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Aula 7 - Filo Porifera

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Filo Porifera 
Aula 7 – Zoologia de Invertebrados 
Filo Porifera 
Quem são os Porifera? 
 Filo animal composto por cerca de 5500 espécies 
 As primeiras classificações (séc XVII) consideravam as esponjas 
como plantas 
 Somente em 1765 foram reconhecidos como animais 
 Inicialmente agrupados juntamente com os cnidários 
 Apenas no final do século XIX foram reconhecidos como um filo 
independente 
 
Filo Porifera 
Características gerais 
 Inclui os animais conhecidos 
popularmente como esponjas 
Porifera significa portador de poros e se refere a 
organização do corpo das esponjas 
 Formam um grupo dentro do reino 
Metazoa chamado Parazoa 
 Os parazoários são animais que não apresentam 
camadas germinativas no seu desenvolvimento 
embrionário 
 São organismos multicelulares sem a formação de 
tecidos verdadeiros 
 
Filo Porifera 
Características gerais 
 Duas características são marcantes nos Porifera 
 Apresentam células totipotentes 
 Presença do sistema aquífero 
 Rede de canais pelos quais a água do meio flui devido ao batimento 
de flagelos de células especializadas (coanócitos) 
 O sistema aquífero faz com que a esponja traga o meio externo para 
dentro corpo 
 Ele permite que a maioria das células do corpo fique em contato 
direto com o meio externo 
Filo Porifera 
Sistema aquífero 
Filo Porifera 
Características gerais 
 Ausência de um padrão organizado de desenvolvimento 
 Consequência da totipotência e ausência de tecidos 
 Capacidade de assumir as mais variadas formas e tamanhos 
 Existem esponjas das mais variadas cores 
 
 
Filo Porifera 
Características gerais 
 Apresentam uma grande capacidade de reorganização 
corporal 
 Quando uma esponja é fragmentada, as células originais tendem 
à retornar às suas funções originais 
 Mesmo quando fragmentos de duas espécies são misturados, 
cada espécie se reorganiza independentemente 
 Os fragmentos também tem a capacidade de crescer na forma 
de novos indivíduos 
Estrutura corporal 
 As esponjas apresentam sempre a mesma estrutura 
corporal 
 Uma superfície externa de células chamada pinacoderme 
 Uma superfície interna de células flageladas chamada 
coanoderme 
 Uma matriz de espessura variável entre as superfícies chamada 
mesoílo 
Estrutura corporal 
Pinacoderme 
 A pinacoderme é uma superfície perfurada 
 As pequenas aberturas são chamadas poros dérmicos ou óstios 
 Uma cutícula de colágeno pode recobrir a pinacoderme 
 Ela é formada por células chamadas pinacócitos 
 Os pinacócitos também revestem os canais internos do sistema 
aquífero 
 
 
Estrutura corporal 
Coanoderme 
 A coanoderme é revestida de células flageladas 
chamadas coanócitos 
 Os coanócitos são responsáveis pelo bombeamento de água 
para dentro do corpo da esponja 
 A coanoderme pode apresentar arranjos contínuos simples ou 
dobras e subdivisões 
Estrutura corporal 
Mesoílo 
 Formado por uma matriz coloidal de espessura variável 
 Embebido na matriz estão fibras de colágeno, espículas e vários 
tipos celulares 
 Desempenha várias funções: 
 Digestão 
 Formação de gametas 
 Sustentação do corpo (formação do esqueleto) 
 Transporte de nutrientes e excretas 
Estrutura corporal 
Organização da coanoderme 
 A coanoderme pode apresentar 3 três tipos de 
organização: 
Asconóide 
Coanoderme simples e contínua 
Siconóide 
Coanoderme com um arranjo complexo de invaginações 
Leuconóide 
Coanoderme com um arranjo de câmaras flageladas 
Estrutura corporal 
 Organização da coanoderme 
 
Asconóide Siconóide Leuconóide 
Estrutura corporal 
Anatomia do corpo da esponja 
Sentido do fluxo de água 
 
 
Óstios 
Espongiocele 
(átrio) 
Ósculo 
Estrutura corporal 
Anatomia do corpo da esponja 
Sentido do fluxo de água 
 
 Óstios 
Prosópila 
Canal coanocitário 
Apópila 
Espongiocele 
Ósculo 
Estrutura corporal 
Anatomia do corpo da esponja 
Sentido do fluxo de água 
 
 Poro dermal 
Canal inalante 
Prosópila 
Canal coanocitário 
Apópila 
Espongiocele 
Ósculo 
Estrutura corporal 
Anatomia do corpo da esponja 
Sentido do fluxo de água 
 
 Poro dermal 
Canal inalante 
Prosópila 
Câmara coanocitária 
Apópila 
Canal exalante 
Ósculo 
Estrutura corporal 
 Anatomia do corpo da esponja 
 
Tipos celulares 
Células que delimitam superfícies 
 Pinacócitos 
 São geralmente achatados e sobrepostos (função “epitelial”) 
 Os pinacócitos internos (endopinacócitos) são mais fusiformes 
 Os endopinacócitos tem função fagocítica 
 
Tipos celulares 
Células que delimitam superfícies 
 Porócitos 
 São células da pinacoderme que formam os óstios 
 São células cilíndricas, contráteis que tem a função de regular o fluxo 
de água para dentro da esponja 
Tipos celulares 
Células que delimitam superfícies 
 Coanócitos 
 São as células formadoras da superfície interna do corpo (coanoderme) 
 São células flageladas que têm a função de promover o fluxo de água e 
capturar as partículas alimentares 
 São alojadas sobre o mesoílo e conectadas por interdigitações 
 A morfologia do coanócito é muito semelhante a dos protistas 
coanoflagelados 
 
Tipos celulares 
Coanócitos 
Tipos celulares 
Células formadoras do esqueleto 
 Células amebóides 
 Grupos de células de morfologia amebóide que secretam a rede 
de colágeno que forma a matriz do mesoílo 
 Estas células ficam embebidas no mesoílo com liberdade de 
movimento 
 São três tipos celulares 
 Colêncitos: secretam a rede de colágeno fibrilar 
 Lofócitos: secretam a rede de colágeno fibrilar 
 Espongócitos: secretam a espongina (colágeno de suporte) 
Tipos celulares 
Tipos celulares 
Células formadoras do esqueleto 
 Esclerócitos 
 São células responsáveis pela produção das espículas 
 As espículas podem ser calcárias ou de sílica 
 São de dois tipos 
 Microscleras: pequenas, de reforço 
 Megascleras: grandes, estruturais 
 As espículas podem assumir vários arranjos 
 A espongina cimenta uma espícula à outra 
Tipos celulares 
 Formação das espículas 
Tipos celulares 
 Morfologia das espículas 
Tipos celulares 
Células contráteis 
 Miócitos 
 São células fusiformes encontradas no 
mesoílo 
 Dispõem-se agrupadas de maneira 
concêntrica em torno dos ósculos e canais 
 Capazes de responder a estímulos 
externos, mas de maneira lenta 
Tipos celulares 
Arqueócitos e esferulosas 
 Arqueócitos 
 Células amebóides capazes de se diferenciar em qualquer um 
dos tipos celulares 
 Ficam alojadas no mesoílo tendo função de digestão e 
transporte de nutrientes 
 Células esferulosas 
 São células grandes do mesoílo que acumulam metabólitos 
secundários do organismo 
 Apresentam várias inclusões 
 
Tipos celulares 
 Arqueócitos 
Atividades metabólicas 
Nutrição 
 As esponjas apenas digestão intracelular 
 A primeira etapa da nutrição envolve a captura e 
fagocitose/pinocitose pelos coanócitos 
 Moléculas parcialmente digeridas são transferidas para 
arqueócitos no mesoílo 
 Os arqueócitos são móveis e capazes de distribuir localmente os 
nutrientes 
 A distribuição geral é solucionada pelo amplo acesso aos 
nutrientes por todos os coanócitos do corpo 
Atividades metabólicas 
Excreção e trocas gasosas 
 A maioria das células do corpo tem contato 
direto com o meio 
 Esta característica permite que as trocas gasosas e 
a excreção ocorra por difusão simples com a água 
circulante 
 As esponjas de água doce apresentam coanócitos 
com vacúolos contráteis para ajudar na 
osmorregulação 
 
Reprodução 
 Reprodução assexuada 
 Fragmentação 
 Gemulação 
(Formação de gêmulas altamente resistentes) 
 Brotamento 
 Formação de corpos de redução 
(Agregados celulares que são liberados do corpo) 
 Formação de larvas assexuadamente 
 Larvas flageladas com grande capacidade de movimento 
 Algumas são planctônicas 
 
Reprodução 
 GemulaçãoReprodução 
 Corpos de redução 
Reprodução 
Reprodução sexuada 
 A maioria das esponjas são hermafroditas 
 A maioria assumem a protoginia ou protrandria 
 A escolha pode alternar ou ser fixa para toda a vida 
 A espermatogênese ocorre em locais (câmaras) definidas 
 São denominados cistos ou folículos espermáticos 
 Os gametas masculinos se formam dos coanócitos 
 Os gametas femininos se formam dos coanócitos ou arqueócitos 
Reprodução 
 Espermatogênese 
Reprodução 
Reprodução sexuada 
 Os gametas são liberados na água pelo ósculo 
 A liberação pode ser sincronizada entre os membros de uma 
população 
 A fertilização ocorre geralmente na água, gerando uma larva 
flagelada 
 Em algumas espécies o gameta feminino fica retido no mesoílo 
 Os gametas masculinos migram para dentro do folículo 
 São fagocitados pelos coanócitos de transferência e fecundam o 
oócito 
 As larvas emergem pelo ósculo 
Reprodução 
 Fecundação interna 
Reprodução 
Reprodução sexuada 
 As larvas podem ser de 3 tipos morfológicos 
 Celoblástula (blástula) 
 Parenquímula (Parenquimela) 
 Anfiblástula 
Blástula Parenquímula Anfiblástula 
Filo Porifera 
Modo de vida 
 São animais sésseis, aquáticos e filtradores 
 A maioria é de ambiente marinho 
 Ocorrem desde regiões costeiras a águas profundas 
 Componente importante da biomassa bentônica 
 Apresentam associações com outros organismos 
 Alguns invertebrados e peixes são comensais 
 Algas e bactérias podem ser mutualísticas 
 
 
Filo Porifera 
Modo de vida 
 Algumas são perfuradoras de corais e conchas 
 (fenômeno conhecido com bioerosão) 
 Produzem metabólitos secundários para defesa e 
predação 
 Antimicrobianos, substâncias tóxicas e alelopáticas 
 Algumas com potencial farmacológico explorado 
 
 
 
Evolução dos Porifera 
 Grupo muito antigo 
 Acredita-se que tenha surgido no Pré-Cambriano 
 Fósseis são abundantes a partir do Cambriano 
 Acredita-se que tenha ancestral protista 
 Coanócitos muito semelhantes aos coanoflagelados 
 Várias outras características típicas de protistas 
 Totipotência celular 
 Várias formas reprodutivas 
 Ausência de tecidos verdadeiros 
 Ausência de polaridade corporal

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