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1 
 
 
PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA 
1 
 
 
Sumário 
 
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2 
Breve histórico da Psicopedagogia .............................................................. 3 
Definição da Psicopedagogia ..................................................................... 18 
Áreas de atuação da Psicopedagogia .................................................... 19 
O profissional Psicopedagogo.................................................................... 20 
Atendimento Psicopedagógico ............................................................... 21 
Aspectos básicos: diagnóstico e intervenção na clínica psicopedagógica . 23 
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
~ 
 
 
3 
 
 
 
 
 
Psicopedagogia clínica 
 
A Psicopedagogia Clínica tem como foco diagnosticar e tratar os sintomas 
emergentes no processo de aprendizagem. Para Weiss (1991), é através do 
diagnóstico psicopedagógico que se busca investigar, identificar e pesquisar para 
averiguar quais são os obstáculos que estão levando o sujeito à situação de não 
aprender, aprender com lentidão ou com dificuldade, buscando assim esclarecer uma 
queixa do próprio sujeito, da família, escola ou local de trabalho. Dá-se na relação 
entre um sujeito com sua história vital (pessoal) 
e sua modalidade de aprendizagem. Cabe ao 
profissional desta área compreender o que o 
sujeito aprende, como aprende, sua estratégias 
de aprendizagem, porquês, dúvidas e anseios. 
Visando trabalhar focando nos sintomas e na 
prevenção dos problemas de aprendizagem. 
 
Breve histórico da Psicopedagogia 
 
Historicamente, segundo Bossa (2007) os primórdios da Psicopedagogia 
ocorreram na Europa, ainda no século XIX, sustentada pela preocupação com os 
problemas de aprendizagem na área médica. 
Os primeiros Centros Psicopedagógicos foram fundados na França, em 1946, 
com o objetivo de desenvolver um trabalho voltado para crianças com problemas 
escolares ou comportamentais atendidos por uma equipe da área de Psicologia, 
Psicanálise e Pedagogia. 
Bossa (2007) apresenta que: 
4 
 
 
 
Observa-se que a Psicopedagogia teve uma trajetória significativa tendo, 
inicialmente, um caráter médico-pedagógico já que a equipe de trabalho era composta 
por médicos, psicólogos, pedagogos, psicanalistas e reeducadores de 
psicomotricidade e da escrita. 
Ao final dos anos 60, na Argentina, o trabalho entre os psicopedagogos e a escola e 
sua relação com os psicólogos e os pedagogos influenciaram significativamente os 
profissionais argentinos na sua atuação psicopedagógica. 
Conforme Alicia Fernández, psicopedagoga Argentina, a graduação em 
Psicopedagogia passou a existir na Argentina há mais de 30 anos, criada na 
Universidade de Buenos Aires (UBA). Deste modo, Buenos Aires foi a primeira cidade 
argentina a oferecer o curso de Psicopedagogia. (apud BOSSA, 2007, p.42-43) 
Entretanto, na prática, a atividade psicopedagógica iniciou-se antes da criação 
do próprio curso. Profissionais que possuíam outra formação viram a necessidade de 
ocupar um espaço que não podia ser preenchido pelo psicólogo nem pelo pedagogo. 
Desta maneira, começaram fazendo reeducação, com o objetivo de resolver 
fracassos escolares. 
De acordo com Peres (1998) 
 
Inicialmente, a Psicopedagogia aparece como uma disciplina na Facultad del 
Psicología da Universidad del Salvador, Buenos Aires. 
5 
 
 
Já em 1956, a Psicopedagogia constitui-se como curso de graduação de três 
anos, para formar professores com capacitação em psicologia escolar, na confluência 
da psicologia e pedagogia. 
Müller (1995) aborda em seu artigo “Perspectivas de la psicopedagogia em el 
comienzo del milenio”, que as novas tendências do sistema educativo na Argentina, 
para melhor distribuição de recursos econômicos e humanos, atualmente organiza a 
estrutura do curso de Psicopedagogia em 
ciclos, propondo uma carreira de quatro 
anos. 
 Portanto, estabelecendo uma grade 
curricular de dois anos de formação básica 
compartilhada com a carreira de Psicologia 
e fixando dois anos de formação 
psicopedagógica específica. Existem também os cursos de mestrados e doutorados, 
possibilitando especialização de um ano de duração, como formação acadêmica para 
a docência superior e pesquisa. 
Deste modo, como do interior da carreira de Psicologia se criou à carreira de 
Psicopedagogia, que no começo não tinha caráter universitário, mas, conforme 
adquiria significado mediante definições e aportes teóricos de especialistas, aos 
poucos, foi se construindo o seu objeto de estudo próprio: o sujeito em processo de 
ensino-aprendizagem. Em outras palavras, o sujeito como agente da sua própria 
aprendizagem. 
Com isso, a psicopedagogia argentina se origina como um conhecimento 
empírico, a partir da necessidade de atender as crianças com problemas de 
aprendizagem escolar. 
 
 
Para Visca (1987), 
6 
 
 
 
Jorge Visca é considerado pela literatura dos profissionais da área, como “pai 
da psicopedagogia”. A psicopedagogia nasceu na Argentina a partir dos seus estudos 
acerca da epistemologia da psicopedagogia, no que se chamou de epistemologia 
convergente. 
Na realidade, a Psicopedagogia é uma área do 
conhecimento que se apóia nas diferentes Ciências, tais 
como Pedagogia, Psicologia, Psicanálise, Neurologia, 
entre outras, integrando seus conhecimentos e princípios 
coerentemente, tendo como finalidade adquirir uma 
melhor compreensão a respeito dos diversos processos 
inerentes a aprendizagem. 
Do ponto de vista de Müller (1984), ao se referir 
sobre o objeto de estudo da psicopedagogia, deve-se 
levar em conta como se desenvolve a aprendizagem. É 
importante, para ela, considerar: “Que leis regem estes 
processos; que dificuldades interferem ou impedem; de 
que maneira é possível favorecer as aprendizagens ou 
tratar suas alterações”. (p.7-8) 
Para esta autora, a Psicopedagogia liga-se as características da 
aprendizagem, como se educa, como se ensina, como se aprende, como surgem os 
problemas da aprendizagem, quais as propostas para tratá-lo, que fazer para preveni-
los e promover mudanças nos processos de aprendizagem. 
O transcurso da prática profissional desenvolvida durante vários anos, define 
um marco contextual teórico e elabora a pratica em Psicopedagogia, gerando novos 
enfoques conceituais no interior de si mesmas. 
7 
 
 
A graduação em psicopedagogia surgiu há mais de 30 anos na Argentina, na 
Universidade de Buenos Aires (UBA). Entretanto, o curso passou por três instâncias 
em relação ao plano de estudo: nos anos de 1956,1958 e 1961 a ênfase esteve na 
formação biológica e psicologica; evidenciava-se a formação instrumental do 
psicopedagogo nos anos de 1963, 1964 e 1969; Assim, com a criação da licenciatura, 
o enfoque passou a ser clínico e para a obtenção do título de psicopedagogo, a 
carreira de graduação passou de quatro para cinco anos de duração em 1978, tal 
como hoje em dia. 
Bossa (2007), afirma que em 1978, o terceiro momento do curso de 
psicopedagogia, com a criação da licenciatura na matéria, tal como existe atualmente, 
ou seja, uma carreira de graduação com duração de cinco anos. 
Durante os trinta anos que se passou desde o seu estabelecimento na 
Argentina, a Psicopedagogia tem ocupado um significado espaço no âmbito da 
educação e da saúde. Nesse processo evolutivo, é importante destacar um fato 
relevante que permitiu mudanças na abordagem da Psicopedagogia: da reeducação 
à clínica. 
Esse fato se relaciona a década de 70 em que surgiram, em Buenos Aires, os 
Centros de Saúde Mental, onde atuavam equipes de psicopedagogos que faziam 
diagnóstico e tratamento para os problemas relacionados à aprendizagem. 
Esses profissionais observavam que, depois de um ano de tratamento, quando 
os pacientes retornavam para controle, haviam resolvido os seus problemas de 
aprendizagem. Mas, surgiam graves distúrbios de personalidade, produzindo-se, 
pois, um deslocamento de sintoma. A partir daí ocorre uma grande mudança na 
abordagem psicopedagógica. Os psicopedagogos começam a incluir no seu trabalho 
a clínica da Psicanálise, resultando no atual perfil do psicopedagogo argentino. 
Em 17 de setembro de 1982 foi 
fundada a Federación Argentina de 
Psicopedagogos (FAP) por um Colegiado 
Profissional de Psicopedagogos. E esse 
dia se estabeleceu como o “Dia Nacional 
de Psicopedagogo”. 
8 
 
 
Em 1983 foi criada a Asociación de Psicopedagogos de Capital Federal - 
PSP2. Mas foi no ano de 1986 que PSP passou a reconhecida juridicamente. È uma 
instituição que vem trabalhando para o auxílio do psicopedagogo universitário, dos 
formados em nível de pós-graduação, defendendo o campo profissional, a ética 
profissional, preservando e enriquecendo o conceito humano de nossa profissão. 
Na Argentina, a psicopedagogia tem um caráter diferenciado da 
psicopedagogia no Brasil, pois naquele país é permitida a aplicação de testes, como, 
por exemplo, as provas de inteligência, mais conhecidas por teste de Quociente de 
Inteligência5 (Q.I.) pelos psicopedagogo. Enquanto, no Brasil, somente os 
psicopedagogos com formação em Psicologia podem fazer o uso destes tipos de 
testes. 
De acordo com BOSSA (2007) alguns instrumentos de uso frequente por 
psicopedagogos argentinos não são permitidos aos brasileiros 
No Brasil não é permitido ao psicopedagogo recorrer a muitos dos instrumentos 
que são de uso do psicólogo. O psicopedagogo, que não tem formação em Psicologia, 
quando a situação requer, solicita ao psicólogo ou, dependendo do caso, a outros 
profissionais (neurologistas, fonoaudiólogos, psiquiatras), habilitados e de sua 
confiança, as informações necessárias para completar o seu diagnostico. (p. 100) 
Na década de 60, advém a Psicopedagogia no Brasil, surgindo as primeiras 
iniciativas de atuação psicopedagógica. Neste período os problemas de 
aprendizagem eram associados a uma disfunção neurológica: disfunção cerebral 
mínima6 (DCM). 
O rótulo DCM foi apenas um dentre os vários diagnósticos empregados para 
camuflar problemas de origem sociopedagógicos, termos como Transtorno de Déficit 
de Atenção e Hiperatividade (TDH/A), dislexia e outros mais, são conceitos usados 
ideologicamente para esse fim. 
Em 1958, no Brasil surge o Serviço de Orientação Psicopedagógica da Escola 
Guatemala (Escola Experimental do INEP - Instituto de Estudos e Pesquisas 
Educacionais do MEC), na Guanabara, atualmente Estado do Rio de Janeiro, tendo 
como principal objetivo a melhoria da relação professor- aluno. 
9 
 
 
No Brasil, por volta dos anos 70, alguns profissionais preocupados com os altos 
índices de evasão escolar e repetência, engajados no estudo das causas e 
intervenções dos problemas educacionais relacionados ao fracasso escolar 
trouxeram da França para a Argentina os aportes teóricos sobre a Psicopedagogia. 
Mais recentemente, isto é, desde 1980 até hoje, passamos a conceber o fracasso 
escolar também como “problemas de ensinagem”, e não somente de aprendizagem. 
Essas contribuições foram trazidas para o Brasil, tanto por meio de 
palestrantes oriundos da França como da Argentina, como também, por meio de 
professores que participavam de palestras, cursos a respeito da experiência 
psicopedagógica voltada para a educação. 
Em decorrência de novas descobertas científicas e movimentos sociais, a 
Psicopedagogia sofreu muitas influências. 
 Em 1979, decorrido quase vinte anos de prática psicopedagógica, surge na 
cidade de São Paulo, o primeiro curso em nível de pós-graduação em Psicopedagogia 
no Instituto Sedes Sapientiae, indicando como a área de psicopedagogia é 
relativamente nova no Brasil. 
Para Fagali (2007), uma das matrizes geradoras do curso de Psicopedagogia 
é o Instituto Sedes Sapientiae. Ela ressalta que 
A retomada das raízes do curso de formação em Psicopedagogia do Sedes 
Sapientiae justifica-se por ter sido um curso pioneiro na realidade de São Paulo, 
gerador de líderes de mudança que prosperaram em projetos como o da construção 
da Associação de Psicopedagogia em São Paulo” (p. 19-20) 
Podemos dizer que alguns profissionais que terminavam sua especialização 
em Psicopedagogia, no Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo, organizaram um 
grupo para estudar e definir a prática psicopedagógica que melhor trabalhasse os 
problemas de ensinagem, dando origem a Associação Estadual de Psicopedagogia 
de São Paulo (AEP). 
Após seis anos, de funcionamento a AEP, se tornou a Associação Brasileira 
de Psicopedagogia (ABPp). Há neste caminho uma diferença fundamental, pois se 
assume a área de conhecimento psicopedagógico, a partir de um órgão de classe. 
10 
 
 
 No relato que prossegue, Mônica Hoehne Mendes7 (apud Carvalho, 2005) 
comenta: 
 
Desde 1980, os psicopedagogos brasileiros podem contar com uma 
associação voltada para o interesse da classe e que luta por seus direitos. É a 
Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), criada em 1988. 
Além disso, estes vinte anos da ABPp, vêm possibilitando aos psicopedagogos 
estruturarem um espaço de discussão sobre o corpo teórico de conhecimentos 
psicopedagógicos, através do seu vasto acervo de trabalhos científicos publicados, 
dissertações de mestrado e teses de doutorado. 
A Psicopedagogia no Brasil enquanto área de atuação é sustentada por 
referenciais teóricos, isto é, uma práxis psicopedagógica. É reconhecida pela área 
acadêmica através das produções científicas consolidadas em teses, publicações e 
reuniões que tem o rigor da ciência organizadas pela Associação Brasileira de 
Psicopedagogos e por outros órgãos representados pelos profissionais e áreas afins. 
No final da década de 1970, tanto no Rio de janeiro, quanto em Curitiba, os 
estudos de Jorge Visca, psicopedagogo argentino, começaram a fazer diferença na 
compreensão do aprendiz e de suas dificuldades de aprendizagem. 
Na década de 1990, em Curitiba, os estudos da visão Sistêmica por 
psicopedagogos que possuíam a visão da Epistemologia Convergente, inicialmente 
na Síntese, bem como, no Rio de Janeiro, as contribuições de Alicia Fernàndez, 
trouxeram uma nova compreensão da dinâmica familiar e de suas relações com as 
dificuldades para aprender. 
Provavelmente, muitos fatores contribuíram para a construção da 
Psicopedagogia, cabe ressaltar que foram estes profissionais argentinos que 
trouxeram os conhecimentos da Psicopedagogia para o Brasil e enriqueceram o 
desenvolvimento desta área de conhecimento. 
11 
 
 
Consideramos importante, mencionar que a literaturafrancesa nos mostra 
autores como Janine Mery, Pichón-Rivière, Jacques Lacan, dentre outros, cujos 
pensamentos influenciaram a Psicopedagogia na Argentina, que vem se destacando 
como forte, na práxis psicopedagógica brasileira. 
A história da formação do psicopedagogo brasileiro advém pelo 
entrelaçamento dos aspectos teóricos e da práxis psicopedagógica deste profissional. 
A Psicopedagogia surgiu há poucos anos no Brasil e ainda é considerada uma 
área relativamente nova de estudos: 
 
De acordo com Wolffenbuttel (2005), a psicopedagogia oferece melhor reflexão 
sobre a aprendizagem de todos os sujeitos envolvidos. O objeto de estudo dela é 
compreender o aprender e o não-aprender. Onde existirem situações de 
aprendizagem, há espaço de reflexão psicopedagógica. Ela tem o seu olhar voltado 
sobre o ser humano em processo de construção de conhecimento, considerando as 
dimensões subjetivas e objetivas, auxiliando na busca da minimização dos problemas 
de aprendizagem e potencialização do aprender. 
Dessa forma, o psicopedagogo deve ter capacidade de em sua prática 
identificar os problemas de aprendizagem e a origem dos mesmos, assim como 
conhecer e acompanhar as situações de evolução da aprendizagem do seu paciente. 
Nos estudos de Bossa (2000a) sobre a evolução da Psicopedagogia, observa-
se que, nesse processo histórico a Psicopedagogia Clínica obteve várias 
denominações, tais como pedagogia curativa, pedagogia terapêutica, psicopedagogia 
curativa e, finalmente, passa a assumir-se como Psicopedagogia 
Dentro da psicopedagogia, está a psicopedagogia clínica e a psicopedagogia 
institucional. Cada um desses espaços tem seu método específico de trabalho. 
Porém, em ambos, deve-se considerar o contexto sócio-cultural do paciente. 
Segundo Bossa (2000a), o papel do psicopedagogo da clínica, é criar um 
espaço de aprendizagem, oferecendo ao sujeito oportunidades de conhecer o que 
12 
 
 
está a sua volta, o que lhe impede de aprender, para que juntos, possam modificar 
uma história de não aprendizagem. 
Sobre a psicopedagogia institucional, Wolffenbuttel (2001 apud ESCOTT, 
2004, p.192) afirma que esta é a abordagem da Psicopedagogia que deposita seu 
olhar sobre as instituições de ensino-aprendizagem. Essa abordagem assume uma 
dimensão preventiva e social na medida em que atende os diferentes grupos da 
instituição, tendo como principal objetivo resgatar o prazer de ensinar e aprender. 
Dessa forma a psicopedagogia clínica faz o papel de intervenção terapêutica, 
pois existe um profissional especializado no caso, o psicopedagogo e um sujeito com 
dificuldades no processo de aprendizagem. E a psicopedagogia institucional, faz o 
papel preventivo e esta tem como seu centro de interesse a instituição. 
 
Segundo Escott (2004), no diagnóstico psicopedagógico é necessário 
identificar, no desenvolvimento do sujeito e na relação com sua família e grupos 
sociais em que vive, o significado da não-aprendizagem. Assim, a Psicopedagogia 
Clínica parte da história pessoal do sujeito, procurando identificar sua modalidade de 
aprendizagem e compreender a mensagem de outros sujeitos envolvidos nesse 
processo, seja a família ou a escola, buscando, implicitamente ou não, as causas do 
não-aprender. 
Do ponto de vista de Escott (2004), para o psicopedagogo entender como e o 
que o sujeito aprende, o porquê não aprende, os significados ali atribuídos ao 
aprender e ao não-aprender e qual a dimensão da intervenção psicopedagógica como 
resgate do sujeito para a aprendizagem, o processo de diagnóstico na clínica tem que 
ser entendido como processo permanente e não apenas inicial da relação terapêutica, 
pois, na interação e intervenção do psicopedagogo com o sujeito da ajuda, as próprias 
alterações advindas desse processo são objeto de estudo e compreensão. 
Diante do que foi exposto temos que foi na Argentina que os primeiros 
psicopedagogos brasileiros foram a procura de conhecimentos acerca da formação e 
13 
 
 
atuação psicopedagógica para fundamentarem a Psicopedagogia no Brasil. Ainda 
hoje, as obras publicadas por Jorge Visca, Alicia Fernàndez , Sara Pain e Marina 
Müller fazem parte do nosso acervo bibliográfico. 
A Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) organizou um documento 
acerca da identidade profissional do psicopedagogo e os objetivos da 
psicopedagogia, nos diferentes estados do Brasil, representando e divulgando a 
Psicopedagogia. 
Em 1992, entrou em vigor o Código de Ética, aprovado em assembleia durante 
o V encontro e II Congresso de Psicopedagogia. De acordo com Mendes (2007), a 
discussão acerca da questão do reconhecimento da profissão gerou grande 
inquietação. Contudo, o documento citado sofreu alteração na Assembléia Geral do 
III Congresso Brasileiro de Psicopedagogia, da ABPp, em 1996, da qual transcorreu 
a presente redação que apresentamos a seguir: 
 
CÓDIGO DE ÉTICA DA ABPp 
 
Elaborado pelo Conselho Nacional do Biênio 91/92 
e Reformulado pelo Conselho Nacional e Nato do Biênio 
95/96 
 
Capítulo I – Dos Princípios 
Artigo 1º 
A Psicopedagogia é um campo de atuação em 
educação e saúde que lida com o processo de aprendizagem 
humana; seus padrões normais e patológicos, considerando 
a influência do meio - família, escola e sociedade - no seu 
desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da 
Psicopedagogia. 
Parágrafo Único 
A intervenção psicopedagógica é sempre da ordem 
do conhecimento relaciona do com o processo de 
aprendizagem. 
14 
 
 
 
Artigo 2º 
A Psicopedagogia é de natureza interdisciplinar. 
Utiliza recursos das várias áreas, do conhecimento humano 
para a compreensão do ato de aprender no sentido, 
ontogenético e filogenético, valendo-se de métodos e 
técnicas próprias. 
 
 
Artigo 3º 
O trabalho psicopedagógico é de natureza clínica e 
institucional, de caráter; preventivo e/ou remediativo. 
 
Artigo 4º 
Estarão em condições de exercício da 
Psicopedagogia os profissionais graduados em 3º grau, 
portadores de certificados de curso de Pós-Graduação de 
Psicopedagogia, ministrado em estabelecimento de ensino 
oficial e/ou reconhecido, ou mediante direitos adquiridos, 
sendo indispensável submeter-se à supervisão e 
aconselhável trabalho de formação pessoal. 
 
Artigo 5º 
O trabalho psicopedagógico tem como objetivo: (i) 
promover a aprendizagem; garantindo o bem-estar das 
pessoas em atendimento profissional, devendo valer-se dos 
recursos disponíveis, incluindo a relação interprofissional; (ii) 
realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia 
 
Capítulo II – Das responsabilidades dos 
psicopedagogos Artigo 6º 
São deveres fundamentais dos psicopedagogos: 
a) Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos 
científicos e técnicos que tratem do fenômeno da 
aprendizagem humana. 
b) Zelar pelo bom relacionamento com especialistas de 
outras áreas, mantendo uma atitude crítica, de abertura e 
15 
 
 
respeito em relação às diferentes visões de mundo. 
c) Assumir somente as responsabilidades para as quais 
esteja preparado dentro dos limites da competência 
psicopedagógica. 
d) Colaborar com o progresso da Psicopedagogia. 
e) Difundir seus conhecimentos e prestar serviços nas 
agremiações de classe sempre que possível. 
f) Responsabilizar-se pelas avaliações feitas, fornecendo ao 
cliente uma definição clara do seu diagnóstico. 
g) Preservar a identidade, parecer e/ou diagnóstico do 
cliente nos relatos e . discussões feitos a título de exemplos 
e estudos de casos. 
h) Responsabilizar-se por crítica feita a colegas na ausência destes 
i) Manter atitude de colaboração e solidariedade com colegas 
sem ser conivente ou acumpliciar-se, de qualquer forma, com 
o ato ilícito ou calúnia. O respeito e a dignidade na relação 
profissional são deveres fundamentais do psicopedagogo 
para a harmonia da classe e a manutenção do conceito 
público. 
 
Capítulo III – Das relações com outras 
profissões Artigo 7º 
O psicopedagogoprocurará manter e desenvolver 
boas relações com os componentes das diferentes 
categorias profissionais, observando, para este fim, o 
seguinte: 
a) Trabalhar nos estritos limites das atividades que lhe são 
reservadas. 
b) Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos 
de especialização, encaminhando-os a profissionais 
habilitados e qualificados para o atendimento. 
 
Capítulo IV – Do sigilo 
Artigo 8º 
O Psicopedagogo está obrigado a guardar sigilo 
sobre fatos de que tenha conhecimento em decorrência do 
exercício de sua atividade. 
Parágrafo Único 
Não se entende como quebra de sigilo informar sobre 
o cliente a especialistas comprometidos com o atendimento. 
 
Artigo 9º 
16 
 
 
O Psicopedagogo não revelará, como testemunha, 
fatos de que tenha conhecimento no exercício de seu 
trabalho, a menos que seja intimado a depor perante 
autoridade competente. 
 
Artigo 10º 
Os resultados de avaliações só serão fornecidos a 
terceiros interessados mediante concordância do próprio 
avaliado ou do seu representante legal. 
 
Artigo 11º 
Os prontuários psicopedagógicos são documentos 
sigilosos e não será franquiado o acesso a pessoas 
estranhas ao caso. 
 
Capítulo V – Das publicações científicas 
Artigo 12º 
Na publicação de trabalhos científicos deverão ser 
observadas as seguintes normas: 
a) As discordâncias ou críticas deverão ser dirigidas à 
matéria em discussão e não ao autor. 
b) Em pesquisa ou trabalho em colaboração, deverá ser dada 
igual ênfase aos autores, sendo de boa norma dar prioridade 
na enumeração dos colaboradores àquele que mais 
contribuiu para a realização do trabalho. 
c) Em nenhum caso o Psicopedagogo se prevalecerá da 
posição hierárquica para fazer publicar; em seu nome 
exclusivo, trabalhos executados sob sua orientação. 
d) Em todo trabalho científico deve ser indicada a fonte 
bibliográfica utilizada, bem como esclarecidas as idéias 
descobertas e as ilustrações extraídas de cada autor. 
 
Capítulo VI – Da publicidade profissional 
Artigo 13º 
O Psicopedagogo ao promover publicamente a 
divulgação de seus serviços, deverá faze-lo com exatidão e 
honestidade. 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo 14º 
 
O Psicopedagogo poderá atuar como consultor 
científico em organizações que visem o lucro com venda de 
produtos, desde que busque sempre a qualidade dos 
mesmos. 
 
Capítulo VII – Dos honorários 
Artigo 15º 
Os honorários deverão ser fixados com cuidado a fim 
de que representem justa retribuição aos serviços prestados 
e devem ser contratados previamente. 
 
Capítulo VIII – Das relações com educação 
e saúde Artigo 16º 
O Psicopedagogo deve participar e refletir com as 
autoridade competentes sobre a organização, a implantação 
e a execução de projetos de Educação e Saúde Pública 
relativas a questões psicopedagógicas. 
 
Capítulo IX – Da observância e cumprimento dói código 
de ética Artigo 17º 
Cabe ao Psicopedagogo, por direito, e não por 
obrigação, seguir este código. 
Artigo 18º 
Cabe ao Conselho Nacional da ABPp orientar e zelar 
pela fiel observância dos princípios éticos da classe. 
Artigo 19º 
18 
 
 
O presente código poderá ser alterado por proposta 
do Conselho da ABPp e aprovado em Assembléia Geral; 
 
Capítulo X – Das disposições Gerais 
Artigo 20º 
O presente código de ética entrou em vigor após sua 
aprovação em Assembléia Geral, realizada no V Encontro e 
II Congresso de Psicopedagogia da ABPp em 12/07/1992, e 
sofreu a 1ª alteração proposta pelo Congresso Nacional e 
Nato no biênio 95/96 sendo aprovado em 19/07/1996, na 
Assembléia Geral do III Congresso Brasileiro de 
Psicopedagogia, da ABPp, da qual resultou a presente 
redação. 
 
Os psicopedagogos devem seguir certos princípios éticos que estão 
condensados no Código de Ética. Porém, a ética não estabelece regras, sua principal 
característica é a reflexão sobre a ação do Homem. Assim sendo, o psicopedagogo 
deve ser um profissional que tem conhecimentos multidisciplinares, pois em um 
processo de avaliação diagnóstica, é necessário estabelecer e interpretar dados em 
várias áreas. O conhecimento dessas áreas fará com que o profissional compreenda 
o quadro diagnóstico do aprendente e favorecerá a escolha da metodologia mais 
adequada, ou seja, o processo corretor, com vista à superação das inadequações do 
aprendente. 
 
Definição da Psicopedagogia 
 
A Psicopedagogia é o campo que estuda a aprendizagem em suas diferentes 
relações e circunstâncias. Ela se ocupa do processo de aprendizagem e suas 
variações e da construção de estratégias para a superação do não-aprender, tendo 
como um de seus focos principais a autoria do pensamento e da aprendizagem. 
A Psicopedagogia tem uma visão integrada da aprendizagem, entendendo que 
todas as dimensões do sujeito são coparticipantes de seus processos de 
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aprendizagem, por meio do entrelaçamento e da manifestação dos processos 
cognitivos, afetivo-emocionais, sociais, culturais, orgânicos, psíquicos e pedagógicos, 
concebendo o sujeito como individual e coletivo. 
A Psicopedagogia transita entre os aspectos pedagógicos e psíquicos e entre 
os processos de desenvolvimento e 
aprendizagem dos sujeitos. Sua intervenção 
possibilita que indivíduos, grupos e instituições 
desenvolvam seus processos de aprendizagem 
de forma saudável, resgatando o prazer de 
aprender e descobrindo-se como autores de 
seus próprios processos. 
 
Áreas de atuação da Psicopedagogia 
 
A atuação da Psicopedagogia pode acontecer a partir da perspectiva Clínica, 
Institucional e da Pesquisa. 
A Psicopedagogia Clínica ocupa-se do entendimento do sujeito que aprende, 
através de sua história pessoal, de seus vínculos familiares, de sua modalidade de 
aprendizagem, compatibilizando conhecimento e saber. Procura compreender o 
sujeito a partir de seu processo de aprender e de não aprender, indagando como, o 
que e de que maneira ele pode aprender. Exerce suas funções nas dimensões 
terapêutica e institucional, buscando a compreensão das complexas relações de 
aprendizagem, dos lugares e papéis de sujeitos em suas redes históricas e pela 
formulação de espaços e dispositivos adequados ao resgate e à promoção da 
aprendizagem. Realiza ações voltadas para o resgate da aprendizagem, através da 
formulação de espaço e vínculo de confiança e da proposição de recursos adequados 
e específicos. Busca possibilitar que o sujeito construa sua autoria na aprendizagem. 
A Psicopedagogia Institucional considera as amplas e intrincadas relações de 
aprendizagem de uma instituição, analisando as relações institucionais e buscando 
elaborar condições de articular a qualificação dos processos de aprendizagem. 
Objetiva fazer com que os sujeitos de um grupo possam se conceber e agir como 
protagonistas de seus próprios processos de aprendizagem. Pode ter como objetivo, 
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na escola, a diminuição da incidência dos problemas de aprendizagem. Analisa e age 
em relação às questões da didática e da metodologia, através da intervenção: na 
formação permanente e na assessoria junto aos professores; no atendimento familiar; 
no diagnóstico de sujeitos; no relacionamento entre alunos e professores; nas 
relações afetivas envolvidas nos processos de aprender; no significado que os alunos 
e professores dão à aprendizagem; na elaboração de currículos e ações pedagógicas 
que tenham efetivo desempenho junto ao processo de aprendizagem. 
A Psicopedagogia como área de Pesquisa compõe um conjunto de 
conhecimentos que auxiliam na investigação sobre os fenômenos dos processos de 
aprendizagem humana. 
 
O profissional Psicopedagogo 
 
O Psicopedagogo é um especialista em Psicopedagogia. Sua formação ocorre, 
geralmente, através de cursos de Especialização, possibilitando o aprofundamento 
dos conhecimentos obtidos nos cursos de graduação e a ampliação da discussão 
sobre os aspectos da aprendizagem, de sua autoria e da superação do nãoaprender. 
Assim, se uma pessoa tem a graduação em Licenciatura em Matemática e a 
especialização em Psicopedagogia, ela será Licenciada em Matemática e 
Especialista em Psicopedagogia. Se a pessoa tem graduação em Pedagogia e 
Especialização em Psicopedagogia, ela será uma Pedagoga e Especialista em 
Psicopedagogia. Se ela tiver a graduação em Psicologia e Especialização em 
Psicopedagogia, ela será uma Psicóloga e Especialista em Psicopedagogia. 
O especialista em Psicopedagogia é um profissional habilitado a lidar com os 
processos de aprendizagem e suas dificuldades junto às crianças, aos adolescentes, 
aos adultos ou às instituições, instigando aprendizagens significativas, de acordo com 
suas possibilidades e interesses. Em sua prática, o especialista em Psicopedagogia 
pode auxiliar na busca do prazer de aprender, na construção de um novo significado 
para as formas de aprender, da compreensão, por parte dos sujeitos, da maneira 
como aprendem e de como utilizar suas estratégias em relação a novos 
conhecimentos. 
 
21 
 
 
Atendimento Psicopedagógico 
 
Entre os diferentes aspectos que precisam ser considerados ao longo de um 
atendimento psicopedagógico, seja institucional ou clínico, destacam-se alguns que 
necessitam de atenção, tais como o momento do diagnóstico, a anamnese, a 
elaboração de hipóteses e a análise do 
processo de construção da lecto-
escrita. 
O processo diagnóstico 
caracteriza-se como os primeiros 
encontros nos quais se interage de 
forma mais direta com o sujeito encaminhado e com sua família, procurando conhecer 
mais detalhes de sua história. Porém, não é um momento fechado, que tenha como 
objetivo atribuir um rótulo ao sujeito. Há diagnósticos como transtorno de 
hiperatividade e déficit de atenção, autismo, entre outros, que não podem ser dados 
por um especialista em Psicopedagogia, que pode sugerir para a família procurar um 
profissional como um psiquiatra ou um neurologista para avaliar e realizar tal 
diagnóstico. O especialista em Psicopedagogia deve sempre realizar os 
encaminhamentos que julgar necessários, mencionando que há outras questões que 
também atrapalham a aprendizagem do sujeito e que só podem ser avaliadas por 
outro profissional habilitado. Por isso, fala-se tanto das parcerias nos atendimentos 
psicopedagógicos e de um trabalho interdisciplinar. 
Na medida em que o trabalho interdisciplinar é fundamental na ação 
psicopedagógica, é importante conhecer as ferramentas que existem e são usadas 
pelos outros profissionais envolvidos, para saber entendê-las adequadamente, 
quando se recebe um diagnóstico. Porém, isso não significa que se possa utilizá-las, 
já que algumas ferramentas são de uso exclusivo do psicólogo, do fonoaudiólogo ou 
do médico. 
O diagnóstico psicopedagógico necessita concentrar-se nos processos de 
aprendizagem. Esse momento não pode estar focado apenas no sujeito, mas em 
todas as relações que ele mantém seja na família, na escola ou no grupo de amigos, 
dentre outros. O diagnóstico é um momento no qual se pode iniciar o levantamento 
de hipóteses sobre como e o que o sujeito aprende, bem como o que o impede de 
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aprender. Nessa ocasião, já se inicia também o tratamento. Quando se analisa a 
situação do sujeito, precisa-se propor desafios de superação, para que novas 
hipóteses possam ser levantadas e questões já possam ser superadas. Logo, não há 
uma separação rígida entre o período do diagnóstico e o do tratamento. Ao iniciar o 
diagnóstico, já se está começando o tratamento. 
Ao longo do processo diagnóstico, é importante ser realizada uma entrevista 
de anamnese, que se constitui numa técnica de investigação e análise, a partir da 
retomada da história de vida do sujeito através de uma conversa com a família. Ela é 
utilizada para auxiliar a compreender o funcionamento familiar, no sentido de se 
observar como o sujeito é visto por esse grupo, qual o seu papel, como o veem e 
compreendem sua situação ao longo da vida e como descrevem a dificuldade de 
aprendizagem. A anamnese auxilia o especialista em psicopedagogia a compreender 
o processo de aprendizagem do sujeito em diferentes momentos de sua vida. Por 
isso, suas perguntas devem se centrar mais no “como” do que no “quando”, como, 
por exemplo: Como foi que ele começou a andar? Como foi que ele aprendeu a falar? 
O quando traz uma questão mais relacionada com a temporalidade, o que tem 
importância, mas não tanto quando o processo de cada aprendizagem. 
A elaboração de hipóteses sobre como o sujeito aprende e o que o impede é 
de suma importância para o atendimento, pois é a partir dela que a ação do 
especialista em psicopedagogia é planejada e organizada. Ao longo de todo o 
tratamento, as hipóteses são elaboradas, superadas e redefinidas. A partir da 
superação de uma questão, outra poderá ser elaborada pelo especialista em 
Psicopedagogia. É significativo sempre partir do que o sujeito sabe fazer, o que 
conhece, aquilo no que tem sucesso. Além de reforçar suas possibilidades, com essa 
perspectiva também se consegue, muitas vezes, observar e analisar as estratégias 
utilizadas e lhe ajudar a usá-las nas 
situações de dificuldades. 
Outro aspecto relevante tem relação 
com as inúmeras vezes em que os 
especialistas centram a investigação 
psicopedagógica na leitura e na escrita 
quando o encaminhamento ocorre devido a 
uma dificuldade nessa área. Porém, precisa-se sempre lembrar de também analisar 
23 
 
 
questões relativas ao pensamento lógicomatemático. Várias vezes, recebe-se dos 
educadores a avaliação de que o sujeito domina as questões relacionadas ao 
conhecimento matemático, mas o que ele consegue fazer são cálculos mecanizados, 
sem compreensão. A construção do pensamento lógico-matemático é estruturante da 
construção da leitura e da escrita, ou seja, são a base para a aprendizagem da leitura 
e da escrita. A testagem do nível de leitura e escrita precisa ser realizada juntamente 
com a observação, pois é importante observar as estratégias que o sujeito utiliza para 
ler e escrever sua própria produção. 
 
Aspectos básicos: diagnóstico e intervenção na clínica 
psicopedagógica 
 
No diagnóstico psicopedagógico é realizada uma investigação na qual se 
procura compreender a forma que o paciente aprende e os desvios que ocorrem 
nesse processo. Segundo Weiss (2004, p.27): 
 
O diagnóstico é uma das peças chaves para uma intervenção eficiente. Não 
basta ao psicopedagogo conhecer técnicas e provas, pois cada caso é singular e 
exige do profissional, além da competência teórica, um olhar sensível e particular. 
Cada paciente que chega à clínica traz junto sua história, suas individualidades e suas 
relações de coletividade, para o psicopedagogo é sempre um novo e complexo 
começo, que evoca seguidamente um novo olhar. “O sucesso de um diagnóstico não 
reside no grande número de instrumentos utilizados, mas na competência e 
sensibilidade do terapeuta em explorar a multiplicidade de aspectos revelados em 
cada situação”. (WEISS, 2000, p.30). Weiss (2000, p.31), comenta que: 
24 
 
 
 
Para Weiss (2004), o diagnóstico psicopedagógico tem como objetivo básico 
identificar os desvios e os obstáculos básicos no Modelo de Aprendizagem do sujeito 
que o impedem de crescer na aprendizagem dentro do esperado pelo meio social, 
possibilitando assim ao psicopedagogo fazer as intervenções e os encaminhamentos 
necessários. Podemos defini-lo como um processo de investigação referente ao que 
não vai bem com o sujeito em relação a uma conduta esperada. 
Fernández (1991) comenta que o diagnóstico para o psicopedagogo tem a 
mesma função que a rede para o equilibrista. O diagnóstico funciona como base para 
a intervenção. Em consonância com Fernández, a psicopedagoga Weiss se expressa 
a respeito do Modelo de Aprendizagem: 
 
A relação do paciente com o terapeuta é, também, de fundamental importância 
para o processodo diagnóstico. Essa relação implica na validade e qualidade do 
diagnóstico, por isso, é importante terem empatia, ou seja, se identificarem um com 
outro, apresentando confiança; respeito e engajamento. 
Weiss (2004), afirma que o processo diagnóstico tem base no 
interrelacionamento dinâmico e de condutas interdependentes entre o terapeuta que 
no caso é o diagnosticador e o paciente que é o diagnosticado, a comunicação que é 
estabelecida entre os dois faz com que o diagnosticador atue sobre o paciente sempre 
que apresentar qualquer conduta. Tudo na comunicação entre estes dois sujeitos 
deverá ser analisada durante o diagnóstico: a palavra, o modo de falar, a atitude, os 
gestos, a linguagem corporal, etc. 
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A autora se refere a mecanismos transferenciais, pois nesse mecanismo é o 
paciente que traz seus sentimentos, atitudes e condutas inconscientes para com o 
terapeuta. 
 
No diagnóstico é importante que todas as regras de relacionamento, horários 
e honorários sejam bem definidos desde o primeiro contato. Essas regras devem ser 
claras e definidas em conjunto com o paciente e sua família. Por isso, é necessário o 
estabelecimento de um contrato com os 
pais e a construção de um 
enquadramento com estes e com o 
sujeito. 
Weiss (2004) determina alguns 
aspectos importantes do contrato e do 
enquadramento: previsão de número aproximado de sessões e forma de 
encerramento do trabalho, definição de dias, horários e duração das sessões; 
definição dos locais; honorários contratados e forma de pagamento. Estes aspectos 
são essenciais para o estabelecimento do profissional psicopedagogo. 
O processo do diagnóstico psicopedagógico clínico abrange várias etapas, que 
são: motivo da consulta, história vital, hora do jogo, provas projetivas, entre outras. 
26 
 
 
Paín (1985) afirma que no motivo da consulta é importante observar porque e 
por quem o paciente chegou até o terapeuta, se foi pela escola, pela professora, por 
um médico ou pela família. Isso é importante, pois dessa forma o psicopedagogo 
consegue entender que tipo de vínculo o paciente irá estabelecer, revelando dessa 
forma o grau de independência com que o paciente assume seu problema. 
Segundo Paín (1985), este primeiro momento com a família, é uma ocasião 
para estabelecer hipóteses sobre alguns aspectos importantes para o diagnóstico dos 
problemas de aprendizagem, como significação do sintoma na família ou, com maior 
precisão, a articulação funcional do problema de aprendizagem; significação do 
sintoma para a família, isto é, as reações comportamentais de seus membros ao 
assumir a presença do problema; fantasias de enfermidade e cura e expectativas 
acerca de sua intervenção no processo diagnóstico e de tratamento; modalidades de 
comunicação do casal e função do terceiro, entre outros. 
Este espaço de escuta oferecido para a família permite que a mesma elenque 
livremente, os motivos pelos quais busca a ajuda psicopedagógica e, também, quais 
os fatores que acredita causarem a não aprendizagem do paciente. Deve-se sugerir 
que os mesmos comentem sobre o motivo que os trouxe à clínica e que falem 
livremente sem que façamos perguntas particularizadas. (FERNÁNDEZ, 1991). 
A entrevista do motivo da consulta permite conhecer as expectativas que os 
pais têm em relação à intervenção do psicopedagogo. Muitos pais, mesmo solicitando 
ou assumindo as consequências da consulta, apresentam resistências à ação do 
terapeuta. “A versão problemática que obtemos por intermédio dos pais, pode dar-
nos algumas chaves para aproximarmo-nos do significado que o não aprender tem 
na família.” (PAÍN, 1985, p. 37). 
O momento da história vital no diagnóstico é realizado como uma segunda 
entrevista com a mãe, sendo que essa é realizada após o psicopedagogo conhecer 
um pouco seu paciente. 
 
27 
 
 
Conforme Paín (1985), no caso de um paciente que consulta por problemas de 
aprendizagem, serão as seguintes as áreas de indagação predominantes: 
antecedentes natais na fase pré-natal que abrange as condições de gestação e 
expectativas do casal e da família, onde as doenças durante a gestação, dados 
genéticos e hereditários, serão solicitados somente se o caso justificar; fase peri-natal 
que envolve as circunstâncias do parto, sofrimento fetal, cianose ou lesão, entre 
outros danos que costumam ser causas de destruição de células nervosas que não 
se produzem e também de posteriores transtornos e fase neonatal que inclui a 
adaptação do recém-nascido, choro, alimentação, capacidade de adaptação da 
família do bebê através do respeito ao ritmo individual do bebê entendendo suas 
demandas. 
Ainda nessa lista de indagações predominantes temos, segundo Paín (1985), 
aspectos significativos que devem ser investigados, como doenças e traumatismos 
ligados, diretamente, à atividade nervosa superior; tempo de reclusão a que a criança 
foi obrigada; processos abertamente psicossomáticos; disponibilidade física, 
fatigabilidade e limitações corporais, além de analisar o desenvolvimento motor; 
desenvolvimento da linguagem e desenvolvimento de hábitos da criança. Importante 
saber se as aprendizagens foram feitas pela criança no momento esperado, precoces 
ou retardadas pela família; também é necessário saber se a criança passou por 
situações dolorosas, mudanças, situações de perda, participação da criança nesses 
casos e condições em que se deram e conhecer as experiências escolares, 
transformações ocorridas na criança, expectativas para a família, entre outros. 
Com a obtenção desses dados o terapeuta começará a encaixar as peças e 
começará a delinear suas hipóteses. A Hora do Jogo é onde o psicopedagogo 
observará a estimulação do desenvolvimento motor, social, cognitivo e afetivo do 
paciente. De acordo com Paín (1985), assim como são analisados os esquemas 
práticos de conhecimentos por meio da atividade assimilativo-acomodativa no bebê, 
a ludicidade fornece informações sobre os esquemas que organizam e integram o 
conhecimento num nível representativo. 
Por isto considera-se de grande interesse para o diagnóstico do problema de 
aprendizagem na infância, a observação do jogo do paciente, e se faz isto através de 
uma sessão que se denomina “hora do jogo”. Para realizar essa atividade, o 
28 
 
 
psicopedagogo conta com uma caixa que contém diversos materiais, sucatas e 
elementos não figurativos de vários tipos. 
Nessa etapa do diagnóstico o psicopedagogo consegue analisar de que forma 
a criança se relaciona com os objetos e em que condições ela é capaz de brincar. 
Outro momento importante do diagnóstico são as provas projetivas, que têm como 
objetivo conseguir identificar fatores emocionais que influenciam no desenvolvimento 
da aprendizagem do paciente.
 
Segundo Paín (1985, p. 61) 
 
Existem três tipos de diagnósticos mais comuns dentro das provas projetivas: 
desenho da figura humana, relatos e desiderativo. Segundo Paín (1985), o desenho 
da figura humana permite avaliar os recursos simbólicos do sujeito para referir a 
diferenças como criança/adulto; feminino/masculino; fada/bruxa, etc., o que revela o 
nível de sua adequação semiótica, cuja relação com a aprendizagem se teve 
oportunidade de enfatizar na ocasião em que se analisou a hora do jogo. 
Nas provas de relatos, Paín (1985) comenta que elas têm como instrução criar 
uma história ou antecipar seu final. São oferecidos ao sujeito estímulos gráficos ou 
verbais que sugerem certas relações ou transformações viáveis. O sujeito percorre 
um dos caminhos insinuados trazendo elementos mais ou menos originais. As 
lâminas e contos não são neutros, pelo contrário, apontam temas classicamente 
conflitivos, provocando defesas mais ou menos apropriadas. 
29 
 
 
Em relação ao diagnóstico desiderativo, Paín (1985), afirma que as 
dificuldades, as falhas e os rodeios que os sujeitos com problemas de aprendizagem 
apresentam na prova denominadade desiderativo indicam sua dificuldade para 
recuperar intelectualmente objetos perdidos e reprimidos. 
O diagnóstico não segue uma linearidade, cabe 
ao psicopedagogo durante o processo observar o 
andamento das sessões e, assim, vai construindo o 
percurso. Após as sessões diagnósticas, o 
psicopedagogo tem condições de avaliar o processo 
de ensino e aprendizagem do paciente. 
Segundo Paín (1985), de acordo com a 
hipótese diagnóstica, uma vez que foi recolhida toda a 
informação e reunidos os diferentes aspectos que interessam a cada área 
investigada, tem-se a necessidade de avaliar o peso de cada fator na ocorrência do 
transtorno de aprendizagem. 
Em relação à devolução diagnóstica, a mesma autora comenta que talvez o 
momento mais importante desta aprendizagem seja a entrevista dedicada à 
devolução do diagnóstico, pois se realiza primeiramente com o paciente e depois com 
os pais, nesse caso quando se trata de uma criança. Segundo a autora, a tarefa 
psicopedagógica começa justamente aqui. 
Após a conclusão do diagnóstico, o psicopedagogo necessita determinar qual 
tratamento é mais adequado para o problema em que o paciente apresenta. “Diremos 
que, em geral, o tratamento psicopedagógico é o mais indicado no caso de tratar-se 
de um transtorno na aprendizagem”. (PAÍN, 1985, p.74). O tratamento 
psicopedagógico possui o enquadramento, os objetivos e as técnicas. 
“A tarefa diagnóstica tem um enquadramento próprio que possibilita solucionar 
rapidamente os efeitos mais nocivos do sintoma para depois dedicar-se a afiançar os 
recursos cognitivos”. (PAÍN, 1985, p. 77). Paín (1985) comenta que os objetivos 
básicos do tratamento diagnóstico são a desaparição do sintoma e a possibilidade do 
sujeito de aprender normalmente ou, ao menos, no nível mais alto que suas condições 
orgânicas, constitucionais e pessoais lhe permitam. 
30 
 
 
Ainda, conforme a autora pode-se resumir os objetivos do tratamento em três 
fundamentais: em primeiro lugar, conseguir uma aprendizagem que seja uma 
realização para o sujeito; em segundo lugar, conseguir uma aprendizagem 
independente por parte do sujeito e por último, propiciar uma correta autovalorização. 
De acordo com Paín (1985), para poder cumprir os objetivos expostos e 
garantir a conservação do enquadre, o psicopedagogo necessita adotar técnicas 
gerais que são as seguintes: organização prévia da tarefa, graduação, autoavaliação, 
historicidade, informação e indicação. 
 
31 
 
 
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