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Linha de Pesquisa Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação Instituto Superior de Tecnologia – FAETEC – Paracambi - RJ PROPOSTA DE LINHA DE PESQUISA ESTUDOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE APLICADOS AOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO CURSO GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PROPONENTE Eduardo Nazareth Paiva Professor Paracambi Novembro de 2006 Linha de Pesquisa Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação Instituto Superior de Tecnologia – FAETEC – Paracambi - RJ OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Os Sistemas de Informação (SI) são constituídos por software, hardware, peopleware (pessoas), regras, redes, canais de comunicação, repositórios de dados e interfaces projetados e organizados com o objetivo de receber dados, processá-los e distribuí-los através de suas arquiteturas (orientadas a objetos, componentes, processos de negócios, serviços, eventos, etc.). Os SI são caracterizados pela heterogeneidade e hibridez de seus componentes capazes de adquirir os feedbacks necessários ao seu funcionamento. (SHITSUKA1 et al 2005) O CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO O Curso de SI estuda a computação como atividade-meio, ou seja, estuda a aplicação da computação nas organizações. Esta definição é oposta à definição para os cursos de Ciência da Computação e Engenharia de Computação, que estudam a computação como atividade- fim. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistemadeinformacao#Outrasdefinicoes : 05/11/06). O Curso Superior de Tecnologia em Sistema de Informação ministrado pelo Instituto Superior de Tecnologia da FAETEC em Paracambi – RJ forma Tecnólogos e possui carga horária de disciplinas de 2.460h (com estágio e trabalho de conclusão de curso atinge-se 2.860h) com possibilidades de acesso à pós-graduação (latu-sensu e strictu-sensu). A seguir o fluxograma nacional dos cursos do Ensino Superior publicado no Portal da Secretaria do Ensino Superior do Ministério da Educação – SESU-ME C (http://www.portal.mec.gov/sesu/ : 05/11/2006) 1 SHI TSUKA et al . Si st ema de I nf or mação: um enf oque comput ac i onal . Edi t or a Ci ênci a Moder na. Ri o de Janei r o. 2005 Linha de Pesquisa Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação Instituto Superior de Tecnologia – FAETEC – Paracambi - RJ SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E PARADOXO O contexto do Projeto e Desenvolvimento de Sistemas de Informação pode ser encontrado no REFERENCIAL MULTIVISÃO (AVISON&TAYLOR 2apud MORESI (2000)). Neste modelo didático encontramos a Análise Organizacional (que examina o comportamento organizacional), a Análise e Projeto Sociotécnico (que examina os processos de trabalho) e o Projeto e Implementação Técnica (que examina a plataforma tecnológica). Estes estágios são integrados pela Análise e Modelagem da Informação. Uma representação adaptada do REFERENCIAL MULTIVISÃO de AVISON & TAYLOR (MORESI3 , 2000) Uma questão especial se apresenta com a matéria prima dos Sistemas, a Informação. Ela possui diversos paradoxos e ambigüidades na medida em que ela precisa ser traduzida, comunicada e inscrita, de alguma forma. Neste movimento de se constituir em Informação, são criadas unidades centrais e periféricas. 2 AVI SON, D. E. , TAYLOR, V. I nf or mat i on syst ems devel opment met hodol ogi es: a c l ass i f i cat i on accor di ng t o pr obl em si t uat i on. Jour nal of I nf or mat i on Syst ems, v. 12, n. 1, p. 73- 81, Mar ch 1997. 3 MORESI , Eduar do Amadeu Dut r a. Del i neat i ng t he val ue of t he i nf or mat i on syst em of an or gani zat i on. Ci. Inf., Br así l i a, v. 29, n. 1, 2000. I nt er net : ht t p: / / www. sci el o. br / sc i el o. php : 05/ 11/ 2006 Linha de Pesquisa Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação Instituto Superior de Tecnologia – FAETEC – Paracambi - RJ Concorrentemente, diversos processos de comunicação entre os seus elementos centrais e os periféricos precisam ser configurados. Isto produz freqüentes problemas de territorialidade, em geral resolvidos através de sofisticados recursos da telemática e as, quase sempre polêmicas, políticas de uso e de direitos de acesso. Coexistem com os Sistemas de Informação diversas dualidades (local-remoto, cliente- servidor, livre-proprietário, público-privado, liberdade-insegurança, etc.) e com elas o paradoxo de, em geral, construir centros ou núcleos a serem disponibilizados a elementos distantes (fora do centro), ou seja, uma arquitetura típica em que os centros estabelecem suas periferias, mantendo-as à distância – sem trazê-las ‘de verdade’ – com isso evitando que os centros sejam “ inundados” . Segundo LATOUR4 (2000, p. 396): “Este paradoxo é resolvido criando-se inscrições que conservem, simultaneamente, o mínimo e o máximo possível, através do aumento da mobilidade, da estabilidade ou da permutabilidade desses elementos. Esse meio-termo, entre a presença e a ausência, muitas vezes é chamado de informação. Quando se tem uma informação em mãos, tem-se a forma de alguma coisa sem ter a coisa em si [...] Mas seu acúmulo tem mais um subproduto inesperado. Como não há limite para a cascata de re-escritura e re- representação, podem-se obter formas de enésima ordem que se combinam com outras formas de enésima ordem provenientes de regiões completamente diferentes. São esses novos nexos inesperados que explicam por que as formas importam tanto e porque os observadores da ciência vibram tanto com elas.” OS ESTUDOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE (ECTS) A Linha de Pesquisa proposta pretende observar estes produtos informacionais (MARQUES5 in LASTRES, 1999) provenientes destas tensões (entre os centros e periferias informáticas) através do escopo dos Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade (ECTS). Os Projetos de Pesquisa dos ECTS objetivam contribuir para uma compreensão dos constructos e das construções em Ciência e Tecnologia. Suas pesquisas relacionam o passado com o presente, a natureza das teorias e suas evidências nos diversos campos de interesse das Ciências e das Engenharias, assim como as interações entre as Ciências, as Tecnologias e a Sociedade. 4 LATOUR, B. Ci ênci a em Ação: Como segui r ci ent i st as e engenhei r os soci edade af or a. Tr adução I vone C. Benedet t i . Edi t or a UNESP. São Paul o. 2000. 5 MARQUES, I . Desmat er i al i zação e Tr abal ho. I n: LASTRES, H. M. M. , ALBAGLI , S, . Or g. I nf or mação e Gl obal i zação na Er a do Conheci ment o. 318p. Edi t or a Campus. Ri o de Janei r o. 1999. Linha de Pesquisa Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação Instituto Superior de Tecnologia – FAETEC – Paracambi - RJ Estes escopos incluem estudos sobre: a construção do Conhecimento Científico e Tecnológico e suas Instituições; as relações entre as Ciências e outras Instituições e Grupos; os Processos de Inovação e Mudanças Científicas e Tecnológicas. Epistemologicamente, os ECTS se constituem num campo de pesquisa e trabalho centrado nos estudos das relações da ciência e da tecnologia com seu entorno social, desde uma ótica interdisciplinar, com o objetivo ultimo de promover a sensibilização e a participação da sociedade na formulação e execução de Projetos e Políticas de Ciência e Tecnologia (DAGNINO & THOMAS6, 2003). De forma análoga, a Inovação Tecnológica os ECTS promovem análises das condições institucionais e socioeconômicas que coexistem com os sistemasde inovação com o objetivo de propiciar e compreender o seu desenvolvimento de acordo com as diferentes realidades nacionais locais. (http://www.oei.es/cts.htm : 05/11/2006). Particularmente no Brasil, estamos diante de um contexto social caracterizado como fortemente influenciado pelas questões de ordem tecnológica. O Ministério da Ciência e Tecnologia brasileiro propalou a idéia simbólica da existência de uma A Sociedade da Informação, veiculada pela publicação denominada de Livro Verde. (http://www.mct.gov.br/Temas/Socinfo/default.asp : 05/11/2006). As relações sociotécnicas necessárias para a construção de uma sociedade desta natureza sugerem a necessidade de observações metodológicas visando se evitar e compreender as potenciais assimetrias promovidas ou acentuadas ao longo deste processo (vide as dificuldades e pertinencia das abrangências dos Projetos de Inclusão Digital como o Programa Cidadão Conectado e Computadores para Todos http://computadorparatodos.gov.br : 05/11/2006). As Tecnologias e Sistemas da Informação apresentam-se como uma evidente fonte de controvérsias e de objetos para os ECTS, na medida em que elas sobrevivem se sustentando na Ciência, manipulando a Natureza, envolvendo a Sociedade, coordenando humanos e não humanos na difusão de soluções simbólicas a serviço da construção de um “mundo melhor” , embora sempre caracterizado por fortes diferenças entre o que é central e o que é periférico. AVALIAÇÃO CONSTRUTIVISTA DA TECNOLOGIA (ACT) Segundo CALLON7 (1995, p. 307), para se realizar uma Avaliação Construtivista da Tecnologia, três hipóteses precisam ser distinguidas: 6 DAGNINO, R. THOMAS, H. Ciência, Tecnologia e Sociedade: Uma reflexão latino-americana. Cabral Editora e Livraria Universitária. São Paulo. 2003. 7 CALLON, M. Technological Conception and Adoption Network: Lessons for the CTA Practitioner. In: Managing Technology in Society (p.307-330). Editado por Rip at all. Pinter. 1995. Linha de Pesquisa Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação Instituto Superior de Tecnologia – FAETEC – Paracambi - RJ 1. O desenvolvimento tecnológico resulta de um grande número de decisões feitas por numerosos atores heterogêneos. Estes naturalmente incluem os cientistas e engenheiros envolvidos diretamente, mas cada vez mais envolvem a participação dos usuários, dos mundos dos negócios e das finanças e de todos os níveis de governo. Estes parceiros negociam as opções técnicas e, em alguns casos – depois do que pode ser uma longa série de aproximações sucessivas – atingem acordos mutuamente satisfatórios. A diversidade de centros e critérios de decisão implica em algum grau de plasticidade técnica. 2. As opções tecnológicas nunca podem ser reduzidas à sua dimensão estritamente técnica. O projeto e a introdução de um novo veículo, um novo processo de produção de energia, ou um novo eletrodoméstico são indissociáveis de algum grau de reestruturação social e distribuição de papéis (a serem desempenhados). Portanto, a avaliação das opções tecnológicas é uma questão para debate político. 3. As opções tecnológicas trazem situações irreversíveis, resultantes do desaparecimento gradual das margens de escolhas disponíveis para aquele que decide: com o tempo, suas escolhas são inexoravelmente predeterminadas pelas decisões anteriores. Ao contrário de algumas decisões que sempre permanecem passíveis de serem revistas, existem outras que são materializadas em enormes compromissos técnicos, tais como, por exemplo, o capital investido na opção pela energia nuclear. Estas decisões podem conduzir a desequilíbrios duráveis e ao conseqüente descarte de opções que, numa visão retrospectiva, poderiam ter sido pensadas como preferíveis a aquelas que foram efetivamente tomadas. Ainda segundo CALLON (ibdem), a implementação de uma Avaliação Construtivista da Tecnologia deve, portanto, levar em conta as seguintes questões: a. Como nós podemos assegurar que todos os atores envolvidos, especialmente os não especialistas e os mais sem recursos, sejam apropriadamente ouvidos durante a discussão das opções técnicas e nos momentos das tomadas de decisões? b. Como podem várias opções tecnológicas alternativas ser mantidas abertas o tempo todo, tendo em mente que uma variedade delas deve existir para que a própria noção de escolha não desapareça, e com ela toda a possibilidade do debate político? c. Como nós podemos evitar a emergência de situações irreversíveis que excluem certas opções tecnológicas meramente porque elas não foram apoiadas em um determinado tempo? Linha de Pesquisa Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação Instituto Superior de Tecnologia – FAETEC – Paracambi - RJ A TEORIA ATOR-REDE (TAR) Como um dos mais importantes recursos metodológicos utilizados pelos ECTS, merecem serem citados aqueles pertencentes ao arcabouço de métodos considerados como integrantes da Teoria Ator-Rede (TAR), ou ainda Actor-Network Theory (ANT). Muito sucintamente a TAR pode ser apresentada como um produto do trabalho de pesquisa de um grupo de cientistas que, nos primeiros passos de seus estudos nos anos 70, tinha como pólo o Centro de Sociologia da Inovação da Escola Nacional Superior de Minas de Paris (CSI, ENSMP), uma das primeiras e mais tradicionais instituições de pesquisa científica e tecnológica do mundo, fundada em 1783. A estrutura conceitual da TAR tem raízes na Filosofia Francesa, na Semiótica e na Antropologia (LANDSTRÖM8, 2000, p. 475). Entre seus integrantes figuram nomes como Bruno Latour (considerado por muitos o seu criador), John Law, Michel Callon, Wiebe Bijker entre outros, trabalhando, atualmente, em Centros de Estudos da Ciência e da Tecnologia espalhados por uma rede de instituições acadêmicas de alcance mundial. Segundo um dos seus maiores expoentes, LAW9 (1992, p. 389), a TAR traz, em sua abordagem, uma teoria da intervenção, uma teoria do conhecimento e uma teoria das máquinas. Em um dos seus aspectos mais importantes da TAR, ela defende que nós devemos explorar os efeitos sociotécnicos de um determinado objeto de estudo, não importa qual seja a sua forma material, se nós queremos responder questões de “como” se desenvolveram as relações entre a estrutura, o poder e a organização do objeto em questão. O argumento básico é que a extensão com que recursivamente a “sociedade” reproduz-se pode ser explicada quando se considera que objetos e sujeitos são justaposições de materiais heterogêneos. A TAR demonstra um potencial de rendimento no estudo da trajetória da construção de fatos e artefatos científicos e tecnológicos. Caracteristicamente, ela busca uma simetria no tratamento dos registros materiais e dos fatos, relacionados tanto aos humanos quanto aos não humanos, para explicar como determinadas tecnologias e formas finais dos seus artefatos estabilizam-se e resultam consagradas (ou não). 8 LANDSTRÖM, C. The ont ol ogi cal Pol i t i cs of St ay i ng Tr ue t o Compl exi t y . Soci al St udi es of Sc i ence. Vol ume 30. No. 3. p. 475- 480. Uni ver si t y of Edi nbur gh. SAGE Publ i cat i ons. London. UK. June 2000. 9 LAW, J. Not es on t he Theor y of t he Act or - Net wor k: Or der i ng, St r at egy and Het er ogenei t y . Syst em Pr act i ce. Vol . 5. No. 4, 1992. Linha de Pesquisa Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação Instituto Superior de Tecnologia – FAETEC – Paracambi - RJ Outras ações importantes são traduzir e transladar (palavras-chaves do método) o silêncio característico daquilo que não venceu e com isto caracterizar a rede de interessesque gravitam ou gravitavam em torno do objeto de estudo em questão. A outra potencialidade da TAR é o estudo das relações entre a tecnologia e a sociedade e de como elas não se estabelecem com a neutralidade que, mistificada e supostamente, a ciência conduz.. KRANSZBERG10 (1985 apud CASTELLS11, 1999, p.81), de acordo com SEGRE12 (1991) enunciam: A tecnologia não é nem boa, nem ruim e também não é neutra. Com a proposta de estudar estas relações e interações da sociedade com os seus artefatos científicos e tecnológicos, especialmente quando eles estão sendo construídos, no que LATOUR13 (2000) sinteticamente chama de “Ciência em Ação”, os Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade convivem com perguntas emblemáticas, como por exemplo: • Os artefatos têm política? (WINNER14, 1999). • Eles têm história? (LATOUR15, 1996). • Quem conta? (ANDERSON&FIENBERG16, 1999). • Quem classifica? (BOWKER&STAR17, 1999). 10 KRANSZBERG, M. , PURSELL, CARROLL Jr . ( or gs) . Technol ogi es i n West er n Ci vi l i zat i on. 2 vol s . Oxf or d Uni ver si t y Pr ess. Nova Yor k. 1967. 11 CASTELLS, M. A Soci edade em Rede. Vol 1. A er a da i nf or mação: Economi a, Soci edade e Cul t ur a. 617p. Edi t or a Paz e Ter r a. São Paul o. 1999. 12 SEGRE, L. M. La t ecnol ogí a no es neut r al . Revi st a Nueva Amér i ca. Buenos Ai r es. V. 52. p. 31- 35. 1991. 13 LATOUR, B. Ci ênci a em Ação: Como segui r ci ent i st as e engenhei r os soci edade af or a. Tr adução I vone C. Benedet t i . Edi t or a UNESP. São Paul o. 2000. 14 WI NNER, L. Do ar t ef act s have pol i t i cs? I n: The soc i al shapi ng of t echnol ogy. Edi t ado por Mackenzi e e Waj cman. Open Uni ver s i t y Pr ess. Bucki ngham. Gr eat Br i t ai n. 1999. 15 LATOUR, B. Do sci ent i f i c obj ect have Hi s t or y? Past eur and Whi t ehead i n a bat h of l act i c ac i d. Common Knowl edge, 5, 1, p. 76- 91. 1996. 16 ANDERSON, M. A. , FI ENBERG, S. E. Who count s: The pol i t i cs of census- t ak i ng i n Cont empor ar y Amer i ca. Russel Sage Foundat i on. New Yor k. 1999. 17 BOWKER, G. C. , STAR, S. L. Sor t i ng t hi ngs out : cl assi f i cat i on and i t s consequences. MI T Pr ess. Massachuset t s. EUA. 1999. Linha de Pesquisa Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação Instituto Superior de Tecnologia – FAETEC – Paracambi - RJ ORIENTAÇÃO DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) A Linha de Pesquisa dos Estudos de Ciência Tecnologia e Sociedade (ECTS) estará apta a realizar orientação ao desenvolvimento de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) envolvendo análises quantitativas e qualitativas do desempenho e participação no mercado dos Sistemas de Informação em relação aos seus componentes de hardware, software e peopleware analisando suas capacidades instaladas, o grau de satisfação de seus usuários e as tendências locais, regionais, nacionais e globais. A Linha de Pesquisa enfatizará as análises das potencialidades locais e regionais em relação aos principais requisitos (infra-estruturais, estratégicos, dos ciclos de vida, dos ambientes de desenvolvimento, das questões éticas, de saúde ocupacional, de segurança, de meio ambiente, de sistemas de garantia de qualidade, da capacitação de recursos humanos e empresariais, etc.) dos Sistemas de Informação, em desenvolvimento ou implantados, na área de influência do Instituto Superior de Tecnologia da FAETEC em Paracambi. A seguir serão apresentadas algumas questões locais e regionais de problemas alvos de orientação de TCC: � Mapeamento e Classificação (Departamentais, Fabris, Divisionais, Corporativos, Interorganizacionais, etc.) dos Sistemas de Informação; � Níveis de automação experimentados nas atividades de concepção, projeto e fabricação (CAD, CAM, etc.) � Análises comparativas e qualitativas das Tecnologias da Informação e Sistemas de Informação utilizados nos serviços públicos e privados. � Desenvolvimento e apoio a projetos estratégicos de inclusão digital através do desenvolvimento de soluções (software, hardware, treinamento, etc); � Criação, organização e manutenção de sistemas de informação estratégicos (fóruns, listas, grupos virtuais, homepages, etc.) de significativa relevância acadêmica e social; � Desenvolvimento de Sistemas de Informação para levantamentos permanentes das doenças ocupacionais provenientes do uso intensivo das Tecnologias de Informação; � Avaliação crítica dos processos de reciclagem dos resíduos dos materiais oriundos da obsolescência do hardware e materiais de consumo na área da computação; � Estudo da historicidade dos Sistemas de Informações locais e regionais visando o projeto e desenvolvimento de estruturas de memória social (museus virtuais e presenciais, artigos, etc.); Linha de Pesquisa Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação Instituto Superior de Tecnologia – FAETEC – Paracambi - RJ � Projeto e desenvolvimento de Sistema de Informação visando o acompanhamento dos egressos dos cursos ; � Estudos das questões de gênero, étnicas e sócio-econômicas em geral no perfil dos profissionais de TI; � Análise crítica dos fornecedores de software e hardware, seus modelos de direitos autorais e royalties; � Análise comparativa das soluções baseadas no software livre e proprietário. DISCIPLINA DE REFERÊNCIA PARA A LINHA DE PESQUISA De acordo com ementário em vigência no Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas de Informação do IST – FAETEC – Paracambi - RJ. DISCIPLINA: INFORMÁTICA E SOCIEDADE SIGLA: INS CARGA HORÁRIA: 40 H CRÉDITOS: 2 PRÉ-REQUISITO: NÃO POSSUI OBJETIVO: O aluno deverá ser capaz de reconhecer os conceitos da influência da utilização de computadores sobre a sociedade, bem como desenvolver aptidões para analisar os efeitos do uso de computação na sociedade e sobre o individuo, discutir a dependência tecnológica do Brasil em relação aos países mais desenvolvidos; discutir as influências recíprocas da tecnologia da informação sobre a sociedade e dos computadores sobre o pensamento contemporâneo; discutir temas atuais acerca do desenvolvimento de novas tecnologias da informação e seus efeitos políticos, sociais, econômicos e culturais; discutir as políticas públicas do Brasil direcionadas ao setor de Informática, a automação e a problemática do desemprego. EMENTA: Abordagem ator-rede; História da Tecnologia; Um estudo histórico/social da revolução industrial. A Revolução Tecnológica: uma nova Linguagem – a Informática. A Sociedade Informatizada. Informática e Ciências Cognitivas. Culturas Tradicionais Populares e Cultura Virtual. Novas Tecnologias e Mudanças Sociais. Análise da Automação nas Atividades Profissionais. A Influência da Globalização. Informática no Brasil. BIBLIOGRAFIA: WIENER, Norbert Cibernética e sociedade: o uso humano de seres humanos3.ed.São Paulo:Cultrix,1954.190p LATOUR, B. Ciência e Ação. UNESP, 2000. ESPINDOLA, H.S. Ciência Capitalismo e Globalização. Editora FTD, 1999. LÉVY, Pierre. A Inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Edições Loyola, 1999. LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. LÉVY, Pierre. A máquina universo: criação, cognição e cultura informática. Porto Alegre. Editora Artmed, 1998. MASI, Domenico de. O Futuro do Trabalho. São Paulo. Ed. Jose Olympio, 2003. MASI, Domenico de. A Sociedade Pós- Industrial. São Paulo. SENAC, 1999. MINSKY, Marvin. A Sociedade da Mente. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1992. NEGROPONTE, N. A Vida Digital. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. OLIVEIRA, Jair Figueiredo. Reflexão dos Impactos da Tecnologia da Informação. Rio de Janeiro. Ed. Erica, 1999. SANTOS,Milton. Técnica, espaço, tempo: Globalização e meio técnico-informacional. São Paulo. Editora Hucitec, 1998. TAPIA, J.R.B. Trajetória da Política de Informática Brasileira. Ed. PAPIRUS, 1995. TOFFLER, Alvin. A Terceira Onda. São Paulo. Editora Record, 2000. WIENER, Norbert. Cibernética e Sociedade: o uso humano de seres humanos. 3.ed.São Paulo:Cultrix,1954.190p.. YOUSSEF, Antonio Nicolau e FERNANDEZ, Vecente da Paz. Informática e Sociedade. 2a.ed.- São Paulo. Editora Ática, 2000.
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