeneidade e a fragmentação que comprometiama expansão do ensino superior brasileiro no final da década de 1970, com crescimento linear, pela proliferação institucional dos mesmos cursos. Tal configuração caracterizava um modelo de educação superior desligado do desenvolvimento nacional, com perfil repetitivo, destituído de atributos de inovação, resultante de uma realidade contraditória, de uma educação, ao mesmo tempo, elitista e de massa. Com a união de sua comunidade acadêmica – professores, alunos, técnico-administrativos e dirigentes –, a Universidade passou, então, a detalhar um projeto pedagógico que tivesse abrangência sobre todos os aspectos do cotidiano que constrói uma Instituição de ensino de boa qualidade. Esta preocupação deu origem ao programa Qualidade e Participação definido como mecanismo de planejamento e acompanhamento das atividades da Universidade Estácio de Sá e da sua expansão, refletindo com nitidez um paradigma educacional que tem sua inspiração em uma visão da Universidade útil, com compromissos firmados com a destinação social. O projeto, construído há mais de 15 anos, aproximou-se de uma versão do então Plano de Desenvolvimento Institucional, tendo destacado entre suas prioridades de trabalho: administração acadêmica, atividades de ensino, atividades de pesquisa, atividades de extensão, monitoria estudantil, qualificação docente, melhoria do acervo bibliográfico, melhoria de equipamentos, ampliação e melhoria do espaço físico, atuação comunitária, valorização e qualificação dos servidores técnico-administrativos, comunidade estudantil, planejamento, informatização e avaliação institucional. Em 1995, na área do ensino, um estudo realizado pela então Vice- Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento demonstrou que a oferta de bens e serviços era reduzida a pontos determinados, formando concentrações econômicas, demográficas e culturais geradoras, muitas vezes, de acentuados desequilíbrios regionais. A Universidade, diante desses resultados e consciente do seu papel social, passou a descentralizar suas ações, criando campi próximos aos locais de moradia ou trabalho do alunado. Assim, ao apresentar seu Plano de Desenvolvimento Institucional 2000-2005, o programa A Estácio 1 Parecer CNE/CES – DECISÃO (99/2012) proferido no processo e-MEC n. 20075103. Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 20 Rumo ao Futuro havia evoluído para um projeto alicerçado na tríade: Qualidade, Localização e Preço. Foi este compromisso com a qualidade que levou a Universidade, ainda em 1995, a apresentar voluntariamente um Programa de Auto Avaliação Institucional ao MEC para ser avaliado pelo Comitê do PAIUB - Programa de Avaliação das Universidades Brasileiras. Em decorrência, de 1996 a 2004, a Estácio de Sá desenvolveu o PAIUNES – Programa de Avaliação Interna da Universidade Estácio de Sá, orientando suas ações para a avaliação do aluno e do professor, com indicadores relacionados à avaliação da disciplina, do curso, dos serviços administrativos e acadêmicos, da biblioteca e da auto avaliação discente. Neste período, todos os cursos de graduação passaram por diversas avaliações, que possibilitaram a construção de séries históricas e de análises que fundamentaram a formulação de estratégias para tomadas de decisão. Esse processo também englobou os cursos de graduação tecnológica. Nessa linha de desenvolvimento e expansão, em 1997, consciente de sua responsabilidade social e da necessidade de se antecipar às exigências do mercado, da economia e da própria sociedade, a Estácio criou o Instituto Politécnico, através da Portaria nº. 33/97 do Conselho Universitário, concebido dentro do espírito da Lei nº. 9394/96 e do espírito inovador que caracteriza a Universidade Estácio de Sá. A Universidade foi, então, pioneira no oferecimento de cursos sequenciais de formação específica. Foram 48 cursos sequenciais reconhecidos - que formaram 4.849 alunos. Com a Resolução nº. 03 de 18 de dezembro de 2002, que estabeleceu as Diretrizes da Graduação Tecnológica, a Universidade entendeu que seria mais interessante para o aluno e para o mercado suspender a oferta dos cursos sequenciais e criar cursos de graduação tecnológica, a maioria dos quais oriundos dos anteriores. Em 1997, a Universidade Estácio de Sá criou a DIREM – Diretoria de Relações Empresariais, tendo como objetivos principais: incrementar o acesso dos alunos ao mercado de trabalho; manter diálogo com o meio empresarial, recolher informações sobre as reais necessidades do mesmo visando contribuir para a consolidação da integração Universidade-Empresa; além de captar oportunidades de empregos para egressos. A DIREM deu origem à Diretoria de Estágios e Empregos e, após, ao Espaço Carreiras, que conta com um Portal de vagas de Estágios e Empregos, o Espaço Estágio Emprego – E3 e os Postos de Atendimento do CIEE. Na área de extensão, a Universidade foi adquirindo uma vasta experiência. Atenta às carências e aspirações das comunidades onde atua, a UNESA aporta à contribuição de uma sinergia transformadora de que participam alunos, professores, dirigentes e ex-alunos. É o exercício efetivo da responsabilidade social como sentido de cidadania. Para a UNESA, a extensão complementa a vida acadêmica em sentido mais estrito, com a promoção de eventos culturais de diferentes gamas: shows, organização de grupos de dança, coral, exposição de arte e de museus. Programas de educação informal e de educação continuada à distância, através da mídia, ampliam e dão ressonância a este processo permanente de associação com a vida da comunidade. Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 21 O planejamento das ações de responsabilidade social faz parte do planejamento estratégico da Universidade e se articula com o planejamento estratégico da região, onde os campi e polos estão localizados. Entre estas ações, podem ser destacadas: Cursos para a Comunidade; Programa de Saúde da Família – Associação Ressurgir; Alfabetização de Jovens e Adultos e NutriEstácio. Contudo, um novo desafio, assim, se apresentava à Universidade: a expansão de programas de investigação científica. Embora a pesquisa já fizesse parte de iniciativas em alguns cursos de Graduação, vinculados à ação de extensão e movidos pela responsabilidade social, era ainda realizada sem a necessária integração com as metas institucionais. A partir de sua experiência com um ensino de qualidade, a Universidade Estácio de Sá procurou identificar as chamadas “ilhas de competência”, cujo potencial científico e tecnológico de seus professores permitiria a germinação das primeiras sementes de pesquisa, de cunho científico. Os cursos de Pós-graduação stricto sensu, em nível de mestrado, que progressivamente vinham sendo programados, tiveram sua implantação em bases cuidadosas, obedecidos, sempre e simultaneamente, três critérios. Um deles, a nossa capacitação existente ou potencialmente disponível em curto prazo na área específica; outro, as reais possibilidades de uma instituição totalmente privada, como é o caso da Universidade Estácio de Sá e, finalmente, a demanda social por estas titulações acadêmicas, criteriosamente observadas, possibilitando alcançar estreita articulação entre a pesquisa e o exercício da profissão. Até 2003, a Universidade contava com quatro cursos de mestrado reconhecidos dos quais dois acadêmicos – Direito e Educação - e dois profissionalizantes – Administração e Desenvolvimento Empresarial; e Odontologia. Em 2004, foi procedida nova avaliação relativa aos anos de 2001, 2002 e 2003; tendo a Universidade encaminhado à CAPES o projeto de um novo curso de mestrado profissionalizante, parte do trabalho realizado pelo grupo de Saúde da Família do Curso de Medicina, que foi recomendado no mesmoano. Com tradição na área jurídica e dando continuidade ao seu projeto para a área de pós-graduação stricto sensu, a Estácio apresentou à CAPES o projeto do seu Programa de Doutorado em Direito. Recomendado com nota 4, o Programa teve início em setembro de 2006. Em continuidade a este processo, em 2007, a avaliação da CAPES atribuiu ao Programa de Direito – Mestrado e Doutorado - Conceito 5; aos programas de Mestrado de Educação e de Odontologia, Conceito 4; e aos de Saúde da Família, e de Administração e Desenvolvimento Empresarial, Conceito 3. Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 22 Na última trienal CAPES, os cursos foram avaliados da seguinte forma: Direito – Mestrado e Doutorado, conceito 5; Odontologia – Mestrado e Doutorado, conceito 4; Educação – Mestrado e Doutorado, conceito 4; Saúde de Família, conceito 3. É de se ressaltar que os programas de Odontologia e Educação têm viés de alta, e não obtiveram avaliação 5 por não terem, na época da finalização da trienal, nenhuma tese já defendida. No ano de 2012, foram aprovadas quatro teses de doutorado em Educação e três teses de doutorado em Odontologia. A par de seu zelo com a pesquisa e a qualidade de cursos stricto sensu, a Universidade Estácio de Sá continua com sua missão de formar profissionais para o mundo do trabalho e para exercício da cidadania, porque não se pode ignorar que o progresso científico faz a ciência envelhecer rapidamente e que o conhecimento científico renova-se em curto espaço de tempo. Ciente da importância da necessidade de inovação contínua, em 2004, o PAIUNES – em sua concepção inicial – foi reformulado passando a ser coordenado pela Comissão Permanente de Avaliação da Instituição, instituída em atendimento à Lei nº. 10.861 de 14 de abril de 2004; que encaminhou seu projeto alicerçado nos princípios de engajamento, integração, planejamento participativo e capacidade do grupo de criar seus projetos e tomar decisões. Diante das novas expectativas e das mudanças no cenário sociopolítico e educacional, a Estácio de Sá prossegue trabalhando com base na participação e na responsabilidade dos atores sociais envolvidos, estruturando o presente PDI alicerçado em um Programa de Qualidade e Inclusão Social. Entenda-se, neste contexto, que a inclusão social deve ser o resultado de toda a política voltada para proporcionar de fato os direitos as garantias fundamentais definidos na Constituição de 1988. Com efeito, sem a ação direta de instituições que tenham esse objetivo, em especial as de ensino superior, cidadania poderia não passar de figura de retórica, deixando de ser consciência e prática de quem vive em estado de direito. Construir e manter projetos de qualidade inseridos na realidade atual e ampliar a inclusão social para além dos espaços físicos de seus campi determinou assim, em 2009, a criação do Campus Virtual, com a implantação de um projeto-piloto de oferecimento de disciplinas online em cursos presenciais. A questão da inclusão social, entretanto, deve ainda considerar o processo de tornar participantes do ambiente social total todos aqueles que se encontram, por razões de qualquer ordem, excluídos. A Universidade, em sua trajetória histórica, zelou sempre para que os seus projetos de extensão se tornassem uma realidade para a inserção de todos os grupos oferecendo alternativas - presenciais ou a distância - voltadas para públicos diversos com necessidades e expectativas diferenciadas. Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 23 No sentido de cumprir sua missão, a Instituição submeteu-se ao processo de credenciamento2 para a oferta de cursos de Educação a Distância tendo sido credenciada para a oferta de cursos de pós-graduação lato sensu na modalidade a distância pela Portaria nº. 126/2008 publicada no DOU de 23/01/2008. Em 2009, através da Portaria 442 de 11/05/2009, a Universidade foi credenciada para a oferta de cursos de graduação a distância em 54 polos localizados em vários pontos do Brasil. Esse credenciamento constitui-se como um momento importante e singular na história da Universidade, uma vez que, não apenas significou um aumento de abrangência da atuação da Universidade - que passou a contar com alunos de vários estados da federação-, mas representou também um momento importante para a reflexão acadêmica e para o incremento de tecnologias ligadas ao processo pedagógico. Destaca-se, ainda, que ao longo de sua história, a Universidade Estácio de Sá vem procurando criar condições humanas e materiais, tais como: a qualificação do corpo docente e do corpo técnico-administrativo; a melhoria do acervo bibliográfico, dos laboratórios e equipamentos; a ampliação do espaço físico; a expansão das atividades comunitárias; a criação de estratégias para o atendimento à comunidade estudantil; e a informatização dos processos de comunicação, informação e suporte visando expandir suas atividades de ensino, pesquisa e extensão para responder, com qualidade e inclusão, aos desafios presentes no contexto nacional, marcado pela modernização do país, pelos avanços tecnológicos e pelo aumento da complexidade das relações sociais. Em 2013, a UNESA aderiu ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC (Leis 12.513 e 12.816), passando a ofertar, em apoio à política governamental, cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Em 2016, a mantenedora da UNESA foi notificada com a intenção de mantenedora de grupo concorrente, de junção de suas atividades. Tal junção não foi aprovada na CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. No final de 2016, em relação aos indicadores de qualidade, os resultados do ENADE 2015 e CPC 2015 foram auspiciosos para a universidade, levando o IGC da UNESA para o conceito 4. Em novembro de 2017, o INEP divulgou os conceitos do ENADE e CPC 2016, permanecendo os resultados bons para a UNESA, uma vez que dos 60 cursos submetidos ao ENADE 2016, 54 deles (90%) obtiveram conceitos CPC 3 ou 4, dois deles ficaram sem conceito e dos 4 cursos com CPC 2, dois deles já estão em extinção. No IGC, a Universidade manteve o IGC 4, obtendo aumento no IGC continuo que passou de 3,1018 para 3,1251. 2 Processo: 23000.015507/2004-03. Parecer CNE/CES 228/2007, publicado no D.O.U. de 14/11/2007. Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 24 Em relação aos conceitos de qualidade, as 92 avaliações externas, através de visitas realizadas em 2017 (36 visitas) em 2018 (31 visitas) e em 2019(25 visitas), das quais 6 (seis) avaliações obtiveram conceito 3(três) de curso (CC), 78 CC 4 e 7 CC 5 em seus cursos e, nas avaliações de seus novos campi fora de sede e novos polos, o conceito institucional (CI) da UNESA foi elevado para 4. 1.2 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 1.2.1 A Universidade e o SINAES A promoção da qualidade da Educação Superior tem sido preocupação de políticas de educação superior neste início de século no mundo ocidental, incluindo o Brasil. A qualidade, quando se refere às instituições e aos processos educativos e científicos que, por natureza, desenvolvem uma prática social que afeta e modifica as pessoas, assume perspectiva histórica, plena de sentidos e valores. No campo da Educação Superior, a qualidade é um atributo ou conjunto de atributos que existe no seio das instituições e que, no cumprimento de suas missões próprias, satisfazem as expectativas de seus membros e da sociedade e atingem padrões aceitáveis de desempenho. Na concepção avaliativa do SINAES (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - Lei n.º 10.861, de 14 de abril de 2004), a qualidade da IES é referenciada e dinamizada pela participação dos diferentes atoresinstitucionais, o que lhe confere um estatuto de responsabilidade democrática, desenvolvido e divulgado pela criação de uma cultura de qualidade, que se estabelece com a combinação de critérios científicos de avaliação e participação de atores acadêmicos e sociais. A condição valorativa da qualidade nem sempre aponta para uma mesma direção, pois os parâmetros que a definem podem decorrer de projetos educativos e científicos diferenciados. Assim como o SINAES, foram estabelecidos indicadores de qualidade, complementares entre si, em que todos os aspectos são considerados: ensino, pesquisa, extensão, desempenho dos alunos, gestão da instituição, corpo docente, infraestrutura, entre outros. No entanto, cabe destacar a existência de referentes universais de qualidade, que dizem respeito à natureza, condição e formato da instituição. Podem ser considerados referentes universais: a adequação e a pertinência dos processos de formação, o rigor acadêmico e científico, a condição social, científica e cultural da produção acadêmica, a construção da cidadania e o exercício da democracia. Do mesmo modo, há referentes específicos particulares de qualidade, Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 25 vinculados à missão e natureza da instituição que reafirmam as suas peculiaridades e caracterizam seus propósitos auto instituídos. No caso da UNESA, além desses indicadores, estão a missão da IES e o projeto pedagógico institucional, próprios e dependentes da dimensão, da natureza e dos propósitos que a Universidade define para si. A sistemática de avaliação institucional estabelecida pelo SINAES é construída com base em três modalidades de instrumentos de avaliação: Avaliação da IES (AVALIES); Avaliação do Desempenho dos Estudantes (ENADE); Auto avaliação e Avaliação dos Cursos de Graduação (ACG). Estes processos, na perspectiva de constituírem um sistema, estão ligados e articulados entre si. Buscam captar indicadores de qualidade, em distintos níveis e enfoques, cujos resultados serão analisados de modo sistemático e integrado oferecendo elementos fundamentais para a avaliação da instituição. O SINAES, portanto, se constitui em importante mudança de direção no sentido de superar uma lógica de avaliação fragmentária e classificatória, por estabelecer maior abrangência e a integração de diferentes procedimentos avaliativos comprometidos com a qualidade acadêmica. Vai além da verificação, realizada verticalmente (do MEC para as instituições e cursos), ao gerar um processo de avaliação compreensivo e pedagógico, que parte da IES e a ela retorna, passando pela ação mediadora do poder público. Desta forma, o SINAES representa uma concepção de avaliação que se constitui em instrumento de política educacional, voltada para a construção e consolidação da qualidade, da participação e da ética na educação superior - seja no plano da formação de profissionais, seja no plano do desenvolvimento científico e tecnológico – com respeito às diferentes identidades institucionais e regionais. A Universidade Estácio de Sá estabeleceu que o processo avaliativo interno, desde os seus primórdios, seria contínuo e cumulativo, com uma metodologia de trabalho focada na qualidade do ensino e na melhoria constante da IES. O Programa de Avaliação Institucional da UNESA, denominado inicialmente como PAIUNES e atualmente liderado pela CPA, desde 1995 conta com a participação da comunidade universitária, visando priorizar ações que contribuam para a melhoria e aperfeiçoamento dos projetos pedagógicos dos cursos oferecidos pela Universidade. O PAIUNES tinha como uma de suas metas manter na Universidade o conceito de excelência obtido no PAIUB/MEC (Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras), e, diante das novas normas de avaliação determinadas pelo SINAES, a partir de 2004, passou a organizar seu Projeto de Auto avaliação Institucional, atendendo às Diretrizes disponibilizadas pela CONAES. Nesta perspectiva, a avaliação ocupa espaço relevante no conjunto das práticas pedagógicas aplicadas ao processo de ensino e aprendizagem da Universidade. A avaliação, neste contexto, não se resume à mecânica do conceito formal e estatístico. É compreendida como uma prática que possibilita a tomada de decisão e a melhoria da qualidade de ensino e das instalações, informando as ações em desenvolvimento e a necessidade de regulações constantes. Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 26 Além disto, entende a Avaliação como uma prática que, tomando por referência a globalidade institucional e o cumprimento da sua missão, privilegia as funções emancipatórias e formativas e está comprometida efetivamente com a transformação e a melhoria das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Nesse contexto, a CPA da UNESA necessita manter a sensibilização e o comprometimento de todos os envolvidos como um processo constante, assim como revisitar com os grupos os diferentes projetos por eles elaborados, orientando, acompanhando e recomendando quanto às ações que se fazem necessárias para tomadas de decisões, especialmente, no que tange aos quadros de fragilidade identificados ao longo do processo. Através da metodologia do empowerment, as equipes são estimuladas a repensar suas propostas e a refletir sobre suas ações. Desta forma, contribuir, efetivamente, para “promover a formação e ascensão profissional dos nossos alunos, através de uma educação de qualidade, contribuindo para o desenvolvimento sustentável das comunidades onde atuamos”3. A necessidade de revisão e ampliação dos resultados, segundo orientações da Nota Técnica INEP/DAES n. 065 de 09 de outubro de 2014, mostrou-se, coerente com a metodologia do empowerment4, adotada pela UNESA, que tem sua prática alicerçada nos princípios de autonomia; participação; delegação de responsabilidade; respeito à diversidade; especificação de tarefas; compromisso com o processo e com os resultados e meta-avaliação. A metodologia ainda contém em sua prática a definição de metas, de objetivos e a apresentação de estratégias baseadas em evidências. Considerando que, em uma Universidade com característica multicampi em seus cursos presenciais e com polos de educação a distância distribuídos por todo o pais, se faz necessária respeitar a diversidade encontrada na pluralidade de seus segmentos sem, entretanto, desrespeitar as especificidades locais, tampouco excluir a unicidade que garanta a realização da sua missão, a implementação da metodologia escolhida, de forma matricial, conta com multiplicadores nos diferentes campi e no EaD, vale dizer, a atuação da CPA na Universidade Estácio de Sá é exercida por meio das denominadas CPA Setoriais5, cujas equipes estão integradas à Comissão Própria de Avaliação da Universidade Estácio de Sá, conforme Regulamento próprio. Com relação à visita in loco, como responsável pelas avaliações internas e externas realizadas na Universidade, a CPA acompanha todas as visitas in loco realizadas, reunindo-se com os avaliadores do INEP/MEC, e procedendo, 3 UNESA. Plano de Desenvolvimento Institucional - 2013 – 2017. Rio de Janeiro, 2013, p. 55 4 FETTERMAN, D. Foundations of empowerment evaluation. Thousand Oaks: Sage, 2001. 5 Não se trata de múltiplas CPA, mas sim uma forma de operacionalizar os trabalhos da CPA UNESA, a fim de zelar pelas especificidades locais. Sua finalidade principal é multiplicar as ações da CPA UNESA, liderando os processos avaliativos e promovendo a Auto avaliação junto ao campus. Sua competência é a condução dos processos de Avaliação interna, o acompanhamento dos procedimentos de Avaliação externa – Exame de Avaliação do Desempenho e Avaliação dos Cursos de Graduação – e a elaboração dos Relatórios de Auto avaliação do curso/campus.Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 27 posteriormente, à análise crítica do processo. Os relatórios emitidos são enviados aos gestores, para análise e elaboração de Planos de Ação em prol da reversão de quadros, quanto às fragilidades detectadas, e manutenção e/ou aprimoramento dos itens identificados como potencialidades. O mesmo é efetuado em relação aos Coordenadores dos Cursos e NDE. A CPA analisa os dados quantitativos e efetua análise qualitativa das manifestações dos alunos, dos professores e dos colaboradores administrativos. Por conseguinte, os resultados obtidos, pelos alunos/professor em cada disciplina e colaboradores administrativos, nas avaliações institucionais são apresentados e debatidos nas reuniões de Colegiado de Curso e pelo Núcleo Docente Estruturante. Com base nestas informações sobre as potencialidades e fragilidades identificadas, são elaboradas propostas de melhorias: administrativas e/ou didático-pedagógicas, buscando o aperfeiçoamento constante do curso/campus. A UNESA realiza as avaliações internas semestralmente, através de Questionário Eletrônico veiculado no SIA - Sistema de Informação Acadêmica. Os alunos, docentes e colaboradores administrativos participam das avaliações, que são voluntárias e anônimas. A divulgação dos resultados das avaliações realizadas ocorre através do próprio SIA, cartazes afixados no campus, reuniões e encontros de feedback presenciais liderados pela CPA. Todos os discentes respondem a um questionário online, por meio do qual avaliam Professores, Coordenadores, Cursos e promovem a Auto avaliação. Essas avaliações internas fornecem material para análise e revisão dos processos internos de gestão existentes nos setores, cursos e campi, possibilitando conhecimento e participação crítica de todos os envolvidos nas questões pertinentes a cada área, além da consequente proposta de ações de melhoria pela CPA. Além disso, a pesquisa do perfil sociocultural dos alunos dos cursos de graduação, que era aplicada com periodicidade bienal, passou, a partir de 2012, a ser aplicada com periodicidade anual, ressaltando que todos os alunos da IES são contemplados pela pesquisa. A avaliação, assim como seus resultados e melhorias implementadas são amplamente divulgados nas reuniões da CPA, do NDE, das Coordenações de Cursos e dos Colegiados dos Cursos. Além da avaliação interna, prevista no referido art. 3º da Lei dos SINAES, a CPA utiliza-se de outro processo avaliativo desenvolvido na IES que, somados, fornecem elementos importantes aos gestores, com objetivo de subsidiá-los com diferentes indicadores que, consolidados, servem para tomada de decisão, a saber: Clima Institucional, possibilitando um olhar mais abrangente. A Avaliação Externa constitui-se de bases de informações quantitativas e qualitativas. As bases quantitativas são constituídas por informações fornecidas pela IES, referentes às dimensões de infraestrutura material e física, bem como de seus recursos humanos (docentes, discentes e corpo técnico- administrativo). Também inclui os dados e informações coletados pelo INEP Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 28 através do Cadastro e do Censo da Educação Superior, assim como das avaliações anteriormente realizadas pelo MEC. As bases qualitativas são estruturadas a partir da análise do referencial quantitativo e da comparação, em diferentes níveis de observação, entre o que a IES se propõe a cumprir e a sua capacidade para tal. Envolve a interação dos avaliadores com o contexto avaliado, incluindo os espaços, locais e atores institucionais. Pressupõe um comportamento ético e independente do avaliador no cotejamento entre as metas presentes na missão e no projeto pedagógico e o nível de realização alcançado. A dimensão qualitativa tem o objetivo de captar os movimentos institucionais na direção das referências de qualidade estabelecidas nas dez dimensões do Sistema Nacional de Avaliação. A avaliação qualitativa desenvolve-se a partir de indicadores que objetivam compreender e analisar a qualidade dos processos e práticas vivenciados, em uma perspectiva dinâmica e auto referenciada. Esses indicadores se identificam com os propostos no Roteiro de Auto Avaliação, explicitando elementos que, para além da mera presença de determinado atributo, denotam condições, relações, interações, aplicações e dinâmicas resultantes do projeto da instituição e da perspectiva que esta assume para assegurar a formação profissional e cidadã e o desenvolvimento científico-tecnológico. A Portaria MEC n. 1095, de 31/08/2012 recredenciou a UNESA pelo prazo de 10 anos, ou seja, até 2022. A UNESA, com seu PDI para a vigência 2018/2022 tem plena consciência dos desafios e responsabilidades que terá pela frente para manter e elevar seus padrões de qualidade. 1.2.2 Avaliação do Desempenho dos Estudantes no ENADE Com relação ao Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), dentre os indicadores de qualidade do ensino superior, destaca-se o resultado do ciclo 2015-2017, no qual o Índice Geral de Cursos da UNESA (IGC) é 4, com um IGC Contínuo de 3,04. O gráfico abaixo mostra a evolução do IGC da UNESA desde 2007: Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 29 Figura 1 – Curva do IGC contínuo da UNESA IES 2012 2013 2014 2015 2016 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 2,46 ▲ 2,46 2,65 ▲ 3,10 ▲ 3,13 ▲ Figura 2 Evolução do IGC contínuo da UNESA Destaca-se, ainda, que o Ranking Universitário Folha – RUF 2017, que é uma avaliação anual do ensino superior do Brasil feita pela Folha desde 2012, que classifica as instituições brasileiras a partir de indicadores de pesquisa, ensino, mercado, internacionalização e inovação, disponibilizado no site http://ruf.folha.uol.com.br/2017/ranking-de-universidades/, acessado em 23/11/2017, coloca a UNESA na sexta edição do Ranking Universitário Folha – RUF como uma das melhores Universidades, ocupando o 1º lugar no Rio de Janeiro e entre as dez melhores particulares, privadas não confessionais ou comunitárias, do país. No item Reconhecimento pelo Mercado, a UNESA encontra-se, entre as 195, em 16º lugar no geral e em 2º lugar no segmento particular, sendo 80ª no ranking geral. IGC Contínuo: ▼queda manutenção▲ aumento http://ruf.folha.uol.com.br/2017/ranking-de-universidades/ Universidade Estácio de Sá – UNESA Plano de Desenvolvimento Institucional - 2018 a 2022 30 No que tange ao ENADE, para dinamizar de forma constante, cumulativa e contínua as informações produzidas pelos relatórios do Exame, no ano 2012, foi implantado o Comitê Permanente ENADE, com a finalidade de implementar diretrizes de acompanhamento do processo preparatório do Ciclo SINAES, do qual fazem parte representantes fixos de diferentes setores como Regulatório, Qualidade, Secretaria e CPA, os quais, juntamente com os Coordenadores dos Cursos do grupo referência lideram, junto com os NDE dos Cursos nas suas localidades, todo o processo. Ao Comitê ENADE e às Coordenações Gerais cabem a orientação e suporte quanto às diretrizes e execução das ações. Aos Gestores cabe viabilizar o trabalho das coordenações, disponibilizando toda a infraestrutura e recursos financeiros para a realização das ações referentes ao Plano de Ação ENADE. Aos Coordenadores de Curso e NDE nas Unidades cabe o planejamento das ações, de acordo com as especificidades locais, zelando pelo pleno controle e acompanhamento dos alunos elegíveis no processo. Ao Corpo Docente cabe participar efetivamente do movimento do Curso, com vistas ao alcance dos objetivos propostos nesse Projeto, sensibilizando e comprometendo os alunos quanto à participação ativa no processo,