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Exercícios fisioterapêuticos para cada fase do paciente com luxação congênita 
do quadril 
 
 
O tratamento da patologia é desafiador, apresentando como objetivos o diagnóstico 
precoce, a estabilização do quadril em um posicionamento seguro e a redução da 
articulação. 
As possibilidades de tratamento são divididas conforme as diferentes faixas etárias, 
assim: 
– 0 a 2 meses: nesta fase o tratamento se baseia na ideia de que se mantiver a 
posição do quadril reduzida em flexão e leve abdução ocorrerá o estímulo para o 
melhor desenvolvimento da articulação. Assim no primeiro mês utilizam-se fraldas 
entre as pernas para manter a posição de rã e no segundo mês uma órtese em 
abdução. O fisioterapeuta atua na prevenção de encurtamento do iliopsoas e 
adutores, na correção postural e mobilização de tronco. 
Atualmente a órtese mais utilizada é o suspensório de Pavlik. Através de suas tiras 
proporcionam a flexão e abdução da articulação coxofemoral de forma simultânea, 
podendo diminuir o risco de necessidade de redução cirúrgica. 
– 02 a 18 meses: nesta fase os encurtamentos musculares não permitem a redução 
da luxação de forma passiva. Então é realizada com anestesia geral e precedida de 
tração cutânea para alongamento dos músculos. É utilizado o suspensório para 
alongamento uma semana antes da redução com anestesia quando o fisioterapeuta 
deve corrigir a postura e mobilizar o tronco, membros superiores e inferiores, cinturas 
e pescoço. 
Após é colocado o aparelho gessado pelvi-podálico durante 6 semanas quando o 
profissional deve fortalecer os paravertebrais e abdominais, estimular o diafragma e 
mobilizar o tronco com flexão, extensão e lateralização. 
 
 
E finalmente é utilizado uma órtese de abdução fazendo com que tenha mais liberdade 
de movimentos, assim o fisioterapeuta pode trabalhar dissociações de cinturas pélvica 
e escapular, fortalecer a musculatura de forma geral e alongar os músculos dos 
membros inferiores. 
Então de forma geral nestas fases: 
– Enquanto a criança estiver usando suspensório: corrigir a postura sempre e 
trabalhar na mobilização dos membros superiores, pés, cervical, cinturas e tronco. 
– Na fase em que estiver com gesso: atuar na estimulação do diafragma, 
fortalecimento de paravertebrais e abdominais, mobilização de tronco em flexão, 
extensão e lateralização, isometria por dentro do gesso dos músculos dos membros 
inferiores, e assim que ocorrer a liberação do joelho iniciar a mobilização. 
– Enquanto estiver com órtese: trabalhar na dissociação de cinturas pélvica e 
escapular, fortalecimento de forma geral, e alongamento principalmente de membros 
inferiores. 
No caso das condutas não apresentarem resultados positivos é indicado o tratamento 
cirúrgico. 
– 02 a 6 anos: nesta idade é usada primeiro a tração esquelética em associação com 
a tenotomia dos adutores e iliopsoas e após aparelho gessado. Se não houver uma 
boa evolução é indicado tratamento cirúrgico. Então a fisioterapia vai atuar com 
alongamentos e fortalecimento muscular na fase pré-cirúrgica. 
– acima de 6 anos: nesta fase espera-se e observa-se a evolução até a fase adulta e 
caso o paciente apresente artrose é indicado cirurgia, antes a indicação é criteriosa 
pela possibilidade de invalidez permanente devida à luxação completa. O 
fisioterapeuta atua na melhora da qualidade de vida adaptando o paciente às 
condições anormais decorrentes da luxação tornando mais funcional possível, 
inclusive com exercícios de fortalecimento e alongamentos. 
Como prevenir a luxação congênita do quadril 
Para atuar na prevenção da luxação congênita do quadril é muito importante identificar 
a patologia de forma precoce para que possa ser tratada o mais rápido possível para 
um melhor prognóstico na reabilitação. Observou-se que o tratamento precoce 
proporciona aproximadamente 96% de bons resultados. 
A observação pré-natal feita pelo obstetra é necessária para identificar quando o bebê 
exibe um perfil relacionado com a enfermidade. O exame feito pelo pediatra na sala 
de parto poderá indicar os possíveis casos que serão encaminhados ao ortopedista o 
mais rápido possível. 
Restrições na realização dos exercícios fisioterapêuticos para pacientes com 
luxação congênita do quadril 
 
 
Na realização das condutas fisioterapêuticas alguns cuidados devem ser tomados na 
realização dos exercícios para melhora do paciente. 
Quando a criança estiver usando a órtese do tipo Pavlik é importante evitar a tração 
dos membros inferiores em adução, não forçando o movimento contra o suspensório, 
sempre se certificando das áreas que possam estar sujeitas à compressão; observar 
também se após o banho a pele está bem seca e se o local de troca de roupa e fralda 
é segura para evitar quedas. E ao recolocar o suspensório cuidado para não mexer 
no tracionamento pois qualquer manipulação inadequada pode gerar necrose 
avascular. 
Tomar cuidado para não realizar forças contrárias à tração imposta à cabeça do fêmur, 
como posicionando a criança em decúbito lateral em uma superfície, então o ideal é 
suspendê-la com uma almofada embaixo, inclusive ao dormir manter a cabeceira 
elevada de 15 a 20 graus para não sofrer engasgos. Lembrando que a posição ideal 
para carregar o lactente é de forma que evite a compressão do gesso e não seja 
desconfortável, sempre tendo uma base de apoio. 
Importante orientar aos cuidadores a utilização de fraldas descartáveis para melhor 
higiene e prevenção de contaminação vesical; e que a retirada da órtese Pavlik só 
ocorrerá para tomar banho, mas sempre mantendo-a na posição que a órtese 
estabelece, cuidando para não forçar os membros inferiores pois pode gerar dor, pois 
isso evitar roupas, como macacão e calças compridas, que dificultem a abertura das 
pernas em 90 graus de abdução. 
Se a criança estiver utilizando gesso é importante não suspendê-la pelos braços e 
ficar atento ao elevá-la pois em decorrência do peso do gesso poderá sofrer lesões 
no tórax, coluna vertebral, abdômen e membros por causa do tracionamento. 
Sempre ficar atento na postura em que trabalha com a criança porque devido ao gesso 
o seu tórax fica com a limitação da expansão. 
Prestar atenção quando ocorrer a troca do gesso para o coxo-femoral podálico porque 
com a liberação da flexão e extensão de quadril o peso do gesso se desloca para os 
membros inferiores fazendo com que a criança caia para trás portanto é interessante 
sempre utilizar encostos e almofadas na realização dos exercícios. Nesta fase 
também cuidar o tipo de manipulação e toque ao mobilizar os membros pois com a 
retirada do gesso a pele encontra-se sensível. 
Ao utilizar uma órtese articulável onde a criança passará a movimentar livremente a 
articulação dos joelhos, no primeiro momento, não se deve forçar os movimentos, 
como por exemplo puxar a perna em extensão, por causa da instabilidade da 
articulação. 
 
 
Cuidados que devem ser tomados ao tratar alunos com luxação congênita do 
quadril 
Em relação aos exercícios é importante estar atento à postura e posicionamento em 
que o paciente se encontra. 
No caso de cirurgia, associar cinesioterapia motora com respiração profunda e lenta 
procurando expansão pulmonar e manutenção das articulações preservadas para 
melhor recuperação no pós-operatório. 
Sempre verificar o posicionamento adequado no leito conforme o grau de tratamento 
em que o paciente se encontra, como medida preventiva para a luxação. 
Aplicar cinesioterapia motora em todos os membros, potencializando a musculatura 
envolvida. 
Trabalhar na manutenção das articulações para evitar bloqueios desnecessários. 
Fortalecer a musculatura geral para melhora da funcionalidade nas atividades de vida 
diária. 
Orientar paciente e familiares para mudanças de decúbito de acordo com o grau de 
lesão do paciente. 
Orientar ao paciente e familiares como ocorrerá a reeducação da marcha para melhor 
colaboração do paciente. 
Iniciar com contrações isométricas de quadríceps, glúteos e outros. 
Realizaçãode flexão de extensão da tíbio-társica com exercícios passivos, ativos e 
resistidos, também inversão e eversão. 
Lembrar que quanto mais esclarecido o paciente e seus familiares, mais rápida e fácil 
será o processo de recuperação, evitando inclusive uma série de complicações. 
Cuidar muito posições erradas como encurtamento de fêmur, adução excessiva, 
rotação interna em excesso, e fraqueza da musculatura abdutora. 
Procurar preservar a mobilidade e o desenvolvimento das estruturas ósseas de forma 
adequada para garantir a sobrevida articular em longo prazo. 
 
 
Sempre incentivar o reconhecimento dos fatores de risco, protegendo os quadris de 
recém-nascidos como ao evitar o uso de roupas apertadas que atrapalhem a 
movimentação das pernas. 
Perspectiva para pacientes com displasia de quadril – fisioterapia 
Quando a displasia do quadril é reconhecida e tratada de forma precoce, ou seja, logo 
após o nascimento, observa-se uma rápida evolução chegando até a normalidade. 
Mas se o diagnóstico é tardio acabam estabelecendo-se alterações progressivas em 
ligamentos, cápsulas e ossos tornando o tratamento problemático. Tanto que se for 
diagnosticado após o início da marcha a correção na maioria das vezes é cirúrgica. 
Na descoberta tardia da patologia é comum observar uma série de complicações, 
sendo a mais comum a diferença de comprimento de membros inferiores, fazendo 
com que o indivíduo tenha dificuldade na deambulação. 
Além disso poderá desenvolver artrose no quadril, escoliose e sofrer com dores na 
coluna, quadril e pernas. 
Por isso é de grande importância o diagnóstico precoce, nota-se que o 
acompanhamento fisioterapêutico é de grande valia para um melhor prognóstico e 
melhora na qualidade da marcha, podendo inclusive evitar uma intervenção mais 
invasiva para reduzir a luxação. 
Conclusão 
Pela importância do diagnóstico precoce da luxação congênita do quadril para um bom 
prognóstico, inclusive podendo levar à normalidade, torna-se evidente a 
responsabilidade dos profissionais de saúde na recuperação deste paciente, pois o 
maior propósito deve ser o de resguardar a criança de complicações e sequelas no 
futuro. 
O fisioterapeuta deve se preocupar também com as orientações dadas aos familiares 
e cuidadores para melhor resposta ao tratamento. 
O lactente portador da luxação congênita de quadril tem muita necessidade de vários 
cuidados que possam proporcionar uma melhor qualidade de vida, que visa não 
somente o bem-estar físico, mas também o social e o mental. Pois deve-se ressaltar 
que a interação e o convívio social com o meio farão da criança um indivíduo mais 
feliz e participativo na sua reabilitação. 
Então ao considerar a necessidade de uma assistência contínua, desempenhada pelo 
fisioterapeuta, com o objetivo de impedir possíveis complicações e sequelas, torna-se 
 
 
evidente que esse profissional se constitui num elemento importante não só na 
reabilitação. 
Mas também no fornecimento de subsídios aos portadores de luxação congênita do 
quadril, seus familiares e cuidadores através da ampliação de seu conhecimento 
sobre a patologia.

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