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8. Princípios tributários - (Direito Tributário)

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Resumo elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
DIREITO FINANCEIRO 
 
Limitações constitucionais ao poder de tributar 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS 
 
 
 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
• Todavia, referindo-se especificamente à matéria tributária, o art. 150, I, da carta magna 
proíbe os entes federados “exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.” 
• Além disso, recorde-se que o tributo, por definição legal(CTN, art. 3°), é 
prestação “instituída em lei”. 
• A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5°, II estabeleceu que “ninguém será 
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” 
• Que tipo de lei? 
• CTN, Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 
e 65; 
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no 
inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; 
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos 
artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, 
ou para outras infrações nela definidas; 
 
Em suma, a lei deve conter: Fato Gerador, Base de Cálculo, Alíquota e Contribuinte. 
 
- Exceções ao princípio da legalidade 
• São as matérias que NÃO estão sujeitas ao princípio da legalidade, ou seja, podem ser 
manuseadas por atos infra legais do poder executivo. 
• Exceções: 
a) O art.153, VII, §1° da CF/88 prevê a majoração das alíquotas de 4 impostos por meio de ato 
do executivo. 
Resumo elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
• II, IE, IPI e IOF 
• Motivo: impostos extras ficais, cujo objetivo é intervenção econômica 
do governo, pois isso requer certa urgência para os desdobramentos da 
intervenção por meio do aumento ou redução da alíquota. 
b) CIDE-combustíveis - Reduzir e restabelecer a alíquota (art. 177, § 4º, I, b) 
c) ICMS-monofásico: Reduzir e restabelecer a alíquota (art. 155, § 4º) 
d) Atualização do valor monetário da base de cálculo dos tributos 
• CTN, art.97, VI, §2° 
• Ex. atualização da tabela com os valores do metro quadrado dos imóveis 
em cada bairro, utilizado para cálculo do valor venal dos imóveis, esse 
por sua vez é a base de cálculo do IPTU. 
e) Alteração de prazos para o pagamento dos tributos 
 
PRINCÍPIO DA ISONOMIA 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
(...) 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por 
eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou 
direitos; 
• O que é isonomia? 
• Ouvindo Rui Barbosa: 
“A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualdade aos desiguais, na medida 
em que se desigualam. (...) Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, 
seria desigualdade flagrante, e não igualdade real.” 
Ou seja, tratar de forma igual os iguais e de forma desigual os desiguais, na medida de 
suas desigualdades. 
 
- Isonomia e capacidade contributiva 
 Art. 145, § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão 
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração 
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os 
Resumo elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte. 
 
PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
(...) 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
 
• O principio da vedação ao confisco também poderia ser denominado de princípio da 
razoabilidade ou proporcionalidade da carga tributária. A ideia subjacente é que o 
legislador, ao se utilizar do poder de tributar que a constituição lhe confere, deve 
fazê-lo de forma razoável e moderada, sem que a tributação tenha por efeito impedir 
o exercício de atividades lícitas pelo contribuinte, dificultar o suprimento de suas 
necessidades vitais básicas ou comprometer seu direito de uma existência digna. 
 
- Configuração de confisco 
 
• O conceito de tributo com efeito confiscatório é indeterminado. Assim, cabe ao 
prudente arbítrio do juiz, em cada caso que lhe for submetido, avaliar a existência ou 
não de efeito confiscatório. 
• O STF entende que a caracterização do efeito confiscatório deve ser obtida, analisando 
a totalidade de tributos a que um contribuinte está submetido, dentro de determinado 
período, em relação a uma mesma pessoa politica. 
• A aplicação do principio deve ser atenuada quando se trata de tributos extrafiscais. 
• O STF considerou inconstitucional 2 dispositivos da Constituição do estado do RJ 
que previa multas tributárias, pois afeta o princípio do não-confisco: 
• “...que as multas consequentes do não pagamento dos impostos e taxas 
estaduais aos cofres do estado não poderão ser inferiores a duas vezes o seu 
valor... ....as multas consequentes da sonegação dos impostos ou taxas 
estaduais não poderão ser inferiores a cinco vezes o seu valor ” 
• Voto do ministro do STF, Sepúlveda Pertence: 
 “Também não sei a que altura um tributo ou uma multa se torna confiscatória; mas 
uma multa de duas vezes o valor de um tributo, por mero retardamento de sua satisfação, ou 
de cinco vezes, em caso de sonegação, certamente sei que é confiscatório e desproporcional” 
 
 
PRINCÍPIO DA NÃO SURPRESA 
• A segurança jurídica é, ao lado da justiça, um dos objetivos fundamentais do direito. É 
fundamento para vários institutos no ordenamento jurídico brasileiro, como o do 
direito adquirido, o do jurídico perfeito, o da coisa julgada, o da prescrição, o da 
decadência. 
• A ideia sempre presente é a da certeza do direito, da certeza de que as situações 
consolidadas pelo passar do tempo também estarão juridicamente asseguradas. 
• Em matéria tributária, o princípio ganha colorido especial, pois para o contribuinte, 
não basta a segurança com relação aos fatos passados (irretroatividade da lei), 
também se faz necessário um mínimo de previsibilidade quando ao futuro 
próximo. 
 
Resumo elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
• Representado na CF/88 pelos princípios: 
a) Da Irretroatividade 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os 
houver instituído ou aumentado; 
• Objetivos: impedir a tributação de fatos que, no momento da sua ocorrência, não 
estavam sujeitos à incidência tributária; garantir que a tributação já verificada é 
definitiva, não podendo ser objeto de majoração por legislação posterior. 
• Não há exceções na CF/88. Contudo, o CTN previu situações em que a norma pode 
retroagir, desde que seja expressamente interpretativa ou, tratando de infração, seja 
norma que venha a beneficiar os infratores. 
 
b) Da Anterioridade Anual 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou; 
 
Principais exceções 
• II, IE, IPI IOF; 
• IEG e Empréstimo Compulsório, exceto os instituídos com base 
na hipótese de investimento público de caráter urgente; 
• Contribuições especiais sociais para o financiamento da 
seguridade social; 
• ICMS e CIDEcombustíveis, apenas para reduzir e restabelecer 
a alíquota. 
 
c) Da Anterioridade Nonagesimal ou noventena 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 
 
Exceções 
• II, IE e IOF 
• IEG e Empréstimo compulsório exceto os instituídos com base 
na hipótese de investimento público de caráter urgente.; 
• IR 
• Base de cálculo do IPTU 
• Base de cálculo do IPVA 
 
 
 
Resumo elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
(...) 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos 
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de 
vias conservadas pelo Poder Público; 
• A CF proíbe os entes federados de estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou 
bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de 
pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. 
 
 
PRINCÍPIO DA NÃO-DISCRIMINAÇÃO BASEADA EM PROCEDÊNCIA OU 
DESTINO 
 
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença 
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou 
destino. 
• Esse princípio é aplicável exclusivamente aos estados, municípios e DF, vedando-
os estabelecer diferenças tributárias entre bens e serviços de qualquer natureza em 
razão de sua procedência. 
• Assim: é proibido a um estado ou município criar adicionais, redutores ou qualquer 
outras diferenças de tratamento tomando por base a procedência ou o destino da 
mercadoria. 
• Exemplo: o estado de São Paulo cobrar mais caro o ICMS para produtos vendido para 
o estado de Rio Grande do Sul e/ou cobrar ICMS mais barato para produtos vendido 
ao estado do Sergipe. 
Obs.: Aqui se tem uma importante regra de proteção ao pacto federativo, visto que se proíbe 
que os entes locais se discriminem entre si.

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