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Professora Mariana Scholz 
Para reprodução, por favor, não retirar marca d’água em respeito ao meu trabalho. Agradecida. 
Magistratus Federalis – por ❥ Ana Dourado 
 
1 9º Semestre 
 
23/02/2022 
Plano de Ensino 
Dinâmica AVP 1: 30 de março e 06 de abril; 
Dinâmica AVP 2: 11 de maio; 
Dinâmica Optativa: 
 
Noções Gerais e definição do Direito Agrário 
Casas no meio rural são regidas pelo direito agrário; 
Direito Agrário X Direito Rural x Direito Agrícola x 
Direito da Agricultura 
Agrário: relativo ao campo e a agricultura; 
Rural: relativo a ou próprio do campo, situado no 
campo; 
Agrícola: relativo ao campo, à agricultura; 
Agricultura: atividade que tem por objetivo a cultura 
do solo para produzir vegetais úteis ao homem e/ou 
para a criação de animais, lavoura; 
 
Conceitos 
- Direito Agrário é o conjunto sistemático de normas 
jurídicas que visam disciplinar as relações do homem 
com a terra, tendo em vista o progresso social e 
econômico do 
 
Direito agrário é o conjunto sistemático de normas 
jurídicas que visam disciplinar as relações do homem 
com a terra, tendo em vista o progresso social e 
econômico do rurícola e o rurícola e o enriquecimento 
da comunidade – Borges; 
 
 
- Direito Agrário é o conjunto de princípios e de 
normas, de Direito Público e de Direito Privado, que 
visa a disciplinar as relações emergentes da atividade 
rural, com base na função social da terra – Sodero; 
 
- Direito Agrário é o ramo da ciência jurídica, 
composto de normas imperativas e supletivas, que 
rege relações emergentes da atividade do homem 
sobre a terra, observados os princípios de 
produtividade e justiça social – Alvarenga; 
 
- É o conjunto de regras e princípios jurídicos 
atinentes às relações advindas da exploração da 
terra pelo homem, fundado na implementação de uma 
função social da propriedade e pautado no progresso 
social, com fins na consecução de sua evolução 
econômica, assim como do desenvolvimento 
sustentável – Marques; 
 
Elementos em comum nos conceitos: normas 
jurídicas, relações da humanidade com a terra, 
produtividade (progresso/sustentável/justiça social); 
Diferença Norma x Lei 
Norma jurídica abrange a regra e princípio, a 
dimensão imediatamente comportamental (regra 
imposta, admitida ou reconhecida) e finalística 
(princípio); 
Lei é um texto positivado de normas; 
Norma e lei são usadas comumente como expressões 
equivalentes, mas norma abrange muito mais que a 
Lei; 
Professora Mariana Scholz 
Para reprodução, por favor, não retirar marca d’água em respeito ao meu trabalho. Agradecida. 
Magistratus Federalis – por ❥ Ana Dourado 
 
2 Objeto do Direito Agrário Direito Agrário exige mais do que a relação estática, 
diz respeito ao desempenho da função social da 
propriedade, produção racional e econômica, visando 
o fator dinâmico da terra; 
Fatos jurídicos que emergem do campo, consequência 
da atividade agrária, da estrutura agrária da empresa 
agrária e da política agrária; 
Resultado da atuação humana sobre a natureza, em 
participação funcional, condicionante do processo 
produtivo; 
Toda ação humana voltada para a produção, contanto 
com a participação ativa da natureza, sem descurar 
da conservação das fontes produtivas naturais; 
 
Atividades Agrárias 
Lavoura – Temporária ou permanentes; 
** Rotatividade da planta (duração de vida). 
Pecuária – Pequeno, médio e grande porte; 
Hortigranjeira; 
** Produção de ovos e hortaliças. 
Extrativismo rural; 
** Carvão, lenha. 
** A partir da utilização da natureza para produção 
de outros produtos. 
Agroindústria 
 
Atividades conexas complementares: 
Transporte e comércio. 
 
Características 
Imperatividade: o Estado exerce forte intervenção 
nas relações agrárias, tornando obrigatória a 
aplicação da lei. A imperatividade é uma ferramenta 
que busca principalmente proteger o elo mais 
vulnerável do direito agrário, o camponês ou 
trabalhador rural; 
Função Social da Terra: 
Se traduz na utilização racional do solo, fazendo com 
que este beneficie o maior número possível de 
cidadãos, tanto no campo, na cidade, nunca 
esquecendo de reforçar as práticas de preservação 
ambiental dos recursos naturais. 
 
Fontes 
Origem, fundamento da norma; 
Fontes materiais (políticas); 
Fontes formais (leis e regulamentos); 
 
O Direito Agrário é dicotômico, compreende política 
de reforma e desenvolvimento. 
A maioria da doutrina considera o direito agrário como 
um híbrido, ou seja, seu conteúdo abrange questões 
pertinentes tanto ao direito público quando ao 
privado, sendo que a definição se dá de acordo com 
o caso concreto. 
 
09/03/2022 
Direito Agrário 
Possui autonomia própria; 
Doutrinária (Objeto específico); 
Científica (Métodos e técnicas); 
Didática (Disciplina própria, ensino e extensão); 
Legislativa (Ex.: Estatuto da Terra, leis próprias); 
Jurisdicional 
 
- Autonomia legislativa (constitucional) do Direito 
Agrário 
Emenda Constitucional 10 de 10.11.1964 
Professora Mariana Scholz 
Para reprodução, por favor, não retirar marca d’água em respeito ao meu trabalho. Agradecida. 
Magistratus Federalis – por ❥ Ana Dourado 
 
3 Art. 5º: Compete a União; XV – Legislar sobre: a) direito civil, comercial, penal, 
processual, eleitoral, aeronáutico, do trabalho e 
agrário. 
Na CF/88: Art. 22, I: Compete privativamente à 
União, legislar sobre: - direito civil, comercial, penal, 
processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, 
espacial e do trabalho. 
 
A Justiça Agrária 
Criação e implantação de uma Justiça Agrária; 
Objetivo: Justiça Agrária própria como a Justiça do 
Trabalho 
Crítica a um poder judiciário não especializado, 
sobrecarregado e de pouca sensibilidade; 
A luta pela criação de uma justiça agrária tem que 
ser incessante, pois a realidade rural é divergente da 
realidade urbana, os valores do campo nem sempre 
são os mesmos dos valores das cidades (MARQUES, 
2016); 
 
Motivos a favor Motivos contra 
País de tamanha 
dimensão territorial 
como o Brasil; 
Custos para a 
administração pública 
criar a estrutura 
judicial; 
Quantidade de 
legislação própria; 
Necessidade de um 
código de processo 
agrário; 
Autonomia da matéria e 
princípios próprios; 
Criar cortes arbitrais e 
Ministério Público 
Agrário; 
Poder judiciário 
sobrecarregado e sem 
especialidade nos 
conflitos agrários; 
Necessidade de polícia 
agrária. 
 
Art. 126, CF/88: Para dirimir conflitos fundiários, o 
Tribunal de Justiça designará juízes de entrância 
especial, com competência exclusiva para questões 
agrárias. 
P.U: Sempre que necessário a eficiente prestação 
jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do litígio. 
O artigo estabelece uma competência estadual, o que, 
para os estudiosos da área, seria um retrocesso, já 
que os problemas agrícolas são de interesse acional 
e deveriam, então, ter significância que fosse levada 
aos Tribunais Federais; 
 
História do Direito Agrário 
O direito agrário esteve presente em todas as 
sociedades quanto a questões de exploração de 
recursos naturais e divisão de terra. 
- No Brasil: 
Portugal e Regime Sesmarial (1500-1821) 
1º Momento (30 anos): 
Extrativismo do pau-brasil sem ocupação efetiva e 
delimitação de terras; 
Extrativismo com escravidão indígena e criação de 
áreas portuárias do Brasil; 
2º Momento: 
Capitanias hereditárias (faixas de terras imensas) 
1530 – Início do ciclo da cana de açúcar; 
Posteriormente, ciclo do ouro; 
Recolhimento de impostos por parte de Portugal; 
Exploração do tráfico de escravos; 
Engenhos de açúcar na faixa do litoral brasileiro 
A atividade açucareira era voltada para exportação 
e a atividade pecuária para as necessidades do 
engenho (mercado interno), explorando o interior do 
Brasil; 
O açúcar brasileiro ganha concorrência internacional 
e aumentou-se a atividade mineradora do Brasil; 
 
 
___________ xx ___________ xx __________ 
Professora Mariana Scholz 
Para reprodução, por favor, não retirar marca d’águaem respeito ao meu trabalho. Agradecida. 
Magistratus Federalis – por ❥ Ana Dourado 
 
4 16/03/2022 Regime de Posses (1822-1850) 
Acaba o sistema de doação de sesmarias; 
Ocupação direta dos terrenos sem a presença de 
regulamentação legal; 
O padrão concentrado de terra permanece; 
Grandes proprietários vão expandir suas 
propriedades, principalmente para o litoral; 
 
Regime da Lei de Terras 
Lei 601-18/9/1850 de Terras de 1850 
A Lei de Terras 
Estabeleceu a compra como única forma de acesso 
à terra (o acesso à terra só ocorre através da 
comprar); 
Registro das terras – Quem tivesse recebido terras 
de sesmarias ou tomado posse (as posses mansas e 
pacíficas (não-contestadas ou impugnadas 
judicialmente) deveria ir ao cartório registrar suas 
terras; 
Seriam legitimadas desde que tivessem sido cultivadas 
o houvesse princípio de cultura e morada do posseiro 
ou representante; 
Art. 5º da Lei 
-- Particulares registram terras por título ou posse; 
-- Tudo o que não for registrado ou já estiver em uso 
da ADP (administração pública) é do governo; 
1850 (Lei Eusébio de Queirós proibir o tráfico 
atlântico de escravos) – 1888 (Abolição da 
escravidão); 
Movimento de transição do trabalho escravo para o 
trabalho livre; 
Lei de Terras – O valor da terra subiu, assim, só 
poderia ter acesso a terra quem tivesse recursos; 
Preocupação por parte dos fazendeiros na expansão 
da cafeicultura; 
Lei de Terra é uma estratégia para valorizar a terra 
e evitar a compra por escravos livres e 
trabalhadores da Europa (movimento migratório 
incentivado pelo Brasil); 
Mantêm as terras concentradas 
Mas o apossamento das terras públicas continuou, as 
terras devolutas não foram registradas; 
Problemas da Lei de terras 
1. Não se permite posse de terrar no Brasil, 
a única forma é por compra; 
2. Impede que particulares que não tenham 
dinheiro adquiram terras; 
 
23/03/2022 
Regime Republicano 
34 – Interesse social e coletivo; 
37 – Retira o dispositivo; 
46 – Bem estar social 
 
Emenda Constitucional 10/1964 
Art. 156 – Foi baseado num intenso incentivo de 
colonização forçada; 
Desarticulação de movimentos sociais 
 
---------------------------------------------------------. 
Novo Conteúdo 
27/04/2022 
Terras Pública e Terras Devolutas 
Conceitos de Terra Devoluta: 
Paulo Garcia – O instituto pela sua origem etimológica, 
louvando-se em renomados cultores da língua 
portuguesa, e explicam que o termo devoluto quer 
dizer vazio, desocupado, sem dono; 
Altir de Souza Maia – Historicamente, trata-se da 
hipótese de devolução ao Poder Público daquelas 
Professora Mariana Scholz 
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Magistratus Federalis – por ❥ Ana Dourado 
 
5 terras concedidas a título de sesmarias, quando o sesmeiro inadimplisse as obrigações assumidas 
Messias Junqueira – A 
Altir de Souza Maia – 
 
Aspectos Históricos – 1ª vez na Lei 
Lei de Terras do Império (Lei nº 601 de 18/9/1850 
definiu o que seriam as terras devolutas) 
Regulamentou a situação desde a época das 
sesmarias que a CF de 1822 não tratou; 
Art. 3º - Terras devolutas 
 
Decreto-Lei 9760/1946 
Constituição de 1891 
Art. 64 da CF; 
A CF não revogou a Lei nº 601/1850; 
Decreto-Lei 9760/1946 – Tem definição mais 
ampla; 
Seriam devolutas, na faixa de fronteira, nos 
territórios federais e no DF, as terras que, não sendo 
próprias nem aplicas a algum uso público federal, 
estadual ou municipal, não se incorporem domínio 
privado; 
Art. 5º; 
CF/88, Art. 20 - São bens da União: 
Incisos II, VII, XI; 
“Tudo que não tem registro, tem que ter registro. 
Sem registo, entra na questão de terras devolutas.”; 
CF/88, Art. 26 – Incluem-se entre os bens dos 
Estados: 
Inciso IV; 
 
------------ x -------------- x --------------- 
 
04/05/2022 
Discriminação de Terras Devolutas 
 
Assistir aula online; 
 
11/05/2022 
Assistir aula online; 
 
18/05/2022 
Assistir aula online; 
 
25/05/2022 
Desapropriação para Reforma Agrária 
Fundamentos da Reforma Agrária 
Lei Nº 4.504/64 (Estatuto da Terra) 
Reforma Agrária – Conjunto de medidas que visem a 
promover melhor a distribuição da terra, mediante 
modificações no regime de sua posse e uso, a fim de 
atender aos princípios de justiça social e ao aumento 
de produtividade; 
Política de Reforma Agrária – Conjunto de medidas 
conduzidas pelo Poder Público a fim de promover a 
distribuição de terras entre trabalhadores rurais, 
atendendo aos princípios de justiça social e aumento 
da produtividade; 
Características e Objetivos da Reforma Agrária 
Além de promover cidadania, proporcionar a 
desconcentração e democratização da estrutura 
fundiária e gerar renda no campo, a Reforma Agrária 
favorece: 
• A produção de alimentos básicos; 
• O combate à fome e à pobreza; 
• Promoção da cidadania e da justiça social; 
• Interiorização dos serviços públicos básicos; 
• Redução da migração campo-cidade; 
Professora Mariana Scholz 
Para reprodução, por favor, não retirar marca d’água em respeito ao meu trabalho. Agradecida. 
Magistratus Federalis – por ❥ Ana Dourado 
 
6 • Diversificação do comércio e dos serviços no meio rural, etc... 
Desapropriação Agrária 
Conceito – Ato unilateral de direito público 
administrativo, cuja característica principal é a 
transferência da propriedade sobre o bem 
desapropriado, em virtude do dispositivo legal, calcado 
no interesse público da coletividade; 
Objeto 
- Um imóvel rural que não esteja cumprindo a sua 
função social; 
- Imóvel situado em zona proprietária para fins de 
Reforma Agrária, cuja definição é também exclusiva 
do Poder Público Federal, nos termos do art. 20 do 
Estatuto da Terra; 
 
Desapropriação é um dos instrumentos de 
intervenção do Estado na propriedade privada, para 
que seja feita a Reforma Agrária; 
Art. 18, Estatuto da Terra; 
Art. 184, CF/88; 
 
Vedações a Desapropriação 
Art. 185, CF/88; 
O imóvel que comprove esta sendo objeto de 
implantação de projeto técnico que atenda a certos 
requisitos estabelecidos na Lei (art. 7º, Estatuto da 
Terra) também não pode ser desapropriado; 
 
Função Social da Terra 
Art. 2º, Estatuto da Terra; 
§§ 1º, 2º-b; 
Produtividade como cumprimento da função social da 
terra; 
Art. 5º, XXIII, CF/88; 
Art. 186, CF/88; 
Art. 9 e 6 (Lei 8629/93 – Lei da Reforma Agrária); 
Grau de Eficiência da Exploração (GEE) e o Grau de 
Utilização da Terra (GUT) 
Art. 6, Lei 8.629/93; 
GEE – igual ou superior a 100%; 
- Tabela do INCRA, devendo cumprir os valores 
estipulados. O não cumprimento, a terra/propriedade 
fica passível de desapropriação; 
GUT – igual ou superior a 80%; 
 
Procedimento 
Declaratório administrativo ou judicial e a fase de 
distribuição; 
Ação de desapropriação agrária. Não se resolvendo a 
desapropriação no terreno amigável, abre-se o 
conflito, cujo desfecho só pode ser alcançado dentro 
de um procedimento judicial; 
Procedimento contraditório especial, para o processo 
judicial de desapropriação para fins de Reforma 
Agrária, o que veio acontecer da Lei Complementar 
Nº 76, de 6.7.93, que, posteriormente, foi modificada 
pela Lei Complementar Nº 88, de 23/12/96; 
A Lei Complementar Nº 76/93 manteve o foro 
privilegiado da Justiça Federal; 
A ação de desapropriação agrária difere, 
substancialmente, das outras modalidades de 
desapropriação. A diferença está em que, nas ações 
expropriatórias comuns, o legislador permite o 
ajuizamento de qualquer outra ação direta, sem 
restringir até mesmo a ação reivindicatória, enquanto 
na expropriatória para Reforma Agrária o legislador 
proíbe, expressamente, a ação reivindicatória do bem 
expropriado, depois de registrado em nome da União. 
 
04/06/2022 
Terras Indígenas 
Professora Mariana Scholz 
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Magistratus Federalis – por ❥ Ana Dourado 
 
7 Terras públicas – Terras indígenas(Direito e Demarcação de terras); 
Estudo típico do Direito Agrário – As terras 
habitadas pelos indígenas são utilizadas para 
atividades agrárias, nesse seu habitat que o povo 
pratica a caça e a pesca; 
 
Constituições 
1824 – 1ª Constituição brasileira, não inseriu qualquer 
norma de caráter protetivo para os indígenas; 
1850 – Lei de Terras (Lei Nº 601/1850, art. 12), fez 
menção expressa aos índios; 
1891 – Constituição Federal. Também não inseriu 
nenhuma norma quanto aos indígenas; 
1910 – Criado o Serviço de Proteção aos índios e 
Localização de Trabalhadores Nacionais (SPILTN); 
- Medidas: Controlar os territórios indígenas, localizar 
e fixar os índios, civilizar a integrar os indígenas para 
o trabalho. O órgão fazia distinção de índios mansos, 
brabos e arredios; 
1916 – Art. 6º, Lei Infraconstitucional ... 
1918 – SPILTN se separa dos Trabalhadores 
Nacionais para ser apenas Serviço de Proteção aos 
Índios (SPI). Elimina o tratamento diferenciado entre 
mansos e bravos. Todos os povos submetidos à tutela 
unificada do Estado Nacional; 
1934 – A Constituição de 1934, e as demais que se 
seguiram, disciplina: a posse de terras dos silvícolas 
que nelas se achassem permanentemente 
localizados, sendo-lhes, no entanto, vedado aliená-las; 
... 
1988 – Dedicar capítulo inteiro sobre os índios (Cap. 
VIII do Tít. VIII – Da Ordem Social); 
 
Lei 6.001/1973 – Estatuto do índio 
Criado diante de forte pressão internacional, gerada 
por denuncias de maus tratos às populações 
indígenas situadas em territórios brasileiros; 
Crítica: também tenta integrar o indígena à comunhão 
nacional, desconsiderando diferenças culturais dos 
indígenas; 
- A demarcação das terras indígenas pautava-se pelo 
modelo da moradia fixa associada exclusivamente ao 
trabalho agrícola 
... 
Capacidade: quando foi editado o Estatuto do índio (Lei 
6001/1973, revogando o Decreto 5.484/1928, fora 
mantido o regime tutela previsto no CC de 1916, que 
tratava o silvícola como relativamente incapaz, 
cessando a sua incapacidade a medida que fosse se 
adaptando à civilização do País, revelando a 
transitoriedade com que a condição indígena era 
tratada na época; 
A liberação do regime tutelar dependia de solicitação 
do interessado junto ao órgão de assistência, 
dependendo de homologação judicial e do 
preenchimento dos seguintes requisitos (Art. 9º): Ser 
maior de 21 anos, ter conhecimento da língua 
portuguesa, ter habilitação para o exercício de 
atividade útil na comunhão nacional e razoável 
compreensão dos usos e costumes da comunhão 
nacional; 
É estabelecido um prazo de cinco anos, a partir 
daquela data, para que sejam demarcadas todas as 
terras indígenas (Art. 65); 
Art. 215, §1º, CF/88; 
Capítulo VIII – Dos Índios 
Art. 231, CF/88; 
Inovação pela definição dos direitos dos índios sobre 
suas terras enquanto direitos originários, isto é, 
anterior à criação do próprio Estado; 
O abandono de uma perspectiva assimilacionista, que 
entendia os índios como categoria social transitória, 
fadada ao desaparecimento 
Art. 67 ADCT 
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