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Plano de Manejo - APA Lajeado - Campo GrandeMS

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Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano - Planurb 
 
ÁREA DE PROTEÇÃO 
AMBIENTAL DOS 
MANANCIAIS DO 
CÓRREGO LAJEADO 
PLANO DE MANEJO | 1ª REVISÃO 
 
 
 
 
 
1 
 
 
 
Prefeitura Municipal de Campo Grande 
Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE MANEJO 
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO 
CÓRREGO LAJEADO – APA LAJEADO 
 
 
 
 
1ª REVISÃO 
 
 
 
 
 
 
 
Campo Grande – MS 
2022
 
2 
 
 
 
Prefeita Municipal 
Adriane Barbosa Nogueira Lopes 
 
Agência Municipal de Meio Ambienta e Planejamento Urbano – Planurb 
Diretora Presidente Berenice Maria Jacob Domingues 
Diretora Adjunta Vera Cristina Galvão Bacchi 
 
Diretora de Planejamento Ambiental 
Mariana Massud Corrêa de Souza Arruda 
 
Elaboração 
Gabriela Pereira Ferreira Barreto Lazari 
Lucilene Misae Oliveira Oshiro 
Raquel Taminato Gomes da Silva 
Victor Azevedo Faria 
 
Colaboradores 
Álvaro Francisco Martins – Sindicato Rural de Campo Grande 
Adriane Cristina Correa Soares Veronez - UNIDERP 
Camila Amaro de Souza – CAU/MS 
Daniela Sousa Soares - SECOVI 
Fernando Henrique Garayo – Águas Guariroba S/A 
Fernando Madeira Ribeiro – Associação Parque Residencial Dhama 
Franciely Borges Rosa Vieira – OAB MS 
Giselle Marques Araujo – Águas Guariroba 
Hugo Henrique de Simone – Universidade Annhanguera Uniderp 
Hugo Koji Suekame – Universidade Annhanguera Uniderp 
Luciano Jikimura – Imasul 
Lêda Regina Monteiro - AGRAER 
Marcelo Moraes de Freitas – Imasul 
Mariana de Aragão Pereira – Embrapa 
Matheus Dauzacker Neto – Associação Sítios Santa Maria 
Marjolly Priscilla Bais - UNIDERP 
Neila Janes Vieira Vieira – CAU/MS 
Rodiney de Arruda Mauro – Embrapa 
Rudi Ricardo Laps - UFMS 
Sérgio Luiz Ferreira Júnior – Sisep 
Thiago Holanda Nantes – Sindicato da Habitação (Secovi) 
Tulio Brandão Martins de Araújo - Sindicato Rural de Campo Grande 
 
 
Apoio Técnico 
Maria do Socorro Ferreira da Silva – Universidade Federal de Mato Grosso do 
Sul (UFMS) 
 
 
 
3 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 8 
2. METODOLOGIA .................................................................................................... 9 
3. INSTRUMENTOS LEGAIS E NORMATIVOS ...................................................... 10 
4. CARACTERIZAÇÃO DA APA .............................................................................. 13 
4.1 Ficha técnica ..................................................................................................... 13 
4.2 Contextualização da APA .................................................................................. 16 
4.3 MEIO FÍSICO .................................................................................................... 17 
4.3.1 Clima .......................................................................................................... 17 
4.3.2 Geologia e Geomorfologia .......................................................................... 20 
4.3.3 Relevo ........................................................................................................ 21 
4.3.4 Pedologia .................................................................................................... 23 
4.3.5 Recursos Hídricos ....................................................................................... 27 
4.4 MEIO BIÓTICO ................................................................................................. 35 
4.4.1 Vegetação................................................................................................... 35 
4.4.2 Fauna ......................................................................................................... 36 
4.5 MEIO SOCIOECONÔMICO .............................................................................. 46 
4.6 COMUNIDADES TRADICIONAIS ..................................................................... 47 
4.7 PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL..............................................................51 
4.8 INFRAESTRUTURA .......................................................................................... 53 
4.8.1 Educação .................................................................................................... 53 
4.8.2 Saúde ......................................................................................................... 53 
4.8.3 Áreas Verdes .............................................................................................. 57 
4.8.4 Resíduos Sólidos ........................................................................................ 59 
4.8.5 Saneamento Básico .................................................................................... 64 
5. DISPOSIÇÕES LEGAIS PARA USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ......................... 70 
6. ANÁLISE INTEGRADA ........................................................................................ 77 
7. ZONEAMENTO ................................................................................................... 87 
Zona de Conservação e Desenvolvimento das Atividades Urbanas - ZCDAU ......... 89 
Zona de Ocupação Dirigida – ZOD ......................................................................... 91 
Zona de Conservação e Desenvolvimento das Atividades Agrícolas – ZCDAA ....... 94 
Zona de Proteção Estratégica – ZPE ...................................................................... 97 
8. PROGRAMAS AMBIENTAIS ............................................................................. 100 
P1. Programa de Cooperação Técnica e Gestão Participativa ................................ 101 
 
 
4 
P2. Programa de Monitoramento e Fiscalização ................................................... 102 
P3. Programa de Sustentabilidade Ambiental ....................................................... 102 
P4. Programa de Monitoramento da Qualidade da Água ...................................... 104 
P5. Programa de Conservação e Monitoramento de Fauna e Flora ...................... 105 
P6. Programa de Educação Ambiental .................................................................. 105 
9. REFERÊNCIAS ................................................................................................. 110 
ANEXO I ................................................................................................................... 115 
ANEXO II .................................................................................................................. 124 
ANEXO III ................................................................................................................. 126 
ANEXO IV ................................................................................................................. 129 
ANEXO V .................................................................................................................. 131 
ANEXO VI ................................................................................................................. 132 
ANEXO VII ................................................................................................................ 133 
ANEXO VIII ............................................................................................................... 134 
ANEXO IX ................................................................................................................. 136 
ANEXO X .................................................................................................................. 140 
 
 
 
 
5 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Mapa de delimitação da área da APA do Lajeado. ..................................... 15 
Figura 2 – Delimitação da área urbana e rural na APA do Lajeado ............................ 16 
Figura 3 – Placa informativa localizada na Zona Rural da APA. .................................
17 
Figura 4 – Área rural da APA do Lajeado. .................................................................. 17 
Figura 5 - Precipitação média anual analisada entre os anos de 2010 e 2020. .......... 18 
Figura 6 - Temperatura média anual ao longo dos anos de 2010 a 2020. .................. 19 
Figura 7 - Litologia da APA do Lajeado, com base na Carta Geotécnica de Campo 
Grande........................................................................................................................ 20 
Figura 8 - Relevo da APA do Lajeado, com base na Carta Geotécnica de Campo 
Grande........................................................................................................................ 22 
Figura 9 - Perfil de Neossolo Quartzarênico Órticos (Região do Damha). .................. 24 
Figura 10 - Afloramento de sedimentos argilo arenosos, dispostos sobre a alteração da 
rocha basáltica, no qual onde podem ser observados níveis de laterita e de cascalho 
(seixos rolados) no contato entre as unidades, na estrada vicinal que da acesso ao 
aeroporto Santa Maria. ............................................................................................... 25 
Figura 11 - Afloramento de arenito do Grupo Caiuá ao longo do Córrego Lageado. .. 25 
Figura 12 – Pedologia na APA do Lajeado ................................................................. 26 
Figura 13 – Hidrografia na APA do Lajeado ............................................................... 28 
Figura 14 - Pontos de monitoramento do Programa Córrego Limpo - Semadur ......... 30 
Figura 15 – Pontos de Cadastro e Outorga dos recursos hídricos na APA do Lajeado
 ................................................................................................................................... 33 
Figura 16 – Vulnerabilidade dos aquíferos na APA do Lajeado .................................. 34 
Figura 17 – Mapa de atropelamento de fauna ............................................................ 37 
Figura 18 – Avifauna presente na APA do Lajedo ...................................................... 43 
Figura 19 - Número de indivíduos dos táxons de macroinvertebrados bentônicos 
registrados em cada ponto de coleta no Reservatório Lajeado. Disponibilizado pela 
concessionária Águas Gurariroba ............................................................................... 45 
Figura 20 – Localização da Aldeia Urbana Marçal de Souza ..................................... 49 
Figura 21 – Aldeia Urbana Marçal de Souza - Projeto Mita Porã................................ 50 
Figura 22 – Trilhos da antiga Estação Ferroviária ...................................................... 51 
Figura 23 – Região próxima a Estação Ferroviária da Lagoa Rica. ............................ 51 
Figura 24 – Estação Ferroviária de Lagoa Rica ......................................................... 52 
Figura 25 – Ruínas da Estação Ferroviária de Lagoa Rica ........................................ 52 
Figura 26 – Resquícios arqueológicos na APA do Lajeado ........................................ 52 
Figura 27 – Localização das EMEIs, EM e EE na APA do Lajeado ............................ 55 
Figura 28 – Localização das Unidades de Saúde na APA do Lajeado ....................... 56 
Figura 29 - Passagem de fauna – Bairro Maria Aparecida Pedrossian ...................... 57 
Figura 30 – Placa indicativa de animais na pista – Bairro Maria Aparecida Pedrossian
 ................................................................................................................................... 57 
Figura 31 – Praças localizadas na APA do Lajeado ................................................... 58 
Figura 32 – Área contemplada pela coleta de resíduos sólidos na APA do Lajeado .. 60 
Figura 33 – Área onde há coleta seletiva na APA do Lajeado .................................... 62 
Figura 34 – Área onde há rede de gás na APA do Lajeado........................................ 63 
Figura 35 – Captação APA do Lajeado ...................................................................... 64 
Figura 36 – Reservatório APA do Lajeado ................................................................. 64 
Figura 37 – Distribuição da rede de abastecimento de água na APA do Lajeado ...... 66 
Figura 38 – Distribuição da rede de coleta de esgoto na APA do Lajeado ................. 67 
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6 
Figura 39 – Pontos de monitoramento de captação de águas superficiais e 
subterrâneas. .............................................................................................................. 68 
Figura 40 – Pontos de monitoramento da qualidade da água na APA do Lajeado ..... 69 
Figura 41 – Macrozona na qual a APA do Lajeado está inserida de acordo com o Plano 
Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental........................................................... 71 
Figura 42 - Mapa das zonas ambientais estabelecidas pelo Plano Diretor de 
Desenvolvimento Urbano Ambiental ........................................................................... 73 
Figura 43 - Mapa da Zona de Interesse Ambiental 4 estabelecida pelo Plano Diretor de 
Desenvolvimento Urbano Ambiental ........................................................................... 75 
Figura 44 - Mapa da Zona de Expansão estabelecida pelo Plano Diretor de 
Desenvolvimento Urbano Ambiental ........................................................................... 76 
Figura 45 - Mapa da evolução dos parcelamentos no município, entre 1960 e 2018 . 78 
Figura 46 – Uso do Solo na APA do Lajeado ............................................................. 79 
Figura 47- Foto aérea do Reservatório Lajeado disponibilizada pela concessionária 
Águas Guariroba ......................................................................................................... 80 
Figura 48 – Gráficos do histórico de analise da qualidade da água, entre 2010 a 2017, 
na APA do Lajeado. .................................................................................................... 81 
Figura 49 – Ocorrência de combate a incêndios em vegetação, por região urbana em 
2017. .......................................................................................................................... 84 
Figura 50 - Ocorrência de combate a incêndios em vegetação, por região urbana em 
2018. .......................................................................................................................... 85 
Figura 51 – Descarte irregular de resíduos sólidos .................................................... 86 
Figura 52 – Descarte irregular de resíduos e queimada urbana ................................. 87 
Figura 53 – Zoneamento Ambiental da APA do Lajeado ............................................ 88 
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7 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 - Informações gerais sobre a APA ............................................................... 13 
Tabela 2 - Precipitação pluviométrica de Campo Grande – 2010 a 2020. .................. 17 
Tabela 3 - Temperatura média mensal de Campo Grande – 2010 a 2020 ................. 18 
Tabela 4. Situação dos poços localizados na APA do Lajeado ................................... 31 
Tabela 5 - Pontos de amostragem de flora na APA do Lajeado ................................. 35 
Tabela 6 - Espécies de aves encontradas na APA do Lajeado ................................... 38 
Tabela 7 - Espécies arbóreas mais utilizadas pelas Araras-canindé (Ara ararauna) .. 39 
Tabela 8 - Espécies arbóreas utilizadas para atração de aves em geral .................... 41 
Tabela 9 - Espécies arbóreas frutíferas do Cerrado ................................................... 42 
Tabela 10 - Pontos de Amostragem para organismos aquáticos – JGP/2008 ............ 44 
Tabela 11 - Táxons e número de indivíduos de macroinvertebrados bentônicos 
registrados no Reservatório Lajeado – Novembro de 2019......................................... 45 
Tabela 12 - Participação percentual por atividade econômica no Munícipio, na 
arrecadação de ICMS - 2012-2020 ............................................................................. 46 
Tabela 13 - Número de estabelecimentos agropecuários e suas áreas em Campo 
Grande - 2017............................................................................................................. 47 
Tabela 14 - Localização resquícios arqueológicos na APA do Lajeado ...................... 52 
Tabela 15 - Locais de Entrega Voluntária na APA do Lajeado. .................................. 61 
Tabela 16 - Sistema de abastecimento superficial da APA do Lajeado ...................... 64 
Tabela 17 - Poços localizados na APA do Lajeado .................................................... 65 
Tabela 18 - Zonas Ambientais da APA do Lajeado .................................................... 89 
Tabela 19 - Programas Ambientais estabelecidos para a APA do Lajeado .............. 108 
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8 
1ª REVISÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DOS MANANCIAIS DO 
CÓRREGO LAJEADO 
1. INTRODUÇÃO 
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), 
instituído pela Lei Federal n. 9.985, de 18 de julho de 2000, define Unidade de 
Conservação como o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as 
águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente 
instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, 
sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas 
de proteção. 
A Área de Proteção Ambiental (APA) constitui uma categoria de Unidade 
de Conservação de Uso Sustentável, definida pelo SNUC como uma área em 
geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos 
abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a 
qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas. Tem como objetivos 
básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e 
assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais, constituída por terras 
públicas ou privadas. 
A Área de Proteção Ambiental dos Mananciais do Córrego Lajeado, 
denominada APA do Lajeado, foi instituída pelo Poder Público Municipal por 
meio do Decreto n. 8.265, de 27 de julho de 2001. Sua criação se justifica à 
necessidade de recuperação e conservação do sistema produtor de água bruta 
para abastecimento público de Campo Grande. 
O órgão responsável pela gestão da APA é a Agência Municipal de Meio 
Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), cabendo-lhe a presidência do 
Conselho Gestor, instituído pelo Decreto n. 8.693, de 5 de junho de 2003, 
revogado pelo Decreto n. 13.933, de 16 de julho de 2019. O Plano de Manejo da 
APA foi aprovado pela Resolução SEMADUR n. 13, de 17 de outubro de 2012, 
sendo o principal instrumento de planejamento e gestão das Unidades de 
Conservação. 
De acordo com o inciso XVII, do artigo 2°, do SNUC, o Plano de Manejo 
é o documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais 
de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas 
que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a 
implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade. O Plano de 
Manejo, após instituído, orientará os diversos usos e atividades inseridas na 
Unidade de Conservação (UC), ressaltando sua significância e necessidades. 
A APA do Lajeado acompanhou o desenvolvimento do município, 
passando por transformações quanto ao uso e ocupação do solo. A revisão e 
atualização do seu Plano de Manejo se fazem necessárias para reestruturar o 
zoneamento e os programas ambientais, adequando-os à realidade da Unidade 
de Conservação. 
 
 
9 
2. METODOLOGIA 
Para a revisão e elaboração do presente Plano de Manejo, o Órgão Gestor 
estabeleceu Câmaras Técnicas, as quais foram compostas por membros do 
Conselho Gestor da APA, formando assim uma equipe multidisciplinar, contando 
com contribuições de órgãos públicos, usuários do território, colegiados e 
organizações da sociedade civil, e instituições de ensino, pesquisa e extensão. 
A revisão do Plano iniciou-se em 13 de maio de 2019, com a criação das 
câmaras técnicas, sendo ao todo realizadas 20 (vinte) reuniões, nas quais, os 
representantes apresentaram propostas de atualização. 
As Câmaras Técnicas buscaram dados e informações que subsidiaram a 
condução dos trabalhos, especialmente na elaboração e complementação dos 
programas ambientais, e na formulação das propostas do zoneamento, de 
acordo com as necessidades das áreas de maior fragilidade e consideradas de 
interesse especial para a proteção dos recursos naturais da APA. 
A revisão do Plano de Manejo foi estruturada com base em estudos e 
documentos existentes, como o Plano de Manejo de 2012, elaborado pela JGP 
Consultoria e Participações Ltda.; estudos de monitoramento; legislações 
pertinentes à Unidade; Roteiro Metodológico para Elaboração dos Planos de 
Manejo das Unidades de Conservação Estaduais de Mato Grosso do Sul, 
elaborado pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL); 
bem como o Roteiro Metodológico para Elaboração e Revisão de Planos de 
Manejo das Unidades de Conservação Federais, formulado pelo Instituto Chico 
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 
O produto obtido ao longo da revisão foi apresentado e submetido à 
avaliação e aprovação dos membros do Conselho Gestor. 
Por se tratar de uma Unidade de Conservação Municipal de uso 
sustentável, o presente documento visa promover a conciliação das atividades 
econômicas com a conservação ambiental, garantindo o propósito de criação da 
APA e sua significância. A revisão do Plano de Manejo explicitará as funções 
ambientais,
sociais e econômicas relevantes, a serem cumpridas pela APA, 
reunindo estratégias necessárias e apropriadas para o avanço da gestão da 
Unidade de Conservação. 
 
 
 
10 
3. INSTRUMENTOS LEGAIS E NORMATIVOS 
A APA do Lajeado está sob o ordenamento de legislações e instrumentos 
federais, estaduais e municipais, direcionados à preservação e conservação dos 
recursos naturais. As legislações dispostas abaixo são determinantes para a 
conservação dos recursos naturais como um todo, regulamentando as ações dos 
seres humanos em relação à UC. 
 
Federal 
 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: 
estabelece em seu art. 225 que todos têm direito ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do 
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao 
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e 
preservá-lo para as presentes e futuras gerações; 
 Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981: dispõe sobre a Política 
Nacional do Meio Ambiente, estabelece princípios e 
instrumentos de gestão ambiental, institui o Sistema Nacional 
de Meio Ambiente (SISNAMA) e define as competências do 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis (IBAMA), e do Conselho Nacional do Meio 
Ambiente (CONAMA); 
 Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997: institui a Política 
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos que 
estabelece que a água é um bem de domínio público, natural 
limitado, que em situação de escassez o uso prioritário é para 
consumo humano e dessedentação de animais, devendo a 
gestão ser descentralizada e contar com a participação do 
Poder Público, usuários e das comunidades; 
 Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000: institui o Sistema de 
Unidades de Conservação da Natureza, que estabelece 
diretrizes para criação, implantação e gestão das Unidades de 
Conservação; 
 Resolução CONAMA n. 274, de 29 de novembro de 2000: 
define os critérios de balneabilidade em águas brasileiras; 
 Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001: denominada como 
Estatuto da Cidade, a Lei estabelece normas de ordem pública 
e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em 
prol do bem, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem 
como do equilíbrio ambiental. Em seu art. 4 prevê a instituição 
de unidades de conservação, como instrumento da política 
urbana. 
 Decreto Federal n. 4.074, de 4 de janeiro de 2002: dispõe 
sobre a pesquisa, experimentação, a produção, a embalagem e 
rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, 
a propaganda comercial, a utilização, a importação, a 
exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o 
 
 
11 
registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização 
de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras 
providências. 
 Resolução CONAMA n. 357, de 17 de março de 2005: dispõe 
sobre a classificação e diretrizes ambientais para o 
enquadramento dos corpos de água superficiais, bem como 
estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes; 
 Resolução CONAMA n. 369, de 28 de março de 2006: dispõe 
sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse 
social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a 
intervenção ou supressão de vegetação em Área de 
Preservação Permanente (APP). 
 Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010: institui a Política 
Nacional de Resíduos Sólidos, que reúne princípios, objetivos, 
instrumentos e diretrizes com vista à gestão integrada e ao 
gerenciamento ambiental adequado dos resíduos sólidos, 
impondo a responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de 
resíduos; 
 Resolução CONAMA n. 428, de 17 de dezembro de 2010: 
dispõe sobre o processo de licenciamento ambiental quando em 
Unidades de Conservação e em caso de processos de Estudo 
de Impacto Ambiental (EIA-RIMA); 
 Resolução CONAMA n. 430, de 13 de maio de 2011: dispõe 
sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes em 
corpos de água receptores, estabelecendo que o efluente de 
qualquer fonte poluidora poderá ser lançado diretamente nos 
corpos receptores somente após o devido tratamento, 
obedecendo às condições, padrões e exigências dispostas na 
Resolução. 
 Lei Complementar n. 140, de 8 de dezembro de 2011: 
estabelece a cooperação entre a União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios nas ações relativas à proteção das 
paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao 
combate à poluição e à preservação das florestas, da fauna e 
da flora; 
 Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012: conhecida como Código 
Florestal, a referida Lei estabelece normas gerais sobre a 
proteção da vegetação, as Áreas de Preservação Permanente 
e as Áreas de Reserva Legal, a exploração florestal, o 
suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos 
produtos florestais, controle e prevenção dos incêndios 
florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros para 
o alcance de seus objetivos; 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
Estadual 
 Constituição Estadual, de 5 de outubro de 1989: que em seu 
Capítulo VIII, dispõe de orientações que visam a proteção ao 
meio ambiente e aos recursos naturais; 
 Lei n. 2.406, de 29 de janeiro de 2002: institui a Política 
Estadual dos Recursos Hídricos, que contêm instrumentos para 
gestão dos recursos hídricos no estado de Mato Grosso do Sul, 
como o Plano Estadual de Recursos Hídricos, cobrança, 
outorga e enquadramento dos corpos hídricos; 
 Deliberação CECA n. 36, de 27 de junho de 2012: dispõe 
sobre a classificação dos corpos de água superficiais e 
estabelece diretrizes ambientais para o seu enquadramento, 
bem como, estabelece as diretrizes, condições e padrões de 
lançamento de efluentes no âmbito do Estado do Mato Grosso 
do Sul; 
 Resolução CERH/MS n. 18, de 20 de dezembro de 2012: 
dispõe sobre o enquadramento dos corpos de águas 
superficiais da bacia hidrográfica do rio Anhanduí e seus 
afluentes, em classes de uso, desde suas nascentes até sua 
confluência com o córrego Cachoeira; 
 Lei 5.235, de 16 de julho de 2018: dispõe sobre a Política 
Estadual de Preservação dos Serviços Ambientais, cria o 
Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais 
(PESA), e estabelece um Sistema de Gestão deste Programa. 
 Resolução SEMAGRO n. 679, de 09 de setembro de 2019: 
estabelece normas e procedimentos para o licenciamento 
ambiental estadual. 
 
Municipal 
 Lei Complementar n. 74, de 6 de setembro de 2005: dispõe 
sobre o ordenamento do uso e da ocupação do solo no 
município de Campo Grande, por meio do controle dos 
empreendimentos e atividades realizados por agentes públicos 
ou privados no território; 
 Lei Complementar n. 184, de 23 de setembro de 2011: dispõe 
sobre o Plano Diretor de Arborização Urbana do município de 
Campo Grande; 
 Lei n. 5.025, de 22 de dezembro de 2011: institui o Programa 
de Pagamento por Serviços Ambientais – PSA no município de 
Campo Grande e dá outras providências. 
 Lei Complementar n. 341, de 4 de dezembro de 2019: institui 
o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de 
Campo Grande (PDDUA), instrumento básico da política de 
desenvolvimento urbano, e tem como objetivo ordenar o pleno 
 
 
13 
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da 
propriedade; 
 Lei n. 6.407, de 14 de janeiro de 2020: institui o Zoneamento 
Ecológico-Econômico do município de Campo Grande, tendo 
como objetivo fundamentar, complementarmente, as decisões 
dos agentes públicos e privados quanto à implantação de 
planos, programas, projetos, empreendimentos e atividades 
que, direta ou indiretamente, utilizem recursos naturais; 
 Decreto n. 14.114, de 6 de janeiro de 2020: dispõe sobre o 
Sistema Municipal de Licenciamento e Controle Ambiental 
(SILAM), que estabelece normas, critérios e procedimentos 
para o licenciamento ambiental de empreendimentos e 
atividades de impacto local no âmbito do município de Campo 
Grande. 
4. CARACTERIZAÇÃO DA APA 
 
4.1 Ficha técnica 
UNIDADE DE CONSERVAÇÂO 
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
DOS 
MANANCIAIS DO CÓRREGO LAJEADO - APA DO 
LAJEADO 
Grupo Uso Sustentável 
Categoria Área de Proteção Ambiental 
Unidade de Planejamento e Gerenciamento UPG Pardo 
Bacia Hidrográfica Rio Paraná 
Sub Bacia Rio Anhanduí 
Unidade Hidrogeológica Sistema Aquífero Serra Geral 
Bioma Cerrado 
Área 5.231,53 ha 
Municípios abrangidos Campo Grande 
Órgão Gestor 
Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento 
Urbano - Planurb 
Endereço Rua Hélio Castro Maia, n. 279 
Telefone (67) 3314-5164 
E-mail planurb@planurb.campogrande.ms.gov.br 
Conselho Gestor ativo Sim 
Decreto de criação da APA Decreto n. 8.265, de 27 de julho de 2001 
Decreto de criação do Conselho Gestor 
Decreto n. 8.693, de 5 de junho de 2003 
Decreto n. 13.933, de 16 de julho de 2019 
 
 
 
Tabela 1 - Informações gerais sobre a APA 
 
 
14 
 
 
15 
 
Figura 1 - Mapa de delimitação da área da APA do Lajeado. 
 
 
16 
4.2 Contextualização da APA 
A Área de Proteção Ambiental dos Mananciais do Córrego Lajeado, 
denominada APA do Lajeado, está situada integralmente no município de 
Campo Grande, com área total de 5.231,53 ha, caracterizada pela ocupação 
urbana e rural, sendo 42% do território correspondente a área urbana e 58% 
correspondente a área rural. A faixa que se encontra na área urbana inclui os 
bairros: Tiradentes, Maria Aparecida Pedrossian, Rita Vieira, Moreninhas, sendo 
esta a Região Urbana do Bandeira, além de parte do bairro Noroeste, localizado 
na Região Urbana do Prosa. 
 
Figura 2 – Delimitação da área urbana e rural na APA do Lajeado 
 
 
17 
A APA do Lajeado foi criada com o intuito de recuperar, proteger e 
conservar a bacia do Córrego Lageado, que em conjunto à bacia do Córrego 
Guariroba, garante o abastecimento público, por captação superficial, do 
município de Campo Grande. Está inserida na área urbana e é caracterizada por 
uma ocupação diversificada, com estabelecimentos comerciais, industriais e 
contínuo processo de urbanização. 
 
4.3 MEIO FÍSICO 
4.3.1 Clima 
O clima de Campo Grande, segundo a classificação de Koppen, situa-se 
na faixa de transição entre o subtipo (Cfa) mesotérmico úmido sem estiagem ou 
pequena estiagem e o subtipo (Aw) tropical úmido, com estação chuvosa no 
verão e seca no inverno (Perfil Socioeconômico CG,2021). Esse tipo climático é 
ainda definido como clima de Savana, tendo como característica a ocorrência de 
4 a 5 meses secos e temperatura do mês mais frio superior a 18º C. 
Os dados constantes na Tabela 2 apresentam precipitação anual em 
Campo Grande no período de 11 anos. 
Tabela 2 - Precipitação pluviométrica de Campo Grande – 2010 a 2020. 
Figura 3 – Placa informativa localizada na 
Zona Rural da APA. 
 
Fonte: Semadur. 
Figura 4 – Área rural da APA do Lajeado. 
Mês 
 
Precipitação por ano (mm) 
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 
Janeiro 243,40 79,20 210,80 212,00 160,40 245,80 382,60 220,00 138,40 55,60 164,80 
Fevereiro 256,60 ** 171,80 216,40 110,80 161,00 185,20 87,00 199,80 271,80 227,20 
Março 71,80 ** 57,20 0,00 155,00 72,60 190,00 226,60 97,40 145,60 80,20 
Abril 107,80 ** 234,80 226,80 49,40 100,00 70,80 157,00 89,60 104,40 90,20 
 
 
18 
Fonte: Cemtec-MS/Agraer/Inmet 
** Dados não registrados 
Verifica-se que a estação chuvosa se concentra entre setembro até abril, 
com valores pluviométricos significativos e um período seco, entre o final de abril 
e o início de setembro, sendo verificada deficiência hídrica, geralmente com 
precipitações inferiores a 50 mm. 
 
Figura 5 - Precipitação média anual analisada entre os anos de 2010 e 
2020. 
 
Fonte: Cemtec – MS/Agraer/Inmet – Adaptado. 
 
Em relação à temperatura, a Tabela 3 apresenta os valores médios 
registrados entre 2009 e 2019 no munícipio de Campo Grande. 
Tabela 3 - Temperatura média mensal de Campo Grande – 2010 a 2020 
Mês 
 
Temperatura média (°C) 
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 
Janeiro 24,92 25,27 24,88 25,59 24,64 25,74 24,99 24,89 24,47 26,08 25,97 
Fevereiro 25,50 ** 25,11 24,68 25,23 25,03 25,45 25,27 24,45 25,53 25,15 
100,52
76,75
135,83
128,78 126,98 131,00 130,38
141,18
95,48
100,12 98,45
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
160,00
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Precipitação Média Anual (mm)
Maio 67,20 ** 76,80 15,20 183,00 194,60 206,80 104,60 37,40 76,40 182,60 
Junho 8,80 34,00 244,40 182,40 54,20 40,40 48,80 45,80 11,00 20,60 41,20 
Julho 21,60 13,20 14,80 51,00 119,20 87,20 5,40 0,20 0,00 46,40 4,00 
Agosto 0,00 27,40 1,20 0,00 17,20 8,60 65,60 38,20 112,20 2,00 35,60 
Setembro 127,00 61,00 122,00 101,80 65,80 225,40 37,00 45,00 89,40 16,00 8,40 
Outubro 143,60 122,60 125,00 119,40 19,00 95,60 91,40 228,60 167,40 30,80 150,40 
Novembro 101,80 121,40 190,20 249,60 225,60 150,00 116,80 315,80 148,20 149,60 100,40 
Dezembro 56,60 155,20 181,00 170,80 364,20 190,80 164,20 225,40 55,00 282,20 96,40 
Total Anual 1206,20 614,00 1630,00 1545,40 1523,80 1572,00 1564,60 1694,20 1145,80 1201,40 1181.40 
 
 
19 
Março 25,48 ** 25,56 24,96 24,33 24,87 24,93 24,94 25,58 25,07 26.47 
Abril 23,67 ** 23,92 22,81 24,21 24,41 24,84 22,76 24,80 24,52 23,99 
Maio 19,51 ** 21,33 22,61 20,69 21,80 20,81 23,43 22,50 22,28 20,37 
Junho 21,55 20,15 20,23 21,42 20,99 21,60 19,37 20,48 20,32 22,68 21,76 
Julho 20,47 21,89 20,14 19,97 20,35 21,01 21,45 20,65 21,86 20,38 21,61 
Agosto 22,67 22,69 23,68 20,65 23,53 24,91 22,50 23,79 20,93 23,22 23,37 
Setembro 25,18 24,89 25,69 24,22 25,78 25,16 22,81 27,41 23,19 26,80 27,85 
Outubro 23,77 25,17 26,29 24,49 27,27 25,85 24,85 24,94 25,95 26,74 27,01 
Novembro 25,13 25,40 25,94 25,53 24,59 25,73 25,67 24,64 24,96 26,65 25,94 
Dezembro 26,35 25,64 25,94 25,36 24,84 25,47 24,64 24,83 25,92 24,98 25,98 
Fonte: Cemtec-MS/Agraer/Inmet 
** Dados não registrados 
 
Entre outubro e março, meses mais quentes, as médias mensais são 
superiores a 24ºC e entre junho e julho, meses mais frios, as médias ficam 
próximas a 20ºC. 
Figura 6 - Temperatura média anual ao longo dos anos de 2010 a 2020. 
 
 
 Fonte: Cemtec-MS/Agraer/Inmet - Adaptado 
23,68
23,89
24,06
23,52
23,87
24,30
23,53
24,00
23,74
24,58
24,45
22,80
23,00
23,20
23,40
23,60
23,80
24,00
24,20
24,40
24,60
24,80
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Temperatura Média Anual (°C)
 
 
20 
4.3.2 Geologia e Geomorfologia 
O Município de Campo Grande está situado sobre a Bacia Sedimentar do Paraná. Seu arcabouço geológico é constituído 
pelos seguintes litotipos: Formação Botucatu e Formação Serra Geral do Grupo São Bento e Formação Caiuá do Grupo Bauru (Perfil 
Socioeconômico CG, 2021). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 - Litologia da APA do Lajeado, com base na Carta Geotécnica de Campo Grande. 
 
 
21 
Conforme disposto no Plano de Manejo APA do Lajeado (2012), a litologia 
na APA do Lajeado se caracteriza pelo Grupo Bauru e nos fundos de vale das 
principais drenagens ocorrem rochas basálticas, do Grupo São Bento. A 
composição das rochas do Grupo Bauru e as características do relevo 
condicionam a formação de solos de textura arenosa do tipo Neossolos 
Quartzarênicos, Latossolos Vermelhos, de texturas média e argilosa, Latossolo 
Vermelho-Amarelo, associados aos relevos colinosos e aplanados que 
predominam na região. Ocorrem ainda, associados às planícies fluviais e aos 
depósitos de várzea dos rios, tipos pedológicos classificados como Neossolo 
Quartzarênico hidromórfico ou glêico, e eventualmente Neossolos Flúvicos 
(Solos Aluviais). 
 
4.3.3 Relevo 
O Plano de Manejo APA do Lajeado (2012) identifica os seguintes tipos 
de relevo: Colinas amplas e Planícies fluviais, evidenciando a predominância de 
declividades baixas, inferiores a 10%. A altitude na área varia de 550 m, no ponto 
de captação de água, a 694 m na porção norte nos divisores de água (OLIVEIRA 
et al., 2009).
Predominante na APA, o relevo de Colinas amplas apresenta topos 
convexos e sub-horizontais, encostas de baixa declividade, com vales erosivos 
e abertos. Embora seja um relevo bastante suave, está sujeito a processos 
erosivos e danos ambientais significativos, devido à susceptibilidade dos solos 
arenosos à erosão acelerada (Plano de Manejo APA do Lajeado, 2012). 
As planícies fluviais são áreas planas que ocorrem ao longo dos canais 
fluviais, sendo formadas pela planície de inundação, várzeas e baixos terraços. 
A planície de inundação corresponde às áreas que são alagadas apenas no 
período das enchentes. Englobam canais abandonados e alagadiços com 
gramíneas e buritis, formados pela sedimentação dos fundos de vale. Nas 
planícies fluviais ocorrem ainda baixos terraços, que são áreas elevadas dentro 
da planície só atingidas pelas maiores inundações (Plano de Manejo APA do 
Lajeado, 2012). 
As planícies fluviais são constituídas predominantemente por areia fina a 
muito fina, silte, argila e matéria orgânica e camadas de cascalho, na base da 
sequência. Esses terrenos planos apresentam sérios problemas à ocupação 
associados às enchentes sazonais, aos entalhes vertical e lateral dos canais 
fluviais e a sua susceptibilidade a contaminação devido à pouca profundidade do 
lençol freático (Plano de Manejo APA do Lajeado, 2012). 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 - Relevo da APA do Lajeado, com base na Carta Geotécnica de Campo Grande. 
 
 
23 
4.3.4 Pedologia 
Os solos identificados e caracterizados na APA, conforme disposto no 
Plano de Manejo APA do Lajeado (2012) são dos seguintes tipos: Latossolo 
Vermelho Distrófico típico, Neossolo Quartzarênico Órtico típico, que ocorrem 
nas Colinas amplas; Neossolo Quartzarênico hidromórfico ou glêico e 
eventualmente Neossolos Flúvicos (Solos Aluviais), que se associam às 
planícies fluviais. 
Latossolo Vermelho Distrófico típico 
Este tipo de solo apresenta alta estabilidade dos microagregados, o que 
implica em elevada porosidade e, portanto, grande taxa de infiltração. Se a 
estrutura não está deformada por práticas de manejo agrícola, esta é 
naturalmente de consistência macia quando seca, ao longo de todo o perfil. 
Quando úmido é friável, e quando molhada, é plástica e pegajosa a ligeiramente 
plástica quando o solo é de textura média (Plano de Manejo APA do 
Lajeado,2012). 
Quanto aos aspectos químicos, é um solo ácido, pobre em nutrientes, com 
teor e saturação de alumínio suficiente para a designação de álico. O teor de 
fósforo é muito baixo e a matéria orgânica no horizonte A está diretamente 
relacionada ao teor de argila (Plano de Manejo APA do Lajeado, 2012). 
Neossolo Quartzarênico Órtico típico 
Esses solos apresentam sequência de horizontes A-C, sem contato lítico 
dentro de 50 cm de profundidade. Apresentam textura com areia ou areia franca 
nos horizontes até, no mínimo, a profundidade de 150 cm a partir da superfície 
do solo ou até um contato lítico. São essencialmente quartzosos, tendo nas 
frações areia grossa e areia fina, 95% ou mais de quartzo, calcedônia e opala e, 
praticamente, ausência de minerais primários alteráveis (menos resistentes ao 
intemperismo) (Plano de Manejo APA do Lajeado, 2012). 
É um solo ácido e de baixa fertilidade química, pois a textura arenosa 
confere ao solo, invariavelmente, baixa CTC e baixa saturação de bases 
decorrente da intensa lixiviação a que estão sujeitos (Plano de Manejo APA do 
Lajeado,2012). 
 
 
 
24 
Figura 9 - Perfil de Neossolo Quartzarênico Órticos (Região do Damha). 
 
Fonte: Carta Geotécnica - Bono, 2019. 
 
Solos Hidromórficos 
Nas planícies sobre arenito Bauru, os solos dominantes são Neossolo 
Quartzarênico hidromórfico ou glêico, variação esta em função do maior grau de 
saturação de água no primeiro caso, e eventualmente Neossolo Flúvicos (Solos 
Aluviais), todos de textura dominantemente arenosa. Observa-se que quando há 
vegetação de buritis, esta se localiza sobre solos orgânicos, cuja gênese está 
ligada ao excesso e afloramento constante da água do lençol freático (Plano de 
Manejo APA do Lajeado,2012). 
Esse solo rico em matéria orgânica tem essa fonte na vegetação de 
gramíneas e ciperáceas, e na derriça de folhagem da própria palmeira que se 
decompõe muito lentamente devido à falta de oxigênio (deficiência de aeração), 
gerando o acúmulo (Plano de Manejo APA do Lajeado,2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Figura 10 - Afloramento de sedimentos argilo arenosos, dispostos sobre 
a alteração da rocha basáltica, no qual onde podem ser observados níveis de 
laterita e de cascalho (seixos rolados) no contato entre as unidades, na estrada 
vicinal que da acesso ao aeroporto Santa Maria. 
 
Fonte: Carta Geotécnica - Saratt, 2020. 
 
Figura 11 - Afloramento de arenito do Grupo Caiuá ao longo do Córrego 
Lageado. 
 
 Fonte: Carta Geotécnica - Saratt, 2020. 
 
 
 
 
26 
 Figura 12 – Pedologia na APA do Lajeado 
 
 
27 
4.3.5 Recursos Hídricos 
A região de Campo Grande está, em sua maioria, inserida na Bacia 
Hidrográfica do Rio Paraná, com exceção de uma pequena porção na região 
Noroeste do município, que está situada na Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai, 
onde se encontram três córregos: Angico, Ceroula e Mateira (Relatório de 
Avaliação Ambiental, 2015). 
O município possui 33 (trinta e três) cursos d’água com nascentes 
urbanas, e conta com 11 (onze) Bacias Hidrográficas em seu território, sendo 
elas: Bacia Hidrográfica Anhanduí, Bandeira, Bálsamo, Coqueiro, Gameleira, 
Imbirussu, Lajeado, Lagoa, Prosa, Ribeirão Botas e Segredo (Perfil 
Socioeconômico CG, 2021). 
O Rio Anhanduí é o principal curso d’água do município, tendo como seus 
afluentes a maioria dos corpos d’água, destacando-se o rio Anhanduizinho, 
Ribeirão Lontra e os córregos Cachoeira, Três Barras, Anhanduí, Lageado, 
Lajeadinho, Imbirussu, Pouso Alegre, Do Engano, Mangue, Lagoa, Lagoinha, 
Estiva, Limpo, Da Areia, Arame e Fortaleza, além dos córregos Guariroba, Água 
Turva, Estaca e Ribeirão Botas, os quais são tributários da sub-bacia do rio 
Pardo, afluente do rio Paraná. Os córregos Lageado e Guariroba são destinados 
ao fornecimento de água potável à população campo-grandense (Perfil 
Socioeconômico CG,2021). 
A sub-bacia hidrográfica do Córrego Lageado é tributária do ribeirão 
Botas, com área total de 5.231,53 hectares. Além do curso d’água principal 
correspondente ao Córrego Lageado, compõem a microbacia os córregos 
Poção, e Lageadinho, sendo que este último se encontra fora da área urbana do 
município (Plano de Manejo APA do Lajeado,2012). 
A Resolução CERH/MS n. 18, de 20 de dezembro de 2012, dispõe sobre 
o enquadramento dos corpos de águas superficiais da bacia hidrográfica do rio 
Anhanduí e seus afluentes, classifica como: 
Classe I 
-Córrego Lageado, desde sua nascente até o limite da Área de Proteção 
Ambiental, incluindo o Córrego Lageadinho; 
-Demais nascentes e cursos de água inseridos na porção rural da bacia. 
 
Classe II 
-Córrego Lageado, do limite da APA do Córrego Lageado até a confluência com 
o córrego Bálsamo. 
 
Classe III 
-Córrego Lageado e seus afluentes desde sua confluência com o córrego 
Bálsamo até a foz no Anhanduí. 
 
 
 
28 
 Figura 13 – Hidrografia na APA do Lajeado 
 
 
29 
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) 
realiza o monitoramento da qualidade da água do Córrego Lageado, por meio do 
Programa Córrego Limpo. O Programa consiste na implantação de uma rede de 
monitoramento dos córregos e rios dentro do perímetro urbano do município. Os 
pontos são georreferenciados e as coletas são realizadas trimestralmente, e 
analisados com base no IQACETESB, classificando a qualidade da água como: 
péssima, ruim, regular ou ótima. A Figura 14 apresenta os pontos de 
monitoramento e seus respectivos índices de qualidade. 
 
 
30 
 
Figura 14 - Pontos de monitoramento do Programa Córrego
Limpo - Semadur 
 
 
31 
Em relação aos recursos hídricos subterrâneos, a APA do Lajeado está 
localizada no sistema Aquífero Serra Geral. De acordo com Lastoria (2002), em 
Mato Grosso do Sul, o Aquífero Serra Geral pode ser caracterizado como um 
aquífero regional livre, de meio fissurado, anisotrópico, que apresenta um 
controle estrutural marcante e suas águas, geralmente, são tipo bicabornatadas 
calco-magnesianas. 
Por meio precipitação pluvial sobre os solos basálticos se dá a sua 
recarga, atingindo as regiões fissuradas da rocha matriz. Ocorre também um 
grande intercâmbio de água com o aquífero Bauru e com o aquífero constituído 
pelos arenitos Botucatu e Pirambóia. As principais saídas de drenagem do 
Aquífero Serra Geral são os rios (CETESB, 2020). 
No estado de Mato Grosso do Sul, o Instituto de Meio Ambiente de Mato 
Grosso do Sul (IMASUL) é responsável pelo cadastro e outorga do direito de uso 
dos recursos hídricos. Conforme disponibilizado pelo Órgão Ambiental, na APA 
do Lajeado estão cadastrados 30 poços e 17 poços outorgados, utilizados 
basicamente para consumo humano e abastecimento público, conforme disposto 
na Tabela 4 e na Figura 15. 
Tabela 4. Situação dos poços localizados na APA do Lajeado 
Área urbana 
Finalidade Situação Vazão 
Abastecimento público Outorgado 19,5 
Abastecimento público Outorgado 79,1 
Abastecimento público Outorgado 55 
Abastecimento público Outorgado 20,4 
Abastecimento público Outorgado 37,8 
Abastecimento público Outorgado 39,19 
Abastecimento público Outorgado 38 
Abastecimento público Outorgado 42,6 
Abastecimento público Outorgado 62 
Abastecimento público Outorgado 94,6 
Abastecimento público Outorgado 1872 
Consumo humano Outorgado 3 
Consumo humano Cadastrado 1 
Consumo humano Cadastrado 6 
Consumo humano Cadastrado 0,5 
Consumo humano Cadastrado 1 
Industria Outorgado 8,25 
Outras finalidades de uso Outorgado 5,72 
Outras finalidades de uso Outorgado 6 
Outras finalidades de uso Outorgado 6,54 
 
 
 
32 
 
Área rural 
Finalidade Situação Vazão 
Consumo humano Outorgado 0,48 
Aquicultura Cadastrado 0,18 
Consumo humano Cadastrado 2 
Consumo humano Cadastrado 2,5 
Consumo humano Cadastrado 0,14 
Consumo humano Cadastrado 3 
Consumo humano Cadastrado 1 
Consumo humano Cadastrado 1 
Consumo humano Cadastrado 0,8 
Consumo humano Cadastrado 1 
Consumo humano Cadastrado 7 
Consumo humano Cadastrado 2,5 
Consumo humano Cadastrado 2 
Consumo humano Cadastrado 1 
Consumo humano Cadastrado 2 
Consumo humano Cadastrado 0,5 
Consumo humano Cadastrado 2,5 
Dessedentação animal Cadastrado 2,232 
Dessedentação animal Cadastrado 2,232 
Dessedentação animal Cadastrado 0,2484 
Dessedentação animal Cadastrado 1,8 
Dessedentação animal Cadastrado 1,26 
Outras finalidades de uso Cadastrado 2 
Outras finalidades de uso Cadastrado 1 
Outras finalidades de uso Cadastrado 4 
Outras finalidades de uso Cadastrado 6 
Outras finalidades de uso Cadastrado 4,65 
 
FONTE: IMASUL, 2020. 
 
 
 
33 
 
Figura 15 – Pontos de Cadastro e Outorga dos recursos hídricos na APA do Lajeado 
 
 
34 
Figura 16 – Vulnerabilidade dos aquíferos na APA do Lajeado 
 
 
 
35 
4.4 MEIO BIÓTICO 
4.4.1 Vegetação 
A Área de Proteção Ambiental do Lajeado está inserida no bioma Cerrado 
e sua vegetação é caracterizada por um mosaico de fisionomias dos tipos 
savânicos, campestres e florestais. A APA do Lajeado é composta por pequenos 
fragmentos de mata nativa rodeados por uma matriz antrópica de pastagem e 
plantação de culturas (Plano de Manejo APA do Lajeado,2012). 
Os levantamentos dos dados amostrais da cobertura vegetal da APA do 
Lajeado foram realizados pela JGP Consultoria e Participações Ltda., entre os 
meses de agosto e setembro de 2008, durante a elaboração do Plano de Manejo. 
Foram coletadas amostras em 5 sítios incluindo áreas de Cerrado stricto sensu, 
Cerradão, sendo esta, a formação vegetal mais comumente observada na APA 
do Lajeado, Mata Ciliar, Vereda e Mata Inundável (Plano de Manejo APA do 
Lajeado, 2012). 
Tabela 5 - Pontos de amostragem de flora na APA do Lajeado 
Flora na APA do Lajeado 
Pontos Coordenadas (UTM) Fisionomia 
1 21K/0759645/7731211 Cerrado stricto sensu 
2 21K/0757407/7727791 Cerradão 
3 21K/0755450/7730457 Mata Ciliar Córrego Lageado 
4 21K/0755498/7733609 Mata de Galeria Inundável e Cerradão 
5 21K/0756658/7728866 Vereda 
 Fonte: JGP - Plano de Manejo, 2012. 
 
Foram registradas 187 espécies vegetais, Anexo I, entre árvores, 
arbustos, subarbustos, ervas e trepadeiras. Estas estão distribuídas em 65 
famílias botânicas, sendo Fabaceae a mais rica (23 spp.), seguida de Asteraceae 
(13 spp.) e Malvaceae (8 spp.) (Plano de Manejo APA do Lajeado, 2012). 
As principais espécies invasoras encontradas dentro da APA foram 
gramíneas do gênero Urochloa, que são forrageiras para produção pastoril 
amplamente disseminada, utilizada e promovida no Brasil. Consiste em uma 
invasora agressiva de áreas de cerrado nativo, que causa interações negativas 
e domina o ambiente, além de formar densas touceiras e expulsar as espécies 
nativas de seu habitat. O plantio dessas forrageiras tem acarretado problemas 
com outras espécies cultivadas devido ao seu acentuado potencial alelopático, 
o que a torna uma importante planta daninha. Além destas, foi observada em 
abundância Impatiens cf. walleriana, no interior da Mata de Galeria Inundável, 
esta espécie é originária da África, e prefere os ambientes mais úmidos e 
assombreados (Plano de Manejo APA do Lajeado, 2012). 
Na área urbana, foram identificadas cinco fisionomias, além da categoria 
Campo Antrópico, que abrange os vazios urbanos sem remanescentes de 
vegetação. A cobertura vegetal é distribuída entre área úmida vereda, mata ciliar, 
pastagem, Cerrado e Cerradão (Plano de Manejo APA do Lajeado, 2012). 
Para conservação da área, é recomendada a criação de programas que 
 
 
36 
incentivem a pesquisa científica no local, que promovam o levantamento de 
espécies vulneráveis e em extinção, bem como, a atualização e identificação de 
espécies fundamentais para a unidade de conservação. 
 
4.4.2 Fauna 
O levantamento de dados relativos à fauna da APA do Lajeado foi 
realizado em sua totalidade pela JGP Consultoria e Participações Ltda., entre 
agosto e setembro de 2008, durante a elaboração do Plano de Manejo. A coleta 
de campo englobou grupos de mamíferos, de diferentes portes, aves e a 
herpetofauna, que em conjunto constituem os grupos mais facilmente 
observáveis e são indicadores da qualidade e de mudanças ambientais. 
 
Mamíferos 
As espécies presentes foram anotadas conforme evidências observadas 
por meio de observação direta, rastros, tocas no caso dos tatus, fezes e sons 
característicos. No levantamento realizado foram registradas 28 (vinte e oito) 
espécies de mamíferos, distribuídas em 13 (treze) famílias, conforme disposto 
no Anexo II. 
De acordo com Pacher et al. (2020), na APA do Lajeado é possível 
encontrar, além das espécies informadas no Anexo II, as seguintes espécies de 
morcegos: Artibeus lituratus, Artibeus planirostris, Carollia perspicillata, 
Chiroderma doriae, Chiroderma villosum, Platyrrhinus helleri, Sturnira lilium, 
Myotis nigricans e mamíferos como Gracilinanus agilis, popularmente chamado 
de cuica. 
Com o processo contínuo de urbanização do município de Campo Grande e, 
em virtude de sua proximidade ao Pantanal, à presença de reservas florestais, 
parques lineares e áreas verdes, é possível encontrar diversas espécies de 
animais silvestres no perímetro urbano. Entre elas, destacam-se os quatis, 
capivaras, antas, tatus, gambás, cotias, teiú, entre outros animais silvestres. 
A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (AGETRAN) elaborou, em 
2019, o monitoramento dos acidentes com animais silvestres no perímetro 
urbano do município, no período de outubro de 2018 a junho de 2019. Na Figura 
17 é possível observar que na APA do Lajeado não foram registrados
atropelamentos de fauna nas vias urbanas localizadas no perímetro da APA. 
 
 
37 
 Figura 17 – Mapa de atropelamento de fauna 
 
 
38 
A concessionária CCR MSVia avaliou os índices de atropelamento de 
animais silvestres nos anos de 2018 e 2019, nos km 473+500 ao 486+750 da 
Rodovia BR-163/MS, inserida a APA do Lajeado. De acordo com os dados 
fornecidos pela concessionária, considerando os últimos 2 anos dos relatórios 
do programa monitoramento de fauna, ao todo foram registrados 50 (cinquenta) 
atropelamentos de animais silvestres de pequeno e médio porte, sendo 26 (vinte 
e seis) atropelamentos em 2018, e 24 (vinte e quatro) atropelamentos no ano de 
2019. 
Correlacionando os dados apresentados pela AGETRAN e pela 
concessionária CCR MSVia, presume-se que os atropelamentos ocorram nas 
regiões em que a rodovia dá acesso à área rural da APA, onde há maior 
movimentação de animais. 
Devido à escassez de dados de monitoramento e identificação de fauna 
na APA do Lajeado, principalmente na área rural, recomenda-se a elaboração 
de programas ambientais que visem estimular a pesquisa e monitoramento na 
região, com apoio de instituições parceiras voltadas ao ensino, pesquisa e 
extensão, bem como ações de educação ambiental no trânsito. 
 Avifauna 
O levantamento de dados relativos à avifauna na APA do Lajeado foi 
realizado pela JGP Consultoria e Participações Ltda., durante a elaboração do 
Plano de Manejo, em 2008. As espécies foram registradas com uso das duas 
técnicas para inventários ornitológicos: a identificação visual, por meio de 
observação com binóculos, reconhecimento in situ e a identificação auditiva, por 
meio de vocalizações. 
No total foram listadas 89 (oitenta e nove) espécies de aves na APA do 
Lajeado, conforme Anexo III, distribuídas em 22 (vinte e duas) famílias não-
passeriformes e 14 (quatorze) famílias passeriformes, sendo 36 (trinta e seis) 
famílias registradas. 
De acordo com Pacher et al. (2020), na APA do Lajeado é possível 
encontrar também, além das espécies informadas no Anexo III, as seguintes 
espécies de aves: 
 
Tabela 6 - Espécies de aves encontradas na APA do Lajeado 
ORDEM FAMÍLIA GÊNERO ESPÉCIE NOME COMUM 
Accipitriformes Accipitridae Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco 
Anseriformes Anatidae Amazonetta brasiliensis ananaí 
Apodiformes Apodidae Tachornis squamata andorinha-do-buriti 
Charadriiformes Jacanidae Jacana jacana jaçanã, cafézinho 
Columbiformes Columbidae 
Columba livia pombo-comum, pombo-doméstico 
Columbina picui rolinha-picuí 
Coraciiformes Alcedinidae Chloroceryle amazona martin-pescador-verde 
Passeriformes 
Furnariidae 
Certhiaxis cinnamomeus curutié 
Phacellodomus rufifrons joão-de-pau 
Icteridae Leistes superciliaris polícia-inglesa-do-sul 
 
 
39 
Parulidae Basileuterus culicivorus pula-pula 
Thamnophilidae Thamnophilus pelzelni choca-do-planalto 
Thraupidae 
Dacnis cayana saí-azul 
Saltatricula atricollis batuqueiro 
Sporophila lineola bigodinho 
Tersina viridis saí-andorinha 
Troglodytidae Campylorhynchus turdinus catatau 
Tyrannidae Myiozetetes cayanensis bentevizinho-de-asa-ferrugínea 
Tytiridae Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto 
Vireonidae Cyclarhis gujanensis pitiguari 
Pelecaniformes Ardeidae Nycticorax nycticorax socó-dorminhoco 
Psittaciformes Psittacidae Psittacara leucophthalmus periquitão 
Suliformes Anhingidae Anhinga anhinga biguatinga 
Fonte: Pacher et al. (2020) – EMBRAPA 
 
Devido ao bioma em que está inserida e por ser uma das cidades mais 
arborizadas do país, Campo Grande é reconhecida por seu potencial turístico 
voltado à observação de aves, prática denominada birdwatching. O município 
possui aproximadamente 400 (quatrocentas) espécies de aves e conta com a 
Rota Birdwatching, que contempla 30 (trinta) pontos importantes de observação, 
conhecidos como hotspots (Adaptado de MAMEDE, 2019). 
O Instituto Arara Azul realiza o monitoramento de ninhos de araras-
canindé (Ara ararauna) e araras vermelhas (Ara chloropterus) em Campo 
Grande, por meio do Projeto Aves Urbanas – Araras na Cidade. O Instituto 
possui registro de 10 (dez) ninhos de A. ararauna na APA do Lajedo, onde 
também são encontradas outras espécies de aves, como a garça-branca-
pequena. Apesar do reduzido número de ninhos dentro da APA, é importante 
enfatizar que muitos encontram-se próximos a essas áreas, consistindo em 
importantes locais de forrageio e abrigo não somente para as araras, mas para 
outras espécies da fauna (GUEDES & BENITES, 2019). O Instituto Arara Azul 
dispõe de uma lista, produzida para o Projeto Aves Urbanas – Araras na Cidade, 
com indicação técnica para o plantio de espécies arbóreas com predominância 
do Bioma Cerrado, que atraem Araras-canindé e outras espécies de aves, como 
apresentado nas tabelas 7, 8 e 9. 
Tabela 7 – Espécies arbóreas mais utilizadas pelas Araras-canindé (Ara 
ararauna) 
Açoita-cavalo Luehea divaricata 
Acuri Attalea phalerata 
Amendoim- bravo Pterogyne nitens 
Angelim-do-cerrado Vatairea macrocarpa 
Bocaiuva Acrocomia aculeata 
Buriti Mauritia flexuosa 
Bacuri Platonia insignis 
Cajamanga Spondias dulcis 
Caju Anacardium occidentale 
Coco da Bahia Cocos nucifera 
 
 
40 
Cedro Cedrela fissilis 
Cumbaru Dipteryx odorata 
Embaúba Cecropiapachystachya 
Goiaba Psidium guajava 
Gonçaleiro Astronium fraxinifolium 
Guapeva Pouteria caimito 
Guavira Campomanesia adamantium 
Ingá Ingá laurnina 
Jacarandá Jacaranda cuspidifolia 
Jamelão Syzygium cumini 
Jatobá-bravo Guibourtia hymenifolia 
Jatobá-verdadeiro Hymenaea courbaril 
Jerivá Syagrus romanzoffiana 
Manduvi Sterculia striata 
Manga Mangifera sp. 
Palmeira-Imperial Roystonea sp 
Pau-terra Qualea grandiflora 
Pequi Caryocar brasiliensis 
Pitomba Talisia esculenta 
Pocãn Citrus reticulata 
Sangra-d’água Croton urucurana 
Santa Bárbara Melia azedarach 
Sete Copas Terminalia catappa 
Tamarindo Tamarindus indica 
Ypê Roxo Tabebuia heptaphylla 
Fonte: Projeto Aves Urbanas – Araras na Cidade; Instituto Arara Azul. 
 
 
 
41 
Tabela 8 - Espécies arbóreas utilizadas para atração de aves em geral 
Amendoim- bravo Pterogine nitens 
Angelim Andirasp 
Angico-vermelho Anadenanther afalcata e A. peregrina 
Aroeira Myracroduo nurundeuva 
Aroeirinha, aroeira-pimenta Schinus terebinthifolius 
Árvore-da-china Koelreuteria bipinnata 
Barbatimão Stryphnodendron adstringens 
Cambará Vochysia sp 
Capitão-do-mato Terminalia argentea 
Cássia rosa Cássia grandis 
Castanha-do-maranhão Bombacopsis glabra 
Cedro Cedrela fissilis 
chal-chal ou fruto-de-pombo Allopylus edullis 
Copaíba Copaifera langsdorffii 
Cumbaru Dipteryx alata 
cupiúba, pau-pombo Tapirira guianensis 
Dedaleira Lafoensia pacari 
Falso-barbatimão, cinzeiro Dimorphandra mollis 
Farinha seca Albizia hasslerii 
Guatambu-do-cerrado Aspidosperma macrocarpon 
Ingá Ingá sp 
Ipê amarelo Tabebuia chrysotricha 
Ipê branco Tabebuia roseo-alba 
Ipê roxo Tabebuia avellanedae 
Ipê verde Cybistax antisyphilitica 
Jacarandá Jacarandá cuspidifolia 
Jatobá Hymenaea courbaril 
Louro-pardo Cordia trichotoma 
Mandiocão Schefflera morototoni 
Manduvi Sterculia striata 
Merendiba Terminalia brasiliensis 
Morcegueira, angelim-do-cerrado Andira cuiabensis 
Olho-de-cabra Ormosia arborea 
Orelha-de-negro, tamboril Enterolobium contortisiliquum 
Paineira Ceiba aspeciosa 
Pau-de-tucano Vochysia bifalcata 
Pau-pombo, capororoca Rapanea umbelata 
Pau-terra-grande Qualea grandiflora 
Pau-terra, pau-terrinha Qualea parviflora 
Saboneteira Sapindus saponaria 
Sete-copas Terminalia catappa 
Tamarineiro Tamarindus indica 
Tarumã Vitex cymosa 
Tipuana Tipuana tipu 
Fonte: Projeto Aves Urbanas – Araras na Cidade; Instituto Arara Azul. 
 
 
 
 
42 
Tabela 9 - Espécies arbóreas frutíferas do Cerrado 
Amora-Preta Bubuscfbrasilliensis 
Ananás Annasananassoides 
Araçá Psidiumfirmum 
Araticum Annonacrassiflora 
Araticum-de-Casca-Lisa Annonacoriacea
Araticum-Rasteiro Annonapygmaea 
Araticum-Tomentoso Annona cf. tomentosa 
Babaçu Orbygnia cf. phalerata 
Bacupari Salaciacampestris 
Banha-de-Galinha Swartzialangsdorfii 
Baru Dypterixalata 
Buriti Mauritiavinifera 
Cagaita Eugenia dysenterica 
Cajuzinho-do-Cerrado Spondia cf. lutea L. 
Caju-de-Árvore-do-Cerrado Anacardiumothonianum 
Caju-Rasteiro Anacardiumpumilum 
Cajuzinho-do-Cerrado Anacardiumhumile 
Chichá Sterculiastriata 
Coquinho-do-Cerrado Syagrus flexuosa 
Croadinha Mouririelliptica 
Curriola Pouteriaramiflora 
Fruto-do-Tatu Crhysophyllumsoboliferum 
Gabiroba Campomanesiacambessedeana 
Gravatá Bromeliabalansae 
Guapeva Pouteria cf. gardineriana 
Guariroba Syagrusoleraceae 
Ingá-do-Cerrado IngalaurinaWilld.. 
Jaracatiá Jacaratiahiptaphylla 
Jatobá-do-Cerrado Hymenaeastigonocarpa 
Jatobá-da-Mata Hymenaeastilbocarpa 
Jenipapo Genipaameriacana 
Jerivá Syagrusromanzoffiana 
Lobeira Solanumlycocarpum 
Macaúba Acrocomiaaculeata 
Mama-Cadela Brosimumgaudichaudii 
Mangaba Hancornia spp. 
Maracujá-de-Cobra Passiflora coccinea 
Maracujá-do-Cerrado Passiflora cincinnata 
Maracujá-Doce Passiflora alata 
Maracujá-Nativo Passiflora eichleriana 
Maracujá-Roxo Passiflora edulis 
Marmelada-de-Bezerro Alibertiaedulis 
Marmelada-de-Cachorro Alibertiasessillis 
Marmelada-de-Pinto Alibertiaelliptica 
Melancia-do-Cerrado Melancium campestre 
Murici Byrsonimaverbascifolia 
Palmito-da-Mata Euterpe adulis 
Pequi Caryocarbrasilliense 
Pequi-Anão Caryocarbrasilliense 
Pêra-do-Cerrado Eugenia klostzchiana 
 
 
43 
Perinha Eugenia lutescens 
Pimenta-de-Macaco Xilopiaaromatica 
Pitanga-Vermelha Eugenia calycina 
Pitomba-do-Cerrado Talisiaesculenta 
Puçá Mouriripusa 
Saputá Salaciaelliptica 
Tucum-do-Cerrado Bactris spp. 
Uva-Nativa-do-Cerrado Vitis spp. 
Fonte: Projeto Aves Urbanas – Araras na Cidade; Instituto Arara Azul. 
Com a diversidade de aves presentes no município, a observação de aves 
na APA do Lajeado é um estímulo para o ecoturismo na região, contribuindo para 
o desenvolvimento econômico com base no turismo sustentável, incentivando a 
conservação das espécies ao mesmo tempo que promove a educação 
ambiental. 
Figura 18 – Avifauna presente na APA do Lajedo 
 
Fonte: Fotos de autoria de Fernando Almeida Borges 
 
Herpetofauna 
O inventário da fauna de anfíbios e répteis da APA do Lajeado foi 
realizado pela JGP Consultoria e Participações Ltda., durante a elaboração do 
Plano de Manejo, em 2008. 
No período das pesquisas em campo, foram encontradas 30 (trinta) 
espécies, sendo 13 (treze) delas pertencentes ao grupo dos anfíbios (sapos, rãs 
e pererecas) e 17 (dezessete) ao dos répteis (cobras, lagartos, jabutis, etc.), 
Anexo IV. Nas coletas efetuadas na APA do Lajeado foram encontrados apenas 
representantes da ordem Anura, distribuídos em quatro famílias e oito gêneros. 
Já para répteis foram registradas três ordens (Testudines, Amphisbaenias e 
Squamata), dez famílias e 17 (dezessete) gêneros. 
 
 
 
44 
Fauna Aquática 
Em 2008, durante a elaboração do Plano de Manejo, a consultoria JGP 
realizou o inventário da fauna aquática da APA do Lajeado. O levantamento 
objetivou diagnosticar a riqueza da ictiofauna e dos organismos aquáticos como 
fitoplâncton, zooplâncton e zoobentos determinando quantitativamente os 
táxons, suas densidades e os possíveis indicadores do estado de influência 
antrópica. 
De acordo com Pacher et al. (2020), na APA do Lajeado é possível 
encontrar também, além das espécies informadas no Anexo IV, as seguintes 
espécies de peixes: Oreochromis niloticus e Ancistrus sp., conhecidos 
popularmente como tilápia-do-nilo e cascudo. 
Os dados amostrais estão presentes no Anexo V, VI e VII. Na tabela 10, 
são apresentados os pontos de amostragem de fitoplâncton, zooplâncton e 
zoobentos na APA do Lajeado. 
Tabela 10 - Pontos de Amostragem para organismos aquáticos – JGP/2008 
FONTE: JGP - Plano de Manejo, 2012. 
 
 
Em novembro de 2019, a empresa Sertuba Engenharia e Consultoria 
Ltda., contratada pela concessionária Águas Guariroba, realizou o estudo de 
macroinvertebrados bentônicos e toxicidade crônica com Ceriodaphinia dubia no 
reservatório Lajeado. As amostras foram coletadas em seis pontos do 
reservatório, AM 01, AM 02, AM 03, AM 04, AM 05 e AM 06. 
Pontos de 
Amostragem 
Coordenadas 
Geográficas 
(UTM) 
Localização 
PA 01 
0755519 
7732327 
Córrego Lageado, dentro do condomínio residencial Dhama I, no portão 4, zona 2 
PA 02 
0755747 
7732014 
Córrego Lageado, a montante da barragem na Fazenda Nossa Senhora 
Aparecida 
PA 03 
0755846 
7731284 
Córrego Lageado, abaixo do primeiro afluente da margem esquerda da 
nascente para jusante (ponte com pilares brancos) 
PA 04 
0755508 
7730430 
Córrego Lageado, após o segundo afluente da margem esquerda da 
nascente para jusante (ponte de madeira) 
PA 05 
073774 
7728167 
Montante da barragem do Reservatório Lajeado 
PA 06 
0756585 
7728825 
Córrego Lageadinho, a montante do pesqueiro Harmonia 
 
 
45 
Foram registrados 227 (duzentos e vinte e sete) indivíduos de 
macroinvertebrados bentônicos no Reservatório Lajeado, distribuídos em 5 
classes, 9 ordens e 10 famílias, conforme apresentado na Tabela 11, sendo a 
família Thiaridae (Mollusca – Gastropoda), a mais representativa. 
 
Tabela 11 - Táxons e número de indivíduos de macroinvertebrados bentônicos 
registrados no Reservatório Lajeado – Novembro de 2019 
TÁXONS AM 01 AM 02 AM 03 AM 04 AM 05 AM 06 TOTAL 
CLASSE CLITELLATA 
Ordem Crassiclitellata 
Lumbricidae 3 2 13 2 5 1 26 
Ordem Arhynchobdellida 
Hirudinidae 3 1 9 1 4 2 20 
CLASSE INSECTA 
Ordem Trichoptera 
Odontoceridae 3 3 18 2 6 0 32 
Ordem Odonata 
Gomphidae 1 2 3 0 2 1 9 
Ordem Ephemeroptera 
Polymitarcydae 4 8 9 1 2 2 26 
Ordem Díptera 
Chironomidae 4 3 2 2 4 0 15 
Culicidae 0 3 3 0 1 0 7 
CLASSE GASTROPODA 
Ordem Neotaenioglossa 
Thiaridae 8 4 15 8 16 3 54 
CLASSE BIVALVE 
Ordem Mytiloida 
Mytilidae 6 3 0 2 3 0 14 
CLASSE OLIGOQUETA 
Ordem Haplotaxida 
Figura 19 - Número de indivíduos dos táxons de macroinvertebrados bentônicos registrados em 
cada ponto de coleta no Reservatório Lajeado. Disponibilizado pela concessionária Águas 
Gurariroba 
 
 
46 
Lumbricina 4 6 8 3 3 0 24 
Abundância 18 16 26 13 23 3 227 
Riqueza 9 10 9 8 10 5 
FONTE: Águas Guariroba 
 
Mudanças ambientais nos parâmetros físicos e químicos, decorrentes de 
lançamento de resíduos no corpo hídrico, causam mudanças na biota aquática. 
O conhecimento de que diferentes organismos apresentam sensibilidade a 
determinados poluentes constitui a base para a utilização dos mesmos, como 
indicadores biológicos de qualidade da água, como fitoplâncton, zooplâncton, 
bentos, peixes, entre outros. Desse modo, organismos bioindicadores integram 
respostas relativas à concentração de poluentes e a intensidade de estresse em 
função do tempo, levando em consideração que os organismos aquáticos 
apresentam bioacumulação de substâncias (QUEIROZ, 2008). 
 
4.5 MEIO SOCIOECONÔMICO 
O município de Campo Grande possui área total de 8.092,95 km², sendo 
a área urbana de 359,04 km². A densidade demográfica da capital é de 97,22 
hab/km². A população estimada é de 895.982 habitantes, de acordo o Instituto 
Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), com data de referência em 1° de 
julho de 2019. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 
0,784, com base nos dados do IBGE, do ano de 2010. 
A economia de Campo Grande é voltada para os setores secundário e 
terciário – indústrias, comércios e serviços – fazendo com que a oferta de 
emprego se concentre na zona urbana da cidade, gerando um alto grau de 
urbanização (RAA, 2015). 
Tabela 12 - Participação percentual por atividade econômica no Munícipio, na 
arrecadação de ICMS - 2012-2020 
Especificação 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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