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Relatórios de Estágio em Assistência Farmacêutica

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Introdução ................................................................................................. pág. 03 
Atividade 1................................................................................................ pág. 05 
Atividade 2................................................................................................ pág. 14 
Atividade 3................................................................................................ pág. 15 
Atividade 4................................................................................................ pág. 18 
Atividade 5................................................................................................ pág. 28 
2 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
 
Neste portifólio traremos a suma importância do Estágio em Assistência 
Farmacêutica que prevê o objetivo capacitar o aluno para o exercício das atividades 
técnico gerenciais e técnico assistenciais que compõem o ciclo da Assistência 
Farmacêutica, mais especificamente aquelas voltadas à prática clínica, utilizando 
cenários de práticas diversificados, com ênfase na comunidade em que o estagiário 
está inserido, em equipes interdisciplinares, e direcionadas para o Sistema Único de 
Saúde. Atividades estas que serão faladas detalhadamente ao decorrer deste: 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatórios de Estágio 
Atividades 
4 
 
Atividade 01 – Realizar levantamento dos medicamentos disponíveis para 
dispensação nas farmácias comunitárias da região que cada estagiário mora. 
 
1- Tabela da relação de Medicamentos: 
 
NOME GENÉRICO NOME COMERCIAL RENAME REME 
LINEZOLIDA 600MG/300ML ZYVOX SIM SIM 
ANFOTERICINA B LIPOSOMAL AMBISOME SIM SIM 
ALTEPLASE 50MG FR.AMP ACTILYSE SIM SIM 
ENOXAPARINA 40MG CLEXANE SIM SIM 
HIDROCORTISONA, SUC. De 100mg GENÉRICO SIM SIM 
ALBUMINA HUMANA 20% GRIFFOLS SIM SIM 
 
ÁGUA PARA INJEÇÃO amp 10mL 
ÁGUA PARA 
INJEÇÃO 
 
SIM 
 
SIM 
GLICOSE 5% 500ml GENÉRICO SIM SIM 
DIPIRONA 500mg/ml C/ 2ml GENÉRICO SIM SIM 
ACICLOVIR 250mg ZOVIRAX SIM SIM 
HEPARINA 5000 U.I./5ML GENÉRICO SIM SIM 
LEVOFLOXACINO 500mg inj GENÉRICO SIM SIM 
BICARBONATO DE SODIO 8,4% c/ 250ml GENÉRICO SIM SIM 
NALOXONA 0,4MG/ML GENÉRICO SIM SIM 
GLICOSE 5% 250ML GENÉRICO SIM SIM 
CEFTRIAXONA 1G ROCEFIN SIM SIM 
PREDNISONA DE 20MG CP GENÉRICO SIM SIM 
DIPIRONA 500mg/ml c/20ml GENÉRICO SIM SIM 
SAIS P/ REIDRATAÇÃO ORAL ENV. 27,9 G PRATI-SAL SIM SIM 
IMUNOGLOBULINA ANTI-Rho (D) AMP. DE 1,5ML RHOPHYLAC SIM SIM 
AMIODARONA, CLOR de. 150mg c/ 3ml GENÉRICO SIM SIM 
LIDOCAINA 2% GEL 100mg c/ 15gr LABCAINA SIM SIM 
DEXAMETASONA, FOSFATO DE 4MG/ML COM 
2,5ML 
 
GENÉRICO 
 
SIM 
 
SIM 
FUROSEMIDA 10mg/ml c/ 2ml GENÉRICO SIM SIM 
SULFADIAZINA DE PRATA 1% CREME DE 50GR GENÉRICO SIM SIM 
INSULINA REGULAR FR. AMPOLA DE 100 U.I/ML 
COM 
 
HUMULIN R 
 
SIM 
 
SIM 
HIDROCORTISONA CREME 1% GENÉRICO SIM SIM 
BUPIVACAÍNA,CLOR.de, 0,5% s/Vaso 20ml GENÉRICO SIM SIM 
BUPIVACAÍNA ISOBÁRICA 5mg c/4ml GENÉRICO SIM SIM 
CLOPIDOGREL 75mg GENÉRICO SIM SIM 
FENITOÍNA 50mg/ml AMP c/ 5ml GENÉRICO SIM SIM 
ACIDO ACETILSALICÍLICO 100mg AAS SIM SIM 
DOPAMINA, CLORIDRATO DE 50MG COM 10ML GENÉRICO SIM SIM 
PARACETAMOL 200mg/ml c/ 20ml GENÉRICO SIM SIM 
CARVEDILOL 3,125MG DIVELOL SIM SIM 
HALOPERIDOL AMP. DE 5 MG/ 1 ML GENÉRICO SIM SIM 
SINVASTATINA 20MG COMP GENÉRICO SIM SIM 
5 
 
 
 
AMOX+ CLAV DE POTASSIO 500mg + 125mg CLAVULIN SIM SIM 
AMITRIPTILINA 25MG GENÉRICO SIM SIM 
CARVEDILOL 12,5mg DIVELOL SIM SIM 
 
 
 
 
Pesquisa de Medicamento: 
 
 
Bissulfato de Clopidogrel 
 
 
• Composição: 
Pincípio Ativo: Bissulfato de Clopidrogrel 
Nome Comercial e de Referência: Plavix® 
Cada comprimido revestido contém: clopidogrel 75 mg (correspondente a 97,875 
mg de bissulfato de clopidogrel) excipientes q.s.p. 1 comprimido (celulose 
microcristalina, croscarmelose sódica, manitol, dióxido de silício, copovidona, 
estearilfumarato de sódio, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, talco, óxido 
de ferro vermelho). 
 
• Indicação 
O bissulfato de clopidogrel é indicado para a prevenção dos eventos 
aterotrombóticos, como por exemplo, infarto agudo do miocárdio (IM) (infarto do 
coração), acidente vascular cerebral (AVC) (derrame) e morte vascular em pacientes 
adultos que apresentaram IM ou AVC recente ou uma condição conhecida como 
doença arterial periférica. Síndrome Coronária Aguda: nos pacientes com Síndrome 
Coronária Aguda (SCA) [angina instável (tipo severo de dor no peito) ou IM], incluindo 
tanto aqueles controlados clinicamente, quanto os submetidos à Intervenção Coronária 
Percutânea com ou sem colocação de stent (prótese nas artérias do coração). 
Fibrilação Atrial: o bissulfato de clopidogrel é indicado em adultos para a 
prevenção de eventos aterotrombóticos e tromboembólicos (quadros específicos 
caracterizados pela formação de um coágulo de sangue no interior de um vaso 
sanguíneo) em pacientes com fibrilação atrial (FA) (tipo de arritmia onde há batimentos 
6 
 
rápidos e desordenados do coração) que possuem pelo menos um fator de risco para 
a ocorrência de eventos vasculares (por exemplo, derrame, infarto do coração) e que 
não podem fazer uso do tratamento com medicamentos conhecidos como 
“antagonistas da vitamina K” (AVK) (ex. risco de sangramento ou avaliação médica que 
concluiu que o uso de AVK é inapropriado). 
O bissulfato de clopidogrel é indicado em combinação com o ácido acetilsalicílico 
(AAS) na prevenção de eventos aterotrombóticos e tromboembólicos, incluindo 
derrame cerebral. Este medicamento em combinação com AAS demonstrou reduzir a 
taxa de derrame cerebral, infarto do coração, embolismo sistêmico fora do sistema 
nervoso central (obstrução de um vaso ou artéria do corpo que não seja no sistema 
nervoso central), ou morte vascular. 
 
• Posologia 
Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral. 
O bissulfato de clopidogrel pode ser administrado antes, durante ou após as refeições. 
Nas situações de IM e AVC isquêmico recentes ou doença arterial periférica 
estabelecida, a dose recomendada de bissulfato de clopidogrel é de 75 mg em dose 
única diária. 
Síndrome Coronária Aguda: para pacientes com SCA sem elevação do 
segmento ST (angina instável ou IM sem presença de onda Q (tipo de alteração ao 
eletrocardiograma)), bissulfato de clopidogrel deve ser iniciado com dose de ataque de 
300 mg e mantido com uma dose única diária de 75 mg. O AAS (75 a 325 mg em dose 
única diária) deve ser iniciado e continuado em combinação com este medicamento. 
Para pacientes com IM com elevação do segmento ST (tipo de alteração ao 
eletrocardiograma), a dose recomendada de bissulfato de clopidogrel é de 75 mg em 
dose única diária, administrada em associação com AAS, com ou sem trombolítico 
(medicamentos utilizados para reduzir a coagulação sanguínea). O bissulfato de 
clopidogrel deve ser iniciado com ou sem dose de ataque. Este medicamento pode ser 
administrado com ou sem alimentos. 
Pacientes com fibrilação atrial: é recomendado o uso por via oral de 1 
comprimido de bissulfato de clopidogrel 75 mg ao dia. O AAS (75 a 100 mg ao dia) 
deve ser usado junto com o bissulfato de clopidogrel, desde o início e por todo o 
período de tratamento. 
7 
 
Não há estudos dos efeitos de bissulfato de clopidogrel administrado por vias não 
recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, 
a administração deve ser somente por via oral conforme recomendado pelo médico. 
 
Populações especiais Farmacogenética: pacientes que apresentam um estado de 
metabolizador lento da enzima CYP2C19 (enzima localizada no fígado) apresentam 
uma diminuição da resposta antiplaquetária do clopidogrel. Uma posologia maior para 
estes pacientes aumenta a resposta antiplaquetária. O uso de doses maiores de 
clopidogrel deve ser considerado,porém a posologia apropriada para esta população 
de pacientes não foi estabelecida em ensaios clínicos. 
Pacientes idosos: nenhum ajuste na dosagem se faz necessário para os 
pacientes idosos. 
Pacientes com insuficiência nos rins e no fígado: nenhum ajuste na dosagem 
se faz necessário. 
Pacientes pediátricos: a segurança e a eficácia não foram estabelecidas na 
população pediátrica. 
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses 
e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de 
seu médico. 
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado. 
 
 
• Reações adversas 
Seguinte taxa de frequência para as reações adversas é utilizada, quando 
aplicável: 
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este 
medicamento); reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este 
medicamento); reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam 
este medicamento); reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam 
este medicamento); reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que 
utilizam este medicamento); desconhecida (não pode ser estimada pelos dados 
disponíveis). 
 
Sistema Nervoso Central e Periférico: 
8 
 
• Incomum: dor de cabeça, tontura, parestesia (sensação de formigamento e 
entorpecimento); 
• Rara: tontura. 
Gastrintestinais (estômago e intestino): 
• Comum: indigestão, dor abdominal e diarreia; 
• Incomum: enjoo, gastrite (inflamação no estômago), flatulência (excesso de gás 
no estômago ou intestino), prisão de ventre, vômito, úlcera gástrica (lesão no 
estômago), úlcera duodenal (lesão em uma parte do intestino chamada duodeno). 
Plaquetas, sangramento e distúrbios da coagulação: 
• Incomum: aumento do tempo de sangramento, decréscimo do número de 
plaquetas (fragmentos de células presentes no sangue, cuja função é a formação de 
coágulos). 
Pele e anexos: 
• Incomum: erupção na pele e coceira. 
Glóbulos Brancos e Sistema Retículo Endotelial: 
• Incomum: leucopenia (redução do número de glóbulos brancos no sangue), 
diminuição de neutrófilos (uma classe de células sanguíneas brancas) e eosinofilia 
(situação na qual a percentagem de eosinófilos, um tipo de célula sanguínea branca, 
está aumentada). 
Reações Adversas após o início da comercialização: 
As frequências para as seguintes reações adversas são desconhecidas (não 
podem ser estimadas pelos dados disponíveis). 
Sangue e sistema linfático: 
• Casos graves de sangramentos principalmente na pele, sistema músculo 
esquelético, olhos (conjuntiva, ocular e retina), e sangramento do trato respiratório, 
sangramento nasal, sangue na urina, e hemorragia de ferida operatória, casos de 
sangramentos com resultados fatais [especialmente hemorragias intracranianas 
(sangramento dentro da cabeça), gastrintestinais (no estômago e intestino) e 
retroperitoneais (região posterior do peritônio que é uma camada de tecido que reveste 
a cavidade abdominal e cobre a maioria das vísceras)], agranulocitose (falta ou 
redução acentuada de glóbulos brancos), anemia aplástica/ pancitopenia (diminuição 
global de células no sangue), púrpura trombocitopenia trombótica (PTT) (distúrbio 
9 
 
sanguíneo grave caracterizado pela doença dos pequenos vasos, ou seja, os capilares, 
e aumento da agregação das plaquetas), hemofilia A adquirida. 
Sistema imunológico (de defesa): 
• Reação anafilática (reação alérgica), doença do soro (reação alérgica tardia com 
urticária, febre, mal-estar secundária a medicamentos ou antissoro). 
• Reação cruzada de hipersensibilidade à droga entre tienopiridinas (como 
ticlopidina, prasugrel) (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”). 
Alterações psiquiátricas: 
• Confusão, alucinação. 
Sistema nervoso: 
• Alteração no paladar. 
Sistema vascular: 
• Inflamação dos vasos sanguíneos, pressão arterial baixa. 
Distúrbios respiratórios, torácicos e no mediastino: 
• Broncoespasmo (contração dos brônquios e bronquíolos), pneumonia intersticial 
(doença que afeta o pulmão), pneumonia eosinofílica [acúmulo de eosinófilos no 
pulmão (tipo de glóbulo branco)]. 
Distúrbios gastrintestinais (do estômago e intestino): 
• Colite (inflamação do colo, parte do intestino) (incluindo ulcerativa ou colite linfocítica), 
pancreatite (inflamação do pâncreas), estomatite (inflamação na boca). 
Distúrbios hepatobiliares: 
• Hepatite (inflamação no fígado) (não infecciosa), insuficiência hepática (redução 
grave da função do fígado) aguda. 
Pele e tecido subcutâneo: 
• Erupção maculopapular, eritematosa ou esfoliativa, urticária, coceira, 
angioedema (inchaço na pele), dermatite bolhosa [eritema (vermelhidão) multiforme], 
síndrome de Stevens-Johnson (forma grave de erupção bolhosa), necrólise epidérmica 
tóxica (doença onde grandes extensões da pele ficam vermelhas e morrem), pustulose 
exantemática generalizada aguda – PEGA (caracteriza-se por quadro febril associado 
ao aparecimento súbito de lesões avermelhadas com edema), síndrome de 
hipersensibilidade medicamentosa, erupção cutânea medicamentosa com aumento de 
eosinófilos (tipo de glóbulo branco) e sintomas gerais, eczema (doença inflamatória da 
10 
 
pele), líquen planus (doença da pele e membranas mucosas que causa coceira e 
inflamação). 
Aparelho músculo esquelético, tecido conectivo e medula óssea: 
• Dor nas juntas, inflamação nas juntas, inflamação dos músculos. 
Distúrbios urinário e renal: 
• Glomerulopatia (doença que acomete o glomérulo, principal estrutura do rim 
responsável pela filtração do sangue). 
Sistema Reprodutivo e distúrbios da mama: 
• Ginecomastia (aumento das mamas em homens). 
Alterações gerais e condições no local da administração: 
• Febre. 
Investigações: 
• Teste de função do fígado anormal e aumento da creatinina sanguínea (teste 
que avalia a função renal). 
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento 
de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa 
através do seu serviço de atendimento. 
 
• Interações medicamentosas: 
Trombolíticos (medicamentos usados para inibir a coagulação sanguínea): a 
segurança do uso em associação de clopidogrel, trombolíticos e heparina foi estudada 
em pacientes com IM. A incidência de hemorragias clinicamente significativas foi 
similar àquela observada quando foram administrados trombolíticos associados com 
heparina e AAS. 
Inibidores da glicoproteína IIb/IIIa (medicamentos usados para inibir a 
coagulação sanguínea): como há a possibilidade de interação entre clopidogrel e os 
inibidores da glicoproteína IIb/IIIa, a utilização em associação desses dois produtos 
deve ser feita com cautela. 
Anticoagulantes injetáveis (como por exemplo, a heparina): como há uma 
possibilidade de interação entre o clopidogrel e a heparina, o uso concomitante 
necessita ser feito com cuidado. 
11 
 
Anticoagulante oral: devido ao risco aumentado de sangramento o uso em 
associação de varfarina e clopidogrel necessita ser avaliado com cautela. 
Ácido acetilsalicílico (AAS): devido a uma possível interação entre o clopidogrel 
e o AAS, o uso em associação desses dois produtos deve ser feito com cautela. 
Entretanto a associação de clopidogrel e AAS (75 - 325 mg uma vez ao dia) tem sido 
feita por até um ano. 
Anti-inflamatórios não esteroidais - AINEs (medicamentos que tratam as 
inflamações): o uso de AINEs e clopidogrel em associação deve ser feito com cautela. 
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs): como estes 
medicamentos afetam a ativação plaquetária e aumentam o risco de sangramento, a 
administração concomitante de clopidogrel com os inibidores seletivo da recaptação 
de serotonina deve ser realizada com cautela. 
Outras terapias concomitantes: uma vez que clopidogrel produz um metabólito 
ativo através da enzima CYP2C19 (enzima do fígado), seria esperado que o uso de 
medicamentosque inibem a atividade desta enzima resulte na diminuição do nível do 
metabólito ativo de clopidogrel. 
O uso concomitante de inibidores fortes ou moderados da enzima CYP2C19 (por 
exemplo, omeprazol e esomeprazol) é desaconselhado. Caso um inibidor de bomba 
de próton seja usado concomitantemente ao clopidogrel, considerar o uso de um com 
menos atividade inibidora da CYP2C19, como o pantoprazol. 
Em dois estudos realizados, clopidogrel (dose padrão) foi usado em associação 
com omeprazol 80 mg. Em um destes estudos os dois fármacos foram administrados 
no mesmo horário e no segundo estudo, com diferença de 12 horas. 
Estes estudos demonstraram resultados similares onde houve a diminuição tanto 
no nível do metabólito ativo do clopidogrel quanto na inibição da agregação plaquetária. 
Em outro estudo que analisou o uso concomitante de clopidogrel (dose padrão) e 
pantoprazol 80 mg, observou-se também a diminuição tanto no nível do metabólito 
ativo doclopidogrel quanto na inibição da agregação plaquetária, porém, com índices 
menores que os observados com o omeprazol. 
Outros estudos clínicos foram conduzidos demonstrando o uso do clopidogrel 
com outras medicações, de modo a investigar as possíveis interações. Não foram 
observadas interações clinicamente importantes quando o clopidogrel foi usado em 
12 
 
associação com o atenolol ou com a nifedipina ou ainda o clopidogrel usado junto com 
o atenolol e a nifedipina. Além disso, a atividade de clopidogrel não foi influenciada 
pela administração em conjunto com fenobarbital ou estrogênio. 
As farmacocinéticas da digoxina ou da teofilina não foram alteradas pela 
administração concomitante de clopidogrel. 
Os antiácidos não alteraram a absorção do clopidogrel. 
A coadministração de clopidogrel e varfarina aumenta o risco de sangramento 
devido aos efeitos independentes na homeostase. No entanto, em altas concentrações 
in vitro, clopidogrel inibe a CYP2C9. É improvável que clopidogrel possa interferir com 
o metabolismo de medicamentos como a fenitoína, tolbutamida e AINE que são 
metabolizados pelo citocromo P-450 2C9 (enzimas do fígado). 
Além dos estudos de interação específicos anteriormente mencionados, os 
pacientes admitidos nos estudos clínicos amplos (CAPRIE e CURE) receberam uma 
variedade de medicações concomitantes, incluindo diuréticos (medicamentos que 
provocam o aumento na eliminação de urina), betabloqueadores (medicamentos que 
agem no sistema cardiovascular), inibidores da enzima de conversão da angiotensina 
(ECA) (medicamentos usados no tratamento da pressão alta), antagonistas do cálcio 
(medicamentos utilizados no tratamento de algumas doenças do coração e da pressão 
alta), agentes redutores do colesterol, vasodilatadores coronarianos (medicamentos 
que causam a dilatação dos vasos do coração), agentes antidiabéticos (incluindo 
insulina), agentes antiepiléticos (que tratam a epilepsia), antagonistas GPIIb/IIIa 
(medicamentos usados no IM) e terapia de reposição hormonal, sem evidência de 
interações adversas clinicamente significativas. 
Interação em exames laboratoriais e não laboratoriais: foram detectados 
muito raramente alterações nos testes de função hepática e aumento da creatinina 
sanguínea. 
13 
 
Atividade 02 – Elaborar uma tabela com os nomes dos princípios ativos e 
construir uma curva ABC de dispensação desses medicamentos. Como continuação 
da tabela, fazer levantamento para identificar e deixar em destaque o medicamento de 
referência de cada um dos medicamentos da tabela. 
 
2- Tabela da relação de Medicamentos: 
 
NOME GENÉRICO NOME COMERCIAL VALOR CONS. ACUM. % SOBRE O VALOR TOT. ACUM ABC 
LINEZOLIDA 600MG/300ML ZYVOX 6447,42 44,2 A 
ANFOTERICINA B LIPOSOMAL AMBISOME 9341,28 64,0 A 
ALTEPLASE 50MG FR.AMP ACTILYSE 10870,30 74,4 A 
ENOXAPARINA 40MG CLEXANE 12056,51 82,6 B 
HIDROCORTISONA, SUC. de 100mg GENÉRICO 12671,38 86,8 B 
ALBUMINA HUMANA 20% GRIFFOLS 12913,38 88,4 B 
AGUA PARA INJEÇÃO amp 10mL AGUA PARA INJEÇÃO 13117,50 89,8 B 
GLICOSE 5% 500ml GENÉRICO 13301,72 91,1 B 
DIPIRONA 500mg/ml C/ 2ml GENÉRICO 13457,59 92,2 B 
ACICLOVIR 250mg ZOVIRAX 13576,57 93,0 B 
HEPARINA 5000 U.I./5ML GENÉRICO 13673,66 93,6 B 
LEVOFLOXACINO 500mg inj GENÉRICO 13770,50 94,3 B 
BICARBONATO DE SODIO 8,4% c/ 250ml GENÉRICO 13843,87 94,8 B 
NALOXONA 0,4MG/ML GENÉRICO 13905,86 95,2 C 
GLICOSE 5% 250ML GENÉRICO 13965,98 95,6 C 
CEFTRIAXONA 1G ROCEFIN 14020,97 96,0 C 
PREDNISONA DE 20MG CP GENÉRICO 14073,86 96,4 C 
DIPIRONA 500mg/ml c/20ml GENÉRICO 14126,38 96,7 C 
SAIS P/ REIDRATAÇÃO ORAL ENV. 27,9 G PRATI-SAL 14171,74 97,1 C 
IMUNOGLOBULINA ANTI-RHo (D) AMP. DE 1,5ML RHOPHYLAC 14216,74 97,4 C 
AMIODARONA, CLOR de . 150mg c/ 3ml GENÉRICO 14259,53 97,7 C 
LIDOCAINA 2% GEL 100mg c/ 15gr LABCAINA 14299,85 97,9 C 
DEXAMETASONA,FOSFATO DE, 4MG/ML COM 2,5 GENÉRICO 14339,90 98,2 C 
FUROSEMIDA 10mg/ml c/ 2ml GENÉRICO 14374,73 98,4 C 
SULFADIAZINA DE PRATA 1% CREME DE 50GR GENÉRICO 14408,48 98,7 C 
INSULINA REGULAR FR.AMPOLA DE 100 U.I/ML C HUMULIN R 14441,88 98,9 C 
HIDROCORTISONA CREME 1% GENÉRICO 14468,45 99,1 C 
BUPIVACAÍNA,CLOR.de, 0,5% s/Vaso 20ml GENÉRICO 14485,87 99,2 C 
BUPIVACAÍNA ISOBÁRICA 5mg c/4ml GENÉRICO 14502,89 99,3 C 
CLOPIDOGREL 75mg GENÉRICO 14515,83 99,4 C 
FENITOÍNA 50mg/ml AMP c/ 5ml GENÉRICO 14527,31 99,5 C 
ACIDO ACETILSALICÍLICO 100mg AAS 14538,53 99,6 C 
DOPAMINA, CLORIDRATO DE, 50MG COM 10ML GENÉRICO 14547,92 99,6 C 
PARACETAMOL 200mg/ml c/ 20ml GENÉRICO 14557,23 99,7 C 
CARVEDILOL 3,125MG DIVELOL 14566,00 99,8 C 
HALOPERIDOL AMP. DE 5 MG/ 1 ML GENÉRICO 14573,97 99,8 C 
SINVASTATINA 20MG COMP GENÉRICO 14581,80 99,9 C 
AMOX+ CLAV DE POTASSIO 500mg + 125mg CLAVULIN 14589,12 99,9 C 
AMITRIPTILINA 25MG GENÉRICO 14595,40 100,0 C 
CARVEDILOL 12,5mg DIVELOL 14601,52 100,0 C 
 
Abaixo está o link para acessar a tabela Curva ABC completa: 
CURVA ABC 2013 FARMÁCIA HFAB.xlsx 
14 
 
Atividade 03 – Fazer levantamento de novos medicamentos que são prescritos 
e dispensados no SUS, como antirretrovirais: antes da exposição e após a exposição. 
 
3- Tabela da relação de Medicamentos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pesquisa de Medicamento: 
 
 
Nevirapina 
 
 
• Composição: 
Princípio Ativo: nevirapina; 
Nome Comercial e de Referência: Viramune® 
É um fármaco utilizado no tratamento da AIDS. Age inibindo a replicação do HIV 
e aumenta a produção de células CD4.[1] Nevirapina não cura o HIV ou a AIDS. As 
15 
 
pessoas que tomam nevirapina podem ainda ter infecções comuns em pessoas com 
HIV (infecções oportunistas). Portanto, é muito importante que o paciente fique sob os 
cuidados médicos. 
Nevirapina não cura o HIV ou a AIDS. As pessoas que tomam nevirapina podem 
ainda ter infecções comuns em pessoas com HIV (infecções oportunistas). Portanto, é 
muito importante que o paciente fique sob os cuidados médicos. 
 
• Indicação: 
Nevirapina é indicado em associação com outros agentes antirretrovirais para o 
tratamento de pacientes infectados pelo HIV-1. A resistência do vírus aparece rápida e 
uniformemente quando se administra este medicamento como monoterapia. Portanto, 
este medicamento deve sempre ser administrado em associação com, no mínimo, dois 
agentes antirretrovirais adicionais (como recomendado nas diretrizes 
internacionalmente reconhecidas). 
Este medicamento é indicado na prevenção da transmissão materno-infantil do 
HIV-1 no caso de mulheres grávidas que não estiverem recebendo terapia antiretroviral 
altamente ativa (HAART- highly active antiretroviral therapy) durante o trabalho do 
parto. 
 
• Posologia: 
Frasco de Nevirapina suspensão oral deve ser agitado antes da administração. É 
importante administrar a quantidade exata da dose recomendada da solução. 
Composição da cápsula: Sulfato de atazanavir 200 mg: gelatina e corante FD&C 
azul n°2 e dióxido de titânio. Sulfato de atazanavir 300 mg: gelatina, corante FD&C azul 
n°2, dióxido de titânio, óxido deferro preto, óxido de ferro vermelho e óxido de ferro 
amarelo. As cápsulas são impressas com tinta contendo goma-laca, dióxido de titânio, 
corante FD&C azul n°2, álcool isopropílico, hidróxido de amônio, propilenoglicol, álcool 
n-butílico, simeticona e álcool desidratado.A substância ativa deste medicamento é 
indicada em combinação com outros agentes antirretrovirais para o tratamento da 
infecção por HIV-11. 
Esta indicação está baseada em análises de níveis plasmáticos de RNA de HIV- 
1 e contagem de células CD4+ de estudos controlados de 96 semanas de duração em 
pacientes sem tratamento prévio com antirretroviral e 48 semanas de duração em 
16 
 
pacientes adultos ou pediátricos acima de 6 anos de idade previamente tratados com 
antirretrovirais. 
Posologia: Pacientes adultos sulfato de atazanavir cápsulas deve ser 
administrado concomitantemente com alimentos. A dose oral recomendada de sulfato 
de atazanavir é a seguinte: 
• Pacientes sem tratamento prévio: - sulfato de atazanavir 300 mg (1 
cápsula de 300 mg ou 2 cápsulas de 150mg) uma vez ao dia mais ritonavir 
100 mg uma vez ao dia concomitantemente com alimentos. 
• Pacientes com tratamento prévio: - sulfato de atazanavir 300 mg (1 cápsula 
de 300 mg ou 2 cápsulas de 150mg) deve ser administrado uma vez ao 
dia com ritonavir 100 mg uma vez ao dia concomitantemente com 
alimentos. 
 
Exigência legal de dispensação: 
PORTARIA Nº 344, DE 12 DE MAIO DE 1998(*) 
Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a 
controle especial. 
(se exige receituário especial e qual é a legislação que versa a respeito) (Sujeitas 
a Receituário do Programa da DST/AIDS ou Sujeitas a Receita de 
Controle Especial em duas vias) 
1) ficam também sob controle, todos os sais e isômeros das substâncias 
enumeradas acima; 
2) os medicamentos à base de substâncias antirretrovirais acima elencadas, 
devem ser prescritos em receituário próprio estabelecido pelo Programa de 
DST/AIDS do Ministério da Saúde, para dispensação nas farmácias 
hospitalares/ambulatoriais do Sistema Público de Saúde; 
3) os medicamentos à base de substâncias antirretrovirais acima elencadas, 
quando dispensados em farmácias e drogarias, ficam sujeitos a venda sob 
Receita de Controle Especial em 2 (duas) vias. 
17 
 
Atividade 04 – Realizar levantamento em referências de como deve ser a 
abordagem ao paciente transexual. 
 
Prevenção Combinada como política pública amplia cuidados ao HIV e ISTs 
“Perdi muitos amigos e amigas para o HIV, independentemente da orientação 
sexual. Você não precisa ter uma vida sexual tão ativa, mas tem que se prevenir!”, 
contou Stefani Brasil, de 49 anos. Mulher trans e ativista pelos direitos da população 
LGBTQI+, é uma das usuárias do Programa Municipal de IST/Aids. Como proposta de 
efetivação da Prevenção Combinada, como preconiza o Ministério da Saúde, a 
Secretaria de Saúde oferta de forma gratuita um grande aliado da saúde pública na 
prevenção ao HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis 
(IST): a Profilaxia Pós-exposição (PEP). Disponível 24 horas no Pronto Socorro 
Central, UMPA de Nova Cidade e UPA do Pacheco, a medicação é utilizada em casos 
de acidentes biológicos em ambientes de cuidado a saúde, vítimas de estupro e casos 
de relações sexuais consentidas sem camisinha. Só neste ano, mais de 20 pessoas já 
realizaram o uso da profilaxia após a exposição ao vírus. O protocolo recomenda que 
os medicamentos – tenofovir, lamivudina e dolutegravir – utilizados para o 
tratamento sejam ministrados até 72 horas. O ideal é que seu uso seja feito nas 
primeiras duas horas após a exposição ao risco. Ao todo, são 28 dias consecutivos de 
uso dos quatro medicamentos antirretrovirais. Em 2019, 196 pessoas realizaram o uso 
dos medicamentos para casos de exposição sexual consentida, 117 em casos de 
acidentes biológicos e 19 para casos de estupro. Além 
do PEP, a rede de saúde também oferta a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). O PrEP é 
uma medicação de uso contínuo e diário que cria uma barreira de proteção antes de 
uma possível exposição ao vírus HIV. No Brasil, o tratamento virou política pública 
através do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2017. Em maio de 2019 foi 
implementado em São Gonçalo, através do Programa Municipal de Ist/Aids. O 
tratamento tem como público prioritário pessoas trans, profissionais do sexo, 
homens que fazem sexo com homens e parceiros soro diferentes (quando uma 
pessoa está infectada com o vírus HIV e outra não). 
O tratamento funciona na característica de livre demanda e portas abertas. Ou 
seja, sendo do grupo prioritário basta comparecer à Clínica. No local será 
realizada uma entrevista e no mesmo dia o paciente realiza o teste rápido e passa 
18 
 
pelo atendimento médico, onde a pessoa recebe o encaminhamento para exames 
laboratoriais como hemograma, dentre outros. 
 
"Temos tido um resultado muito positivo. A proposta da prevenção combinada é 
fundamental e foi um ganho muito grande, uma vez que não precisamos encaminhar 
a nossa população chave para outras cidades. Aqui mesmo é possível fazer o 
tratamento!”, destacou a coordenadora do Programa Municipal de Ist/Aids, Monique 
Gonzalez. 
 
https://servicos.saogoncalo.rj.gov.br/noticiaCompleta.php?cod=10393&tipoNoticia=Sa%FAde 
 
 
Este artigo discute as mudanças e as continuidades na experiência social da 
homossexualidade masculina e da epidemia de HIV-aids no Brasil a partir da noção de 
geração. Privilégio dois marcos temporais: dos que vivenciaram a emergência da aids 
nos anos 1980 e dos que com ela se defrontaram a partir da implementação das 
terapias antirretrovirais, da segunda metade dos anos 1990 em diante. Para 
caracterizar o conjunto geracional mais velho, valho-me de resultados de pesquisas 
qualitativas junto a pessoas que se identificam como “gays” e compartilham uma 
situação de classe média, com escolaridade elevada, majoritariamente brancos, na 
faixa etária dos 50 aos 70 anos. Para o conjunto mais jovem, lido com dados de 
pesquisas com jovens sobre prevenção da AIDS e trago resultados preliminares de 
uma pesquisa exploratória sobre perfis de soropositivos encontrados em aplicativos de 
busca por parceiros sexuais. A discussão problematiza a crescente responsabilização 
individual pela gestão dos riscos e dos cuidados relacionados ao HIV-aids, num 
contexto de recuo das ações públicas de prevenção e educação. 
Partner é como foi batizado o estudo multicêntrico conduzido com casais soro 
diferentes em 75 centros clínicos espalhados em 14 países europeus. Os critérios de 
inclusão determinavam que o parceiro positivo deveria estar em tratamento 
antirretroviral e ter carga viral indetectável e que o casal não tivesse o hábito de sempre 
usar preservativos durante o sexo. O estudo confirmou que é extremamente baixo o 
risco de transmissão sexual do HIV de pessoas soropositivas em tratamento 
antirretroviral e com carga viral indetectável. 
19 
 
No quadro atual de enfrentamento da epidemia no Brasil, mesmo com o 
alargamento da oferta de exames para conhecimento da situação sorológica e os 
esforços de universalização da medicação antirretroviral, persiste a discriminação 
contra as pessoas vivendo com HIV. A condenação moral manifesta-se especialmente 
quando a infecção acontece por via sexual, realçando o renitente preconceito contra a 
homossexualidade, a despeito de alguns avanços no combate a formas de 
discriminação por sexualidade e gênero que vêm sendo registrados no país desde a 
virada do milênio. 
A força da sobreposição dos estigmas da homossexualidade e do HIV-aids pode 
ser aquilatada pela frequência com que ainda se faz a associação entre 
homossexualidade, “promiscuidade” e doença precisamente por meio do HIV-aids. A 
pesquisa “Diversidade sexual e homofobia no Brasil”, realizada no final da década 
passada (Venturi & Bokany, 2011), mostrou quecerca de um terço dos entrevistados 
declarou concordância parcial ou total com a frase “os gays são os principais culpados 
pelo fato de a aids estar se espalhando pelo mundo”. Atribuir aos gays a culpa pela 
disseminação da epidemia de aids assinala, por contraste, a disposição de não atribuir 
a outras pessoas, não homossexuais, a mesma carga de responsabilidade por suas 
chances de se infectar pelo HIV. Este é também o combustível que alimenta a 
tendência de criminalizar parceiros sexuais - especialmente quando são homossexuais 
- pela transmissão do vírus (Calazans, 2011; Beloqui & Pereira, 2009). 
Privilégio dois marcos temporais de referência: os que vivenciaram a 
emergência da aids nos anos 1980 como a doença desconhecida, terrível e fatal, e os 
que com ela se defrontaram a partir da implementação das terapias antirretrovirais, da 
segunda metade dos anos 1990 em diante, quando se produz uma nova imagem da 
epidemia, como doença tratável. Para caracterizar o conjunto geracional mais velho, 
me valerei de resultados de pesquisas qualitativas recentes, de cunho etnográfico, 
conduzidas em São Paulo junto a pessoas que se sentem relativamente confortáveis 
em se situarem numa identidade “gay”, compartilham uma situação de classe média, 
com escolaridade elevada, majoritariamente brancos, na faixa etária dos 50 aos 70 
anos, e que mantêm entre si conexões geracionais - isto é, “a possibilidade concreta 
de participar dos mesmos acontecimentos desenvolvendo formas específicas de 
consciência e experiência em relação ao mundo” (Mannheim, 1993). Para o conjunto 
mais jovem, os dados são mais fragmentados, incluindo duas pesquisas de cunho 
20 
 
etnográfico com jovens entre 18 e 24 anos e resultados preliminares de uma pesquisa 
exploratória sobre perfis de rapazes soropositivos encontrados em aplicativos de busca 
por parceiros sexuais. A discussão visa problematizar o efeito mais geral da crescente 
responsabilização individual pela gestão dos riscos e dos cuidados relacionados ao 
HIV-aids. 
Desde 1996, a implementação das terapias antirretrovirais deu ensejo à 
construção de uma nova narrativa sobre o HIV-aids, que distingue um segundo período 
da epidemia, agora como enfermidade tratável. Emergiu uma “nova aids”, produto de 
conquistas acumuladas que permitiram intervenções mais bem-sucedidas sobre a 
realidade clínica e epidemiológica (Bastos, 2002; Cunha 2012). O trecho a seguir, 
extraído de um livro recente em que um conhecido infectologista paulista reúne 
impressões e informações sobre a trajetória da epidemia, a partir de sua própria 
experiência clínica, ilustra essa nova representação: 
A imagem da doença não é mais a do cantor Cazuza, que, ao fim da vida, 
mostrou à nação seu corpo e seu rosto esquálidos, consumidos pela doença até a 
morte, em pouco mais de um ano. Está mais para a figura do astro de basquete norte- 
americano Magic Johnson, um homem robusto e saudável, que convive com o HIV há 
duas décadas (Timerman & Magalhães, 2015: 92). 
A epidemia de HIV-aids com a qual convivemos há quase quatro décadas 
permanece um grave problema social não apenas em termos de prevenção e 
assistência, mas também pelos embates morais que envolve no que se refere ao lugar 
concedido às expressões e às práticas não heterossexuais. Homens que praticam sexo 
com outros homens, gays e travestis continuam sendo os segmentos que constituem 
a parte mais significativa da população vulnerável à epidemia, apresentando um risco 
de infecção e adoecimento consideravelmente superior ao da média registrada na 
população geral (Cáceres, 2002; Beloqui, 2008). Além disso, estudos recentes têm 
mostrado taxas especialmente elevadas de infecção pelo vírus HIV ocorrendo 
principalmente entre homens jovens que se identificam como gays ou relatam práticas 
homossexuais regulares, boa parte dos quais teria se contaminado no início de sua 
vida sexual (Veras et al., 2014; Facchini, Calazans & Puccinelli, 2014; Kerr et al., 
2018).4 
21 
 
Embora a “descoberta” do vírus HIV e o conhecimento mais apurado das vias 
de transmissão tenham questionado as categorizações iniciais de “grupo de risco” 
articuladas a “estilo de vida”, a estreita relação da doença com a homossexualidade 
masculina se manteve reforçada e justificada pela incidência sempre marcante da aids 
entre gays ou pessoas identificadas como “homens que fazem sexo com homens 
(HSH)”. A imagem genérica do “aidético”, da pessoa que contraiu uma doença 
incurável e fatal por consequência ou suspeita de promiscuidade sexual e práticas 
imorais, se confundia, então, com as condenações morais que pesavam sobre as 
práticas homossexuais (Seffner, 1995). 
Para quem os pode acessar, os aplicativos parecem abrir um lugar notável de 
expressão de anseios, como também de crítica e protesto, para dar vazão às 
expectativas sexuais e afetivas de soropositivos. Essas declarações selecionadas nos 
perfis remetem ao delicado processo de gestão do estigma da soropositividade, que 
se sobrepõe ao da homossexualidade e torna ainda mais complexa para essas 
pessoas a “política do armário” (Sedgwick, 2007). A pessoa com HIV convive 
constantemente com grande aflição quanto ao que pode lhe acontecer se sua condição 
for revelada: a aflição de ser desacreditado, de perder amigos, de perder empregos, 
de ser obrigado a limitar ou renunciar a seus projetos de vida. Família, escola, trabalho, 
amizades, vizinhança, qualquer espaço público, podem se tornar ambientes hostis. No 
campo das relações afetivas é constante o medo de ser rejeitado pelo fato de ser 
soropositivo. Em algumas poucas conversas informais com jovens gays soropositivos, 
na faixa dos 20 e 30 anos, aparecem frases que expressam esse temor: “a gente se 
sente fora do jogo”, “a cortina fechou”, “a festa acabou”, “já era difícil viver a vida gay, 
agora parece impossível”. Revelar-se soropositivo numa relação afetiva nunca é 
seguro, não há receita para saber de antemão qual o momento propício: “esconder é 
tão arriscado em longo prazo quanto é perigoso revelar imediatamente” (Zamboni, 
2014: 149). Sofrimento, culpa, medo de rejeição combinados com desinformação 
podem tornar ainda mais árdua a carga emocional de lidar com a possibilidade ou a 
realidade de um diagnóstico de soropositividade. 
Na “nova aids”, os avanços nas tecnologias de tratamento e prevenção, junto 
com sua difusão, possibilitaram recolocar em outros termos a associação entre HIV- 
aids e morte, sem que a morte civil tenha saído do horizonte. Ainda que conte com 
mais recursos para gerir a própria vida, em suas diferentes dimensões, a pessoa que 
22 
 
convive com HIV e aids ainda segue se percebendo e sendo vista como uma espécie 
de cidadão de segunda categoria 
Um desafio central para esses movimentos, em suas formas novas e 
consagradas de associação e intervenção, tem sido recolocar o sentimento de urgência 
que a epidemia de HIV-aids despertou no passado recente no Brasil, e que hoje parece 
contido pela adesão confiante à política geral de universalizar testes e tratamento, 
minimizando os esforços de informação, educação e prevenção sobre sexualidade e 
práticas sexuais. Como asseveram vários ativistas e gestores responsáveis, o 
tratamento tem tido sucesso, mas a epidemia no país não está sob controle. Persiste, 
sobretudo, o estigma da pessoa com HIV-aids, particularmente a que contrai o vírus 
pela via sexual, a possibilidade de ser convertida em ameaça, acossada por 
sentimentos de vergonha e culpa, pelo medo do abandono, da incúria, do desprezo 
afetivo. 
Medidas de prevenção que reduziram os riscos de transmissão do HIV, como o 
uso de preservativos, as terapias antirretrovirais e a PrEP (Lehman et al., 2014). 
https://www.scielo.br/j/sess/a/D5wkB3DYdbnGqM99CK6tvtB/?lang=pt 
 
 
Medicamentos disponíveis para prevenção e tratamento: 
 
 
Tenofovir 
 
Composição: enofovir desoproxila é um medicamento inibidor de transcriptasereversa análogo de nucleotídeo, utilizado no coquetel anti-HIV e disponível 
gratuitamente no Brasil. Seu uso foi aprovado pela FDA, nos Estados Unidos, em 26 
de outubro de 2001. 
Indicação: Tenovir é indicado em combinação com outros 
agentesantirretrovirais para o tratamento de infecção por HIV-1 em adultos. Mais de 
12.000 pacientes foram tratados com Fumarato de Tenofovir Desoproxila isoladamente 
ou em combinação com outros antirretrovirais por um período de 28 dias a 215 
semanas em estudos clínicos e em programas de acesso expandido. Um total de 1.544 
pacientes receberam Fumarato de Tenofovir Desoproxila 300 mg uma vez ao dia em 
ensaios clínicos; mais de 11.000 pacientes receberam Fumarato de Tenofovir 
23 
 
Desoproxila em programas de acesso expandido. Fumarato de Tenofovir Desoproxila 
é indicado para o tratamento da hepatite B crônica em adultos; 
Posologia: Para o tratamento de HIV-1 ou hepatite B crônica a dose de 
Fumarato de Tenofovir Desoproxila é de 300 mg uma vez ao dia por via oral, com ou 
sem alimentos. Desconhece-se a duração ideal do tratamento para a hepatite B 
crônica. 
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado. 
 
 
Lamivudina 
 
Composição; A lamivudina é um fármaco utilizado pela medicina como 
antirretroviral. É usado como parte do arsenal de diversos medicamentos. Seu 
mecanismo de ação consiste basicamente na inibição da síntese de ácidos nucléicos. 
Indicação: é indicado para o tratamento da infecção pelo vírus da 
imunodeficiência humana (HIV), em adultos e crianças, em associação com outros 
agentes antirretrovirais. 
Posologia: Uso oral. A terapia com Lamivudina deve ser iniciada por um médico 
experiente no tratamento de adultos e crianças vivendo com HIV. 
Lamivudina pode ser administrado com ou sem alimentos. 
Para garantir a administração da dose completa, o comprimido deve, 
preferencialmente, ser engolido sem ser amassado (macerado). Para pacientes com 
dificuldade de ingerir comprimidos, eles podem ser amassados e misturados a líquidos 
ou a uma pequena quantidade de comida semissólida (pastosa), e consumidos 
imediatamente. 
Lamivudina solução oral é indicado para pacientes que não consigam engolir 
comprimidos. 
Adultos, adolescentes e crianças pesando pelo menos 25 kg: A dose 
recomendada de Lamivudina é de 300 mg ao dia, administrando-se 150 mg (1 
comprimido) duas vezes ao dia, a cada 12 horas, ou 300 mg (dois comprimidos) uma 
vez ao dia. 
Crianças pesando de 14 a menos de 20 kg: A dose oral recomendada de 
Lamivudina é metade de um comprimido ranhurado duas vezes ao dia ou um 
comprimido inteiro uma vez ao dia. 
24 
 
Crianças pesando de 20 a menos de 25 kg: A dose oral recomendada de 
Lamivudina é a metade de um comprimido ranhurado pela manhã e um comprimido 
inteiro à noite ou um comprimido e meio uma vez ao dia. 
Crianças pesando pelo menos 25 kg: A dose adulta de 150 mg duas vezes 
ao dia ou 300 mg uma vez ao dia deve ser administrada. 
Crianças com menos de 14 kg: Os comprimidos não são indicados para uso 
em crianças com menos de 14 kg. Nesses casos, é indicado o uso de Lamivudina 
solução oral, e a dose recomendada é de 4mg/kg duas vezes ao dia até um máximo 
de 300 mg ao dia. 
Crianças com menos de 3 meses de idade: Os dados limitados são 
insuficientes para recomendar doses específicas. 
Idosos: Nenhum dado específico está disponível. Entretanto, é aconselhável 
que se tenha cuidado especial devido a várias alterações associadas a esse grupo 
etário, como diminuição da função renal e alteração dos parâmetros hematológicos. 
Pacientes com insuficiência renal: Em pacientes com insuficiência renal de 
moderada a grave, a concentração plasmática (AUC) de Lamivudina é aumentada 
devido à redução do clearance. 
A dosagem deve ser reduzida para os pacientes com clearance de creatinina < 
50 mL/min, como demonstrado nas tabelas abaixo. O mesmo percentual de redução 
da dose deve ser aplicado para pacientes pediátricos com insuficiência renal, como 
demonstrado na tabela abaixo. O mesmo percentual de redução de dose deve ser 
aplicável a pacientes pediátricos com insuficiência renal. 
Para doses abaixo de 150 mg é recomendado o uso de solução oral. 
Pacientes com insuficiência hepática: Não se faz necessário ajustar a dose 
em pacientes portadores de disfunção hepática moderada e grave, exceto se 
acompanhada de insuficiência renal. 
O uso incorreto causa resistência do vírus e falha no tratamento. 
Este medicamento não deve ser mastigado. 
 
Dolutegravir 
 
Composição: Dolutegravir, vendido sob a marca Tivicay, é uma medicação anti- 
retroviral usada juntamente com outros medicamentos para tratamento do HIV/AIDS. 
25 
 
Ela também pode ser usada como parte da profilaxia pós-exposição, para prevenir a 
infecção pelo HIV depois de um potencial exposição. Ela é tomada por via oral. 
Indicação: Dolutegravir Sódico é indicado para o tratamento da infecção pelo 
HIV (vírus da imunodeficiência humana) em combinação com outros agentes 
antirretrovirais em adultos e crianças acima de 12 anos. 
Posologia: A terapia com Dolutegravir Sódico deve ser iniciada por um médico 
com experiência no tratamento da infecção por HIV. Dolutegravir Sódico pode ser 
tomado acompanhado ou não de alimentos. 
Método de administração 
Adultos 
Pacientes vivendo com HIV-1 sem resistência a inibidores da integrase: A 
dose recomendada de Dolutegravir Sódico é de 50 mg uma vez ao dia. 
Pacientes vivendo com HIV-1 com resistência a inibidores da integrase 
(documentada ou com suspeita clínica): A dose recomendada de Dolutegravir 
Sódico é de 50 mg duas vezes ao dia. A decisão de usar Dolutegravir Sódico para esse 
grupo de pacientes deve ser baseada no padrão de resistência a inibidores da 
integrase. 
Adolescentes: A dose recomendada de Dolutegravir Sódico para os pacientes 
nunca tratados com inibidores da integrase (de 12 até menos de 18 anos e com peso 
mínimo de 40 kg) é de 50 mg uma vez ao dia. 
Não há dados suficientes para recomendação de uma dose de Dolutegravir 
Sódico a crianças e adolescentes com menos de 18 anos resistentes a inibidores da 
integrase. 
Crianças: Não há dados suficientes sobre a segurança e a eficácia para 
recomendação de uma dose de Dolutegravir Sódico a crianças com menos de 12 anos 
ou menos de 40 kg. 
Idosos: Os dados disponíveis sobre o uso de Dolutegravir Sódico em pacientes 
a partir de 65 anos são limitados. No entanto, não existem evidências de que os 
pacientes idosos necessitem de uma dose diferente da administrada a adultos mais 
jovens. 
Disfunção renal: Não é necessário ajuste da dose em pacientes com disfunção 
renal leve, moderada ou acentuada (clearance de creatinina - ClCr < 30 mL/min, sem 
26 
 
diálise). Não há dados disponíveis sobre indivíduos submetidos à diálise, embora não 
sejam esperadas diferenças farmacocinéticas nessa população. 
Disfunção hepática: Não é necessário ajuste da dose em pacientes com 
disfunção hepática leve ou moderada (classe A ou B de Child-Pugh). Não há dados 
disponíveis em pacientes com disfunção hepática acentuada (classe C de Child-Pugh). 
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado. 
27 
 
Atividade 05 – Desenvolver um comitê para uso racional de medicamentos 
(CURAME), escolher medicamentos específicos e elaborar documento relacionado às 
informações quanto ao uso racional desse medicamento. 
 
Uso Racional de Medicamentos em pessoas acima de 60 anos 
 
 
Pessoas com mais de 60 anos convivem com doenças crônicas e demandam 
mais a utilização de serviços de saúde. Isso se reflete na necessidade de uso de 
tecnologias relacionadas ao cuidado, como o medicamento, para manutenção e 
recuperação de saúde (BERTOLDI et al., 2016; RAMOS et al.,2016). 
Autonomia, bem-estar e participação na sociedade são objetivos altamente 
relevantes da perspectiva do paciente e da sociedade (WHO, 2016b), gerando desafios 
diferenciados em diferentes contextos de vida. Além disso, o envelhecimentopode 
abranger perda de funções, diminuição de autonomia e maior número de morbidades, 
sendo o medicamento um dos instrumentos de manutenção e recuperação da saúde 
dessa população (OLSSON; RUNNAMO; ENGFELDT, 2011). 
Inerente aos aspectos anteriormente apontados quanto ao aumento na 
utilização de medicamentos com o envelhecimento, faz-se necessário que os 
profissionais da saúde e os serviços de cuidado se preparem adequadamente para 
receber e cuidar desses indivíduos, a fim de que os medicamentos sejam utilizados de 
forma segura e eficaz, de maneira a trazer êxito no plano terapêutico. 
Outro elemento a destacar é a ocorrência de comorbidades nas faixas etárias 
mais altas, que se refletem no consumo simultâneo de maior número de fármacos. Um 
estudo nacional constatou a alta prevalência de doenças, alcançando 60% dos idosos 
com quatro ou mais doenças crônicas, o que agrava ainda mais o quadro da 
polifarmácia. 
Entre essas doenças, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a mais prevalente 
e configura-se um dos maiores problemas de saúde na atualidade, em especial nos 
mais idosos, aumentando progressivamente conforme a idade (BRASIL, 2013a). Essa 
alta prevalência de utilização implica problemas quanto ao URM. A polifarmácia, 
usualmente considerada como o uso de cinco ou mais medicamentos, é um deles. 
Dados da população idosa brasileira encontraram prevalência de polifarmácia de 18%. 
28 
 
Os autores concluem que a polifarmácia está associada a fatores modificáveis por 
ações que visem ao Uso Racional de Medicamentos (RAMOS et al., 2016). 
Cabe mencionar que não existe definição universalmente aceita para 
polifarmácia. A Organização Mundial da Saúde (WHO, 2017), por exemplo, define, na 
citada publicação, a polifarmácia como o uso rotineiro e simultâneo de quatro ou mais 
medicamentos, sejam eles os de prescrição, os isentos de prescrição e/ou os 
medicamentos tradicionais. 
A população mais idosa tem susceptibilidade diferenciada ao uso inapropriado 
de medicamentos, com maior probabilidade de ocorrência de reações adversas e de 
interações medicamentosas. Além do mais, é comum que idosos apresentem um 
tempo de metabolização mais lento, o que pode interferir no tempo em que um fármaco 
fica biodisponível na circulação requerendo ajuste de dose. 
Alguns profissionais ainda não conhecem os critérios para identificação de 
medicamentos potencialmente perigosos, que são muitas vezes utilizados por idosos 
e podem envolver medicamentos ou grupos farmacológicos muito utilizados, como: 
benzodiazepínicos, anti-inflamatórios não esteroides (Aines), agentes bloqueadores 
alfacentrais, anti-histamínicos, inibidores de bomba de próton, sulfonilureias de longa 
duração para tratamento do diabetes, antidepressivos tricíclicos etc. 
O farmacêutico é um dos profissionais com compromisso central no 
conhecimento sobre os fármacos e seu contexto na saúde humana, devendo, portanto, 
ter ampliado seu importante papel em prover orientações, apoiando tanto outros 
profissionais da saúde como usuários e seus cuidadores a esse respeito, promovendo 
uma terapia com mais eficácia e com menos riscos. 
 
ESTRATÉGIAS: 
 
 
Maximizando os benefícios e reduzindo os riscos da administração de 
medicamentos: 
Os idosos e as pessoas que cuidam de idosos podem fazer muitas coisas para 
maximizar os benefícios e reduzir os riscos de tomar medicamentos. Qualquer questão 
ou problema com um medicamento deve ser conversado com o médico ou 
farmacêutico. Tomar os medicamentos como indicado e se comunicar com os 
profissionais saúde é essencial para evitar problemas e promover a boa saúde. 
29 
 
 
 
Conhecer os medicamentos e disfunções sendo tratadas: 
• Manter uma lista de todos os problemas médicos e alergias a 
medicamentos. 
• Manter uma lista de todos os medicamentos que estão sendo tomados, 
incluindo os de venda livre e suplementos, como vitaminas, minerais e ervas 
medicinais. 
• Aprender por que cada medicamento é tomado e quais são os 
benefícios que deveria ter. 
• Aprender quais efeitos colaterais cada medicamento pode ter e 
o que fazer se um efeito colateral ocorrer. 
• Aprender como tomar cada medicamento, incluindo a que horas 
do dia ele deve ser tomado, se pode ser tomado com alimentos, se pode ser 
tomado na mesma hora que os outros medicamentos, e quando parar de tomá- 
los. 
• Aprender o que fazer se uma dose é esquecida. 
• Anotar as informações sobre como tomar o medicamento e perguntar ao 
médico, enfermeiro ou farmacêutico para anotar as indicações (essas 
informações podem ser esquecidas facilmente). 
 
Usar os medicamentos corretamente: 
• Tomar os medicamentos como indicado. 
• Usar auxiliares de memória, como um organizador de medicamentos, 
para tomar os medicamentos conforme instruído. 
• Antes de parar um medicamento, consulte o médico sobre qualquer 
problema – por exemplo, se houver efeitos colaterais, se o medicamento parece 
não funcionar, ou se o custo do remédio for um problema. 
• Descarte qualquer medicamento não usado de uma receita anterior, a 
menos que indicado para não o fazer por um médico, enfermeiro ou 
farmacêutico. 
• Ao descartar um medicamento, siga as instruções de descarte 
30 
 
na bula, verifique as informações no website da Agência Federal de Alimentos e 
Medicamentos, leve os medicamentos a um centro de descarte autorizado ou 
misture o medicamento com areia para gatos ou borra de café, embale 
firmemente em um material plástico ou similar, coloque em um recipiente ou 
saco que possa ser fechado ou vedado e descarte no lixo. 
• Não tome os medicamentos de outra pessoa, mesmo se o 
problema desta pessoa parece similar ao seu. 
• Verifique a data de validade dos medicamentos, e não os use se 
a data estiver vencida. 
 
Mantenha o vínculo com o médico e o farmacêutico: 
• Compre todos os medicamentos na mesma farmácia, de preferência 
uma farmácia que forneça serviços abrangentes (como a verificação de 
possíveis interações medicamentosas) e que mantenha um perfil completo dos 
medicamentos para cada pessoa. 
• Leve todos os medicamentos às consultas com o médico, se 
solicitado. 
• Converse periodicamente sobre a lista de medicamentos sendo tomados 
e a lista de distúrbios com o médico, enfermeiro ou farmacêutico para garantir 
que os medicamentos estão corretos e que devem ser mantidos. Por exemplo, 
as pessoas podem testar a si mesmas dizendo aos seus profissionais de saúde 
como devem tomar todos os medicamentos e perguntando se o que elas 
disseram está correto. 
• Analise a lista de medicamentos com o médico, enfermeiro ou 
farmacêutico todas as vezes que um medicamento for alterado (os médicos e 
farmacêuticos podem verificar as interações medicamentosas). 
• Certifique-se de que o médico e o farmacêutico sabem sobre todos o 
suplementos e medicamentos de venda livre que estão sendo tomados, 
incluindo vitaminas, minerais e ervas medicinais. 
• Consulte o médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer 
medicamento novo, incluindo medicamentos de venda livre e suplementos. 
31 
 
• Relate ao médico ou farmacêutico qualquer sintoma que possa 
estar relacionado com o uso de um medicamento (como sintomas novos ou 
imprevistos). 
• Se o programa para tomar os medicamentos for muito complexo para 
seguir, pergunte ao médico ou farmacêutico sobre como simplificá-lo. 
• Caso se consulte com mais de um médico, certifique-se de que cada 
médico saiba de todos os medicamentos que estão sendo tomados. 
• Peça ao farmacêutico para imprimir os rótulos em letras grandes, 
e verifique que possam ser lidos. 
• Peça ao farmacêutico para colocar os medicamentos em recipientes 
fáceis de segurar e abrir. 
 
Uso Racional de Medicamentos (CURAME) 
 
 
 
http://blog.saude.mg.gov.br/2019/05/06/saudeentrevista-uso-correto-de-medicamentos-e-essencial-para-qualidade-de-vida-2/ 
32 
 
Comitê do uso racional de medicamentos: 
Ø Art. 2º O ComitêNacional para a Promoção do Uso Racional de 
Medicamentos possui caráter consultivo e tem por finalidade orientar e propor 
ações, estratégias e atividades para a promoção do uso racional de 
medicamentos no âmbito da Política Nacional de Promoção da Saúde.14 de 
mai. de 2013 
 
Art. 3º Compete ao Comitê Nacional de Promoção do Uso Racional de 
Medicamentos: 
 
I - Identificar e propor estratégias e mecanismos de articulação, monitoramento e 
avaliação direcionados à promoção do uso racional de medicamentos, de acordo com os 
princípios e as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS); 
 
II - Propor diretrizes e estratégias nacionais para a promoção do uso racional de 
medicamentos, em consonância com as políticas nacionais de medicamentos, de 
assistência farmacêutica e legislação afim; 
 
III - identificar e propor estratégias que requeiram a articulação entre órgãos e 
entidades, públicas e privadas, cujas competências estejam relacionadas à promoção do 
uso racional de medicamentos; 
 
IV - Contribuir, por meio da promoção do uso racional de medicamentos, para a 
ampliação e a qualificação do acesso a medicamentos de qualidade, seguros e eficazes; 
 
V - Propor o aprimoramento de marcos regulatórios e de vigilância de medicamentos 
e serviços farmacêuticos no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS); 
 
VI - Propor diretrizes e colaborar com a consolidação das ações de 
farmacovigilância no âmbito da Assistência Farmacêutica e do SNVS; 
 
VII - propor o Plano de Capacitação de Profissionais de Saúde para o Uso Racional 
de Medicamentos; 
 
VIII - promover a integração e a articulação entre órgãos e entidades, públicas e 
privadas, em território nacional cujas competências estejam relacionadas à promoção do 
uso racional de medicamentos; 
 
IX - Propor iniciativas de pesquisas e desenvolvimentos científico, tecnológico e 
profissional relacionados ao uso racional de medicamentos; 
 
X - Propor o estabelecimento e a articulação de redes colaborativas existentes no 
país e no exterior relacionadas à promoção do uso racional de medicamentos, bem como 
a sua integração e cooperação; 
 
XI - Propor a criação e a implementação de comitês estaduais, distrital, regionais e 
municipais para a promoção do uso racional de medicamentos, observadas as regras de 
pactuação e decisão no âmbito do SUS; 
33 
 
XII - Instituir grupos de trabalho para execução de atividades específicas 
relacionadas ao cumprimento das finalidades do Comitê; 
 
XIII - Elaborar anualmente o edital do Prêmio Nacional de Incentivo à Promoção do 
Uso Racional de Medicamentos "Lenita Wannmacher"; 
 
XIV - Organizar, a cada 2 (dois) anos, o Congresso Brasileiro sobre o Uso Racional 
de Medicamentos; 
 
XV - Elaborar anualmente o Planejamento de Ações do Comitê Nacional; 
 
XVI - Atualizar seu sítio eletrônico na "internet", integrante do Portal da Saúde, cujo 
acesso encontra-se disponível pelo endereço http://portal.saude.gov.br; e 
 
XVII - Elaborar documentos técnicos e informativos para divulgação ao público 
externo. 
 
 
 
A proposta seria realizar a melhoria do uso racional do OMEPRAZOL: 
 
 
 
34 
 
Segundo Wannmacher (2004), o omeprazol vem sendo utilizado empiricamente 
por prescrição ou automedicação para tratar doenças do trato digestório ou para 
prevenir o surgimento de sintomas, como a dor epigástrica, acarretando um alto 
consumo. Este medicamento é regulamentado pela ANVISA como item de venda sob 
prescrição médica, e seu uso deliberado por automedicação ainda é um grande 
problema, somado ao desconhecimento pela maioria dos profissionais da saúde sobre 
os potenciais problemas relacionados ao uso indiscriminado, por longos períodos de 
tempo (PIMENTA, et al., 2016). Arrays (2002) afirma que a automedicação é uma 
conduta comum no Brasil e pode ser definida como uma forma de autocuidado, em que 
o indivíduo acaba consumindo medicamentos sem prescrição profissional, com o 
intuito de tratar e aliviar sintomas. 
O fato de o indivíduo praticar a automedicação, sem critérios técnicos e 
acompanhamento profissional, enquadra essa prática como uso irracional de 
medicamentos (FERNANDES e CEMBRANELLI, 2014). Apesar dos inibidores da 
bomba de prótons serem extremamente seguros (KATZUNG, 2010), seu uso irracional 
vem preocupando autoridades sanitárias de todo mundo quanto à segurança do seu 
uso, além das vendas alarmantes publicadas. Relata-se algumas complicações 
relacionadas à utilização contínua 6 destes medicamentos, como hipergastrinemia, 
câncer gástrico, enterites bacterianas, pneumonia e deficiência de minerais e vitamina 
B12 (VIANNA et al., 2010). 
Visando diminuir esses riscos e contribuir para o acompanhamento 
farmacoterapêutico e uso racional de medicamentos, destaca-se o profissional 
farmacêutico, com o papel de orientar sobre uso correto de medicamentos, ter 
conhecimento em relação às indicações, contraindicações e possíveis interações. 
Fernandes e Cembranelli (2014) aponta que este profissional deve acompanhar a 
farmacoterapia do paciente, orientá-lo a procurar atendimento médico quando 
necessário, atuando na complementaridade, pois o mesmo faz parte da equipe 
multidisciplinar. 
Segundo Vidottl e Hoefler (2006), a população, normalmente, tem fácil acesso 
ao profissional farmacêutico, o qual está habilitado para atuar como agente sanitário, 
e sua função não deve se limitar apenas à dispensação, devendo atuar de acordo com 
seu amplo conhecimento em favor do paciente. A atuação desses profissionais pode 
contribuir muito para a população e melhorar, consideravelmente, a atual situação da 
35 
 
saúde pública no país, principalmente relacionada à automedicação, uma conduta 
muito comum no Brasil (FERNANDES, CEMBRANELLI, 2014). Pereira e Freitas (2008) 
acrescentam ainda que se faz necessário que o paciente receba as orientações 
corretas quanto ao uso e tempo de tratamento, ou seja, um diagnóstico e 
acompanhamento médico seguro e correto, seguido de uma dispensação farmacêutica 
adequada informando sobre os riscos que o uso prolongado deste medicamento pode 
trazer, a fim de diminuir os riscos quanto ao uso irracional do medicamento, propiciando 
assim uma melhoria na qualidade de vida dos usuários. 
A Atenção Farmacêutica é considerada como sendo um conjunto de ações 
desempenhadas pelo farmacêutico, sendo estas direcionadas a proteção e promoção 
de saúde, tanto no nível individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo 
essencial. Submerge a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e 
insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, 
garantia da qualidade, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva 
da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população. 
No Brasil, mesmo sendo regulamentado pela ANVISA como componente de 
venda sob prescrição médica, seu uso deliberado dos IBPs por automedicação, ainda 
é um grande problema de saúde, somado a falta de conhecimento pela maioria dos 
profissionais da saúde e dos possíveis problemas relacionados ao uso indiscriminado, 
por longos períodos. O uso prolongado de omeprazol pode trazer uma série de efeitos 
nocivos como: hipergastrinemia, hipocloridria, interações medicamentosas e má 
absorção de micronutrientes como a vitamina B12, cálcio, magnésio e ferro. 
 
 
36 
 
Diante da preocupação com questões relacionadas ao uso abusivo de 
medicamentos, o CNPURM lançou a publicação “Uso de medicamentos e 
medicalização da vida: recomendações e estratégias”. 
A publicação resultou de um relatório elaborado contendo recomendações e 
estratégias referentes a três eixos temáticos principais: medicalização da vida, uso de 
medicamentos em populações vulnerabilizadas. Como instância consultiva do 
Ministério da Saúde, uma das competências do comitê é a elaboração de 
recomendações que visem a promoção do uso racional de medicamentos. 
A farmacêuticaAlessandra Russo, representante do Conselho Federal de 
Farmácia no comitê, ressalta a importância do documento, tendo em vista o fenômeno 
da medicalização da vida, pelo qual a vida cotidiana é apropriada pela medicina e 
interfere na construção de conceitos, costumes e comportamentos sociais. 
Dessa forma a atenção farmacêutica torna-se indispensável, principalmente 
quando se trata do uso indiscriminado de omeprazol. 
A orientação repassada ao paciente sobre o uso de medicamentos, não é uma 
função exclusiva do farmacêutico, mas através de seu amplo conhecimento sobre os 
mesmos e seu desempenho ativo na dispensação, é conferido a esta profissional 
oportunidade excepcional para atuar a favor do uso racional (FERNANDES; 
CEMBRANELLI, 2015). Além disso, o contato entre o farmacêutico e o paciente é o 
último momento que antecede a utilização da medicação prescrita pelo médico ao 
paciente. Dessa forma, ações que envolvam e estimulem a adequada utilização do 
medicamento são importantes para aumentar a adesão ao tratamento e promover o 
uso racional de medicamentos (CELLA; ALMEIDA, 2012). 
A atenção farmacêutica é um modelo de prática farmacêutica com habilidades 
e compromissos, além da promoção e recuperação da saúde, de forma integrada a 
outros profissionais de saúde. É uma ligação direta do farmacêutico com usuário, 
visando uma farmacoterapia racional, com resultados concretos e positivos, focando a 
melhoria da qualidade de vida. 
O maior tempo de uso do omeprazol está associado com maior idade e número 
de medicamentos prescritos, podendo estes fatores estarem relacionados com o uso 
irracional de omeprazol, por vezes sem justificativa em prontuário e com tempo 
prolongado de uso. É importante que o paciente receba as orientações corretas quanto 
ao uso e tempo de tratamento, ou seja, um diagnóstico e acompanhamento médico 
37 
 
seguro e correto, seguido de uma dispensação farmacêutica corroborando sobre os 
riscos que o uso prolongado deste medicamento pode ocasionar, com o intuito que 
possam ser reduzidos os riscos quanto ao uso irracional do medicamento. 
A imagem abaixo nos ilustra muito bem o tipo de grupo que costuma aderir o 
omeprazol irracionalmente: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Posologia do OMEPRAZOL: 
A dose oral para adultos é de 20 mg, administrada uma vez ao dia antes do café 
da manhã, durante 2 a 4 semanas no caso de úlceras1 duodenais e durante 4 a 8 
semanas para úlceras1 gástricas e esofagite de refluxo2. Na profilaxia de úlceras1 
duodenais e esofagite de refluxo2 recomenda-se 10 ou 20 mg antes do café da manhã. 
Em pacientes com síndrome de Zollinger-Ellison3 a dosagem deve ser individualizada 
de maneira a se administrar a menor dose capaz de reduzir a secreção gástrica ácida 
abaixo de 10 mEq durante a hora anterior à próxima dose. 
A posologia inicial é normalmente de 60 mg em dose única; posologias 
superiores a 80 mg/dia devem ser administradas em 2 vezes.A dose recomendada na 
esofagite de refluxo2 para crianças com idade superior a 1 ano é de 10 mg em dose 
única administrada pela manhã com o auxílio de líquido. Para crianças acima de 20 
Kg utilizar omeprazol 20 mg. Caso a criança tenha dificuldade de engolir, as cápsulas 
38 
 
podem ser abertas e o seu conteúdo pode ser misturado com líquido e ingerido 
imediatamente. Se necessário a dose poderá ser aumentada, a critério médico, até, no 
máximo, 40 mg/dia. 
 
Indicações: 
O omeprazol age reduzindo a produção de ácido no estômago, através da inibição 
da bomba de prótons, sendo indicado para o tratamento de: 
 
• Úlceras no estômago e no intestino; 
• Esofagite de refluxo; 
• Síndrome de Zollinger-Ellison, que se caracteriza pelo excesso de 
produção de ácido no estômago; 
• Manutenção para pacientes com esofagite de refluxo cicatrizada; 
• Pessoas que apresentam risco de aspiração do conteúdo gástrico durante 
anestesia geral; 
• Erradicação da bactéria H. pylori associado a úlcera no estômago; 
• Erosões ou úlceras gástricas e duodenais, assim como da sua prevenção, 
associadas ao uso de anti-inflamatórios não-esteroidais; 
• Indigestão associada à acidez gástrica, como azia, enjoo ou dor de 
estômago. 
 
Farmacodinâmica e Farmacocinética: 
 
Omeprazol reduz a secreção ácida gástrica por meio de mecanismo de ação 
altamente seletivo. Este medicamento produz inibição específica da enzima H+/K+ 
-ATPase (“bomba de prótons”) nas células parietais. Esta ação farmacológica, 
dose-dependente, inibe a etapa final da formação de ácido no estômago, 
proporcionando, assim, uma inibição altamente efetiva, tanto da secreção ácida basal, 
quanto na estimulada, independentemente do estímulo. O omeprazol atua de forma 
específica, exclusivamente nas células parietais, não possuindo ação sobre receptores 
de Acetilcolina e histamina. Administração diária dose diária única do medicamento 
oferece uma rápida e efetiva inibição da secreção ácida gástrica com efeito máximo 
atingido dentro dos primeiros 4 (quatro) dias de tratamento. Não foi observado até o 
momento, fenômeno de taquifilaxia durante o tratamento com omeprazol sódico. A taxa 
de ligação proteica é de aproximadamente 95%. O omeprazol é completamente 
metabolizado, principalmente no fígado, no sistema citocromo P450, mais 
especificamente na isoenzima CYP2C19 (e em menor grau CYP3A4), sendo seus 
metabólitos desprovidos de ação significante na secreção ácida. Aproximadamente 80% 
da dose administrada é excretada como metabólitos na urina e o restante é encontrado 
nas fezes. 
 
Quais são os possíveis efeitos colaterais? 
Este medicamento é considerado bem tolerado, seguro e eficaz, mas alguns 
indivíduos podem apresentar as seguintes reações, que poderão desaparecer ao final 
do tratamento: 
39 
 
 
Comuns: 
 
• Dor de cabeça 
• Diarreia 
• Dor abdominal 
• Náusea 
• Gases 
• Tontura 
• Fraqueza 
• Dor nas costas 
• Tosse 
• Distúrbios do paladar 
• Incomuns e raros 
 
Insônia: 
• Sonolência 
• Coceira 
• Mal-estar 
• Agitação 
• Boca seca 
• Dor nas articulações 
• Dor muscular 
• Dificuldade para respirar 
 
Marcos Machado, farmacêutico, bioquímico e presidente do CRF-SP, observa 
que é preciso estar mais atento aos idosos, crianças e pessoas com doenças do 
coração, nos rins, fígado, diabetes e enfermidades que causam convulsões, além de 
indivíduos que façam uso diário de muitos medicamentos (polifármácia). 
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