Buscar

Primeira República

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Primeira República 
Apesar de a monarquia brasileira ter experimentado momentos de equilíbrio e 
solides, devido à conciliação entre os liberais e conservadores. Ao fim do 
segundo reinado, Dom Pedro II enfrentou um período de tensões causando a 
queda da monarquia. A escravidão era um dos pontos mais discutidos, visto que 
muitos defendiam a abolição. Cafeicultores apoiavam a adoção de mão de obra 
assalariada, enquanto fazendeiros das oligarquias nordestinas, sulistas e do 
Vale do Paraíba eram contra o fim da escravidão. 
A igreja também passou a compor a fila daqueles que se opunham ao poder 
imperial, visto que a igreja era subordinada ao Estado. O império tinha o poder 
de nomear padres, bispos e cardeais. 
Com a vitória na Guerra do Paraguai os representantes militares começaram a 
ganhar relevância política. As instituições militares dessa época também foram 
influenciadas pelo pensamento positivista, que defendia a ordem como caminho 
para o progresso. Os militares passaram a se opor a Dom Pedro II. Foi realizado 
o golpe de Estado pelos republicanos contra a monarquia. 
Em 1889, Marechal Deodoro da Fonseca mobilizou suas tropas e exigiu 
deposição do imperador. A república foi proclamada e Deodoro assumiu a 
presidência e consolidou o golpe republicano. 
A Primeira república foi dividida em dois períodos: 
→ República da Espada: durou de 1889 a 1894, período 
marcado pelos governos militares de Deodoro da Fonseca 
e Floriano Peixoto. 
→ República oligárquica: durou de 1894 a 1930, foi 
um período marcado pelas oligarquias rurais 
cafeicultoras, coronelismo, política do café com 
leite e práticas de manipulação do processo 
eleitoral. 
Governo provisório (1889-1891) 
Após a proclamação da república foi definido um governo provisório, dirigido por 
Deodoro da Fonseca, teve participação de positivistas, jacobinos e liberais. 
Deodoro promoveu medidas autoritárias, visando abafar o golpe. Em 1890 foi 
criado uma comissão militar a fim de julgar crimes de conspiração contra a 
República, além de ser responsável por controlar as produções da imprensa. 
Algumas medidas do governo provisório foram: 
→ Fim da pena de morte (exceto em estado de guerra) 
→ Separação de Estado e Igreja 
→ Fim do padroado 
→ Instituição do casamento civil 
→ Instituição do registro civil 
→ Criação do Código Criminal da República 
Para atingir um ideal de modernidade e progresso que era almejado pelo 
governo, foi implementado pelo ministro das finanças Rui Barbosa, uma política 
de emissão de papel-moeda e facilitação de crédito para ampliar a abertura de 
empresas. Entretanto, o projeto acabou fracassando, tendo como consequência 
um grande processo inflacionário no Brasil, causando a desvalorização da 
moeda, a crise ficou conhecida como Encilhamento. 
Após a promulgação da Constituição, Deodoro foi eleito presidente do Brasil 
através de eleições indiretas, entretanto, sua postura autoritária levou ao 
confronto político com o Congresso. Em 1891 ele fechou o Congresso Nacional. 
Com o intuito de evitar uma guerra civil, Deodoro renunciou ao cargo. 
O vice-presidente marechal Floriano Peixoto, assumiu seu lugar e não convocou 
eleições como previa a Constituição, passou a ser acusado de ocupar o cargo 
ilegalmente sofrendo oposição liderado pela Marinha. Esses movimentos 
passaram a ser conhecidos como Revolta da Armada, com bombardeios no 
litoral do Rio de Janeiro. Além da Marinha, havia apoio popular, com maiorias 
jovens. 
O grupo dos jacobinos foi o que apoiou a permanência de Floriano Peixoto no 
poder, com ideal republicano radical. Em 1894 a revolta da Armada foi sufocada, 
tornando Floriano um homem de poder, conhecido como “Marechal de Ferro”. 
Governou até novembro de 1894, quando passou o cargo para Prudente de 
Morais, que se tornou o primeiro presidente civil do Brasil eleito. 
 
República Oligárquica (1894-1930) 
Seu primeiro presidente foi Prudente de Morais, governou de 1894 até 1898, 
marcando o início da hegemonia dos cafeicultores e o início da república 
oligárquica. O chamado “governo de poucos” estava ligado a consolidação do 
café como principal produto ligado a economia brasileira desde a segunda 
metade do século XIX. A partir de 1894 os cafeicultores passaram a dominar o 
cenário político do Brasil. 
O controle só foi possível devido a Constituição de 1891, que 
pautou o Federalismo como forma de governo e assegurou 
a economia dos Estados brasileiros. 
 Durante o fim da República das Espadas surgiram uma série 
de partidos políticos republicanos, porém, quem tornou a frente 
no processo foi o Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido 
Republicano Mineiro (PRM). 
No governo de Campos Sales (1898-1902), a politica dos governadores foi 
elaborada. Com ela, o presidente apoiava os governos estaduais e seus filiados, 
as oligarquias, e em troca, os governadores garantiam a eleição. 
Portanto, em cada Estado existia uma elite dominante, aliada ao governo federal. 
Existia também a oligarquia que dominava o poder federal, representada pelos 
políticos mineiros e paulistas, formando uma aliança entre São Paulo e Minas 
Gerais, estados mais poderosos, essa união ficou conhecida como “Política do 
café com leite”. 
Era um troca de favores entre governadores e presidentes. O presidente apoiava 
os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto esses políticos 
davam suporte à candidatura presidencial. 
Comissão de verificação 
Durante a Primeira Republica não existia justiça eleitoral, a aceitação do 
resultado era realizada através do poder legislativo, por meio da Comissão de 
Verificação. Essa comissão era formada por deputados, e oficializava os 
resultados eleitorais. O presidente podia legalizar qualquer resultado que 
conviesse, mesmo no caso de fraudes. Havia, além disso, a degola. 
Com essa prática, a corrupção foi alicerçada com a criação da Comissão de 
Verificação de Poderes. A comissão impedia que muitos casos assumissem o 
cargo, pelo fato de não terem sido indicados pelos latifundiários e, por isso 
ocorria a degola, ou seja, eram impedidos de tomarem posse. 
Coronelismo 
O termo era usado para designar os fazendeiros mais ricos de uma determinada 
região. Com o proclamação da República, os fazendeiros passaram a utilizar seu 
poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. 
Era usado o Voto a Cabresto, em que o coronel utilizava da violência para obrigar 
os eleitores do seu “curral eleitoral” votar em determinado candidato. Como o 
voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados. O coronel 
também fazia uso de outros recursos como: compra de votos, votos fantasmas, 
troca de favores, fraudes eleitorais e violência. 
Industrialização e ideal de modernização 
Durante o período, apesar do agroexportador, o Brasil também investiu em 
industrias. A iniciativa contou com o investimento dos grandes cafeicultores e 
dos comissários do café, responsáveis por fazer o intermédio entre produtores e 
exportadores. A liberação dos créditos de Rui Barbosa, da crise do encilhamento, 
tinha a intenção de expandir as indústrias no país. 
A expansão ocorreu nos anos da Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918. A 
indústria têxtil passou a liderar no ramo, e acabou tento maior concentração na 
região sudeste, destacando São Paulo e Rio de Janeiro. A imigração também foi 
necessária para o aumento da mão de obra. 
Com o investimento na produção e comercialização do café, fez-se necessário 
a criação de ferrovias para facilitar o transporte. Além disso, houve o papel da 
extração do látex na Amazônia, conhecido como “Ciclo da Borracha”, com seu 
auge em 1910. 
Cidades como Manaus e Belém foram marcadas por intenso desenvolvimento 
urbano, ficando conhecido como Belle Époque Amazônica, com o 
desenvolvimento da região, inúmeros brasileiros migraram para a região onde 
hoje é o Acre. O Acre foi anexado ao Brasilem 1903, com o Tratado de 
Petrópolis. 
 
Movimentos sociais da primeira república 
A proclamação da república não alterou as estruturas socioeconômicas do país. 
A desigualdade social permaneceu, assim como o exercício da cidadania 
continuou muito restrito, mesmo após a nova Constituição. As promessas de 
mudança não foram cumpridas, além da falta de progresso, os mestiços, pobres 
e negros continuavam sendo marginalizados. Essa conjuntura violente e a 
máscara do progresso motivou a emergência de uma série de movimentos no 
campo e na cidade. 
Canudos (1896-1897) 
Confronto entre exército Brasileiro e integrantes do movimento religioso, liderado 
por Antônio Conselheiro. 
Antônio Conselheiro tornou-se conhecido no nordeste do Brasil como um profeta 
que possuía dons “messiânicos”, traria as promessas de um tempo novo, de uma 
nova era para uma região assolada pela miséria. 
Durante um período de secas na região, terras inférteis, fome e marginalização, 
uma multidão começou a seguir um novo líder. Canudos se tornou uma 
organização político-religiosa, paralela à República e Igreja, sendo a maior de 
todas formada por negros e mestiços. O conflito foi motivado pelo incômodo do 
Governo Republicano e latifundiários, que não concordavam que os habitantes 
de Canudos não pagassem impostos. 
Além disso, havia um movimento de embranquecimento da população, logo um 
movimento de resistência formado por negros e mestiços, que crescia 
demograficamente e com tendência republicana não se enquadrava no Brasil 
moderno. 
O movimento foi combatido pelas tropas oficiais, que foram derrotados em três 
batalhas. 
Contestado (1912-1916) 
Ocorreu na fronteira de Paraná e Santa Catarina, a população pobre não possuía 
terras e escassez de alimento. Nessa região, importante extração de matéria e 
rica em erva-mate. A construção de ferrovias que ligavam o Rio Grande do Sul 
e São Paulo foi um dos motivos da revolta. 
Nessa conjuntura de desemprego, falta de terra e injustiças sociais, o surgimento 
de líderes messiânicos, monges e profetas acabou construindo na região focos 
de resistência e de questionamento ao autoritarismo republicano. Com isso, 
policiais e soldados do exército foram enviados para local, com o objetivo de 
desarticular o movimento. 
Revolta da vacina (1904) 
Ocorreu no Rio de Janeiro, durante a gestão do prefeito Pereira Passos, foi um 
movimento de conho popular e espontâneo que se opôs a obrigatoriedade da 
vacina imposta pelo poder pública. A insatisfação estava ligada a autoritarismo 
do projeto, além das demais medidas tomadas pelo prefeito relacionadas às 
reformas urbanas, movimentos higienistas que marginalizavam a população 
pobre, a demolição dos cortiços. 
A campanha de vacinação liderada pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz, foi o 
estopim de uma revolta que estava associada ao sentimento de exclusão 
compartilhado pela população negra, mestiça e pobre. A população percebia os 
constantes ataques do governo ao povo e tendência elitista. Com a chegada dos 
agentes de saúde de forma violenta nas residências mais pobres e com a 
vacinação forçada, muitas pessoas foram às ruas, causando revolta no Rio de 
Janeiro 
Cangaço 
Movimento marcado pela adesão de pessoas pobres e marginalizadas a grupos 
armados que circulavam a região do sertão nordestino. Esses grupos ficaram 
conhecidos pelo banditismo social, visto que os cangaceiros enfrentavam os 
coronéis e latifundiários ou realizavam assaltos para ajudar pessoas oprimidas 
pela seca. 
Concentrados no Nordeste, os cangaceiros vagavam pelo 
sertão e detinham amplo conhecimento geográfico da 
região, facilitando as fugas, domínio da área e organização 
dos ataques. Alguns famosos desse movimento eram 
conhecidos como Lampião e sua esposa Maria Bonita. O 
cangaço foi enfraquecendo em 1940, com as mudanças 
sociais e trabalhistas proporcionadas pelo Estado Novo, a 
imigração fez com que o cangaço perdesse ainda mais 
adeptos. 
Revolta da Chibata (1910) 
Ocorrida no Rio de Janeiro, foi realizada por membros de baixa patente Marinha, 
sobretudo negros e mestiços. A motivação foi a luta contra castigos físicos, 
baixos salários e condições de trabalho precárias. O levante, ocorrido em Minas 
Gerais, foi liderado por João Cândido Felisberto, conhecido como “Almirante 
Negro”. Terminou com a morte do comandante do navio e dois oficiais. Os 
revoltosos solicitaram fim de castigos físicos em uma carta ao governo e a anistia 
dos envolvidos na revolta, o presidente Marechal Hermes aceito os pedidos 
encerando a revolta. 
Greve Geral de 1917 
A paralisação geral do comércio e indústria do Brasil ocorreu em São Paulo, foi 
resultado de insatisfações operárias. Foi uma das paralisações mais longas no 
país. Foi motivado por outras paralisações e greves mundiais, no caso brasileiro 
ocorreu devido a intensificações de horários de trabalho, subida repentina de 
preções e estagnação do salário.

Continue navegando