ESPORTES PARALÍMPICOS PARA DEFICIENTES FÍSICOS

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ESPORTES PARALÍMPICOS PARA DEFICIENTES FÍSICOS 
Denis de Pinho Sousa 
Márcio Augusto Baena Souza de Jesus 
ESPORTES PARALÍMPICOS PARA DEFICIENTES FÍSICOS 
O desporto voltado para a pessoa com deficiência representa muito mais que saúde, mas uma questão global sobre o indivíduo, afinal, são inúmeros os aspectos positivos, enfatizando aqui o campo físico, acompanhado de um excelente desenvolvimento psíquico e social. 
Falando especificamente do esporte adaptado, este, foi idealizado pelo médico inglês Sir Ludwing Guttmann, neurologista e neurocirurgião, no ano de 1944. 
Sir Ludwing desenvolvia suas atividades profissionais no centro de lesados medulares do Hospital de Stoke Mandeville e desenvolveu um programa de recuperação para seus pacientes envolvendo uma série de modalidades desportivas como instrumento de sua metodologia. 
UMA BREVE HISTÓRIA DO INICIO DA ORGANIZAÇÃO DO ESPORTE PARALÍMPICO 
A origem dos Jogos Paraolímpicos tem relação direta com atividade física militar. A gênesis do evento é marcada em 1948, na cidade inglesa de Stoke Mandeville. 
A primeira edição, cuja principal disputa era o tiro com arco, correu em paralelo aos Jogos Olímpicos de Londres. Mas, ao contrário do ciclo quadrienal da Olimpíada de Verão, os Jogos de Guttmann eram realizados anualmente.
De início, a competição reunia apenas britânicos. A partir de 1952, o evento passou a receber atletas de outros países. 
Em 1960, foi organizada em outro país pela primeira vez. Roma, na Itália, também sede olímpica naquele ano, hospedou o que viria a ser os primeiros Jogos Paraolímpicos, com 400 atletas de 23 países. Passaria a ocorrer a cada quatro anos.
UMA BREVE HISTÓRIA DO INICIO DA ORGANIZAÇÃO DO ESPORTE PARALÍMPICO 
Quatro anos depois, Tóquio também realizou os dois eventos no mesmo ano, com um nível competitivo um pouco maior. 
Depois disso, os Jogos Paraolímpicos ficaram 24 anos sendo realizados em locais diferentes dos Olímpicos porque as cidades-sedes olímpicas não tinham dinheiro para promovê-los ou mesmo interesse em realizá-los. Só em Seul-1988 eles voltaram a ser disputados no mesmo país. Desde então, são geridos pelo mesmo comitê, modelo que segue até hoje.
Um ano depois, foi criado o Comitê Paralímpico Internacional, o equivalente para a Paraolimpíada do COI (Comitê Olímpico Internacional). Isso implicou aumento na relevância da Paraolimpíada e acréscimo de atletas e modalidades disputadas, que hoje estão em 22 para cerca de 4.300 competidores com deficiência.
Comitê Paralímpico Internacional
O Comitê Paralímpico Internacional é uma organização não governamental internacional sem fins lucrativos para os desportos de elites destinados a atletas com deficiências.
 Fundado a 22 de Setembro de 1989, a missão da organização é permitir os atletas Paralímpicos a alcançar a excelência esportiva e inspirar o mundo.
 
A estrutura do IPC é feita de representantes de 174 Comitês Paralímpicos Nacionais, quatro Organizações Internacionais para o Desporto destinado aos deficientes, cinco organizações regionais, e seis federações internacionais esportivas.
 O IPC está sediado em Bonn, Alemanha.
ESPORTE PARALÍMPICO PARA DEFICIENTES FÍSICOS NO BRASIL 
A prática de modalidades esportivas adaptadas no Brasil teve início após o ano de 1950, onde o carioca Robson Sampaio de Almeida fundou o clube do otimismo e o paulista Sérgio Serafim Del Grande fundou o clube dos paraplégicos.
 Os mesmos tornaram-se deficientes físicos em acidentes e procuraram reabilitação nos Estados Unidos. E, após a participação em diversas modalidades esportivas como parte integrante do programa de recuperação, retornaram ao Brasil e fundaram instituições com o objetivo de auxiliar a recuperação de outros deficientes.
Desde então, gradativamente, o movimento do esporte adaptado para deficientes tem ganhado campo e feito um caminho estabelecido pelos órgãos internacionais em convenções da área.
 O objetivo final busca o desafio da incorporação e efetivação de orientações e a busca de evoluções nos diversos campos do conhecimento do esporte adaptado, conseguindo assim uma participação cada vez mais efetiva e consistente neste campo de atuação.
UMA BREVE DISCUSSÃO SOBRE O ENSINO DO ESPORTE ADAPTADO E A ACESSIBILIDADE 
Existem diversos problemas que impedem a participação em programas de exercícios e esportes. Um dos maiores, senão, o maior de todos para a participação em programa de exercícios físicos e esportes para pessoas com deficiência, é a acessibilidade;
A maioria das pessoas deficientes interessadas em praticar esportes, mesmo tendo conhecimento e desejo de participar, não o conseguem, pois se chegam ao local, muitas vezes não conseguem acesso às instalações.
CRITÉRIOS DE ADAPTAÇÃO AOS ESPORTES E EXERCÍCIOS
Espaço: Aconselha-se delimitar os espaços destinados para a prática esportiva com o propósito de compensar as dificuldades de deslocamento que normalmente se apresentam;
Material: Utilizar materiais macios para indivíduos com dificuldades de percepção. Também, é indicado a utilização de materiais alternativos e adaptados, como por exemplo, calhas para alunos com Paralisia Cerebral ou cadeira de rodas para indivíduos com graves problemas de equilíbrio.
Regras: Alterar os regulamentos das modalidades e da forma de jogo, incluindo novas regras que atendam às necessidades do grupo participante.
Habilidades: Antes do início de qualquer atividade os participantes deverão ser consultados sobre possíveis dificuldades motoras ou técnicas que dificultem movimentos e gestos desportivos.
Aluno ajudante ou colaborador: Utilizar sempre que possível um aluno ajudante ou colaborador, que terá a incumbência de auxiliar o professor e os demais colegas a realizar as atividades e exercícios.
CRITÉRIOS DE ADAPTAÇÃO AOS ESPORTES E EXERCÍCIOS
OS REQUISITOS PARA SER UM ATLETA PARALÍMPICO EM CADA MODALIDADE – QUESTÕES MÉDICAS
Note-se que pessoas com essa deficiência podem participar de muitas modalidades, haja vista que suas características físicas não são incompatíveis com a maior parte dos esportes.
As modalidades apresentam diversas adaptações e regras específicas. Além disso, os atletas são agrupados em categorias conforme suas características, de modo a não haver competição entre atletas com condições muito diferentes, em que possa haver vantagens de uns sobre os outros. Há casos em que se busca minimizar eventuais disparidades.
AUGUMAS MODALIDADES E SUAS ESPECIFICAÇÕES TECNICAS E CARACTERISTICAS MÉDICAS DO ATLETA: 
Atletismo
Na modalidade, as provas de pista (velocidade, meio fundo, fundo e saltos) e de rua (maratona) são identificadas com a letra T de track, as de campo (arremessos, lançamentos), com o F de field.
Estão aptos a participarem dos eventos de atletismo: deficiências visuais, intelectuais, nos membros inferiores, superiores, paralisados cerebrais (cadeirantes e andantes), anões, amputados de membros inferiores com prótese e os que competem em cadeiras de rodas (lesões medulares, amputações, sequelas de poliomielite, etc.).
Basquete 
Os jogadores com deficiência física-motora podem compor o quinteto;
. No entanto, o grau de comprometimento físico-motor individual é avaliado em escala de 1 a 4.5; 
A soma da equipe em quadra deve ser de no máximo 14.
CANOAGEM 
Os atletas são divididos por gênero, ou seja, homens e mulheres não competem juntos. 
Deficiência físico-motora, em que é avaliado pelo grau de movimentação dos membros inferiores, superiores e tronco para dividi-los em grupos.
Halterofilismo 
Atletas com deficiência nos membros inferiores, anões e paralisados podem participar do halterofilismo. Os competidores são divididos por gênero e em categorias de peso.
Vôlei sentado 
Os times são formados por jogadores que possuem alguma deficiência física ou relacionada à locomoção. 
Os atletas são classificados em VS1 (deficiência que tem maior impacto nas funções essenciais do vôlei sentado) e VS2 (menor interferência).
CONSIDERAÇÕES FINAIS  
Pessoas com deficiências tem direitos, em condiçõesde igualdade, de uma vida social justa, digna e com qualidade. E isso inclui o direito ao esporte. Desde sua prática em detrimento da saúde até mesmo ao nível de competição. 
As paraolimpíadas vêm exercendo uma excelente divulgação das modalidades adaptadas. A realidade da acessibilidade ainda é muito abaixo do ideal, porém, é um caminho árduo e de luta que deve envolver a pessoa com e sem deficiência. 
Para as pessoas com deficiências a prática esportiva é muito importante. Através do esporte elas conseguem superar os diversos desafios da própria condição de deficiência, ampliando a autonomia diante, não apenas do esporte, mas da sua vida como um todo, refletindo diretamente em sua qualidade de vida. Além disso, o esporte favorece a criação e fortalecimento das amizades, melhora a autoestima e cria uma autoimagem corporal positiva.
PRÁTICA ESPORTIVA 
Primeiramente você irá escolher um espaço razoavelmente amplo da e ausente de obstáculos, como móveis. 
Após a escolha do espaço é importante a sua delimitação e marcação. Para a marcação da sua quadra, pode-se usar fitas adesivas ou riscar o chão com giz, em ultimo recurso, o próprio limite do espaço pode delimitar o espaço de jogo.
A rede você pode utilizar a de vôlei de fato, ou adaptar usando um barbante ou corda. E você pode prendê-los em cadeiras a uma altura aproximada de 1 metro, lembre-se de que nessa modalidade a rede fica literalmente ao chão.
A bola pode utilizar qualquer uma que seja necessariamente leve como a de vôlei ou até mesmo usar balões, o que é bem interessante para uma iniciação nesse esporte.
Utilize as regras que aprendeu nessa atividade, caso necessário, adapte. O principal objetivo dessa vivência é sempre manter o glúteo no chão e a ludicidade. 
ESPORTES PARALÍMPICOS PARA DEFICIENTES FÍSICOS 
Denis de Pinho Sousa 
Márcio Augusto Baena Souza de Jesus