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Concepção e formação do ser humano - tutoriais PBL

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Tutoriais 
Problema 1: Fertilidade 
Descrever a morfofisiologia do aparelho 
reprodutor masculino (anatomia, histologia 
e fisiologia) 
ESTRUTURAS EXTERNAS (MOORE) 
Os órgãos genitais externos são o pênis e o escroto. 
ESCROTO 
É um saco fibromuscular cutâneo contendo os 
testículos e estruturas associadas. Situa-se 
posteroinferiormente ao pênis, abaixo da sínfise púbica. 
A mediana indica sua formação 
bilateral embrionária e é contínua à rafe do pênis e à 
do períneo. Na parte interna, o escroto é dividido em 
dois compartimentos pelo . 
É irrigado pelas (ramos 
terminais das artérias pudendas externas – artéria 
femoral) e (ramos terminais das artérias 
pudendas internas). Também recebe ramos das artérias 
cremastéricas. 
A drenagem venosa é realizada pelas , 
que acompanham as artérias, mas drenam 
(principalmente) para as veias pudendas externas. Os 
vasos linfáticos do escroto conduzem linfa para os 
linfonodos inguinais superficiais. 
É inervado, na face anterior, por derivados do plexo 
lombar – e, na face 
posterior, por derivados do plexo sarcal – 
. As fibras simpáticas conduzidas 
por esses nervos auxiliam a termorregulação dos 
testículos. 
PÊNIS 
É o órgão da cópula e, conduzindo a uretra, oferece a 
saída comum de urina e sêmen. Consiste em , 
 e . É formado em 3 corpos cilíndricos de 
tecido cavernoso erétil: dois 
(dorsalmente) e um (ventralmente). 
Em posição anatômica, o pênis está ereto. Quando 
flácido, o dorso fica voltado para frente. É formado por 
pele fina, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e 
linfáticos, fáscia, corpos cavernosos e corpo esponjoso 
(contém a parte esponjosa da uretra). 
Cada corpo cavernoso é revestido pela túnica 
albugínea, uma cápsula fibrosa. Superficialmente ao 
revestimento externo está a fáscia do pênis, 
continuação da fáscia do períneo, que une o corpo 
esponjoso aos cavernosos (forma um revestimento 
membranáceo forte). Os corpos cavernosos estão 
fundidos um ao outro no plano mediado, exceto 
posteriormente, onde se separam e formam os ramos 
do pênis. 
A é a parte fixa, formada pelos ramos, 
bulbo (ramos e bulbo são massas de tecido erétil) e 
músculos isquiocavernoso e bulboesponjoso. Fica no 
espaço superficial do períneo. 
O é a parte pendular livre. Não tem 
músculos (exceto por algumas fibras do músculo 
bulboesponjoso perto da raiz do pênis e do músculo 
isquiocavernoso que circundam os ramos). Na parte 
distal, o corpo esponjoso se expande e forma glande. 
A , ou cabeça, tem sua margem 
projetada além das extremidades dos corpos 
cavernosos, formando a coroa da glande. O colo da 
glande é a constrição oblíqua que separa a glande do 
corpo. No colo da glande, a pele e a fáscia do pênis são 
prolongadas, formando o prepúcio, que em homens 
não circundados, cobre a glande. O frênulo do prepúcio 
é uma prega mediana que vai da camada profunda do 
prepúcio até a face uretral da glande. 
O ligamento suspensor do pênis é uma condensação 
da fáscia superficial de revestimento. O ligamento 
fundiforme do pênis é uma massa ou condensação 
irregular de colágeno e fibras elásticas do tecido 
subcutâneo que desce na linha mediana a partir da linha 
alba. 
É irrigado, principalmente, por ramos das artérias 
pudendas internas: 
❖ seguem de cada 
lado da veia dorsal profunda entre os corpos 
cavernosos, irriga o tecido fibroso ao redor dos 
corpos cavernosos, corpo esponjoso, parte 
esponjosa da uretra e a pele do pênis. 
❖ irrigam o tecido 
erétil nos corpos cavernosos. são os principais 
vasos que irrigam os espaços cavernosos, 
portanto, participam da ereção do pênis. 
Quando o pênis está flácido, essas artérias 
encontram-se espiraladas, restringindo o fluxo 
sanguíneo: artérias helicinas do pênis. 
❖ irrigam a parte 
posterior (bulbar) do corpo esponjoso e a 
uretra (em seu interior), além da glândula 
bulbouretral. 
Além disso, ramos superficiais e profundos das artérias 
pudendas externas irrigam a pele do pênis. 
O sangue dos corpos cavernosos é drenado por um 
plexo venoso que se une à 
 na fáscia profunda. O sangue da pele e da tela 
subcutânea do pênis drena para as 
. 
O pênis é inervado por nervos que derivam dos 
segmentos S2-S4 da medula espinal e dos gânglios 
sensitivos de nervos espinais. A inervação sensitiva e 
simpática é garantida principalmente pelo 
, um ramo terminal do nervo pudendo. inerva 
a pele e a glande do pênis. O pênis é ricamente suprido 
por diversas terminações nervosas sensitivas, 
sobretudo a glande do pênis. Os 
conduzem fibras parassimpáticas em separado do plexo 
nervoso prostático inervam as artérias helicinas do 
tecido erétil. 
ESTRUTURAS INTERNAS (MOORE) 
Os órgãos genitais internos incluem testículos, 
epidídimos, ductos deferentes, glândulas seminais, 
ductos ejaculatórios, próstata e glândulas bulborretais. 
testículos e epidídimos são considerados internos de 
acordo com sua posição no desenvolvimento e 
homologia com ovários. 
 
 
TESTÍCULOS 
Os testículos são as , ou seja, são 
os pares de glândulas reprodutivas, ovais, que 
produzem espermatozoides e hormônios masculinos, 
principalmente testosterona. Estão suspensos no 
escroto pelos . A superfície de 
cada testículo é coberta pela lâmina visceral da túnica 
vaginal (exceto onde o testículo se fixa ao epidídimo e 
ao funículo espermático). A túnica vaginal é um saco 
peritoneal fechado que circunda parcialmente o 
testículo (representa parte do processo vaginal 
embrionário). A lâmina parietal da túnica vaginal é mais 
extensa que a visceral. As lâminas parietal e visceral são 
separadas por um pequeno volume de líquido presente 
na cavidade túnica vaginal. 
Os testículos tem uma face externa fibrosa e resistente, 
a ., que se espessa em uma crista 
sobre sua face interna. A partir disso, septos fibrosos 
estendem-se internamente entre lóbulos de 
 (pequenos, mas muito 
espiralados), onde são produzidos os espermatozoides. 
As são longas e originam-se da 
face anterolateral da parte abdominal da aorta. Um de 
seus ramos anastomosa-se com a artéria do ducto 
deferente. As veias que emergem do testículo e 
epidídimo formam o , uma 
rede de 8 a 12 veias. Tal plexo faz parte do sistema 
termorregulador do testículo. As veias de cada plexo 
pampiniforme convergem superiormente, formando 
uma veia testicular direita, que entra na veia cava 
inferior, e uma veia testicular esquerda, que entra na 
veia renal esquerda. 
EPIDÍDIMO 
É uma estrutura alongada na face posterior do testículo. 
Os do testículo transportam 
espermatozoides recém-desenvolvidos da rede do 
testículo para o epidídimo. O epidídimo é formado por 
minúsculas alças do , tão 
compactadas que parecem sólidas. O ducto diminui 
progressivamente enquanto segue da cabeça do 
epidídimo na parte superior do testículo até sua cauda. 
No longo trajeto desse tubo, os espermatozoides são 
armazenados e continuam a amadurecer. O epidídimo 
é formado por: 
❖ a parte expandida 
superior que é composta de lóbulos formados 
pelas extremidades espiraladas de 12 a 14 
dúctulos eferentes. 
❖ a maior parte é formada 
pelo ducto contorcido do epidídimo. 
❖ contínua com o ducto 
deferente, o ducto que transporta os 
espermatozoides do epidídimo para o ducto 
ejaculatório, de onde são expulsos pela uretra 
durante a ejaculação.
DUCTO DEFERENTE 
É a continuação do ducto do epidídimo. Tem paredes 
musculares relativamente espessas e um lúmen muito 
pequeno, o que confere a ele firmeza semelhante à de 
um cordão. O ducto começa na cauda do epidídimo, no 
polo inferior do testículo e ascende posterior a ele, 
medial ao epidídimo. É o principal componente do 
funículo espermático. Termina unindo-se ao ducto da 
glândula seminal para formar o ducto ejaculatório. 
GLÂNDULAS SEMINAIS 
Cada uma das glândulas é uma estrutura alongada (5 
cm) que se situa entre o fundo da bexiga urinária e o 
reto. As glândulas seminais, obliquamente situadas acima 
da próstata, não armazenam espermatozoides como 
seu nome indica. As extremidadessuperiores das 
glândulas seminais são cobertas com peritônio e situam-
se posteriores aos ureteres, onde o peritônio da 
escavação retovesical as separa do reto. As 
extremidades inferiores das glândulas seminais estão 
intimamente relacionadas com o reto e são separadas 
dele apenas pelo septo retovesical, uma divisão 
membranácea. O ducto da glândula seminal une-se ao 
ducto deferente para formar o ducto ejaculatório. 
DUCTOS EJACULATÓRIOS 
Cada ducto é um tubo fino que se origina pela união 
do ducto seminal com o ducto deferente. Os ductos 
ejaculatórios (25 cm) originam-se próximo ao colo da 
bexiga urinária e correm muito próximos à medida que 
passam antero-inferiormente através da parte posterior 
da próstata e ao longo dos lados do utrículo prostático. 
Os ductos ejaculatórios convergem para se abrir no 
colículo seminal por meio de aberturas semelhantes a 
fendas, na abertura do utrículo prostático, ou no seu 
interior. 
PRÓSTATA 
É a maior glândula acessória do sistema genital 
masculino (3 cm). A parte glandular compreende 
aproximadamente dois terços da próstata: o outro 
terço é fibromuscular. A próstata é sólida e do tamanho 
de uma noz, envolvendo a parte prostática da uretra, 
possui uma cápsula prostática fibrosa densa, envolvida 
por uma “bainha prostática” fibrosa, que é contínua com 
ligamentos puboprostáticos. A próstata possui: 
❖ Uma base intimamente relacionada com o colo 
da bexiga urinária. 
❖ Um ápice que está em contato com a fáscia 
na face superior dos músculos esfíncter da 
uretra e transverso profundo do períneo. 
❖ Uma face anterior muscular, cuja maioria das 
fibras musculares é transversal e forma um 
hemiesfíncter vertical, semelhante a uma 
depressão, que é parte do músculo esfíncter 
da uretra. A face anterior é separada da sínfise 
púbica pela gordura extraperitoneal no espaço 
retropúbico. 
❖ Uma face posterior que está relacionada com 
a ampola do reto. 
❖ Faces inferolaterais que estão relacionadas 
com o músculo levantador do ânus. 
A descrição tradicional da próstata inlcui os lobos a 
seguir, embora não sejam bem distintos do ponto de 
vista anatômico: 
❖ situa-se anteriormente à 
uretra. É fibromuscular, e as fibras musculares 
representam a continuação superior do 
músculo esfíncter externo da uretra para o 
colo da bexiga, contendo pouco ou nenhum 
tecido glandular. 
❖ separados 
anteriormente pelo istmo e posteriormente 
por um sulco longitudinal central e pouco 
profundo. Podem ser subdivididos: 
 Lóbulo inferoposterior: posterior à 
uretra e inferior aos ductos 
ejaculatórios. Esse lóbulo constitui a 
face palpável da próstata ao exame 
retal digital. 
 Lóbulo inferolateral: diretamente lateral 
à uretra. 
 Lóbulo superomedial: situado 
profundamente ao lóbulo 
inferoposterior, circundando o ducto 
ejaculatório ipsilateral. 
 Lóbulo anteromedial: situado 
profundamente ao lóbulo inferolateral, 
diretamente lateral à parte prostática 
proximal da uretra. 
GLÂNDULAS BULBOURETRAIS 
São duas, do tamanho de uma ervilha, situam-se 
póstero-laterais à parte membranácea da uretra. Os 
 passam através da 
fáscia inferior do esfíncter da uretra (membrana do 
períneo) com a uretra e se abrem através de diminutas 
aberturas na porção proximal da parte esponjosa da 
uretra no bulbo do pênis. Sua secreção, semelhante ao 
muco, entra na uretra durante a excitação sexual.
HISTOLOGIA (JUNQUEIRA) 
O principal hormônio produzido nos testículos é a 
testosterona e seu metabólico – a di-hidrotestosterona, 
essenciais para a fisiologia do homem. A é 
muito importante para a espermatogênese, para a 
diferenciação sexual durante o desenvolvimento 
embrionário e fetal e para o controle da secreção de 
gonadotropinas. A age em vários 
órgãos e tecidos do corpo durante a puberdade e a 
vida adulta. 
Os ductos genitais e as glândulas acessórias produzem 
secreções que, impulsionadas por contração (de 
musculatura lisa), transportam os espermatozoides para 
o exterior. Tais secreções também fornecem 
nutrientes para os espermatozoides enquanto eles 
estão no sistema genital masculino. 
 
é a grossa cápsula de tecido 
conjuntivo denso que envolve cada testículo. É 
espessada na superfície dorsal dos testículos para 
formar o , do qual partem septos 
fibrosos que penetram o testículo, dividindo-o em 
aproximadamente 250 compartimentos piramidais 
chamados . Cada lóbulo é ocupado 
por um a quatro túbulos seminíferos que se alojam 
como novelos envolvidos por um tecido conjuntivo 
frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e 
células intersticiais ( ). Os 
 produzem as células reprodutoras 
masculinas, os espermatozoides, enquanto as células 
intersticiais secretam andrógeno testicular 
(testosterona). 
Os testículos se desenvolvem em posição 
retroperitoneal, na parede dorsal da cavidade abdominal. 
Durante o desenvolvimento fetal, eles migram e se 
alojam na bolsa escrotal, por isso, cada testículo arrasta 
consigo um folheto do peritônio, a , que 
consiste em uma camada parietal exterior e uma 
camada visceral interna, que recobrem a túnica 
albugínea nas porções laterais e anterior do testículo. 
O tem um papel importante na manutenção 
dos testículos a uma temperatura abaixo da intra-
abdominal. 
 onde os espermatozoides são 
produzidos. São túbulos enovelados. Cada testículo tem 
de 250 a 1000 túbulos seminíferos. Eles estão dispostos 
em alças, e suas extremidades se continuam com 
curtos tubos – , conectam os túbulos 
seminíferos a . A parede dos túbulos 
seminíferos é formada por várias camadas de células 
chamadas (ou epitélio seminífero), 
desenvolvido por uma lâmina basal e uma bainha de 
tecido conjuntivo (formado por fibroblastos e células 
mioides achatadas e contráteis). 
O 
epitélio seminífero é formado por dois tipos de células: 
 e células que constituem a 
. 
Linhagem espermatogênica se dispõem em 4 a 8 
camadas, e sua função é produzir espermatozoides 
5º mês de vida fetal as células germinativas colonizam 
a gônada, originando as células chamadas de 
. 
 são células piramidais com a sua 
superfície basal aderida à lâmina basal dos túbulos e 
suas extremidades apicais estão no lúmen dos túbulos. 
São elementos essenciais para a produção de 
espermatozoides. Ao microscópio de luz as células de 
Sertoli são reconhecidas principalmente pelos seus 
núcleos que se situam na base dos túbulos seminíferos., 
que são vesiculares, claros, frequentemente angulosos 
ou triangulares e comumente contêm um nucléolo 
evidente. O citoplasma das células de Sertoli não é visto 
com facilidade, e, por isso, os limites dessas células são 
mal definidos. Uma das causas dessa dificuldade são os 
numerosos recessos formados na superfície das células, 
que têm grande importância, pois as células da linhagem 
espermatogênica se alojam neles e passam pelo 
processo de meiose e pela maturação final que termina 
com a formação dos espermatozoides. 
Células de Sertoli adjacentes são unidas por junções 
ocludentes encontradas nas suas paredes basolaterais, 
formando a . As 
espermatogônias permanecem no compartimento 
basal situado abaixo da barreira. Esse compartimento é 
contínuo com o tecido conjuntivo e, portanto, 
comunica-se com o resto do organismo. Algumas das 
células que resultam da divisão de espermatogônias 
atravessam essas junções e ocupam o 
, situado sobre a barreira, e iniciam a 
espermatogênese (espermatócitos e espermátides). 
Essas células se localizam em recessos das paredes 
laterais e do ápice das células de Sertoli, enquanto os 
flagelos das espermátides formam tufos que se 
estendem para o lúmen dos túbulos. Os 
espermatozoides são provavelmente libertados dos 
recessos por movimentos do ápice das células de 
Sertoli, com a participação de microtúbulos e 
microfilamentos. As células de Sertoli em mamíferos 
não se dividem durante a vida sexual madura. São 
extremamente resistentes a condições adversas como 
infecções, desnutrição e radiações e têm uma taxa 
muito melhor de sobrevivênciadepois dessas agressões 
que as células da linhagem espermatogênica. 
❖ 
 
como os espermatócitos, as espermátides e os 
espermatozoides são isolados do contato 
direto do plasma pela barreira hematotesticular, 
essas células dependem das células de Sertoli 
para a troca de nutrientes e metabólitos. A 
barreira formada pelas células de Sertoli 
também protege os espermatozoides de 
ataque imunológico. 
❖ durante a espermiogênese, o 
excesso de citoplasma das espermátides é 
liberado sob a forma de corpos residuais. Esses 
fragmentos de citoplasma são fagocitados e 
digeridos por células de Sertoli. 
❖ secretam continuamente nos túbulos 
seminíferos um fluido que é transportado na 
direção dos ductos genitais e é usado para 
transporte de espermatozoides. A secreção de 
uma proteína ligante de andrógeno (ABP) é 
controlada por hormônio foliculoestimulante e 
por testosterona, servindo para concentrar 
testosterona nos túbulos seminiferos, onde ela 
é necessária para estimular a 
espermatogênese. Ainda podem converter 
testosterona em estradiol e também secretam 
um peptídio chamado inibina, que suprime a 
síntese e a liberação de FSH na hipófise. 
❖ é uma 
glicoproteína que age durante o 
desenvolvimento embrionário para promover a 
regressão dos ductos de Müller (ductos 
paramesonéfricos) em fetos do sexo masculino 
e induzir o desenvolvimento de estruturas 
derivadas dos ductos de Wolff' (ductos 
mesonéfricos). 
❖ a existência de uma 
barreira entre o sangue e o interior dos túbulos 
seminíferos explica por que são achadas 
poucas substâncias do sangue no fluido 
testicular. As espermatogônias têm livre acesso 
a substâncias encontradas no sangue. As 
junções ocludentes entre as células de Sertoli, 
entretanto, formam uma barreira à passagem 
de moléculas grandes pelo espaço entre elas. 
Assim, as células de etapas mais avançadas da 
espermatogênese são protegidas de 
substâncias do sangue, de agentes nocivos e 
provavelmente de reconhecimento 
imunológico por linfócitos. 
 é importante para a nutrição das 
células dos túbulos seminíferos, transporte de 
hormônios e produção de andrógenos. É formado por 
tecido conjuntivo, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos, 
preenchendo os espaços entre os túbulos seminíferos. 
O tecido conjuntivo tem vários tipos de células, que 
incluem fibroblastos, células conjuntivas indiferenciadas, 
mastócitos e macrófagos. 
Durante a puberdade, toma-se mais evidente um tipo 
adicional de célula, arredondada ou poligonal, e que tem 
um núcleo central e um citoplasma eosinófilo rico em 
pequenas gotículas de lipídios: são as 
 ou , que têm 
características de células produtoras de esteroides. Elas 
, hormônio masculino 
responsável pelo desenvolvimento das características 
sexuais masculinas secundárias. A testosterona é 
sintetizada por enzimas encontradas em mitocôndrias e 
no retículo endoplasmático liso, um exemplo de 
cooperação entre organelas. No adulto essas células são 
estimuladas pelo hormônio luteinizante da hipófise. 
 são os , 
 e . Se seguem aos túbulos 
seminíferos e conduzem espermatozoides e fluidos. A 
maioria dos túbulos seminíferos tem forma de alça, e 
suas extremidades continuam em túbulos retos. Esses, 
por sua vez, se continuam em rede testicular, de onde 
saem os ductos eferentes. 
❖ situada no mediastino do 
testículo, composta por uma rede altamente 
anastomosada de canais revestidos por um 
epitélio de células cuboides, de onde saem 10 a 
20 ductos eferentes. 
❖ formados por grupos de 
células epiteliais cuboides não ciliadas 
(absorvem fluido secretado pelos túbulos 
seminíferos, o que, juntamente com a atividade 
de células ciliadas, cria um fluxo que conduz os 
espermatozoides para o epidídimo) que se 
alternam com grupos de células cujos cílios 
batem em direção do epidídimo, conferindo a 
este epitélio um característico aspecto com 
saliências e reentrâncias. Uma delgada camada 
de células musculares lisas orientadas 
circularmente existe em volta da lâmina basal 
do epitélio. Os ductos eferentes gradualmente 
se fundem para formar o dueto do epidídimo. 
 são o 
, o e a . Eles 
transportam os espermatozoides do testículo para o 
meato do pênis 
❖ tubo único altamente 
enrolado (4 a 6m). Juntamente com o tecido 
conjuntivo circunvizinho e vasos sanguíneos, 
esse ducto forma o corpo e a cauda do 
epidídimo, uma estrutura anatômica com 
cápsula própria. O ducto é formado por um 
epitélio colunar pseudoestratificado, composto 
de células basais arredondadas e de células 
colunares. A superfície das células colunares é 
coberta por longos e ramificados rnicrovilos de 
formas irregulares, chamados estereocllios. O 
epitélio do ducto epididimário participa da 
absorção e digestão dos corpos residuais das 
espermátides, que são eliminados durante a 
espermatogênese. As células epiteliais se 
apoiam sobre urna lâmina basal que é envolvida 
por células musculares lisas e por tecido 
conjuntivo frouxo. As contrações peristálticas 
do músculo liso ajudam a mover o fluido ao 
longo do tubo. 
❖ termina na uretra prostática, 
onde esvazia seu conteúdo. É caracterizado 
por um lúmen estreito e uma espessa camada 
de músculo liso. Sua mucosa forma dobras 
longitudinais e ao longo da maior parte de seu 
trajeto é coberta de um epitélio colunar 
pseudoestratificado com estereocílios. A lâmina 
própria da mucosa é uma camada de tecido 
conjuntivo rico em fibras elásticas, e a camada 
muscular consiste em camadas internas e 
externas longitudinais separadas por uma 
camada circular. O músculo liso sofre fortes 
contrações peristálticas que participam da 
expulsão do sêmen durante a ejaculação. O 
ducto deferente faz parte do 
, um conjunto de estruturas que 
inclui ainda a artéria testicular, o plexo 
pampiniforme (formado por inúmeras 
pequenas veias) e nervos. Antes de entrar na 
próstata, o ducto deferente se dilata, formando 
uma região chamada ampola, na qual o epitélio 
é mais espesso e muito pregueado. Na porção 
final da ampola desembocam as vesículas 
seminais. Em seguida, o ducto deferente 
penetra a próstata e se abre na uretra 
prostática. O segmento que entra na próstata 
é chamado ducto ejaculatório, cuja mucosa é 
semelhante à do deferente, porém não é 
envolvida por músculo liso. 
 são as , 
 e . Produzem 
secreções essenciais para a função reprodutiva do 
homem. 
❖ são dois tubos muito 
tortuosos que, quando estendidos, medem 
aproximadamente 5 a 10 cm. A sua mucosa é 
pregueada e forrada com epitélio cuboide ou 
pseudoestratificado colunar. As células epiteliais 
são ricas em grânulos de secreção, 
semelhantes aos encontrados em células que 
sintetizam proteínas. A lâmina própria é rica em 
fibras elásticas e é envolvida por uma espessa 
camada de músculo liso. Não são reservatórios 
para espermatozoides. Produzem uma 
secreção amarelada que contém frutose, 
citrato, inositol, prostaglandinas e várias 
proteínas. 
❖ é um conjunto de 30 a 50 glândulas 
tubuloalveolares ramificadas que envolvem uma 
porção da uretra chamada uretra prostática 
(são formadas por um epitélio cuboide alto ou 
pseudoestratificado colunar). Um estroma 
fibromuscular cerca as glândulas. Tem três 
zonas distintas: a zona central (cerca de 25% 
do volume da glândula), a zona de transição e 
a zona periférica (cerca de 70% da glândula); 
seus ductos desembocam na uretra prostática. 
A próstata é envolvida por uma cápsula 
fibroelástica rica em músculo liso. Septos dessa 
cápsula penetram a glândula e a dividem em 
lóbulos. As glândulas produzem secreção e a 
armazenam para expulsá-la durante a 
ejaculação. Da mesma maneira como a vesícula 
seminal, a estrutura e a função da próstata são 
reguladas por testosterona 
❖ também chamada de 
glândulas de Cowper, tem de 3 a 5 mm de 
diâmetro. Situam-se na porção membranosa 
da uretra, na qual lançam sua secreção. São 
glândulas tubuloalveolares, revestidas por um 
epitélio cúbico simples secretor de muco. 
Células musculares esqueléticas e lisas são 
encontradas nos septosque dividem a glândula 
em lóbulos. O muco secretado é claro e age 
como lubrificante. 
 seus componentes principais são a e 
, sendo este conjunto 
envolvido por pele. Dois desses cilindros - os 
 do pênis - estão localizados na parte dorsal 
do pênis. O terceiro, localizado ventralmente, é 
chamado corpo cavernoso da uretra ou 
 e envolve a uretra. Na sua extremidade distal 
ele se dilata, formando a glande do pênis. A maior parte 
da uretra peniana é revestida por epitélio 
pseudoestratificado colunar, que na glande se 
transforma em estratificado pavimentoso. 
❖ Glândulas secretoras de muco (glândulas de 
Littré) são encontradas ao longo da uretra 
peniana. 
❖ O prepúcio é uma dobra retrátil de pele que 
contém tecido conjuntivo com músculo liso em 
seu interior. 
❖ Glândulas sebáceas são encontradas na dobra 
interna e na pele que cobre a glande. 
❖ Os corpos cavernosos são envolvidos por uma 
camada resistente de tecido conjuntivo denso, 
a túnica albugínea. 
❖ O tecido erétil que compõe os corpos 
cavernosos do pênis e da uretra tem uma 
grande quantidade de espaços venosos 
separados por trabéculas de fibras de tecido 
conjuntivo e células musculares lisas 
❖ A é um processo 
hemodinâmico controlado por impulsos 
nervosos sobre o músculo liso das artérias do 
pênis e sobre o músculo liso das trabéculas que 
cercam os espaços vasculares dos corpos 
cavernosos. No estado flácido, o fluxo de 
sangue no pênis é pequeno, mantido pelo 
tônus intrínseco da musculatura lisa e por 
impulsos contínuos de inervação simpática. A 
ereção ocorre quando impulsos 
vasodilatadores do parassimpático causam o 
relaxamento da musculatura dos vasos 
penianos e do músculo liso dos corpos 
cavernosos. A vasodilatação também se associa 
à concomitante inibição de impulsos 
vasoconstritores do simpático. A abertura das 
artérias penianas e dos espaços cavernosos 
aumenta o fluxo de sangue que preenche os 
espaços cavernosos, produzindo a rigidez do 
pênis. Após a ejaculação e o orgasmo, a 
atividade parassimpática é reduzida, e o pênis 
volta a seu estado flácido. 
Estudar a espermatogênese e a 
participação dos hormônios no testículo 
ESPERMATOGÊNESE (JUNQS) 
É o processo completo que começa nas 
 (células pequenas situadas próximas 
à lâmina basal), na puberdade há o início de mitoses 
sucessivas, onde as células filhas podem seguir dois 
caminhos: continuar se dividindo (manter-se como 
células tronco – espermatogônias tipo A) ou 
diferenciar-se, seguindo nos ciclos de mitose (tornam-
se espermatogônias tipo B). Essas de tipo B passam por 
ciclos mitóticos nos quais as células filhas não se 
separam completamente e, ao final desse processo, se 
tornam-se (maiores células 
e localizadas próximo à lâmina basal). São unidos por 
pontes citoplasmáticas até o final da espermatogênese. 
Os espermatócitos primários duplicam seu DNA, logo 
tem 46 cromossomos. Passam pela meiose I e, durante 
a anáfase da primeira divisão meiótica, os cromossomos 
homólogos se separam e estas células são 
denominadas os , que tem 
23 cromossomos, mas o dobro da quantidade habitual 
de DNA uma vez que seus cromossomos são 
constituídos de duas cromátides. 
Deste modo, os dois espermatócitos secundários 
entram na segunda divisão da meiose, originando duas 
, cada uma com 23 cromossomos e 
metade da quantidade regular de DNA (haploides) ou 
seja metade da quantidade regular do organismo. 
 é a fase final da produção de 
espermatozoide e durante ela não ocorre nenhuma 
divisão celular. As espermátides podem ser distinguidas 
por seus núcleos com quantidades crescentes de 
cromatina e condensada de formas variadas ao longo 
do lúmen. 
 Na espermiogênese ocorrem algumas 
alterações, como a formação do acrossomo, 
condensação e alongamento do núcleo, 
desenvolvimento do flagelo e perda de grande parte 
do citoplasma. O resultado final é um 
 (célula altamente especializada para transferir o 
DNA masculino ao ovócito) liberado no lúmen do túbulo 
seminífero. A espermiogênese pode ser 
❖ o citoplasma das 
espermátides contém um complexo de Golgi 
bastante desenvolvido. Há acumulação de 
pequenos grânulos ‘pró-acrossômicos’ no 
Golgi, que se fundem para formar um único 
grânulo acrossômico no interior de uma 
vesícula limitada por membrana, chamada 
vesícula acrossômico. Os centríolos migram 
para perto da superfície da célula, em posição 
oposta à vesícula acrossômica e iniciam a 
formação do axonema (um conjunto de 
microtúbulos que formará o eixo central de um 
flagelo). 
❖ a vesícula e o grânulo 
acrossômico se estendem sobre a metade 
anterior do núcleo e passam a ser chamados 
inicialmente de capuz acrossômico e, depois, 
finalmente, de acrossomo. Ele contém várias 
enzimas hidrolíticas, como hialuronidase, 
neuraminidase, fosfatase ácida e uma protease, 
portanto, assemelha-se a um lisossomo. Essas 
enzimas são capazes de dissociar as células da 
carona radiata e de digerir as proteínas da zona 
pelúcida, estruturas que envolvem os ovócitos. 
❖ uma grande parte do 
citoplasma das espermátides é desprendida, 
formando corpos residuais que são fagocitados 
pelas células de Sertoli e os espermatozoides 
são liberados no lúmen do túbulo. Os 
espermatozoides são transportados ao 
epidídimo em um meio apropriado, o fluido 
testicular, produzido pelas células de Sertoli e 
pelas células da rede testicular (contém 
esteroides, proteínas, íons e uma proteína 
ligante de andrógeno que transporta 
testosterona). 
INFLUÊNCIAS DA ESPERMATOGÊNESE 
hormônios são os fatores mais 
importantes no controle da espermatogênese, a qual 
depende da ação dos hormônios FSH e LH da hipófise 
sobre as células do testículo. 
❖ age nas células de Sertoli, promovendo a 
síntese e a secreção de proteína ligante de 
andrógeno-ABP. 
❖ age nas células intersticiais, estimulando a 
produção de testosterona. 
❖ se difunde das células intersticiais 
para o interior do túbulo seminífero e se 
combina com a ABP. Dessa maneira se 
mantém uma alta concentração de 
testosterona no túbulo seminífero, condição 
muito importante para estimular a 
espermatogênese. 
 Desnutrição, alcoolismo e várias 
substâncias levam a alterações nas espermatogônias, 
causando diminuição na produção de espermatozoides. 
Irradiações (p. ex., raios X) e sais de cádmio são bastante 
tóxicos para as células da linhagem espermatogênica, 
causando a morte dessas células e esterilidade nos 
indivíduos acometidos. 
Analisar a fertilidade 
FATORES QUE INFLUENCIAM (FÍSICOS, 
AMBIENTAIS, PSICOSSOCIAIS) 
Diversos fatores podem influenciar a fertilidade 
masculina, estes fatores podem ser provenientes de 
diversas causas como , como a 
criptorquidia (não descida dos testículos para a bolsa 
escrotal), varicocele (o inchaço nos vasos sanguíneos 
ao redor dos testículos) e Doença de Peyronie (causa 
o entortamento do pênis). 
 como caxumba, que pode 
causar atrofia dos testículos, e DSTS, como a gonorreia, 
podem causar alteração ou mesmo comprometer 
completamente a qualidade do esperma e causar 
problemas de fertilidade. 
 como obstrução 
nos tubos que transportam os espermatozoides, 
problemas no canal deferente, ou mesmo a chamada 
ejaculação retrógrada em que o sêmen é expelido para 
trás da bexiga ao invés de ser eliminado pelo pênis que 
pode ser causada por diabetes, uso de remédios 
(medicamentosa), lesões na coluna e cirurgia anterior 
na bexiga, na próstata ou na uretra (traumas). 
 Além disso os desequilíbrios 
hormonais podem afetar a ejaculação como níveis de 
testosterona e a contagem de esperma por exemplo, 
outros problemas como a disfunção erétil, também 
pode causar infertilidade. 
 também podem alterar o 
funcionamento dos órgãos reprodutivos, e em outros 
casos o tratamento por quimio ou radioterapia pode ser 
fator determinante na produção do esperma. 
Outro fator é o , como 
remédios para tratar o câncer, mas também 
antidepressivos tricíclicos, remédios para pressão alta, 
esteroides anabolizantes, remédios para artrite 
reumatoideou colite ulcerativa. 
 também alteram a fertilidade como 
abuso de álcool, deficiência hormonal, temperatura do 
saco escrotal, desnutrição, radiação, sais de cádmio que 
são tóxicos para células da linhagem espermatogênica. 
Problema 2: Primeiros ciclos 
menstruais 
Estudar o aparelho reprodutor feminino 
(morfofisiologia, histologia) 
(TORTORA) 
Os órgãos do sistema genital feminino incluem os 
ovários, as tubas uterinas, o útero, a vagina e órgãos 
externos, que são coletivamente chamados de 
pudendo feminino (também conhecido como vulva). As 
glândulas mamárias são consideradas parte do 
tegumento e do sistema genital feminino. 
 ovário produz oócitos secundários 
e hormônios; tubas uterinas transportam um oócito 
secundário para o útero (onde ocorre a fertilização 
normalmente); o útero é onde o óvulo fertilizado é 
implantado, ocorrendo o desenvolvimento do feto 
durante a gestação; a vagina recebe o pênis durante a 
relação sexual e é uma passagem para o parto; as 
glândulas mamárias produzem, secretam e ejetam o 
leite para a amamentação do recém-nascido. 
 
OVÁRIOS 
São as gônadas femininas, ou seja, um par de glândulas 
reprodutivas – homólogas aos testículos. Produzem os 
 (os oócitos secundários que se desenvolvem 
em óvulos maduros após a fertilização), e , 
incluindo a progesterona e os estrogênios (hormônios 
sexuais femininos), a inibina e a relaxina. 
Os ovários, um em cada lado do útero, descem até a 
margem da parte superior da cavidade pélvica durante 
o terceiro mês de desenvolvimento. Vários ligamentos 
os prendem em sua posição. O 
, que é uma prega do peritônio parietal, se insere 
aos ovários por uma dobra de duas camadas de 
peritônio chamada de . O 
 ancora os ovários no útero, e o 
 os insere na parede pélvica. Cada 
ovário contém um , o ponto de entrada e saída 
para os vasos sanguíneos e nervos com os quais o 
mesovário está ligado. 
 cada ovário consiste nas seguintes partes: 
❖ O é uma camada de 
epitélio simples (prismático baixo ou escamoso) 
que recobre a superfície do ovário. Esse termo 
não é correto em humanos porque esta 
camada não dá origem aos óvulos. Porém o 
nome é antigo e só se descobriu 
recentemente que as células que produzem os 
óvulos surgem a partir do saco vitelino e 
migram para os ovários durante o 
desenvolvimento embrionário. 
❖ A é uma cápsula 
esbranquiçada de tecido conjuntivo denso 
irregular localizada imediatamente profunda ao 
epitélio germinativo. 
❖ O é a região imediatamente 
profunda à túnica albugínea. Ele consiste em 
folículos ovarianos circundados por tecido 
conjuntivo denso irregular que contém fibras 
colágenas e células semelhantes a fibroblastos 
chamadas células estromais. 
❖ A é profunda ao córtex do 
ovário. A margem entre o córtex e a medula 
não pode ser distinguida, mas a medula é 
constituída por tecido conjuntivo mais 
frouxamente disposto e contém vasos 
sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. 
❖ Os estão no córtex e 
consistem em em várias fases de 
desenvolvimento, além das células que os 
circundam. Quando as células circundantes 
formam uma única camada, são chamadas 
; mais tarde no 
desenvolvimento, quando se formam diversas 
camadas, elas são chamadas 
. As células circundantes nutrem o 
oócito em desenvolvimento e começam a 
secretar estrogênios conforme o folículo 
cresce. 
❖ O folículo maduro é um folículo grande, cheio 
de líquido, que está pronto para romper e 
expulsar seu oócito secundário, em um 
processo conhecido como . 
❖ O contém os restos de um folículo 
maduro após a ovulação. O corpo lúteo produz 
progesterona, estrogênios, relaxina e inibina, 
até que se degenera em um tecido cicatricial 
fibroso chamado . 
TUBAS UTERINAS 
São duas, estendem-se lateralmente a partir do útero. 
Medem aproximadamente 10cm e encontram-se no 
interior das pregas de ligamento largo do útero. 
Fornecem uma via para os espermatozoides chegarem 
ao óvulo e transporta oócitos secundários e óvulos 
fecundados do ovário ao útero. 
A parte em forma de funil de cada tuba, chamada de 
, está próxima do ovário, 
mas se abre para a cavidade pélvica. Ela termina em 
franjas de projeções digitiformes chamadas 
, que estão ligadas à extremidade lateral 
do ovário. Do infundíbulo, a tuba uterina se estende 
medialmente e, eventualmente, inferiormente, e se 
insere no ângulo lateral superior do útero. A 
 é a sua parte mais larga e mais longa, 
constituindo os dois terços laterais do seu comprimento. 
O é a parte curta, estreita, mais 
medial e de paredes espessas, que se une ao útero. 
 são compostas por três camadas: 
❖ composta por epitélio (com 
células colunares ciliadas simples ajuda a 
mover o óvulo ou oócito secundário / e células 
não ciliadas células intercalares, com 
microvilosidades e secretam um líquido 
nutritivo para o óvulo / e lâmina própria (tecido 
conjuntivo). 
❖ composta por um anel 
circular interno de músculo liso espesso e uma 
fina região externa de músculo liso longitudinal. 
 contrações peristálticas também ajudam a 
mover o óvulo ou oócito secundário. 
❖ uma membrana serosa, camada 
mais exterior das tubas. 
Após a ovulação, os movimentos das fímbrias da tuba 
uterina produzem correntes locais, que circundam a 
superfície do folículo maduro imediatamente antes de 
ocorrer a ovulação. Estas correntes movem o oócito 
secundário ovulado da cavidade peritoneal para a tuba 
uterina. Um espermatozoide geralmente encontra e 
fertiliza um oócito secundário na ampola da tuba uterina, 
embora a fertilização na cavidade peritoneal não seja 
incomum. A fertilização pode ocorrer até 
aproximadamente 24 h após a ovulação. Algumas horas 
após a fertilização, os materiais nucleares do óvulo 
haploide e o espermatozoide se unem. O óvulo 
fertilizado diploide é agora chamado de zigoto e 
começa a sofrer divisões celulares enquanto se move 
em direção ao útero. Ele chega ao útero 6 a 7 dias 
após a ovulação. Os oócitos secundários não fertilizados 
se desintegram. 
ÚTERO 
Serve como parte da via para o espermatozoide 
depositado na vagina alcançar as tubas uterinas. É 
também o local da implantação de um óvulo fertilizado, 
desenvolvimento do feto durante a gestação e trabalho 
de parto. Durante os ciclos reprodutivos, quando a 
implantação não ocorre, o útero é a fonte do fluxo 
menstrual. 
É situado entre a bexiga e o reto. É maior em mulheres 
que estiveram grávidas recentemente e menor 
(atrofiado) quando os hormônios sexuais estão baixos 
(como, por exemplo, após a menopausa). 
 uma parte em forma 
de cúpula superior às tubas uterinas chamada de 
, uma parte central afilada chamada de 
 e uma parte inferior estreita chamada de 
, que se abre para o interior da vagina. Entre 
o corpo do útero e o colo do útero está o 
, uma região de aproximadamente 1 cm de 
comprimento. O interior do corpo do útero é chamado 
de , e o interior do colo do útero é 
chamado de . O canal do colo 
do útero se abre para a cavidade uterina no 
 e na vagina no 
. 
Geralmente o útero fica em uma posição chamada 
anteflexão (o corpo do útero se projeta anterior e 
superiormente à bexiga urinária). Vários ligamentos que 
são extensões do peritônio parietal ou cordões 
fibromusculares mantêm a posição do útero. O par de 
 são pregas duplas de 
peritônio que fixam o útero em ambos os lados da 
cavidade pélvica. O par de , 
também extensões peritoneais, encontram-se em cada 
lado do reto e ligam o útero ao sacro. Os 
estão localizados inferiormente às 
bases dos ligamentos largos e se estendem da parede 
pélvica ao colo do útero e vagina. Os 
 são bandas de tecido conjuntivo fibroso 
entre as camadas do ligamento largo; estendem-se de 
um ponto no útero imediatamente inferior às tubas 
uterinas até uma parte dos lábios maiores do pudendo 
da genitália externa. Embora os ligamentos 
normalmente mantenham a posição de anteflexão do 
útero, também possibilitam movimentação suficiente de 
seu corpo útero, de modo que o útero pode tornar-se 
mal posicionado. Ainclinação posterior do útero, 
chamada retroflexão, é uma variação inofensiva da 
posição normal do útero. Muitas vezes não há causa 
para esta condição, mas ela pode ocorrer após o parto. 
 o útero é composto por três camadas 
histológicas: 
❖ camada exterior (também chamada 
de túnica serosa), é parte do peritônio visceral 
e é composta por epitélio escamoso simples e 
tecido conjuntivo areolar. Lateralmente, torna-
se o ligamento largo do útero. Anteriormente, 
recobre a bexiga urinária e forma uma 
escavação rasa, a . 
Posteriormente, recobre o reto e forma uma 
escavação profunda entre o útero e a bexiga 
urinária, a – o ponto 
mais inferior da cavidade pélvica. 
❖ camada intermediária composto 
por três camadas de fibras musculares lisas 
(mais espessas ao fundo e mais finas no colo 
do útero). A camada mais espessa é 
intermediária e circular, enquanto as outras 
duas longitudinais ou oblíquas. Durante o 
trabalho de parto, são as contrações 
coordenadas do miométrio (resposta à 
ocitocina) que ajudam a expelir o feto do útero. 
❖ camada interna do útero, é bem 
vascularizada e possui 3 componentes: uma 
camada mais interna composta por epitélio 
colunar simples (células ciliadas e secretoras) 
que reveste o lúmen, um estroma endometrial 
subjacente que é uma região muito espessa 
de lâmina própria (tecido conjuntivo areolar) e 
glândulas uterinas que se desenvolvem como 
invaginações do epitélio luminal. É dividido em 
duas camadas: 
– reveste a cavidade uterina e descama 
durante a menstruação – e 
, permanente e dá origem a um 
novo estrato funcional após cada menstruação. 
 produzido por células secretoras da 
túnica mucosa do colo do útero. É uma mistura de 
água, glicoproteínas, lipídios, enzimas e sais inorgânicos. 
É mais propicio aos espermatozoides durante o 
período fértil (próximo ou no momento da ovulação), 
pois se torna menos viscoso e mais alcalino. Em outros 
momentos, um muco mais viscoso forma um tampão 
cervical que impede fisicamente a penetração dos 
espermatozoides. Suplementa as necessidades de 
energia dos espermatozoides e protege (assim como 
o colo do útero) o sptz dos fagócitos e do ambiente 
hostil da vagina e do útero. Também pode atuar na 
: várias mudanças funcionais pelas quais os 
espermatozoides passam no sistema genital feminino 
antes de serem capazes de fertilizar um oócito 
secundário. A capacitação faz com que a cauda de um 
espermatozoide se mova ainda mais vigorosamente, e 
prepara a membrana plasmática do espermatozoide 
para se fundir com a membrana plasmática do oócito. 
VAGINA 
É um canal tubular fibromuscular de 10cm de 
comprimento, alinhado com a túnica mucosa (que se 
estende do exterior do corpo até o colo do útero). É 
o receptáculo para o pênis durante a relação sexual, a 
saída para o fluxo menstrual e a via de passagem para 
o parto. Situada entre a bexiga urinária e o reto, a 
vagina é dirigida superior e posteriormente, onde se 
insere no útero. Um recesso chamado 
 circunda a inserção vaginal ao colo do útero. 
❖ é contínua com a 
do útero, consistindo em epitélio escamoso 
estratificado não queratinizado e tecido 
conjuntivo areolar que se encontra em uma 
série de pregas transversais, chamadas 
. A túnica mucosa da vagina contém 
grandes estoques de glicogênio, cuja 
decomposição produz ácidos orgânicos. O 
meio ácido resultante retarda o crescimento 
microbiano, mas também é prejudicial ao 
espermatozoide. Componentes alcalinos do 
sêmen, principalmente das glândulas seminais, 
elevam o pH do líquido na vagina e aumentam 
a viabilidade do espermatozoide. 
❖ composta por uma camada 
circular externa e uma camada longitudinal 
interna de músculo liso, que pode se distender 
consideravelmente para acomodar o pênis 
durante a relação sexual e a criança durante o 
parto. 
❖ camada superficial da vagina, 
é constituída por tecido conjuntivo areolar. Ela 
ancora a vagina aos órgãos adjacentes, como 
a uretra e a bexiga urinária anteriormente e o 
reto e o canal anal posteriormente. 
❖ fina prega de túnica mucosa 
vascularizada. Forma uma margem em torno 
da extremidade inferior da abertura vaginal 
para o exterior (o óstio da vagina), fechando-a 
parcialmente. Depois de sua ruptura, 
geralmente após a primeira relação sexual, 
permanecem apenas remanescentes do 
hímen. Às vezes, o hímen recobre 
completamente o óstio da vagina, em uma 
condição chamada hímen imperfurado. Pode 
ser necessária uma cirurgia para abrir o óstio 
da vagina e possibilitar a saída do fluxo 
menstrual. 
PUDENDO FEMININO 
São os órgãos externos do sistema reprodutor 
feminino. 
❖ Anteriormente às aberturas vaginal e uretral 
está o , uma elevação de 
tecido adiposo recoberta por pele e pelos 
pubianos grossos que acolchoam a sínfise 
púbica. 
❖ Do monte do púbis, duas pregas de pele 
longitudinais, os , se 
estendem inferiormente e posteriormente. Os 
lábios maiores do pudendo são recobertos por 
pelos pubianos e contêm tecido adiposo, 
glândulas sebáceas e glândulas sudoríferas 
apócrinas. Eles são homólogos ao escroto. 
❖ Medialmente aos lábios maiores do pudendo 
estão duas pregas de pele menores chamadas 
. Ao contrário dos 
lábios maiores do pudendo, os lábios menores 
do pudendo são desprovidos de pelos pubianos 
e gordura e têm poucas glândulas sudoríferas, 
mas contêm muitas glândulas sebáceas. Os 
lábios menores do pudendo são homólogos à 
parte esponjosa (peniana) da uretra. 
❖ O é uma pequena massa cilíndrica 
composta por dois pequenos corpos eréteis, 
os corpos cavernosos, e diversos nervos e 
vasos sanguíneos. O clitóris está localizado na 
junção anterior dos lábios menores do 
pudendo. Uma camada de pele chamada 
 é formada no ponto em 
que os lábios menores do pudendo se unem e 
recobrem o corpo do clitóris. A parte exposta 
do clitóris é a . O clitóris é 
homólogo à glande nos homens. Como a 
estrutura do sexo masculino, o clitóris é capaz 
de aumentar de tamanho à estimulação tátil e 
tem um papel na excitação sexual da mulher. 
❖ A região entre os lábios menores do pudendo 
é o . No interior do 
vestíbulo estão o hímen (se ainda existir), o 
, o óstio externo da uretra e as 
aberturas dos ductos de várias glândulas. O 
vestíbulo da vagina é homólogo à parte 
membranácea da uretra nos homens. O óstio 
da vagina, a abertura da vagina para o exterior, 
ocupa a maior parte do vestíbulo e é limitada 
pelo hímen. Anteriormente ao óstio da vagina 
e posteriormente ao clitóris está o 
, a abertura da uretra para 
o exterior. Em ambos os lados do óstio externo 
da uretra estão aberturas dos ductos das 
. Estas glândulas 
secretam muco e estão embutidas na parede 
da uretra. As glândulas parauretrais são 
homólogas à próstata. Em ambos os lados do 
óstio da vagina propriamente dito estão as 
, que se abrem 
por ductos em um sulco entre o hímen e os 
lábios menores do pudendo. Elas produzem 
algum muco durante a excitação sexual e as 
relações sexuais, que contribui para o muco 
cervical e fornece lubrificação. As glândulas 
vestibulares maiores são homólogas às 
glândulas bulbouretrais nos homens. Várias 
 também se 
abrem para o vestíbulo da vagina 
❖ O bulbo do vestíbulo consiste em duas massas 
alongadas de tecido erétil imediatamente 
profundas aos lábios de cada lado do óstio da 
vagina. O bulbo do vestíbulo fica cheio de 
sangue durante a excitação sexual, estreitando 
o óstio da vagina e colocando pressão sobre o 
pênis durante a relação sexual. O bulbo do 
vestíbulo é homólogo ao corpo esponjoso e 
bulbo do pênis nos homens. 
 
PERÍNEO 
É uma área em formato de diamante medial às coxas 
e nádegas tanto no sexo masculino quanto feminino. 
Ele contém os órgãos genitais externos e o ânus. O 
períneo é limitado anteriormente pela sínfise púbica, 
lateralmente pelas tuberosidades isquiáticas e 
posteriormente pelo cóccix. Uma linha transversal 
traçada entre as tuberosidades isquiáticas divide o 
períneo em uma região urogenital anterior que contém 
os órgãos genitais externos e uma regiãoanal posterior 
que contém o ânus. 
GLÂNDULAS MAMÁRIAS 
Cada mama é uma projeção hemisférica e de tamanho 
variável anterior aos músculos peitoral maior e serrátil 
anterior, e ligada a eles por uma camada de fáscia 
composta por tecido conjuntivo denso irregular. 
Cada mama tem uma projeção pigmentada, a 
, que tem uma série de aberturas pouco 
espaçadas de ductos chamados , dos 
quais emergem leite. A área circular de pele 
pigmentada ao redor do mamilo é chamada 
; tem aspecto áspero, porque contém glândulas 
sebáceas modificadas. Faixas de tecido conjuntivo 
chamadas correm 
entre a pele e a fáscia e apoiam a mama. 
No interior de cada mama há uma , 
uma glândula que produz leite. Esta contém de 15 a 20 
 (compartimentos) separados por tecido adiposo 
(em quantidades variáveis). Em cada lobo existem, ainda, 
menores compartimentos chamados lóbulos, que, por 
sua vez, são compostos por agrupamentos de 
glândulas secretoras de leite em forma de uva 
chamados de alvéolos, embutidos no tecido conjuntivo. 
A contração das células mioepiteliais em torno dos 
alvéolos ajuda a impulsionar o leite em direção às papilas 
mamárias. Quando está sendo produzido leite, ele passa 
dos alvéolos por vários túbulos secundários e, em 
seguida, para os ductos mamários. Próximo do mamilo, 
os ductos mamários se expandem discretamente para 
formar seios chamados seios lactíferos, onde um pouco 
de leite pode ser armazenado antes de ser drenado 
para um ducto lactífero. Cada ducto lactífero 
normalmente transporta leite de um dos lobos para o 
exterior. 
 
Dinâmica do ciclo menstrual 
REGULAÇÃO HORMONAL 
O hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) 
secretado pelo hipotálamo controla os ciclos ovariano e 
uterino, estimulando a liberação do hormônio 
foliculoestimulante (FSH) e do hormônio luteinizante 
(LH) pela adenohipófise. 
O FSH inicia o crescimento folicular, enquanto o LH 
estimula o desenvolvimento adicional dos folículos 
ovarianos. Além disso, o FSH e o LH estimulam os 
folículos ovarianos a secretar estrogênio. O LH estimula 
as células da teca de um folículo em desenvolvimento 
a produzir androgênios. Sob influência do FSH, os 
androgênios são absorvidos pelas células granulosas do 
folículo e, em seguida, convertidos em estrogênios. No 
meio do ciclo, o LH estimula a ovulação e, então, 
promove a formação do corpo lúteo, a razão para o 
nome hormônio luteinizante. Estimulado pela LH, o 
corpo lúteo produz e secreta estrogênios, 
progesterona, relaxina e inibina. 
 já foram isolados pelo menos seis 
diferentes, mas apenas três estão em quantidade 
significativa. São secretados pelos folículos ovarianos. 
Principais funções: 
❖ Promover o desenvolvimento e manutenção 
das estruturas reprodutivas femininas, 
características sexuais secundárias e mamas. 
As características sexuais secundárias incluem 
a distribuição do tecido adiposo nas mamas, no 
abdome, no monte do púbis e nos quadris; tom 
da voz; uma pelve ampla; e o padrão de 
crescimento de pelos no corpo. 
❖ Aumentar o anabolismo proteico, incluindo a 
formação de ossos fortes. Em relação a isso, 
os estrogênios são sinérgicos com o hormônio 
do crescimento (hGH) 
❖ Baixar o nível sanguíneo de colesterol, que 
provavelmente é o motivo de as mulheres 
com menos de 50 anos correrem risco muito 
menor de doença da artéria coronária (DAC) 
do que os homens de idade semelhante 
❖ Níveis sanguíneos moderados inibem tanto a 
liberação de GnRH pelo hipotálamo quanto a 
secreção de LH e de FSH pela adenohipófise. 
 secretada principalmente pelas células 
do corpo lúteo, coopera com os estrogênios para 
preparar e manter o endométrio para a implantação de 
um óvulo fertilizado e preparar as glândulas mamárias 
para a secreção de leite. Altos níveis de progesterona 
também inibem a secreção de LH e GnRH. 
CICLO MENSTRUAL 
FASE MENSTRUAL OU MENSTRUAÇÃO 
Por convenção, o 1° dia da menstruação é o início do 
ciclo. Assim, a fase menstrual dura aproximadamente os 
primeiros 5 dias do ciclo. 
 sob influência do FSH, vários 
folículos primordiais se desenvolvem em folículos 
primários e, então, em folículos secundários. Este 
processo de desenvolvimento pode levar vários meses 
para ocorrer. Portanto, um folículo que começa a se 
desenvolver no início de um dado ciclo menstrual pode 
não alcançar a maturidade e ovular até vários ciclos 
menstruais mais tarde. 
 o fluxo menstrual do útero consiste 
em 50 a 150ml de sangue, líquido tecidual, muco e 
células epiteliais do endométrio descamado. Esta 
eliminação ocorre porque os níveis decrescentes de 
progesterona e estrogênios estimulam a liberação de 
prostaglandinas que fazem com que as arteríolas 
espirais do útero se contraiam. Como resultado, as 
células que elas irrigam são privadas de oxigênio e 
começam a morrer. Por fim, todo o estrato funcional 
descama. Nesta altura, o endométrio está muito fino, 
com cerca de 2 a 5 mm, porque apenas o estrato basal 
permanece. O fluxo menstrual passa da cavidade uterina 
pelo colo do útero e vagina até o meio externo. 
FASE PRÉ-OVULATÓRIA 
É o período entre o fim da menstruação e a ovulação. 
Tem comprimento mais variável que outras fases. 
 alguns dos folículos secundários 
nos ovários começam a secretar estrogênios e inibina. 
Por volta do dia 6, um folículo secundário único em um 
dos dois ovários superou todos os outros para se tornar 
o folículo dominante. Os estrogênios e a inibina 
secretados pelo folículo dominante diminuem a 
secreção de FSH, o que faz com que os outros 
folículos menos bem desenvolvidos parem de crescer 
e sofram atresia. Os gêmeos ou trigêmeos fraternos 
(não idênticos) ocorrem quando dois ou três folículos 
secundários se tornam codominantes e mais tarde são 
ovulados e fertilizados aproximadamente ao mesmo 
tempo. 
Normalmente, um folículo secundário dominante único 
passa a ser o folículo maduro, que continua 
aumentando até que tenha mais de 20 mm de 
diâmetro e esteja pronto para a ovulação. Este folículo 
forma uma protuberância em forma de vesícula 
decorrente da tumefação do antro na superfície do 
ovário. Durante o processo de maturação final, o folículo 
maduro continua aumentando a sua produção de 
estrogênios. 
Outros objetivos: 
❖ 
❖ 
❖ 
 
 
 
 
 
Problema 3: Desejo de ter filhos 
Conceituar os riscos da gestação tardia, 
tanto para a gestante quanto para o 
concepto (anomalias cromossômicas) 
ARTIGOS 
 a idade materna influencia o 
processo da meiose, tendo sido demonstrado que o 
fuso meiótico em mulheres com 40 anos ou mais é 
frequentemente anormal, tanto em relação ao 
alinhamento cromossômico quanto à matriz de 
microtúbulos, que inclui o fuso meiótico; dessa forma, 
observa-se uma alta incidência de aneuploidias nessas 
mulheres21. O encurtamento dos telômeros, que ocorre 
com a duplicação do DNA, pode exercer papel 
importante. Embora os oócitos não sofram divisão nos 
mamíferos adultos, seus precursores replicam durante 
a oogênese fetal. Os oócitos de mulheres mais velhas 
entraram no processo de meiose mais tarde na vida 
fetal, tendo, portanto, passado por maior número de 
ciclos mitóticos durante a oogênese fetal do que oócitos 
de mulheres jovens 
 acredita-se que alterações relacionadas à idade 
na formação do fuso meiótico e no alinhamento 
cromossômico resultem em altas taxas de aneuploidia 
do embrião de oócitos em mulheres em idade 
reprodutiva avançada. Além disso, a instabilidade 
relacionada à idade no DNA mitocondrial pode afetar a 
competência oocitária e a transmissão de 
anormalidades mitocondriais para a prole. DNA 
mitocondrial mais baixo e, de fato, o conteúdo 
mitocondrial é preditivo de baixa qualidade oocitária e 
resultam em biogênese mitocondrial prematura e 
anormal no desenvolvimento embrionário inicial. 
O complexo proteico da coesina mantém a coesão da 
estrutura cromátide irmã. A clivagem por coesão é 
necessária para a segregação cromossômica correta 
para a meiose. Propõe-se que o aumento do tempo 
para a retomada da meiose em mulheres comidade 
avançada resulte em deterioração da coesão e 
aumento de erros de segregação e aneuploidia. O 
aumento da atividade da separase, a degradação 
prematura do Shugoshin 2, a atividade do complexo 
promotor da anáfase ou do cicloossomo e o ponto de 
verificação do conjunto do fuso e o estresse oxidativo 
são fatores implicados nessa falha. 
Os telômeros limitam e protegem as extremidades do 
cromossomo. Esse limite evita a exposição da 
extremidade do DNA, que se assemelha a uma quebra 
de DNA e solicita uma resposta a danos no DNA. O 
encurtamento dos telômeros e a eventual exposição 
do final do DNA são conseqüências inevitáveis da divisão 
celular em andamento e do aumento da idade. A 
abertura das extremidades do cromossomo pode, 
portanto, esclarecer a patogênese da multiplicidade de 
efeitos relacionados à idade na função celular dos 
ovócitos, incluindo defeitos de coesão, quiasma 
interrompido e fuso meitótico, aneuploidia e danos às 
espécies reativas de oxigênio (ERO). Propuseram que o 
encurtamento dos telômeros de oócitos associado ao 
aumento da fragmentação e aneuploidia é um 
mecanismo evolutivo para impedir que mulheres em 
idade materna avançada tenham uma gravidez que 
arriscaria sua própria saúde. 
Ocasionalmente, os cromossomos podem sofrer 
algumas alterações durante os processos mitóticos e 
meióticos, resultando em anormalidades cromossômicas 
(Pasternak, 2002). A anormalidade cromossômica 
clinicamente significativa é a aneuploidia (número 
anormal de cromossomos devido a um exemplar extra 
ou inexistente). A ocorrência de um cromossomo 
autossômico adicional ou trissomia (três em vez do par 
normal de um cromossomo) é a aneuploidia mais 
freqüente. O tipo mais comum de aneuploidia humana 
viável é a síndrome de Down, ou trissomia do 21, 
resultante da não-disjunção meiótica 
❖ Cinco por cento dos eventos não-disjuncionais 
que envolvem o cromossomo 21 acontecem 
na meiose paterna. 
ANOMALIAS CONGÊNITAS 
 é todo defeito 
funcional ou estrutural, presente no momento do 
nascimento ou que se manifesta em etapas mais 
avançadas da vida. Qualquer alteração no decorrer do 
desenvolvimento embrionário pode resultar em 
anomalias congênitas que podem variar desde 
pequenas assimetrias até defeitos com maiores 
comprometimentos estéticos e funcionais. As causas 
estão ligadas a eventos que precedem ao nascimento, 
podendo ser herdadas ou adquiridas. Os principais 
fatores etiológicos são representados pelas condições 
hereditárias (genéticas), exposição a substâncias 
(medicamentos, álcool e drogas ilícitas), infecções 
(citomegalovirose, rubéola e toxoplasmose) e radiações, 
sendo na maioria das vezes por razões desconhecidas. 
Atinge entre 2 e 3% dos nascidos vivos. 
Existe relação entre idade materna e presença de AC 
no nascimento. Para as mães adolescentes com 
gestações múltiplas as chances de gerar uma criança 
com AC é de 6,14 vezes comparadas as adolescentes 
com gestação única, e para as mães tardias não 
casadas, as chances são de 11,4 quando comparadas as 
mães com idade entre 20 a 34 anos. 
Aumento da incidência de aneuploidias com o avanço 
da idade materna. As aneuplodias são mais frequentes 
com a diminuição da reserva ovariana, que pode ser 
determinada, entre outros métodos, pela idade 
avançada e pelos níveis basais de FSH elevados, 
implicando um número reduzido de oócitos coletados, 
fertilizados e, consequentemente, de embriões 
transferidos. Aneuploidias são síndromes genéticas 
resultantes da alteração do número de cromossomos 
por célula. 
ANEUPLOIDIAS AUTOSSÔMICAS 
consiste na 
existência de um cromossomo extra no que devia ser 
o par 21. A idade materna acima de 35 anos é um fator 
relevante na predisposição de crianças com essa 
síndrome, o que é explicado pelos ovócitos 
envelhecidos. Resulta da não disjunção meiótica (meiose 
I ou II) do par 21. Tem como características fenotípicas 
um grau de desenvolvimento mental reduzido, 
disformia facial, clinodactilia, hipotonia, cardiopatia 
congênita, além de estatura baixa e pescoço curto. 
Frequente em 1 a cada 800 n.v. Expectativa de vida do 
portador é de cerca de 40 anos. 
❖ A não-disjunção dos cromossomos ocorre 
com uma alta frequência e uma segregação 
aberrante pode ocorrer em até 10% das 
meioses femininas, e esses níveis aumentam 
drasticamente em mães acima de 35 anos. 
❖ Ocorre quando não há separação dos 
homólogos durante a meiose I ou separação 
das cromátides irmãs na meiose II. 
❖ Aconselhamento genético relacionado à 
síndrome de Down estão: idades avançadas do 
pai e da mãe, acima de 55 e 35 
respectivamente; histórico de abortos; histórico 
familiar de retardamento mental. 
❖ Uma mulher com um cromossomo 21 extra é 
designada pelo código 47, XX, +21 e no 
homem, esta simbologia é 47, XY, +21. 
assim como a 
síndrome de Down, esta apresenta um cromossomo a 
mais, entretanto, desta vez no par 18. Os portadores 
apresentam como características fenotípicas: atraso no 
desenvolvimento mental, malformação e cardiopatia 
congênita, criptorquidia, hipertonia e esterno mais curto. 
Frequência de 1/8.000 n.v. Expectativa de vida 
extremamente baixa, sendo de 2 a 3 meses para 
meninos e 10 meses para meninas; em raros casos um 
portador passa dos 2 anos de idade. 
também 
resultante de um cromossomo extra. Tem como 
características fenotípicas: malformações do sistema 
nervoso central, retardo de crescimento e 
desenvolvimento mental, microcefalia, lábio 
leporino/fenda palatina, malformações cardíacas, 
criptorquidia e ovários hipoplásicos. Frequente em 
1/20.000 n.v. Apenas 2,5% dos fetos com síndrome de 
Patau nascem vivos, sendo, portanto, essa doença uma 
das principais causas de aborto espontâneo até o 3º 
mês de gestação. A expectativa é que o bebê não 
sobreviva ao 1º mês de vida. Contudo, existem relatos 
de crianças portadoras que viveram até 10 anos de 
idade. 
ANEUPLOIDIAS SEXUAIS 
resultante de erro 
na divisão celular (não disjunção). 30% dos casos vindos 
de gestações com mãe de idade avançada. 
Manifestações fenotípicas sutis, como: baixa massa 
muscular, atraso cognitivo, motor e de linguagem, 
insuficiência renal, baixa fertilidade, estatura maior 
dentro do padrão familiar. Prevalência de 1-5/10.000 n.v. 
Apresentam expectativa de vida normal. 
resultante da não 
disjunção paterna na meiose II. Características 
fenotípicas sutis, destacando-se a estatura elevada. 
Possuem inteligência normal e não são dismorfos, nem 
estéreis. Contudo, pesquisas apontam que portadores 
dessa síndrome tem comportamento mais violento, 
tendendo a se lançar mais na criminalidade (3% dos 
homens em penitenciárias e hospitais psiquiátricos 
apresentam a síndrome). Prevalência de 1-5/10.000 n.v. 
resultante da não 
disjunção na meiose I paterna (50%) ou nas meioses I 
ou II maternas (50%). Associado a idade elevada da mãe 
nos casos de não disjunção na meiose I. Características 
fenotípicas: azoospermia (tem função sexual, mas não 
produzem espermatozóides), estatura elevada, magros, 
pênis pequeno, pouca pilosidade no púbis, níveis 
elevados de FSH e LH, ginecomastia e pouca pilosidade 
na barba (níveis de estrogênio mais elevados). 
Prevalência de 1/600-900 h.n.v. 
Estudar a influência da idade do casal na 
reprodução 
IDADE IDEAL 
O critério sobre a idade ideal para dar à luz evoluiu com 
o tempo. Na década de 1960, considerava-se ideal a faixa 
entre os 18 e os 25 anos. Quando a mulher dava à luz 
pela primeira vez depois dos 25 anos, era classificada 
de primigesta idosa. Hoje, admite-se que a idade “ideal” 
para a primeira gravidez vai dos 20 aos 34 anos. Pico 
de fertilidade aos 25 anos. 
GRAVIDEZ TARDIA 
No momento da menarca, a mulher apresenta 300.000 
a 400.000 folículos, que diminuem para o número crítico 
de 25.000 folículos aos 38 anos de idade; aos 50 anos 
de idade, a mulher atinge o número aproximado de 1.000 
folículos. 
Após os 35 anos de idade, nota-se um aumento na 
probabilidade de ocorrer anomalias cromossômicas, de 
desenvolver hipertensão e diabetese de se realizar 
cesáreas. Além disso, há um aumento na chance de 
abortos e uma diminuição na taxa de implantação do 
zigoto. 
Com aumento da idade, há diminuição na reserva 
ovariana e na qualidade dos oócitos (fuso meiótico 
tende a ficar mais anormal após os 40 anos). 
As estatísticas indicam que o número de cesáreas em 
gravidezes tardias é maior do que o de partos normais, 
por ansiedade materna e do médico também. Ter o 
primeiro filho aos 40 anos é tão desejado que nada 
pode dar errado e a mulher não suportaria esperar 
doze horas e com tranquilidade pelo trabalho de parto. 
No entanto, não há nenhuma contraindicação para 
parto normal. Alguns médicos falam que as fibras 
uterinas não são tão efetivas quanto as de uma 
paciente mais jovem, mas isso é muito difícil de ser 
averiguado. Durante a gestação, o risco de 
complicações é o mesmo, sendo primeiro filho ou não. 
Na hora do parto, para quem já teve filhos, os riscos 
são menores, porque a bacia já foi testada e sabe-se 
como a mulher reage a uma cesárea. 
A depressão pós-parto costuma ser menos frequente 
em mães com mais de 35 anos porque a maioria 
dessas gestações é muito desejada. A adolescente está 
mais sujeita à depressão pós-parto porque a gravidez 
aconteceu sem que ela quisesse. 
Existe uma tendência social de gravidez tardia, uma vez 
que, nas últimas décadas, as mulheres têm aumentado 
seu grau de escolaridade, além de terem se firmado no 
mercado de trabalho desde o século passado. 
 os 
óvulos, com o passar dos anos, tendem a ter uma 
quantidade menor de mitocôndrias e ser menos 
funcionais, provocando diminuição do ATP e um 
provável envelhecimento dos óvulos. Uma das principais 
teorias para o declínio da produção de ATP 
mitocondrial com a idade foi a acumulação de mutações 
no DNA mitocondrial (mtDNA). As mitocôndrias têm seu 
próprio genoma que é distinto do genoma do núcleo 
das células. Esta diminuição leva a um prejuízo da 
divisão dos cromossomos e um aumento de 
malformações fetais (Síndrome de Down, Edwards e 
outras) comuns nas mulheres com mais idade. A 
concentração de ATP que as células carregam está 
diretamente relacionada com o potencial de 
implantação dos embriões. O conteúdo de DNA 
mitocondrial (mtDNA) dos óvulos é crucial para o 
resultado da fertilização e pode explicar alguns casos 
de falha de fertilização. 
FERTILIDADE MASCULINA 
Quanto à fertilidade masculina, nota-se um declínio mais 
sutil e tardio com o aumento da idade. A partir dos 50 
anos, há uma queda na produção de testosterona, o 
que culmina em redução das funções sexuais. 
Entretanto, não há considerável diminuição na 
qualidade/quantidade de espermatozoides. Porém, 
alguns fatores podem resultar em menor qualidade do 
esperma, como: doenças crônicas, medicação, uso de 
substâncias tóxicas, reação de agentes ambientais e da 
radiação.
Compreender os fatores biopsicossociais 
que influenciam no desejo de ter filhos 
MOTIVAÇÕES PARA REPRODUÇÃO 
 para não se arrependerem por não 
ter tido a experiência de ser pai ou mãe, muitos casais 
sequer cogitam não ter filhos. Afinal, vai que os anos 
passem e o corpo da mulher não possa mais gerar ou 
que o casal não tenha amparo na velhice, tanto 
emocional quanto financeiro? 
 a mulher grávida é enaltecida pela 
sociedade e, para ela, tudo pode. Inclusive, ter desejos 
descabidos e fora de hora. “A mulher que não tem filhos 
é vista por alguns como alguém que apresenta 
problemas físicos ou psicológicos. Algumas pessoas dão 
demasiada importância ao que os outros pensam”, diz 
Sueli. 
 segundo o modelo 
considerado adequado pela sociedade, a vida só teria 
sentido quando se cria uma família com filhos, seguindo 
o padrão familiar em que a maioria foi educada. Além 
da pressão social, os próprios amigos e parentes 
cobram o casal para ter filhos. 
 querer dar aos 
filhos o que não teve ou ganhou dos pais, assim como 
projetar expectativas e sonhos não realizados na 
criança, também pesa. Dar melhores condições aos 
filhos faz com que o casal se sinta útil. 
 Reprodução do narcisismo dos pais. Função 
reparadora das feridas dos pais. Transmissão da história 
infantil dos pais. 
Problema 4: Reprodução e 
Sociedade 
Conceituar fecundidade, fertilidade, 
infertilidade, esterilidade e natalidade 
FECUNDIDADE 
 Habilidade de conseguir um nascido 
vivo num ciclo menstrual. Capacidade fisiológica ou 
potencial de reprodução. Capacidade de ter descentes. 
 É uma estimativa da quantidade de filhos que 
uma mulher teria ao longo de sua vida reprodutiva. É 
geralmente expressa como o número de nascimentos 
por 1.000 mulheres em idade fértil. No Brasil, segundo o 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a 
idade fértil da mulher está na faixa dos 15 a 49 anos. 
Poderia ser definida a fecundidade masculina, porém 
determinar a idade reprodutiva entre os homens é mais 
difícil e o reconhecimento da paternidade é mais 
complicado do que o da maternidade. 
FERTILIDADE 
 Aptidão para fecundação. 
Capacidade de uma população produzir descendentes. 
A fertilidade feminina implica na presença de órgãos 
sexuais sem anomalia: um útero, trompas e ovários 
funcionais, ausência de anomalia hormonal com ciclos 
menstruais aparentes. No homem, a fertilidade implica 
na produção de espermatozoides em quantidade e 
qualidade suficiente e a capacidade de ejaculação. A 
fertilidade é multifatorial e é mais ou menos influenciada 
pelo estado psicológico, a qualidade de vida, a boa saúde 
em geral, a alimentação ou o uso de medicamentos. 
INFERTILIDADE 
 Impossibilidade de reproduzir-se. 
A OMS define um caso de infertilidade quando um casal 
possui relações sexuais de duas a três vezes por 
semana, sem métodos contraceptivos, durante dois 
anos. Esse tempo diminui para um ano quando o casal 
tem mais de 30 anos de idade 
❖ a mulher nunca concebeu um filho, 
apesar da prática regular de relações sexuais 
sem métodos contraceptivos, em um período 
mínimo de dois anos. 
❖ quando a mulher já concebeu 
anteriormente e encontra dificuldades ao 
tentar conceber novamente. 
Entre as causas femininas estão a falta de ovulação, 
obstrução das trompas, alterações anatômicas do útero 
(miomas, pólipos, infecções) e endometriose. Entre as 
causas masculinas estão problemas de motilidade dos 
espermatozoides, baixa produção de gametas ou 
produção de espermatozoides com alterações 
morfológicas. 
ESTERILIDADE 
Impossibilidade do homem ou da mulher de produzir 
gametas ou zigotos viáveis. Um casal infértil tem a 
diminuição das chances de gravidez, que podem ser 
contornadas por medidas. Em um casal estéril a 
capacidade de gerar filhos é nula. 
NATALIDADE 
Número de nascimentos ocorridos numa região 
durante um determinado tempo. Número proporcional 
dos nascimentos. 
Entender taxa de natalidade bruta ou final; 
taxa de fecundidade geral, total e específica; 
taxa de gravidez por ciclo e cumulativa 
TAXA DE NATALIDADE 
a Número de nascidos vivos, por mil habitantes, 
na população residente em determinado espaço 
geográfico, no ano considerado. 
Expressa a intensidade com a qual a natalidade atua 
sobre uma determinada população. A taxa bruta de 
natalidade é influenciada pela estrutura da população, 
quanto à idade e ao sexo. As taxas brutas de natalidade 
padronizadas por uma estrutura de população padrão 
permitem a comparação temporal e entre regiões. Em 
geral, taxas elevadas estão associadas a condições 
socioeconômicas precárias e a aspectos culturais da 
população. 
Analisa variações geográficas e temporais da natalidade; 
possibilita o cálculo do crescimento vegetativo ou 
natural da população subtraindo-se, da taxa bruta de 
natalidade, a taxa bruta de mortalidade; contribui para 
estimar o componente migratório da variação 
demográfica correlacionando-se o crescimento 
vegetativo com o crescimento total da população; 
subsidia o processo de planejamento, gestão e 
avaliação de políticas públicas relativas à atenção 
materno-infantil. 
TAXA DE FECUNDIDADE 
númeromédio de filhos nascidos vivos, tidos por 
uma mulher ao final do seu período reprodutivo, na 
população residente em determinado espaço 
geográfico, no ano considerado Taxas inferiores a 2,1 
são sugestivas de fecundidade insuficiente para 
assegurar a reposição populacional. O decréscimo da 
taxa pode estar associado a vários fatores, tais como: 
urbanização crescente, redução da mortalidade infantil, 
melhoria do nível educacional, ampliação do uso de 
métodos contraceptivos, maior participação da mulher 
na força de trabalho e instabilidade de emprego. 
número médio de filhos nascidos vivos, tidos 
por uma mulher, por faixa etária específica do período 
reprodutivo, na população residente em determinado 
espaço geográfico, no ano considerado. 
Analisar perfis de concentração da fecundidade por 
faixa etária. Subsidiar processos de planejamento, 
gestão e avaliação da atenção materno/infantil (oferta 
de serviços e ações para grupos de risco). 
TAXA DE GRAVIDEZ 
consiste no número de gestações obtidas 
dividido pelo número de ciclos de fertilização realizados. 
Portanto, representa as gestações obtidas a partir de 
um determinado número de fertilizações. Tem valor 
próximo de 50% para mulheres até 35 anos, caindo 
para cerca de 35% entre 35 e 40 anos e para 25% 
acima dos 40. 
porcentagem de mulheres tentando 
engravidar que conseguem fazê-lo ao longo do período 
de um ano. Sabe-se que a taxa cumulativa de gravidez 
em um ano varia com a idade feminina, alcançando 
85% para mulheres de até 25 anos. Se considerarmos 
a idade até 35 anos, o período necessário para alcançar 
85% de gravidez passa a ser de dois anos. A taxa de 
fecundabilidade na raça humana é de 25% ao mês o 
que quer dizer que de 100 casais que interrompem 
métodos contraceptivos, apenas 25 estarão grávidos 
ao fim de um mês. Pensando assim, calcula-se que no 
segundo mês de coito desprotegido 18,75 novos casais 
estarão grávidos e no terceiro mês mais 14. Na verdade, 
a taxa cumulativa de gravidez não obedece a este 
padrão pré-definido. Casais de maior fertilidade 
engravidarão nos primeiros meses de tentativa além de 
que alguns dos casais que falharam em engravidar após 
alguns meses, podem desistir temporariamente por 
razões pessoais, financeiras ou profissionais de forma 
que, ao passar do tempo, as chances de um casal 
conseguir alcançar seu objetivo é progressivamente 
menor. Em resumo, a taxa cumulativa de gravidez não 
é constante, nem previsível, e, se ela obedece a algum 
padrão, este é decrescente. Estima-se que o número 
de casais de desistem de engravidar durante o período 
de dois anos seja igual ao número de casais que 
permanece tentando. Este fato dificulta a tarefa de 
informação pelo médico especialista com relação ao 
prognóstico reprodutivo do casal. 
Esclarecer a relação entre essas taxas e as 
mudanças ocorridas no perfil populacional 
brasileiro, ao longo das décadas 
RELAÇÃO DAS TAXAS 
As taxas de natalidade e fecundidade elevadas 
demonstram crescimento acelerado da população e 
níveis de escolaridade e de expectativa de vida não 
muito bons. Países desenvolvidos: natalidade e 
fecundidade baixos. 
❖ Nostestein (1945) foi um dos primeiros autores 
a confirmarem a intuição de Condorcet e 
Godwin de que o progresso (processo de 
modernização) traria incremento no padrão de 
vida da população e avanços da medicina, 
possibilitando a redução das taxas de 
mortalidade. Mas ele foi além, mostrando que, 
após um certo lapso de tempo, as taxas de 
fecundidade também se reduziriam com a 
modernização econômica e social. Novamente 
o desenvolvimento é visto como uma variável 
independente e a população como uma 
variável dependente. 
❖ Neomalthusianos: estabilidade populacional não 
pelo aumento das taxas de mortalidade, mas 
sim pela redução das taxas de fecundidade. 
Eles consideravam que a redução do ritmo de 
crescimento da população seria essencial para 
o "take off" (decolagem) do desenvolvimento, 
pois não poderia haver incremento da renda 
per capita sem a redução do ritmo de 
crescimento do denominador da equação e 
sem a diminuição do ônus da razão de 
dependência dos jovens 
❖ O século XX apresentou o maior crescimento 
demográfico de toda a história da humanidade, 
com a população mundial aumentando quase 
quatro vezes (de cerca de 1,6 bilhão de 
habitantes em 1900 para 6 bilhões em 2000). 
Mas a taxa de fecundidade total (TFT), que 
estava em torno de 5 filhos por mulher em 
meados do século, começou a cair a partir de 
1965 e chegou a 2,53 filhos na virada do milênio. 
Desta forma, o ritmo de crescimento 
demográfico vai diminuir no século XXI, 
embora deva continuar positivo, pois existe 
uma certa estagnação da transição da 
fecundidade. A Divisão de População da ONU, 
na revisão 2012, estima uma TFT global de 
2,24 filhos por mulher, no quinquênio 2045-50, 
e de 2,0 filhos por mulher, no quinqu ênio 
2095-2100. Portanto, a estabilização da 
população mundial só seria alcançada, caso 
seja, no início do século XXII. 
Discorrer sobre a gravidez na 
adolescência, considerando seus impactos 
sociais: núcleo familiar, nível de 
escolaridade, entre outros 
CAUSAS 
Falta de comunicação, boa relação com a família; falta 
de informação sobre métodos contraceptivos; 
influência de conteúdos midiáticos; medo de 
repreensão pelos profissionais de saúde as afasta das 
orientações; dificuldades financeiras em adquirir os 
contraceptivos. 
CONSEQUÊNCIAS 
hipertensão gestacional, anemia, 
prematuridade e baixo peso ao nascer; aborto; mau 
desenvolvimento da criança. 
escolaridade baixa – segundo 
censo de 2000, apenas 20% das garotas brasileiras que 
têm filhos está na escola. A maioria das gravidezes é 
indesejada, levando à rejeição da criança. Rejeição de 
círculos sociais. Depressão pós-parto. Criança criada em 
um ambiente que não está preparado para recebê-la 
(socialmente, economicamente, psicologicamente). 
Conflito com familiares (pai do bebê). Abandono do filho. 
Suicídio da mãe. Transtorno psicológico da criança.

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