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Unidade III
Registros Contábeis 
Fundamentos 
Contábeis 
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
DANIELI PULGA
AUTORIA
Danieli Pulga
Sou bacharel em Administração e especialista em Administração 
Financeira, Contábil e Controladoria, com uma experiência profissional na 
área financeira e de custos de mais de 10 anos. Trabalhei em empresas 
prestadoras de serviços aplicando todo o conhecimento da Administração 
e da Contabilidade, implantando métodos de controle e rotinas de trabalho. 
Essas experiências contribuíram para minha formação profissional e, em 
paralelo, venho realizando trabalhos como docente há quase 9 anos. Sou 
apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida 
àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada 
pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. 
Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e 
trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Registro Contábil ........................................................................................10
Constituição de uma empresa e procedimentos contábeis ........................... 10
Registro do Capital Social na abertura da empresa ................... 20
Registro do capital social na abertura da empresa............................................... 20
Capital .....................................................................................................................................................23
Entendendo os registros de ativo e passivo ...............................................................24
Registro de Ativo e Passivo .................................................................... 30
Ativo e Passivo Circulante ........................................................................................................ 30
Registro dos principais itens circulantes .................................................... 31
Ativo e passivo não circulante ...............................................................................................35
Registro dos principais itens não circulantes ......................................... 38
Depreciação e exaustão .........................................................................................44
Registro das Contas de Resultado ..................................................... 49
7
UNIDADE
03
Fundamentos Contábeis 
8
INTRODUÇÃO
Lá vamos nós para mais um mundo de descobertas e aprendizado! 
Você aprendeu muita coisa sobre a contabilidade, mas ainda há muitas 
outras a saber, por exemplo, como se forma o capital de uma empresa, 
como são os lançamentos de todas as contas que formam o patrimônio. 
Agora você vai aprender a aplicar as técnicas e os métodos de débito e 
crédito e isso vai elevar o seu conhecimento na área para um nível superior. 
Nesta unidade vamos trabalhar juntos como fazer os registros 
contábeis dos ativos, dos passivos e entender melhor as contas de 
resultado e como elas são tratadas. Os registros contábeis são realizados 
com o intuito de gerar relatórios de fácil leitura e instrução com relação ao 
patrimônio de determinada entidade. 
Os lançamentos são balizados pelos princípios contábeis que 
atendem as Normas Brasileiras da Contabilidade (NBC), portanto, sofrem 
alterações para se manterem em consonância com as normas brasileiras 
e internacionais. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai 
mergulhar neste universo!
Fundamentos Contábeis 
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OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é auxiliar você no 
desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término 
desta etapa de estudos:
1. Interpretar como ocorre a constituição de uma empresa, o a formação 
de capital e como funciona o os métodos e técnicas de registro das 
contas contábeis;
2. Aplicar as técnicas de lançamentos das contas a débito e crédito 
nas contas do Ativo, Passivo e Resultados;
3. Identificar e solucionar problemas relacionados a registros incorretos 
e em desacordo com os princípios basilares da contabilidade;
4. Executar os procedimentos de registros e lançamentos contábeis. 
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho! 
Fundamentos Contábeis 
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Registro Contábil 
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender 
como funciona a constituição de capital de uma empresa. 
Tudo o que você conhece até então será ampliado com a 
visão da contabilidade. Você compreenderá como se inicia 
uma pessoa jurídica portadora de bens que proporcionarão 
o desenvolvimento da atividade que a tornará uma empresa 
em crescimento. Além disso, entenderá como é realizado o 
registro do capital inicial e dos itens patrimoniais que estarão 
compondo essa empresa. Motivado para desenvolver essa 
competência? Então, vamos lá!
Constituição de uma empresa e procedimentos 
contábeis
Vamos supor que você e um amigo estudaram o mercado e 
entenderam que há um nicho a ser explorado que casa perfeitamente 
com as habilidades que vocês têm, então, iniciam um projeto. Ao estudar 
o plano de negócios, percebem que será necessário o investimento 
em alguns bens, tais como máquinas, equipamentos e estrutura física. 
Além disso, será necessário um estoque inicial de matéria-prima e algum 
dinheiro em caixa. Até aí, tudo bem, pois vocês têm tudo isso em mãos e 
uma grande energia para gastar com o novo negócio.
Fundamentos Contábeis 
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Figura 1 - Necessidade de investimento em alguns bens, tais como máquinas, 
equipamentos e estrutura física e capital de giro – dinheiro, estoques
Fonte: Freepik
Ao iniciar uma empresa, procure um contador. Há um caminho a ser 
percorrido para iniciá-la de forma legal e correta.
Para formalizar o negócio, será necessário procurar um contador, 
pois será ele que dará andamento à abertura da empresa, como todos 
os processos formais e de registro junto aos órgãos necessários. Junto 
aos procedimentos de início da sociedade e registro da pessoa jurídica, 
são realizados os registros do capital investido pelos sócios. Dentre os 
registros a serem realizados, os principais são os seguintes:
 • Contrato social, estatuto social ou requerimento - após a 
formalização do contrato social, definindo o objeto do contrato 
e as cláusulas que regem a sociedade, esse deve ser registrado 
na Junta Comercial, tanto o caso de empresário individual como 
para o caso de empresas com atividade mercantil e ou/comercial 
e prestação de serviços.
 • Registro federal - realizado na Receita Federal por meio do CNPJ 
(Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas).
 • Registro estadual - realizado na Receita Estadual e obrigatório 
apenas para atividadesde comércio, indústria e de alguns tipos de 
serviços, tais como transportes de cargas e outros que possam ser 
Fundamentos Contábeis 
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tributados no âmbito do imposto estadual (ICMS – Imposto sobre 
Circulação de Mercadoria e de Serviços).
 • Registro municipal - realizado na Prefeitura Municipal através do 
Alvará de localização e funcionamento, que é liberado pelo corpo 
de bombeiros, saúde pública e outros, após vistoria e constatação 
de instalação e uso de itens necessários ao correto funcionamento 
da atividade naquele local.
 • Registros especiais - para o caso de algumas atividades 
específicas, tais como: representações comerciais (CORE), 
Engenharia e Arquitetura (CREA), Turismo (EMBRATUR), Instituições 
Financeiras (BACEN), auditoria (CVM) etc.
Como as empresas são iniciadas com o intuito de mercantilismo 
ou prestação de serviços, é importante lembrar que podem ser formadas 
por uma ou mais pessoas físicas, podendo ser intitulada como sociedade 
empresária ou simples.
Figura 2 - A partir de duas pessoas físicas, forma-se uma sociedade empresária
Fonte: Freepik
Considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o 
exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro e considera-
se simples, as demais.
Quanto às sociedades por ações, muito comentadas no mercado 
financeiro, qualquer que seja seu objeto, são sempre comerciais. 
De acordo com a legislação brasileira, os tipos de sociedade são:
 • Sociedade simples.
 • Sociedade limitada.
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 • Sociedade em conta de participação.
 • Sociedade anônima.
 • Sociedade em comandita simples.
 • Sociedade cooperativa.
Os tipos mais comuns são a sociedade limitada e a sociedade 
anônima.
Na prática, o contrato ou estatuto social é o documento que fixa 
o exercício social de determinada empresa, devendo compreender, 
obrigatoriamente, o período de 12 meses. O exercício social não precisa 
obedecer exatemente o ano civil, já que as empresas não têm regras 
e datas para abertura, no entanto, devido aos períodos de entrega 
das demonstrações contábeis e da legislação societária e tributária, 
principalmente o regulamento do Imposto de Renda, as pessoas jurídicas 
compatibilizam essas datas.
Figura 3 - Relatórios contábeis
Fonte: Freepik
Essas demonstrações a serem levantadas, que são relatórios 
financeiros ou contábeis, estão previstas na Lei nº 6.404/1976, são elas:
 • Balanço Patrimonial
 • Demonstração do resultado do exercício (DRE)
Fundamentos Contábeis 
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 • Demonstração dos lucros ou prejuizos acumulados (DLPA) ou 
Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL)
 • Demonstrações dos fluxos de caixa (DFC) em alguns casos
Existem alguns outros relatórios que devem ser gerados e 
divulgados, porém são exigências a alguns tipos de sociedades, tais como 
a demonstração dos fluxos de caixa para as empresas com Patrimônio 
Líquido acima de 2 milhões e a demonstração do valor adicionado (DVA) 
e notas explicativas para as sociedades anônimas.
Existem ainda outras expecificações sobre as sociedades, tais como 
os requisitos de enquadramento no regime tributário.
Figura 4 - Regime de tributação
Fonte: Freepik
O que os sócios devem saber para estabelecer o porte da empresa 
e o tipo de enquadramento mais adequado é basicamente a previsão do 
faturamento, a previsão das despesas, margem de lucro e gastos com 
funcionários. Assim, o negócio poderá ser definido como microempresa 
(ME), empresa de pequeno porte (EPP),  microempreendedor individual 
(MEI) ou empresa de médio e grande porte. Sabendo dessas informações, 
será possivel optar pelo tipo de regime a ser tributário, podendo ser o 
Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real – os mais utilizados no 
Brasil.
Fundamentos Contábeis 
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IMPORTANTE:
O regime de tributação é também atrelado ao tipo de objeto 
social, havendo algumas particularidades e exigências em 
lei que podem excluir a possibilidade de enquadramento 
no Simples, por exemplo.
Após a providência dos documentos de formalização, como ficará 
os registros dos bens e obrigações dessa entidade? Como será formado 
seu patrimônio?
Antes de iniciarmos o passo a passo do registro, é importante 
relembrarmos do método utilizado pela contabilidade para registrar 
qualquer tipo de fato. Então, vamos lembar do método das partidas 
dobradas e de mais alguns conceitos e relações das contas.
Primeiramente, conforme tabela a seguir, temos:
Tabela 1 – Exemplo do método das partidas dobradas
Fonte: Elaborado pela autora (2021).
As aplicações de recursos compreendem as contas do Ativo, 
onde ficam demonstrados os bens e direitos. As origens de recursos 
compreendem as contas do Passivo, onde ficam demonstradas as 
obrigações. As contas de aplicações de recursos têm natureza devedora, 
enquanto as contas de origens de recursos têm natureza credora.
REVISANDO: o método das partidas dobradas – metodologia utilizada 
na contabilidade para registrar os fatos e as transações de uma entidade – 
define-se por a cada débito existe um ou mais crédito de igual valor.
Fundamentos Contábeis 
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 • Débito representa para onde foi destinado – aplicado o recurso da 
transação.
 • Crédito representa a fonte (origem) da transação.
 • Destino – aplicação dos recursos: bens e direitos e para as 
operações. Fonte (origem) dos recursos – próprios, de terceiros e 
das operações.
Em seguida, outra regra importante a lembrarmos é a seguinte:
Tabela 2 - Regra de registro dos fatos para as contas de ativo e passivo
Fonte: Elaborado pela autora (2021).
Importante retomar a questão da tabela anterior, que diferencia os 
tipos de lançamentos de acordo com a classificação ativo ou passivo e 
tipo do fato, se movimenta entrada ou saída de ativos; ou entrada ou saída 
de obrigações.
Agora, para concluirmos nossa revisão, os registros são realizados 
em dois tipos de livros obrigatoriamente, ou seja, em dois formatos: livro 
diário e livro razão. No livro diário, depreenchimento obrigatório (exigido 
por lei), são lançadas as operações diárias da empresa, obedecendo 
ordem cronológica e o método das partidas dobradas.
No livro razão, fundamental ao processo contábil e exigido pela 
legislação brasileira para empresas cuja tributação do Imposto de Renda 
seja com base no Lucro Real, os lançamentos são realizados pelo método 
das partidas dobradas. Em nossos exemplos, para facilitar o entendimento, 
vamos realizar o registro nos razonetes, que utilizam a essência dos 
lançamentos em razão, porém é uma técnica contábil para levantamento 
do saldo de cada conta individualmente.
Fundamentos Contábeis 
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Figura 5 - Cálculo de Imposto de Renda com base no Lucro Real
Fonte: Freepik
Finalmente, documentação e registros, para a abertura da escrita 
contábil da empresa, tem-se os lançamentos de subscrição do capital 
e, em seguida, a integralização total ou parcial do capital subscrito. A 
integralização do capital social poderá ser efetuada em dinheiro ou em 
bens móveis ou imóveis suscetíveis de avaliação em dinheiro.
IMPORTANTE:
Quando uma empresa é iniciada, aberta, seus sócios 
atribuem um valor de investimento. Quando é uma empresa 
do tipo “sociedade limitada” o valor é representado por 
quotas, enquanto, se a empresa é do tipo “sociedade 
anonima”, é representada por ações. Essa atribuição de valor 
do investimento corresponde a uma promessa de “depósito” 
ou integralização desse valor em determinada data. 
Quando esse capital subscrito é efetivamente integralizado, 
ele passa a ser chamado de capital integralizado.
O capital pode ocorrer na forma de dinheiro ou na disposição de 
bens, como máquinas, automóveis ou imóveis. 
Fundamentos Contábeis 
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No caso da abertura de uma empresa, o contrato é a forma jurídica 
– ato. A essência do lançamento só ocorrerá quando do usufruto do objeto 
do contrato (fato).
A subscrição de capital deve ser feita por meio de um documento, 
com o claro estabelecimentode direitos e deveres para todos os 
envolvidos no processo.
ACESSE:
O artigo Cálculos de análise contábil na abertura de 
empresas e estudos iniciais para a constituição eficaz do 
capital trata dos primeiros cálculos empresariais que devem 
ser feitos por um contador no início de uma formação 
patrimonial, ou seja, na criação de um empreendimento. 
Esses saberes são importantes para o aprendizado sobre os 
principais fatores em relação ao processo de constituição 
de uma empresa. Clique aqui para acessar.
Fundamentos Contábeis 
https://revista.crcmg.org.br/rmc/article/view/368/177
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RESUMINDO:
E então? Gostou dessa primeira competência? Agora, só 
para termos certeza de que você realmente entendeu o 
tema de estudo deste primeiro capítulo, vamos resumir o 
que vimos. Você deve ter entendido como funcionam os 
principais aspectos e processos em relação à constituição 
de capital de uma empresa. Também podemos relembrar 
sobre os registros a serem realizados, tais quais: contrato 
social, estatuto social ou requerimento; registro federal; 
registro estadual; registro municipal; registros especiais. 
Além disso, vimos os tipos de sociedade de acordo 
com a legislação brasileira que são: sociedade simples; 
sociedade limitada; sociedade em conta de participação; 
sociedade anônima; sociedade em comandita simples; 
sociedade cooperativa. É importante relembrar que para 
a documentação e os registros, para a abertura da escrita 
contábil da empresa, tem-se os lançamentos de subscrição 
do capital e, em seguida, a integralização total ou parcial do 
capital subscrito. Tomando por base esses aprendizados, 
o profissional de contabilidade em diversos contextos 
práticos de sua área de atuação estará preparado para 
entender as responsabilidades das ações e promover em 
seu ofício as melhores decisões possíveis.
Fundamentos Contábeis 
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Registro do Capital Social na abertura 
da empresa 
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender 
como funciona a contabilização da subscrição do capital 
de uma empresa. Tudo o que você conhece até então será 
ampliado com a visão da contabilidade. Você compreenderá 
também como aplicar as técnicas de lançamentos das 
contas a débito e crédito nas contas do Ativo, Passivo e 
Resultados. Vamos lá!
Registro do capital social na abertura da 
empresa
Vamos então à contabilização da subscrição do capital. Inicia-se 
pelo capital subscrito, que é o valor total do compromisso de contribuição 
firmado pelos sócios (em dinheiro ou em bens), por meio de contrato 
social, na formação do capital da empresa. Na sequência, a contabilização 
da integralização do capital, que é a parte ou o total do capital subscrito, 
já recebido pela sociedade.
Figura 6 - Compromisso firmado pelos sócios de uma empresa
Fonte: Freepik
Fundamentos Contábeis 
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EXEMPLO: para ilustrar e facilitar o entendimento da prática do 
registro do capital social, vamos utilizar o seguinte exemplo:
Formação e registro da empresa Solutions Ltda.
Os sócios João e Joaquim constituíram uma sociedade por cotas de 
responsabilidade limitada. A cláusula do contrato social, relativa à forma 
da realização do capital, está redigida da seguinte forma:
 • Cláusula 4ª - O capital social é de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), 
dividido em 30.000 (trinta mil) cotas de R$ 1,00 (um real) cada 
uma, a ser integralizado da seguinte forma:
a. João, 15.000 (quinze mil) cotas de R$ 1,00 (um real) cada uma, 
totalizando R$ 15.000,00 (quinze mil reais), sendo que: 15.000 
(quinze mil) cotas, totalizando R$ 15.000,00 (quinze mil reais), 
serão integralizadas neste ato em moeda corrente do país.
b. Joaquim, 15.000 (quinze mil) cotas de R$ 1,00 (um real) cada uma, 
totalizando R$ 10.000,00 (quinze mil reais), integralizadas neste 
ato, e integralização do restante, após 120 dias da assinatura do 
contrato.
Passo a passo:
Registros contábeis:
1º. Pela subscrição do capital social:
D - Capital Social a Realizar (Patrimônio Líquido) R$ 15.000,00
D - Capital Social a Realizar (Patrimônio Líquido) R$ 15.000,00
C - Capital Social Subscrito (Patrimônio Líquido) R$ 30.000,00
 • Histórico: valor do capital subscrito no valor de R$ 30.000,00, 
dividido em 30.000 cotas de R$ 1,00 cada uma, conforme o 
contrato registrado na Junta Comercial, sendo 15.000 cotas ao 
sócio João e 15.000 quotas ao sócio Joaquim. 
 • Nota: dois lançamentos na conta de “Capital a Integralizar” referente 
ao compromisso firmado pelos dois sócios, João e Joaquim.
Fundamentos Contábeis 
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2º. Integralização do capital: 
Capital integralizado é a parte ou o total do capital subscrito, já 
recebido pela sociedade.
D – Caixa (Ativo Circulante – disponível) R$ 15.000,00
D – Caixa (Ativo Circulante – disponível) R$ 10.000,00
C – Capital Social a Integralizar (Patrimônio Líquido) R$ 15.000,00
C – Capital Social a Integralizar (Patrimônio Líquido) R$ 10.000,00
 • Nota: Integralização total por parte do sócio A e integralização por 
parte do sócio B, da parte firmada em contrato no ato da assinatura 
do contrato.
3º. Integralização do capital no prazo de 120 dias.
Após os 120 dias da assinatura do contrato, o sócio B deve integralizar 
o restante do capital social. Segue a contabilização:
D – Caixa (Ativo Circulante – disponível): R$ 5.000,00
C – Capital Social a Integralizar (Patrimônio Líquido): R$ 5.000,00
O mesmo lançamento, realizado em razonetes ou conta T:
1º - Pela subscrição do capital social:
2º - Integralização do capital:
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3º - Integralização do capital no prazo de 120 dias:
Para ter uma visão mais clara do patrimônio dessa empresa, veja a 
seguir o Balanço Patrimonial.
Já que estamos utilizando uma variação no termo “Capital” é 
importante falarmos um pouco mais desse assunto. 
Capital 
Retomando o conceito de origem e aplicação dos recursos, 
observamos no exemplo que utilizamos para subscrição e integralização 
do capital social que o “capital” teve origem no Passivo – Patrimônio 
Líquido – Capital Social e sua aplicação ocorreu no Ativo – Circulante – 
Disponível – Caixa. Logo, temos a seguinte definição:
O capital é o conjunto de recursos postos à disposição da empresa, 
seja por terceiros ou pelos proprietários (passivo ou patrimônio líquido).
Fundamentos Contábeis 
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Figura 7 - Investimento de capital
Fonte: Freepik
Logo, vamos retomar um pouco os demais termos utilizados pela 
contabilidade:
REVISANDO: Capital social: também chamado de capital nominal 
ou de capital integralizado, é o investimento dos sócios na empresa. Ele 
pode ser aumentado a partir de novas integralizações feitas pelos sócios 
ou até mesmo pela entrada de novos sócios.
Entendendo os registros de ativo e passivo
Os ativos são as aplicações de recursos, ou seja, como os sócios 
aplicaram o capital social investido inicialmente ou, também, como está 
sendo aplicado o capital vindo de terceiros. Em ambos os caso, teremos 
vários tipos de bens representando as aplicações. Vamos ver alguns 
exemplos.
EXEMPLO:
1. Ao iniciar os negócios, os sócios integralizaram capital (Passivo – 
Patrimônio Líquido – Origem de Recursos) de forma parcial em 
dinheiro, máquinas e imóveis (Ativo – Aplicação de Recursos).
Fundamentos Contábeis 
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2. Para produzir, foi comprado matéria-prima (Ativo – Aplicação) para 
pagar a prazo com o fornecedor (Passivo – Origem, a partir de 
capital de terceiros).
3. Aquisição de máquina (Ativo – Aplicação) para a fábrica através de 
financiamento bancário (Passivo – Origem, a partir de capital de 
terceiros).
Além desses exemplos, existem muitos, mas o importante aqui 
é entendermos que existem vários tipos de bens no ativo, aqueles de 
grau de liquidez imediata, tais como o dinheiro, que já é liquido, contas 
correntes em banco, duplicatas a receber e os imobilizados, aqueles que 
caracterizam bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da 
empresa.
Note que não temos como falar das contas doativo sem mencionar 
as contas do passivo e vice-versa, pois muitas vezes um altera o outro, 
então, a partir de agora, vamos estudar mesclando os dois grandes 
grupos do Patrimônio, considerando os princípios conceituais básicos e a 
regulamentação de acordo com as leis.
IMPORTANTE:
A Lei nº 6.404/1976, que regulamenta a existência das 
sociedades por ações (sociedades anônimas) determinou 
os relatórios a serem apresentados, estabeleceu os critérios 
de avaliação do ativo e passivo. Posteriormente, o Decreto-
lei nº 1.598/1977 aprovou em termos fiscais de imposto de 
renda as demonstrações financeiras sugeridas pela Lei nº 
6.404/1976 das S/As, estendendo a sua obrigatoriedade 
para todas as outras formas de sociedades. 
Em atenção e obediência às leis, os relatórios financeiros e 
contábeis devem seguir o padrão estabelecido, com nomenclatura e 
contas apropriadas para o entendimento do fisco, dos gestores e demais 
usuários.
Para facilitar o entendimento, vamos observar a disposição das 
contas dentro do Balanço Patrimonial a seguir:
Fundamentos Contábeis 
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Tabela 3 - Estrutura básica do novo formato do Balanço Patrimonial
Fundamentos Contábeis 
27
Fonte: Elaborado pela autora (2021).
E por falar em novo formato, é importante saber um pouco mais sobre 
algumas alterações realizadas para atender as práticas internacionais da 
Contabilidade.
Em dezembro de 2009, a Lei nº 11.941/2009 complementou a 
Lei nº 11.638/2007, consolidando as alterações necessárias. Então, a 
obrigatoriedade da apresentação das demonstrações contábeis ou 
financeiras, segundo as práticas internacionais da contabilidade, a partir 
de 1/1/2010, serve para todas as empresas e entidades brasileiras.
Vamos listar a seguir as principais alterações da Lei nº 11.404/1976, 
pronunciada pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis:
 • Substituição da nomenclatura Longo Prazo por Não Circulante.
 • Apresentação do ativo em dois agrupamentos de contas: o Ativo 
Circulante e o Ativo Não Circulante.
 • Apresentação do passivo em três grandes agrupamentos de 
contas: o Passivo Circulante, o Passivo Não Circulante e o 
Patrimônio Líquido.
 • Extinção da nomenclatura Ativo Permanente, ficando seus 
componentes dentro do Ativo Não Circulante.
 • Incorporação do Realizável a Longo Prazo dentro do Ativo Não 
Circulante.
 • Extinção do grupo Ativo Diferido, sendo suas contas transferidas 
para o Ativo Imobilizado ou Intangível.
Fundamentos Contábeis 
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 • Criação do subgrupo Intangível, apresentado no Ativo Não 
Circulante, cujos itens que o compõem serão destacados do 
Imobilizado.
 • Incorporação do grupo Resultado de Exercícios Futuros como 
item do Passivo Não Circulante, sob a terminologia de Receitas – 
Despesas Diferidas.
Pronto, agora que essas informações ficaram claras. A compreensão 
dos primeiros conceitos sobre ativo e passivo são primordiais para a 
compreensão das variações mais detalhadas sobre esses conceitos. A 
abordagem que envolve o ativo e o passivo é bem mais complexa do que 
se imagina. No próximo capítulo iremos nos dedicar a entender ainda mais 
sobre esse conteúdo.
SAIBA MAIS:
Para entender mais aspectos sobre a contabilidade na 
abertura de empresas, leia o artigo: A contabilidade na 
abertura de empresas. O estudo do tipo de empresa a ser 
aberta é essencial para que se entenda o ramo que se 
quer atuar e como fará isso, para reduzir as chances desse 
negócio dar errado no futuro. Questiona-se qual o papel 
da contabilidade, bem como as exigências para que um 
empreendedor possa abrir seu negócio, seja MEI, ME ou 
EPP. Clique aqui para acessar.
Fundamentos Contábeis 
http://ojs.toledo.br/index.php/gestaoetecnologia/article/view/3027/514
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RESUMINDO:
E então? Gostou dessa segunda competência? Agora, só 
para termos certeza de que você realmente entendeu o 
tema de estudo deste primeiro capítulo, vamos resumir 
tudo o que vimos até aqui. Você deve ter entendido como 
funciona a contabilização da subscrição do capital de uma 
empresa desde o momento de definição do valor total do 
compromisso de contribuição firmado pelos sócios, que 
origina o capital social do negócio. Para isso, ilustramos 
com um exemplo fictício as etapas de integralização 
desse capital na empresa, refletindo seus efeitos nas 
demonstrações financeiras, como o balanço patrimonial. 
Também podemos relembrar que o capital é definido 
como um conjunto de recursos postos à disposição da 
empresa, seja por terceiros ou pelos proprietários (passivo 
ou patrimônio líquido e que o aporte desse capital no 
negócio por parte dos sócios é a fonte do capital social. 
Além disso, pudemos conhecer melhor sobre a aplicação 
e contextualização do ativo e passivo de uma empresa, 
tanto sob a forma de demonstrativo financeiro como 
discricional. É importante relembrar que a documentação e 
os registros que devem ser apresentados pelas empresas 
de capital social são estabelecidos com base na Lei nº 
6.404/1976, que regulamenta a existência das sociedades 
por ações (sociedades anônimas). Tomando por base 
esses aprendizados, o profissional de contabilidade, em 
diversos contextos práticos de sua área de atuação, estará 
preparado para entender as responsabilidades das ações 
e promover em seu ofício as melhores decisões possíveis.
Fundamentos Contábeis 
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Registro de Ativo e Passivo 
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender 
aspectos basilares sobre os ativos e passivos em uma 
empresa. Entenderá sobre a divisão das contas desses 
grupos e o manuseio delas de forma correta, evitando 
equívocos em seu uso na prática profissional. E aí? Motivado 
para desenvolver esta competência? Vamos lá!
Ativo e Passivo Circulante
Para facilitar os estudos e o entendimento, vamos falar do Ativo e 
Passivo em conjunto, porém separando pelos grandes grupos.
Quando falamos do circulante, temos algumas contas de ativo e de 
passivo semelhantes, tais como Clientes (Ativo) e Fornecedores (Passivo). 
Além da semelhança, estamos falando de componentes patrimoniais 
movimentados a curto prazo, ou seja, dentro do exercício contábil. E 
como observamos nos lançamentos de abertura da empresa, na grande 
maioria das vezes, teremos fatos que envolvem contas dos dois grupos.
Outro ponto a ser observado com o intuito de facilitar nossos 
estudos é o foco nas principais contas do ativo e passivo circulantes, ou 
seja, algumas contas são mais comuns e utilizadas de forma geral por 
uma grande quantidade de empresas e serão essas as comentadas e 
tratadas.
Dentre os ativos circulantes, as principais contas são:
 • Caixa.
 • Bancos.
 • Aplicações financeiras.
 • Duplicatas a receber (clientes).
 • Estoque de mercadorias.
Fundamentos Contábeis 
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 • Impostos a recuperar.
 • Despesas do exercício seguinte.
 • Outros valores a receber/realizar.
RELEMBRANDO: Dentre os ativos estão os bens e os direitos.
Dentre os componentes patrimoniais do ativo existem aqueles 
considerados como ativos corpóreos – que são exatamente os bens que 
têm forma, que podem ser vistos, tocados, ou seja, os bens tangíveis, 
tais como os veículos, prédios, estoques etc. Existem também os ativos 
incorpóreos, que são aqueles que não têm forma física, imateriais, ou 
conforme vimos, os bens intangíveis, são exemplos as marcas, as patentes 
de invenção, o domínio de internet etc.
Os principais itens do passivo circulante são:
 • Duplicatas a pagar – fornecedores.
 • Salários e encargos sociais a pagar.
 • Impostos a recolher.
 • Financiamentos e empréstimos.
 • Provisão para imposto de renda.
 • Distribuição de lucros diversos.
 • Outras contas a pagar.
Registro dos principais itens circulantes
Através do registro dos fatos contábeis ocorridos no dia a dia de 
uma empresa será possível entendermos como cada conta é registrada 
e quais são suas particularidades. Logo, seguem diversos exemplos de 
situações/fatos a serem registrados, cada um deles será comentado.
a. Situação A – Aberturade conta corrente com dinheiro do caixa – 
permuta de valores dentro do ativo. 
A empresa Solutions Ltda. possui um saldo de caixa no valor de 
R$ 30.000,00 (a). Para facilitar as transações de compra, venda e de 
Fundamentos Contábeis 
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pagamentos, os sócios João e Joaquim decidiram abrir uma conta corrente 
no banco (b). Depositaram em dinheiro (caixa) (c) o valor de R$ 25.000,00.
Lançamento em diário:
D – Banco Conta Corrente (Ativo Circulante) R$ 25.000,00 (b)
C – Caixa (Ativo Circulante) R$ 25.000,00 (c)
Nota explicativa: No dia 01/02/2019 foi realizada a abertura da conta 
corrente no Banco através de depósito com comprovante de número 
1234, no valor de R$ 25.000,00.
Lançamento em razonete – conta T:
EXPLICANDO MELHOR:
Lançamos o saldo da conta caixa a débito (a); depois 
registramos a “entrada” a débito do depósito no banco conta 
corrente (b) e, por fim, registramos a “saída” de dinheiro do 
caixa (c).
Temos aqui um fato do tipo permutativo, ou seja, não houve 
alteração patrimonial nem quantitativa. Somente alteração qualitativa, de 
uma conta para outra.
Após lançamentos, verifique a seguir o balanço patrimonial 
atualizado.
Fundamentos Contábeis 
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b. Situação B: aquisição de ativo utilizando recursos de terceiros.
A empresa Solutions Ltda. é uma empresa de prestação de 
serviços de manutenção de equipamentos de informática, mas também 
comercializa peças e itens. Para garantir as atividades em 100% do objeto 
contratual, realizaram a aquisição de itens para estoque (a) no valor de R$ 
4.000,00 com pagamento a prazo ao fornecedor, através de duplicatas (b).
Lançamento em diário:
D – Estoque de itens para revenda (Ativo Circulante) R$ 4.000,00 (a)
C – Duplicatas a pagar (Passivo Circulante) R$ 4.000,00 (b)
Nota explicativa: No dia 05/02/2019 foi realizada a aquisição de 
mercadorias para estoque através da Nota Fiscal nº 987, no valor de R$ 
4.000,00, junto ao fornecedor Informática Ltda.
Lançamento em razonete – conta T:
 
EXPLICANDO MELHOR:
Lançamos a débito a entrada de mercadorias na conta 
Estoque de itens (a); depois, em contrapartida, registramos 
a “entrada” a crédito de uma obrigação na conta Duplicatas 
a pagar (b).
Note que nessa situação houve alteração tanto no ativo quanto 
no passivo. Temos então um fato do tipo modificativo, ou seja, houve 
alteração patrimonial quantitativa e qualitativa. Agora existe uma obrigação 
com terceiros e também um novo item patrimonial no ativo referente aos 
estoques.
Fundamentos Contábeis 
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Após os lançamentos, veja como ficou o balanço patrimonial 
atualizado:
c. Situação C: aplicação de valor em conta corrente para conta de 
aplicação financeira.
Os sócios da Solutions Ltda., após conversa com o gerente do 
banco, acharam interessante fazer uma aplicação financeira. No dia 
12/02/2019, a conta corrente permanece com um saldo de R$ 25.000,00 
(a), então, transferiram R$ 2.000,00 da conta corrente no banco (b) para 
uma aplicação financeira (c) no mesmo banco.
Lançamento em diário:
D – Aplicação financeira (Ativo Circulante) R$ 2.000,00 (b)
C – Conta corrente banco (Ativo Circulante) R$ 2.000,00 (c)
Nota explicativa: No dia 12/02/2019 foi realizada a transferência de 
R$ 2.000,00 da conta corrente através do comprovante nº 1256 para a 
conta Aplicação Financeira no mesmo banco.
Lançamento em razonete – conta T:
 
Fundamentos Contábeis 
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EXPLICANDO MELHOR:
Lançamos a débito o saldo da conta corrente banco (a); 
depois, lançamos a “entrada” dos R$ 2.000,00 a débito 
na conta Aplicação Financeira (b); e, por fim, registramos 
a “saída” de recurso a crédito na conta corrente Banco (c) 
diminuindo o saldo dessa conta.
Note que nessa situação não houve alteração quantitativa no 
patrimônio, apenas uma modificação no ativo, ou seja, o fato foi apenas 
permutativo, alterando a qualidade dos elementos e não os valores do 
patrimônio.
Veja como ficou o balanço patrimonial atualizado:
NOTA:
Como você deve ter percebido, nós comentamos sobre 
alguns dos elementos patrimoniais que compõem o ativo 
e o passivo circulante, mas não comentamos de todos 
os considerados mais comuns e importantes, no entanto, 
serão comentados na sequência, quando falarmos dos 
registros que envolvem as Contas de Resultado.
Ativo e passivo não circulante
De maneira oposta ao ativo circulante, que acontece dentro dos 
próximos 365 dias que ocorrerão no exercício seguinte, o não circulante 
Fundamentos Contábeis 
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corresponde aos ativos que serão realizados ou recebidos após 365 dias. 
Assim também ocorre com as dívidas que serão pagas além desse prazo. 
Temos então as contas de ativo ou passivo de longo prazo. 
As contas do ativo assumem a classificação de Realizável a Longo 
Prazo e as contas do passivo como Exigível a Longo Prazo. Ambas são 
consideradas como Não Circulante.
IMPORTANTE:
O ponto de referência para se classificar no circulante 
(curto prazo) ou não circulante (longo prazo) é a data do 
encerramento do balanço patrimonial.
O ativo não circulante é composto pelos bens e direitos que têm 
natureza distinta. Enquanto os itens classificados como Realizável a Longo 
Prazo têm a característica básica da intenção de realização (venda ou 
recebimento), mesmo que em prazo mais longo do que os bens e direitos 
do ativo circulante, os demais itens do ativo não circulante têm como 
característica básica a ideia de “não venda” (PADOVEZE, 2014).
Então, os itens do ativo não circulante devem permanecer no 
patrimônio, e mesmo sendo essa uma característica semelhante ao “Ativo 
Permanente”, que pela nova lei foi extinto e substituído pelos subgrupos: 
Investimento, Imobilizado ou Intangível – os substitutos assumem a 
mesma ideia de permanência.
São exemplos de itens do Ativo Não circulante:
 • Investimentos – empresas controladas, empresas coligadas, 
ações etc.
 • Imobilizado – terrenos, edifícios, pátios, instalações, máquinas, 
móveis e utensílios, veículos, obras em andamento etc.
 • Intangível – gastos com pesquisa e desenvolvimento, marcas e 
patentes.
Fundamentos Contábeis 
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São também exemplos de ativos intangíveis:
a. Gastos com propaganda.
b. Carteira de clientes adquirida.
c. Direitos autorais.
d. Licença de transmissão. 
e. Aquisição de franquias.
f. Direitos de comercialização.
Passivo não circulante era denominado, antes das alterações 
vigoradas em 2010, Exigível a Longo Prazo, pela característica das 
obrigações com vencimento superior a 365 dias da data do balanço. De 
forma geral e simplificada, podemos dizer que todos os itens do Passivo 
Circulante, podem vir a se tornar também Passivos Não Circulantes, caso 
seus vencimentos ocorram em datas superiores ao balanço ser encerrado.
EXEMPLO: vamos supor que foi realizado um empréstimo e o 
pagamento deverá ocorrer nas seguintes datas:
1ª Parcela em 10/10/X2
2ª Parcela em 10/10/X3
O encerramento do balanço ocorrerá em 31/12/X1.
A 1ª parcela será considerada Passivo Circulante, pois se contarmos 
da data de fechamento do balanço para o vencimento da 1ª parcela, 
o vencimento está dentro dos próximos 365 dias, logo, temos um 
lançamento na conta Empréstimos (Passivo Circulante). Já a 2ª parcela, 
com vencimento em 10/10/X3 será um item do Passivo Não Circulante, 
pois seu vencimento ultrapassa os 365 dias a contar do encerramento do 
balanço.
Os principais exemplos de componentes do Passivo Não Circulante 
são os Empréstimos e Financiamentos que ultrapassam os 12 meses 
do encerramento do exercício. Em geral, são recursos de terceiros com 
vencimento a longo prazo.
Fundamentos Contábeis 
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Registro dos principais itens não circulantes
Vamos entender melhor como funcionam os lançamentos das 
contas de ativo e passivo não circulante. É importante salientar que 
normalmente a aquisição de imobilizados sugere uma contrapartida em 
contas do passivo não circulante, pois são operações pagas utilizando 
crédito a longo prazo.
a. Situação A: aquisiçãode ativo imobilizado através de financiamento 
a longo prazo.
A empresa Solutions Ltda. está montando um laboratório móvel 
para atender aos clientes, então, necessitará adquirir um veículo utilitário. 
No dia 20/02/2019 adquiriu um veículo no valor de R$ 50.000,00 (a), o 
pagamento será efetuado em 2 parcelas iguais, sendo o vencimento da 
primeira no dia 20/03/2019 (b) e a segunda no dia 20/04/2020 (c). Para 
realizar essa aquisição, contraiu um financiamento junto ao banco.
Lançamento em diário:
D – Veículos (Ativo Não Circulante - Imobilizado) R$ 50.000,00 (a)
C – Financiamento a Curto Prazo (Passivo Circulante) R$ 25.000,00 (b)
C – Financiamento a Longo Prazo (Passivo Não Circulante) R$ 
25.000,00 (c)
Nota explicativa: no dia 20/02/2019 foi adquirido o veículo utilitário 
através da nota fiscal nº 555. O pagamento será realizado através do 
financiamento com o Banco B, constante no contrato nº 789/2019, em 2 
parcelas iguais com vencimento em 20/03/2019 e 20/04/2020.
Lançamento em razonete – conta T:
 
Fundamentos Contábeis 
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EXPLICANDO MELHOR:
Registramos a aquisição do veículo (Ativo Não Circulante – 
Imobilizado) caracterizado por entrada de Ativo através de 
lançamento a débito; e considerando o encerramento do 
período em 31/12/2019, registramos um crédito referente 
à 1ª parcela na conta Financiamento a Curto Prazo (b) (item 
do Passivo Circulante) e o restante do saldo respectivo à 
2ª parcela, foi registrado a crédito, na conta Financiamento 
a Longo Prazo, (Passivo Não Circulante) (c) devido ao 
vencimento ocorrer após o encerramento do exercício.
Temos aqui um fato do tipo modificativo, causador de alteração 
patrimonial, tanto em contas do ativo quanto em contas do passivo.
Vamos conferir como ficou o balanço patrimonial atualizado:
b. Situação B: levantamento de capital de giro – dinheiro através de 
empréstimo a longo prazo.
A empresa Geradores Ltda. está com dificuldade financeira e 
precisou fazer um empréstimo de capital de giro (dinheiro). No dia 
20/11/2019 efetivou a contratação do empréstimo no valor de R$ 
20.000,00. O dinheiro será depositado diretamente na conta corrente e o 
pagamento será feito em 18 parcelas sem juros com vencimento mensal, 
sendo a primeira no dia 20/12/201.
Fundamentos Contábeis 
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Calculando valores:
Valor do capital = 20.000
Nº de parcelas = 18
Pagamento a curto prazo (12 meses) = valor do capital/parcelamento 
total x 12 
Substituindo os valores:
Pagamento a curto prazo (12 meses) = 20.000 / 18 x 12
Pagamento a curto prazo (12 meses) = 13.333,33*
Para encontrarmos o valor de longo prazo:
Pagamento a longo prazo (quantidade de parcelas que excedem 
os 12 meses)
Nº de parcelas = 18
Parcelas a serem pagas a curto prazo 12
Quantidade de parcelas excedentes ao curto prazo = 18 – 12
Quantidade de parcelas excedentes ao curto prazo = 6
Pagamento a longo prazo (6 meses) = 20.000 / 18 x 6
Pagamento a longo prazo (6 meses) = 6.666,67*
Observação: quando o cálculo resultar em uma dízima periódica, 
deveremos arredondar os valores após a vírgula, mantendo em 2 casas. 
Nesse caso, para facilitar a visualização, estamos mantendo o número 
inteiro, sem casas depois da vírgula.
Lançamento em diário:
D – Banco conta corrente (Ativo Circulante) R$ 20.000,00 (a)
C – Empréstimo a Curto Prazo (Passivo Circulante) R$ 13.333,00 (b)
C – Empréstimo a Longo Prazo (Passivo Não Circulante) R$ 6.667,00 (c)
Nota explicativa: no dia 20/11/2019 foi contraído empréstimo, junto 
ao Banco W, constante no contrato nº 1.515/2019. O pagamento será em 
Fundamentos Contábeis 
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18 parcelas iguais com vencimento mensal, sendo a primeira parcela 
com vencimento em 20/12/2019. O valor entrou na conta corrente no dia 
20/11/2019 através da operação nº 23456.
Lançamento em razonete – conta T:
 
EXPLICANDO MELHOR:
Registramos a contratação de um empréstimo no valor 
de R$ 20.000,00, sendo que as 12 primeiras parcelas que 
totalizaram R$ 13.333,00 foram lançadas a crédito na conta 
Empréstimo a Curto Prazo (Passivo Circulante) e o restante 
das parcelas que totalizaram R$ 6.667,00 foi devidamente 
lançado a crédito na conta Empréstimo a Longo Prazo 
devido ao fato de ultrapassar o fechamento do exercício 
contábil de 12 meses. Os R$ 20.000,00 foram lançados a 
débito na conta Banco conta corrente.
Temos aqui um fato do tipo modificativo, causador de alteração 
patrimonial, tanto em conta do ativo quanto em contas do passivo.
c. Situação C: amortização de parcela de empréstimo.
Chegada a data de 20/12/2019, foi realizado o pagamento da 1ª 
parcela do empréstimo contratado em 20/11/2019. A parcela foi paga pelo 
banco conta corrente que permaneceu com o saldo de R$ 20.000,00.
Calculando valores:
Na conta Empréstimos a pagar a curto prazo consta o valor de R$ 
13.333,00, que será pago em 12 parcelas. 
Fundamentos Contábeis 
42
No dia 20/12/2019 estamos pagando apenas a 1ª parcela, ou seja, 
precisamos diluir desse montante o respectivo a 1 parcela apenas, então, 
temos o seguinte:
Montante do empréstimo a curto prazo: R$ 13.333,00
Nº de parcelas: 12
Encontrando o valor da parcela:
R$ 13.333,00 / 12 = R$ 1.111,00
Lançamento em diário: 
D – Empréstimo a Curto Prazo (Passivo Circulante) R$ 1.111,11 (a)
C – Banco Conta Corrente (Ativo Circulante) R$ 1.111,11 (b)
Nota explicativa: na data 20/12/2019, pagamento de parcela de 
empréstimo junto ao Banco W através da conta corrente, no valor de R$ 
1.111,11 com nº da operação 475869.
Lançamento em razonete – conta T:
 
EXPLICANDO MELHOR:
A conta Banco conta corrente tinha um saldo de R$ 
20.000,00 e foi registrado a débito, enquanto a conta 
Empréstimo a curto prazo tinha um saldo de R$ 13.333,00, 
que foi registrado a crédito. Quando realizamos o pagamento 
da 1ª parcela, no valor de R$ 1.111,00, registramos na conta 
Empréstimos a curto prazo um débito, reduzindo assim o 
saldo credor da conta. Em contrapartida, a saída de valor 
no banco conta corrente, foi creditada, reduzindo também 
o saldo da conta.
Fundamentos Contábeis 
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No exemplo pudemos visualizar o que acontece com as contas de 
ativo e passivo quando recebem lançamentos opostos à sua natureza, 
ou seja, para a conta banco conta corrente (ativo circulante) que tem 
a natureza devedora, registrou o lançamento credor, causando uma 
redução no saldo final. O mesmo ocorreu com a conta Empréstimo a curto 
prazo (passivo circulante), que tem a natureza credora e registrou uma 
operação de débito, reduzindo também o saldo final da conta.
d. Situação D: investimento em ações de outras empresas – Ativo 
Não Circulante – Investimentos.
A empresa Solutions Ltda. decidiu investir em ações, acompanhou 
o mercado e optou por comprar 5.000 ações da Emprea A, no valor de 
R$ 0,50 cada uma, pagas em cheque pelo Banco conta corrente no dia 
20/03/2019. Total pago: R$ 2.500,00. Lembrando que a conta Banco conta 
corrente dessa empresa está com um saldo de R$ 23.000,00.
Lançamento em diário:
D – Ações de outras empresas (Ativo Não Circulante, Investimentos) 
R$ 2.500,00
C – Banco conta corrente (Ativo Circulante) R$ 2.500,00
Nota explicativa: na data de 20/03/2019, foi realizada a compra de 
5.000 ações da Empresa A, com pagamento através do cheque nº 1234, 
banco conta corrente, no valor de R$ 2.500,00.
Lançamento em razonete – conta T:
Fundamentos Contábeis 
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EXPLICANDO MELHOR:
Ao realizar investimento em ações, a Solutions Ltda. 
movimentou uma nova conta, no Ativo Não Circulante. As 
cotas adquiridas foram registradas com uma operação de 
débito enquanto o valor pago saiu do banco através do 
cheque, tendo o registro de um crédito, reduzindo o saldo 
da conta.
Houve aqui um fato permutativo, pois o total do patrimônio permanece 
inalterado, havendo apenas uma permuta entre as contas do ativo.
Confira o balanço patrimonial atualizado.
Depreciação e exaustão
Constantes no Ativo Não Circulante, comumente visível no 
Imobilizado, as contas de depreciação eexaustão são contas consideradas 
“redutoras” de ativos. Isso porque elas aparecem reduzindo o valor de 
determinados bens que sofrem desvalorização ou desgaste. 
CONCEITO: Depreciação é a perda de valor dos bens pelo uso, 
desgaste natural do bem ou obsolescência.
São exemplos de depreciação:
a. Máquinas utilizadas no processo produtivo - a utilização da 
máquina ao longo do tempo promove um desgaste natural e seu 
valor deprecia, diminui em paralelo.
Fundamentos Contábeis 
45
b. Computadores sofrem uma grande desvalorização em função da 
obsolescência tecnológica.
c. Veículos que sofrem desvalorização em função do uso do 
bem e também por causa da substituição de modelos e novos 
lançamentos.
Os prazos para depreciação dos ativos se diferenciam de um para 
outro, contabilmente as taxas de depreciação devem ser definidas de 
acordo com o tempo de vida útil estimada para o bem.
Entende-se por vida útil a quantidade de anos, horas de trabalho ou 
quantidade/capacidade de produção em que o bem opera em condições 
normais de uso.
Uma das alterações feitas pela Lei nº 11.638/2007 consiste na 
obrigatoriedade de se rever a vida útil estimada utilizada para o cálculo da 
depreciação dos ativos imobilizados e intangíveis. Além disso, as novas 
práticas contábeis trazem um novo conceito para o procedimento de 
cálculo das depreciações, o valor residual. 
Na prática, toda vez que um ativo imobilizado está com muito 
tempo de uso, demandando de manutenção, as empresas vendem por 
um valor bem abaixo do que pagaram, isso porque, devido ao desgaste e 
ao tempo de uso, o bem perdeu o valor econômico e de mercado. A esse 
valor estimado de venda chamamos de valor residual.
Para calcularmos o valor da depreciação, será necessário determinar 
uma taxa anual em função da vida útil do bem. Esse cálculo é descrito da 
seguinte forma:
Fórmula:
Taxa de depreciação = 100%
 Tempo de vida útil em anos
Exemplo prático:
No caso de um veículo, o tempo de depreciação é de 5 anos. Então, 
para calcularmos a taxa de depreciação anual, devemos substituir o 
tempo de vida útil do bem na fórmula apresentada anteriormente:
Fundamentos Contábeis 
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Taxa de depreciação = 100%
 5 anos
Taxa de depreciação do veículo = 20% ao ano
Na tabela a seguir, estão listados alguns itens do imobilizado 
com suas respectivas estimativas de vida útil e taxas de depreciação. 
Contabilmente são utilizadas, porém, atendendo às novas práticas, as 
empresas deverão revisar essas taxas com frequência. 
É importante lembrar que esses valores serão utilizados em nossa 
exemplificação e nas questões de prática.
Tabela 4 - Tempo de vida útil e taxas de depreciação de ativos imobilizados
Fonte: Elaborado pela autora (2021).
Exemplo de cálculo do valor da depreciação de um veículo de R$ 
50.000,00, com valor residual zero.
Valor depreciação = Valor do bem x taxa de depreciação
Valor depreciação = 50.000 x 20%
Valor depreciação = R$ 10.000,00/ano
Para calcular a depreciação em meses:
Valor depreciação anual/12 meses
Depreciação mensal = 10.000/12 = R$ 833,00 por mês 
Fundamentos Contábeis 
47
IMPORTANTE:
Caso exista um valor residual para o bem, o valor contábil 
do bem ao final do período de sua vida útil será igual ao 
valor residual. Caso não tenha valor residual, o valor contábil 
no final será igual a zero. É como se o bem se esgotasse.
A baixa do bem do imobilizado deve ocorrer apenas quando ele 
não estiver mais em uso ou disponível para venda. O valor contábil deverá 
ser transferido para o ativo circulante, caso o bem seja vendido.
A contabilização das contas de depreciação será demonstrada 
quando tratarmos das contas de resultado, já que ela é lançada como 
despesa, evolvendo também algumas particularidades de subcontas a 
serem esclarecidas quando fizermos o registro das referidas contas.
Quanto à exaustão, entendemos que é a aplicação de todos 
os conceitos que estudamos para a depreciação, porém aplicados à 
exploração de recursos naturais, tais como florestas, jazidas, poços de 
minérios. E para cálculo de vida útil, considera-se a capacidade mínima 
de potencial de exploração/extração. 
Até aqui aprendemos muitas coisas, todas relacionadas a registro 
e lançamento de contas ou dos itens patrimoniais, porém é importante 
lembrar que os itens patrimoniais sofrem alteração devido à movimentação 
da empresa que envolve as vendas/receitas e as despesas, que são as 
contas de resultado.
Para fechar nosso aprendizado, no próximo capítulo iremos nos 
dedicar a entender ainda mais sobre os procedimentos de registros e 
lançamentos contábeis dessas contas.
Fundamentos Contábeis 
48
RESUMINDO:
E então? Gostou desta terceira competência? Agora, só para 
termos certeza de que você realmente entendeu o tema de 
estudo deste primeiro capítulo, vamos resumir o que vimos 
neste terceiro capítulo. Estudamos detalhadamente sobre 
aspectos basilares das contas de ativos e passivos em 
uma empresa. Por meio desses procedimentos, é possível 
compreender sobre a divisão das contas desses grupos 
e o manuseio delas de forma correta, proporcionando 
maior assertividade de conduta na prática profissional. 
O entendimento e a prática sobre as contas de ativo e 
passivo em seus grupos, além do tópico de depreciação 
e exaustão é um fator essencial para que os gestores, 
sócios, investidores e demais usuários da contabilidade 
que fazem parte das decisões de uma empresa possam 
exercer, com efetividade, o controle social sobre as contas, 
tendo assim maior clareza e capacidade de efetuar uma 
análise situacional que sirva de base para planejamento 
e execução de ações assertivas nos negócios. Com 
esse conhecimento, o profissional de contabilidade em 
diversos contextos práticos de sua área de atuação estará 
preparado para entender as responsabilidades das ações 
em promover em seu ofício as melhores decisões possíveis.
Fundamentos Contábeis 
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Registro das Contas de Resultado 
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender 
como funciona a execução dos procedimentos de registros 
e dos lançamentos contábeis. Entenderá como é realizado 
o registro do capital inicial e dos itens patrimoniais que 
estarão compondo a empresa. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Avante!
Ao tratarmos dos lançamentos de ativo e passivo, absorvemos 
muitas informações. Foi possivel através dos exemplos entendermos 
um pouco mais sobre as origens e aplicações de recursos, ficou visivel 
também como as operações lançadas a débito ou a crédito podem 
aumentar ou diminuir o saldo das contas. Além do mais, retomamos 
alguns conceitos vistos no inicio desta disciplina.
Foi possivel perceber também que várias contas do ativo não foram 
comentadas, nem algumas que compõem o patrimônio líquido, isso 
porque elas são afetadas pelos registros das contas de resultado, então, 
agora que vamos estudar essas contas, exclareceremos também como 
funciona o registro de todas as outras.
Primeiramente, vamos retomar um assunto bastante comentado 
até aqui, mas que também é de grande importância para realizarmos os 
lançamentos contábeis, que é o princípio da competência.
Trata-se do regime de competência que determina que as receitas 
e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado da empresa 
no período em que ocorreram, independente do recebimento (receitas) 
ou do pagamento (despesas). 
A verificação da receita ocorre quando a empresa fornecece bens 
ou serviços ao cliente, independente do recebimento do valor da venda 
dos bens ou prestação dos serviços. A verificação da despesas ocorre 
no momento em que há consumo de bens ou a utilização dos serviços, 
independente do pagamento. As receitas são respaudadas pelas notas 
Fundamentos Contábeis 
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fiscais de saída, ou seja, toda vez que ocorre uma venda, gera-se uma 
nota fiscal parao cliente. No caso da despesa, o consumo de itens ou 
serviços também será documentado por nota fiscal.
Relembrando: outra característica importante a ser lembrada 
sobre as contas de resultado é que ao contrário das contas patrimoniais, 
as primeiras são temporárias, ou transitórias, e em todo fechamento do 
período elas devem ser zeradas para a apuração do resultado do exercício.
Logo, os lançamentos a débito ou a crédito para registro da 
ocorrência do fato serão da seguinte forma:
 • As contas são abertas com saldo igual a zero no primeiro dia do 
período analisado.
 • Durante esse período, recebem os dados de forma cumulativa.
 • As contas de receitas recebem apenas lançamentos a crédito.
 • As contas de despesas recebem apenas lançamentos a débito.
 • Ao final do período, tanto as contas de receitas como as de 
despesas são zeradas e encerradas.
Relembradas algumas informações importantes, vamos aos registros 
e lançamentos das contas de resultado!
a. Situação A: no mês de abril/2019 a Solutions Ltda. realizou a venda 
de alguns itens a preço de custo (R$ 4.000,00), com recebimento à 
vista em dinheiro. Lembrando que essa empresa tem R$ 5.000,00 
de saldo na conta caixa.
Lançamento em diário:
D – Caixa (Ativo Circulante) R$ 4.000,00 (a)
C – Receita de Vendas (Conta de Resultado) R$ 4.000,00 (b)
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Além de registrar as receitas e a entrada de caixa, devemos registrar 
também a saída de estoque.
D – Custo da Mercadoria Vendida (Conta de Resultado) R$ 4.000,00 (c)
C – Estoque de itens (Ativo Circulante) R$ 4.000,00 (d)
Nota explicativa: no mês de abril/2019, a Solutions Ltda. vendeu 
itens do seu estoque pelo valor de R$ 4.000,00 – preço de custo, através 
da nota fiscal nº 001. O recebimento foi em dinheiro e entrou no caixa 
através do recibo nº 001/2019.
Lançamento em razonete – conta T:
Registro da operação de venda:
 
Registro da operação de saída de estoque:
 
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EXPLICANDO MELHOR:
Foi realizado o resgistro de uma venda de mercadoria, que 
já estava em estoque, pelo preço de custo, ou seja, pelo 
valor que foi pago por ela, sem nenhum tipo de ganho. 
A venda e foi registrada com o lançamento de crédito 
na conta Receitas de Vendas (b). O valor da venda foi 
recebido a vista, em dinheiro, logo, foi registrado através 
de um débito na conta Caixa (a). Na segunda situação, 
a mercadoria que estava em estoque foi vendida, logo, 
precisa ser baixada, então, registramos um lançamento 
a crédito na conta Estoque de itens para venda (d) no 
valor pago pela mercadoria, ou seja, a preço de custo. O 
custo da mercadoria vendida (CMV) (c) deve ser lançado 
sempre que ocorre a venda de mercadoria para que seja 
registrado o custo dessa venda. O lançamento será sempre 
a débito.
b. Situação B: registro de receita de vendas, com recebimento 
composto: parte à vista e outra parte a prazo.
A empresa Solutions Ltda., durante o mês de abril, realizou vendas 
no total de R$ 8.000,00 e o recebimento foi da seguinte forma: R$ 
2.000,00 através de depósito à vista em banco e o restante a prazo através 
de duplicatas. O custo dessa venda foi de R$ 3.600,00.
Lançamento em diário
Lançamento da venda:
D – Banco conta corrente (Ativo Circulante) R$ 2.000,00 (a)
D – Duplicatas a receber de cliente (Ativo Circulante) R$ 6.000,00 (b)
C – Receita de vendas (Conta de Resultado) R$ 8.000,00 (c)
Lançamento do custo da mercadoria vendida:
D – Custo da mercadoria vendida (Conta de Resultado) R$ 3.600,00 (d)
C – Estoque de itens para venda (Ativo Circulante) R$ 3.600,00 (e) 
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Nota explicativa: no mês de abril/2019, a Solutions Ltda. prestou 
serviços no valor total de R$ 8.000,00 através da nota fiscal nº 002 e 
recebeu R$ 2.000,00 através do depósito de comprovante nº 56896. O 
restante receberá a prazo (30/60/90 dias) através das duplicatas pelo 
Banco W.
Lançamento em razonete – conta T:
Lançamento da venda:
 
Lançamento do custo da mercadoria vendida:
 
EXPLICANDO MELHOR:
Nessa situação ocorreu uma venda de mercadoria com 
preço de venda maior do que o custo de aquisição dos 
itens. A venda também teve uma parte recebida à vista e 
outra parte a receber a prazo. Registramos assim a receita a 
crédito no valor total e fracionamos o recebimento em dois 
registros a débito, um no banco, no valor de R$ 2.000,00, 
e o outro a débito também, porém na conta Duplicatas 
a receber de cliente. O custo da mercadoria vendida foi 
lançado a débito na respectiva conta de resultado e baixou 
o mesmo valor do estoque, com um lançamento a crédito. 
Note que reduziu o saldo em estoque, porém não zerou.
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c. Situação C: recebimento da primeira parcela das duplicatas a 
receber através do banco, conta corrente, no valor de R$ 2.000,00
Lançamento em diário:
D – Banco conta corrente (Ativo Circulante) R$ 2.000,00 (a)
C – Duplicatas a receber de clientes (Ativo Circulante) R$ 2.000,00 (b)
Nota explicativa: recebimento de duplicata com vencimento no mês 
de maio/2019 do cliente ABC através do banco, documento de liquidação 
nº 9235689.
Lançamento em razonete – conta T:
 
EXPLICANDO MELHOR:
Após ter realizado venda a prazo, a empresa Solutions Ltda. 
gerou uma carteira de recebimenrto de clientes – direito 
de recebimento. Quando ocorrer o pagamento por parte 
do cliente, então, o saldo de duplicatas a receber deverá 
diminuir, pois parte está sendo recebida, logo, ocorreu o 
lançamento a débito da entrada do valor no banco conta 
corrente e um lançamento a crédito na conta duplicatas a 
receber.
Antes de exemplificar outro tipo de registro que envolva contas de 
resultado, vamos falar sobre o cálculo do Custo da Mercadoria Vendida.
Primeiramente é importante não se confundir custo com 
despesa, pois custo é a soma dos gastos incorridos para a aquisição ou 
industrialização de um bem que será revendido e transformado em receita, 
já as despesas são gastos necessários para a manutenção da atividade da 
empresa ou valores gastos com a venda dos produtos acabados.
Fundamentos Contábeis 
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Podemos observar nas situações A e B a presença do Custo da 
Mercadoria Vendida (CMV) que faz contrapartida com o Estoque de 
Mercadoria, porém a 1ª Conta é de resultado e a 2ª Conta é patrimonial 
– ativo circulante. Ele é na verdade uma despesa avaliada pelo custo ou 
valor de compra.
O que ocorre é que a empresa, ao longo do exercício contábil, 
precisa manter mercadoria em estoque para realizar vendas e para isso 
são feitas compras de mercadoria com diversos fornecedores em valores 
diferenciados.
Então, suponhamos que existe mercadoria em estoque, porém a 
empresa tem uma previsão de vendas que excederá as expectativas, logo, 
ela realizará novas compras. Assim, teremos um saldo final de estoque. 
Para que seja feito o controle correto, há uma fórmula prática para 
calcularmos o valor do CMV. 
Fórmula:
CMV = ESTOQUE INICIAL + COMPRAS – ESTOQUE FINAL
Ou
CMV = EI + C - EF
Na prática: O estoque encerrou o mês com um saldo de R$ 3.600,00. 
O saldo inicial de estoques era de R$ 2.000,00. No decorrer do mês foram 
realizadas compras no total de R$ 12.000,00.
Então, nossos dados são os seguintes:
Estoque inicial (EI) = 2.000,00
Compra (C) = 12.000,00
Estoque final (EF) = 3.600,00
Aplicando a fórmula:
CMV = EI + C – EF
CMV = (2.000 + 12.000) – 3.600
CMV = 10.400,00
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É necessário esclarecer que os registros que envolvem as contas 
de resultado estão sendo demonstrados como exemplos avulsos, para 
que se conheça e entenda como devem ser lançados os débitos e os 
crédito com as contas de contrapartida.
O encerramento das contas de resultado e a apuração do resultado 
do exercício veremos em outro momento. Vamos agora retomar a 
exemplificação dos registros. 
d. Situação D: registro de impostos que incidem sobre a venda.
Antes de fazermos o registro do imposto sobre a venda, vamos 
trabalhar uma situação decompra de mercadoria, onde a empresa deverá 
registrar o imposto a recuperar.
VOCÊ SABIA?
Como consumidor final, quando compramos algum tipo 
de bem, seja ele durável ou de consumo imediato, no 
preço que pagamos, está embutido o imposto. No caso 
de empresas, que não são consumidores finais, ainda vão 
processar o bem ou revendê-lo, o imposto é registrado 
e acumulado e quando ocorrer a venda, com a retenção 
do valor a ser recolhido para o goveno, é possível abater o 
valor a recolher daquele que já foi pago, ou seja, pode ser 
recuperado.
Vamos admitir que a empresa Solutions Ltda. adquiriu mercadoria 
para revenda para pagar a prazo ao Fornecedor A no valor de R$ 25.000,00. 
O registro dessa compra de mercadoria ocorrerá da sequinte forma:
Lançamento em diário:
D – Estoque de Mercadoria (Ativo Circulante) R$ 25.000,00 (a)
C – Duplicatas a Pagar a Fornecedores (Passivo Circuante) R$ 
25.000,00 (b)
Depois, 
D – ICMS a recuperar – 18% - (Ativo Circulante) R$ 4.500,00 (c)
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C – Estoque de mercadoria (Ativo Circulante) R$ 4.500,00 (d)
Lançamento em razonete – conta T:
 
Agora sim, vamos ao registro da venda: a empresa realizou uma 
venda de mercadoria no valor de R$ 21.000,00 com recebimento a prazo 
através de duplicatas. O custo dessa venda foi de R$ 9.000,00. Destacar 
ICMS de 18%.
Lançamento em diário
Registro da venda:
D – Duplicatas a Receber de Cliente (Ativo Circulante) R$ 21.000,00 (a)
C – Receitas de Vendas (Conta de Resultado) R$ 21.000,00 (b)
Registro do Custo da Mercadoria Vendida:
D – CMV (Conta de Resultado) R$ 9.000,00 (c)
C – Estoque de Mercadoria (Ativo Circulante) R$ 9.000,00 (d)
Registro do ICMS sobre vendas:
D – ICMS sobre vendas (Conta de Resultado) R$ 3.780,00 (e)
C – ICMS a recuperar – 18% - (Ativo Circulante) R$ 3.780,00 (f)
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EXPLICANDO MELHOR:
Toda vez que acontece uma venda, ocorrem três tipos 
de registros: 1 – o da venda e como será recebida; 2 – o 
custo da venda e a baixa do estoque; 3 – o imposto sobre 
a venda. Como pode perceber no exemplo, as contas 
vêm com saldos anteriores e vão se alterando conforme 
acontecem novas operações. O registro da venda (1) tem 
o lançamento a crédito na conta de receitas de vendas e 
contrapartida a débito em duplicatas a receber. O registro 
do CMV (2) é feito a débito (conta de resultado), creditando 
estoque de mercadoria e reduzindo seu saldo. Por fim, 
no registro do ICMS (3), debitamos o ICMS sobre a venda 
(conta de resultado) com contrapartida de crédito na 
conta já existente e com saldo de ICMS a recuperar (Ativo 
Circulante).
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No exemplo, o imposto citado foi o ICMS, porém, no caso de 
outros impostos, o processo de registro é o mesmo, apenas muda-se a 
nomeclatura. Para o caso de impostos (IPI, PIS, COFINS) sem recuperação 
é lançada a despesa e contrapartida com conta de impostos a recolher 
(Passivo Circulante).
e. Situação E: pagamento de salários.
A empresa Solutions Ltda. tem três funcionários e o total a ser pago 
em salário é de R$ 6.000,00. A folha corresponde ao mês de maio/2019, 
porém será paga no mês de junho/2019, no 5º dia útil.
Lançamento em diário:
D – Despesas com salários (conta de resultado) R$ 6.000,00 (a)
C – Salários a pagar (Passivo Circulante) R$ 6.000,00 (b)
Lançamento em razonete – conta T:
 
EXPLICANDO MELHOR:
O registro realizado anteriormente refere-se aos salários 
a serem pagos pelo período trabalhado em maio. Ou 
seja, estamos trabalhando a competencia de maio, então, 
registramos o débtio na conta de despesa referente ao mês, 
porém, a contrapartida é uma obrigação futura, a ser paga 
no próximo mês (periodo), logo, temos um lançamento a 
crédito na conta salários a pagar.
f. Situação F: pagamento de despesas dentro do período.
A empresa Solutions Ltda. pagou R$ 150,00 em reconhecimentos 
e autenticação de documentos no cartório. O valor foi pago em dinheiro. 
Lembrando que o saldo de caixa é de R$ 9.000,00.
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Lançamento em diário:
D – Despesa de cartório (conta de resultado) R$ 150,00 (a)
C – Caixa (Ativo Circulante R$ 150,00 (b)
Lançamento em razonete – conta T:
 
EXPLICANDO MELHOR:
A despesa de cartório ocorreu e foi paga dentro do mês, 
sendo assim, registramos lançando um débito na conta de 
resultado – despesa e um crédito na conta caixa, fazendo a 
retirada de valor do caixa –ativo circulante.
g. Situação G: depreciação do veículo.
A empresa Solutions Ltda. possui um veículo no valor de R$ 
50.000,00. Sem valor residual a considerar. Conforme tabela 4, a vida útil 
esperada para esse tipo de bem é de 5 anos, logo a taxa de depreciação 
anual é de 20%.
Calculando o valor da depreciação:
Valor do bem = 50.000
Taxa de depreciação = 20% a. a.
Depreciação = 50.000 X 20% = 10.000 por ano
Depreciação mensal = 10000/12 meses = R$ 833,00/mês 
Lançamento em diário:
D – Depreciação (conta de resultado) R$ 833,00 (a)
C – Depreciação acumulada (Ativo Imobilizado) R$ 833,00 (b)
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Lançamento em razonete – conta T:
 
EXPLICANDO MELHOR:
A depreciação é considerada como despesa e registrada a 
débito dentro do mês de acompanhamento. A contrapartida 
é um crédito na conta Depreciação acumulada, no ativo 
imobilizado. Ao longo da vida útil, esse valor da depreciação 
informa a desvalorizção gradativa do bem. É importante 
lembrar que a conta Depreciação acumulada é uma conta 
retificadora ou subconta do ativo imobilizado e sempre terá 
seus lançamentos feitos a crédito.
h. Situação H: registro de receita financeira
A empresa Solutions Ltda. investiu em uma aplicação financeira o 
valor de R$ 2.000,00. Após 30 dias aplicado, houve um rendimento de 
juros no valor de R$ 10,00.
Lançamento em diário: 
D – Aplicação Financeira (Ativo Circulante) R$ 10,00 (a)
C – Receitas financeiras (conta de resultado) R$ 10,00 (b)
Nota explicativa: rendimento financeiro de aplicação.
Lançamento em razonete – conta T:
 
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EXPLICANDO MELHOR:
Ao realizarmos aplicações financeiras sem resgatar o valor, 
ele renderá juros que serão pagos a nós pela instituição 
financeira. Esses juros são registrados como Receitas 
Financeiras e lançados a crédito na conta desse nome. A 
contrapartida é um débito na conta Aplicação financeira, 
resultando num aumento de saldo.
Ao concluir o registro das movimentações, as contas de resultados 
devem ser encerradas e zeradas, apurando o resultado final do período.
Para exemplificar, vamos utilizar as situações D, E, F, G e H.
O fechamento do período resultou em receitas maiores do que as 
despesas, logo, obtivemos aqui um resultado positivo, sendo declarado 
assim como LUCRO.
O lucro do período deverá ser lançado no balanço patrimonial, 
junto ao Patrimonio Líquido em uma conta chamada Lucros Acumulados. 
Aumentando assim a riqueza líquida da empresa.
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RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir o que vimos. Você deve ter aprendido 
o que a prática contábil; como é realizado o registro dos 
fatos, os lançamentos a débito e a crédito, respeitando 
as particularidades de cada grupo de conta; como são 
tratados os fatos e principalmente a respeito ao regime 
de competência, que é observado e praticado devido 
à obediência à lei, como ele funciona e o quanto é 
importante. Na prática desta unidade, pudemos ver com 
maior clareza as alterações patrimoniais, ou seja, como 
as aplicações de recursos são feitas e quais as origens de 
recursos e como cada uma é tratada. E vimos que é muito 
importante sempre termos em mente os conceitos, pois a 
prática contábil é religiosamente baseada nos conceitos e 
princípios. Observamos também algumas alterações que 
foram determinadas por lei e alteraram a formulação do 
próprio balanço patrimonial. Em geral, a partir de agora,você tem o conhecimento do conceito e já foi introduzido 
à prática!
Fundamentos Contábeis 
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as 
Sociedades por Ações. 1976. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l6404consol.htm. Acesso em: 29 jun. 2021.
GIROTTO, M. Revogação da Resolução nº 750/1993: contexto e 
considerações. Conselho Federal de Contabilidade, 2016. Disponível em: 
https://cfc.org.br/noticias/revogacao-da-resolucao-no-7501993-contexto-
e-consideracoes/. Acesso em: 29 jun. 2021.
MARION, J. C.; SANTOS, A. C. M. Contabilidade Básica. 12. ed. São 
Paulo: Atlas, 2018.
MULLER, A. N. Contabilidade Básica – Fundamentos especiais. 
São Paulo: Pearson, 2009.
PADOVEZE, L. C. Manual de Contabilidade Básica. 9. ed. São Paulo: 
Atlas, 2014.
Fundamentos Contábeis 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm
https://cfc.org.br/noticias/revogacao-da-resolucao-no-7501993-contexto-e-consideracoes/
https://cfc.org.br/noticias/revogacao-da-resolucao-no-7501993-contexto-e-consideracoes/
	Registro Contábil 
	Constituição de uma empresa e procedimentos contábeis
	Registro do Capital Social na abertura da empresa 
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