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Administrativo - BABI

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Administrativo
AULA 01 – Supremo TV
Prof.ª.- Flávia Campos
1 . Direito Administrativo
Conceito: ramo autônomo do direito público que estuda as pessoas jurídicas, órgãos públicos e os agentes públicos, que exercem a função administrativa, (objeto de estudo corresponde, em grande parte, com o conceito de administração pública).
Esse conceito é dado pelo o que a doutrina chama de Critério da Administração Pública: ao longo dos anos criaram-se vários critérios para conceituar o direito da administrativo, como o do Serviço Público, como o do Poder Executivo (porém não é só este poder que exerce atos administrativos).
Fontes: a fonte primordial é a LEI, no caso, por não ter código, são as leis esparsas. Além desta, existem como fontes secundárias do direito administrativo a jurisprudência, a doutrina e os costumes da sociedade. 
** Atenção!! Existem duas outras fontes que aparecem para outros autores, como a Maria Di Pietro, sendo estas os precedentes administrativos (práticas reiteradas da ADM Pública) e os princípios gerais do direito. 
2 . Administração Pública
2.1 Conceito: pode ser vislumbrado de duas maneiras
A) Divide-se em sentido subjetivo e objetivo:
1º Sentido SUBJETIVO, formal ou orgânico: pensa nos sujeitos que integram conceito de administração público. 
“São as pessoas jurídicas, órgãos e os agentes públicos”
2º Sentido OBJETIVO, material ou funcional: pensa no objeto da administração pública, as atividades que exerce.
“Exercício da função administrativa”
Exemplo: União; Presidência da República; Presidente (sentido subjetivo, pessoa jurídica, órgão e agente). No exercício, o Presidente exerce várias funções administrativas, a exemplo da demissão. Porém exerce também funções que não são administrativas, como o veto, que é função política. 
B) Divide-se em sentido estrito e sentido amplo:
1º Sentido Estrito: é o exercício da função administrativa, como serviços públicos, fomento, poder de polícia, intervenção do estado na propriedade.
2º Sentido Amplo: inclui o exercício da função administrativa e também o exercício da função política ou de governo.
Como aparece em prova?
Confundindo, misturando as classificações e conceitos. 
Administração pública em sentido subjetivo estrito: pessoas jurídicas, órgãos ou agentes que exerçam a função administrativa e política (CERTO OU ERRADO).
2.2 Formas de organização da Administração Pública
Desconcentração e Descentralização
Descentralização: entidades (sinônimo de pessoa jurídica). Ocorre quando uma atividade é transferida para OUTRA entidade. 
Exemplo: Às vezes não é interessante para um Estado exercer a atividade por si próprio. Pega uma atividade dele e transfere a execução para outra Pessoa Jurídica. Como ocorre na criação de nova entidade (autarquia) e na realização de contrato de concessão de serviço público com entidade, uma concessionária. Exemplo do exemplo: parceria público privada nos presídios. 
Desconcentração: órgão públicos. Ocorre quando, na divisão interna, determinada atividade é transferida a um órgão público. Exemplo: Secretarias, Polícia Civil. A criação ou extinção deve ser apenas por Lei em sentido estrito. 
2.3 ÓRGÃOS PÚBLICOS
A) Conceito: 
Divisão interna de competência, dentro de uma mesma Pessoa Jurídica, por meio da desconcentração. Não é pessoa jurídica e nem tem personalidade jurídica. 
E a capacidade processual? Art. 70, CPC/2015 Personalidade Judiciária.
Em regra, órgão público não tem capacidade processual.
Exceções: 
· Será parte se a lei assim determinar, como a previsão do MP ajuizar ação penal, será parte mesmo sendo um órgão. 
· Será parte caso seja um órgão constitucional e esteja na defesa dos seus direitos institucionais. Exemplo: Câmara de vereadores ajuíza ação para discutir a ausência de repasse do duodécimo. Súmula 525 STJ.
Se não é pessoa jurídica e não tem personalidade, ele pode firmar contratos adquirindo direitos e obrigações? Art. 1º, CC/02
Em regra, NÃO pode firmar contratos. Quem deveria firmar o contrato é a Pessoa Jurídica. 
Exceções
· Poderá contratar, nos casos do art. 37, §8º da CF/88, o chamado contrato de gestão, interesse recíproco na maior eficiência, seria mais convenio do que contrato. Nesse contrato, fixa metas de desempenho e possibilita a ampliação da autonomia gerencial, orçamentária e financeira. 
B) Classificação - IASS
Independentes: são os representativos de poder, que não se subordinam a nenhum outro órgão. Exemplos: Legislativo, Executivo, Judiciário, Ministério Público.
Autônomos: são os diretamente subordinados aos independentes, mas que ainda possuem autonomia. Exemplo: Secretaria de Estado, subordinada ao Governador, mas com certa autonomia em sua área.
Superiores: aqueles que não possuem autonomia, mas que possuem poder de decisão dentro do próprio órgão. Exemplo: Escola Pública Estadual.
Subalternos: aqueles que apenas executam as ordens. Exemplo: Almoxarifado da Escola Pública Estadual. 
ONDE ESTÁ A POLÍCIA CIVIL?
Depende de cada Estado, pode ser autônomo se for subordinada diretamente aos governadores; se forem subordinadas à secretarias, será superior. 
2.4 DESCENTRALIZAÇÃO
Pode ocorrer de diversas formas
a) Descentralização por OUTORGA (cria pessoa jurídica para outorgar a atividade) ou por SERVIÇO, TÉCNICA ou FUNCIONAL (cria pessoa jurídica para passar um serviço, com a finalidade técnica de ser especialista de assunto e ser uma organização funcional da adm) ou LEGAL (por precisar de lei para criar).
Criação de pessoas jurídicas da Administração Indireta, ocorre quando a administração direta (união, estados, municípios) cria uma entidade e transfere para essa pessoa jurídica uma atividade. Há transferência da titularidade e da execução, como ocorre no caso das entidades da ADM Indireta.
Ex: União criou os Correios (empresa pública)
b) Descentralização por DELEGAÇÃO (delega prestação de serviço público por contrato ou ato administrativo) ou por COLABORAÇÃO (pessoas jurídicas que não fazem parte da adm contribuem com ela) ou NEGOCIAL (por precisar de negócio ou ato jurídico).
A pessoa jurídica já existe, está fora da adm pública e só prestará esse serviço público por ter recebido uma delegação. Há transferência da execução da atividade, como ocorre com as concessionárias e permissionárias de serviço público.
** ATENÇÃO!!!
Maria Silvia Di Pietro fala que é possível uma terceira forma de descentralização, a TERRITORIAL ou GEOGRÁFICA: transferência de uma parcela de autonomia, para uma região geográfica. Como ocorre nos casos de criação de territórios federais. 
Há autores mais modernos que apresentam outra forma de descentralização, a SOCIAL ocorre com o fomento dado pelo Poder Público às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, que exercem algum tipo de função social (terceiro setor, ONG’S). 
3 . Administração Indireta
É criada por meio da descentralização por outorga (serviço, técnica, funcional ou legal), na qual, uma pessoa jurídica pertencente à administração direta (união, estado, município), por meio de lei, cria uma nova entidade (pessoa jurídica), para exercer determinado serviço público, formando a administração indireta, composta por:
· Autarquias (INSS, Banco Central, Anatel), inclusive, as associações públicas;
· Empresas Públicas (Caixa Econômica Federal, Correios); 
· Sociedades de Economia Mista (Banco do Brasil, Petrobrás);
· Fundações Públicas (FUNAI e IBGE).
** ATENÇÃO!!
Consórcios Públicos: união de entes federativos, para a busca de um interesse em comum. Como o caso das olimpíadas, em que uniram-se a união, o estado do Rio de Janeiro e o município do Rio de Janeiro e criaram o APO, que tomou conta de todos os contratos e obras relacionadas às olimpíadas.
São tratados pela Lei 11.107/2005, e o seu art. 6º, ao falar da criação, afirma que sempre que for criado o consórcio público, cria-se, necessariamente uma pessoa jurídica, que pode ser de direito público ou privado, cabendo a decisão aos entes federativos envolvidos. 
Se for de direito público, será associação pública (pessoa jurídica de direito públicocriada por um consórcio público) e fará parte da adm indireta de todos os entes consorciados, junto às AUTARQUIAS, sendo espécie destas. 
3.1 CARACTERÍSTICAS COMUNS OU GERAIS
a. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE: cada uma das entidades da administração indireta é criada para exercer uma atividade específica que deverá estar prevista em lei, não podendo sequer alterar essa atividade por meio de ato administrativo (simetria das formas)
b. VINCULAÇÃO: entre pessoas jurídicas diferentes nunca existe hierarquia, não existe subordinação. A administração jurídica direta CRIA uma pessoa jurídica que fará parte da adm indireta, são pessoas jurídicas diferentes. Há subordinação ou hierarquia? Não! Porém, existe a vinculação (ligação existente em razão da criação),
Pode ser nomeada também como
· Controle finalístico: a entidade criadora pode controlar se a criada está buscando as finalidades para as quais foi criada;
· Tutela: relação entre pessoas jurídicas diversas, autotutela é em relação à mesma pessoa;
· Supervisão ministerial: há um decreto federal prevendo que cada entidade da adm indireta será supervisionada por um ministério;
c. RESERVA LEGAL: necessidade de lei para algo, no caso, aplica-se na criação das entidade, previsão no art. 37, XIX, XF/88.
Todas as entidades da administração indireta precisam de uma lei específica para existir, ou seja, a lei deve falar apenas daquele assunto. 
Não precisa ser por lei complementar. 
A depender da entidade, cada lei terá uma função específica, há diferença entre ser criada ou autorizada por uma lei.
· A lei específica cria a autarquia A existência legal da autarquia se dá com a própria edição da lei. 
· A lei específica autoriza a instituição de empresa pública, sociedade de economia mista e fundações públicas.
A empresa pública e a sociedade de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, logo, exige, para sua constituição, registro em cartório, não bastando apenas a Lei. A lei autoriza a criação e elas só são criadas, só passam a existir, com o registro de seus atos constitutivos em cartório (Art. 45, CC/02).
· E as fundações públicas? São pessoas jurídicas de direito público ou privado?
STF pode ser de ambos, ou seja, pode criar fundação publica de direito público (criada por lei) ou fundação publica de direito privado (autorizada por lei), a depender da vontade do ente instituidor. 
Aparecendo apenas o termo FUNDAÇÃO, deve usar a lógica do texto constitucional, será autorizada por lei. 
Precisa, ainda, de Lei Complementar para definir as áreas de atuação da fundação. 
d. CRIAÇÃO DE SUBSIDIÁRIAS ou PARTICIPAÇÃO EM OUTRAS EMPRESAS: art. 37, XX, CF/88 prevê que depende de autorização por LEI, em cada caso. 
Basta uma lei autorizando ou precisa de uma lei para cada uma subsidiária? 
STF: basta uma lei autorizativa para criar quantas subsidiárias for necessário ou quantas participações em empresas privadas for. 
AULA 02
3.2 Autarquias
a) Conceito: pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, para exercer atividades típicas de Estado. 
Sempre será de direito PÚBLICO e, desta maneira, será criada por LEI específica;
· Sempre será criada para exercer atividades típicas da Administração Pública, não pode ser, por exemplo, para exercer a atividade econômica, mas pode para ser conselho de profissão, exercendo o poder de polícia, atividade típica da adm pública; 
E o banco central? Ele não explora a atividade econômica, apenas regulamenta a prestação desse serviço, o que é típico de Estado. 
b) Regime de pessoal: quem trabalha em uma autarquia deve ser, atualmente, o mesmo regime da adm direta, ou seja, estatutário. Durante um tempo foi celetista. 
· Regime jurídico único: A CF/88, em seu art. 39, previa que todos que trabalhassem na adm direta, nas autarquias e fundações deveriam ter o mesmo regime, necessariamente. Em 1998, pela EC 19/98, foram alterados diversos artigos, inclusive o art. 39, extinguindo o regime jurídico único, admitindo regime celetista ou estatutário nessas entidades. 
Após, propôs-se uma ADI para discutir a alteração do art. 39, em razão de vício formal. Assim, em 2007, o STF decidiu pela inconstitucionalidade da alteração e determinou que se suspendesse e retornasse à redação original que traz o regime jurídico único, retornando, portanto, a obrigatoriedade de ter o mesmo regime da Adm Direta. 
Ex: União adota estatutário; autarquia federal deve adotar estatutário. 
A decisão teve efeito Ex nunc, não retroagiu e não alcançou as contratações celetistas que aconteceram entre a emenda 19 e a decisão do STF. 
c) Regime de Bens: são bens públicos, conforme o art. 98 do Código Civil de 2002, tendo em vista ser a autarquia uma pessoa jurídica de direito público interno. 
d) Espécies de Autarquias
· Agências reguladoras: ou autarquias em regime especial, em razão dos tratamentos diferenciados para o exercício de suas funções. 
O Estado começou a transferir serviços à iniciativa privada, todavia, isso exige um controle e preservar o interesse público na prestação desses serviços. Exemplos: ANATEL, ANTT. 
Os dirigentes dessas agências tem tratamento diferenciado.
Em uma autarquia comum, a nomeação é feita pelo chefe do poder executivo, de maneira livre, bem como a exoneração. Em regra, ao sair do cargo pode exercer qualquer outra atividade. 
No caso da agência reguladora, o dirigente ainda é nomeado pelo chefe do executivo, porém é necessária a aprovação do poder Legislativo. 
Ao entrar, cumpre mandato fixo (investidura a termo), tem o prazo para ficar no cargo e o chefe do executivo não pode exonerar livremente, há independência política. 
Ao sair do cargo, deve cumprir a quarentena, determinado período em que fica proibido de trabalhar na área de atuação da agencia reguladora. 
· Agências Executivas: são autarquias comuns, ou fundações públicas, que firmam com a administração um contrato de gestão (Art. 37, §8º, CF/88). Era uma autarquia comum, após o contrato, recebe a adjetivação de agência executiva, que perdurará durante o mesmo período do contrato mencionado. 
No art. 24, §1º da Lei 8.666/96, há uma das hipóteses licitação dispensável, possibilita o percentual de 20%. 
· Conselhos profissionais, também denominados autarquias corporativas, corporativistas ou profissionais (CREA, CRM): são criados para regular e fiscalizar o exercício de determinadas profissões. 
Há lei determinando que esses conselhos sejam pessoas jurídicas de direito privado, ajuizou-se uma ADI 1717 e o STF decidiu que, por editar atos administrativos normativos, fiscalizar exercício da profissão, limita o exercício à obtenção de licença, pode aplicar sanção, sendo evidente o exercício do poder de polícia, atividade típica de Estado, que deve ser exercida por pessoa de direito público, logo, autarquias profissionais. Salvo a OAB, que é conhecida como uma entidade sui generis.
· Associações Públicas: consórcios públicos de direito público, criados quando os entes federativos se unem.
3.3 Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista
Conceitos e características parecidas, salvo três diferenças.
A) Conceito: são as empresas estatais, pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei, para prestar serviço público (correios) ou, explorar atividade econômica.
Exemplo: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil.
Sempre serão de direito PRIVADO e, portanto, serão autorizadas por Lei e criadas com o registro de seus atos constitutivos no respectivo cartório. 
B) Limitações: O Estado tem limitações no exercício da exploração da atividade econômica, tendo em vista que, em regra, é uma atividade privada, para tanto, deve observar:
a) Imperativos de segurança nacional; 
b) Relevante interesse coletivo.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
§1º é necessária a edição de uma lei que regulamente as empresas públicas e as sociedades de economia mista,trazendo o estatuto jurídico, que é a Lei 13.303/2016. 
É certo que submetem ao regime jurídico de direito privado, mas se submetem ao sistema de precatórios, pagando valores por esse meio? 
NÃO: atividade econômica, visando lucro, em concorrência com outras empresas (STF, INFO 910). 
SIM: serviço público, sem concorrer, sem visar lucro (STF, INFO 920).
C) Regime de Pessoal: servidor celetista ou empregado público, regido pela CLT, porém com a aplicação de algumas normas de direito público. Alguns autores chamam de regime jurídico híbrido. 
· Precisa fazer concurso público, em regra, conforme previsão do art. 37, II, CF/88;
· NÃO adquire a estabilidade, por ocupar emprego público e não cargo público efetivo (art. 41, CF/88), pode ser dispensado conforme CLT;
· Em relação à submissão ao teto remuneratório, (art. 37, XI e §9º) se a empresa estatal for dependente, ou seja, depender da administração direta para seu custeio em geral ou pagamento de pessoal, ela se submeterá.
C) Regime de Bens: são bens privados, conforme o art. 98do Código Civil de 2002, tendo em vista serem pessoas de direito privado. Porém, existem algumas normas de direito público que são aplicáveis, como por exemplo: a alienação de bens por meio de licitação. 
D I F E R E N Ç A S
A) Forma Societária 
· Sociedade de Economia Mista sempre será Sociedade Anônima S/A;
· Empresa Pública não teve forma específica.
B) Formação do Capital
· Empresa Pública (capital público): o capital, em regra, é integralmente formado pela entidade da ADM DIRETA que constituiu a EP. 
Todavia, se a maioria do capital votante pertencer à ADM DIRETA, é possível a participação de outras pessoas jurídicas de direito público ou da adm pública indireta. 
O Particular não tem participação nesse contexto.
· Sociedade de Economia Mista (capital misto): a regra é que o capital seja formado pela administração Direta ou Indireta, mas é possível a participação de particulares, desde que a maioria do capital votante permaneça com a adm pública, seja direta ou indireta. 
Art. 4º, Lei 13.303/2016.
C) Justiça Competente para julgar ações em que sejam parte a sociedade de economia mista ou empresa pública
· Ação em face da Empresa Pública Federal, Entidade Autárquica: competência da JUSTIÇA FEDERAL (Art. 109, I, CF/88);
· Ação em face de Empresa Pública Estadual, Distrital ou Municipal: competência da JUSTIÇA ESTADUAL;
· Ação em face de Sociedade de Economia Mista Federal: competência da JUSTIÇA ESTADUAL. Súmula 42, STJ e Súmula 517, STF. 
· Ação em face de Sociedade de Economia Mista estadual, distrital ou municipal, JUSTIÇA ESTADUAL.
** ATENÇÃO!! Súmula 517, STF: Se a União entender que tem interesse e decidir intervir na ação ajuizada em face de sociedade de economia mista, haverá a competência da justiça federal.
3.4 Fundações Públicas
Pode ser pessoa jurídica de direito público ou de direito privado a depender da vontade do ente instituidor.
Fundação de direito público (criada por lei) recebem tratamento semelhante ao da autarquia, ao passo em que a fundação pública de direito privado (autorizada por lei) recebe tratamento semelhante ao de empresa pública que presta serviço público. 
Fundação (sem adjetivo): autorizada por lei. 
Fundação instituída pelo poder público, tem dotação patrimonial que pode ser totalmente relacionada ao poder pública, ou semi-pública ou semi-privada, 
4. Atos Administrativos
4.1 ATOS DA ADMINISTRAÇÃO
Análise geral, tendo em vista que nem todos os atos da administração pública são atos administrativos, existindo várias espécies de atos da administração: 
a) Atos Privados: se baseiam no direito privado, sem estar acima dos particulares. Ex: assinar um cheque;
b) Atos Políticos ou de Governo: atos editados no exercício da função política Ex: declarar guerra; vetar lei;
c) Atos Materiais: atos sem manifestação de vontade, como a execução de ordens. Ex: demolição de construção irregular determinada por ato administrativo; 
Fatos Administrativos: possuem dois aspectos, o primeiro é um acontecimento que gera consequências administrativas (morte do servidor), como também é visto como a própria atuação material do estado.
são acontecimentos naturais, sem manifestação de vontade, que trazem consequências no mundo jurídico. Ex: morte do servidor público. 
Há alteração dinâmica na Administração ou movimento na ação administrativa. Podem ser naturais ou voluntários (derivados de atos ou condutas administrativas)
Os fatos administrativos não podem ser revogados ou anulados (Fernada Marinela), não estão sujeitos à teoria geral dos atos administrativos.
Caiu para Delegado: fato administrativo é conceituado como materialização da função administrativa?
CERTO!
d) Atos Administrativos: são manifestações unilaterais de vontade da administração pública ou de seus delegatários, no exercício da função administrativa, com base em normas de direito público. 
Obs: Para Di Pietro despachos não são atos administrativos, são meros andamentos dos atos. Para Hely Lopes Meirelles, os despachos se incluem, por se tratarem de atos de expediente, ordinatórios.
· Manifestação Unilateral de Vontade: só existe com a manifestação de vontade; e consideradas unilaterais pois trata-se da ADM Pública manifestando e apenas, diferente de contrato.
· A ADM Pública é quem pode editar atos, mas os seus delegatários também podem editar;
Efeitos atípicos do ato administrativo
São efeitos secundários que se dividem em duas modalidades: reflexo (quanto ato praticado atinge terceiro estranho à pratica do ato) e preliminar ou prodrômico: depende de duas manifestações de vontade, o efeito é preliminar pois aparece antes do aperfeiçoamento do ato e significa que a segunda autoridade passa a ter o dever de se manifestar quando a primeira já o fez.
4.2 ELEMENTOS/ REQUISITOS
O ato administrativo é formado por CINCO elementos
CO – FI – FO – MO – OB
Competência; Finalidade; Forma; Motivo; Objeto
a) Competência: o limite de atribuições de um órgão público e de seus agentes públicos, sempre previsto em lei. É irrenunciável, o agente não pode abrir mão das competências inerentes ao cargo ocupado, porém, podem existir modificações temporárias de competência[footnoteRef:1]: [1: Ler artigos 11 a 17 da Lei 9784/99] 
· Delegação: ocorre quando o titular competente delega ou transfere, temporariamente, uma competência para outro órgão ou agente; Não é necessária uma relação de hierarquia;
· Avocação: ocorre quando o superior hierárquico, toma para si, temporariamente, a competência do seu subordinado;
A competência é um elemento vinculado do ato administrativo, é prevista em lei e o administrador não possui liberdade para decidir sobre.
b) Finalidade: é o que se busca alcançar com o ato administrativo, é o objetivo mediato do ato, aquilo que se vislumbra mais à frente. Todo ato precisa, sempre, alcançar o interesse público, sob pena de abuso de poder. Podem existir também finalidades específicas. 
A finalidade é um elemento vinculado do ato administrativo, o administrador não possui liberdade para decidir sobre, sempre deve buscar o interesse público.
c) Forma: a exteriorização do ato administrativo, tendo como regra a forma escrita. Ex: ato de nomeação. É possível que a lei estabeleça outras formas, como por gesto, o que ocorre no trânsito.
A forma é um elemento vinculado, deve-se respeitar a regra ou o que está expresso em lei.
d) Motivo: situação de fato ou de direito que levou à edição do ato administrativo, é o porquê. 
Diferente de móvel: real intenção do agente público quando pratica a conduta estatal.
Ex: servidor pratica ato de corrupção; lei prevê que quem pratica ato de corrupção será demitido; pratica ato de demissão. 
Todo ato precisa ter um motivo, mesmo que não seja externado, pois é diferente de motivação. 
· Motivação: é a exteriorização do motivo, que estará escrito no ato administrativo. 
Sendo obrigatória e não existindo, haverá um vício de FORMA.
AULA 03
A Motivação não é obrigatória em todos os atos. (Art. 50, Lei 9784/99); Porém, uma vez feita, vincula o agente,conforme a Teoria dos Motivos Determinantes. 
Caso o motivo apresentado na edição de um ato administrativo seja falso ou inválido, todo o ato adm deve ser invalidado.
Ex: Exonero João tendo em vista a sua falta de assiduidade. Se João comprova que comparece ao trabalho e que, portanto, o motivo é falso ou inválido, haverá a invalidade do ato administrativo.
Em determinados atos administrativos, o motivo é um elemento vinculado. Ex: demissão do servidor público que pressupõe uma infração. 
Em outros casos, pode ser elemento discricionário, existem margem de liberdade para decidir. Ex: exoneração de cargo em comissão.
e) Objeto: é a alteração imediata que a prática do ato produz no mundo fático.
Em diversas situações, é um elemento vinculado, não havendo liberdade de escolher o objeto, como ocorre no ato de demissão, não pode acontecer outra coisa no mundo fático além da demissão.
Porém, também pode ser um elemento discricionário, como ocorre na aplicação de penalidade de suspensão ao servidor público, na definição do período de tempo o agente tem liberdade de escolha dentro dos prazos definidos em lei, há uma margem de liberdade.
4.3 MÉRITO DO ATO ADMINISTRATIVO
Atos vinculados: todos os elementos do ato estão previstos em lei. Não existe qualquer liberdade no caso concreto.
Exemplo: Licença para dirigir, uma vez preenchidos todos os elementos, o agente responsável deve conceder a licença.
Atos discricionários: existe margem de liberdade para o agente público agir de acordo com a conveniência e a oportunidade. 
Essa margem de liberdade é o mérito administrativo.
Existem elementos que sempre serão vinculados, como a competência, a forma e a finalidade, que necessariamente estarão previstos em lei em todos os casos.
Por outro lado, o motivo e o objeto são os elementos em um ato discricionário que podem trazer margem de liberdade, formando o mérito administrativo. 
4.4 ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
São as características do ato, atreladas depois da sua formação com os elementos/requisitos do ato.
P A T I
a) Presunção de legitimidade ou veracidade: os atos administrativos presumem-se legítimos, que foi editado em conformidade com a lei, por quem efetivamente deveria ter feito; bem como, verdadeiros, que tudo o que está sendo alegado está em conformidade com a verdade. Presume-se que a adm sempre faz o que está previsto em lei.
É uma presunção RELATIVA (iuris tantum), admitindo prova em contrário. Ex: contestar a multa de trânsito recebida em cidade nunca frequentada.
b) Autoexecutoriedade: a Administração Pública pode executar o ato administrativo sem precisar do Poder Judiciário, seja pela existência de previsão em lei, ou pela emergência. 
Ex: vigilância sanitária faz fiscalização em farmácia e edita ato determinando interdição. Se o dono não cumprir, a própria adm poderá executar esse ato, fechando o estabelecimento.
Exceção é a MULTA, seja de trânsito ou não. Não tem executoriedade, mas tem exigibilidade. 
A administração não pode forçar, diretamente, o multado a pagar a multa. Para tanto, deve ajuizar uma ação de execução fiscal. Porém, pode usar meios indiretos
Celso Antônio Bandeira de Melo afirma que pode-se dividir a autoexecutoriedade em duas. A executoriedade e a exigibilidade. A executoriedade é a possibilidade de utilizar meios diretos de coerção. A exigibilidade, por sua vez, possibilita usar meios indiretos de coerção. 
c) Tipicidade: todo o ato administrativo deve ter uma previsão em lei. 
d) Imperatividade: a administração impõe o ato administrativo, sem se preocupar com a vontade do particular.
Exceções: atos enunciativos (adm opina ou relata um fato, como pareceres, certidões e atestados); atos negociais (atos de consentimento, a adm concordando com um pedido realizado).
4.4 FORMAS DE EXTINÇÃO 
DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Súmula 473 do STF: “A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”
a) Natural: ocorre quando o ato atinja o fim do prazo ou o fim de seus efeitos. Ex: ato de concessão de férias.
b) Subjetiva: o sujeito beneficiário do ato desaparece, deixa de existir. Ex: morrer após ver o ato de nomeação.
c) Objetiva: objeto sobre o qual o ato administrativo recai, não existe mais. Ex: ato determinando reforma do prédio, porém, o prédio caiu. 
d) Por vontade do beneficiário: a pessoa pode solicitar a extinção do ato e isso pode ocorrer mediante recusa ou renúncia. 
Recusa: pede extinção antes de se beneficiar. Ex: autorização de uso de bem público, casamento na praia. Antes de casar, desiste. 
Renúncia: pede a extinção do ato enquanto se beneficia. Ex: pessoas ganhou na mega sena e não quer mais licença para dirigir.
e) Cassação: é a extinção do ato administrativo quando o beneficiário comete uma irregularidade, deixa de preencher os requisitos necessários. Ex: Cassar a CNH, cassar a autorização de porte de arma de fogo. 
f) Caducidade: extinção do ato administrativo em virtude de uma lei nova. Sobreveio lei que impossibilita a existência do ato administrativo. 
Ex: autorizou colocar mesa e cadeira na calçada. Lei passa a proibir tal conduta. 
· A caducidade do ato administrativo é diferente da caducidade do contrato de concessão de serviço, que ocorre quando há culpa da concessionária (fundamento muito diferente); 
g) Anulação: é a extinção do ato ILEGAL contemporânea ao nascimento do ato; Deve anular.
Produz, em regra, efeitos EX TUNC, desde o momento em que o ato foi editado, tendo em vista que a ilegalidade ocorre desde o início. O caso concreto admite a modulação dos efeitos. 
É possível que um ato administrativo ilegal continue existindo? SIM! Em razão da decadência administrativa (art. 54, Lei 9784/99), forma de garantir o princípio da segurança jurídica, a administração pública perde o direito de anular um ato administrativo. Para tanto: 
· Ato administrativo com efeitos favoráveis ao destinatário; 
· Prazo de 05 anos da data em que o ato foi praticado;
· Beneficiário deve estar de boa-fé.
h) Revogação: é a extinção do ato legal, que se tornou INCONVENIENTE ou INOPORTUNO, ou seja, não há mais interesse público no casos. Pode revogar.
Produz efeitos EX NUNC, em regra, não retroagirá, pois até então estava de acordo com a lei. 
Atos que não podem ser revogados:
· Geraram direitos adquiridos; 
· Consumados: já geraram seus efeitos e se extinguiram naturalmente; 
· Preclusos em um processo administrativo;
· Atos enunciativos: pareceres, não conveniência ou oportunidade; 
· Atos Vinculados: não serão revogados porque a revogação é a análise de conveniência e oportunidade, o que não existe no ato vinculado. Logo, não há como revogar. 
**ATENÇÃO!!
Licença para construir, o STF analisou a possibilidade de revogação e decidiu que poderá ser revogada, mesmo sendo um ato vinculado, desde que haja indenização e não tenha iniciado a obra. 
4.5 FORMAS DE CONVALIDAÇÃO 
DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Também denominadas sanatórias, que servem para salvar um ato administrativo com defeito sanável.
Para convalidação deve ter TODAS as condições, que são cumulativas: Defeito sanável; não acarretar lesão ao interesse público; não acarretar prejuízo ao terceiro e a decisão discricionária da ADM.
a) Involuntária: a convalidação ocorre sem a vontade da adm, o ato tem um defeito e continuará a ter. Ex: decadência.
b) Voluntária: a administração pública quer convalidar o ato administrativo. 
· Ratificação: convalidação do ato que tenha defeito na competência (salvo se for exclusiva) ou forma; 
· Reforma: convalidação do ato que tenha objeto plúrimo. Retira-se o objeto invalido e deixa o objeto válido. 
c) Conversão: convalidação do ato que tem um defeito no objeto plúrimo. Retira o objeto invalido e coloca um novo objeto válido. 
Ex: PAD deve ser feito por comissão formada por três servidores estáveis. Se em uma portaria, designa um que não é estável, poderealizar a conversão. Retirar o não estável e acrescentar outro estável.
5. Poderes Administrativos
São prerrogativas conferidas à Administração Pública para o exercício da função administrativa e a busca do interesse público. Existem certas atuações da Administração Pública, com vistas a possibilitar o próprio exercício das atividades. 
5.1 ABUSO DE PODER
É um gênero que pode ser dividido em duas espécies: excesso de poder e em desvio de finalidade (poder). 
· O excesso de poder é atuação do agente público com vício na competência, quando excede a competência que lhe foi dada ou quando exerce competência diversa. Ex: agente de vigilância sanitária aplica multa de trânsito ou agente que pode fazer uso da força e o faz acima da razoabilidade e proporcionalidade necessários. 
· O desvio de poder ou finalidade é um vício na finalidade, quando a atuação deixa de buscar interesse público e visa um interesse particular. Ex: Remoção de ofício visando prejudicar o removido em razão de conflitos particulares. 
5.2 PODERES ADMINISTRATIVOS 
Poder regulamentar, poder hierárquico, poder disciplinar, poder de polícia, poder vinculado e poder discricionário.
5.2.1 Poder vinculado: todos os elementos estão previstos em lei, não há qualquer margem de liberdade ao agente.
5.2.2 Poder discricionário: existe a margem de liberdade para analisar a conveniência e oportunidade, o denominado mérito administrativo, composto pelo objeto e pelo motivo. 
5.23 Poder Regulamentar: é a prerrogativa conferida à Administração para editar atos gerais e abstratos para a fiel execução de lei. 
Geralmente há a previsão em lei, porém, é necessário um ato (decreto ou regulamento) para dar execução a esta lei. 
Art. 84, IV, CF/88 Compete privativamente ao Presidente da República: Sancionar, promulgar e fazer publicas as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para a sua fiel execução.
** ATENÇÃO!!
Decreto Autônomo: editado sem lei anterior, inovando no mundo jurídico. É possível?
Em regra, NÃO.
Porém, o art. 84, VI, “a”, da CF/88 é uma exceção a essa regra, podendo o presidente, mediante decreto, dispor sobre:
· Organização e funcionamento da Administração Federal, quando não implicar o aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. Ex: movimentar polícia civil de uma secretaria para outra. 
· Extinção de funções ou cargos públicos quando vagos.
5.2.4 Poder Hierárquico: é a prerrogativa conferida à Administração para escalonar funções, criando relações de hierarquia e subordinação, dentro de uma mesma pessoa jurídica. Entre pessoas jurídicas diferentes não há poder hierárquico, mas sim, vinculação ou controle finalístico. 
Recurso hierárquico próprio: recurso adm que será decidido pelo superior hierárquico de quem emitiu a primeira decisão. Há manifestação do poder hierárquico. 
Recurso hierárquico impróprio: querendo recorrer de decisão proferida por agente máximo da entidade da adm indireta, deve-se dirigir ao ente instituidor da adm direta. Todavia, como entre eles não há relação de hierarquia, não cabe o recurso hierárquico próprio, logo, necessitará de previsão em lei desta possibilidade recursal e será denominado recurso hierárquico impróprio.
5.2.4 Poder Disciplinar é a prerrogativa conferida à Administração para apurar irregularidades e aplicar sanções a pessoas que possuam uma relação especial com a adm pública. 
Não é apenas o servidor público que se submete ao poder disciplinar, um exemplo, é uma criança admitida em uma escola pública, que entra em conflito em momento de intervalo e, posteriormente, a diretora determina sanção, como advertência. Isso, trata-se de exercício do poder disciplinar.
Exemplo: descumprir (irregularidade) cláusula de contrato (relação especial) administrativo, pagará multa (sanção) Trata-se de manifestação do poder disciplinar, como também ocorre com o preso que descumpre regras do presídios. 
Existe verdade sabida? Trata-se da possibilidade de um superior hierárquico, ver o cometimento de irregularidade e aplicar sanção sem a oitiva. Não existe no Direito Administrativo, deve obedecer ampla defesa e contraditório.
Prisão disciplinar: Não existe mais prisão administrativa ou disciplinar, por serem inconstitucionais.
AULA 04
5.2.5 Poder de Polícia: é a prerrogativa conferida à Administração Pública para condicionar ou limitar atuações de particulares, e, até mesmo, aplicar sanção em virtude de uma relação geral com a administração pública. 
Ex: proibição de estacionar, restaurante que só pode funcionar com regras sanitárias. 
ATENÇÃO
	Poder de Polícia
	Polícia Corporação
	Prerrogativa da Administração
	São os órgãos que integram essa polícia.
	Exercida por diversos órgãos
	PC, PM, PF, PRF
	Diferente de poder DA policia 
	Exerce poder de polícia
Existem duas formas de exercer o poder de polícia, a polícia judiciária e a polícia administrativa, sendo que ambas são reflexos do poder de polícia. 
	Polícia Judiciária
	Polícia Administrativa
	Caráter preparatório
	Se exaure em si mesma.
	Atua sobre ilícitos penais
	Ilícitos administrativos
	Incide sobre pessoas
	Incide sobre bens, atividades ou direitos
	Caráter eminentemente repressivo
	Caráter eminentemente preventivo
· A polícia judiciária possui caráter preparatório: atua na preparação de uma futura ação penal, sendo uma das principais atuações da Polícia Civil. A polícia administrativa se exaure em si mesma, não prepara nenhum tipo de ação, como ocorre com a vigilância sanitária. 
· A polícia judiciária se preocupa com os ilícitos penais e a polícia administrativa incide sobre ilícitos administrativos (construção sem alvará);
· A polícia judiciária atua sobre as pessoas, aquelas que cometeram os ilícitos penais, enquanto a polícia administrativa incide sobre atividades, bens ou direitos (interditar restaurante é para o direito de ter restaurante funcionando e não sobre o dono);
· A polícia judiciária possui caráter eminentemente repressivo, atua quando o ilícito penal já ocorreu e deve ser apurado. Enquanto que a polícia administrativa possui caráter eminentemente preventivo, que visa prevenir o descumprimento de normas (vigilância em restaurante para evitar danos à saúde pública);
ATENÇÃO: ambas podem exercer funções repressivas e preventivas, não exercem exclusivamente uma ou outra.
· É possível que um mesmo órgão exerça a polícia judiciária e também a administrativa: Policia Civil que tem órgão integrante que exerce licenciamento de veículo. Polícia Federal com a emissão de passaportes. 
A) Características do Poder de Polícia
Só é remunerado por meio de taxa quanto ao efetivo exercício, resultando de atividades ou diligências públicas, excluída possibilidade de cobrança pela potencialidade colocada à disposição do contribuinte.
· Discricionariedade: há margem de liberdade para analisar a conveniência e oportunidade. Ex: definições para fazer uma blitz de trânsito.
Todavia, existem certos atos do poder de polícia que são vinculados: como o licenciamento para dirigir, que deve ser concedido uma vez cumprido todos os requisitos necessários.
· Coercibilidade: o ato de poder de polícia é imposto pela Administração Pública, sem se preocupar com a vontade do particular. 
Tem como fundamento o poder extroverso que a administração recebe, é a possibilidade que tem de adentrar no círculo de direitos e interesses do particular, com base no interesse público. 
Exceções: atos de consentimento, ocorrem sempre que o particular solicita algo e adm concorda com o pedido. Não há imposição.
· Autoexecutoriedade: a Administração Pública pode executar os atos derivados do poder de polícia, sem precisar, em regra, do Poder Judiciário. Lembrar que a multa é exceção, uma vez que a adm não pode forçar, diretamente, o pagamento da multa. 
Executoriedade: meios diretos de coerção Exigibilidade: meios indiretos de coerção.
B) Exercício do Poder de Polícia e o Ciclo de Polícia
Análise de todas as formas do exercício do poder de polícia pela polícia administrativa, composto por quatro fases diferentes.
1. Ordem de polícia/legislação:a edição de atos gerais e abstratos que limitam atividades do particular. Pode ser através de lei ou de atos administrativos normativos. 
2. Consentimento: concordância dada pela Administração para o exercício de determinada atividade pelo particular. Ex: concessão de licenças, de autorizações.
3. Fiscalização: a Administração fiscaliza se o particular está cumprindo o que foi estabelecido na ordem de polícia e se possui todos os consentimentos necessários. Ex: blitz de transito, pede CNH e documento do carro;
4. Sanção: aplicação de penalidade baseada no poder de polícia, podendo o particular receber sanções diversas a depender do que se refere o poder de polícia. Ex: multa de transito, interdição de estabelecimento. 
C) Delegação do Poder de Polícia
A delegação é possível para pessoa Jurídica de Direito Público, sem maiores questionamentos (ex: autarquia). 
Mas e para a Pessoa Jurídica de Direito Privado?
	STJ 
	STF
	
RESP. 817.534/MG 
Pessoa jurídica de direito privado que fiscalizava o trânsito e aplicava a multa. 
	
ADI 1717
Constitucionalidade da lei que coloca conselhos de profissão como pessoas jurídicas de direito privado
	
SIM!
Fiscalização e o Consentimento.
	
NÃO!.
	
Algumas fases do ciclo podem ser delegadas, desde que não haja imposição sobre o particular. Sanção e Ordem não podem ser delegadas.
	
Apenas as pessoas jurídicas de direito público podem exercer o poder de polícia.
Qual posição deverá prevalecer em prova?
STF: alternativa vier de maneira geral, responder que não pode delegar o poder de polícia para pessoa jurídica de direito privado.
STJ: alternativa trouxer momentos separados do ciclo de polícia, responder que apenas podem ser delegadas as fases de fiscalização e consentimento
6. Agentes Públicos 
6.1 Conceito: são todas as pessoas FÍSICAS que exercem uma função pública, seja de que maneira for, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública.
 Agentes públicos
 De fato Públicos de DireitoParticulares em colaboração;
Agentes políticos;
Militares;
Servidores públicos em sentido amplo.
Necessário
Putativos
Os servidores públicos em sentido amplo podem ser temporários, celetistas ou estatutários.
6.2 Classificação dos agentes públicos
a) Agente de Fato: são as pessoas que exercem uma função pública de boa-fé, sem vínculo jurídico e válido com a administração pública. 
Diferente do usurpador da função pública: exerce, de má-fé, funções de agente público. 
· Agente de fato necessário: exerce, de boa-fé, a função sem vínculo em situação de necessidade ou calamidade. Ex: pessoas dentro da boate kiss, começaram a sair carregando as pessoas, ato de heroísmo; Zeca Pagodinho que auxiliou no transporte de pessoas durante enchente.
· Agente de fato putativo: exerce, de boa-fé, imagina possuir um vínculo com a administração, mas não possui em razão do vício em sua investidura. Ex: funcionária de fato
b) Agentes Públicos de Direito: pessoa que exerce função pública com algum tipo de vínculo jurídico e válido com a Administração Pública.
· Particulares em colaboração: exercem uma função pública em determinado momento, mas não perdem o caráter de particular. 
Quem são?
1. Honoríficos, designados ou convocados: são os Mesários e os Jurados.
2. Os particulares que exercem funções em empresas que prestam serviços em razão da delegação de serviço público. Ex: titulares de cartórios.
3. Os agentes voluntários que possuem um termo de voluntariado com a administração, o que difere do agente de fato necessário. Ex: se voluntariar no site da Defesa Civil.
4. Os agentes credenciados particulares que exercem função pública em razão de credenciamentos realizados com o poder público
Ex: médicos que atendem em seu consultório particular X pacientes que vieram do SUS. 
· Agentes Políticos: aqueles que exercem uma função política ou de governo, no sentido da doutrina do direito administrativo. 
Quem são?
1. Chefes do poder executivo; 
2. Ministros de Estado, Secretários de Estado e Secretários Municipais: nomeados pelos eleitos para exercerem funções políticas;
3. Membros do poder legislativo;
* Categorias não unânimes na doutrina
4. magistrados 
5. membros do ministério público 
ATENÇÃO, ainda em relação aos agentes políticos:
· Súmula Vinculante nº 13, STF: veda o nepotismo, proibindo a indicação de parentes para a ocupação de cargos comissionados. Pode ser correlacionada aos princípios da MORALIDADE e da IMPESSOABILIDADE.
· NEPOTISMO: ATÉ TERCEIRO GRAU.
· LER INFO 815 ST
Supremo Tribunal Federal possui entendimento no sentido de que vedar o acesso de qualquer cidadão a cargo público tão somente em razão da existência de relação de parentesco com servidor público que não tenha competência para o selecionar ou o nomear para o cargo de chefia, direção ou assessoramento, ou que não exerça ascendência hierárquica sobre aquele que possua essa competência é, em alguma medida, negar um dos princípios constitucionais a que se pretendeu conferir efetividade com a edição da Súmula Vinculante n° 13, qual seja, o princípio da impessoalidade.
TODAVIA, não se aplica aos cargos dos agentes políticos, ministros e secretários, tendo em vista que se trata de exercício não apenas de função administrativa, mas, também, de funções políticas. 
Em 2018, o STF voltou a analisar a situação (INFO 914) e trouxe elementos para possibilitar essa nomeação, sendo estas a (a) pessoa ter idoneidade moral; (b) conhecimento técnico sobre o assunto em que vai atuar, não precisa ser necessariamente formação na área, sendo cabível a experiência profissional.
c) Militares
· Art. 42, CF/88:
Os membros das Policias Militares e Corpo de Bombeiro Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do DF e dos Territórios; 
· Art. 142, CF/88
As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente e destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, da lei e da ordem.
· §3º, IV: veda o direito à greve e à sindicalização.
d) Servidores Públicos em Sentido Amplo ou agentes administrativos: são os agentes públicos temporários, celetistas ou estatutários, que exercem uma função pública com caráter profissional. 
· Servidores temporários: previstos no art. 37, IX, CF/88, trabalham mediante contrato com a administração pública, devendo prestar serviço (a) por prazo determinado, diante da (b) necessidade temporária e em razão de (c) excepcional interesse público.
Não ocupa cargo e nem emprego público, assina contrato para exercer função pública, trata-se de relação contratual, dessa maneira, também não se submete a concurso público, apenas a processo seletivo simplificado/objetivo.
· Servidores celetistas: são chamados de empregados públicos, por ocuparem um emprego público, em regra, se submetendo à Consolidação das Leis de Trabalho – CLT. Todavia, ainda assim, deve se submeter a algumas regras de direito público:
Se submete à regra de concurso público; Não adquire estabilidade e só se submete ao teto remuneratório se o seu pagamento for oriundo de verbas públicas, trabalhando em empresas públicas ou sociedades de economia mista dependentes. 
· Servidores estatuários: servidores públicos em sentido estrito, são aqueles que ocupam cargos públicos e que se submetem a um estatuto próprio, uma lei criada em cada ente administrativo, que apresentam as normas relacionadas ao exercício de suas funções e a vida do servidor estatutário. 
Existem três espécies de cargos públicos, segundo a segurança:
· Vitalício: possibilita a vitaliciedade, após adquirido só podendo perder o cargo, ser demitido, em razão de sentença judicial transitada em julgado;
Ocupam esse tipo de cargos públicos os magistrados, osmembros do ministério público e membros dos tribunais de contas. 
O concurso público não é obrigatório para ocupar esses cargos, como ocorre na indicação do quinto constitucional, ministros do STF.
· Efetivo: cargo que possibilita a aquisição da estabilidade, pode perder o cargo em quatro situações diferentes. Depende, necessariamente, de concurso público. 
· Em Comissão: cargo de livre nomeação e exoneração (ad nutum), e, portanto, não precisa fazer concurso público, mas o cargo pode ser perdido a qualquer momento. 
6.3 NORMAS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS – ARTS. 37 A 41
a) Concurso Público
Art. 37, II, CF/88 prevê a obrigatoriedade de concurso público para ocupar cargo ou emprego público, pode ser de ser de provas, ou de provas e título, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão. 
Art. 37, III, CF/88 trata do prazo de validade do concurso público, limite dado à Administração Pública que é de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período e começa a contar da homologação do concurso. A prorrogação do concurso é discricionária.
A aprovação não significa necessariamente a nomeação, a primeira é considerada uma mera expectativa de direito, mas passa a ser considerada direito subjetivo à nomeação nas seguinte hipóteses, durante o prazo de validade do concurso: 
· Aprovação dentro do número de vagas previsto no edital, podendo ser relativizado em razão de situações graves;
obs: havendo desistência de pessoa que estava dentro do número de vagas, a próxima pessoa, que estava fora das vagas, passa a ter direito subjetivo à nomeação.
· Preterição na ordem classificatória ocorre quando são nomeadas pessoas em ordem diversa daquela prevista na classificação, proporcional ao número de vagas que a adm coloca. Súmula 16 do STF.
· Contratação Precária para a mesma função, qualquer outra forma de contração diversa do concurso público. 
Observações
· O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso público não traz direito subjetivo à nomeação. Mas, caso a não nomeação se dê de forma imotivada e arbitrária, o candidato passa a ter direito subjetivo à nomeação. Informativo 811 do STF e 630 do STJ.
· A candidata gestante e a remarcação do teste físico: entendia-se que motivos pessoais não podem levar à remarcação do teste físico. Gravidez é um direito fundamental e, portanto, pode haver remarcação mesmo que não esteja previsto no edital.
· Na hipótese de mandado de segurança julgado improcedente após muitos anos, a posse é precária e não gera fato consumado. INFO 753 STF
Se o julgamento improcedente ocorre após a aposentadoria, não há cassação da aposentadoria pois tem a idade e o tempo de contribuição. INFO 911 STF
b) Estabilidade 
Com a posse ocorre a investidura, momento em que se torna, efetivamente, um servidor público, devendo entrar em exercício para exercer as funções. 
Para a aquisição da estabilidade existem dois requisitos:
· Art. 41, caput, CF/88: estágio probatório com duração de três anos de efetivo exercício; 
· Art. 41, §4º, CF/88: aprovação na avaliação especial de desempenho, realizada no final do prazo de três anos, por uma comissão especificamente instituída para analisar todos os acontecimentos e, com a aprovação, é adquirida a estabilidade. 
c) Hipóteses de perda do cargo do servidor estável 
· Art. 41, §1º, CF/88 - sentença judicial transitada em julgado determinando a perda do cargo; 
· Processo administrativo Disciplinar assegurada a ampla defesa e com a penalidade de demissão;
· Reprovação na avaliação periódica de desempenho, com contraditório e ampla defesa, devendo ser regulamentada por Lei Complementar de cada ente;
· Art. 169, §4º, CF/88 em virtude do excesso no limite de gastos com pessoal.
d) Remuneração: soma do vencimento com as vantagens pecuniárias. O vencimento é um valor fixo, previsto em lei, que vai ser revisado anualmente também mediante lei. As vantagens pecuniárias compreendem os adicionais, gratificações, indenizações (reembolso).
Art.. 39, §4ª da Constituição Federal: prevê o subsídio, que seria o pagamento através de uma “parcela única” para as pessoas em que seja necessário maior controle, não podendo somar qualquer outro valor de caráter pessoal, salvo, uma categoria, as indenizações que podem ser somadas ao subsídio.
Art. 144, §9º, CF/88 prevê que os servidores policiais receberiam, em tese, por subsídio. Porém, alguns estados não regulamentaram esse pagamento.
e) Teto Remuneratório: limite máximo de recebimento, previsto no art. 37, XI, CF/88, havendo o geral e o específico. 
· Limite Geral: subsídio do Ministro do STF;
· Limite Específico para os municípios: subsídio do prefeito
· Limite Específicos para os estados e distrito federal, variando de acordo com os poderes
Poder Executivo: subsídio do governador.
Poder Legislativo: subsídio do deputado estadual.
Poder Judiciário + MP + DP + Procuradores: subsídio do desembargador do tribunal de justiça.
Observações importantes:
Obs¹: Art. 37, §12, CF/88: se o Estado quiser, pode instituir o teto único, independente do Poder, será o do desembargador do tribunal de justiça, sendo que deputados e vereadores não se submetem à esse teto único.
Obs²: Art. 37, §11, CF/88: as indenizações não são computadas para fins de teto remuneratório, não se submetem a estes, podendo ultrapassar. 
f) Direito de greve
Em geral, os servidores públicos possuem o direto à greve, conforme previsto no art. 37, VII, CF/88, que requeria regulamentação por lei ordinária. 
Todavia, essa lei ainda não existe e, diante disso, o STF entendia que não poderia exercer direito à greve em razão da ausência de lei. Porém, em 2007, o STF decidiu que aplica-se, por analogia, a lei de greve da iniciativa privada, a Lei 7783. Informativo 485 do STF.
Desconto na remuneração do servidor em relação aos dias em que ficou em greve: para o STF é legítimo esse desconto pelos dias parados, sendo enriquecimento ilícito receber sem prestar o serviço. É razoável que seja parcelado em razão do caráter alimentar e pode haver acordo para a compensação de horários.
A ressalva é de que, se a greve for causada por conduta ilícita da própria administração pública, não é possível o desconto. Ex: greve por não estar recebendo a vários meses. 
Para o STF, servidor público que ocupa cargo policial não possui direito à greve, tendo em vista a natureza da sua atividade. Informativo 860 do STF. 
g) Acumulação Remunerada de Cargos Públicos 
Art. 37, incisos XVI e XVII, CF/88
Em regra, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. Porém, há exceções, desde que preencha três requisitos cumulativos:
1) compatibilidade de horários; 
2) cada cargo, individualmente, respeitar o teto remuneratório; Informativo 682 do STF
3) Enquadrar-se em uma das hipóteses legais
· Dois cargos de professor; 
· Um cargo de professor + um cargo técnico (conhecimento técnico) ou científico (formação em curso superior);
· Dois cargos de profissional da saúde com profissão regulamentada.
h) Acumulação de Cargo Público com Cargo Eletivo
Art. 38, CF/88
1) cargos eletivos federais, distritais e estaduais: não pode acumular com cargo público, deve ser afastar deste, podendo retornar após o término do mandato;
II) cargo de prefeito: deve ser afastar do cargo público, podendo escolher a remuneração que receberá, a do cargo público ou do eletivo;
III) cargo de vereador: havendo compatibilidade de horários é possível a acumulação. O texto constitucional fala em acumular as vantagens (vencimento) do cargo público com a remuneração (subsídio) do cargo eletivo. Possui erros técnicos na redação, mas considera correto. 
Havendo incompatibilidade de horários, aplica-se a mesma regra do prefeito. 
6.1 Agentes Públicos 
Thállius – Alfacon
São as pessoas físicas que exercem uma função pública, ainda que transitoriamente ou sem remuneração. 
a. Classificação dos Agentes
Podem ser agentes políticos, servidores públicos (agentes administrativos que se dividem em empregado público, estatutários ou temporários) ou particulares em colaboração (honorífico, delegatárioou credenciado).
O servidor público estatutário tem o vínculo com o Estado por meio de um Estatuto (lei que regula relação de trabalho com o Estado). É titular de cargo público efetivo
O empregado público é titular de um emprego público, acesso mediante concurso público sem estágio probatório e sem estabilidade. O vínculo com a administração (empresas públicas, sociedade de economia mista) é feito com a CLT.
Temporário é o contratado para atender necessidade temporária de excepcional interesse público, por meio de um processo seletivo simplificado, o vínculo é um contrato. Não é titular, apenas exerce uma função.
. Existem dois tipos de cargos públicos, pode ser efetivo – somente mediante aprovação em concurso público, com estágio probatório e estabilidade - ou em comissão – ad nutum, livre nomeação e exoneração, não tem concurso e nem estabilidade.
Se a banca fala cargo público em geral, se refere aos dois.
b. Lei 8.112
Estatuto dos Servidores Públicos Civis Federais, alcança os pertencentes à união, autarquias e fundações públicas federais.
O servidor público é a pessoa que foi legalmente INVESTIDA em cargo público (não nomeada e não em exercício). Investidura ocorre com a posse e, a partir desse momento, torna-se servidor público. 
Cargo Público é o conjunto de atribuições e responsabilidades que são de responsabilidade do servidor público.
c. Cargo Público
· São acessíveis aos brasileiros natos e naturalizados, podendo os estrangeiros ter acesso ao cargo público se for professor técnico cientista nas universidades e instituições de pesquisa federais.
· A criação e extinção, em regra deve ser feira pela LEI. Todavia, há a possibilidade de serem EXTINTOS, quando VAGOS, pelo Presidente da República por meio de Decreto Autônomo (art. 84, VI, CR/88)
· Possuem denominação própria e seus vencimentos são pagos pelos cofres públicos, sendo vedada a prestação de serviços gratuitos, salvo casos previstos em lei. 
· O provimento pode ser efetivo ou em comissão. Cargo em Comissão e Função de Confiança são de livre escolha, para exercer atribuições de direção, chefia e assessoramento (técnico é efetivo). 
Apesar das semelhanças, a nomeação do cargo em comissão pode ser para pessoa que tenha ou não cargo efetivo, todavia, há um mínimo que deve ser preenchido por servidores de carreira. A nomeação para função de confiança deve ser com pessoa que tenha cargo público.
d. Concurso Público
O Concurso Público não é para o provimento de todos os cargos públicos, mas apenas para os efetivos. Será de provas ou provas e títulos, com validade de até 02 anos, prorrogáveis uma vez por igual período. 
Realização de novo concurso mesmo com concurso anterior em prazo de validade, com aprovados, dentro das vagas: de acordo com a 8.112 não pode, mas de acordo com a CR/88 é possível, desde que haja prioridade de nomeação. 
STF: aprovado dentro das vagas tem direito subjetivo à nomeação dentro do prazo de validade. Expirou o concurso, pode utilizar-se de Mandado de Segurança.
Reserva de vagas para deficientes: até o máximo de 20% das vagas, conforme previsão da Lei 8.112.
e. Investidura
Requisitos básicos para a investidura (podem ser exigidos outros) devem ser comprovados na posse
“Naci com nível e aptidão, aos 18 gozei e quitei”
· Naci: onalidade brasileira (nato ou naturalizado);
· Nível: escolaridade exigido pelo cargo;
· Aptidão: física e mental para as atribuições do cargo;
· 18 anos como idade mínima
· Gozo dos direitos políticos
· Quitação das obrigações eleitorais e militares. 
Demais requisitos exigidos devem ser em decorrência do cargo, devendo ter relação com este.
f. Posse e Exercício 
Com a posse acontece a investidura e, com o exercício dar-se-á o início das funções.
15 dias
30 dias
Exercício
Posse
Nomeação
A publicação do ato de provimento equivale à nomeação, a administração pública solicita o candidato que tome posse no prazo de 30 (trinta) dias para comprovar os requisitos básicos. Após tomar a posse, há o prazo de 15 (quinze) dias para poder entrar em exercício, começar a trabalhar. Apenas começa a receber após a entrada em exercício.
E se houver perda do prazo para a posse? O ato de provimento será tornado sem efeito.
E se tomou posse e não entrar em exercício no prazo? Será exonerado (e não demitido).
g. Posse
· Pode ser feita por procuração ou pessoalmente;
· Ocorre apenas no provimento por nomeação; 
· Apresenta declarações de bens e valores e de estar ou não em exercício em outro cargo; 
· Inspeção médica oficial
· Comprovação dos demais requisitos. 
Jornada de trabalho semanal de 40h, diária de 6h até 8h, como regra, podendo ser alterada conforme a natureza do cargo e da lei própria.
	Estágio Probatório
	Estabilidade
	
No cargo – devido a cada novo cargo;
	
No serviço Público – apenas uma vez;
	
STJ tem que ser mesmo prazo da estabilidade, logo, não pode ser 24 meses;
	
CR/88: 03 anos
	
Os critérios são o ACADIPRORE*
	
Após os três anos, submete à avaliação especial de desempenho.
	
Inabilitados são exonerados
	04 meses antes de acabar, submete à homologação da autoridade competente.
	Não pode abrir a MATRACA*
	
Assiduidade
CApacidade de iniciativa
DIsciplina
PROdutividade
REsponsabilidade
MAndato Classista (eletivo pode)
TRAtar de interesses particulares
CApacitação
Perda de cargo de servidor estável: 
· Sentença judicial transitada em julgado;
· Processo Administrativo com ampla defesa;
· Procedimento de Avaliação Periódica de Desempenho conforme lei complementar, concedendo ampla defesa;
· Corte de excesso em despesas com pessoal.
h. Provimento e Vacância
Provimento é a forma com que o cargo público é preenchido, provido, de acordo com as sete formas taxativamente previstas em lei. A vacância é a forma com que o cargo público fica vago. 
	Provimento
	Vacância 
	Nomeação 
	Exoneração
	Promoção* - carreira
	Falecimento
	Readaptação* - limitação
	Demissão
	Reintegração – demissão invalidada
	Promoção*
	Reversão – velho (aposentado)
	Aposentadoria
	Aproveitamento - disponibilidade
	Readaptação*
	Recondução – retorno ao cargo anterior
	Poc Inacumulável
*Formas híbridas de provimento e vacância
· Nomeação 
Ocorre em cargo efetivo ou em comissão, sendo a única forma de provimento originária, logo, a única que tem a posse. 
· Promoção
Ocorre em cargos escalonados em carreira;
· Readaptação
Ocorre quando servidor sofreu limitação física ou mental que o tornou incompatível com o cargo que ocupava anteriormente. O provimento no novo cargo, será por readaptação, compatível com as atuais limitações, possuindo atribuições afins, mesma habilitação (curso de formação), nível de escolaridade, equivalência de vencimentos. Mesmo sem cargo vago (excedente).
· ReVersão
Ocorre quando servidor aposentado retornará ao cargo, não podendo ocorrer se já possuir 70 anos completos. 
Pode ser de ofício: quando declarados insubsistentes os motivos que geraram a aposentadoria por invalidez, retornando, ainda que não haja cargo válido (excedente)
Poder ser mediante solicitação: o retorno poderá ou não acontecer conforme interesse da ADM, a aposentadoria deve ser voluntária, deve ser estável, pedido em até 05 anos após aposentar-se, deve haver cargo vago..
 
· Aproveitamento
Ocorre com o retorno do servidor em disponibilidade. O servidor fica em disponibilidade quando o cargo for extinto ou desnecessário, recebendo provimentos proporcionais e não integrais. 
· Reintegração
Ocorre quando servidor é ESTÁVEL, e a demissão é invalida, seja por decisão judicial ou administrativa. Nessa hipótese, retorna ao cargo e é ressarcido por todas as vantagens e direitos. 
Se no retorno, o cargo for extinto o servidor ficará em disponibilidade. Todavia, se o cargo estiver ocupado, o servidor irá ocupar o seu cargo e, o atual ocupante sairá, o que pode ocorrer de três formas: (a) sendo reconduzido ao anterior sem direito a indenização ou (b) será aproveitado ou (c) colocado em disponibilidade.
· Recondução
Exige a ESTABILIDADE, trata-se do retorno ao cargo anterior. Pode ocorrer em razão da reintegração do anteriorocupante ou inabilitação no estágio probatório do novo cargo que estava ocupando. 
Vacância
· Exoneração
Não é penalidade, é o desligamento definitivo do vínculo do servidor com a Administração Público. Pode ser por duas modalidades, a pedido ou de ofício.
A exoneração de oficio ocorrerá se o servidor inabilitado no estágio probatório; se não entrar em exercício no prazo legal; cargo em comissão.
Existem duas exceções em que não se acata a exoneração a pedido: servidor que não tenha cumprido o tempo que deveria permanecer em exercício no cargo após retornar de afastamento para estudo no exterior e, ainda, servidor que esteja respondendo a processo administrativo disciplinar. 
Atenção: em 2014, na prova da PF, a CESPE entendeu como errada questão incompleta, que trazia apenas uma das exceções.
A Constituição prevê os casos de reprovação na avaliação periódica de desempenho (realizada conforme lei complementar, com direito a ampla defesa). 
Corte de despesas com excesso de pessoal. 
· Falecimento
· Demissão
Penalidade aplicada em casos mais graves
· Promoção
· Aposentadoria
Poderá ser por invalidez, compulsória (70 anos, em regra para servidor efetivo) ou voluntária (tempo de contribuição e requerimento do servidor).
· Readaptação
· Posse em Outro Cargo Inacumulável
Se requerer a exoneração, há corte de vínculo com a Administração Pública e não há mais como retornar ao cargo. 
i. Formas de Deslocamento
A remoção e a redistribuição, não se confundem com vacância ou provimento.
Na remoção há exercício em outra unidade, no âmbito do mesmo quadro (órgão), com ou sem mudança de sede. Ex: Polícia Federal, muda de unidades.
Na redistribuição há mudança para outro órgão, dentro do mesmo Poder. Ex: Polícia federal, muda para a Polícia Rodoviária Federal.
· Remoção
De ofício: realizada no interesse da administração, conforme ordem da administração e independe de aceitação. Ex: abertura de nova repartição gera a necessidade.
Em razão dessa ordem, é o único caso em que recebe ajuda de custo, que pode ser de até três vezes a sua remuneração. 
A pedido: pode ser realizado no (a) interesse da administração, decisão por ato discricionário ou (b) independente do interesse da administração (acompanhar cônjuge, saúde, processo seletivo), decisão por ato vinculado, preencheu os requisitos tem direito.
Hipóteses de remoção independente do interesse da administração: 
a) Acompanhar o cônjuge: se o cônjuge foi removido de ofício, o outro cônjuge, se quiser, pode ser removido para a mesma cidade.
O cônjuge removido de ofício pode ser servidor civil, militar, de qualquer dos poderes, seja executivo, legislativo, judiciário, de qualquer dos entes federativos. 
STJ inclusive, estende essa aplicação a empregados públicos de empresa pública ou sociedade de economia mista. 
b) Motivo de saúde: do servidor, do seu cônjuge ou de seus dependentes. Realizado mediante junta médica oficial. 
c) Processo Seletivo: remoção interna quando o número de interessados é superior ao número de vagas, regras definidas pelo próprio órgão. 
· Redistribuição
· Prévia aprovação do órgão geral;
· Apenas para cargo efetivo;
· No interesse da Administração Pública;
· Equivalência de Vencimentos;
· Vinculação de responsabilidade e complexidade das atribuições; 
· Mesmo nível de escolaridade, especialidade e habilidade profissional;
· Compatibilidade entre atribuições e finalidades do cargo.
Substituição
Ocorre quando a pessoa exerce um cargo ou função de direção ou de natureza especial e, saindo, haverá alguém para substitui-la conforme regimento interno. Sendo omisso, dirigente máximo decide.
Haverá cumulação de função, optando por uma das remunerações. Se ultrapassar 30 dias, ganhará retribuição pelo período ultrapassado.
j. Direitos e Vantagens
a) Remuneração: soma dos vencimentos (retribuição pecuniária pelo exercício do cargo) e vantagens de caráter permanente. 
Súmula 339 do STF: não cabe ao poder judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia.
b) Subsídio: pagamento realizado em parcela única previsto para alguns cargos (ex.: carreiras policiais, políticos). Pode ser cumulado com indenizações.
c) Proventos: servidor inativo, aposentado ou em disponibilidade. 
Características
a) Irredutibilidade: dos vencimentos e das vantagens de caráter permanente;
b) Isonomia: atribuições iguais ou assemelhadas devem ter o mesmo tipo de recebimento, dentro do mesmo poder e entre os poderes. Ressalvam-se as vantagens de caráter individual e as que são específicas do local de trabalho.
c) Teto Remuneratório: não ganhar de remuneração mais do que o subsídio do respectivo cargo parâmetro (Ministro do STF). No executivo é o Ministro de Estado, no Legislativo, o do Congresso Nacional e no Judiciário o do Ministro do STF.
Excluídas do Teto: não são computadas para o teto as indenizações e as gratificações natalinas, adicionais de insalubridade, periculosidade e penosidade, bem como adicionais de hora extra, noturno e férias. 
d) Perda da Remuneração falta injustificada gera a perda (não chega a receber) do valor correspondente ao dia. Parcela Proporcional refere-se a atraso, ausência, saída antecipada, todos injustificados. 
Na proporcional pode ter compensação de horários, no mês subsequente, mas não é direito do servidor, será a critério da chefia imediata. Pode ser feita também na hipótese de falta por caso fortuito ou força maior.
e) Descontos: recebe e é retirado, ocorre por imposição legal, mandado judicial ou por consignação em folha de pagamento (empréstimo).
Difere-se do arresto, sequestro e penhora que são medidas acautelatórias, somente podem ser prestação de alimentos e dependem de decisão judicial. 
f) Reposições e Indenizações ao Erário podem ser feitas de maneira parcelada (30 dias), descontando no mínimo 10% dos recebimentos. Se o servidor recebeu pagamento indevido no mês anterior, deverá pagar em parcela única. 
Se ficar em débito e sair do serviço público, seja por demissão, exoneração ou cassação da aposentadoria, ele deverá quitar, em 60 dias, sob pena de inserção em dívida ativa. 
Vantagens
Podem ser por indenizações (nunca incorporam ao vencimento), gratificações e adicionais (podem incorporar, nos termos da lei, não é automático).
As vantagens pecuniárias não serão computadas e acumuladas na concessão de acréscimos pecuniários ulteriores do mesmo título ou identifico fundamento. 
Indenizações
a) Ajuda de custo: será concedida para despesas de instalação, no caso de remoção de ofício que exija a mudança do domicílio de maneira permanente;
Pode ser de até 3x a remuneração, sendo vedado o duplo pagamento (ex.: remoção marido e mulher).
Se o servidor falecer na nova sede, haverá pagamento de ajuda de custa em 01 ano para a família retornar. Se não se apresentar na nova sede, possui 30 dias para restituir. 
Difere-se da diária, que não é permanente, ocorre de maneira temporária, tendo que se afastar da sede. Não havendo pernoite, a diária é reduzida à metade. 
Se constituir uma exigência permanente do cargo: não tem direito às diárias. Se o servidor se afastar ou voltar antes, deve restituir diárias restantes em 05 dias. 
b) Indenização de transporte: ressarcimento de despesas oriundas da utilização, pelo servidor, de meio próprio de locomoção para execução de serviços externos e atribuições do cargo. 
c) Auxílio-Moradia: ressarcimento de despesas comprovadas com aluguel de moradia ou hospedagem, ocorrendo o recebimento após 01 mês de comprovada a despesa. 
Tem direito as pessoas que mudaram de residência em razão do cargo em comissão ou função de confiança de direção ou assessoramento ou direção de natureza especial de ministro de estado ou equivalentes. 
Os requisitos são a inexistência de imóvel funcional e não ser, ou não ter sido nos 12 meses antecedentes, proprietário, promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel no local. 
· Vedado o duplo pagamento, não podendo que alguém que resida no imóvel receber. 
· O município de mudança não podeser mesma região ou limítrofe, ou ter morado no local dos últimos 12 meses.
· O deslocamento não pode ter sido para alteração de lotação ou nomeação para o cargo.
· Limita-se a 25% do valor quer irá receber. Independentemente do valor, R$1.800,00 é assegurado, é o mínimo. O recebido não pode ultrapassar a 25% do subsídio do Ministro de Estado. 
· No caso de falecimento, exoneração, disponibilização de imóvel funcional, aquisição de imóvel próprio: a indenização ainda será paga por mais um mês. 
Gratificações
a) Gratificação natalina a cada mês de exercício no ano ou a cada fração superior a 15 dias, o servidor terá direito a receber 1/12 (um doze avos) da remuneração de dezembro. 
O pagamento é realizado em até dia 20 de dezembro e, no caso de exoneração haverá o pagamento proporcional. 
Não é considerada para cálculo de vantagem pecuniária.
a) Gratificação por encargo de curso ou concurso atividade paralela em benefício da própria administração, sem prejuízo das funções originárias. 
Atuação como instrutor ou banca examinadora (2,2%) e atuação de logística e preparação de realização de concurso e participação, aplicação, fiscalização avaliação (1,2%)
Regra: não pode ultrapassar 120h mensais; Cálculo da %: com base no maior vencimento da adm federal transformado em horas. Não incorpora no vencimento para nenhum outro fim. 
b) Adicional de insalubridade, periculosidade e penosidade: ocorrendo mais de um, deve optar por apenas um deles. Cessa com a eliminação do motivo que o justifique. 
c) Adicional por Serviço Extraordinário: situações extraordinárias, no máximo de 2h por Jornada, remunerado em 50% a mais da hora normal. 
d) Adicional por Serviço Noturno: exercido entre 22h e 05h. A hora é reduzida, a cada 52m30s considera-se uma hora. Adicional de 25%.
e) Adicional de férias: no mês de férias recebe a remuneração e mais 1/3. Período de 30 dias a cada ano, podendo ser cumulado apenas dois períodos, o que é feito no interesse do serviço público. Vedado levar faltas ao cálculo das férias.
· Parcelamento pode ser em até 03 etapas, desde que haja o requerimento e interesse da administração pública. O Pagamento será em até 2 dias antes do início do período, no caso de exoneração, recebe proporcionalmente.
· Agentes que trabalham com Raio-x ou substancias radioativas: 20 dias a cada semestre, vedada a acumulação 
· Interrupção de férias em razão de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri ou serviço público, necessidade do serviço. O restante será gozado de uma só vez. 
h. Licenças
A regra é que quando uma licença for concedida dentro do prazo de 60 dias (pode ser menos que 60) do término de outra da mesma espécie, não será considerada nova, mas prorrogação da anterior.
Até 60 dias
Licença de Prorrogação
Retorno
Licença
a) Tratamento de saúde de pessoa da família: cônjuge, pais, padrastos, madrastas, filhos, enteados e dependentes que vivam às suas expensas. 
Serve para que o servidor possa dar assistência constante, indispensável e que não possa ser realizada simultaneamente com o cargo. 
Condições: dentro de 12 meses pode ser tirado pelo período máximo de 150 dias. 
Os primeiros 60 dias são remunerados e os demais 90 dias, sem remuneração. Podem ser períodos consecutivos ou não. (Licença de 50 dias/retorna por um dia/pede outra vez: 51 dia de licença e não dia 01)
b) Afastamento do Cônjuge: cônjuge deslocado para o exercício de mandato eletivo. Ocorrerá sem remuneração, por prazo indeterminado. 
c) Serviço Militar Obrigatório: terá 30 dias após a conclusão para reassumir o cargo. 
d) Atividade Política: servidor exercendo qualquer cargo eletivo. 
A partir do momento que é escolhido em comissão partidária, até a véspera do registro: SEM remuneração.
Do registro até o 10º dia após a eleição: COM remuneração, com prazo máximo de 03 meses. 
e) Para Capacitação: a cada 05 anos de efetivo exercício, poderá tirar até 03 meses de licença para participar de curso de capacitação, conforme o interesse da administração (ato discricionário).
Com remuneração, não acumulável e não pode ser concedida em período estágio probatório.
f) Tratar de Interesses Particulares: pode ser concedida no interesse da administração (ato discricionário), pelo prazo de até 03 anos, sem remuneração, podendo ser interrompida a qualquer momento e não pode ser em estágio probatório.
g) Desempenho de Mandato Classista para participar de confederação, federação, sindicato, associação de classe da categoria ou da entidade fiscalizadora.
Também pode ser concedida para o exercício de gerencia ou administração de sociedade cooperativa de servidores que preste serviço a seus membros. 
Sem remuneração, prazo do mandato (reeleição gera prorrogação) e não pode ser em estágio probatório. 
Limites de servidores nesses cargos por sindicato:
Até 5mil: 2 servidores
De 5mil até 30mil: 4 servidores
Mais de 30mil: 8 servidores.
h) Tratamento da própria saúde: pode ser a pedido ou de ofício. 
Para concessão deve haver perícia médica oficial, o médico do órgão em regra.
Se for inferior a 15 dias, dentro do período de um ano, pode dispensar a perícia médica oficial. 
Se for licença superior a 120 dias no período de 12 meses, deve ser por junta médica oficial. 
Com remuneração, prazo máximo contínuo de 24 meses. Ultrapassado, o servidor será readaptado em outro cargo compatível ou aposentado por invalidez. 
i) Licença Gestante: prazo de 120 dias consecutivos, com remuneração. 
Início a partir do 1º dia do nono mês de gestação (salvo prescrição médica) ou do parto sendo o caso de prematuro.
No caso de Natimorto, decorridos 30 dias. Deve haver exame médico declarando a aptidão ao retorno. Aborto: retorno após 30 dias, será remunerada e exige atestado médico oficial. 
Horário especial de amamentação: intervalo de 1 hora, podendo ser divido em duas partes, até a criança completar seis meses de idade. 
j) Licença paternidade: 05 dias consecutivos. 
k) Licença adotante: “Os prazos da licença adotante não podem ser inferiores aos prazos da licença gestante, o mesmo valendo para as respectivas prorrogações. Em relação à licença adotante, não é possível fixar prazos diversos em função da idade da criança adotada” (RE 778.889/PE).
Observação!
SERVIDOR EM ESTÁGIO PROBATÓRIO
NÃO PODERÁ ABRIR A MATRACA
MAndato classista
TRAtar de interesses particulares
CApacitação
i. Afastamentos
A) Servir a outro órgão ou entidade: da própria união, dos estados, do DF e para municípios, ou seja, para qualquer dos entes federativos. 
Será para exercer Cargo em Comissão ou Função de Confiança, ou casos de lei específica, a remuneração será paga pela entidade em que ele estiver trabalhando (cessionário). 
Pode também ser para empresa pública ou sociedade de economia mista, tendo a possibilidade de optar por manter a remuneração e a cessionária vai ter que reembolsar órgão cedente. 
Cessão mediante publicação de portaria no D.O.U;
Servidores do Poder Executivo, por autorização expressa do Presidente da República, poderá exercer atividades em órgão da Administração Federal, sem quadro próprio, para fins determinados e por prazo certo. 
B) Mandato Eletivo: contribui para a seguridade como se estivesse em exercício. 
No caso de mandato eletivo federal, estadual ou distrital será afastado. Enquanto estiver no cargo eletivo, receberá os subsídios referentes.
No caso de mandato eletivo municipal, seja prefeito ou vereador: será afastado e pode optar por receber a sua remuneração. 
· Vereador: havendo compatibilidade de horários, pode cumular, sem afastar (não aplica para prefeito) !! Recebe remuneração e subsídio. 
c) Estudo ou Missão no Exterior 
Não aplicado para carreira diplomática, pois a viagem faz parte da natureza dos cargos que a compõe. 
Para usufruir, é necessária a autorização do Presidente da República ou Presidente dos órgãos do Poder Legislativo ou Presidente do STF. Basta a autorização de um destes. 
Período máximo de 04 anos, somente pode haver nova ausência depois de decorridos mais 04 anos (igual período) do retorno. 
O servidor beneficiado somente

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