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Programa Pesquisa Produtividade 2014
Centro de Ciências Jurídicas
Planos de trabalho vinculados ao curso: Direito
Docente pesquisador: Evandro Pereira Guimarães Ferreira Gomes
PLANO DE TRABALHO
O Plano de trabalho apresentado pretende desenvolver um banco de dados da jurisprudência tramitada no Supremo Tribunal Federal (STF) no 
período de 1988-2013 utilizando para sua seleção e classificação uma metodologia baseada na combinação do conceito de discursos constituintes de 
Dominique Maingueneau (1995), da Escola Francesa do Discurso e na Teoria da Comunicação Humana, desenvolvida por Paul Watzlawick e Gregory 
Bateson (1981), da Escola de Palo Alto (EUA-MRI) no que se refere às decisões de modulação temporal de efeitos na declaração de 
inconstitucionalidade de normas. 
O Direito não é puro apesar do que pretende o positivismo Kelseniano, ele é complexo e diverso e nele as decisões 
dos tribunais tem notada centralidade. Deve-se, pois, promover à análise política das decisões jurídicas. Esta análise deve ser inserida no contexto de 
uma sociedade da informação que funciona em rede (CASTELLS, 1996) e que estimula uma abordagem transdisciplinar com pontes para a 
Comunicação é a Semiótica.
 As decisões dos tribunais ocupam um lugar fundamental na eficácia e estabilidade do estado democrático de direito em 
termos da aderência que provocam suas normas na sociedade. Aferir o grau de equilíbrio no discurso político/jurídico da jurisprudência no Supremo 
Tribunal Federal (STF) pode permitir elaborar diagnósticos úteis para diminuir o custo de segurança e de acesso a justiça na sociedade brasileira em 
tempos de conflitos sociais. Afinal de contas os posicionamentos do STF terminam determinando as políticas Públicas e cada um de seus ministros 
pode funcionar como gatekeeper (ALLEN, 1960) expondo a seletividade de quais processos se tornam politicamente importantes para o STF.
Esta 
pesquisa aplicada compreende as seguintes etapas: 1) pesquisa teórica, 2) levantamento de jurisprudência do STF, 3) análise crítica, político-jurídica 
dos dados colhidos , e 4) classificação dos dados para fins do banco de sentenças comentadas que pretende se constituir.
Resultados esperados com 
a realização das etapas acima 1) relatório de organização de conjunto de leis, jurisprudência e doutrinas específicas sobre a modulação dos efeitos 
com análise quantitativa dos resultados obtidos; 2) estabelecimento do marco teórico para interpretação do banco de dados (a partir da identificação 
de elementos próprios dos conceitos de sociedade em rede, análise crítica do discurso e tecnopoder) com a devida produção de artigo; 3) construção 
e disponibilização na web do banco de dados e produção de um segundo artigo sobre a metodologia adotada e o funcionamento do banco.
Título: BANCO DE DADOS SOBRE ANÁLISE DOS DISCURSOS POLÍTICO-JURÍDICOS DAS DECISÕES DE MODULAÇÃO TEMPORAL DE EFEITOS NO 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS NORMAS NO STF
E-mail: egomes@eferreiragomes.com.br
Docente pesquisador: Augusto Eduardo Miranda Pinto
PLANO DE TRABALHO
O presente projeto se propõe a estudar os efeitos das novas tecnologias cibernéticas na formação da cidade digital. A partir da troca de informações 
entre os indivíduos, estaria surgindo uma coletividade com singularidade própria. Essa nova cibercultura proporciona uma interatividade digital que 
acarreta uma alteração de poder, com a formação de um novo paradigma sociotécnico. Esse mundo virtual altera a relação do homem com o 
ambiente urbano, social e cultural a partir de mudanças na relação espaço-tempo e das interações face a face, com repercussões na esfera jurídica. 
Um dos impactos mais significativos desta nova formatação social é na garantia do direito à privacidade. As novas tecnologias informacionais 
oferecem uma gama de serviços e uma liberdade de expressão sem igual, mas entra em conflito com a realidade fática. A coleta de dados através 
dos cartões de crédito e de compras on line, bem como câmeras para vigilância e individualização do perfil de usuários navegantes através da rede, 
abrem possibilidades de interconexão entre os mais diversos bancos de dados apontando para a formação e expansão progressiva de uma sociedade 
de controle, de vigilância e de classificação. O referido projeto atende à área de concentração dessa instituição e sua linha de pesquisa, tendo em 
vista abordar questões de relevância que deslumbram um novo conceito de cidade frente à sociedade informacional, e a redefinição de direitos 
relativos à cidadania, à participação política, à liberdade de expressão e à garantia da privacidade, tendo em vista a prevalência da lógica comercial na 
invasão da vida privada dos indivíduos. Quanto às questões a serem abordada temos: No ordenamento jurídico atual o conceito do direito à 
privacidade é suficientemente abrangente e adequado à nova sociedade em rede? Quais as consequências jurídicas possíveis advindas da vigilância 
eletrônica na vida privada dos usuários da rede e de boatos comprometedores da reputação de empresas e da classe política? A metodologia 
utilizada na prática das atividades está associada ao conceito de pesquisa ação, a qual pesquisadores interagem em uma relação intersubjetiva com 
os sujeitos integrantes do processo e sua implementação é definida como uma pesquisa social com base empírica, realizada em uma investigação de 
uma problemática coletiva, com participação de seus atores de forma participativa. O projeto será realizado mediante os seguintes procedimentos: a) 
Pesquisa bibliográfica, com consulta ao material sobre o assunto veiculado aos meios de comunicação, leitura e fichamento das obras, revistas, 
jornais, papers diversos e outras publicações. B)Levantamento de dados a partir de entrevistas com auxílio de ferramentas voltadas a linguística 
computacional. c) Pesquisa documental, com ênfase nas decisões dos diversos tribunais brasileiros de onde possa se observar o tratamento dado aos 
problemas levantados. Em relação as metas: as análises efetuadas poderão ser materializadas em propostas específicas que visem respeitar a imagem 
dos indivíduos e das empresas, apoiadas pelos organismos públicos competentes de fomento a pesquisa. O conteúdo produzido pode fornecer um 
manual específico de conduta na rede, que preserve a inviolabilidade dos dados sensíveis dos consumidores e em contrapartida garanta aos 
prestadores serviços que disponibilizam suas atividades nas redes, menos ações judiciais decorrentes de responsabilização civil. Também pode ser 
avaliado o ‘quantum’ de privacidade que o cliente está disposto a abrir mão em decorrência de vantagens econômicas e qual os impactos jurídicos, 
decorrentes da legislação pátria, de um novo conceito do privado frente as tecnologias informacionais. Entre os objetivos temos: 1) Geral: analisar os 
efeitos provocados pela cidade digital nas relações jurídicas e sociais e 2) Específicos: a)Verificar a viabilidade de adequação da concepção clássica da 
proteção ao direito à privacidade na cidade digital, b)analisar os efeitos da implantação de uma sociedade de vigilância eletrônica em relação aos 
efeitos na política e na seleção discriminatória, c)Examinar as implicações jurídicas da análise de informações ‘on line’ não autorizadas de clientes e 
compradores em potencial, a partir de ferramentas tecnológicas que permitem os usuários e navegantes de sites e redes sociais a revelar detalhes 
pessoais de sua vida privada, d)analisar as consequências jurídicas e sociais das informações em blogs e comunidades virtuais na reputação e na 
transparência das empresas.
Título: O direito a privacidade e a liberdade de informação em uma sociedade digital.
E-mail: augustoepinto@gmail.com
Docente pesquisador: Ana Maria Pires Novaes
PLANO DE TRABALHO
A língua, como atividade que se realiza na interação, é instrumento através do qual os sujeitos expressam ideias, sentimentos, pretensões, dizem o 
mundo e nele atuam, estabelecendo relação com seus pares e com a vida em sociedade. Ao representaremas diferentes situações em que o universo 
das atividades humanas se manifesta, os enunciados refletem as condições específicas e as finalidades diversas de cada uma dessas esferas não só 
por seu conteúdo temático e estilo verbal, mas também por sua construção composicional (Bakhtin, 2000:279). Assim, todo falante, em função da 
especificidade da esfera de comunicação, mobiliza diferentes competências e elabora “tipos relativamente estáveis de enunciado”, denominados 
gêneros do discurso ou gêneros textuais.
Partindo dessas considerações, esta pesquisa, intitulada “Estratégias Discursivas em Gêneros Textuais da 
Área Jurídica” pretende analisar diferentes gêneros do domínio discursivo jurídico, produzidos por alunos da graduação em Direito, com vistas a 
desenvolver habilidades e competências necessárias à elaboração de peças processuais, exigidas no exercício profissional. Estudar a forma 
composicional dessas peças, como se organizam discursivamente, as estratégias persuasivas utilizadas são objetivos desta proposta. 
A metodologia 
é de natureza bibliográfica e de campo. Fundamenta-se nas pesquisas do texto e do discurso, em especial nas obras de Bakhtin (1986 e 2000) e nos 
estudos da argumentação e da retórica, propostos por Perelman e Olbrechts-Tyteca (2007), entre outros estudiosos. A partir da pesquisa de campo, 
será constituído um corpus com textos produzidos por alunos da graduação, cuja análise atenderá aos objetivos propostos.
Espera-se que a análise 
do corpus possa contribuir para a diagnose das principais dificuldades apresentadas pelos alunos na produção de textos jurídicos e, a partir dela, 
possam ser oferecidas metodologias mais adequadas.
Título: Gêneros Discursivos do Domínio Jurídico: um estudo da produçaõ textual dos discentes da UNESA
E-mail: profananovaes@hotmail.com
Docente pesquisador: Carlos Alberto Lima de Almeida
PLANO DE TRABALHO
Objetivo: a partir de uma amostra de alunos do curso de direito da Universidade Estácio de Sá no município do Rio de Janeiro, contribuir para a 
produção de conhecimentos relativos à operação do racismo na sociedade brasileira.
Metodologia: A metodologia a ser adotada pode ser 
sintetizada em pesquisa de campo a ser efetivada com alunos do curso de Direito da Universidade Estácio de Sá. A pesquisa envolverá o método 
quantitativo, propondo-se, neste projeto, uma amostra que tenha por base a representação do aluno ingressante [matriculados no 1º período em 
2014.1], e a representação do aluno concluinte [matriculados no 10º período em 2014.1]. 
O enquadramento teórico do presente estudo parte da 
problemática das relações raciais no ambiente escolar, relacionadas às seguintes hipóteses de trabalho:
a)	O aluno reconhece situações de 
desigualdade racial no ambiente escolar da educação básica.
b)	O aluno reconhece ações em prol da efetivação da política de afirmação e 
valorização do negro em nossa sociedade, em decorrência dos objetivos previstos na Lei 10.639/2003, que fixou a obrigatoriedade do ensino de 
história e cultura afro-brasileiras e africanas, com o objetivo de promover uma mudança nos discursos, raciocínios, lógicas, gestos, posturas, modo de 
tratar as pessoas negras, a partir da disseminação da história e cultura africanas, buscando-se especificamente desconstruir o mito da democracia 
racial na sociedade brasileira; mito este que desconsiderou as desigualdades seculares que a estrutura social hierárquica cria com prejuízos para os 
negros.
c)	O aluno reconhece conteúdo estudado ou a ser estudado no curso de Direito que guarde relação com a questão racial no Brasil e/ou com 
políticas sociais e de estratégias de valorização da diversidade, a fim de superar posturas preconceituosas de cunho étnico-racial.
Indicação das 
etapas: Revisão da literatura; Montagem do projeto: elaboração do questionário / organização do campo; Coleta de dados; Tratamento dos dados 
coletados; Elaboração do relatório final; Revisão do texto; Entrega do trabalho.
Resultados esperados: Verificar como o aluno ingressante e o aluno 
concluinte percebem a questão étnico-racial; Contribuir para a produção de conhecimentos relativos à operação do racismo na sociedade brasileira.
Título: O que mudou na educação básica 10 anos após a promulgação da Lei 10.639/2003?
E-mail: carlos.almeida@estacio.br
Docente pesquisador: Mariana Dias Ribeiro
PLANO DE TRABALHO
O Município de Niterói tem alcançado constantes índices elevados de desenvolvimento humano nos últimos tempos, que o alçaram entre os de 
maior qualidade de vida no Estado do Rio de Janeiro. A queda apontada no último censo, que o colocou em 7º lugar, algumas posições abaixo das 
anteriores, desperta a necessidade de uma avaliação de seus fatores determinantes. Apesar da dimensão ainda ocupada pelo Município, e de alguns 
setores que obtiveram aumento como a educação, a longevidade e a renda, torna-se imperioso o estudo dos fatores que o inseriram nesta posição. 
Nesta linha de raciocínio se propõe o estudo com especial destaque à saúde, em sua perspectiva na atualidade, atrelada ao bem estar social, 
contrapondo-se à simples idéia da medicalização. Ressalta-se, portanto, a necessidade de estudo dos mecanismos de promoção, relacionada à 
qualidade de vida. A emergência de seu estudo também se faz presente diante da crise no sistema de saúde do Brasil, que direciona nossas atenções 
para o setor diante da realidade permeada de iniqüidades. Vários são os fatores que interferem na saúde dos indivíduos e, dentre eles, destacamos a 
questão habitacional como determinante social no caso em análise. O espaço urbano aqui, com especial atenção para a moradia, reflete na melhoria 
da qualidade de vida, na medida em que participa da concepção de saúde. Desta forma, a habitação se revela como uma determinante social em sua 
plena realização. 
Procura-se direcionar esforços na verificação dos programas e instrumentos direcionados à acessibilidade à moradia na promoção 
da saúde a partir do ano de 2000, bem como a contribuição da moradia como a determinante social na promoção da saúde frente ao aumento dos 
índices de longevidade e de renda no Município de Niterói. 
Dentro desta perspectiva, o conhecimento acerca das condições de moradia pode 
possibilitar o planejamento de ações de controle como um importante instrumento de verificação dos impactos na determinação dos eventos que 
envolvem o estado de saúde. Revela-se, portanto, uma pesquisa teórica e também documental.
O que impulsiona o presente estudo e sobreleva o 
seu papel em nossa sociedade é o fato de presenciarmos um crescimento desorganizado, que impacta diretamente na qualidade de vida, fazendo 
surgir a necessidade de efetivar um levantamento da trajetória das políticas municipais que envolvem o tema, priorizando-se este setor de forma a se 
sobrelevar a posição do planejamento público na estruturação espacial e de conseqüente promoção da saúde.
Título: Atuais pPolíticas Públicas no Município de Niterói para fomento da moradia como promoção da saúde e aumento do IDHm
E-mail: marianadribeiro@yahoo.com.br
Docente pesquisador: Rogerio Borba da Silva
PLANO DE TRABALHO
1. Introdução
 A promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988, chamada de “constituição cidadã”, 
trouxe credibilidade ao sistema jurídico nacional, principalmente no que concerne ao exercício de direito fundamentais (liberdades individuais e 
direitos sociais); o Poder Executivo, entretanto, não possuía estrutura administrativa suficiente para disponibilizar os institutos e instituições jus-
políticos previstos na Carta Constitucional de forma a garantir o exercício desses direitos fundamentais. (SANTOS, 1994)
O Poder Judiciário, então, foi 
o poder estatal acionado para concretizar o acesso ao exercício desses direitos fundamentais: o legado formalista e legalista que o regime anterior 
deixara ao Executivo e ao Judiciário, fazendo com que este último adotasse novo posicionamento jurídico-político em nome da 
positivação/efetivaçãodos direitos fundamentais: o de conhecer, processar e julgar causas de cunho estritamente administrativo, que, no contexto 
político anterior restringiam-se ao Executivo. (BASTOS, 2001)
No mesmo período, os conflitos sociais emergentes se apresentam de uma forma mais 
complexa, propondo-se, então uma tipologia dos conflitos sociais, que se refere à infraestrutura, de forma a se confrontar com os mecanismos de 
funcionamento do Judiciário, chamada de superestrutura, de acordo com a teoria de Marx. Nas palavras de Bastos:
Para o conhecimento da 
infraestrutura impõem-se “técnicas empíricas e experimentais de coleta e mensuração de dados, tais como, questionários, entrevistas etc.” , assim 
como instrumentos teóricos para a percepção, compreensão e tratamento das situações conflitivas; para o estudo da superestrutura, impõe-se a 
“percepção lógica, ou seja, a apreensão da realidade através de instrumentos teóricos de dedução axiomática ou de dedução dialética”.
Observe-se 
que conflitos sociais não são enfermidades, mas constituem o próprio modo de ser das sociedades. A não compreensão de tal fato leva a uma busca 
utópica na análise da realidade, conforme pensamento de Dahrendorf. Os conflitos são indispensáveis como fator do processo universal de mudança 
social. (BASTOS, 2001)
Tais conflitos são, em regra, absorvidos pelo Poder Judiciário; em termos processuais, temos a ação, também chamada de 
demanda, como input, e a sentença como output. Mais uma vez ensina Bastos:
Os conflitos absorvidos pelo sistema judiciário põem em 
funcionamento mecanismos de correção, cuja racionalidade sistêmica manifestada nos enunciados normativos reduz as partes conflitantes a certas 
formalidades e a uma linguagem estritamente técnica, que elimina toda a possibilidade de o Poder Judiciário viver a dimensão total do conflito. 
(BASTOS, 2010, p. 158)
Por consequência, percebe-se que nem todos os conflitos sociais são absorvidos pelo Poder Judiciário, devido às limitações 
dos mecanismos processuais impostos. O Judiciário limita sua capacidade para determinados tipos de conflitos sociais.
 Conflitos não absorvíveis 
podem gerar mudanças deslegitimadoras do Poder Judiciário, quando as respostas às demandas não acompanham o processo de mudança social. A 
sua fragilização pode provocar, em última análise, crises sociais mais profundas.
O Poder Judiciário funciona como um órgão limitador de demandas 
e regulamentador da velocidade e da profundidade dos conflitos sociais, onde são absorvidos apenas conflitos onde a complexidade e velocidade se 
adequam aos parâmetros, sendo absorvidos e decididos. 
 Por consequência, este movimento provocou uma sobrecarga do Poder Judiciário, 
estimulando a prática de maios alternativos de solução de conflitos, especificamente a mediação, em conflitos de repercussão coletiva, como os 
conflitos ambientais.
A Mediação se apresenta como uma forma alternativa de resolução de conflitos em relação ao Poder Judiciário, com princípios, 
propósitos e instrumental próprio, propondo um diálogo entre disciplinas, de forma a permitir a construção pró-ativa da solução dos litígios em todos 
os níveis de complexidade. Baseia-se na autonomia da vontade das partes, onde a figura do terceiro facilitador – o mediador – existe apenas para 
permitir um ambiente que permita a construção pelas próprias partes da solução do litígio.
Justamente na neutralidade do mediador, que não decide 
nem opina, bem como na autonomia das partes, é que surge o problema em discussão. Isto porque, principalmente em conflitos de maior 
complexidade, onde envolva uma pluralidade de partes, questiona-se a plena capacidade de populações vítimas de danos ambientais em seus 
ambientes de, primeiro se organizarem e, segundo, de decidirem de maneira coletiva, sem que haja interferência em sua autonomia.
Durante o 
processo de construção de consenso e entendimento, a capacidade de mobilização, de compreensão e de manifestação de ideias, há uma série de 
obstáculos e de armadilhas que podem comprometer o processo decisório de múltiplas partes hipossuficientes, tanto do ponto de vista econômico 
quanto técnico.
Tais processos, conduzidos pelas partes, não passam pelo controle estatal jurisdicional, provocando, muitas vezes, o direcionamento 
dos atores melhor estruturados, para legitimar injustiças, e não a resolução de conflitos e efetivação da justiça social.
Os movimentos de justiça 
ambiental vêm justamente questionar o processo de mediação entre os atores – população lesada e empresas poluidoras – além de outros 
expectadores – prefeituras, sindicatos, associações – colocando em xeque tais processos que, embora reconhecidos, não atendem aos objetivos 
traçados.
2. A questão ambiental e o olhar da justiça. 
Percebe-se que a preocupação com a preservação do meio ambiente adquire amplitude 
mundial. Desde a metade do Século XX, a humanidade tem se conscientizado da necessidade da preservação do meio ambiente e do 
desenvolvimento sustentável das nações. Tal fenômeno não foi diferente no Brasil, quando da participação da diplomacia brasileira no primeiro 
evento mundial que discutiu a preservação da natureza em âmbito global, ocorrida em Estocolmo, realizada em 1972. 
A partir daí o Brasil passou a 
desenvolver uma preocupação com a preservação do meio ambiente. Por isto, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, no artigo 
225, estabeleceu o direito fundamental ao meio ambiente sadio e equilibrado, atribuindo a todos o dever de proteção da natureza. 
O direito ao 
meio ambiente é um direito de terceira geração, que consolida poderes de titularidade coletiva e o consagra como um direito fundamental, em nome 
das futuras gerações e tido como cláusula pétrea. Ressalta-se que a ordem social, juntamente com os direitos fundamentais, forma o núcleo do 
regime democrático de direito e objetiva o bem-estar e a justiça social, de maneira a assegurar a todos uma existência digna. Desta forma, o direito 
ao meio ambiente sadio e equilibrado consiste em um princípio derivado do direito à vida, seja pelo enfoque da saúde dos seres humanos, seja pelo 
enfoque da dignidade dessa existência. 
Por isso se considera o meio ambiente sadio e equilibrado como integrante do conjunto de direitos 
fundamentais a serem tutelados, implicando proibição de retrocesso da norma, na sua indisponibilidade e na sua constante exigibilidade. 
Deste 
modo, o direito ambiental consiste num conjunto de normas, que buscam a coexistência do ser humano com o meio ambiente e devem estar 
voltadas para o bem comum, isto é, “complexo de princípios e normas coercitivas reguladoras das atividades humanas que, direta ou indiretamente, 
possam afetar a sanidade do ambiente em sua dimensão global, visando à sua sustentabilidade para as presentes e futuras gerações.”, em 
consonância com a ideia de Justiça Ambiental.
O conceito de justiça ambiental surge em consequência da luta de movimentos sociais na defesa do 
meio ambiente, originando-se nos Estados Unidos da América do Norte. O Movimento de Justiça Ambiental dos EUA define Justiça Ambiental como 
“(a condição de existência social configurada) através do tratamento justo e do envolvimento significativo de todas as pessoas, independentemente 
de sua raça, cor ou renda, no que diz respeito à elaboração, desenvolvimento, implementação e aplicação de políticas, leis e regulações ambientais.”. 
Percebe-se que há uma clara intenção de proteger o homem comum das atividades econômicas que resultem prejuízo àqueles. É a ideia contraposta 
de injustiça ambiental, que é a exposição de qualquer indivíduo a um meio ambiente que não permita o seu pleno desenvolvimento, proveniente das 
reações físico-químicas da atividade produtiva, ou seja, a maior parte dos danos ambientais. 
O referido movimento apresentou a ideia de racismo 
ambiental, onde as pessoas de áreas mais pobres e, consequentemente, de menor renda, seriam mais afetadas por acidentes ambientais. Isto 
porque, entre outros fatores, o custo de uma eventual indenizaçãoseria menor do que em uma área mais nobre, ocupada por pessoas mais cultas e 
abastadas. Da mesma forma, apresentam o raciocínio que, como a expectativa de vida nas áreas mais pobres é menor, os danos ambientais não 
seriam percebidos da mesma forma que em uma área mais valorizada. 
3. Justificativa 
Os conflitos sociais emergentes se apresentam de uma forma 
mais complexa, propondo-se, então uma tipologia dos conflitos sociais, que se refere à infraestrutura, de forma a se confrontar com os mecanismos 
de funcionamento do Judiciário, chamada de superestrutura, de acordo com a teoria de Marx. 
Observe-se que conflitos sociais não são 
enfermidades, mas constituem o próprio modo de ser das sociedades. A não compreensão de tal fato leva a uma busca utópica na análise da 
realidade, conforme pensamento de Dahrendorf. Os conflitos são indispensáveis como fator do processo universal de mudança social. Por 
Título: CONFLITOS AMBIENTAIS E O JUDICIARIO BRASILEIRO: A MEDIAÇÃO COMO ALTERNATIVA
E-mail: rogerioborba@gmail.com
consequência, percebe-se que nem todos os conflitos sociais são absorvidos pelo Poder Judiciário, devido às limitações dos mecanismos processuais 
impostos. 
O Judiciário limita sua capacidade para determinados tipos de conflitos sociais. A Mediação se apresenta como uma forma alternativa de 
resolução de conflitos em relação ao Poder Judiciário, com princípios, propósitos e instrumental próprio, propondo um diálogo entre disciplinas, de 
forma a permitir a construção pró-ativa da solução dos litígios em todos os níveis de complexidade. Justamente na neutralidade do mediador, que 
não decide nem opina, bem como na autonomia das partes, é que surge o problema em discussão. 
Isto porque, principalmente em conflitos de 
maior complexidade, onde envolva uma pluralidade de partes, questiona-se a plena capacidade de populações vítimas de danos ambientais em seus 
ambientes de, primeiro se organizarem e, segundo, de decidirem de maneira coletiva, sem que haja interferência em sua autonomia. 
Durante o 
processo de construção de consenso e entendimento, a capacidade de mobilização, de compreensão e de manifestação de ideias, há uma série de 
obstáculos que podem comprometer o processo decisório de múltiplas partes hipossuficientes, tanto do ponto de vista econômico quanto técnico. 
Tais processos, conduzidos pelas partes, não passam pelo controle estatal jurisdicional, provocando, muitas vezes, o direcionamento dos atores 
melhor estruturados, para legitimar injustiças, e não a resolução de conflitos e efetivação da justiça social. Os movimentos de justiça ambiental vêm 
justamente questionar o processo de mediação entre os atores – população lesada e empresas poluidoras – além de outros expectadores – 
prefeituras, sindicatos, associações – colocando em xeque tais processos que, embora reconhecidos, não atendem aos objetivos traçados.
4. 
Objetivo Principal: 
Verificar se o processo de mediação de conflitos ambientais serve como alternativa de efetiva solução de conflitos ou como 
legitimação de dominação de grupos empresariais agressores do ambiente sobre população local diretamente afetada, usualmente mais pobre, bem 
como de seu consequente afastamento dos órgãos jurisdicionais para ponderação (redução/limitação) de seus direitos fundamentais previstos na 
Constituição de 1988.
4.1. Objetivos Secundários: 
1. Estabelecer critérios de identificação dos atores que tem capacidade de participação em 
processos de mediação ambiental;
2. Definir condições de qualificação de atores para participação em processos de mediação ambiental.
5. 
Hipóteses: 
1. A mediação surge como alternativa à morosidade do Poder Judiciário, conferindo, em tese, maior efetividade nos resultados obtidos, 
pois os mesmos são obtidos pelo protagonismo dos atores;
2. Os atores, que tem papéis e posições diferentes, participam da mediação com 
capacidades desiguais, sendo tal fato ignorado pelo processo, colocando em risco a legitimidade do mesmo;
3. A mediação entre atores em 
condições desiguais, grupos empresariais que geram o impacto ambiental e a população afetada, moradora, em regra, de áreas mais pobres e, 
consequentemente menos valorizadas, resulta na legitimação da dominação de um sobre o outro.
6. Metodologia: 
Será necessário abordar, 
definir e/ou utilizar os conceitos de meio ambiente, mediação, de conflito, de justiça ambiental, de justiça social, de autonomia da vontade, de 
construção de consenso, de hipossuficiência, com base na literatura própria do referencial teórico apresentado. 
A pesquisa seguirá o método de 
análise de discurso, que busca extrair os significados e a compreensão dos problemas ou dos temas a partir da linguagem e da ação dos atores, 
coalizões e atores envolvidos no cenário pesquisado. Tal método destina-se aos contextos particulares ou mais específicos e a uma análise individual 
de conflito. (LANDMAN, 2006).
Docente pesquisador: Bernardo Brasil Campinho
PLANO DE TRABALHO
Ao longo do ano de 2013, foi desenvolvida a partir do Edital TI Pesquisa 2013 a pesquisa denominada “O Direito Internacional dos Direitos Humanos e 
sua projeção na experiência constitucional brasileira (1988 – 2013): desdobramentos legislativos e jurisprudenciais”, na qual se delimitou como 
objetivo o enfrentamento dos impactos que o Direito Internacional dos Direitos Humanos na experiência legislativa e na jurisprudência dos Tribunais 
Superiores nos últimos vinte cinco anos, identificando limites e possibilidades do processo de afirmação do sistema de proteção dos direitos humanos 
no Direito Constitucional brasileiro. Ao longo da pesquisa mencionada, foram analisadas as perspectivas de incorporação do Direito Internacional dos 
Direitos Humanos na ordem jurídica brasileira por diferentes atores institucionais: a jurisprudência dos Tribunais Superiores, a atuação do Congresso 
Nacional como Poder de Reforma da Constituição e a atuação do mesmo Congresso como legislador ordinário. Embora a pesquisa de 2013 esteja em 
sua fase final, pode-se verificar ao longo do trabalho desenvolvido que a resposta institucional do Congresso Nacional como legislador ordinário 
apresentava-se como a mais favorável, comparativamente aos demais atores mencionados, à incorporação e concretização do Direito Internacional 
dos Direitos Humanos no Brasil. Tomando este ponto de partida, a pesquisa ora apresentada ao Edital Pesquisa Produtividade 2014 consiste em uma 
investigação dos processos de incorporação dos principais tratados internacionais de direitos humanos do sistema da Organização das Nações Unidas 
no Brasil, procurando identificar em que medida os mesmos se projetaram nas leis editadas pelo Congresso Nacional, evidenciando os graus de 
aderência da legislação brasileira sobre direitos humanos com os padrões do sistema internacional de proteção. Não se trata de extensão da pesquisa 
de 2013, mas sim de um aprofundamento, visto que agora haverá uma incidência delimitada apenas nos desdobramentos legislativos dos tratados 
internacionais de direitos humanos, procurando estabelecer como estes se coadunam ou não com as obrigações assumidas pelo Brasil nos tratados e 
com parâmetros de aproximação entre o Direito brasileiro e o Direito Internacional na Constituição brasileira. A pesquisa se revela oportuna por estar 
inserida no marco do aniversário de 65 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a ser comemorado em 10 de dezembro de 2013, e será 
subsidiada pelos resultados e conclusões encontrados na pesquisa realizada no ano de 2013. Serão analisados os seguintes tratados da Organização 
das Nações Unidas quanto aos direitos humanos e a suas projeções legislativas ou projetos de lei no Brasil: genocídio, combate à discriminação racial, 
eliminação à discriminação contra a mulher, situação dos refugiados e combate ao desaparecimento forçado de pessoas, além da análise da projeção 
dos pactos de direitos civis e políticos e de direitos sociais, econômicos e culturais (os tratados de prevençãoe combate à tortura e de direitos das 
crianças estão sendo analisados já na última fase da pesquisa de 2013). Para realizar o exposto, será feita uma pesquisa documental ampla, de base 
comparativa, confrontando os tratados internacionais de direitos humanos do sistema ONU com suas projeções legislativas (leis vigentes e projetos 
de lei em tramitação), além de, na última fase do trabalho, analisar como a jurisprudência analisa a relação entre os tratados internacionais 
mencionados e os marcos legislativos que os concretizam no Brasil.
Título: A INCORPORAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS NO BRASIL E SEUS DESDOBRAMENTOS LEGISLATIVOS: UMA 
ANÁLISE A PARTIR DO PARADIGMA DO ESTADO CONSTITUCIONAL DE DIREITO
E-mail: bbcampinho@yahoo.com.br
Docente pesquisador: Carlos Roberto Rodrigues Batista
PLANO DE TRABALHO
O presente projeto se insere na linha de pesquisa do PPGD-UNESA “Direitos Fundamentais e Novos Direitos” e está focado na temática constitucional 
da liberdade de associação sindical, descrita no Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais da CRFB/88. O objeto de estudo são os sindicatos 
dos petroleiros, divididos em dois grupos, o da FUP - Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o da FNP - Federação Nacional dos Petroleiros, com 
propostas de atuação diametralmente opostas e uma forte dissidência intersindical. 
A pesquisa se desenvolve no cenário de transição do 
neoliberalismo, representado pelo Governo FHC, para o social desenvolvimentismo, iniciado com o governo Lula e que tem continuidade com Dilma 
Rousseff. Com a ascensão do PT ao poder, Lula inaugura uma importante mudança no perfil sindicalista brasileiro, ao fortalecer as Centrais Sindicais, 
que passam a receber parte do imposto sindical. Outro fenômeno deste período de transição é o da Engenharia de Cooptação, denominação 
atribuída à ocupação de posições de comando nas empresas públicas e de economia mista por antigos sindicalistas e que pode ter dado causa à 
dissidência sindical.
A metodologia de pesquisa é mista, com abordagem quantitativa e qualitativa dos aspectos ligados à dissidência sindical. Além 
das referências bibliográficas acadêmicas, analisaremos o conteúdo dos principais veículos de divulgação dos sindicatos dos petroleiros, cotejando as 
notícias. Os julgados da Justiça do trabalho também serão subsídios desta pesquisa.
O estudo pretende avaliar os efeitos da reforma do judiciário (EC 
45/2004) no processo de negociação coletiva, a partir dos resultados das campanhas salariais de 2013 e 2014, e da atuação da Justiça do Trabalho em 
defesa dos direitos dos trabalhadores do setor petróleo. As etapas da pesquisa são as seguintes: levantamento bibliográfico; produção de monografia 
para submissão ao CONPEDI – Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito; produção de revisão de literatura sobre o sindicalismo; 
coordenação de pesquisa conjunta com alunos da UNESA do curso de pós—graduação em direito do Campus Niterói visando o Seminário de Pesquisa 
da Estácio e produção de monografia para submissão no IV Seminário Interdisciplinar de Direito e Sociologia da UFF. Como resultados esperados, 
teremos duas publicações sobre direito sindical submetidas a anais de eventos; pelo menos uma publicação própria no Seminário de Pesquisa da 
Estácio, além de outras elaboradas por alunos da pós-graduação da Instituição, concluindo com revisão bibliográfica exaustiva sobre sindicalismo que 
pretendemos publicar com recursos obtidos junto a FAPERJ.
Título: O sindicalismo brasileiro e seus principais problemas
E-mail: carlos.batista@estacio.br
Docente pesquisador: Ana Luiza da Gama e Souza
PLANO DE TRABALHO
Neste projeto pretendemos consolidar um laboratório institucional de monitoramento de direitos humanos sociais e econômicos no Brasil, a partir 
das estratégias e decisões tomadas no âmbito do “Fórum Econômico Global”, uma organização internacional de perfil peculiar, composta pelas 
maiores corporações econômicas do mundo e que tem adquirido ao longo do tempo identidade pública e poder de influenciar a esfera pública global 
no seu campo de atuação, qual seja, o desenvolvimento da economia global em benefício das corporações transnacionais e dos governos das nações 
industrializadas em detrimento das nações de baixo desenvolvimento social e humano. O desenvolvimento da economia global e o fomento à 
competitividade como proposta do Fórum deve ter como resultado um incremento proporcional no processo de melhoria constante das condições 
de vida da população como finalidade primeira dos diretos humanos como um todo único e indivisível dos valores humanos fundamentais. O 
monitoramento terá como foco os relatórios anuais emitidos pelo Fórum e os relatórios de competitividade global que tenham como objeto 
deliberações, decisões e estratégias do Fórum voltadas para o Brasil, considerado como “mercado emergente” e integrante do BRICS e que por esta 
razão vem ganhado importância para realização dos objetivos e finalidades do Fórum, o que eleva o risco de comprometimento da realização dos 
direitos humanos no Brasil. O nível de comprometimento como resultado de deliberações no espaço do Fórum será avaliado a partir de indicadores 
sociais e do IDH. O objetivo final é o monitoramento anual do Fórum através dos relatórios anuais e a confrontação com os indicadores sociais e IDH 
e a divulgação de um relatório avaliativo dos resultados obtidos. A metodologia compreenderá a leitura e fichamento de textos relacionados a 
temática do desenvolvimento econômico sob a âmbito do direitos humanos e questões correlatas como governança global e organizações 
internacionais, além do acompanhamento, leitura e coleta das informações contidas nos relatórios, análise e cruzamento de indicadores.
Título: Forum Ecoômico Global: impactos sobre os direitos humanos no Brasil
E-mail: aninha@ism.com.br
Docente pesquisador: Eleonora Freire Bourdette Ferreira
PLANO DE TRABALHO
Este projeto opera com as determinantes sociais da promoção da saúde, inaugurado pela 1ª Conferência Internacional sobre promoção da saúde de 
Otawa em 1986, com o lançamento da Carta de Otawa e a adoção deste paradigma em nosso país no ano de 2006 referenciado no conceito de saúde 
editado pela OMS: "um estado de completo bem estar físico, mental e social, não meramente a ausência de doença ou de enfermidades" e a adoção 
de Determinantes Sociais da Saúde (DSS) como "os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos /raciais, psicológicos e comportamentais que 
influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população. Tais fatores devem ser conhecidos para apoiar a formulação de 
políticas públicas voltadas à efetivação da promoção da saúde em nosso país.
Tendo por objeto o estudo da política pública urbana implementada 
atualmente em Niterói, hipoteticamente considerada como determinante social prevalente ou decisiva da queda da qualidade de vida e da promoção 
da saúde no município, indicando um retrocesso preocupante, cujos fatores devem ser identificados e analisados.
Esta pesquisa tem por objetivos:
. 
promover um levantamento da política urbana executada pelos últimos governos e analisar a tendência predominante, ou seja, pela permanência ou 
redefinição do modelo da cidade marketing.
. realizar um levantamento das desapropriações para fins sociais na última década, destinadas à 
melhoria da mobilidade urbana e à criação de espaços sociais.
. fazer o levantamento dos investimentos feitos na expansão e melhoria do 
saneamento básico e da saúde preventiva.
. organizar um levantamento das organizações sociais que atuam na política urbana e possíveis demandas 
atuais.
 A metodologia adotada será a pesquisa teórica, o levantamento dos dados empíricos a partir de registros públicos e entrevistas com 
membros das organizações sociais participantes do processo. Análise comparativa dos dados recolhidos e dos discursos sobre a política urbana 
implementada, a fim de traçar a tendência predominante e comprovarou não a hipótese.
Título: Determinantes Sociais da promoção da saúde e a política urbana atual do município de Niterói
E-mail: eleonorafreire@ig.com.br
Docente pesquisador: Claudio Carneiro Bezerra Pinto Coelho
PLANO DE TRABALHO
O presente projeto tem por objetivo investigar os aspectos teóricos e práticos da evolução legislativa tributária brasileira e seus reflexos na 
Economia, partindo da “Hermenêutica Filosófica”, tendo como marco teórico inicial o Positivismo até o Constitucionalismo Contemporâneo. Com 
isso, visa-se traçar um panorama da hermenêutica constitucional tributária aplicada ao sistema jurídico vigente, analisando e identificando possíveis 
distorções de cunho teórico e jurisprudencial. No Brasil, os próprios Tribunais Superiores reconhecem que a concretização dos direitos fundamentais 
depende, em grande parte, de um vínculo financeiro subordinado às possibilidades orçamentárias do Estado. Nesse sentido, se comprovada a 
incapacidade econômico-financeira do Estado, deste não se poderá “razoavelmente” exigir a imediata efetivação da Carta de 88. Por isso, 
investigamos a existência de uma trilogia paradoxal da tributação, na qual se questiona se o problema referente à materialização dos direitos 
fundamentais encontra óbices na insuficiência de dotação orçamentária ou se na realização de políticas públicas ineficazes ou ainda, na combinação 
de ambos. A norma tributária possui sob o ponto de vista fático um efeito prático relevante que merece ser investigado ou ao menos considerado, 
pois no Brasil percebe-se uma crescente “voracidade” fiscal e, portanto, pode-se concluir que no que se refere a aplicabilidade dessas normas há um 
viés puramente arrecadatório que promove uma “autofagia” do sistema jurídico-tributário. Assim, também será objeto de tal pesquisa a 
possibilidade de se considerar os reflexos macroeconômicos das decisões judiciais que envolvam matéria tributária, sob a ótica dos estudos feitos 
pela Análise Econômica do Direito (AED). O desenvolvimento desta pesquisa abrange levantamento bibliográfico, seguido de estudo das principais 
publicações sobre a temática (livros, artigos científicos, dissertações, teses, decisões jurisprudenciais, entre outras).
Título: Justiça Fiscal e a Análise Econômica do Direito
E-mail: PROFESSORCLAUDIOCARNEIRO@GMAIL.C
Centro de Comunicação e Artes
Planos de trabalho vinculados ao curso: Cinema
Docente pesquisador: Wilson Oliveira da Silva Filho
PLANO DE TRABALHO
Dando continuidade ao projeto de pesquisa desenvolvido em 2013 que visava "aprofundar a relação entre cinema e performance", cartografando 
episódios da itinerância dos exibidores, pretende-se em nossa pesquisa de 2014 investigar a relação entre cinema e cidade dando ênfase ao 
fenômeno das projeções ao ar livre de artistas que usam essa prática como o Coletivo Projetação e CineFantasma - projeções de imagens que 
evocam memórias de antigos cinema de rua nas fachadas ou do que resta das próprias edificações seja dos grandes palácios cinematográficos ou dos 
pequenos poeiras (GONZAGA, 1996). Citamos dois projetos de uma dezena de ações que transformam a cidade como lugar de exibição. Além da 
lógica do "cinema de atrações" (GUNNING, 1995) que marcava nossa pesquisa até então, mas pela conceituação de "cinema expandido", evidenciada 
por YOUNGBLOOD (1970) destacamos nosso referencial teórico para entender esse fenômeno. A relação do cinema com novas artes e a ideia do 
cineasta como “cientista do design” que Youngblood formula são propícias teoricamente para um novo ambiente citadino que presencia o cinema 
pela nossa cidade. Retomado por teóricos das novas mídias o conceito ganha novos contornos em Jeffrey Shaw com a ideia de um cinema 
digitalmente expandido. As manifestações em tempo real com ênfase em filmes que são criados ou recriados nos computadores ou o que vem se 
afirmando como live cinema ganha as ruas trazendo o cinema para além das salas. Fachadas se tornam locus de uma prática cinematográfica que 
fundada nas potências do digital e da virtualidade se transforma. Se nas vanguardas dos anos 20 do século passado as cities symphonies – cujo maior 
exemplo é “O homem com uma câmera” (VERTOV, 1929), tinham a cidade como leitmotiv - hoje a própria cidade se torna tela de ligação entre 
artista e espectador ( ou melhor participador para retomarmos a noção de Oiticica). Buscamos entender práticas como o mapping (mapeamento e 
leitura de fachadas como superfícies informacionais que permitem que a arquitetura se torne tela) através de um levantamento desse tipo de 
projeção. Nossa metodologia leva em consideração uma análise dos registros dessas performances através de vídeos na web e outros feitos pelo 
autor na sua tese de doutorado com previsão de defesa para janeiro de 2014 e em projeções futuras dos grupos citados e de outros a serem 
levantados.
Título: Cidade-Cinema: Outros espaços, novos cinemas
E-mail: wilsonoliveirafilho@yahoo.com.br
Docente pesquisador: Denise Jorge Trindade
PLANO DE TRABALHO
Titulo: ‘Narrativas e montagens: a poética temporal dos fotolivros’.
Este projeto é continuidade do projeto “O fotográfico: a imagem como cicatriz 
e ausência na arte contemporânea” , o qual foi contemplado na categoria 
APQ1 do órgão de fomento FAPERJ em 2012/2013, para auxílio na 
aquisição de equipamentos e livros objetivando o desenvolvimento da pesquisa teórica e prática, patrimoniados pela UNESA ( campus João Uchoa) 
.
Assim como no primeiro projeto, seu desenvolvimento é conseqüência de experiências em sala de aula afirmando a importância da linha de 
pesquisa em “Poéticas Visuais” no curso de cinema da Universidade Estácio de Sá.
 O projeto visou compreender o uso do fotográfico em 
determinados movimentos modernos e contemporâneos, verificando como a fotografia expõe fissuras entre visibilidade e legibilidade produzindo 
outros sentidos para o conceito de arte. Verificou-se como questões decorrentes do encontro entre Arte e Imagem através do Fotográfico 
transformam o discurso crítico e teórico e a própria produção artística atual. 
 O projeto caminha agora para outros desdobramentos, mantendo o 
foco na relação entre narrativas e visibilidade, através de uma pesquisa sobre ‘fotolivros de artistas’ problematizando principalmente a questão da 
montagem com o titulo de “Narrativas e Montagens: a poética temporal dos fotolivros”.
‘Narrativas e montagens: a poética temporal dos 
fotolivros’
Palavras chave: fotolivros, montagem, inconsciente ótico, imaginário, sintoma.
Introdução: O projeto ‘Narrativas e montagens: a 
poética temporal dos fotolivros’ pretende tecer relações entre a escritura, a imagem e o espaço filmico na produção de fotolivros na 
contemporaneidade. Enfatizamos como ponto de partida o “corpus poético” presente em fotolivros produzidos por artistas visuais, em sua 
perspectiva temporal. Consideramos se tratar de propostas de leitura que despertam um tipo de atenção diferente para cada receptor, o qual se 
transforma em co-autor, no momento da fruição da obra. As relações entre palavra e imagem, assim como entre fotográfico e fílmico serão 
abordadas para uma reflexão maior sobre as relações das imagens e o pensamento visual. 
Objetivo Geral: Compreender a força estética das 
narrativas visuais e sua capacidade de produzir pensamentos através de composições iconográficas. Averiguar a produção de sentido destas 
narrativas e sua importância na produção artística contemporânea através dos fotolivros.
Objetivos Específicos: Contextualizar a importância dos 
fotolivros de artistas na contemporaneidade. Compreender a poética existente nas narrativas visuais de alguns artistas como referência estética e 
científica. Verificar a aproximação da edição das imagens deste tipo de livros com elementos da montagem cinematográfica, expandindo o 
conceito de ‘leitura visual’. Propor aos alunos da pesquisa a produção de fotolivros estimulando nestes a criatividade na composição entre 
imagens.
Justificativa: A autonomiada imagem fotográfica através do uso de diversos meios tecnológicos produz inscrições e desafios em 
contextos diversos tornando-se tema constante na teoria da imagem e na estética contemporânea.
 Os fotolivros de artistas, por reunirem do livro, 
a idéia de escritura; da fotografia, os elementos expressivos da cor, do enquadramento, da luz; e do cinema, os intervalos, os cortes, a montagem e, 
principalmente, a temporalidade, tornam-se importante objeto de pesquisa em suas narrativas visuais. Para Horácio FERNANDEZ ( 2011) , é 
imprescindivel que sejam livros nos quais um autor tenha organizado um conjunto de fotografias como uma continuidade de imagens, com o 
objetivo de produzir um trabalho visualmente legível.
 As obras de artistas contemporaneos brasileiros como Miguel Rio Branco, Rosangela Rennó, 
Antonio Sagesse, Edith Derdyk entre outros que utilizam diversos meios e suportes em seus fotolivros, tornam-se fundamentais nesta pesquisa, 
propondo leituras e apropriações.
Percebe-se como a montagem das imagens dispostas nestes livros propõe rumos para uma escrita que altera o 
próprio sentido de narrativa, através de 'corpos fragmentados' como em planos cinematográficos , aproximando-se assim da linguagem 
fílmica.
Acreditamos que averiguar tais relações tona-se fundamental no campo da pesquisa da imagem e da estética em um curso de Cinema e 
Audio Visual no que ela propõe compreender as decorrentes transformações da imagem como texto nas narrativas visuais, seja no aspecto da 
produção ou da percepção que estas produzem. 
Fundamentação Teórica:
 
 A constatação da imagem como texto provoca atualmente vários 
estudos sobre a fotografia assim como sobre as narrativas. Através de suas inscrições imagéticas e desafios apontam-se caminhos para uma 
compreensão da contemporaneidade, principalmente no que diz respeito ao uso de meios tecnológicos. COUCHOT(2003) chama a atenção 
principalmente para a questão de não se tratar de saber se uma arte tecnológica é possível,mas como a tecnologia é capaz de mudar a arte e assim 
produzir mudanças no campo da estética. Propomos perceber estas mudanças através de séries narrativas fotográficas organizadas em fotolivros de 
artistas examinando o deslocamento que estas provocam nas produções estéticas contemporâneas através de sua poética e verificar o uso do 
fotográfico e do fílmico nestas narrativas.
Em um primeiro momento é importante perceber como determinadas imagens reunidas tornam-se 
narrativas visuais. Nos fotolivros, é a poética que as reúne, criando uma tessitura visual. Para melhor compreensão do "corpus poético " presente 
nos fotolivros, a pesquisa terá como referência algumas proposições feitas por Walter Benjamin a respeito da fotografia, destacando em primeiro 
lugar suas considerações sobre o “corpus” inventado por August Sander em "Men of the 20th Century"- um projeto de fotografia documental de 
grande envergadura, iniciado na década de 1920, composto basicamente por retratos, por sua vez organizados segundo o critério de classificação de 
tipos da sociedade elaborado pelo próprio fotógrafo. Walter Benjamin em seu texto clássico “A pequena História de Fotografia” verificou neste 
trabalho de Sander, um aspecto importante da migração das imagens como a passagem de estados existenciais para a placa fotográfica, onde o rosto 
humano aparece diante das câmeras atribuido de significados diversos de um “portrait” e as pessoas fotografadas que aparecem distanciadas de suas 
identidades expressam em suas poses e vestes o Século XX constituindo um “corpus” teórico por seu caráter poético e científico. 
Como 
desdobramento, na atualidade, percebemos outros “corpus” inventados por artistas contemporaneos. No instigante trabalho “Arquivo Universal” da 
artista Rosângela Rennó, a série intitulada “Cicatriz” é resultado da apropriação e seleção de um conjunto de imagens que integra um acervo de 
1.800 fotografias de tatuagens, realizadas provavelmente entre as décadas de 1910 e 1940 na Penitenciária do Estado de São Paulo (Complexo do 
Carandiru). A artista cria sequências visuais através de agrupamentos de planos escolhidos que evidenciam mãos, braços, rostos e outras partes do 
corpo como detalhes, ocultando a totalidade da qual o fragmento foi retirado. Ao catalogar estas “partes”, Rennó as organiza em séries narrativas 
criando uma nova temporalidade. Em depoimento, a autora diz que quando expõe, obriga o espectador a “ler”, para que ele possa construir sua 
própria imagem.
Também, em “Pele do Tempo” (2002), o artista Miguel Rio Branco dispõe fotos realizadas por ele, de objetos, pessoas e paisagens, 
desafiando o significado imediato de cada coisa para além da memória instantânea e fazendo notar a sutileza da forma, da cor e do volume que a luz 
esmaecida de suas fotos proporciona ao mundo visível. O artista associa sons, cria ritmos e edita sequências de fotografias, propondo, assim, uma 
sintaxe sem palavras, um encadeamento lógico e não linear de códigos próprios das imagens dos quais o próprio autor apreende apenas uma parte. É 
como um jogo no qual cada participante pode (e deve) embaralhar imagens para recriar seu próprio léxico. Observa-se que tanto a disposição das 
fotos quanto seu conteúdo sugerem narrativas ou ensaios propondo tipos diversos de leitura. 
Diferentemente das séries, nos fotolivros 
“Apagamentos” de Rennó ou “Silent Book” de Rio Branco as fotos adquirem outras relevancias em suas narrativas, aproximando-se, neste projeto, 
da linguagem cinematográfica através da montagem e do intervalo que existem entre as imagens, além de produzirem novas configurações 
temporais a serem pesquisadas.
Em “Silent Book” , percebe-se nas primeiras sequencias das páginas organizadas em duplas a imagem de uma 
casa simples de tábuas à esquerda , que possui em primeiro plano um varal onde estão estendidos lençois e fronhas com manchas vermelhas. À 
direita, em um plano inclinado, quase um plongéee, a rugosidade de um tipo de solo salta a nossos olhos, fazendo sobressair uma faca. Em volta 
desta, uma mancha vermelha, evocando sangue. Qual a relação entre estas imagens? Como em uma montagem “eisenstaniana” , o sentido aparece 
na imagem mental que construímos. As fotografias evidenciam marcas. Um crime? A ponta da faca é do mesmo azul da parede da imagem da página 
anterior. Apesar de serem fotografias sabemos, pelo caráter ficcional do livro, que não se trata de um “crime real” . Seria um crime das próprias 
imagens no qual o criminoso pode ser o fotógrafo ou mesmo a fotografia?
O caráter de crime também aparece na série “Apagamentos”de Rennó. 
na qual a artista retrabalha fotografias feitas pela polícia técnica. Esse resgate de rostos e cenas anônimos, revelando tragédias particulares, é 
dotado de uma narrativa de alto impacto e funciona, sobretudo, como um "documento da amnésia": cenas que por pouco não foram apagadas 
Título: ‘Narrativas e montagens: a poética temporal dos fotolivros’.
E-mail: denise.trindade@terra.com.br
ganham, ares de ficção literária.
A montagem das imagens dispostas neste livros ( e , outros que serão analisados ao longo da pesquisa) torna-se 
fundamental para compreensão de seus ‘textos’. Através das brechas temporais entre as imagens apresentam-se desafios ao leitor e estas 
adquirem outros significados.
Para compreender estas brechas, é importante ressaltar a questão levantada por Benjamin ao destacar a importância 
do olhar do espectador, na procura, através do acaso, daquilo que a realidade ultrapassou o caráter de retrato para encontrar um lugar incerto e 
assim descobrir uma outra natureza que diz alguma coisa para o olho: “outra sobretudo porque, no lugar de um espaço elaborado pelo homem, 
aparece um espaço elaborado inconscientemente”. Ainda que sobre esse “inconsciente ótico” se conheça somente alguma coisa através dos 
sintomas e seus instintos , é através das ampliações das fotos que podemos nos aproximar das características estruturais,tessiturascelulares, etc, 
como na psicanálise. A fotografia torna visível esses ‘sintomas’, inaugurando os aspectos fisionômicos, os mundos imagéticos que se escondem nos 
pequenos detalhes, significativos e ocultos, para encontrarem abrigo nos estados de devaneio aproximando técnica e magia.
Em estudos recentes 
no campo da “Teoria da Imagem”, o pensador e historiador da arte George Didi- Huberman, ao dialogar com o conceito de ‘sintoma’ em Benjamin, e 
expande, problematizando a questão da montagem e suas consequencias . Segundo HUBERMAN ( 2013;399) , a montagem expõe descontinuidades 
temporais.
 A montagem- pelo menos no sentido que nos interessa aqui- não é a criação artificial de uma continuidade temporal a partir de planos 
descontínuos dispostos em sequências. Ao contrario , é um modo de expor visualmente as descontinuidades do tempo que atuam em todas as 
sequências da história.( Didi-HUBERMAN) ( 2013;399).
Ao verificar na obra de Aby Warburg , as diversas “montagens” através de planos diversos 
das imagens da história da arte, feitas com pranchas fotografadas que ele nomeia ‘Mnemosyne’, Huberman verifica que ele propõe novos sentidos 
para a história e consequentemente para a arte. A disposição das fotos cria relações diversas nas quais o historiador forma constelações. Elas 
adquirem caráter permutáveis em um incessante deslocamento combinatário, questionando um tipo de narrativa única, construindo um pensamento 
movente, irredutível à ordem discurso.
Estes tempos diversos possuem relações com as imagens cinematográficas por seu movimento e lógica 
temporal, como quer Philip Alain Michaud.
Michaud descortina diferentes frequências, ritmos, derivas e colisões na obra de Warburg ao se defrontar 
com a imagem em movimento. Desdobra-se, assim, uma série de painéis que exibem relações anacrônicas: desde os experimentos cinetoscópicos de 
William K. L. Dickson e a cronofotografia de Etienne-Jules Marey.
Essas questões serão desenvolvidas na pesquisa com maior acuidade, visando 
perceber sua pertinencia nas narrativas visuais e também verificar suas consequências estéticas na constituição de pensamentos imagéticos, 
considerando o uso da linguagem cinematográfica nos fotolivros de artistas. 
Metodologia da pesquisa
1-	Conceituar o fotolivro segundo seus 
aspectos históricos e compreender suas especificidades em seus 'corpus poéticos'. Contextualizar sua importância na produção contemporânea de 
arte e imagem.
2-	Selecionar e pesquisar alguns fotolivros de artistas e analisar as relações entre as imagens, em seus aspectos iconográficos ( 
formas , relações gestuais, complementação, oposição, etc....)
3-	Verificar aproximações destas relações com elementos da linguagem 
cinematográfica, principalmente através da montagem.
4-	Estabelecer relações com os pressupostos teóricos apontados na pesquisa ( inconsciente 
ótico, narrativa temporal, imagem-sintoma). 
5-	Redação do texto final.
Planos de trabalho vinculados ao curso: Comunicação Social
Docente pesquisador: Pablo Cezar Laignier de Souza
PLANO DE TRABALHO
Em 2011, durante o Congresso Nacional da INTERCOM ocorrido em Recife, houve a comemoração dos vinte anos do Grupo de Pesquisa (GP) Rádio e 
Mídia Sonora, que vinha abrigando parte significativa das pesquisas sobre música realizadas no âmbito da Comunicação Social no Brasil nas últimas 
décadas. Além deste, o GP Comunicação e Culturas Urbanas também abrigava alguns trabalhos cujos objetos de pesquisa se situavam na interface 
entre comunicação e música. No evento de 2012 em Fortaleza, contudo, pesquisadores como Micael Herschmann, Jeder Janotti Jr., Felipe Trotta e 
Simone Sá fundaram o GP Comunicação, Música e Entretenimento, o que evidencia o crescimento do tema “música” no âmbito dos estudos 
comunicacionais brasileiros. Mas de que forma a música é tratada pelos autores internacionais de referência da Teoria da Comunicação estudados no 
Brasil? Estes autores se constituem como referência direta nas pesquisas recentes em Comunicação e Música no Brasil? Quais são os autores, escolas 
e conceitos mais influentes no que se refere aos recentes estudos de Comunicação e Música no Brasil? Que metodologias vêm sendo privilegiadas 
nestes estudos no Brasil contemporâneo? 
Com base na justificativa e nas questões de pesquisa apresentadas acima, o objetivo desta pesquisa é 
traçar um panorama inicial dos estudos teóricos em Comunicação e Música no Brasil, a partir de um enfoque que privilegie tanto os autores 
considerados “clássicos” e amplamente estudados em disciplinas como Teorias da Comunicação até as pesquisas mais recentes de pesquisadores 
brasileiros. Assim, o projeto “Música e Teoria da Comunicação no Brasil” constitui-se em duas etapas metodológicas: 1) uma análise teórica do que 
foi escrito sobre música por autores internacionais que se tornaram referência na Teoria da Comunicação e que são estudados nas principais 
disciplinas teóricas do curso de Comunicação no Brasil (ex: Theodor Adorno, Walter Benjamin, Umberto Eco, Roland Barthes, Stuart Hall, Pierre Lévy); 
2) uma análise teórico-metodológica das principais pesquisas recentes ou em andamento sobre música no âmbito da Teoria da Comunicação 
brasileira, sobretudo no que se refere aos autores citados no parágrafo anterior e nas pesquisas cujos trabalhos foram apresentados nos dois 
primeiros anos do Grupo de Pesquisa recém criado no congresso nacional da INTERCOM.
Título: Música e Teoria da Comunicação no Brasil
E-mail: pablolaignier@gmail.com
Docente pesquisador: Soraya Venegas Ferreira
PLANO DE TRABALHO
Em busca da excelência no Jornalismo: um estudo das premiações
A determinação da identidade jornalística, tão relevante para atualização dos 
Projetos Pedagógicos do Curso, resulta da percepção de uma rede de representações sociais que, através de conceitos, técnicas e procedimentos, 
reproduz e é produzida pelas práticas cotidianas originadas no campo. Entre essas práticas estão as premiações. Algumas, pela sua abrangência e 
longevidade, tornaram-se relevantes a ponto de serem tomadas como referência de bom exercício profissional, evidenciando paradigmas da prática 
jornalística. Esse é o caso, por exemplo, do Prêmio Imprensa Embratel e do Prêmio Esso de Jornalismo. Há outros que, pelas características das 
entidades promotoras, abordam temáticas específicas, como o Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento, cujo objetivo é estimular o jornalismo 
que contribua para a prevenção, combate e eliminação de qualquer discriminação racial e o Prêmio Estácio de Jornalismo, que destaca reportagens 
cujo tema central seja o Ensino Superior.
A partir de um breve levantamento em sites de associações de jornalismo percebe-se a diversidade de 
prêmios, mas o mesmo não ocorre com a pesquisa acadêmica sobre o tema. Conforme levantamento feito por Robson Dias, em 2008, em 18 centros 
de pesquisa brasileiros, não há ocorrência significativa de publicações científicas sobre o assunto. Um levantamento livre em sites de busca comprova 
essa percepção, pois ainda hoje as ocorrências são raras. Nesse sentido, o presente projeto pretende contribuir com análises das premiações, tendo 
como foco os tradicionais prêmios – Esso e Embratel e/ou Petrobras de Jornalismo e, pelo menos, mais dois prêmios temáticos com categorias 
diversas, como Estácio e o Abdias Nascimento. As análises poderão ser comparativas e permitem recortes diversificados, seja por estrutura do 
prêmio, sistemática de julgamento, divisão de categorias, trabalhos premiados, entre outras a serem determinadas no decorrer da pesquisa
Título: O Rio de Janeiro premiado – Imagens da cidade nos Prêmios Nacionais de Jornalismo
E-mail: sosovenegas@yahoo.com.br
Docente pesquisador: Milton Julio Faccin
PLANO DE TRABALHO
De modo geral, esta pesquisa enquadra-se naquelas vertentes teóricas (Estudos Culturais e Semiologia dos Discursos Sociais) que possibilitam analisar 
a configuração atual das relações do homem pós-moderno com seu espaço territorial, estimulada pelas tecnologiasda comunicação e da informação, 
a medida em que elas tornam-se gestoras de novas formas de sociabilidade. Ao mesmo tempo em que há uma tendência à padronização dos fluxos 
informativos no espaço-mundo, mediada por mecanismos discursivos comuns que ampliam o espectro da experiência humana, paradoxalmente nota-
se a proliferação de diferentes formas de apropriações particulares por indivíduos e grupos sociais que produzem aquilo que chamamos de sentido 
de pertencimento. Seria a reafirmação das identidades culturais particulares em meio a uma lógica homogeneizadora, sem que, necessariamente, 
seja fruto das posições aparentemente opostas, em espaços dicotômicos.
Diante deste breve contexto, o jornalismo evidencia-se como instância 
privilegiada das novas formas de sociabilidades a medida em que dá visibilidade e agencia o arsenal simbólico da memória cultural de um grupo, mas 
também os interesses coletivos que definirão a sua identidade. Nesta pesquisa, almeja-se tecer articulações em torno da lógica de funcionamento 
discursivo da imprensa localizada em zonas de fronteira - no caso, a brasileira - para justamente aferir o seu papel na construção da identidade cujas 
categorias nós-eles, centro-periferia, nacional-estrangeiro tornam-se cruciais. Isso passa por compreender a institucionalização da imprensa nos dez 
estados brasileiros que fazem fronteira com países da América Latina, cuja matriz identitária difere visivelmente da vertente que prosperou em solo 
nacional.
Neste sentido, este projeto alinha sua metodologia ao desejo de avaliar aduçnadas condiça cidade, do seu territ que se paresentam como 
voz coletiva forma como os dispositivos jornalísticos - que se dedicam, através das notícias, a fornecer informações aos grupos sociais residentes nas 
capitais dos Estados brasileiros localizados em zonas de fronteira - mobilizam diferentes narrativas e atores, funcionando como agenciadores dos 
interesses coletivos e da nacionalidade brasileira. Espera-se, portanto:
a) Identificação dos principais dispositivos jornalísticos que favorecem as 
sociabilidades em zonas de fronteira, caracterizando-os no sistema de comunicação local e suas interfaces com o sistema nacional, levando-se em 
consideração de que eles inscrevem-se num certo território para dar conta do processo de comunicação de certo grupo social. 
b) Busca de indícios 
contextuais que permitem traçar um perfil da institucionalização do sistema de comunicação em zonas de fronteira, observando a relação existente 
entre o nacional, a fronteira e o exterior, já que a região inclui as contradições identitárias típicas de zonas limítrofes.
c) Compreensão dos processos 
de mediação simbólica através das práticas discursivas mobilizadas pelos dispositivos jornalísticos que permitirá identificar a ocorrência de uma 
agenda pública, midiática e política, fruto da dinâmica das relações estabelecidas em situações de mobilidade do “nós” (os brasileiros) e “eles” (os 
estrangeiros) e da autoafirmação diante de um poder central.
d) Análise das estruturas semânticas dos dispositivos jornalísticos que organizam (e 
designam) a identidade local, diante da identidade nacional e da identidade latino-americana, que permitirá descrever a semantização de quem seria 
o “Nós” e quem seria o “Outro”.
e) Análise dos contratos de leitura da imprensa das zonas de fronteira, que determinam os valores notícia que 
orientam a prática jornalística local e estabelecem a forma de construção do real, o tipo de objeto construído discursivamente, o lugar dos sujeitos, a 
peculiaridades dos discursos que regem a produção e seu reconhecimento, além de outros saberes eventualmente mobilizados.
Título: Jornalismo em tempo de mobilidade: perfil da imprensa em zonas de fronteira
E-mail: miltonfaccin@yahoo.com.br
Planos de trabalho vinculados ao curso: Design de Interiores
Docente pesquisador: Erivelton Muniz da Silva
PLANO DE TRABALHO
Petrópolis, no imaginário nacional, é reconhecida como a Cidade Imperial, onde o passado monárquico do Brasil se cristalizou na figura da cidade e 
das edificações que cresceram no entorno do antigo Palácio de Verão da Família Real, hoje, Museu Imperial.
Apesar da cidade remontar para um 
momento histórico mais próximo ao século XIX, com seu arquitetura historicista, típica do período na qual a mesma foi concebida; sua periferia, com 
seu clima ameno e visagens aprazíveis, se tornou terreno fértil para a produção de uma arquitetura que modificaria o modo de pensar de toda uma 
geração, encabeçada por nomes que repercutiriam com seus trabalhos no Brasil e no mundo ao abraçarem o movimento Moderno de 
Arquitetura.
Nomes como Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Sergio Bernardes, Lucio Costa, os irmãos MMM Roberto e Henrique Mindlin 
tiveram em Petrópolis parte de seus sonhos modernistas concretizados em casas, pavilhões e escolas projetados na cidade, que abraçou a 
modernidade arquitetônica encabeçada por estes grandes arquitetos. Como exemplos destas obras podemos citar:
• Casa Edmundo Cavanelas, 
Pedro do Rio,1954, Oscar Niemeyer;
• Casa de Samambaia, 1953, Sergio Bernardes;
• Casa de Reidy, Itaipava, 1959, Affonso Eduardo 
Reidy;
• Casa Saavedra, Correas, 1942, Lucio Costa;
• Senai, Bingen, 1950, MMM Roberto;
• Casa George Hime, 1949, Henrique 
Mindlin;
A pesquisa aqui proposta busca investigar o legado da Arquitetura Moderna em Petrópolis, tanto pelos grandes nomes da arquitetura aqui 
identificados, quanto por arquitetos de menor prestígio, mas que possuem significância para cidade.
Estas obras necessitam ser conhecidas, e a 
criação de um catalogo digital, acessível por meio de website; e no futuro, por aplicativos para tablets e smartphones; indicando histórico, estado de 
conservação e acesso ou não a visitantes, pode gerar mais uma alcunha a cidade, mostrando que não só o passado monárquico que a torna 
culturalmente viva, mas também seu passado modernista, tão pouco explorado.
Título: Petrópolis - uma visão Modernista a Cidade Imperial
E-mail: eriveltoms@gmail.com
Planos de trabalho vinculados ao curso: Design Gráfico
Docente pesquisador: Hely Geraldo Costa Júnior
PLANO DE TRABALHO
O grafite no Rio de Janeiro
Esta pesquisa busca refletir sobre o crescimento, a legitimação e a consolidação do grafite na cidade do Rio de Janeiro. 
Enquanto prática, o grafite existe desde as origens de nossa civilização, enraizaram-se na nossa cultura, ressignificando-se a cada tempo e em cada 
lugar. A partir da década de 1960 afirmaram-se como ato contestatório e de expressão política e crítica social. 
No Brasil, São Paulo foi a primeira 
cidade onde a prática do grafite se firmou, entre as décadas 1980 e 1990. Já na cidade do Rio de Janeiro, os espaços públicos começaram a tornar-se 
superfície a partir dos anos 2000, com grupos da Zona Norte e do subúrbio. Quando jovens da Zona Sul levaram o grafite para os muros da área 
nobre da cidade iniciou-se uma transformação: o que era considerado marginal e transgressor passou a ser visto como arte urbana. O grafite ganhou 
status e passou a ocupar outros ambientes como galerias de arte e espaços comerciais. 
Mesmo incorporados e reconhecidos na nossa cultura, 
muitas vezes, o grafite, muitas vezes, ainda corresponde a um ato ilegal e ilícito que interfere e gera instabilidades e tensões, nas relações de 
interação social e individual da vida metropolitana. Pintados, escritos, raspados ou colados sobre muros e outras superfícies, os grafites tornaram-se 
habituais na cidade do Rio de Janeiro. 
Desta maneira esta pesquisa tem como objetivos:
- Analisar como o grafite se constitui como um código e 
também como uma marca da visualidade urbana, um tipo de manifestação aberta e híbrida;
- Identificar a maneira pela qual a prática do grafite 
propícia a entrecruzamentos com a arte, a mídia, com a arquitetura e com o design;
- Examinar se a prática contemporânea do grafite ainda pode se 
firmar como uma forma de contestação política e de afirmação social;- Analisar o contexto social e artístico em que se dão os grafites.
Como 
metodologia, propõe-se uma pesquisa baseada na investigação qualitativa: pretende-se com o cruzamento de métodos como a crítica e revisão 
literária, a pesquisa documental, pesquisa exploratória e entrevista com grafiteiros da cidade do Rio de Janeiro. A efervescência e a efemeridade 
desta expressão das ruas requer um tipo de análise que supere seu caráter exclusivamente transgressivo ou comunicacional e sugere uma 
investigação no campo da sociologia e da arte.
Título: Grafite, arte e design: da prática subversiva à institucionalização e apropriação formal
E-mail: falecom@hely.com.br
Centro de Educação e Licenciaturas
Planos de trabalho vinculados ao curso: Geografia
Docente pesquisador: Debora Rodrigues Barbosa
PLANO DE TRABALHO
INTRODUÇÃO
A degradação dos recursos hídricos constitui tema crescentemente valorizado na academia. Os limites mínimos para as Faixas 
Marginais de Proteção (FMP) nem sempre são respeitados, pois o processo de urbanização resulta em pressão antrópica diversa no ambiente de 
mata ciliar. Essas consequências podem ser observadas na bacia do rio dos Macacos, no Rio de Janeiro, causando prejuízos sócio-econômicos para a 
população ribeirinha. Nesse sentido, é preeminente a necessidade de estudos científicos voltados para a identificação do risco ambiental na Cidade 
do Rio de Janeiro, para que medidas preventivas sejam tomadas, no sentido de minimizar as perdas geradas pelas inundações.
OBJETIVOS
Analisar 
as relações entre o uso e ocupação na bacia do rio dos Macacos e suas relações com as inundações sazonais do rio principal e seus afluentes. 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 ão na Planície de Inundação do rio dos Macacos;
 ão do uso e ocupação na 
Faixa Marginal de Proteção rio dos Macacos;
bibliográfico-cartográfico;
 ão das cartas plantas cadastrais 1:10.000 produzidas pela Prefeitura do Rio de Janeiro; 
 ão da bacia 
hidrográfica;
 ão do mapa digital, com Arcgis 10.1.
 ão da Bacia de Inundação; utilizando-se a metodologia de Silva (2003);
Identificação da FMP, a partir da Portaria Serla nº 324/2003;
 ão de mapa analógico da declividade, utilizando-se a técnica de Modelo 
Digital do Terreno (MDT);
 ão do uso solo, com utilização de imagem de satélite Ikonos, de 2012;
 ão da legenda respeitando 
o procedimento metodológico de SEA (2001).
RESULTADOS ESPERADOS
Baseadas nesse trabalho, o poder público poderá atualizar seu Plano 
Diretor e melhor gerir seu território. O projeto de pesquisa também servirá de base conceitual e prática para a orientação dos discentes da 
Univercidade Estácio de Sá e será um importante suporte para o desenvolvimento de monografias e artigos científicos, com a divulgação da 
instituição de ensino UNESA.
Título: USO DO SOLO NA BACIA DO RIO DOS MACACOS - RJ
E-mail: deborarod@gmail.com
Planos de trabalho vinculados ao curso: História
Docente pesquisador: Aline Montenegro Magalhães
PLANO DE TRABALHO
Trata-se de uma análise da escrita da história produzida por Gustavo Barroso na seção “Segredos e Revelações da História do Brasil”, publicada entre 
1948 e 1960, na Revista O Cruzeiro. Esta coluna (que após esse período prosseguiu com a autoria de Pedro Calmon) integrava uma parte fixa do 
periódico de grande circulação no país e voltava-se para a divulgação de algumas curiosidades sobre a História do Brasil, de modo a atrair o interesse 
do grande público para os aspectos do passado nacional. Nessa perspectiva, além de explorar os temas – os “segredos – que não estavam “revelados” 
nos veículos convencionais de divulgação da história, como os livros, os artigos publicados eram ricamente ilustrados com peças do acervo do Museu 
Histórico Nacional (MHN), que às vezes apareciam como simples ilustração, outras como prova documental das histórias contadas.
A proposta do 
projeto consiste em uma análise da operação historiográfica que se efetivava na produção dos artigos da série “Segredos e Revelações da História do 
Brasil”. Assim, nos valemos da perspectiva teórica de Michel De Certeau (2000) para analisarmos o lugar social de onde Gustavo Barroso escrevia, as 
práticas historiográficas que partilhava e a narrativa que divulgava no periódico. Por se tratar de um periódico voltado para o grande público, no qual 
a história dividia espaço com uma variedade de assuntos do cotidiano, a análise da narrativa será analisada com base no conceito de história pública, 
a partir da qual podemos tecer “reflexões sobre a atuação do profissional capaz de estimular a consciência histórica para um público amplo, não 
acadêmico” (ALMEIDA & ROVAI, 2011, p. 7)
Nesse sentido, o objetivo do projeto é pesquisar os temas abordados na série “Segredos e revelações da 
história do Brasil”, cuja coleção completa se encontra na biblioteca do MHN, a perspectiva historiográfica dessas narrativas históricas e que imagem 
do MHN acabou sendo divulgada nas páginas de O Cruzeiro.
Título: Escritas da História no Museu Histórico Nacional (1922-2012). Na imprensa, o caso de "Segredos e revelações da História do Brasil"
E-mail: alinemontenegro@gmail.com
Planos de trabalho vinculados ao curso: Letras
Docente pesquisador: Sergio Carvalho de Assunção
PLANO DE TRABALHO
1. Objetivo
Segundo os filósofos Gilles Lipovetsky e Zygmunt Bauman, a pós-modernidade é marcada pela lógica de esvaziamento e alienação do 
sujeito, em função da dinâmica capitalista que objetiva a produtividade e o consumismo desenfreados, ao reduzir a arte ao propósito mercadológico 
e consumar sua separação da vida, distanciando o espectador do acontecimento. Além do fluxo de informações produzido pelas mídias e meios de 
comunicação, o que gera a diluição dos afetos, da existencialidade e das relações sociais, tal esvaziamento é provocado por um processo de 
institucionalização da subjetividade, e veiculado pela cultura de massa na sociedade de consumo pós-industrial, ao reduzir o sujeito a um 
individualismo narcísico e hedonista.
Diante da evidência desta massificação e superfluidade nas sociedades de consumo contemporâneas, a 
presente pesquisa tem por objetivo investigar, pesquisar, debater e demonstrar o modo pelo qual a escritura poética chamada beat fundou-se 
originariamente na busca e cultivo de uma técnica de transformação, resistência e transvaloração do sujeito, ao fundir a poesia à vida, visando 
transformar os valores estéticos na criação de uma ética estética da existência, como resistência à lógica vazia do capitalismo pós-industrial. 
A 
poesia beat ou beatnik norte americana – o nome vem do termo ‘beatífico’ – surgiu em 1955 a partir de um grupo de amigos que se reunia para ler 
suas poesias fora dos centros acadêmicos, experimentando uma produção poética coletiva que se consolidou, mais tarde, como uma tradição poética 
moderna reconhecida mundialmente. Esta tradição se fundava, basicamente, na amizade, na fusão entre a arte e a vida, na busca pelo sagrado, na 
defesa da preservação ecológica e pela postura contracultural e comportamental, sendo por isto considerada uma poesia que se valia do cultivo de 
uma existencialidade que ultrapassava a dimensão estética, ao experimentar a radicalidade de uma vida alternativa e recriada além dos modelos 
impostos pela cultura de massa. 
Logo, este projeto propõe investigar e confrontar como objeto de pesquisa as poéticas de Philip Lamantia, nos 
Estados Unidos, e Ricardo Piva, no Brasil, aproximando as marcas da tradição surrealista com a poesia beat norte americana, e suas marcas na poesia 
contemporânea brasileira. 
A pertinência deste estudo sobre a poesia de Philip Lamantia deve-se, além de sua incontestável qualidade e importância 
contracultural, ao fato dele ter sido o precursor da estética surrealista nos Estados Unidos, ao fazer a conexão entre esta vanguarda e a poesia beat, 
da qual é um dos nomes principais. Além disto, há o fato do poeta Lamantia jamais ter sido traduzido e publicado no Brasil, o que acentua a 
justificativa deste estudo, devido não apenas

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