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Aula 4 - Fossildiagênese

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Fossildiagênese 
Aula 4 - Paleontologia 
Fossildiagênese 
 A grande maioria dos organismos 
mortos é decomposto em alguns anos 
ou décadas 
 Sob certas condições alguns tecidos são 
protegidos do processo de 
decomposição 
 Soterramento rápido 
 Inclusão em resinas vegetais 
 Congelamento 
Fossildiagênese 
 Sob condições mais específicas ainda os tecidos 
preservados da decomposição sofrem modificações 
químicas 
 Em alguns casos estas modificações químicas tornam o material 
quimicamente estável na forma de uma rocha 
 Este processo é chamado de fossildiagênese 
 
Meios para a fossildiagênese 
 À medida que a água penetra no solo, ela vai dissolvendo 
compostos do solo 
 De acordo com a composição do solo o pH e a salinidade da 
solução pode variar 
 Estas variações de pH e salinidade influenciam em como as 
rochas são dissolvidas 
Solos ricos em 
M.O. 
Água 
Solução 
alcalina 
Dissolução 
das rochas 
Meios para a fossildiagênese 
 A evaporação da água em corpos d’água rasos promove a 
precipitação de compostos químicos 
 A água que percola tem concentração elevada de compostos 
precipitados 
 Propriedades físico-químicas da água+minerais precipitados 
podem favorecer a dissolução das rochas 
 
Meios para a fossildiagênese 
 O contato desta solução água+minerais dissolvidos 
podem levar à mudanças químicas no sedimento e 
materiais soterrados 
 Corpos preservados da decomposição por soterramento são 
chamados de bioclastos 
 Geralmente os processos de modificações químicas do 
sedimento são diferentes dos que ocorrem no bioclasto 
Concha Silicificada 
Sedimento 
calcário 
Litificado 
Meios para a fossildiagênese 
 A profundidade do soterramento e a temperatura da 
água inflenciam no processo de fossildiagênese 
 Materiais mais 
rasos 
Solos mais 
porosos 
↑ H20 + ↑ M.O. 
Solução + ácida 
Materiais mais 
profundos 
↓ Porosidade 
↓ Efeito da H20 
+ M.O. 
↑ Probabilidade de fossildiagênese 
↑ Pressão 
↑ Temperatura 
↓ Probabilidade de fossildiagênese 
Principais materiais 
 Certos materiais são mais passíveis de se tornarem 
quimicamente mais estáveis (sofrer fossildiagênese) 
 Os principais são: 
 Materiais à base de carbonato de cálcio (calcário) 
 Materais à base de fosfato de cálcio (ossos) 
 Materiais à base de sílica 
 Esporopoleína 
 Quitina 
 Resinas vegetais 
Processos de fossildiagênese 
 Os processos de fossildiagênese sempre envolvem dois 
tipos de processos 
 Permineralização 
Preenchimento de espaços disponíveis no bioclasto pela solução 
aquosa rica em minerais 
 Substituição 
 O material do bioclasto reage com componentes da solução e é 
substituído por outros componentes, mantendo a estrutura 
original 
 Os novos componentes são mais estáveis que o bioclasto 
tornando-se preservados como fósseis 
 
 
 
Processos de fossildiagênese 
 Existem alguns processos de fossildiagênese que são 
mais favorecidos e por isso mais comuns 
 Silicificação 
 Recristalização 
 Incrustação 
 Concreção 
 Carbonificação 
 Formações de minerais de ferro (piritização) 
 Fosfatização 
 Formação de âmbar 
Silicificação 
 Processo caracterizado pela substituição do bioclasto por 
componentes à base de sílica (H4SiO4) 
 Existem três componentes à base de sílica com 
capacidade de dissolução diferentes 
 Quartzo (menor dissolução e menos disponível) 
 Opala-CT (dissolução intermediária) 
 Opala-A (maior dissolução e mais disponível) 
 Algumas condições favorecem o processo 
 Meio alcalino 
 Alta temperatura 
 Alta pressão 
 
 
 
Silicificação 
 Solução de sílica entra, material do bioclasto sai 
 
Silicificação 
 A silicificação é um dos processos mais comuns de 
fossildiagênese 
 A sílica é um elemento muito abundante 
 A incorporação da sílica pode ocorrer em camadas de sedimentos mais rasos 
(temperatura e pressão de superfície) 
 No Brasil existem grandes achados de troncos 
silicificados no RS e TO 
Recristalização 
 Processo no qual o material dissolvido volta à para uma 
condição mais estável 
 Muitos materiais dissolvidos do bioclasto podem assumir 
uma configuração mais estável que a original 
 Os casos mais comuns de recristalização de bioclastos 
são: 
 Recristalização Aragonita ( - estável) → Calcita (+ estável) 
 Recristalização Sulfeto de Ferro ( - estável) → Pirita (+ estável) 
 
 
Incrustação 
 Processo no qual materiais dissolvidos se precipitam 
sobre uma base sólida do sedimento 
 Quando o bioclasto serve como esta base sólida o material 
incrustado confere mais estabilidade 
 As incrustações são importantes para conferir resistência ao 
fóssil contra processos diagenéticos destrutivos 
 
Concreções 
 Processo no qual materiais liberados pela decomposição 
do bioclasto favorecem a agregação de materiais do 
sedimento ao bioclasto 
 Os materiais liberados reagem ou criam o meio adequado para a 
agregação 
 Estes materiais agregados envolvem e protegem o corpo fóssil 
(minimizando desarticulação e decomposição) 
 
Concreções 
 As concreções são classificadas de acordo com o tipo de 
material que é agregado ao bioclasto 
 Concreções calcárias (carbonato de cálcio) 
 Concreções silicosas (silicatos) 
 Concreções de marcassita (sulfeto de ferro) 
Carbonificação 
 Processo no qual componentes ricos em carbono 
dissolvidos formam uma camada sobre o bioclasto 
mantendo o desenho anatômico original 
 Processo de fossilização típico de ambientes estagnados 
 Mares profundos, fundo de lagos e pântanos 
 Condições do meio são mais propícios e mais constantes 
 
Decantação de 
argilas (finas) 
Tapete pegajoso 
e moldável 
↓ O2 ↓ Decomposição 
Baixa circulação 
de materiais 
Piritização 
 Processo de permineralização de dissulfetos de ferro 
(pirita) nos bioclastos 
 Ambientes ácidos favorecem a piritização 
 A acidez favorece a solubilização do ferro, formando íons Fe2+ 
 A decomposição da M.O. consome o O2 do meio levando à 
precipitação dos íons Fe2+ formando a pirita 
 A pirita pode, dessa forma, substituir materiais do bioclasto 
decompostos, levando à piritização 
Fosfatização 
 Processo de permineralização de fosfatos nos bioclastos 
 Os fosfatos são formados em ambientes ricos em matéria 
orgânica 
 Nestes ambientes, os fosfatos dissolvidos podem se precipitar na 
forma de fosfato de cálcio ou fosfato férrico 
 Estes minerais podem substituir o material orgânico do bioclasto 
 
Formação de âmbar 
 O âmbar é um material derivado de resinas vegetais 
 As resinas, sob ação de raios solares e oxidação, endurecem e se 
mantém estáveis por milhões de anos na forma de âmbar 
 Caso algum organismo fique aprisionado nestas resinas, eles se 
mantém altamente preservados 
Moldagem e contramoldagem 
 Alguns fósseis não são formados pela mineralização do 
bioclasto 
(São derivados de moldes deixados por partes duras no sedimento) 
 Moldagem e contramoldagem 
 Moldagem é o processo pelo qual uma parte dura (concha, 
osso), antes de se desfazer, deixa gravada nos sedimentos uma 
marca, designada por molde. 
 Contramoldagem é o processo pelo qual existe o enchimento 
do interior do molde. 
Moldes e contramoldes 
 Moldes 
Moldes e contramoldes 
 Contramoldes

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