Buscar

HISTÓRIA DA ARTE CENTRO ESPORTIVO DA UFMG

Prévia do material em texto

3.0 SISTEMA ESTRUTURAL ADOTADO:
3.1. Primeiramente, o sistema estrutural adotado para construção do CEU- UFMG (Centro Esportivo Universitário) consiste em um conjunto de estruturas metálicas e concreto armado. Partindo da definição de estruturas de modo geral tem-se que se caracterizam por serem as partes mais resistentes de uma construção, tendo como finalidade transmitir os efeitos das ações sofridas para o solo. A partir do sistema estrutural é possível criar formas, vencer vãos e suportar as ações que lhe são necessárias para determinadas funções. Na edificação escolhida, foi adotado um sistema estrutural orgânico composto uma casca sólida em forma de curva que envolve o pavilhão da piscina que foi construído com estruturas mistas - pilares e lajes de concreto armado com vigamentos e coberturas metálicas. 
· ENVOLTÓRIO METÁLICO: uma cobertura curva que se inicia da faixada leste e se prolonga para a fachada oeste, tendo pé direito de 10 metros, em que, tanto na cobertura quanto na fachada oeste o sistema estrutural adotado constituem de sete treliças compostas por tubos redondos apoiadas em dois pontos no solo (FACE OESTE) e sobre a parte superior da edificação (FACE LESTE). As treliças formam arcos côncavos e convexos e entre elas existem calhas metálicas arquitetônicas (transversal) na cobertura com dimensões variáveis e curvas. A transmissão dos esforços dá-se pelas terças que repassam as cargas para treliças e essas para as fundações.
FORMA ESTRUTURAL: RETICULAR, PLANA OU PLÁSTICA
A edificação analisada apresenta cobertura de estrutura metálica treliçada espaciais, telhas metálicas e elemento isolante e membrana TPO para estanqueidade, caracterizando-se como estrutura Plástica (PAVILHÃO AQUÁTICO) –bloco A. Já no bloco B (TÉRREO) possui pilares e vigas de concreto armado, caracterizando-se como estrutura reticular. A cobertura apresenta três módulos iguais arqueados, em que, a camada externa constitui de extensiva superfície de placa plástica em composição com as telhas tipo “sanduíche”.
-TELHAS DO TIPO SANDUÍCHE:
As telhas termo acústicas consistem em uma nova opção para os projetos. A cobertura reúne propriedades que isolam a temperatura e o som. Esse sistema vem se ampliando devido a praticidade de instalação. Composta de duas chapas de aço galvanizado e um isolante em seu interior, geralmente feito de EPS, nesse caso foi utilizado a membrana TPO, afim de proporcionar impermeabilização e revestimento térmico acústico.
3.3 RELAÇÃO ENTRE A ESTRUTURA E FORMA: ESTRUTURA COMO ELEMENTO DA FORMA
A concepção estrutural é uma etapa imprescindível da criação arquitetônica, em que, conceber a estrutura é perceber sua relação com o espaço gerado. Na edificação em estudo, vê-se nitidamente uma estrutura espacial orgânica complexa com envoltório curvo, que basear-se em uma arquitetura modernista. Para fins de demonstração entre a relação entre a estrutura e a forma da edificação estudada tem-se o pavilhão aquático que possui concepção espacial orgânica, constituída por placas metálicas que foram uma casca sólida com função bi- componente (fachada e cobertura) vida desde o lado OESTE do edifício ao lado LESTE, encobrindo tanto o bloco A quando o bloco B. Segundo o arquiteto Eduardo Ferrolla, um dos arquiteto responsáveis pelo projeto “a curva do pavilhão aquático remeteu-se à uma concepção do cabelo do artista e cantor Elvis Presley” , o projeto segue a lógica da estrutura gerando a forma construída através da criatividade. No lato LESTE a face lateral possui caixas envidraçadas que abrigam a circulação vertical, composta por escada e elevador, o que permite uma forma de visualização dos espaços circundante, frisando a parte estética do pavilhão, desde suas estruturas espaciais até o paisagismo referente à pista de atletismo.
3.4 RELAÇÃO ENTRE ESTRUTURA E FORMA: ESTRUTURA COMO ELEMENTO DEFINIDOR DOS ESPAÇOS INTERNOS.
A relação entre a forma e a estrutura da edificação em questão divide-se em espaços distintos formados por três pavimentos: o térreo (área de natação e atletismo) onde encontram-se os vestiários, restaurantes, consultório e salas de fisioterapia. No segundo andar, estão os setores técnicos. E por fim, o terceiro andar é destinado a piscina de água aquecida, vestuário, deposito, sala de árbitros e hidromassagem, segundo o Arquiteto responsável Eduardo Ferolla, esse andar fora destinado à piscina devido à baixa profundidade do lençol freático no térreo.

Continue navegando