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UCIII: metabolismo Fisiologia: Hormônios pancreáticos: Pâncreas endócrino: ➢ Células beta (60%): Secretam insulina ➢ Células alfa (25%): Secretam glucagon ➢ Células delta (10%): Secretam somatostatina ➢ Células PP (5%): Secretam polipeptídeo pancreático Insulina: Se fixa e ativa receptores na membrana celular causando os seguintes efeitos:Torna as células altamente permeáveis a glicose e leva a entrada rápida da glicose para as células; aumenta a permeabilidade da membrana aos aminoácidos, K e íons fosfato; efeito lento (10 a 15 min) alterando a atividade de enzimas metabólicas intracelulares; alteração das taxas de tradução dos RNAs mensageiros para formação de novas proteínas. ➢ Efeito sobre o metabolismo de carboidratos: o Promove o metabolismo da glicose no músculo: com o armazenamento de glicogênio no músculo e a facilitação insulínica do transporte de glicose através da membrana da célula muscular o Promove a Captação, armazenamento e uso da glicose no fígado: Preserva o glicogênio hepático; captação acentuada de glicose do sangue pelas células do fígado; aumenta a atividade das enzimas que promovem a síntese de glicogênio; liberação de glicose do fígado entre as refeições; quando há mais glicose do que pode ser armazenada na forma de glicogênio a insulina promove conversão de glicose em ácidos graxos, que serão transportados como lipídios de baixa densidade e armazenados no tecido adiposo; inibe a gliconeogênese; Ausência efeito da insulina sobre a captação e uso da glicose pelo cérebro ➢ Efeito sobre o metabolismo de gorduras: armazenamento de gordura no tecido adiposo por inibir a ação da lipase sensível a hormônio inibindo assim a liberação de ácidos graxos a partir do tecido adiposo e promove o transporte da glicose através da membrana para dentro das células adiposas. Na falta da insulina aumenta o uso metabólico da gordura ➢ Efeito sobre o metabolismo das proteínas e sobre o crescimento: causa o transporte ativo de muitos aminoácidos para dentro das células; aumenta a taxa de transcrição gênica e a tradução de RNAm formando novas proteínas; inibe o catabolismo das proteínas; deprime a taxa de gliconeogênese no fígado. Efeito sinérgico da insulina com o hormônio do crescimento Glucagon: ➢ Efeitos sobre o metabolismo da glicose: o quebra do glicogênio hepático nas seguintes etapas: glucagon ativa adenil ciclase na membrana da célula hepática e causa a formação de AMPc, este ativa a proteína reguladora da proteína quinase, que ativa a proteína quinase, que ativa a fosforilase b quinase, que converte fosforilase b em fosforilase a, que promove a degradação do glicogênio em glicose 1 fosfato, que é desfosforilada e liberando a glicose das células hepáticas a gliconeogênese aumentada no fígado Glicocorticóides: ➢ Efeitos do Cortisol sobre o Metabolismo dos Carboidratos: Estimulação da gliconeogênese pelo fígado; aumenta a taxa de gliconeogênese de 6 a 10 x por aumento de enzimas necessárias à conversão de aminoácidos em glicose nas células hepáticas e causar mobilização de aa a partir de tecidos extra hepáticos (principalmente músculo) que ficam disponíveis no plasma para gliconeogênese; acentua o armazenamento de glicogênio nas células hepáticas; diminuição da utilização da glicose pelas células; aumento da concetração dde sg de glicose (diabetes adrenal) - 50 ou mais acima do normal Diabetes Mellitus: É um distúrbio crônico com comprometimento do metabolismo da glicose e de outras substâncias produtoras de energia, bem como pelo desenvolvimento tardio de complicações vasculares e neuropáticas. Sua classificação é: ➢ Diabetes Mellitus insulino dependente (tipo 1): DMID Destruição da célula beta, levando à deficiência absoluta de insulina. Tem início na juventude, instável e propenso à cetose. Deficiência Insulínica. Insulite é a infiltração das ilhotas por células mononucleares que antecede a doença clínica, e persiste por semanas ou meses antes que uma destruição significativa das células beta ocorra. No curso da insulite os macrófagos e células T ativadas secretam mediadores solúveis (citocinas, óxido nítrico, radicais livres do oxigênio), que provavelmente contribuem para a disfunção e morte da célula beta. Acomete jovens e adolescentes como um autoanticorpo em indivíduos magros e leva a cetoacidose com início abrupto (emagrecimento, poliúria, polidipsia e polifagia). É progressiva, começa anos antes do início do quadro clínico (autoimunidade), acomete as células beta das ilhotas de Langerhans e que ao início do quadro clínico já existe a destruição de 90 a 95 % destas células pelo processo autoimune. 5 anos após diagnóstico de DMID, costuma não estar presente mais nenhuma célula b. Componentes celulares e humorais (anticorpos) são detectados meses ou mesmo anos antes do aparecimento da doença clínica (Anticorpos e Células T, NK, B) Vírus Possivelmente Implicados no Desencadeamento do DMID: Coxsackie vírus (tipo de enterovírus); Rubéola; Caxumba; Citomegalovírus; Mononucleose Infecciosa; Retrovírus; Hepatite ➢ Diabetes Mellitus não insulino dependente (tipo 2) DMNID: Graus variados de resistência insulínica e de deficiência na secreção de insulina. Comum em indivíduos obesos e não obesos de início na idade adulta ou de início na maturidade. Se estável é não cetótico. É 90 % Metabólica por uma deficiência Insulínica/Resistência Insulínica em indivíduos Adultos com Obesidade (85 %), Síndrome Hiperosmolar com início geralmente lento. Sinais e Sintomas: Cetoacidose diabética, Síndrome hiperosmolar, Hipoglicemia, Cetoacidose Diabética Deficiência grave de insulina Secreção excessiva dos hormônios contrarregulatórios (GH, cortisol, glucagon e adrenalina), Hiperglicemia (> 300 mg/ dL ), Hipercetonemia Acidose (pH < 3,5)Diurese osmótica Desidratação ➢ Induzidas por fármacos e agentes químicos ( betabloqueador, diuréticos) ➢ Diabetes gestacional Complicações Crônicas: Retinopatia, Nefropatia, Neuropatia, Pé diabético, Aterosclerose, Hipertensão arterial, Dislipidemias ➢ Retinopatia: 10 a 15% DMID e 20 vezes mais frequente. que a população geral; 15 a 20% DMNID após 20 anos ➢ Nefropatia: 30 a 35% DMID; 15 a 20% DMNID; Glomeruloesclerose; Espessamento da lâmina basal capilar (microangiopatia) ➢ Neuropatia; Quase 50% dos diabéticos; Polineuropatias (lesões simétricas) sensorial distal (mãos e pés), motora (pelve e nervo femoral) com lesões de nervos isolados (periféricos e cranianos) Cetose: não ocorre in vivo a não ser que haja aumento nos níveis de AGL circulantes provenientes da lipólise do triacilglicerol no tecido adiposo ou na diabetes. Os AGL são os precursores dos corpos cetônicos no fígado. O fígado, tanto no estado alimentado como em jejum, extrai cerca de 30 dos AGL que passam por ele, de forma que em altas concentrações o fluxo que passa para o fígado é alto. Portanto, os fatores que regulam a mobilização dos AGL do tecido adiposo são importantes no controle da cetogênese. Após a sua captação pelo fígado, os AGL são b oxidados em CO 2 ou geram corpos cetônicos, ou são esterificados em triacilglicerol e fosfolipídios. Esses eventos são intensificados no jejum prolongado ou por uma redução da razão insulina/glucagon (como ocorre no DM). A medida que o nível sérico de AGL aumenta, uma quantidade proporcionalmente maior de AGL é convertida em corpos cetônicos, uma menor quantidade é oxidada pelo ciclo do ácido cítrico em CO 2. A distribuição de acetil-CoA entre a via da cetogênese e a via da oxidação a CO 2 é regulada de modo que a energia livre total captada em ATP, que resulta da oxidação dos AGL, permanece constante a medida que a sua concentração sérica é alterada. Uma queda na concentração de oxalacetato, particularmente no interior das mitocôndrias, pode comprometer a capacidade de o ciclo do ácido cítrico para metabolizar acetil-CoA desviando a oxidação dosácidos graxos para a cetogênese como ocorre no DM não tratado, ocorrendo então produção excessiva de corpos cetônicos, causando cetose.
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