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41 E _E M _1 _B IO _0 0 4 Sistemas genitais e embriologia Introdução Para garantir a sobrevivência e perpetuação da espécie, os seres vivos se reproduzem. Por meio da reprodução novos indivíduos são gera- dos para substituir os que morrem. Abordagem teórica Na grande maioria dos animais pluricelula- res, a formação de um novo indivíduo é precedi- da pela fecundação, que consiste na fusão das células reprodutoras ou gametas. Os gametas masculinos são os espermatozoi- des e os femininos são os óvulos. Essas células são produzidas por um pro- cesso chamado gametogênese, que ocorre no interior das gônadas ou glândulas sexuais. As gônadas masculinas são os testículos, e as femininas os ovários. Em nosso organismo existem duas linha- gens de células: as somáticas e as germinati- vas. As células somáticas formam os tecidos e órgãos do corpo. As células germinativas são en- contradas unicamente no interior das glândulas sexuais e são elas que originam os gametas. As células somáticas são diploides (2n) com 46 cromossomos e se dividem somente por mitose, processo de divisão que mantém cons- tante o número de cromossomos nas células. Durante a gametogênese, células germi- nativas diploides sofrem meiose, o que reduz à metade o número de cromossomos, produzindo células haploides (n) com 23 cromossomos, as quais se transformam em gametas. Sistemas genitais São os sistemas responsáveis pela repro- dução dos indivíduos e perpetuação da espécie. São divididos em sistema genital masculino e feminino. Sistema genital masculino O sistema genital masculino é constituído pelos seguintes órgãos: um par de gônadas, os testículos, no inte- • rior dos quais estão os túbulos seminífe- ros, onde ocorre a espermatogênese; vias extratesticulares: canais eferentes • e canal epididimário no epidídimo, canal deferente, canal ejaculador (passa no interior da próstata) e uretra (via genitu- rinária que atravessa o pênis); glândulas anexas: vesículas seminais, • próstata e glândulas de Cowper ou bul- bouretral, que produzem secreções que, juntamente com os espematozoides, constituem o sêmen; pênis: órgão copulador. • Sistema genital masculino. Glande Epidídimo Pênis Testículo Escroto Uretra Ânus Reto Vesícula seminal Canal deferente Bexiga Próstata Osso da pelve Corpo cavernoso do pênis Corpo esponjoso do pênis IE S D E B ra si l S .A . Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 42 E _E M _1 _B IO _0 0 4 Calda do epidídimo Corpo do epidídimo Rede do testículo Canalículos eferentes Canal deferente Artéria espermática Cabeça do epidídimo Túbulos seminíferos (onde são produzidos os espermatozoides) Lóbulos espermáticos Septos Estrutura interna do testículo e do epidídimo. IE S D E B ra si l S .A . Os testículos Com aproximadamente cinco centímetros de com primento, os testículos são formações ovoides que se alojam no interior de uma bol- sa ou escroto, situada entre as coxas. São as únicas glândulas localizadas fora do corpo. Os testículos iniciam suas atividades quando o in- divíduo apresenta por volta de 10 ou 11 anos, produzindo o hormônio testosterona, responsá- vel pelo desenvolvimento das características masculinas corporais. No fim da puberdade, os testículos começam a desempenhar nova fun- ção: a produção dos espermatozoides. Normalmente os testículos descem para a bolsa escrotal após o sétimo mês de vida intrau- terina. Em alguns casos, no entanto, a migração dos testículos para a bolsa sofre retardamento ou interrupção. Tal fenômeno é chamado crip- torquidia (G. crypotos = escondido; orchis = testículos), que pode ser uni ou bilateral. No indivíduo em que apenas um dos testí- culos permanece escondido (criptorquidia unila- teral) há a possibilidade de produção normal de espermatozoides. Temperatura adequada é condição indis- pensável para a produção dos espermatozoides. Isso se verifica no interior da bolsa escrotal, cujas finas paredes são adaptadas para manter uma temperatura constante, ligeiramente inferior à corporal, em torno de 35oC. As vias espermáticas As vias espermáticas iniciam-se nos pró- prios testículos, formando uma extensa rede de condutos – de calibre muito variável – que termina na uretra. Entre os testículos e a uretra, as vias esper- máticas são constituídas por diferentes estrutu- ras, como os epidídimos, os canais deferentes e o ducto ejaculador. Os epidídimos são estruturas genitais inde- pendentes. A parte que recobre o polo superior do testículo é formada por um aglomerado de minúsculos canais que saem dos testículos, enrolados como novelos compactos – os cana- lículos eferentes. Com início no final do epidídimo (portanto, no interior da bolsa escrotal), o canal deferente direito reúne-se ao esquerdo e alcança a face posterior da bexiga, onde recebe o conduto excretor das vesículas seminais e passa a chamar-se canal ejaculador. Este atravessa a próstata e abre-se na uretra, canal que liga a bexiga com o meio exterior, depois de percorrer todo o comprimento do pênis. As glândulas exócrinas As glândulas do aparelho genital masculino que têm secreção externa são: as vesículas semi- nais, a próstata e as glândulas bulbouretrais. Elas têm a função de produzir um líquido nutritivo para os espermatozoides, chamado de líquido seminal. Pênis O pênis, órgão masculino de contato na união sexual, é constituído de três estruturas fundamentais, de formato cilíndrico e de tecido altamente elástico. Duas delas são os chama- dos corpos cavernosos; a terceira é o corpo esponjoso, que envolve a uretra. É o pênis que deposita o esperma (espermatozoide + líquido seminal) no interior da vagina. E para desempe- nhar suas funções apresenta uma característica muito especial: suas dimensões variam muito. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 43 E _E M _1 _B IO _0 0 4 Esse aumento do órgão é determinado pelo ingresso de sangue, que preenche os corpos cavernosos e o corpo esponjoso. O corpo esponjoso, cilindro vascularizado que envolve a uretra peniana, forma a glande - porção dilatada que constitui a cabeça do pênis. A glande é envolvida por uma prega de pele, chamada prepúcio. Essa pele retrátil permite a exposição da extremidade do órgão quando estiver ereto. Hormônios sexuais masculinos Os hormônios sexuais masculinos são produzidos pelas células intersticiais de Leydig dos testículos. O principal é a testosterona, hormônio que estimula o desenvolvimento e mantém os caracteres sexuais masculinos (crescimento de pelos, mudança de voz, aumento da cintura es- capular, formação do tônus muscular), além de estimular a própria espermatogênese (formação de espermatozoides). A hipófise produz o hormônio gonadotrófico ICSH (hormônio estimulante das células intersti- ciais), cuja função é a de estimular a atividade das células intersticiais de Leydig. Sistema genital feminino O sistema genital feminino é constituído dos seguintes órgãos: ovários, tubas uterinas, útero, vagina e vulva. Uretra Clitóris Vagina Orifício do útero Tubas uterinas Ovário Útero Mucosa vaginal Lábios maiores Lábios menoresOrifício vaginal externo IE S D E B ra si l S .A . Sistema genital feminino. Ovários Os ovários são duas pequenas glândulas em forma de amêndoa. Localizam-se no abdo- me, à direita e à esquerda do útero. Exercem duas funções: a primeira consiste na produção dos hormônios estrógeno e progesterona, que regem o desenvolvimento e o funcionamento dos demais órgãos genitais e são responsáveis pelo desenvolvimento dos caracteres femininos secundários. A segunda função é a produção de óvulos. Tubas uterinas São canais que ligam os ovários ao útero e por meio dos quais os óvulos percorrem seu caminho até o útero. É, geralmente, no terço inicial da tuba que o óvulo é fecundado por um espermatozoide,que vai ao seu encontro. Útero É o órgão da gestação e do parto. Tem o formato de uma pera invertida. A porção inferior, que é mais delgada, é o colo do útero; a parte mais volumosa é o corpo. Colo e corpo são se- parados por uma cintura, o istmo. O útero é constituído por uma parede mus- cular espessa, o miométrio (de mio = músculo; metra = útero ou matriz), revestida por fora pelo peritônio e por dentro pelo endométrio (de endon = no interior de). Vagina A vagina, órgão copulador da mulher, é um canal muscular que se estende até o útero. Possibilita a eliminação do sangue menstrual para o exterior e forma parte do canal do parto. A constituição músculo-elástica das paredes confere-lhe grande elasticidade e alguma contra- tilidade. As dimensões vaginais variam conforme a raça, estatura e constituição física. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 44 E _E M _1 _B IO _0 0 4 Vulva A vulva é o conjunto de formações externas que protegem a vagina e o orifício urinário e que colaboram na copulação. É formada pelos grandes lábios, pequenos lábios, clitóris, meato vaginal. Por dentro dos grandes lábios estão os pe- quenos lábios, duas pregas cutâneas de reduzidas dimensões e coloração rosa. No ponto de encontro superior desses lábios, localiza-se um pequeno tubérculo arredondado e erétil, o clitóris. Às paredes do orifício vaginal aderem os bordos de uma delgada prega de mucosa alta- mente vascularizada – o hímen – que, em geral, apresenta perfurações de diâmetro variável. Ciclo menstrual Durante a puberdade, o aparelho genital co- meça a funcionar. Com a primeira menstruação, tecnicamente denominada menarca, a menina passa a ser moça, o que ocorre por volta dos 11 a 13 anos, nas mulheres brasileiras. A partir daí, em condições normais, o ciclo menstrual repetir-se-á em períodos de 25 a 35 dias. Hormônios sexuais femininos Todas as alterações cíclicas do aparelho geni- tal feminino são reguladas pela hipófise, glândula situada no meio da base do cérebro. O lobo anterior da hipófise segrega vários hormônios. Dois deles destinam-se especificamente a regular as ativida- des do aparelho genital da mulher. Os dois hormônios hipofisários gonadotróficos são: o FSH (hormônio folículo estimulante), que estimula o crescimento dos folículos no ovário e o LH (hormônio luteinizante), que estimula a ovula- ção e transformação do folículo em corpo lúteo ou corpo amarelo. O lobo anterior da hipófise produz nas mulheres um outro hormônio, a prolactina, que estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias, após o parto. Os ovários, por sua vez, também produzem dois hormônios que atuam no ciclo menstrual. O folículo produz o estrógeno, que, além de estimular o desenvolvimento e a manutenção dos caracteres sexuais femininos, atua no ciclo estimulando a re- generação da mucosa do útero após a menstruação (descamação da mucosa uterina). O corpo lúteo produz a progesterona, que prepara a mucosa do útero para a nidação (fixação do óvulo fecundado na parede uterina). Simplificadamente, o ciclo menstrual ocorre da seguinte maneira: o início da menstruação marca o início de um novo ciclo. Nesse momento, a taxa de todos os hormônios é baixa. No começo de um novo ciclo, aumenta a taxa do FSH que estimula o desenvolvimento de alguns folículos primários, os quais aumentam a secreção do estrógeno. O estrógeno estimula a produção do LH e a inibição do FSH, produzidos pela hipófise. Por volta do 14.o dia do ciclo, a taxa do LH e do estrógeno é alta e a do FSH é baixa. Dias do ciclo menstrual 0 5 14 28 Concentração de hormônios no sangue Hormônio luteinizante (LH) O vu la çã o Hormônio folículo estimulante (FSH) Fase secretora Fase proliferativa Estrógeno Progesterona Período menstrual O folículo que completa o amadurecimento rompe-se e ocorre a ovulação. O folículo que libera o ovócito transforma-se em corpo lúteo. Depois da ovulação, com a formação do corpo lúteo, diminui a produção do estrógeno e do LH e aumenta a produção de progesterona pelo corpo lúteo. A progesterona prepara a mucosa do útero para a nidação. Por volta do 21.o dia do ciclo, a taxa de proges- terona é alta. Se não ocorreu fecundação, a partir desse momento o corpo lúteo começa a regredir e diminui a produção de progesterona. No 28.o dia do ciclo, a taxa de todos os hor- mônios é novamente baixa, condição para que se inicie uma nova menstruação, que marca o final desse ciclo e início do outro. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 45 E _E M _1 _B IO _0 0 4 Se ocorrer fecundação, o embrião vai se fixar na mucosa uterina. A sua placenta passa a produzir a gonadotrofina coriônica (HGC), hormônio que estimula a produção de proges- terona pelo corpo lúteo. Dessa forma, a taxa de progesterona mantém-se elevada até o final do ciclo, impedindo a ocorrência da menstruação e o início de um novo ciclo. A suspensão da menstruação é um dos sin- tomas da gravidez. Durante a gravidez, não ocor- rerão novas ovulações e nem menstruações. Durante a gestação, a taxa de progestero- na, estrógeno, bem como a da gonadotrofina coriônica (HGC), é alta, enquanto a de FSH e LH é um pouco menor que a da menstruação. Menopausa Depois de muitos ciclos menstruais com- pletos, sobrevém o declínio sexual da mulher, o climatério. A menopausa, interrupção permanente da menstruação, não é climatério em si, mas ape- nas uma manifestação dessa crise. Além desse sinal, o climatério envolve profundas alterações orgânicas e psíquicas. Embriologia Nos animais metazoários (pluricelulares), após a fecundação e formação do ovo ou zigoto, tem início a embriogênese, isto é, a formação de um novo indivíduo. A embriologia descritiva nos mostra que o desenvolvimento embrionário é muito seme- lhante em todos os metazoários, a ponto de ser resumida em apenas três fases: segmentação, gastrulação e organogênese. As duas primeiras fases possuem muitas semelhanças, mas a organogênese difere muito, de acordo com cada grupo de animal. Segmentação ou clivagem Mórula Consiste numa série de divisões celulares (mitoses), mediante as quais o ovo ou zigoto ori- gina numerosas células chamadas blastômeros, até se transformar num aglomerado multicelular compacto, semelhante a uma amorinha, e que por isso é chamado mórula. Zigoto em segmentação, originando blastômeros (imagens fora da escala real). IE S D E B ra si l S .A . Blástula Em seguida, forma-se uma cavidade no in- terior da mórula, a qual se transforma em uma outra figura chamada blástula. A blástula possui um revestimento denominado blastoderme, que é uma cavidade cheia de líquido, chamado blastocele. IE S D E B ra si l S .A . Blastoderme Blastocele Zigoto em corte em fase de blástula (imagens fora da escala real). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 46 E _E M _1 _B IO _0 0 4 Gastrulação Gastrulação, como já sabemos, é o proces- so de formação da gástrula, a partir da blástula, e se caracteriza pelo intenso deslocamento de grupos de células. Ocorre pelo processo de invaginação da blastoderme para o interior da blástula, na altura do polo vegetativo, de maneira que a blastocele vai diminuindo de tamanho até desaparecer por completo. O resultado é a formação de uma estrutura com a forma de uma sacola, chamada gástrula, revestida por dois folhetos, um externo, chamado ectoderme, e outro interno, denomi- nado endoderme, que reveste a nova cavidade resultante da invaginação, que é o arquêntero ou intestino primitivo. Essa cavidade comunica-se com o exterior através de uma abertura chama- da blastóporo, considerada como sendo a boca primitiva, cujos bordos são chamados lábios. Arquêntero Gastrulação Blástula Blastocele Blastocele Endoderme Ectoderme Blastóporo IE S DE B ra si l S .A . Gástrula 1. Blastóporo Blastóporo Ectoderme Endoderme Região dorsal Região ventral Região anterior Região posterior Gástrula (em corte) Gástrula (aspecto externo) Processo da gastrulação (imagens fora da escala real). IE S D E B ra si l S .A . 2. Nêurula As células do folheto externo continuam a invaginar-se pelo lábio dorsal do blastóporo, for- mando o cordomesoblasto, que vai se colocar no teto e nas paredes dorsolaterais do arquêntero. A parte central do cordomesoblasto destaca-se e forma um eixo longitudinal de sustentação denominado notocorda. As partes laterais do cordomesoblasto sofrem evaginação e também se destacam, formando duas bolsas que se expandem entre o ectoderme e o endoderme, constituindo o terceiro folheto, chamado meso- derme, no interior do qual existe uma cavidade chamada celoma. Simultaneamente, na ectoderme, que fica sobre a notocorda, ocorre um achatamento celular formando a placa neural, que se dobra constituindo o sulco neural, o qual posterior- mente fecha-se e se desprende da ectoderme, formando o tubo neural. O processo de formação do tubo neural é chamado neurulação. O resultado de todas essas transformações é a formação de uma nova figura, denominada nêurula. Tubo neural Ectoderme Mesoderme Endoderme Canal neural Notocorda Celoma Tubo digestório IE S D E B ra si l S .A . Nêurula (imagem fora da escala real). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 47 E _E M _1 _B IO _0 0 4 Organogênese e anexos embrionários Após a origem dos três folhetos embrionários e da organização estrutural do embrião, inicia-se a organogênese, período de diferenciação dos folhetos em tecidos específicos (tabela a seguir), dando origem aos órgãos que formarão o corpo do organismo. Destino dos folhetos embrionários Ectoderme Cristalino (olho) Epiderme e anexos Revestimento interno da boca e do ânus Esmalte dos dentes Receptores sensitivos Encéfalo, gânglios e medula espinhal Mesoderme Vértebras Derme e hipoderme Músculos Ossos e cartilagens Sistema circulatório Sistema urogenital Endoderme Revestimento interno do tubo digestivo, do aparelho respiratório e da bexiga Fígado Pâncreas Os anexos embrionários são estruturas que também se originam dos folhetos embrionários e auxiliam no desenvolvimento do embrião, sendo desprezados após o nascimento. Esses anexos são: o saco vitelínico, o âmnio, o córion, o alantoide, a placenta e o cordão umbilical. Observe, na tabela abaixo, a função dos principais anexos embrionários. Anexos embrionários (vertebrados) Anexo Função Ocorrência Córion Revestimento e proteção Répteis, aves e mamíferos Âmnio Revestimento e proteção Répteis, aves e mamíferos Saco vitelínico Armazenamento de nutrientes Todos Alantoide Armazenamento de excretas, trocas gasosas Répteis, aves e mamíferos mono- tremados Placenta Nutrição, excreção e respiração Mamíferos (exceto monotremados) (FERNANDES, R.; PIMENTEL, F. Fases Embrionárias e Organogênese. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2007. 278 p. SAE – Ensino Médio – 1a série.) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 48 E _E M _1 _B IO _0 0 4 Gêmeos Existem dois tipos de gêmeos: monozigóti cos, univitelinos ou idênticos, que são genetica- mente iguais, do mesmo sexo, originam-se de um único zigoto, resultante da fecundação de um óvulo por um espermatozoide, e os dizigóticos, bivitelinos ou fraternos, que se originam de dois óvulos fecundados, cada um por um espermatozoide, podendo ser do mesmo sexo ou de sexos diferentes e geneticamente também diferentes. Os gêmeos monozigóticos possuem uma placenta, dois cordões umbilicais e um saco vitelínico, e algumas vezes os fetos podem nascer grudados, gêmeos xifópagos ou siameses, que podem ser ligados apenas por pele ou, em casos mais graves, com órgãos comuns aos dois. O encanto das gêmeas siamesas Durante seis anos, Abigail e Brittany viveram protegidas da mídia em uma cidadezinha de 300 habitantes do meio oeste americano. Depois de reportagens nas revistas Life e Time, as irmãs Hensel ganharam notoriedade internacional. As meninas são xifópagas, gêmeas bicéfa- las de um mesmo zigoto, que não se dividiu completamente nas três primeiras semanas de gestação. Embora possuam dois pescoços, duas cabeças, corações, estômagos e colunas separados, elas têm um sistema circulatório único e todos os órgãos abaixo da coluna em comum. Cada uma delas tem apetite e paladar individuais, além de vontade própria na hora de ir ao banheiro e dormir. Outra curiosidade: quando uma está doente, basta somente um remédio, já que compartilham o mesmo sistema circulatório. A ideia de separá-las foi descar- tada desde o início pelos pais. Eles temem que as duas não sobrevivam à cirurgia e tenham de optar pela vida de somente uma delas. (IESDE BRASIL S.A. Biologia. Curitiba: IESDE, 2003.) Para saber mais Exercício resolvido Considere o sistema genital masculino:1. A impotência é uma disfunção erétil que a) incapacita o homem da plena satisfação sexual, e cujas causas podem ser de origem orgânica ou psicológica. Diga em que região do sistema genital masculino ocorre a ereção e explique, sucintamen- te, o seu mecanismo. Entre os métodos anticoncepcionais, b) existem os métodos cirúrgicos, que po- dem ser realizados tanto nos homens como nas mulheres. Como se denomina o método cirúrgico anticoncepcional rea- lizado no homem e em que consiste? O câncer de próstata é um dos tumores c) mais frequentes no homem, especial- mente após completar 60 anos. Qual a função da próstata e que exame pode indicar, precocemente, a presença do tumor? Alguns homens apresentam uma ano-d) malia denominada criptorquidia. O que vem a ser essa anomalia e qual a sua consequência? Solução: ` a) A ereção ocorre no pênis, órgão de cópula masculino. No pênis existem tecidos de natu- reza esponjosa, que se enchem de sangue na excitação sexual, tornando essa estrutura rija e ereta. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 49 E _E M _1 _B IO _0 0 4 b) A vasectomia consiste, basicamente, na secção dos canais deferentes, impedindo que os espermatozoides alcancem a uretra e sejam eliminados com o sêmen na ejaculação. c) A próstata é uma glândula que produz secreção viscosa e alcalina, que contribui para proteger os espermatozoides contra a acidez de secreções vaginais e aumentar a mobilidade dos gametas masculinos. O exame de próstata pode ser feito por toque retal, exames de ultrassonografia e o exame PSA (antígeno prostático específico). O PSA permite medir a concentração no sangue de uma proteína normalmente produzida pela próstata. Conforme o aumento dessa proteína no sangue, pode-se saber se existe um tumor benigno ou maligno. d) Na criptorquidia, os testículos ficam retidos na cavidade abdominal, o que ocasiona esteri- lidade, já que a espermatogênese se processa geralmente em uma temperatura de 3 ou 4 graus Celsius abaixo da temperatura corpórea. Se apenas um testículo fica retido, o outro nor- malmente garante uma produção adequada de espermatozoides. Exercícios de aplicação No esquema abaixo, que mostra parte do 1. aparelho genital feminino, em geral os fenô- menos de nidação, fertilização e segmenta- ção do ovo ocorrem, respectivamente, nas regiões indicadas por: IE S D E B ra si l S .A . I – II – IIIa) I – III – IIb) III – II – Ic) III – I – IId) II – I – IIIe) Conduto pregueado que se estende da en-2. trada da vulva até o colo uterino, constituído por uma camada muscular e outra fibrosa, é denominado: clitóris.a) uretra.b) pequenos lábios.c) vagina.d) grandes lábios.e) São dois condutos que servem de ponte 3. entre o útero e os ovários, abrem-se num pavilhão cheio de franjas dotadas de movi- mentos ativos na época da ovulação.Essas estruturas são denominadas: folículo de Graaf.a) tubas uterinas.b) útero.c) grandes lábios.d) hímen.e) Considere os seguintes fenômenos:4. Clivagem.I. Organogênese.II. Gastrulação.III. Qual a ordem em que ocorrem os fenô- menos acima, após a fertilização? I – II – III a) I – III – IIb) II – III – Ic) III – II – Id) III – I – IIe) Durante o desenvolvimento embrionário 5. de vários vertebrados, observamos nitida- mente algumas fases, caracterizadas pelo aparecimento de determinadas estruturas. A sequência correta dessas fases está re- presentada na alternativa: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 50 E _E M _1 _B IO _0 0 4 mórula – blástula – gástrula – ovo.a) blástula – mórula – gástrula – ovo.b) ovo – gástrula – blástula – mórula.c) mórula – blástula – ovo – gástrula.d) ovo – mórula – blástula – gástrula.e) Questões de processos seletivos (CEFET) Epidídimo:1. é produtor de hormônios.a) é onde ocorre a produção dos esperma-b) tozoides. desemboca na uretra.c) é onde ocorre a maturação dos d) espermatozoi des. possui células de Leydig.e) (UNB-DF) Não é característica de gêmeos 2. univitelinos: são geneticamente iguais.a) são do mesmo sexo.b) originam-se de um único zigoto.c) originam-se de dois óvulos fecundados d) por dois espermatozoides. também são chamados monozigóticos.e) (PUC Minas) A secreção da próstata na eja-3. culação tem a função de: anular a acidez vaginal.a) nutrir os espermatozoides.b) lubrificar a uretra.c) destruir as bactérias vaginais.d) facilitar a locomoção dos espermatozoi-e) des. (CEFET) Uma mulher cujo ciclo menstrual é 4. de 28 dias iniciou sua menstruação no dia 28 de junho. O dia mais provável de sua ovulação, em julho, será o dia: 12.a) 16.b) 24.c) 27.d) 29.e) (FGV-SP) O óvulo fecundado por um esper-5. matozoide dará origem a uma estrutura denominada: folículo.a) fenótipo.b) ovário.c) ovulação.d) zigoto.e) (UFRO) Sobre a reprodução humana, todos 6. os itens abaixo estão corretos, exceto: a fecundação ocorre no útero.a) a espermatogênese ocorre nos testículos.b) a placenta é responsável pela respira-c) ção e nutrição do embrião. na ovulação, rompe-se a parede do ovário d) e o ovócito é liberado na tuba uterina. a clivagem da célula-ovo origina células e) denominadas blastômeros. (FCC) Considere os seguintes hormônios:7. Estrogênio.I. Progesterona.II. Corticosteroide.III. Luteinizante.IV. Atuam no ciclo menstrual: I, II, III e IV.a) Apenas II, III e IV.b) Apenas I, III e IV.c) Apenas I, II e IV.d) Apenas I, II e III.e) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 51 E _E M _1 _B IO _0 0 4 (FAC. MED. POUSO ALEGRE-MG) Durante a 8. embriogênese, desde a fecundação até a fase de mórula, podemos afirmar que: o tamanho da mórula permanece equi-a) valente ao ovo ou zigoto, apesar deste ter sofrido várias divisões. na mórula inicial, surge uma cavidade b) entre os blastômeros denominada blas- tocele. os blastômeros originados, em qualquer c) tipo de ovo, nas primeiras divisões mi- tóticas serão sempre do mesmo tama- nho. a invaginação de um dos polos do em-d) brião na mórula inicial, dá-se geralmen- te no polo vegetativo. na mórula, é possível evidenciar o blas-e) tóporo e o arquêntero. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 52 E _E M _1 _B IO _0 0 4 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 53 E _E M _1 _B IO _0 0 4 Exercícios de aplicação B1. D2. B3. B4. E5. Questões de processos seletivos D1. D2. E3. A4. E5. A6. D7. A8. Gabarito Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 54 E _E M _1 _B IO _0 0 4 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
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