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RESÍDUOS SÓLIDOS e recursos hídricos

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61 
 
 
TRATAMENTO QUÍMICO E BIOLÓGICO 
 
DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DOS REJEITOS 
 
 
Redução 1: ocorre quando o indivíduo deixa de consumir em sintonia com os 
padrões sustentáveis de produção e consumo, o que vai de encontro ao consumismo 
e desperdício. 
Redução 2: ocorre após o consumo, quando o produto volta ao ciclo produtivo 
pela reutilização ou reciclagem, possibilitadas pela atitude de triagem dos resíduos 
sólidos nas fontes geradoras. 
 
9 RESÍDUOS SÓLIDOS E RECURSOS HÍDRICOS 
Países em desenvolvimento, como o Brasil, revelam uma situação preocupante, 
pois, embora existam serviços de limpeza urbana, estes não são capazes de coletar 
toda a produção de resíduos sólidos. O resultado disto é a deposição de resíduos 
sólidos em passeios públicos, terrenos baldios e, muitas vezes, próximos ou dentro 
dos cursos d’água. Os sistemas de drenagem urbana, já comprometidos pela falta de 
capacidade de condução para a urbanização atual, tornam-se agentes de transporte 
dos resíduos sólidos que obstruem o fluxo (NEVES & TUCCI, 2011; BLUMENSAAT 
et al., 2012). 
O gerenciamento de resíduos sólidos urbanos - RSU é uma atividade que deve 
ser processada de forma integrada, porém, para ser colocada em prática, é necessária 
a cooperação do poder público, disponibilizando recursos financeiros para a 
implementação e melhor qualidade na disposição final destes resíduos. 
 
 
62 
 
 
Fonte: www.abras.com.br 
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – 
IBGE (2010) comprovou que a população brasileira corresponde a cerca de 190 
milhões de habitantes, produzindo, diariamente, 250 mil toneladas de resíduos 
sólidos. Com relação à situação da disposição final dos resíduos, observa-se que em 
2000, dos municípios brasileiros, 86% encaminhavam seus resíduos para lixões e 
aterros controlados e, somente 14% destinavam em aterros sanitários. Em 2008, 
apesar do aumento ocorrido no número de municípios, ainda 29% faz a disposição 
final em aterros sanitários e que, a maioria, 71% dispõe seus resíduos em lixões e 
aterros controlados (IBGE, 2010). 
A cidade de Marechal Deodoro se enquadra neste cenário de má qualidade de 
limpeza urbana, tendo como destinação final o lixão a céu aberto, localizado, no 
município, na Fazenda Suíça (SILVA e OLIVEIRA, 2015). 
A Educação Ambiental tem um papel importante na gestão dos resíduos sólidos 
e pode ser praticada de diferentes maneiras dependendo da forma de proposta desse 
gerenciamento. Deve ser empregado como instrumento para reflexão no processo de 
mudança de atitudes em relação ao correto descarte do lixo e à valorização do meio 
ambiente. Se aplicada a gestão dos resíduos sólidos, as mudanças de atitude devem 
ser conduzidas de forma qualitativa e contínua, mediante um processo educacional. 
Na gestão dos resíduos sólidos, a sustentabilidade ambiental e social se constrói 
a partir de modelos e sistemas integrados, que possibilitam tanto a redução do lixo 
 
63 
 
gerado pela população, como a reutilização de materiais descartados e reciclagem 
dos materiais que possam servir de matéria prima para a indústria, diminuindo o 
desperdício e gerando renda. Gestão de resíduos sólidos é um conjunto de atitudes 
(comportamento, procedimento, propósitos), tendo como objetivo principal a 
eliminação dos impactos ambientais, relacionados à produção e a destinação do lixo 
(SILVA e OLIVEIRA, 2015). 
O combate ao desperdício da água é decisivo para se alcançar uma gestão 
eficiente dos recursos hídricos. Os índices de desperdício são alarmantes em um 
território em que se criou a mentalidade de que os recursos naturais e, especialmente 
a água, são infinitos. O que torna o desafio do combate ao desperdício uma missão 
gigantesca que deve abranger todos os segmentos da sociedade. O reuso dos 
recursos hídricos é de suma importância na busca pela tão sonhada sustentabilidade 
ambiental. No Brasil a reutilização dos recursos hídricos acontece de maneira tímida, 
devido à falta, principalmente de políticas públicas eficientes e também do 
cumprimento das legislações ambientais, especialmente quando se trata do uso 
público (RODRIGUES, et al 2016). 
Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais os 
indivíduos e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, 
atitudes e competências de vida e sua sustentabilidade. 
A sustentabilidade ambiental é uma dimensão da educação, é a atividade 
intencional da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um 
caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando 
potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de prática 
social e de ética ambiental. É a ação educativa permanente pela qual a comunicação 
tem a tomada de consciência de sua realidade global. A educação ambiental deve 
proporcionar as condições para o desenvolvimento das capacidades necessárias, 
para que grupos sociais, em diferentes contextos socioambientais do país, 
intervenham, de modo qualificado tanto na gestão do uso dos recursos ambientais 
quanto na concepção e aplicação de decisões que afetam a qualidade do ambiente. 
Com os avanços tecnológicos advindos após a Revolução Industrial e o 
crescente aumento da população a atividade humana passou a causar mais impactos 
negativos ao meio ambiente, e o que durante muito tempo foi visto como fonte 
inexaurível de recursos disponíveis para servir às necessidades do homem agora 
passa a ser uma inquietação, porquanto os recursos são limitados. O ciclo produtivo 
 
64 
 
da sociedade capitalista extrai do meio ambiente os insumos necessários para a 
produção de alimentos e bens de consumo, entretanto, o processo produtivo retorna 
resíduos sólidos, efluentes líquidos e emite gases nocivos e poluentes em grandes 
quantidades, acarretando poluição ambiental e esgotamento dos recursos naturais. 
Outra preocupação que emerge é que uma volumosa camada da população mundial 
que sofre com a pobreza, fome e exclusão social. As empresas procuram resultados 
financeiros, ampliação de fatias de mercado e sobrevivência e manutenção de sua 
competitividade. A globalização da economia e o acirramento da competição mundial 
elevam a escala de produção, com a consequente busca da redução dos custos. 
Diante deste panorama as empresas passam a se reestruturar para se adequarem a 
esta nova percepção. As pressões sociais e restrições impostas fazem com que as 
empresas sejam forçadas a buscar formas de reduzir seu impacto ambiental e a 
melhorar sua imagem frente a sua responsabilidade social. Neste sentido, muito tem 
sido feito para a sustentabilidade do setor produtivo (RODRIGUES, et al 2016). 
9.1 Soluções Utilizadas para a Questão Hídrica 
9.1.1 Dessalinização 
A dessalinização é a retirada de sais que se encontram dissolvidos na água por 
meio de diversos métodos. É verdade que a destilação e os processos de troca iônica 
são capazes de reduzir significativamente os sais dissolvidos, produzindo água 
desmineralizada, que é uma água com elevada purificação. Há vários outros 
processos, porém com finalidades distintas. Por exemplo, a filtração, a adsorção, a 
cloração e a própria esterilização são outros meios de que se lança mão para melhorar 
a qualidade da água, mas não são capazes de promover a retirada dos sais. Esses 
métodos atuam sobre outros elementos presentes nas massas líquidas. A filtração, 
por exemplo, é capaz de separar as partículas suspensas, ou seja, que não estão 
dissolvidas, enquanto que a adsorção, ao atuar por meio de filtros de carvão ativo, é 
capaz de reter partículas ainda menores do que aquelas separadas pela filtração. 
Justamente é o objetivo deste método, transformar a água salgada em doce. Os 
dessalinizadores são equipamentos que transformam águas salinas ou salobres em 
água potável empregando a osmose reversa. Essesequipamentos operam sob 
condições severas para os materiais que os constituem, dada à presença de um 
elemento corrosivo que é o íon cloreto, associado a pressões elevadas. Além disso, 
 
65 
 
são sofisticados em termos de tecnologia e a sofisticação reside na natureza das 
membranas semipermeáveis artificiais, que imitam as membranas naturais. Elas são 
fabricadas por um número muito pequeno de empresas em todo o mundo 
(RODRIGUES, et al 2016). 
 
 
Fonte: blogs.odiario.com 
As organizações em geral já são obrigadas pelas leis ambientais ao cumprimento 
de inúmeros requisitos a favor de recompensar ao menos parte da exploração 
causada por seu processo produtivo, e estas ainda, muitas vezes, vão um pouco mais 
além para ficar bem vistas perante a comunidade. Porém todas essas ações, ainda 
que realmente aplicadas e fiscalizadas, são pequenas se comparado o necessário 
para tornar-se um empreendimento sustentável. 
Despoluição dos rios: crescimento populacional, falta de planejamento urbano, 
conexões clandestinas com a rede de esgoto e indústrias que despejam resíduos 
indevidos. 
 
 
66 
 
 
Fonte: www.ambientelegal.com.br 
Coletores de ar que condensam a água: as máquinas que existem usam 
basicamente duas técnicas diferentes. A primeira é percebida com a de um ar 
condicionado promovendo o resfriamento do ar e a consequente condensação da 
água, que depois é filtrada e armazenada em pequenos tanques. (RODRIGUES, et al 
2016) 
 
 
67 
 
 
Fonte: www.fenomenosdaengenharia.blogspot.com.br 
A outra envolve um processo químico, uma solução concentrada de sal absorve 
a umidade do ambiente de onde é extraída a água que também passa por filtração. 
(RODRIGUES, et al 2016). 
Aproveitamento da água da chuva: a água captada da chuva e armazenada 
pode ser usada para fins domésticos e industriais. 
 
Fonte: www.tubolarmeioambiente.com.br 
 
68 
 
 Extração de águas de geleiras: mais da metade da água potável do planeta 
está nas geleiras e nas calotas polares. Em caso de crise mundial no abastecimento 
de água, uma das soluções possíveis seria a retirada e exportação de blocos de gelo 
dessas regiões. O mais provável é que a água fosse exportada já na forma líquida em 
grandes navios de carga ou por meio de canos, outra hipótese seria “aproveitar” o 
aquecimento global que está derretendo as geleiras e criando naturalmente novos 
cursos de água. 
Busca de água em outros planetas: outra resposta para a escassez de água 
pode ser encontrada nas fontes fora da Terra. No sistema solar, a NASA já detecta a 
presença de gelo em pontos de Marte, Mercúrio e na Lua. 
9.2 Gestão de resíduos sólidos 
Em 2 de agosto de 2010, a Lei Federal nº 12.305 instituiu a Política Nacional de 
Resíduos Sólidos (PNRS), regulamentada pelo Decreto nº 7.404/2010 (BRASIL, 
2010). A lei incorporou conceitos modernos de gestão de resíduos sólidos, trazendo 
novas ferramentas à legislação ambiental brasileira. Alguns desses aspectos podem 
ser ressaltados, como: 
 
Acordo Setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder público e 
fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a 
implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto; 
 
Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto 
de atribuições dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos 
consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos 
resíduos sólidos pela minimização do volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, 
bem como pela redução dos impactos causados à saúde humana e à qualidade 
ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei (RIBEIRO 
e MENDES, 2016); 
 
Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social, 
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a 
viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para 
 
69 
 
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação 
final ambientalmente adequada; 
 
Coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme 
sua constituição ou composição; 
 
Ciclo de Vida do Produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do 
produto, a obtenção de matérias–primas e insumos, o processo produtivo, o consumo 
e a disposição final; 
 
Sistema de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos – SINIR: tem 
como objetivo armazenar, tratar e fornecer informações que apoiem as funções ou 
processos de uma organização. Essencialmente, é composto de um subsistema 
formado por pessoas, processos, informações e documentos, e um outro composto 
por equipamentos e seus meios de comunicação (RIBEIRO e MENDES, 2016); 
 
Planos de Resíduos Sólidos: o Plano Nacional de Resíduos Sólidos está sendo 
elaborado com participação social, contendo metas e estratégias nacionais sobre o 
tema. Também estão previstos planos estaduais, microrregionais, de regiões 
metropolitanas, planos intermunicipais, municipais de gestão integrada de resíduos 
sólidos e os planos de gerenciamento de resíduos sólidos (MMA; IPEA, 2011) 
9.3 Classificação dos resíduos sólidos 
A classificação de resíduos sólidos é feita com base na identificação do processo 
ou atividade que lhes deu origem, de seus componentes e características, e também 
da comparação entre os componentes dos vários tipos de resíduos e substâncias, os 
quais causam sérios impactos à saúde e ao meio ambiente. A classificação dos 
resíduos sólidos, por exemplo, facilita a segregação, a identificação e a composição 
na fonte, contribuindo para o gerenciamento adequado e correto, quanto ao seu 
destino final (SILVA, 2015) 
A Figura abaixo ilustra a classificação dos resíduos sólidos urbanos de acordo 
com a Funasa. 
 
 
70 
 
 
Figura - Classificação dos Resíduos Sólidos Urbanos 
 
 
Fonte: Funasa, 2010. 
Lei 12.305/2010 e a ABNT/NBR 10004 (2004) 
 
Art. 13. Para os efeitos desta lei, os resíduos sólidos têm a seguinte 
classificação: 
I - Quanto à origem: 
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em 
residências urbanas; 
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de 
logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana; 
c) resíduos sólidos urbanos: é constituído pelos resíduos doméstico e 
comercial; 
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, 
os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, 
“g”, “h” e “j”; 
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados 
nessas atividades, excetuados os referidos na alínea “c”; 
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e 
instalações industriais; 
 
71 
 
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, 
conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos 
do Sisnama e do SNVS; 
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, 
reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da 
preparação e escavação de terrenos para obras civis; 
i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias 
e silviculturas, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas 
atividades; 
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, 
aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de 
fronteira; 
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração 
ou beneficiamento de minérios; os resíduos sólidos são classificados quanto 
ao risco à saúde pública e ao meio ambiente em: perigosos e não perigosos, 
sendo ainda este último grupo subdividido em não inerte e inerte. 
 
II - Quanto à periculosidade: 
a) resíduos perigosos (classe I): aqueles que, em razão de suas 
característicasde inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, 
patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, 
podendo apresentam risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, 
provocando ou contribuindo para o aumento de uma mortalidade ou incidência 
de doenças e/ou apresentar efeitos adversos ao meio ambiente, quando 
manuseados e dispostos de forma inadequada. (ABNT, 2004) 
 b) resíduos não perigosos (Classe II): são aqueles não enquadrados na 
alínea “a” (não são perigosos). Os resíduos não perigosos (Classe II) 
subdividem-se em: 
1) resíduos da classe II A: são aqueles que em função de suas 
características não se enquadram nas classificações de resíduos classe I 
(perigoso) e classe II (inertes). Esses resíduos podem apresentar 
propriedades como solubilidade em água, biodegradabilidade ou 
combustibilidade. 
 
72 
 
2) resíduos da classe II B: são resíduos submetidos ao teste de 
solubilidade, não possuem nenhum de seus constituintes solubilizados em 
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água (ABNT, 2004). 
 
A figura abaixo ilustra a classificação dos resíduos não perigosos – Classe II 
 
 
Fonte: ABNT/NBR 10004 (2004 apud FELTRIN, 2014). 
Um resíduo é considerado não inerte caso ele não seja enquadrado como um 
resíduo perigoso (Classe I) ou resíduo Inerte (Classe II B). De acordo com ABNT, 
(2004) comumente quando os resíduos não inertes apresentam as seguintes 
propriedades: 
 
 Biodegradabilidade: é a quebra de compostos químicos mediados 
biologicamente. Isto significa que determinadas substâncias podem ser 
utilizadas como substratos por micro-organismos capazes de produzirem como 
resultado energia, outras substâncias, novos tecidos e novos organismos. A 
Mineralização é a biodegradação ou quebra total das moléculas orgânicas em 
CO2, água e compostos inorgânicos. 
 Combustibilidade: é quando uma substância tem capacidade de entrar em 
combustão e produzir energia, a exemplo das madeiras, dos tecidos e dos 
papéis. 
 
73 
 
 Solubilidade em Água: são os constituintes solubilizados a concentrações 
superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, 
turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G (padrões de ensaios de 
solubilização) depois de submetidos a um contato dinâmico e estático com 
água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente. Já os resíduos que não 
tiverem seus constituintes solubilizados em água conforme descrito acima, são 
classificados como inertes (ABNT/NBR 10004, 2004 apud FELTRIN, 2014). 
 
O Quadro 1 apresenta outras legislações e normatizações (ABNT) pertinentes 
dos resíduos sólidos. 
 
 
Fonte: MMA: SNIR/ Legislação.2014 
A caracterização consiste nos aspectos físico-químicos, biológicos, qualitativo 
e/ou quantitativo das amostras. De acordo com a caracterização dos resíduos, pode-
 
74 
 
se enfim classifica-los para a melhor escolha da destinação do mesmo. Cumprindo-
se assim a norma da ABNT NBR 10004/04 e também a lei 12.305 de agosto de 
2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). 
 
 Descrição da origem do resíduo; 
 Estado físico; 
 Aspecto geral; 
 Cor; 
 Odor; 
 Grau de heterogeneidade; 
 Denominação do resíduo; 
 Estado físico; 
 Processo de origem; 
 Atividade industrial; 
 Constituinte principal; 
 Destinação; 
 Destinação final; 
 Aterro para resíduo perigoso; 
 Aterro sanitário (não perigoso); 
 Aterro de resíduo inerte (solubilidade); 
 Tratamento térmico (compostagem, incineração, co-processamento). 
 
Após a caracterização dos resíduos sólidos, é realizado a classificação dos 
resíduos, que envolve a identificação da atividade que gerou determinado resíduo, 
além dos seus constituintes. 
A norma NBR 10004/04 da ABNT dispõe sobre a classificação dos resíduos 
sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública para 
que possam ser gerenciados adequadamente. 
Segundo ABNT (2004), a norma classifica os resíduos nos seguintes grupos: 
 
9.3.1 Resíduos Classe I – Perigosos 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
 
75 
 
Os resíduos considerados perigosos são aqueles que têm características que 
podem colocar em risco as pessoas que manipulam ou que tem algum outro tipo de 
contato com o material. 
 
 
Fonte: www.koleta.com.br 
Para um resíduo ser considerado perigoso, ele deve apresentar pelo menos uma 
das características seguintes: inflamabilidade, corrosividade, toxicidade, reatividade 
e/ou patogenicidade. 
A NBR 10004/04 aponta critérios específicos para o profissional capacitado 
classifique e avalie cada propriedade dos resíduos. A intenção é que se o produto for 
considerado “perigoso”, seja tomada as devidas providencias para 
manuseio, transporte e a correta destinação desses materiais. (ABNT, 2004) 
 
9.3.2 Resíduos não perigosos não inertes (Classe II A) 
 
São resíduos que não se apresentam como inflamáveis, corrosivos, tóxicos, 
patogênicos, e nem possuem tendência a sofrer uma reação química. Contudo, não 
se pode dizer que esses resíduos classe II A não trazem perigos aos seres humanos 
ou ao meio ambiente. 
https://www.vgresiduos.com.br/blog/veja-as-mudanca-nas-normas-para-transporte-de-residuos-perigosos/
 
76 
 
Os materiais desta classe podem oferecer outras propriedades, sendo 
biodegradáveis, comburentes ou solúveis em água. 
Resíduos dessa classificação merecem a mesma cautela para destinação final 
e tratamento do resíduo de classe I. 
 
9.3.3 Resíduos não perigosos inertes (Classe II B) 
 
Os resíduos dessa classificação não têm nenhuma das características dos 
resíduos de classe I. 
Porém, se mostram indiferentes ao contato com a água destilada ou desionizada, 
quando expostos à temperatura média dos espaços exteriores dos locais onde foram 
produzidos. 
Com isso, não apresentam solubilidade ou combustibilidade para tirar a boa 
potabilidade da água, a não ser no que diz respeito à mudança de cor, turbidez e 
sabor, seguindo os parâmetros indicados no Anexo G da NBR 10004/04. 
Após a classificação, deve-se elaborar um relatório ou laudo, contendo 
informações sobre os resíduos. Desse modo é mais fácil para estabelecer qual o 
melhor descarte final, tratamento, transporte, embalagens. 
9.4 Outros tipos de resíduos sólidos 
É importante destacar que há outros tipos de resíduos sólidos classificados 
segundo a origem, como: resíduos hospitalares, agrícolas, industriais, da construção 
civil, de varrição, comerciais, domésticos; os do tipo recicláveis e não recicláveis. 
No entanto, somente profissionais especializados podem indicar o melhor 
descarte para esse tipo de resíduos. Não apenas o descarte, mas os cuidados que 
devem ser tomados durante o processo de embalagem e transporte, e, até mesmo 
indicar melhores procedimentos para reciclagem, tratamento e destinação final. 
(ABNT, 2004) 
9.5 Resíduos industriais 
 Os resíduos industriais são considerados os maiores responsáveis pela 
poluição do meio ambiente. Para isso a melhor solução é o gerenciamento dos 
 
77 
 
resíduos sólidos industriais, possibilitando que as indústrias contribuam para um meio 
ambiente menos poluído e mais saudável. 
 
 
Fonte: www.saolourencoambiental.com.br 
De acordo com Resolução 313 do Conselho Nacional do Meio Ambiente, são 
considerados resíduos industriais todo aquele que: 
 Resulte das atividades das indústrias; 
 Se encontre nos estados sólido, semissólido, gasoso (quando contido) 
ou líquido; 
 Cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública 
de esgoto ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnicas 
ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia possível. 
 
Inclui-se também lodos provenientes de sistemas de tratamento de efluentes 
líquidos e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição. 
Sendo assim, todo remanescente da atividadeindustrial que preencha esses 
requisitos é considerado resíduo industrial. (ABNT, 2004) 
 
 
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=335
 
78 
 
9.6 Impactos Causados pela Disposição Inadequada dos Resíduos Sólidos 
Os recursos naturais estão a cada dia mais escasso, devido ao uso excessivo e 
sem as devidas medidas de preservação, e também em consequência do descarte 
irregular de resíduos sólidos nos ecossistemas, a exemplo dos lixões, da disposição 
em valas e locais públicos, constituindo um sério problema em relação aos aspectos 
ambientais, a saúde e suas interações. 
 
 
Fonte: residuoall.com.br 
Segundo SILVA (2015), os resíduos sólidos são considerados perigosos devido 
às suas propriedades físicas, químicas e infectocontagiosas e, por isso, alguns dos 
resíduos sólidos, a exemplo dos inorgânicos, disposto no solo não degradam 
facilmente, tal como o vidro, o alumínio, o plástico, entre outros, persistindo por muitos 
anos no meio ambiente. 
Já no processo físico-químico de decomposição dos resíduos orgânicos, quando 
não controlado de forma correta, produzirá um líquido, ou seja, o chorume rico em sua 
maioria em metais pesados, chumbo, níquel, cádmio, e outros, e tanto escoa, como 
percola e infiltra no solo, contaminando os meios hídricos superficiais e também 
 
79 
 
subterrâneos. Isso pode se agravar ainda mais no período de chuva, devido ao 
aumento no processo de carreamento e infiltração dessas substâncias em grande 
quantidade (SILVA,2015). 
9.7 Doenças Causadas Devido à Disposição Inadequada dos Resíduos 
Sólidos 
Os impactos ambientais ocorridos pela disposição inadequada dos resíduos 
sólidos vêm seriamente afetando a saúde pública, através do desenvolvimento de 
diversas doenças crônico-degenerativas e infectocontagiosas, transmitidas por ratos, 
baratas, moscas, cães, etc., além dos microrganismos patogênicos, tais como as 
bactérias, vírus, protozoários e helmintos, que são responsáveis pela transmissão da 
leptospirose, dengue, diarreia, febre tifoide, malária e outras (SILVA,2015). 
O descarte de pilhas, lâmpadas fluorescentes e outros objetos que têm em sua 
composição o mercúrio, são descartados junto com os resíduos sólidos orgânicos, 
contaminando através do processo de lixiviação o solo e a água e por sua vez, 
prejudicando a cadeia alimentar, levando o homem a desenvolver sérios problemas 
no sistema nervoso, provocando lesões no córtex e no cérebro, que podem ser 
irreversíveis. 
O Quadro abaixo apresenta as doenças relacionadas aos agentes biológicos que 
fazem dos resíduos sólidos sua fonte de alimentação ou abrigo. 
 
Fonte: Cussiol (2005) 
 
80 
 
9.8 Reciclagem: a indústria do presente 
A reciclagem é uma das alternativas de tratamento de resíduos sólidos mais 
vantajosas, tanto do ponto de vista ambiental como do social. Ela reduz o consumo 
de recursos naturais, poupa energia e água e ainda diminui o volume de lixo e a 
poluição. Além disso, quando há um sistema de coleta seletiva bem estruturado, a 
reciclagem pode ser uma atividade econômica rentável. Pode gerar emprego e renda 
para as famílias de catadores de materiais recicláveis, que devem ser os parceiros 
prioritários na coleta seletiva. Em algumas cidades do país, como por exemplo, São 
Paulo e Belo Horizonte, foi implementada a Coleta Seletiva Solidária, fruto da parceria 
entre o Governo local e as associações ou cooperativas de catadores. 
 
 
Fonte: sociedadepublica.com.br 
Para atrair mais investimentos para o setor, é preciso uma união de esforços 
entre o governo, o segmento privado e a sociedade no sentido de desenvolver 
políticas adequadas e desfazer preconceitos em torno dos aspectos econômicos e da 
confiabilidade dos produtos reciclados. (FEITOSA, 2017) 
Os materiais normalmente encaminhados para a reciclagem são o vidro 
(garrafas, frascos, potes etc.), o plástico (garrafas, baldes, copos, frascos, sacolas, 
canos etc.), papel e papelão de todos os tipos e metais (latas de alimentos, 
 
81 
 
refrigerantes etc.). Por questões de tecnologia ou de mercado, alguns materiais ainda 
não são reciclados. 
9.9 Para onde vai o lixo? 
Segundo a pesquisa do IBGE, em 64% dos municípios brasileiros o lixo é 
depositado de forma inadequada, em locais sem nenhum controle ambiental ou 
sanitário. São os conhecidos lixões ou vazadouros, terrenos onde se acumulam 
enormes montanhas de lixo a céu aberto, sem nenhum critério técnico ou tratamento 
prévio do solo, com a simples descarga do lixo sobre o solo. Além de degradar a 
paisagem e produzir mau cheiro, os lixões colocam em risco o meio ambiente e a 
saúde pública. 
Como resultado da degradação dos resíduos sólidos e da água de chuva é 
gerado um líquido de coloração escura, com odor desagradável, altamente tóxico, 
com elevado poder de contaminação que pode se infiltrar no solo, contaminando-o e 
podendo até mesmo contaminar as águas subterrâneas e superficiais. Esse líquido, 
chamado líquido percolado, lixiviado ou chorume, pode ter um potencial de 
contaminação até 200 vezes superior ao esgoto doméstico. (FEITOSA, 2017) 
Além da formação do chorume, os resíduos sólidos, ao serem decompostos, 
geram gases, principalmente o metano (CH4), que é tóxico e altamente inflamável, e 
o dióxido de carbono (CO2) que, juntamente com o metano e outros gases presentes 
na atmosfera, contribui para o aquecimento global da Terra, já que são gases de efeito 
estufa. 
Existe uma técnica ambientalmente segura para dispor os resíduos, denominada 
aterro sanitário. Esta técnica surgiu na década de 1930 e vem se aperfeiçoando com 
o tempo. O aterro sanitário pode ser entendido como a disposição final de resíduos 
sólidos no solo, fundamentado em princípios de engenharia e normas operacionais 
específicas, com o objetivo de confinar o lixo no menor espaço e volume possíveis, 
isolando-o de modo seguro para não criar danos ambientais e para a saúde pública. 
Os resíduos dispostos em aterros estão isolados do meio ambiente externo por meio 
da impermeabilização do solo, da cobertura das camadas de lixo e da drenagem de 
gases. 
 
82 
 
Tratamento e disposição final do lixo: Existem algumas formas possíveis para 
o tratamento do lixo e sua disposição final na natureza. No Brasil, o gerenciamento 
dos resíduos sólidos urbanos é de responsabilidade das Prefeituras Municipais. Ainda 
é bastante reduzido o número de municípios que possuem um bom gerenciamento de 
resíduos sólidos, com sistemas adequados de coleta, tratamento e disposição final 
dos resíduos. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada 
pelo IBGE em 2000, 64% dos municípios brasileiros depositam seus resíduos em 
lixões. Apenas 14% possuem aterros sanitários e 18% possuem aterros controlados. 
Existe, ainda, a necessidade de se promover a universalização da limpeza pública 
(coleta, varrição, tratamento, destinação final etc.) para toda a população brasileira, já 
que cerca de 30 % do total de resíduos gerados não é coletado no país (IPT/Cempre 
2000). 
 
Fonte: www2.maringa.pr.gov.br 
O conjunto de ações que objetivam a minimização da geração de lixo e a 
diminuição da sua periculosidade constitui a fase de tratamento dos resíduos, que 
representa uma forma de torná-los menos agressivos para a disposição final, 
diminuindo o seu volume, quando possível. Os processos de tratamento dos resíduos 
são os seguintes: 
 
83 
 
Compostagem: É um processo no qual a matéria orgânica putrescível (restos 
de alimentos, aparas e podas de jardins etc.) é degradada biologicamente, obtendo-
se um produto que pode ser utilizado como adubo. A compostagem permite aproveitar 
os resíduos orgânicos, que constituem mais da metade do lixo domiciliar. A 
compostagem pode ser feita em casa ou em unidades de compostagem. 
Incineração: É a transformação da maior parte dos resíduos em gases, através 
da queima em altas temperaturas (acima de 900º C),em um ambiente rico em 
oxigênio, por um período pré-determinado, transformando os resíduos em material 
inerte e diminuindo sua massa e volume. Não se deve confundir a incineração com a 
simples queima dos resíduos. No primeiro caso, os incineradores geralmente são 
dotados de filtros, evitando que gases tóxicos sejam lançados na atmosfera. 
De qualquer forma, devido a aspectos técnicos, a incineração não é o tratamento 
mais indicado para a maioria dos resíduos gerados e não é adequado à realidade das 
cidades brasileiras. Algumas unidades de incineração estão sendo desativadas no 
país por operarem precariamente, sem sistemas de tratamento adequado dos gases 
emitidos. A incineração é um sistema complexo, que envolve milhares de interações 
físicas e reações químicas. Além do dióxido de carbono e do vapor de água, outros 
gases são produzidos, incluindo diversas substâncias tóxicas, como metais pesados 
e outras. (IPT/Cempre, 2000). 
Entre elas, destacam-se as dioxinas e os furanos, classificados como poluentes 
orgânicos persistentes – POPs, que são tóxicos, cancerígenos, resistentes à 
degradação e acumulam-se em tecidos gordurosos (humanos e animais). Esses 
poluentes são transportados pelo ar, água e pelas espécies migratórias, sendo 
depositados distante do local de sua emissão, onde se acumulam em ecossistemas 
terrestres e aquáticos. Em decorrência dessas características, em setembro de 1998 
a Environmental Protection Agency (EPA), a agência de proteção ambiental 
americana, anunciou que não existe um nível “aceitável” de exposição às dioxinas. 
Pirólise: Diferentemente da incineração, na pirólise a queima acontece em 
ambiente fechado e com ausência de oxigênio. 
Digestão Anaeróbica: É um processo baseado na degradação biológica, com 
ausência de oxigênio e ambiente redutor. Neste processo há a formação de gases e 
líquidos. Este princípio é bastante utilizado em todo o mundo em aterros sanitários. 
Reuso ou Reciclagem: Já implantados em vários municípios brasileiros, estes 
processos baseiam-se no reaproveitamento dos componentes presentes nos resíduos 
 
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de forma a resguardar as fontes naturais e conservar o meio ambiente. Como todo 
processo de tratamento produz um rejeito, isto é, um material que não pode ser 
utilizado, a disposição final em aterros acaba sendo imprescindível para todo tipo de 
tratamento. (ARRUDA; MARQUES; REIS, 2017). 
Aterro sanitário: É um método de aterramento dos resíduos em terreno 
preparado para a colocação do lixo, de maneira a causar o menor impacto ambiental 
possível. Veja a seguir algumas das medidas técnicas empregadas para proteger o 
meio ambiente: 
 O solo é protegido por uma manta isolante (chamada de geomembrana) ou 
por uma camada espessa de argila compactada, impedindo que os líquidos 
poluentes, lixiviados ou chorume, se infiltrem e atinjam as águas 
subterrâneas; 
 São colocados dutos captadores de gases (drenos de gases) para impedir 
explosões e combustões espontâneas, causadas pela decomposição da 
matéria orgânica. Os gases podem ser queimados para evitar sua dispersão 
na atmosfera; 
 É implantado um sistema de captação do chorume, para que ele seja 
encaminhado a um sistema de tratamento; 
 As camadas de lixo são compactadas com trator de esteira, umas sobre as 
outras, para diminuir o volume, e são recobertas com solo diariamente, 
impedindo a exalação de odores e a atração de animais, como roedores e 
insetos; 
 O acesso ao local deve ser controlado com portão, guarita e cerca, para evitar 
a entrada de animais, de pessoas e a disposição de resíduos não autorizados. 
 
85 
 
 
Fonte: www.grupoescolar.com 
Aterro controlado: O aterro controlado não é considerado uma forma 
adequada de disposição de resíduos porque os problemas ambientais de 
contaminação da água, do ar e do solo não são evitados, já que não são utilizados 
todos os recursos de engenharia e saneamento que evitariam a contaminação do 
ambiente. (ARRUDA; MARQUES; REIS, 2017). 
 
 
Fonte: meioambiente.culturamix.com 
 
86 
 
No entanto, representa uma alternativa melhor do que os lixões, e se diferenciam 
destes por possuírem a cobertura diária dos resíduos com solo e o controle de entrada 
e saída de pessoas. 
Unidades de segregação e/ou de compostagem: Essa forma de tratamento 
prevê a instalação de um galpão para a separação (triagem) manual dos resíduos, 
usualmente realizada em esteiras rolantes. Quando o município realiza a coleta 
seletiva, os resíduos já chegam separados, isto é, materiais recicláveis separados dos 
resíduos orgânicos. 
 
 
Fonte: www.poa24horas.com.br 
Entretanto, quando não existe esta separação nas residências, comércios etc., 
os sacos de lixo coletados na coleta convencional são encaminhados para a triagem, 
onde os resíduos recicláveis são separados dos orgânicos. Neste último caso, a 
separação é muito mais difícil porque os resíduos estão misturados, dificultando a 
segregação e comprometendo a qualidade do composto orgânico produzido. 
(ARRUDA; MARQUES; REIS, 2017). 
No Brasil, o sistema de reciclagem e compostagem desvinculado da coleta 
seletiva tem-se mostrado oneroso, pois além de exigir gastos elevados com muitos 
funcionários e equipamentos, a separação do material orgânico do reciclável é muito 
 
87 
 
baixa. Por esta razão, a melhor alternativa é integrar as centrais de triagem e de 
compostagem a um sistema de coleta seletiva, promovendo a separação dos 
materiais recicláveis e compostáveis na origem e a participação comunitária. Para que 
a coleta seletiva seja realmente eficiente é necessária a mudança de hábito na 
disposição e acondicionamento do lixo já na fonte geradora. Além dos benefícios 
ambientais promovidos pela coleta seletiva e consequente destinação dos resíduos 
para reciclagem e compostagem, podemos considerar também os benefícios de 
inclusão social dos catadores, caso eles sejam os parceiros preferenciais na coleta 
seletiva. 
 
10 CULTURA E SUSTENTABILIDADE EM FOCO: A CULTURA DA 
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL 
Desde quando emergiu no ambiente primitivo e sem o desenvolvimento do 
intelecto, os primeiros grupos humanos pouco se diferenciavam dos outros animais, 
pautando suas preocupações apenas na percepção dos meios de subsistência pela 
alimentação e pela segurança física. Viviam submissos aos rigores do ambiente, pela 
falta de habilidade para enfrentar as contingências da natureza e a competição com 
muitas outras espécies animais até que conseguiram desenvolver as primeiras 
estratégias de organização (FEITOSA, 2017). 
Os primeiros rudimentos de intelectualidade potenciaram ao homem o sentido 
de organização e de representação do espaço, que são marcos referenciais das 
atividades humanas, ao longo do processo civilizatório. A evolução deste processo 
registra o apogeu e o declínio de algumas comunidades, em diversos lugares e 
através do tempo, permeados por algumas iniciativas ambientalmente racionais, que 
perduraram e se notabilizaram por sua contribuição ao equilíbrio da natureza. 
Inicialmente, atribuindo pouca importância coletiva aos problemas ambientais, 
as primeiras reflexões no sentido de seu enfrentamento emergiram na percepção 
individual de estudiosos mais conscientes de sua relação responsável com o futuro 
do ambiente, no que respeita a extração de matéria-prima para a produção dos 
recursos, mais ainda sem a ponderação de ações mitigadoras tão reivindicadas na 
atualidade. Tais reflexões deram origem às primeiras reuniões setoriais e eventos

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