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Linha de Pesquisa Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade 
Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação 
Instituto Superior de Tecnologia – FAETEC – Paracambi - RJ 
 
 
 
 
 
 
PROPOSTA 
DE 
LINHA DE PESQUISA 
 
ESTUDOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE 
APLICADOS AOS 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
 
CURSO 
GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
 
PROPONENTE 
 
Eduardo Nazareth Paiva 
Professor 
 
 
 
 
 
 
Paracambi 
Novembro de 2006 
Linha de Pesquisa Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade 
Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação 
Instituto Superior de Tecnologia – FAETEC – Paracambi - RJ 
 
OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
Os Sistemas de Informação (SI) são constituídos por software, hardware, peopleware 
(pessoas), regras, redes, canais de comunicação, repositórios de dados e interfaces projetados 
e organizados com o objetivo de receber dados, processá-los e distribuí-los através de suas 
arquiteturas (orientadas a objetos, componentes, processos de negócios, serviços, eventos, 
etc.). Os SI são caracterizados pela heterogeneidade e hibridez de seus componentes capazes 
de adquirir os feedbacks necessários ao seu funcionamento. (SHITSUKA1 et al 2005) 
 
O CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
O Curso de SI estuda a computação como atividade-meio, ou seja, estuda a aplicação da 
computação nas organizações. Esta definição é oposta à definição para os cursos de Ciência 
da Computação e Engenharia de Computação, que estudam a computação como atividade-
fim. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistemadeinformacao#Outrasdefinicoes : 05/11/06). 
O Curso Superior de Tecnologia em Sistema de Informação ministrado pelo Instituto Superior 
de Tecnologia da FAETEC em Paracambi – RJ forma Tecnólogos e possui carga horária de 
disciplinas de 2.460h (com estágio e trabalho de conclusão de curso atinge-se 2.860h) com 
possibilidades de acesso à pós-graduação (latu-sensu e strictu-sensu). A seguir o fluxograma 
nacional dos cursos do Ensino Superior publicado no Portal da Secretaria do Ensino Superior 
do Ministério da Educação – SESU-ME C (http://www.portal.mec.gov/sesu/ : 05/11/2006) 
 
 
 
1 SHI TSUKA et al . Si st ema de I nf or mação: um enf oque comput ac i onal . 
Edi t or a Ci ênci a Moder na. Ri o de Janei r o. 2005 
Linha de Pesquisa Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade 
Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação 
Instituto Superior de Tecnologia – FAETEC – Paracambi - RJ 
 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E PARADOXO 
O contexto do Projeto e Desenvolvimento de Sistemas de Informação pode ser encontrado no 
REFERENCIAL MULTIVISÃO (AVISON&TAYLOR 2apud MORESI (2000)). Neste 
modelo didático encontramos a Análise Organizacional (que examina o comportamento 
organizacional), a Análise e Projeto Sociotécnico (que examina os processos de trabalho) e o 
Projeto e Implementação Técnica (que examina a plataforma tecnológica). Estes estágios são 
integrados pela Análise e Modelagem da Informação. 
 
Uma representação adaptada do REFERENCIAL MULTIVISÃO de AVISON & TAYLOR 
(MORESI3 , 2000) 
 
Uma questão especial se apresenta com a matéria prima dos Sistemas, a Informação. Ela 
possui diversos paradoxos e ambigüidades na medida em que ela precisa ser traduzida, 
comunicada e inscrita, de alguma forma. Neste movimento de se constituir em Informação, 
são criadas unidades centrais e periféricas. 
 
2 AVI SON, D. E. , TAYLOR, V. I nf or mat i on syst ems devel opment 
met hodol ogi es: a c l ass i f i cat i on accor di ng t o pr obl em si t uat i on. 
Jour nal of I nf or mat i on Syst ems, v. 12, n. 1, p. 73- 81, Mar ch 1997. 
 
3 MORESI , Eduar do Amadeu Dut r a. Del i neat i ng t he val ue of t he 
i nf or mat i on syst em of an or gani zat i on. Ci. Inf., Br así l i a, v. 29, 
n. 1, 2000. I nt er net : ht t p: / / www. sci el o. br / sc i el o. php : 05/ 11/ 2006 
 
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Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação 
Instituto Superior de Tecnologia – FAETEC – Paracambi - RJ 
 
Concorrentemente, diversos processos de comunicação entre os seus elementos centrais e os 
periféricos precisam ser configurados. Isto produz freqüentes problemas de territorialidade, 
em geral resolvidos através de sofisticados recursos da telemática e as, quase sempre 
polêmicas, políticas de uso e de direitos de acesso. 
 
Coexistem com os Sistemas de Informação diversas dualidades (local-remoto, cliente-
servidor, livre-proprietário, público-privado, liberdade-insegurança, etc.) e com elas o 
paradoxo de, em geral, construir centros ou núcleos a serem disponibilizados a elementos 
distantes (fora do centro), ou seja, uma arquitetura típica em que os centros estabelecem suas 
periferias, mantendo-as à distância – sem trazê-las ‘de verdade’ – com isso evitando que os 
centros sejam “ inundados” . Segundo LATOUR4 (2000, p. 396): 
 
“Este paradoxo é resolvido criando-se inscrições que conservem, simultaneamente, o 
mínimo e o máximo possível, através do aumento da mobilidade, da estabilidade ou da 
permutabilidade desses elementos. Esse meio-termo, entre a presença e a ausência, 
muitas vezes é chamado de informação. Quando se tem uma informação em mãos, 
tem-se a forma de alguma coisa sem ter a coisa em si [...] Mas seu acúmulo tem mais 
um subproduto inesperado. Como não há limite para a cascata de re-escritura e re-
representação, podem-se obter formas de enésima ordem que se combinam com outras 
formas de enésima ordem provenientes de regiões completamente diferentes. São esses 
novos nexos inesperados que explicam por que as formas importam tanto e porque os 
observadores da ciência vibram tanto com elas.” 
 
OS ESTUDOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE (ECTS) 
A Linha de Pesquisa proposta pretende observar estes produtos informacionais (MARQUES5 
in LASTRES, 1999) provenientes destas tensões (entre os centros e periferias informáticas) 
através do escopo dos Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade (ECTS). Os Projetos de 
Pesquisa dos ECTS objetivam contribuir para uma compreensão dos constructos e das 
construções em Ciência e Tecnologia. Suas pesquisas relacionam o passado com o presente, a 
natureza das teorias e suas evidências nos diversos campos de interesse das Ciências e das 
Engenharias, assim como as interações entre as Ciências, as Tecnologias e a Sociedade. 
 
4 LATOUR, B. Ci ênci a em Ação: Como segui r ci ent i st as e engenhei r os 
soci edade af or a. Tr adução I vone C. Benedet t i . Edi t or a UNESP. São 
Paul o. 2000. 
5 MARQUES, I . Desmat er i al i zação e Tr abal ho. I n: LASTRES, H. M. M. , ALBAGLI , 
S, . Or g. I nf or mação e Gl obal i zação na Er a do Conheci ment o. 318p. Edi t or a 
Campus. Ri o de Janei r o. 1999. 
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Estes escopos incluem estudos sobre: a construção do Conhecimento Científico e Tecnológico 
e suas Instituições; as relações entre as Ciências e outras Instituições e Grupos; os Processos 
de Inovação e Mudanças Científicas e Tecnológicas. Epistemologicamente, os ECTS se 
constituem num campo de pesquisa e trabalho centrado nos estudos das relações da ciência e 
da tecnologia com seu entorno social, desde uma ótica interdisciplinar, com o objetivo ultimo 
de promover a sensibilização e a participação da sociedade na formulação e execução de 
Projetos e Políticas de Ciência e Tecnologia (DAGNINO & THOMAS6, 2003). De forma 
análoga, a Inovação Tecnológica os ECTS promovem análises das condições institucionais e 
socioeconômicas que coexistem com os sistemasde inovação com o objetivo de propiciar e 
compreender o seu desenvolvimento de acordo com as diferentes realidades nacionais locais. 
(http://www.oei.es/cts.htm : 05/11/2006). 
Particularmente no Brasil, estamos diante de um contexto social caracterizado como 
fortemente influenciado pelas questões de ordem tecnológica. O Ministério da Ciência e 
Tecnologia brasileiro propalou a idéia simbólica da existência de uma A Sociedade da 
Informação, veiculada pela publicação denominada de Livro Verde. 
(http://www.mct.gov.br/Temas/Socinfo/default.asp : 05/11/2006). As relações sociotécnicas 
necessárias para a construção de uma sociedade desta natureza sugerem a necessidade de 
observações metodológicas visando se evitar e compreender as potenciais assimetrias 
promovidas ou acentuadas ao longo deste processo (vide as dificuldades e pertinencia das 
abrangências dos Projetos de Inclusão Digital como o Programa Cidadão Conectado e 
Computadores para Todos http://computadorparatodos.gov.br : 05/11/2006). 
As Tecnologias e Sistemas da Informação apresentam-se como uma evidente fonte de 
controvérsias e de objetos para os ECTS, na medida em que elas sobrevivem se sustentando 
na Ciência, manipulando a Natureza, envolvendo a Sociedade, coordenando humanos e não 
humanos na difusão de soluções simbólicas a serviço da construção de um “mundo melhor” , 
embora sempre caracterizado por fortes diferenças entre o que é central e o que é periférico. 
 
AVALIAÇÃO CONSTRUTIVISTA DA TECNOLOGIA (ACT) 
Segundo CALLON7 (1995, p. 307), para se realizar uma Avaliação Construtivista da 
Tecnologia, três hipóteses precisam ser distinguidas: 
 
 
6 DAGNINO, R. THOMAS, H. Ciência, Tecnologia e Sociedade: Uma reflexão latino-americana. Cabral 
Editora e Livraria Universitária. São Paulo. 2003. 
7 CALLON, M. Technological Conception and Adoption Network: Lessons for the CTA 
Practitioner. In: Managing Technology in Society (p.307-330). Editado por Rip at all. Pinter. 
1995. 
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1. O desenvolvimento tecnológico resulta de um grande número de decisões feitas por 
numerosos atores heterogêneos. Estes naturalmente incluem os cientistas e engenheiros 
envolvidos diretamente, mas cada vez mais envolvem a participação dos usuários, dos mundos 
dos negócios e das finanças e de todos os níveis de governo. Estes parceiros negociam as 
opções técnicas e, em alguns casos – depois do que pode ser uma longa série de aproximações 
sucessivas – atingem acordos mutuamente satisfatórios. A diversidade de centros e critérios de 
decisão implica em algum grau de plasticidade técnica. 
 
2. As opções tecnológicas nunca podem ser reduzidas à sua dimensão estritamente técnica. O 
projeto e a introdução de um novo veículo, um novo processo de produção de energia, ou um 
novo eletrodoméstico são indissociáveis de algum grau de reestruturação social e distribuição 
de papéis (a serem desempenhados). Portanto, a avaliação das opções tecnológicas é uma 
questão para debate político. 
 
3. As opções tecnológicas trazem situações irreversíveis, resultantes do desaparecimento gradual 
das margens de escolhas disponíveis para aquele que decide: com o tempo, suas escolhas são 
inexoravelmente predeterminadas pelas decisões anteriores. Ao contrário de algumas decisões 
que sempre permanecem passíveis de serem revistas, existem outras que são materializadas 
em enormes compromissos técnicos, tais como, por exemplo, o capital investido na opção pela 
energia nuclear. Estas decisões podem conduzir a desequilíbrios duráveis e ao conseqüente 
descarte de opções que, numa visão retrospectiva, poderiam ter sido pensadas como 
preferíveis a aquelas que foram efetivamente tomadas. 
 
Ainda segundo CALLON (ibdem), a implementação de uma Avaliação Construtivista da Tecnologia 
deve, portanto, levar em conta as seguintes questões: 
 
a. Como nós podemos assegurar que todos os atores envolvidos, especialmente os não 
especialistas e os mais sem recursos, sejam apropriadamente ouvidos durante a 
discussão das opções técnicas e nos momentos das tomadas de decisões? 
 
b. Como podem várias opções tecnológicas alternativas ser mantidas abertas o tempo 
todo, tendo em mente que uma variedade delas deve existir para que a própria noção 
de escolha não desapareça, e com ela toda a possibilidade do debate político? 
 
c. Como nós podemos evitar a emergência de situações irreversíveis que excluem certas 
opções tecnológicas meramente porque elas não foram apoiadas em um determinado 
tempo? 
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A TEORIA ATOR-REDE (TAR) 
Como um dos mais importantes recursos metodológicos utilizados pelos ECTS, merecem 
serem citados aqueles pertencentes ao arcabouço de métodos considerados como integrantes 
da Teoria Ator-Rede (TAR), ou ainda Actor-Network Theory (ANT). Muito sucintamente a 
TAR pode ser apresentada como um produto do trabalho de pesquisa de um grupo de 
cientistas que, nos primeiros passos de seus estudos nos anos 70, tinha como pólo o Centro de 
Sociologia da Inovação da Escola Nacional Superior de Minas de Paris (CSI, ENSMP), uma 
das primeiras e mais tradicionais instituições de pesquisa científica e tecnológica do mundo, 
fundada em 1783. 
 
A estrutura conceitual da TAR tem raízes na Filosofia Francesa, na Semiótica e na 
Antropologia (LANDSTRÖM8, 2000, p. 475). Entre seus integrantes figuram nomes como 
Bruno Latour (considerado por muitos o seu criador), John Law, Michel Callon, Wiebe Bijker 
entre outros, trabalhando, atualmente, em Centros de Estudos da Ciência e da Tecnologia 
espalhados por uma rede de instituições acadêmicas de alcance mundial. Segundo um dos 
seus maiores expoentes, LAW9 (1992, p. 389), a TAR traz, em sua abordagem, uma teoria da 
intervenção, uma teoria do conhecimento e uma teoria das máquinas. Em um dos seus 
aspectos mais importantes da TAR, ela defende que nós devemos explorar os efeitos 
sociotécnicos de um determinado objeto de estudo, não importa qual seja a sua forma 
material, se nós queremos responder questões de “como” se desenvolveram as relações entre a 
estrutura, o poder e a organização do objeto em questão. O argumento básico é que a extensão 
com que recursivamente a “sociedade” reproduz-se pode ser explicada quando se considera 
que objetos e sujeitos são justaposições de materiais heterogêneos. 
 
A TAR demonstra um potencial de rendimento no estudo da trajetória da construção de fatos 
e artefatos científicos e tecnológicos. Caracteristicamente, ela busca uma simetria no 
tratamento dos registros materiais e dos fatos, relacionados tanto aos humanos quanto aos não 
humanos, para explicar como determinadas tecnologias e formas finais dos seus artefatos 
estabilizam-se e resultam consagradas (ou não). 
 
8 LANDSTRÖM, C. The ont ol ogi cal Pol i t i cs of St ay i ng Tr ue t o 
Compl exi t y . Soci al St udi es of Sc i ence. Vol ume 30. No. 3. p. 475- 480. 
Uni ver si t y of Edi nbur gh. SAGE Publ i cat i ons. London. UK. June 2000. 
9 LAW, J. Not es on t he Theor y of t he Act or - Net wor k: Or der i ng, 
St r at egy and Het er ogenei t y . Syst em Pr act i ce. Vol . 5. No. 4, 1992. 
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Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação 
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Outras ações importantes são traduzir e transladar (palavras-chaves do método) o silêncio 
característico daquilo que não venceu e com isto caracterizar a rede de interessesque 
gravitam ou gravitavam em torno do objeto de estudo em questão. 
 
 A outra potencialidade da TAR é o estudo das relações entre a tecnologia e a sociedade e de 
como elas não se estabelecem com a neutralidade que, mistificada e supostamente, a ciência 
conduz.. KRANSZBERG10 (1985 apud CASTELLS11, 1999, p.81), de acordo com SEGRE12 
(1991) enunciam: 
 
A tecnologia não é nem boa, nem ruim e também não é neutra. 
 
Com a proposta de estudar estas relações e interações da sociedade com os seus artefatos 
científicos e tecnológicos, especialmente quando eles estão sendo construídos, no que 
LATOUR13 (2000) sinteticamente chama de “Ciência em Ação”, os Estudos de Ciência, 
Tecnologia e Sociedade convivem com perguntas emblemáticas, como por exemplo: 
 
• Os artefatos têm política? (WINNER14, 1999). 
• Eles têm história? (LATOUR15, 1996). 
• Quem conta? (ANDERSON&FIENBERG16, 1999). 
• Quem classifica? (BOWKER&STAR17, 1999). 
 
 
10 KRANSZBERG, M. , PURSELL, CARROLL Jr . ( or gs) . Technol ogi es i n 
West er n Ci vi l i zat i on. 2 vol s . Oxf or d Uni ver si t y Pr ess. Nova Yor k. 
1967. 
11 CASTELLS, M. A Soci edade em Rede. Vol 1. A er a da i nf or mação: 
Economi a, Soci edade e Cul t ur a. 617p. Edi t or a Paz e Ter r a. São Paul o. 
1999. 
12 SEGRE, L. M. La t ecnol ogí a no es neut r al . Revi st a Nueva Amér i ca. 
Buenos Ai r es. V. 52. p. 31- 35. 1991. 
13 LATOUR, B. Ci ênci a em Ação: Como segui r ci ent i st as e engenhei r os 
soci edade af or a. Tr adução I vone C. Benedet t i . Edi t or a UNESP. São 
Paul o. 2000. 
14 WI NNER, L. Do ar t ef act s have pol i t i cs? I n: The soc i al shapi ng of 
t echnol ogy. Edi t ado por Mackenzi e e Waj cman. Open Uni ver s i t y Pr ess. 
Bucki ngham. Gr eat Br i t ai n. 1999. 
15 LATOUR, B. Do sci ent i f i c obj ect have Hi s t or y? Past eur and 
Whi t ehead i n a bat h of l act i c ac i d. Common Knowl edge, 5, 1, p. 76-
91. 1996. 
16 ANDERSON, M. A. , FI ENBERG, S. E. Who count s: The pol i t i cs of 
census- t ak i ng i n Cont empor ar y Amer i ca. Russel Sage Foundat i on. New 
Yor k. 1999. 
17 BOWKER, G. C. , STAR, S. L. Sor t i ng t hi ngs out : cl assi f i cat i on and 
i t s consequences. MI T Pr ess. Massachuset t s. EUA. 1999. 
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Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação 
Instituto Superior de Tecnologia – FAETEC – Paracambi - RJ 
 
ORIENTAÇÃO DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) 
A Linha de Pesquisa dos Estudos de Ciência Tecnologia e Sociedade (ECTS) estará apta a 
realizar orientação ao desenvolvimento de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) 
envolvendo análises quantitativas e qualitativas do desempenho e participação no mercado 
dos Sistemas de Informação em relação aos seus componentes de hardware, software e 
peopleware analisando suas capacidades instaladas, o grau de satisfação de seus usuários e as 
tendências locais, regionais, nacionais e globais. 
 
A Linha de Pesquisa enfatizará as análises das potencialidades locais e regionais em relação 
aos principais requisitos (infra-estruturais, estratégicos, dos ciclos de vida, dos ambientes de 
desenvolvimento, das questões éticas, de saúde ocupacional, de segurança, de meio ambiente, 
de sistemas de garantia de qualidade, da capacitação de recursos humanos e empresariais, 
etc.) dos Sistemas de Informação, em desenvolvimento ou implantados, na área de influência 
do Instituto Superior de Tecnologia da FAETEC em Paracambi. 
 
A seguir serão apresentadas algumas questões locais e regionais de problemas alvos de 
orientação de TCC: 
� Mapeamento e Classificação (Departamentais, Fabris, Divisionais, Corporativos, 
Interorganizacionais, etc.) dos Sistemas de Informação; 
� Níveis de automação experimentados nas atividades de concepção, projeto e 
fabricação (CAD, CAM, etc.) 
� Análises comparativas e qualitativas das Tecnologias da Informação e Sistemas de 
Informação utilizados nos serviços públicos e privados. 
� Desenvolvimento e apoio a projetos estratégicos de inclusão digital através do 
desenvolvimento de soluções (software, hardware, treinamento, etc); 
� Criação, organização e manutenção de sistemas de informação estratégicos (fóruns, 
listas, grupos virtuais, homepages, etc.) de significativa relevância acadêmica e social; 
� Desenvolvimento de Sistemas de Informação para levantamentos permanentes das 
doenças ocupacionais provenientes do uso intensivo das Tecnologias de Informação; 
� Avaliação crítica dos processos de reciclagem dos resíduos dos materiais oriundos da 
obsolescência do hardware e materiais de consumo na área da computação; 
� Estudo da historicidade dos Sistemas de Informações locais e regionais visando o 
projeto e desenvolvimento de estruturas de memória social (museus virtuais e 
presenciais, artigos, etc.); 
Linha de Pesquisa Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade 
Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação 
Instituto Superior de Tecnologia – FAETEC – Paracambi - RJ 
 
� Projeto e desenvolvimento de Sistema de Informação visando o acompanhamento dos 
egressos dos cursos ; 
� Estudos das questões de gênero, étnicas e sócio-econômicas em geral no perfil dos 
profissionais de TI; 
� Análise crítica dos fornecedores de software e hardware, seus modelos de direitos 
autorais e royalties; 
� Análise comparativa das soluções baseadas no software livre e proprietário. 
 
DISCIPLINA DE REFERÊNCIA PARA A LINHA DE PESQUISA 
De acordo com ementário em vigência no Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de 
Informação do IST – FAETEC – Paracambi - RJ. 
DISCIPLINA: INFORMÁTICA E SOCIEDADE 
 
SIGLA: INS 
 
CARGA HORÁRIA: 40 H 
 
CRÉDITOS: 2 
PRÉ-REQUISITO: 
NÃO POSSUI 
OBJETIVO: 
O aluno deverá ser capaz de reconhecer os conceitos da influência da utilização de 
computadores sobre a sociedade, bem como desenvolver aptidões para analisar os 
efeitos do uso de computação na sociedade e sobre o individuo, discutir a 
dependência tecnológica do Brasil em relação aos países mais desenvolvidos; 
discutir as influências recíprocas da tecnologia da informação sobre a sociedade e 
dos computadores sobre o pensamento contemporâneo; discutir temas atuais 
acerca do desenvolvimento de novas tecnologias da informação e seus efeitos 
políticos, sociais, econômicos e culturais; discutir as políticas públicas do Brasil 
direcionadas ao setor de Informática, a automação e a problemática do 
desemprego. 
EMENTA: 
Abordagem ator-rede; História da Tecnologia; Um estudo histórico/social da 
revolução industrial. A Revolução Tecnológica: uma nova Linguagem – a 
Informática. A Sociedade Informatizada. Informática e Ciências Cognitivas. Culturas 
Tradicionais Populares e Cultura Virtual. Novas Tecnologias e Mudanças Sociais. 
Análise da Automação nas Atividades Profissionais. A Influência da Globalização. 
Informática no Brasil. 
BIBLIOGRAFIA: 
WIENER, Norbert Cibernética e sociedade: o uso humano de seres humanos3.ed.São Paulo:Cultrix,1954.190p 
LATOUR, B. Ciência e Ação. UNESP, 2000. 
ESPINDOLA, H.S. Ciência Capitalismo e Globalização. Editora FTD, 1999. 
LÉVY, Pierre. A Inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Edições Loyola, 1999. 
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. 
LÉVY, Pierre. A máquina universo: criação, cognição e cultura informática. Porto Alegre. Editora Artmed, 1998. 
MASI, Domenico de. O Futuro do Trabalho. São Paulo. Ed. Jose Olympio, 2003. 
MASI, Domenico de. A Sociedade Pós- Industrial. São Paulo. SENAC, 1999. 
MINSKY, Marvin. A Sociedade da Mente. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1992. 
NEGROPONTE, N. A Vida Digital. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 
OLIVEIRA, Jair Figueiredo. Reflexão dos Impactos da Tecnologia da Informação. Rio de Janeiro. Ed. Erica, 1999. 
SANTOS,Milton. Técnica, espaço, tempo: Globalização e meio técnico-informacional. São Paulo. Editora Hucitec, 
1998. 
TAPIA, J.R.B. Trajetória da Política de Informática Brasileira. Ed. PAPIRUS, 1995. 
TOFFLER, Alvin. A Terceira Onda. São Paulo. Editora Record, 2000. 
WIENER, Norbert. Cibernética e Sociedade: o uso humano de seres humanos. 3.ed.São Paulo:Cultrix,1954.190p.. 
YOUSSEF, Antonio Nicolau e FERNANDEZ, Vecente da Paz. Informática e Sociedade. 2a.ed.- São Paulo. Editora 
Ática, 2000.

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