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UROCULTURA: exame de urina. COPROCULTURA: exame de fezes. TIPOS DE AMOSTRAS - Sangue; - Secreções (escarro, de orofaringe, uretral, vaginal, pulmonar); - Lavado bronco-alveolar; - Urina; - Fezes; - Líquido seminal; - LCR. URINA Precisa estar há 4h sem urinar. ‘’Urina tipo 1’’. Para exame bioquímico não precisa ser em pote esterilizado, mas para urocultura precisa. Urina de jato médio que despreza o 1º jato. Pode usar em até 4h depois da coleta REFRIGERADO. MICROBIOTA X DISBIOSE MICROBIOTA - É o conjunto de microrganismos em certo local. - Tem grande diversidade de vários microrganismos, e cada um deles em baixa quantidade. - Muitos microrganismos diferentes. DISBIOSE - É o desequilíbrio da microbiota. - Tem baixa diversidade dos microrganismos, tendo grande quantidade de 1 microrganismo. - Sempre é uma infecção/doença, deixando de ser uma colonização. - Crescimento sem controle. - Muitos microrganismos iguais. BACTÉRIA A bactéria não é o Ag, e sim seus componentes são os Ag. CÁPSULA É de polissacarídeos (carboidrato). Serve para proteção. INTRODUÇÃO E BACTÉRIA É hidrofílica, evitando dessecação da bactéria e que fique sem fonte de carbono (se alimenta dela mesmo: autofagia). PAREDE CELULAR Tem proteínas/Ag associadas a ela que se expressa para fora dela, mas a cápsula protege impedindo que o corpo (sistema imune) reconheça esse Ag para não destruir a bactéria. PLASMÍDEO É um DNA de fita dupla. Bônus que fornece mais variabilidade, e consequentemente, maior adaptação. DNA CROMOSSOMAL Por mais que tenha movimento brauniano (fica enrolado), os genes têm seus locais específicos na fita. RIBOSSOMOS Tem duas subunidades, que elas juntas tem o peso (velocidade de sedimentação) de 70s. As subunidades separadas têm peso de 50s e 30s. O antibacteriano tem a toxidade mais seletiva do que um antifúngico. Ele faz síntese de proteína, e o RNAm é formado no citoplasma pois é onde está localizado o DNA cromossomal (transcrição). O RNAm leva a informação até o RNAt que adiciona aa a uma cadeia de aa, formando a proteína (tradução). O RNAm de procarioto não tem íntrons e éxons, portanto não faz splicing. MEMBRANA PLASMÁTICA A cadeia transportadora de elétrons é feita aqui, pois a bactéria não tem mitocôndria. Então a energia ATP é feita aqui. A glicólise e o ciclo de Krebs são feitos no citoplasma. Quem faz isso é bactéria aeróbica. Na respiração anaeróbia têm ciclos parecidos mas que os aceptores finais são sulfeto, nitrito... sem ser o oxigênio para a ter energia. FLAGELO Fornece movimentação. Está ligado com uma porção para dentro da membrana, outra porção entre parede e membrana, e a flagelina sai dela. Ele se movimenta rodando (movimento de Torque). Ele adquire a energia da membrana. FÍMBRIAS Fica na parede ou na membrana. Serve para adesão, pois apresenta polaridade que varia com a superfície que ela está, e isso ajuda na adesão. PILI É alongado, que polimeriza ou despolimeriza, ou seja, por ser uma proteína, é adicionado aa para chegar mais próximo a uma outra bactéria, e depois faz transferência horizontal de genes (principalmente plasmídeo), aumentando a adaptação e variabilidade genética. Confere resistência bacteriana e virulência. Outra forma de aquisição de material genético é pegando fragmentos de material genético que estão distribuídos, e adiciona ao seu, isso é TRANSFORMAÇÃO. MEIOS: - MacConkey. - CLED. ÁGARES: - ágar cromogênico enterobactérias. - ágar cromogênico cândida. - ágar sangue (estreptococos). MacConkey Seu objetivo é ser seletivo e diferencial. É vermelho pois tem um indicador de pH, que é o vermelho de fenol. Esta indica o pH pela fermentação da lactose que vem no meio, sendo possível separar as bactérias que são lac+ (que tem a lactase/operom) e lac-. A cor da colônia das bactérias lac+ é rosa. A cor da colônia das bactérias lac- é bege/incolor. Este meio também tem sais biliares que agem nos lipídeos da membrana externa das gram- da microbiota, inibindo o crescimento delas. Só cresce bactérias gram– que não sejam da microbiota. Usa 1uL, pois este meio faz o crescimento de um só tipo de bactérias em muita quantidade, então não precisa de muito. CLED É um meio não seletivo, que permite o crescimento o crescimento de UROCULTURA gram-, gram+ e leveduras. Não inibe o crescimento de nada. Seu indicador de pH é o azul de bromotimol, que é uma coloração verde quando está neutro; amarelo quando está ácido; azul quando está alcalino. Tem lactose, que serve para indicar se a bactéria é lac+ ou lac-. As colônias das lac+ ficam amarelas, ácidas. As colônias das lac- ficam azul, alcalinas. Este meio também não tem eletrólitos, importante para inibir o crescimento do gram- Proteus, pois ele depende desses eletrólitos para crescer como um véu por todo o meio, o que impede a visualização da presença de qualquer outro patógeno que possa ter no meio. Então, sem esse véu, é possível enxergar o crescimento do Proteus e de outros patógenos, coisa que o MacConkey não impede este crescimento pois é rico em eletrólitos. Usa 10uL pois faz o crescimento de vários tipos de bactérias, precisando de bastante amostra para conseguir identificar o patógeno. .... LEITURA DAS PLACAS Após fazer as placas, deixar descansar 24h. - Fazer caracterização macroscópicas. - Caracterização microscópica. - Identificação bioquímica a partir do gram. 24h depois - Antibiograma/ teste de sensibilidade aos antimicrobianos (TSA). - CLSI, EUCAST, BRCAST são órgãos que regulamentam os protocolos seguidos no antibiograma. 24h depois - Leitura do antibiograma. - Laudo. Erros pré-analítico - Orientação errada da coleta. - Armazenamento incorreto (deixar em temperatura ambiental ou mais de 4h refrigerado). - Etiquetar errado. Erros analíticos - Escolha errada do meio. - Volume da amostra. - Leitura e cultura errada. - Erro na preparação do meio (pH, concentração de ágar e ativos, autoclavagem, escolha da água reagente). Erros pós-analíticos - Entrega errada. - Erro de digitação. O peptídeoglicano é formado por ácido N-acetilglicosamina (N) e ácido N-acetilmurâmico (M). O N só se liga ao M, sendo uma ligação beta 1,4 glicosídica, e quem auxilia nessa ligação é a enzima glicosidase. Um M se liga a outro por pontes de aa. E uma ponte de aa se liga a outra ponte de aa, formando pontes cruzadas, que são ‘’coladas’’ por uma enzima chama transpeptidase, que faz a transpeptidação (ligação das pontes). Tem medicamentos que quebram a glicosidase, assim como a enzima lisozima (encontrada nas lágrimas, saliva...), controlando a quantidade de gram+ que tem nessas regiões. Beta-lactâmicos É um bactericida. São antibióticos que tem 2 anéis aromático com uma hidroxila. Essa hidroxila pode ser substituída pela transpeptidase. Esse antibiótico entra no sítio de ligação dessa transpeptidase, impedindo que ela se ligue, bloqueando esse sítio, sendo uma inibição competitiva. Bloqueando essa ligação, não tem a ponte, então a bactéria fica desestruturada, ocorrendo um desequilíbrio eletrolítico, fazendo ela morrer. - Penicilinas, amoxicilina; - Cefalosporinas; - Monobactâmicos. ANTIBIÓTICO: só quando é natural, composto naturalmente produzido por outro ser vivo que inibe o crescimento de outro ser vivo. Ex: penicilina. Conforme foi usando a penicilina, a bactéria produziu a enzima penicilinase (da classe beta- lactamases) que criou resistência a esse antibiótico. Ela quebrava o anel do MECANISMO DE AÇÃO DOS BETA-LACTÂMICOS beta-lactâmico, impedindoque ele se ligue ao sítio da transpeptidase. Essa penicilina então foi mudada, criando um antibiótico semi- sintético, que é a meticilina/oxacilina, sendo resistente a penicilinase. Depois, as bactérias gram+ (Staphylococcus aureus) alteraram as transpeptidases, fazendo com que a oxacilina/meticilina não reconhecesse. MRSA (staphylococcus aureus resistente a meticilina). Transpeptidases também podem ser chamadas de proteínas ligadoras de penicilina (PLP ou PBP) pela variação entre as bactérias. MC negativo + CLED positivo: gram+ ou levedura. MC positivo + CLED negativo: gram – (fazer coloração de gram para confirmar). MC positivo + CLED positivo: gram-. (imagem anterior) Tem ↑ microrganismos com ↓ carga, que é MICROBIOTA. Resultado: - Ausência de patógeno. - Cultura negativa. - Cultura polimicrobiana. Só libera o resultado de formação de colônia quando está acima de 300 UFC/mL ou UFC/cm3. EXEMPLO: MC 1uL ---- 8 (nº de colônias) 1000 --- x X= 8000 UFC/mL. Este tem que colocar no laudo. CLED 10uL ---- 8 1000 ---- x X= 800UFC/mL. Este tem que colocar no laudo. Caso der menos do que 300, lauda como ‘’cultura negativa’’. URINA CONTINUAÇÃO Na urina tipo 1, caso der positivo para nitrito, significa que tem a presença de enterro bactérias (E. coli, Proteus sp). Se os leucócitos estiverem aumentados (leucocitúria), está com infecção. Se as células descamativas estiverem aumentadas é porque teve contaminação, como não usar a urina de jato médio (dispensar o primeiro jato). ROTINA 1º dia: cultura primária. 2º dia: identificação macro e microscópica e identificação bioquímica. 3º dia: antibiograma. 4º dia: laudo. Identificação macroscópica: tamanho, cor, aspecto (seca ou mucoide), borda (irregular, regular, serrilhada), relevo (plano/achatada, côncavo, convexo, puntiforme). PESQUISA DE LEVEDURA Não cai na prova. Apenas quando o CLED der positivo. Micológico direto Na lâmina coloca salina e a amostra do CLED, adiciona a lamínula e vê em 400x no microscópio. Se der positivo faz cultura de isolamento em ágar Sabourand, que é rico em glicose, ou em ágar CHROMagar em caso de cândida, onde cada espécie de cândida cresce de uma cor. Se for fungo filamentoso, em uma lâmina coloca a amostra junto com o corante lactofenol azul-algodão, e visualiza. Microcultivo Em uma placa, coloca um papel filtro e 2 lâminas cruzadas, em cima adiciona um meio estressor para o fungo com poucos nutrientes, e em cima coloca a amostra e lamínula. Se for levedura, usa o meio fubá, mas se for filamentoso, usa o meio batata. Esses meios servem para estressar o fungo, e com ele estressado começa a se reproduzir. A levedura tem estruturas diferentes dos filamentosos, sendo possível diferenciar uma da outra. A tentativa de reprodução cresce na lamínula, então pega ela, coloca em outra lâmina com salina (se for levedura) ou lactofenol (se for filamentoso). MC e CLED. IDENTIFICAÇÃO BIOQUÍMICA 1°- coloração de gram. O nosso deu gram+. - Realizar a catalase (fator de coagulação) que, se for positivo, vai produzir bolhas na presença de peróxido de oxigênio (quebra ele e libera O2 em forma de bolhas). Se for catalase negativo, não ocorre isso. - GRUPO SKAPE – Grupo de bactérias que são mais comuns isoladas em ambientes de assistência à saúde (hospital), que causam infecções. Elas são muito resistentes a muitos microbianos. E: Enterococcus falcium/ fecalis. CATALASE GRAM+. S: Staphylococcus aureus. CATALASE GRAM+. K: Klebsiella pneumonial. GRAM- FERMENTADORA. A: Acinetobacter baumannii. GRAM- NÃO FERMENTADORA. P: Psedomonas aeruginosa. GRAM- NÃO FERMENTADORA. E: Enterobacter. GRAM- FERMENTADORA. ------------- Catalase positivo Staphylococcus sp e Micrococcus sp. Meio de cultura: - É o Manitol salgado pois tem 6,5% de NaCl (essas bactérias são halófilos e halotolerantes). - Nesse meio é adicionado um açúcar manitol, pois algumas bactérias podem ser fermentadoras desse açúcar. Junto com ele precisa ser colocado o indicador de pH vermelho de fenol (bactéria manitol positivo fica com o meio amarelo, e se for fermentadora negativo o meio fica rosa). - É feito uma pesquisa do teste de coagulase, que verifica a formação de coágulos/fator de coagulação em volta dela. Se isso ocorrer, é preocupante pois no nosso organismo UROCULTURA ela realiza isso para não ser atingida por nossas células de defesa (coagulase positivo). NÃO É USADO EM ROTINA NO BRASIL, é automatizado. - É feito também o teste de resistência intrínseca. Resistência intrínseca é a resistência que a bactéria já tem em seu gene do DNA cromossomal, não foi adquirida de outra bactéria. Ex: capacidade de alterar permeabilidade da membrana, bomba de efluxo. Não altera o antibiótico! Os antibióticos testados são: - Novabiocina. - Polimicina. A resistência adquirida é aquela encontrada nos hospitais, que está nos genes dos plasmídeos, transferido horizontalmente entre as bactérias. Essas bactérias produzem enzimas que são capazes de alterar o formato do antibiótico, inativando-o de forma irreversível. (Aqui realiza o antibiograma). Catalase negativo A forma de diferenciar os dois abaixo é verificando a hidrólise da bile, pois usa um meio de cultura que tem bile. Ela, quando hidrólise, libera ferro que oxida o meio e fica escuro. É o teste de bile esculina. Enterococcus sp Realizam a hidrólise da bile. Crescem em uma concentração de sal acima do normal, em 6,5% de NaCl. São bactérias halotolerantes. Streptococcus sp Não realiza a hidrólise da bile. Crescem em ágar sangue, que é um meio enriquecido com 5% de sangue de carneiro desfibrinado (para não ocorre coagulação), bom para verificar hemólise. Nesse ágar também é adicionado concentração baixa de CO2, junto com uma baixa concentração ou NADA de O2 (a bactéria fica em um meio com anaerobiose). Hemólise Quando a hemácia é quebrada é formada a globina e o grupo heme. A globina é uma proteína. O grupo heme é metabolizado, formando biliverdina e depois a bilirrubina, que esta será excretada. Se a bactéria for parcialmente hemolítica, ela chega a uma hemólise parcial, convertendo o heme a somente biliverdina, sendo uma hemólise alfa. BACTÉRIA ALFA HEMOLÍTICA. Forma um halo esverdeado na colônia. Mas, se a bactéria for total hemolítica, ela converte o heme até a bilirrubina, sendo uma hemólise beta. BACTÉRIA BETA HEMOLÍTCA. Forma um halo amarelado na colônia. E se a bactéria não converter nada, o heme estiver inteiro, é uma gama hemólise. BACTÉRIA GAMA HEMOLÍTICA. O grupo hemolítico ajuda a saber qual o tipo de strepto que é. Para Enterococcus e Streptococcus também pode ser feito um teste de resistência intrínseca com os antibióticos: - Optoquina. - Bacitracina. - Sulfametoxazol-trimetropim (sulfazotrim).
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