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Resumo Onicomicoses

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
Biomedicina 
 
Angélica Parreira Alves 
Elaine do Nascimento Duarte Torres 
Geicimara Guimarães Batista 
Ídila Cristina da Silva Martins 
Joyce Ellen Silva Machado 
Júlia Beatriz Fernandes Fonseca 
Karla Karoline Santos Ramos 
Natália Muniz Borges 
Patrícia Mariana Domingos Peixoto 
Stephanie Megale Ferreira 
Sylvia Fernandes Faria 
 
 
Diagnóstico Clínicos e Laboratoriais das Onicomicoses 
 
 
 
 
 
 
 
 
Betim 
2022 
Resumo 
As unhas são de extrema importância e possuem diversas funções benéficas para a 
proteção dos dedos, porém, também são alvos de colônias de germes e fungos, como no 
caso das onicomicoses, que são infecções fúngicas nas unhas causadas por leveduras, 
dermatófitos ou fungos filamentos não-dermatófitos, sendo umas uma das principais 
causas de enfermidades ungueais. As onicomicoses afetam diretamente a qualidade de 
vida, auto estima e capacidade funcional das unhas das pessoas, mas esse não é seu 
principal problema, sendo também, agravante em outras condições clínicas. Existem 
alguns fatores que contribuem para a predisposição desta infecção, que são 
imunossupressão, idade avançada, disfunção hormonal, deficiência circulatória, diabetes 
mellitus e traumas ungueais. E algumas atividades profissionais, como pessoas que 
mantêm maior contato com água e utilizam bastante sapatos fechados também estão mais 
sucetíveis. É importante ressaltar que a transmissão ocorre por contato direto, ou, contatos 
com roupas de cama, vestuários, calçados e utensílios contaminados com propágulos 
fúngicos originados do solo. Na ocorrência desta infecção as unhas podem apresentar 
diferentes formas clínicas e as onicomicoses podem ser classificadas em quatro tipos. A 
primeira classificação pode ser definida como Onicomicose Subungueal Distal e Lateral, 
e dentre suas características podemos citar que a infecção se inicia no bordo livre da unha 
e, ocorre a formação de material amarelado e friável e com a evolução da doença pode 
ocorrer o comprometimento do leito ungueal e descolamento parcial ou queda da unha; 
A segunda classificação é Onicomicose Subungueal Proximal, e neste caso a invasão 
fúngica se inicia abaixo da borda ungueal proximal. E é comum observar manchas 
brancas emergindo da porção interna da borda ungueal, e pode ocorrer um deslocamento 
da unha na proximidade da cutícula, tornando-se turva e espessa; A Onicomicose 
Superficial Branca, que é popularmente conhecida como Leuconíquia, é caracterizada 
pelo surgimento de manchas brancas sobre a superfície da unha, geralmente mais próxima 
da cutícula do que da ponta (em alguns casos, porém, a lesão pode estar mais próxima da 
extremidade da unha); E por último, a Onicodistrofia Total ou Parcial, que pode se 
desenvolver devido outras infecções ou de forma primária. A reação inflamatória das 
dobras da pele presente ao redor da unha, ocasionada pela paroníquia, gera 
comprometimento no tecido periungual, podendo acarretar tanto edema como eritema. 
Vale ressaltar que existem ainda, outras doenças que podem se assemelhar com os 
aspectos clínicos das onicomicoses, sendo: infecções bacterianas, psoríase, líquen branco, 
dermatites de contato, onicodistrofia traumática, paroníqua congênita, tumores do leito 
da unha e a síndrome da unha amarela. Abordando sobre o diagnóstico laboratorial, o 
procedimento é realizado através de exame direito, isso significa que é necessário 
observar estruturas fúngicas e cultivo do mesmo. Além disso, existem alguns casos onde 
é necessário realizar provas bioquímicas. É importante realizar o processo de coleta de 
forma correta para evitar contaminação da mesma, sendo preciso efetuar anti-sepsia no 
local, com a finalidade de reduzir a proliferação de microrganismos infectantes. Antes de 
realizar este procedimento é preciso ter conhecimento, se o paciente fez uso de 
antifúngicos que podem interferir no resultado. No caso de onicomicoses subungueal 
pode ser utilizado como método de coleta a técnica de janela, para auxiliar na avaliação 
de estrias. Posteriormente a amostra deve ser direcionada para o exame micológico. O 
resultado positivo é obtido quando há presença do fungo em parasitismo, e a confirmação 
do diagnóstico é através do crescimento do agente etiológico. Existem três grandes grupos 
bem definidos de agentes etiológicos: os dermatófitos (fungos filamentosos que utilizam 
suas hifas para penetrar no extrato córneo da pele e das unhas produzindo enzimas que os 
permitem invadir essas células, são trasmissíveis e mais comuns em países tropicais. Os 
fungos responsáveis são: Epidermophyton floccosum, Microsporum canis, Microsporum 
gypseum, Microsporum racemo-sum Trichophyton interdigitale Trichophyton rubrum e 
Tricho- phyton violaceu), as leveduras (se apresentam como células redondas com 
paredes finas e hialinas. São os principais agentes de micoses do gênero cândida, 
Trichosporon e Malassezia, sendo encontradas, habitualmente, em solos e caracterizam-
se por apresentar blastoconidios e cadeias de artroconídios. Estes organismos se 
apresentam ao exame direto com células de leveduras globosas e ovais agrupadas e 
filamentos micelianos curtos, encurvados e hialinos, o que o faz relacionar diretamente 
às onomicoses), e os fungos filamentosos não dermatofilos (são saprófitas da natureza e 
se alimentam de matéria orgânica em decomposição. Produzem infecções no aparelho 
ungueal e são divididos por demaceos (fungos escuros) e hialinos (fungos claros). Os 
mais freqüentemente diagnosticados em nosso meio são: Henderso- nula toruloidea ou 
Scytalidium dimidiatum, Scytalidium hyali-num, Acremonium sp, Fusarium sp, 
Scopulariopsis brevicaulis, Aspergillus sp e Penicillium sp. Não possuem qualquer 
associação com dermatofilos e leveduras, já que são agentes contaminantes. Esses fungos, 
por não possuírem queratinases, não são considerados patógenos primários, por tanto, não 
podem ser considerados como causadores de distrofia ungueal significativa, tratando-se 
de espécies invasoras secundárias em unhas ou comensais secundários não invasores. 
Com exceção da espécie Scytalidium dimidiatum, que possui queratinase e pode estar 
presente em unhas e pele. Através disso, concluímos que a onicomicose é a mais frequente 
das afecções ungueais e mais importante problema de saúde pública pela elevada 
prevalência, sendo a micose superficial de mais difícil diagnóstico e tratamento. 
Destaque-se que suas formas clínicas dependem da porta de entrada e agente infectante. 
A OSDL, forma clínica mais comum, é causada por dermatófitos, com destaque para o 
Trichophyton rubrum, mas também por Hendersonula e Scytalidium. A OBS é mais 
freqüente em unhas dos pés (mais nos pododáctilos (Hálux)) e causada por Trichophyton 
mentagrophytes varinterdigitalis, assim como por outros fungos não-dermatófitos. A OSP 
é marcador clínico prévio da SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e afeta 
igualmente as unhas das mãos e pés, sendo causada por Trichophyton rubrum, mas, pode 
ser a manifestação clínica de candidíases. A onicodistrofia total representa o estágio final 
da onicomicose. O diagnóstico com a identificação das espécies é essencial para melhor 
direcionamento terapêutico frente às várias apresentações clínicas. E o atual 
envolvimento crescente de novas espécies fúngicas em patologia ungueal demanda a 
adoção de procedimentos laboratoriais de alta qualidade para distinguir tais espécies. 
Além disso, o reconhecimento da mudança de padrão epidemiológico da etiologia das 
onicomicoses e do potencial invasivo de algumas espécies, principalmente em pacientes 
imunocomprometidos, permitirá uma maior interação entre os laboratórios e a classe 
médica.

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