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Unidade 4 Livro Didático Digital Marcos Rodolfo da Silva Suporte emergencial à vida e atendimento pré-hospitalar Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA Projeto Gráfico TIAGO DA ROCHA Autor MARCOS RODOLFO DA SILVA Marcos Rodolfo da Silva Olá. Meu nome é Marcos Rodolfo da Silva. Sou Graduado em Enfermagem, Pós-Graduado em Enfermagem do Trabalho, Técnico em Radiologia e Instrumentador Cirúrgico pelo Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos (UNIFEOB), 2010 - 2012 e 2008, respectivamente. Além disso, ao longo de minha carreira, participei de cursos na área de urgência e emergência e atuei como enfermeiro supervisor no Pronto Socorro Municipal "Dr Oscar Pirajá Martins" na cidade de São João da Boa Vista, Estado de São Paulo, no período de março de 2011 a janeiro de 2014. Atualmente, sou acadêmico do 5° ano do curso de Medicina no Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino Unifae, São João da Boa vista - SP. Além disso, desenvolvo materiais didáticos como professor conteudista nas áreas de saúde pública, saúde do idoso, direito à saúde e a ela correlatas. Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! O AUTOR Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: ICONOGRÁFICOS INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimento de uma nova com- petência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Atendimento emergencial fixo ............................................................ 10 Atendimentos primordiais ......................................................................................................10 Equipe de suporte emergencial e atendimento pré-hospitalar 19 Equipe profissional e seus objetivos no atendimento pré-hospitalar ...19 Objetivos da Comissão Interna de Prevenção De Acidentes – CIPA ................................................................................................................. 28 Os objetivos ......................................................................................................................................28 Particularidades da CIPA .........................................................................................................28 Atuação da CIPA............................................................................................................................30 Prioridades do cuidado emergencial e pré-hospitalar ............. 36 Prioridades ........................................................................................................................................36 Princípios do Cuidado Emergencial ..............................................................................37 Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 7 LIVRO DIDÁTICO DIGITAL UNIDADE 04 Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar8 Você sabia que a área que envolve os atendimentos pré- hospitalares é um dos importantes na área de saúde, e será responsável pela geração de várias melhorias de vítimas que acionam o serviço de atendimento de socorros? Sua principal responsabilidade é garantir que as equipes de profissionais de primeiros socorros possuam conhecimento e experiência suficiente para garantir a segurança e o atendimento de qualidade e segurança em momentos de pânico e acidentes. Além disso, é necessário a presença de todos os profissionais que fazem parte desse serviço, para que, dessa forma possa ser realizado de maneira integrada e com o apoio de todos os setores. E veremos também como são feitas as abordagens técnicas e etapas de realização do atendimento. Durante essa unidade você será capaz de aprofundar seu conhecimento a respeito dos atendimentos pré-hospitalares. Os princípios e objetivos da CIPA e do atendimento emergencial. Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo! INTRODUÇÃO Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 9 Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso propósito é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de estudos: 1. Aplicar o atendimento emergencial fixo; 2. Entender e aplicar o modo de trabalho da equipe multiprofissional especializada em emergência; 3. Compreender os objetivos da comissão interna de prevenção de acidentes; 4. Propor as prioridades do cuidado emergencial e pré-hospitalar. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! OBJETIVOS Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar10 Atendimento emergencial fixo INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender como funciona atendimento emergencial fixo. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram colocar em prática conhecimentos acerca desse tipo de atendimento sem a devida instrução tiveram problemas ao exercer suas atividades. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Atendimentos primordiais Os atendimentos primordiais realizados para as vítimas de acidentes são determinantes para a continuidade e manutenção da vida e o diagnóstico das vítimas. Algumas das atitudes para que sejam competentes e habilidoso, necessitam ser executadas em minutos/ segundos depois do acontecimento. Dessa forma, é fundamental ter profissionais com competência suficiente em diversos ambientes para executar esse primeiro atendimento, antes da chegada de assistência de outros profissionais ou serviços mais complexos. A assistência de serviços emergenciais pode decorrer por meio do atendimento pré-hospitalar ou dos serviços de primeiros socorros. O atendimento pré-hospitalar é um serviço emergencial que deve ser executado por algum profissional da área médica, com o objetivo de desenvolver o primeiro auxílio às vítimas de acidente ou que foram vítimas por emergências clínicas ou traumas, como por exemplo: avc, infarto convulsões. Esse tipo de atendimento emergencial compreende a execução de procedimentos de realização médica pertinentes ao quadro clínico da vítima e como é realizado o transporte para uma unidade de pronto- Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 11 atendimento ou alguma unidade que seja capaz de atender ao paciente suprindo suas necessidades. A atuação e realização de serviços de primeiros socorros e pré- hospitalares são regulamentados por uma portaria. Entretanto, vamos entender como acontece e o que é o Atendimento pré-hospitalar fixo. O atendimento pré-hospitalar fixo é o serviço executado por unidades que oferecem serviços de saúde de uma complexidade bem menor que hospitaismaiores e tem como finalidade proporcionar uma assistência primordial necessária até que a vítima consiga ser transferido para uma unidade de alta complexidade. A vítima com quadros clínico complexo de natureza clínica, traumática ou psicológica deve ser atendido em uma unidade básica de saúde (UBS) por profissionais especializado na área de saúde e que sejam capazes de estabilizar e logo após seja referenciado para um pronto- atendimento. Figura 1 – Atendimento pré-hospitalar fixo Fonte: Autor (2020). Abaixo você será capaz de compreender por meio da Portaria Nº 2048 como realmente funciona a temática de atendimento pré-hospitalar fixo diante da legitimação. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar12 Segundo o capítulo III da Portaria Nº 2048, “ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR FIXO O Atendimento Pré-Hospitalar Fixo é aquela assistência prestada, num primeiro nível de atenção, aos pacientes portadores de quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou ainda psiquiátrica, que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, provendo um atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde hierarquizado, regulado e integrante do Sistema Estadual de Urgência e Emergência. Este atendimento é prestado por um conjunto de unidades básicas de saúde, unidades do Programa de Saúde da Família (PSF), Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), ambulatórios especializados, serviços de diagnóstico e terapia, unidades não hospitalares de atendimento às urgências e emergências e pelos serviços de atendimento pré-hospitalar móvel. 1. As Urgências e Emergências e a Atenção Primária à Saúde e a Programa de Saúde da Família As atribuições e prerrogativas das unidades básicas de saúde e das unidades de saúde da família em relação ao acolhimento/ atendimento das urgências de baixa gravidade/complexidade devem ser desempenhadas por todos os municípios brasileiros, independentemente de estarem qualificados para atenção básica (PAB) ou básica ampliada (PABA), conforme detalhamento abaixo: • Acolhimento dos Quadros Agudos: Dentro da concepção de reestruturação do modelo assistencial atualmente preconizado, inclusive com a implementação do Programa de Saúde da Família, é fundamental que a atenção primária e o Programa de Saúde da Família se responsabiliza pelo acolhimento dos pacientes com quadros agudos ou crônicos agudizados de sua área de cobertura ou adstrição de clientela, cuja complexidade seja compatível com este nível de assistência. Não se pode admitir que um paciente em acompanhamento em uma unidade básica de saúde, por exemplo, por hipertensão arterial, Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 13 quando acometido por uma crise hipertensiva, não seja acolhido na unidade em que habitualmente faz tratamento. Nesta situação, se aplicaria o verdadeiro conceito de pronto atendimento, pois, numa unidade onde o paciente tem prontuário e sua história pregressa e atual são conhecidas, é possível fazer um atendimento rápido e de qualidade, com avaliação e readequação da terapêutica dentro da disponibilidade medicamentosa da unidade. Quando este paciente não é acolhido em sua unidade, por ausência do profissional médico, por falta de vagas na agenda ou por qualquer outra razão e recorre a uma unidade de urgência como única possibilidade de acesso, é atendido por profissionais que, muitas vezes, possuem vínculo temporário com sistema, não conhecem a rede loco regional e suas características funcionais e, frequentemente, prescrevem medicamentos não disponíveis na rede SUS e de alto custo. Assim, o paciente não usa a nova medicação que lhe foi prescrita porque não pode adquiri-la e, tão pouco, usa a medicação anteriormente prescrita e disponível na unidade de saúde, pois não acredita que esta seja suficiente para controlar sua pressão. Esta situação problema é apenas ilustrativa de uma grande gama de situações semelhantes, que acontecem diariamente, não apenas com hipertensos, mas com diabéticos, pacientes portadores de dor aguda e/ou crônica, cardiopatas, portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica, mulheres em acompanhamento ginecológico e/ou obstétrico, crianças em programa de puericultura e etc. Fonte: https://bit.ly/2Y8Edv7 É de entendimento pleno que os equipamentos criadores contribuem insatisfatório formação para enfrentar as situações das emergências e urgências. Dessa maneira, é normal que profissionais da área de saúde, ao se encontrarem em casos com uma urgência de maior complexidade, tenham o impulso de encaminhar a vítima bem rápido para unidade de maior complexidade e com o atendimento necessário, sem fazer uma avaliação antes e a necessária normalização do quadro clínico, por falta de segurança e desconhecimento de como agir. Assim, é fundamental que estes profissionais de saúde sempre sejam qualificados para estas situações. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar14 Quando falamos sobre a estruturação dos recursos físicos sabemos que muitas unidades de atendimento precisam ter um espaço corretamente preenchido com medicamentos, materiais e recursos fundamentais ao primeiro atendimento de emergência/urgência que acontecem nas áreas próximas a unidade ou em sua área e/ou sejam para elas encaminhadas, até que seja possível a transferência para unidade de maior complexidade, quando for necessário no caso do paciente. O que conhecemos por espaço é essencial, pois é necessário que a equipe de socorro entenda em qual área da unidade estão localizados os equipamentos, materiais, medicamentos e recursos necessários ao atendimento. Em caso de o paciente apresentar insuficiência respiratória, parada cardíaca, crise ou em outros casos que sejam preciso de cuidado rápidos, não é viavel a perda de tempo buscando uma unidade ou equipamentos necessários ao atendimento. Assim, unidades de saúde de cidades que são qualificados para a atenção básica ampliada (PABA) precisam ter área física com o objetivo de ser destinada ao atendimento de urgências e emergências e um local para observação de pacientes até 8 horas. Materiais: Ambú adulto e infantil com máscaras, jogo de cânulas de Guedel (adulto e infantil), sondas de aspiração, Oxigênio, Aspirador portátil ou fixo, material para punção venosa, material para curativo, material para pequenas suturas, material para imobilização (colares, talas, pranchas). Medicamentos: Adrenalina, Água destilada, Aminofilina, Amiodarona, Atropina, Brometo de Ipratrópio, Cloreto de potássio, Cloreto de sódio, Deslanosídeo, Dexametasona, Diazepam, Diclofenaco de Sódio, Dipirona, Dobutamina, Dopamina, Epinefrina, Escopolamina (hioscina), Fenitoína, Fenobarbital, Furosemida, Glicose, Haloperidol, Hidantoína, Hidrocortisona, Insulina, Isossorbida, Lidocaína, Meperidina, Midazolan, Ringer Lactato, Soro Glico-Fisiológico, Soro Glicosado. Fonte: https://bit.ly/2Y8Edv7 Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 15 É necessário que as unidades tenham uma certa retaguarda para o estabelecer e entender aqueles pacientes que, uma vez que dão entrada, são analisados e tratados neste primeiro nível de assistência, precisam de cuidados disponíveis em serviços de outros níveis de porte. Dessa maneira, deve ser estabelecido os fluxos e recursos de transferência das vítimas que precisarem de outros níveis de complexidade da rede assistencial, de maneira a assegurar seu encaminhamento, seja para ambientes não hospitalares, prontos socorros, ambulatórios de especialidades ou unidades de apoio diagnóstico e terapêutico. Ainda, devem ser assegurados recursos para garantir que tenha transporte para as situações e quadros clínicos mais graves, que não consigam se encaminhar por conta própria, através do serviço de atendimento pré- hospitalar móvel, onde ele existir, ou outra forma de transporte que venha a ser pactuada.Para que você possa ter acesso completo ao que se refere a Portaria n. º 2048 que trata acerca do atendimento pré-hospitalar fixo, acesso o link acima. Quando falamos de serviço e atendimento emergencial móvel temos como nosso maior exemplo desse tipo de atendimento o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), mas que também compreende o corpo de bombeiros e outros serviços de urgência móveis que, normalmente, são de empresas particulares. Na maioria dos casos, são escolhidos veículos que são próprios e melhores para a chegada rápida até a vítima depois do acontecimento de alguma piora no quadro clínico de saúde da vítima. Logo depois de chegar até o local em que a vítima está, os profissionais socorristas de saúde auxiliam e executam os primeiros cuidados necessários à manutenção do quadro clínico e estabilização da vítima. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar16 Figura 2 – Transporte móvel Fonte: Unsplash Com maior frequência, a equipe de profissionais de atendimento pré-hospitalar compreende: 1. Um enfermeiro; 2. Um técnico de enfermagem; 3. Um médico; 4. Motorista do veículo. Assim, de acordo com a complexidade e como evolui o quadro clínico do paciente, a participação dos profissionais, ou seja, do enfermeiro e do médico pode ser necessariamente essencial ou não para o atendimento emergencial. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 17 Figura 3 – Equipe necessária para o atendimento pré-hospitalar. Fonte: Autor (2020). Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar18 Todos os cuidados são tomados e é necessária a participação da equipe profissional do socorro, pois todos possuem o mesmo objetivo de estabilizar e auxiliar na melhora continua do quadro clínico da vítima que presenciou o acidente ou episódio traumático. RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que o atendimento pré-hospitalar fixo é o serviço executado por unidades que oferecem serviços de saúde de uma complexidade bem menor que hospitais maiores e tem como finalidade proporcionar uma assistência primordial necessária até que a vítima consiga ser transferido para uma unidade de alta complexidade. Além disso, vimos também como funciona o atendimento pré-hospitalar móvel e em que ocasiões ele deve ser utilizado, assim como, quais são os profissionais necessários para desempenhar as atividades e serviços de primeiros socorros. Juntamente do que você aprendeu sobre atendimento pré-hospitalar fixo, você pode observar o que diz a Portaria n. º 2048 que diz respeito ao funcionamento e finalidade desse tipo de atendimento. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 19 Equipe de suporte emergencial e atendimento pré-hospitalar INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender como funciona suporte emergencial e atendimento pré-hospitalar. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram colocar em prática conhecimentos acerca desse tipo de atendimento sem a devida instrução tiveram problemas ao exercer suas atividades. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Equipe profissional e seus objetivos no atendimento pré-hospitalar O atendimento pré-hospitalar (APH) móvel compreende o conjunto de atendimento do sistema de assistência às emergências e urgências, compondo mais um tipo de serviço de saúde executado no Brasil. Configura-se por assegurar assistência e auxílio às vítimas em situações de piora do quadro clínico urgentes nos locais em que os acidentes acontecem, assegurando o atendimento rápido e eficaz, de acordo como deve ser e é assegurado o acesso do usuário ao Sistema de Saúde (SUS). Esses acidentes podem ser de natureza de trauma, clínica, cirúrgica, ou psiquiátrica, os quais podem causar sofrimento, consequências temporárias ou permanentes, podendo levar a vítima à óbito. No atendimento emergências às vítimas de trauma que têm natureza de acidente de trânsito, o atendimento pré-hospitalar móvel pode assegurar e diminuir a taxa de mortalidade das vítimas de acidentes e reduzir as consequências geradas por causa de um primeiro atendimento ineficaz ou executado de maneira errada. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar20 Dessa maneira, fica bastante evidente o quanto o atendimento pré- hospitalar e emergencial consegue ser eficaz e gera resultados positivos, se feito de maneira correta e pelos profissionais certos, uma vez que pode reduzir bastante a taxa de mortalidade dos acidentados seja por qualquer tipo de natureza. Figura 4 – Profissional. Fonte: Unsplash Na atividade cotidiana dos serviços de atendimento pré-hospitalar (APH), o serviço se organiza a partir de recursos: • Instrumentos tecnológicos; • Estabelecimento de relações entre os envolvidos. Nesse último ponto devemos estabelecer uma relação importante, uma vez que, em diversos casos é necessário que o profissional consiga desempenhar uma relação e diálogo eficaz com a vítima, para que, a Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 21 Figura 5 – A comunicação Fonte: Autor (2020) mesma possa desenvolver confiança no atendimento e serviço que será prestado pelo profissional. O serviço desenvolvido configura-se como um atendimento e trabalho coletivo, pois o resultado vai depender das ações de cada um desses profissionais e vítimas, que operam de acordo com seus conhecimentos e práticas específicas, e assim, em conjunto agregam todas as fontes. As atividades são desempenhadas por diversos profissionais, respeitando as especialidades e particularidades, habilidades e responsabilidades de cada membro da equipe profissional que compõem esse tipo de atendimento. No serviço realizado em conjunto sempre existe espaço para comunicação, para reflexão, decisão de atitudes em conjunto, na procura de uma finalidade única que é a qualidade do cuidado prestado ao paciente acidentado. A comunicação e a interação entre profissionais e pacientes são eficazes e de alto potencial, são ferramentas utilizadas nesse trabalho, para que profissional possa introduzir mudanças e melhoras significativas na relação de poder e confiança existente, isso pode ser notado tanto entre relações de naturezas profissionais, quanto entre profissional e o paciente acidentado. Dessa maneira, é possível observar muito pontos positivos na aquisição de práticas como essas no cotidiano desses ambientes e desses profissionais. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar22 O atendimento em equipe é uma atividade do trabalho em conjunto que compreende a relação também conjunta entre os procedimentos e técnicas e a interação dos profissionais. Na relação entre trabalho e comunicação, os profissionais de socorro conseguem construir ideais conjuntos que representam um projeto de assistência em comum, girando em torno de qual se dá a melhor a relação entre a equipe de trabalho. O objetivo do atendimento pré-hospitalar (APH) na assistência à vítima que passou pelo episódio de acidente de trânsito, por exemplo, é conseguir mantê-la viva e com o quadro clínico estável até que tenha a chegada de serviços especializados ao local onde será possível um melhor e mais adequado atendimento, reduzir as consequências, conseguindo melhorar a qualidade de vida ou mesmo sua própria vida. Figura 6- Equipe de profissionais Fonte: Unsplash Levando em consideração que o instrumento de trabalho é a pessoa que foi vítima de trauma por acidente e o tempo para executar com seu objetivo é muito curto, fica evidente que é necessário uma composição Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 23 e organização melhor do trabalho noatendimento pré-hospitalar (APH) baseado no trabalho em conjunto com todas as equipes necessárias. Para que você possa entender melhor, vamos relembrar quais são os serviços especializados que podem auxiliar a equipe de profissionais socorristas no local do acidente. Existem alguns serviços que podem ser contatados em casos de atendimento de primeiros socorros são eles: 1. Corpo de bombeiros deve ser contatado em situações de emergências, incêndios que acontecem em casa (domésticos), emergência de trânsito, resgate de pessoas que sofreram acidente e não é possível receber os primeiros socorros; 2. Polícia Militar são os encarregados em realizar os atendimentos precedentes, em caso de ser o serviço especializado que primeiro conseguiu chegar no local do acidente, deve estabelecer a organização e ordenamento do fluxo de pessoas e carros que estão transitando e averiguar ocorrências; 3. SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) é um serviço específico de atendimentos de urgência, desempenha atendimento aos pacientes de acidentes e estados clínicos que precisam de acompanhamento, efetuando um atendimento precedente no próprio local de acidente ou no interior de ambulâncias; 4. Polícia Rodoviária Federal atua em situações em acontecem acidentes em rodovias mais distantes de cidades ou de locais mais urbanizados, é aconselhável solicitar o serviço da PRF; 5. Defesa Civil é a associação nacional encarregada por sistematizar providências e cuidados de futuros acidentes e desastres naturais ou de grandes dimensões e atividades de resposta a essas situações. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar24 Figura 7 – Serviços especializados Fonte: Autor (2020) Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 25 No atendimento e serviço em casos de acidente de trânsito, junto da equipe de atendimento pré-hospitalar (APH), deve ser agregado outros profissionais ou serviços capazes de auxiliar no processo e procedimento de atendimentos emergenciais como: 1. Empresa Pública de Transporte Coletivo (EPTC); 2. Os policiais militares; 3. Os bombeiros militares; 4. Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). O atendimento primordial e eficaz de uma vítima envolve assegurar outros profissionais além de médicos, enfermeiros, socorrista, mas também é necessário os bombeiros e policiais e a própria população, caso seja preciso. Para que o atendimento seja bem eficaz e gere resultados positivos é preciso que todos estejam muito bem capacitados, pois em casos de não realização segundo o protocolo pode-se causar consequências irreversíveis. Por isso, a importância de existir um conhecimento aprofundado e especializado no que diz respeito aos serviços de suporte emergencial à vida e atendimento pré-hospitalar, uma vez que, é necessário que o profissional dessa área seja bastante cuidadoso com o processo que deve ser seguido, afinal, se trata de uma vida e do quadro clínico de vítimas. No atendimento pré-hospitalar (APH), há uma série de conjunto de técnicas, que devem ser de conhecimento dos socorristas que estão envolvidos no atendimento às vítimas de trauma. Entre essas técnicas que são realizadas no procedimento de primeiros socorros estão: 1. Desobstruir as vias aéreas; 2. Imobilização da coluna cervical; 3. Rolagem da vítima; 4. Colocação de KED; Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar26 5. Imobilização em maca rígida; 6. Imobilização em caso de fraturas; 7. Controle de sangramento. Esses procedimentos que devem ser realizados no momento do atendimento não são de especialidades do profissional que se faz presente, entretanto, compõem o procedimento que deve ser seguido pelo suporte básico a vida. Esses procedimentos podem ser realizados pelos serviços especializados já citados anteriormente. Figura 8 – Profissional de saúde Fonte: Unsplash A equipe multiprofissional desempenha um papel bastante importante na realidade dos atendimentos pré-hospitalares, uma vez que, com a diversidade de casos que podem ser encontrados deve existir profissionais e recursos disponíveis para auxiliar na melhora da vítima. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 27 RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que fica bastante evidente o quanto o atendimento pré-hospitalar e emergencial consegue ser eficaz e gera resultados positivos, se feito de maneira correta e pelos profissionais certos, uma vez que pode reduzir bastante a taxa de mortalidade dos acidentados seja por qualquer tipo de natureza. Esse conjunto de resultados positivos também se deve ao trabalho em conjunto desempenhado por vários profissionais, mas que possuem a mesma finalidade: Garantir que a vítima consiga estabilizar e melhorar seu quadro clínico que pode ser agravado devido ao episódio clínico ou traumático enfrentado. Para que essa equipe desenvolva um trabalho excelente é necessário que a mesma possua um bom conhecimento a respeito desse serviço, por isso, a importância de existir uma equipe de profissionais capacitado e com estudo aprofundado no assunto. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar28 Objetivos da Comissão Interna de Prevenção De Acidentes – CIPA INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender como funciona e quais são os objetivos da COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram colocar em prática conhecimentos acerca desse tipo de atendimento sem a devida instrução tiveram problemas ao exercer suas atividades. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Os objetivos A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é, determinada pela legislação brasileira, uma comissão composta por representantes apontados pelo empregador e membros que são escolhidos pelos trabalhadores, de forma dividida, em cada ambiente/estabelecimento da instituição, que tem o objetivo de assegurar que não aconteça acidentes e reduzir o índice de doenças decorrentes do ambiente de trabalho, de maneira a tornar aliado juntamente do trabalho a preservação da vida dos profissionais e a promoção da saúde do trabalhador. Particularidades da CIPA A CIPA tem como apoio legal no artigo 163 da Consolidação das Leis do Trabalho e na Norma Regulamentadora NR 5, que foi aprovada pela Portaria nº 08/99, da Secretaria de Segurança e Saúde no 18 Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. A NR 5 diz respeito ao dimensionamento, processo eleitoral, treinamento e atribuições da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) tem mandato de um ano, e ser assim constituída: Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 29 1. Igual número de representantes do empregador (indicados pela empresa) e de representantes dos empregados (eleitos); 2. O presidente da CIPA deve ser escolhido pela empresa, dentre os membros por ela indicados; 3. O vice-presidente da CIPA deve ser eleito dentre os representantes eleitos titulares, em eleição de que participam todos os representantes eleitos, inclusive os suplentes; 4. O secretário da CIPA pode ser escolhido entre os membros da Comissão ou até mesmo ser um funcionário que dela não faça parte, mas seu nome precisa ser necessariamente aprovado por todos os cipeiros, eleitos e indicados. Dessa maneira, é dever do presidente e ao vice-presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) intervir e intermediar as divergências, construir e estabelecer o calendário de reuniões ordinárias e compreender e compor a Comissão Eleitoral para a regularizar o processo de eleiçãoda Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) subsequente. Cabe ao secretário da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) desenvolver as atas das reuniões ordinárias da Comissão. Fonte: https://bit.ly/2E1FpZI “Suporte Emergencial a vida, Flavia Soares.” Figura 9- Objetivo central Fonte: Autor (2020) Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar30 Atuação da CIPA A finalidade da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é analisar e descrever as condições de risco nos ambientes de trabalho e requerer medidas para diminuir até reduzir ao máximo os riscos que existem. Sua finalidade é, dessa forma, a continuidade e auxilio da saúde e integridade da condição de trabalho dos profissionais. Seu objetivo mais importante e essencial é o de organizar e manter uma relação de comunicação e conscientização, de maneira dinâmica e diferente, entre os profissionais (de cargos diferentes), quando falamos da forma como os profissionais são realizados, visando sempre melhorar as condições de trabalho, vendo que é necessário a humanização do trabalho. Dessa maneira, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é um órgão corporativo e independente, que não depende de nenhuma área da instituição nem a nenhum funcionário desta. Assim, quando o estabelecimento não se consegue se enquadrar na obrigatoriedade de constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), é necessário que exista a indicação de uma pessoa com o conhecimento específico, para desenvolver as atribuições da Comissão. Figura 10 – Equipamentos de segurança Fonte: Unsplash Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 31 A Consolidação das Leis do Trabalho e a Constituição Federal Brasileira asseguram aos membros titulares da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA): 1. Eleitos com dois anos de estabilidade no emprego, durante os quais só poderão ser desligados através de demissão por justa causa. O período de estabilidade, geralmente, tem uma duração um período maior do que dois anos, pois inicia do momento de registro da candidatura do empregado à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) até um ano após o término de seu mandato. Hoje é reconhecida também a estabilidade do suplente eleito, conseguida através de jurisprudência. Fonte: https://bit.ly/2E1FpZI Figura 11 – Direito Fonte: Autor (2020) Medidas como essas são tomadas pois, existem diversas situações e casos em que acontecem os acidentes de trabalho. Assim, veja: Primeiramente, para que possa ser tomada a iniciativa de precaver os acidentes, situações de risco e as doenças subsequentes do trabalho, a ciência e os novos métodos que envolvem as tecnologias utilizam de uma gama de medidas e equipamentos de segurança de uso coletivo e individual. As providências e os equipamentos de proteção de uso coletivo têm como objetivo, incluindo cuidar e proteger muitos dos profissionais ao mesmo tempo, a aperfeiçoamento dos locais de trabalho, dando maior visibilidade pelo fato de serem mais aproveitáveis, lucrativos e duráveis para a empresa/instituição. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar32 Dessa maneira, podemos citar: 1. Sistema de exaustão colocado em um ambiente de trabalho onde há poluição; 2. Limpeza e organização dos locais de trabalho; 3. Isolamento ou afastamento de máquina muito ruidosa; 4. Colocação de aterramento elétrico nas máquinas e equipamentos; 5. Proteção nas escadas através de corrimão, rodapé e pastilha antiderrapante; 6. Instalação de avisos, alarmes e sensores nas máquinas, nos equipamentos e elevadores; 7. Limpeza ou substituição de filtros e tubulações de ar- condicionado; 8. Instalação de para-raios; 9. Iluminação adequada; 10. Isolamento de áreas internas ou externas com sinalização vertical e horizontal. Fonte: FELICIANO, Flavia. “Suporte emergencial a vida” https://bit. ly/2E1FpZI Existem algumas doenças decorrentes do trabalho, são elas: 1. As doenças ocupacionais: Geralmente, é desenvolvida ou surge após a realização de alguma atividade específica. 2. As doenças do trabalho: São doenças que surgem devido a execução de alguma atividade sem a devida proteção ou prevenção. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 33 Figura 12 – Equipamentos de segurança Fonte: Autor (2020) Mais conhecidos como EPC ou Equipamentos de Proteção Coletiva, podemos dizer que são todas medidas, métodos ou equipamentos, seja de sinal, imagem, som, que tem a finalidade de proteger o profissional no ambiente de trabalho. São alguns desses equipamentos de proteção coletiva: 1. Sinalizadores de segurança; 2. Placas; 3. Cartazes de advertência; 4. Fitas zebradas; 5. Extintores de incêndio; 6. Lava-olhos; 7. Chuveiros de segurança; 8. Exaustores; 9. Kit de primeiros socorros. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar34 Equipamento de proteção individual tem como finalidade assegurar a proteção de um profissional, ou seja, é todo equipamento ou instrumento de uso individual. Como equipamentos de proteção individual, temos: 1. Capacete; 2. Abafador de ruídos; 3. Luvas; 4. Sapatos; 5. Óculos; 6. Cintos de segurança; 7. Viseiras; 8. Máscaras; 9. Sistema de paraquedas; 10. Botas; 11. Aparelhos filtrantes. Figura 13 – Equipamentos Fonte: Unsplash Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 35 Assim, é de extrema importância que você entenda quando cada tipo de equipamento de proteção deve ser utilizado pelos profissionais da área, dessa maneira, entenda: O EPI (Equipamento de proteção individual) deve ser utilizado quando: 1. Quando não for possível diminuir o risco utilizando outras medidas ou instrumentos de proteção coletiva; 2. Quando for realmente necessário acrescentar a proteção coletiva dos profissionais; 3. Em possíveis trabalhos ou que sejam emergenciais. Fonte: FELICIANO, Flavia. “Suporte emergencial a vida”. Disponível em:<https://bit.ly/2E1FpZI> RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a finalidade da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é analisar e descrever as condições de risco nos ambientes de trabalho e requerer medidas para diminuir até reduzir ao máximo os riscos que existem. Sua finalidade é, dessa forma, a continuidade e auxilio da saúde e integridade da condição de trabalho dos profissionais. Além disso, foi possível compreender que essas atitudes e órgãos são desenvolvidos para reduzir ao máximo os casos e chances de episódios de acidentes de trabalho. Ainda vimos quais são os tipos de doenças e quais são os equipamentos de proteção coletiva que são utilizados, assim como, os equipamentos de proteção individual. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar36 Prioridades do cuidado emergencial e pré-hospitalar INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender como funciona e quais são os objetivos e prioridades do cuidado emergencial e pré-hospitalar. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram colocar em prática conhecimentos acerca desse tipo de atendimento sem a devida instrução tiveram problemas ao exercer suas atividades. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Prioridades O objetivo do cuidado de emergência é assegurar e manter bem o estado de vida, garantir a redução da deterioração, antes da decisão que será feita para estabelecer o tratamento definitivo para a pessoa, e restaurar a vítima à função ótima. Quando o cuidado e atenção é executado para uma vítima em uma situação de acidente de emergência, exigem ser tomadas diversas decisões vitais. Essas atitudes devem ser tomadas por meio de um julgamento racionale admissível com fundamentação em uma percepção da condição que determinou a urgência/emergência e suas consequências sobre a vítima. O cuidado tem como foco o estabelecimento da lesão ou doença e a organização de prioridades para iniciar o tratamento específico para o quadro clínico da vítima. Essas prioridades são estabelecidas por causa de qualquer que seja o ponto que seja determinante para a vida da vítima. As condições que mudam com a função fisiológica vital: Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 37 1. Via aérea obstruída; 2. Sangramento; 3. Lesões; 4. Fraturas. Em casos de sinais como esses citados acima, a vítima tem prioridade. Na maioria dos casos, as lesões localizadas na área do rosto, pescoço e tórax costumam comprometer a respiração, o que tornam essas as mais urgentes. Figura 14- Prioridades em casos de urgência Fonte: Autor (2020) Princípios do Cuidado Emergencial Os serviços de primeiros socorros sempre necessitam de uma atenção maior devido ao cuidado e complexidade do serviço. As atividades desempenhadas devem seguir um protocolo e precisam de bastante atenção e cuidado, uma vez que, cada situação de acidente o Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar38 profissional socorrista deve entender quais as necessidades e o que pode fazer para estabilizar o quadro da vítima. Assim, esses são alguns dos princípios segundo Flavia Feliciano “Suporte Emergencial à Vida”: 1. “O cuidado de emergência de qualquer paciente se baseia nos seguintes objetivos: 2. Estabelecer uma via aérea permeável e fornecer a ventilação adequada – empregando medidas de reanimação quando necessário – protegendo a coluna vertebral cervical, em primeiro lugar, e avaliando as lesões do tórax com subsequentes obstruções das vias aéreas ou comprometimento ventilatório; 3. Avaliar e restaurar o débito cardíaco pelo controle da hemorragia e suas consequências, prevenir e tratar o choque e manter ou restaurar a circulação efetiva; 4. Determinar a capacidade da vítima de seguir os comandos e avaliar as habilidades motoras e o tamanho e a reatividade das pupilas; Realizar um exame físico inicial rápido e contínuo (o curso clínico do paciente lesado ou gravemente doente não é estático); Iniciar a monitorização cardíaca, quando apropriado; Imobilizar as suspeitas de fraturas; Proteger e limpar as feridas, aplicar curativos estéreis; Identificar as alergias e a história clínica que seja significativa (por exemplo: diabetes melito). “ Fonte: FELICIANO, Flavia. “Suporte emergencial a vida”. Disponível em:<https://bit.ly/2E1FpZI> Esses procedimentos devem ser seguidos com muita cautela para que o estado de saúde da vítima seja estabilizado e não piore. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 39 Figura 15- Acompanhamento profissional Fonte: Unsplash Sabendo que a situação em que são necessários os primeiros socorros e atendimento pré-hospitalar são bastante estressantes, é preciso que o profissional e toda a equipe possuam posicionamentos firmes e que transmitam confiança. Dessa maneira, alguns passos devem ser seguidos para manter a situação sob controle e não transmitir mais estresse ao paciente, podendo até piorar seu quadro clínico. • São elas: • Agir com calma e confiança – evitar o pânico; • Ser rápido; • Usar bom senso, sabendo reconhecer suas limitações; • Usar criatividade para improvisação; • Demonstrar tranquilidade, dando ao acidentado segurança; Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar40 • Manter sua atenção voltada para a vítima quando estiver interrogando-a; • Falar de modo claro e objetivo; • Aguardar a resposta da vítima; • Não atropelar com muitas perguntas; • Explicar o procedimento antes de executá-lo; • Responder honestamente as perguntas que a vítima fizer; • Usar luvas descartáveis e dispositivos boca-máscara, improvisando se necessário, para proteção contra doenças de transmissão respiratória e por sangue; • Atender a vítima em local seguro (removê-la do local se houver risco de explosão, desabamento ou incêndio); • Não abandonar a vítima de acidente; • Não omitir socorro sob pretexto de não testemunhar; • Não tentar remover a vítima presa nas ferragens, sem estar preparado; • Não tumultuar o local do acidente; • Não deixar de colaborar com as autoridades competentes; • Não deixar de cuidar da sua própria segurança; • Utilizar equipamentos de proteção Fonte: FELICIANO, Flavia. “Suporte emergencial a vida”. Disponível em: <https://bit.ly/2E1FpZI> Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 41 Figura 16 – Procedimentos Fonte: Unsplash Como já citado antes, uma medida que deve ser levado em consideração pelos profissionais que realizam o atendimento de primeiros socorros é manter bem seu próprio estado de saúde. 1. Dessa maneira, podem ser utilizados: 2. Equipamentos de proteção coletiva (EPC); 3. Equipamento de proteção individual (EPI). Além disso, os profissionais são orientados e têm conhecimento de cuidados que devem existir no local de trabalho com as doenças possivelmente transmissíveis. As doenças transmissíveis pelo sangue são as mais preocupantes. As mais preocupantes são: 1. Hepatite B; 2. Hepatite C; 3. AIDS. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar42 Dessa maneira, para prevenir podem ser utilizados os equipamentos de proteção individual (EPI): 1. Luva; 2. Máscara. Para atuar nas emergências que têm presença de sangue exposto é necessário que o profissional sempre tome algumas medidas: Figura 17 – Medidas de prevenção Fonte: Autor (2020) É sempre importante deixar toda a equipe de profissionais envolvida ficar ciente da situação acerca de qualquer infecção ou possível doença que pode ser transmitida. Além de todas as medidas já citadas, existem alguns materiais de são utilizados no procedimento de atendimento de primeiros socorros que podem auxiliar no cuidado e segurança na transmissão do local. EQUIPAMENTOS PARA SOCORRO DE URGÊNCIA: • Algodão; Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar 43 • Tesoura; • Soro fisiológico; • Atadura de gases; • Válvula para RCP; • Atadura de crepom; • Talas variadas Água oxigenada; Fonte: FELICIANO, Flavia. “Suporte emergencial a vida”. Disponível em: <https://bit.ly/2E1FpZI> Ainda podemos citar mais equipamentos para que você consiga entender melhor quais são os equipamentos de socorro que são utilizados. São eles: Bandagem; Luva de procedimentos; Líquido antisséptico; Gases esterilizada; Pinças; Barra de sabão; Colar cervical. RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que os serviços de primeiros socorros sempre necessitam de uma atenção maior devido ao cuidado e complexidade do serviço. As atividades desempenhadas devem seguir um protocolo e precisam de bastante atenção e cuidado, uma vez que, cada situação de acidente o profissional socorrista deve entender quais as necessidades e o que pode fazer para estabilizar o quadro da vítima. Além disso, vimos que existem diversos cuidados e procedimentos que devem ser levados em consideração no momento do atendimento emergencial e pré-hospitalar, uma vez que, esse possui a finalidade de garantir que a vítima tenha uma melhora, além de assegurar também que o profissional fique bem durante o atendimento. Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré-hospitalar44 REFERÊNCIAS BRASIL. PORTARIA Nº 2048, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2002. Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/ prt2048_05_11_2002.html>. Acesso em: 23 de jul. 2020. FELICIANO, Flávia. Suporte Emergencial à Saúde. Instituto Formação. Disponível em:<http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/18-24-38-sup0rteemergencialavida.docx.pdf>. Acesso em: 21 de jul. 2020. MACHADO, Maria Helena; DUARTE, Else; RUFFINO, Márcia Caron. ANÁLISE DA IMPORT NCIA CLÍNICA DA ROTINA DA VERIFICACÃO DA FREQÜÊNCIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS. Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 28, n. 2, p. 23-27, junho 1975. 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