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Questão 01 - Observou-se nos últimos anos, no Brasil e no mundo, o aumento na incidência e 
prevalência das doenças crônicas como diabetes, hipertensão arterial e obesidade. Tendo em vista este 
atual cenário, julgue os itens relacionados ao quadro de diabetes e as consequências devido à 
cronicidade desta doença: 
a) A neuropatia diabética é uma complicação rara em paciente diabético. Pode provocar a disfunção 
dos nervos periféricos sensitivos e nervos autonômicos. FALSO 
A neuropatia diabética é uma complicação altamente prevalente do diabetes (tipo 1 ou tipo 2) caracterizada 
pela presença de sintomas e/ou sinais de disfunção dos nervos periféricos e/ou disfunção dos nervos 
autonômicos. 
 
b) O desenvolvimento da neuropatia diabética é uma consequência de diversos fatores como 
hiperglicemia, outros fatores metabólicos e vasculares. VERDADEIRO 
Possíveis etiologias para o desenvolvimento da neuropatia diabética são hiperglicemia e outros fatores 
metabólicos e vasculares (hipertensão, obesidade, tabagismo, níveis elevados de triglicerídeos séricos) e 
outros fatores gerais (idade, duração do diabetes, altura, IMC). 
A neuropatia diabética (ND) é uma consequência complexa de alterações induzidas por hiperglicemia em 
diversas vias bioquímicas, associadas a outros fatores metabólicos e vasculares. 
 
c) O paciente com quadro de neuropatia diabética tipicamente descreve o quadro de dor e perda 
sensorial como um padrão de “meias e/ou luvas”. Isto porque a parte mais distal dos nervos mais 
longos é afetada primeiro. Os sintomas iniciais geralmente envolvem as pontas dos pododáctilos e 
dedos e prossegue em direção proximal. VERDADEIRO 
Pois esse é o curso clínico da dor neuropática diabética. 
A dor é o motivo pelo qual os pacientes com ND buscam tratamento clínico. A intensidade varia de leve 
desconforto à incapacitante e pode ser descrita como: permanente, lancinante, parestesia, queimação, 
dolorosa, maçante ou incômoda, excessivamente sensível. A parte mais distal dos nervos mais longos é 
afetada primeiro. Os sintomas iniciais geralmente envolvem as pontas dos pododáctilos e dedos. Isso 
prossegue em direção proximal, resultando em um padrão de "meias e/ou luvas" de dor e perda sensorial. 
 
d) É importante que o paciente com diagnóstico de diabetes passe por um rastreamento anual de 
neuropatia diabética (teste de sensibilidade dolorosa, vibratória, tátil e reflexos). VERDADEIRO 
A diretriz fala que o rastreamento é realizado em pacientes de diabetes tipo 2 (a partir do diagnostico), 
diabetes tipo 1 (5 anos após o diagnóstico) e síndrome metabólica ou intolerância à glicose com sintomas de 
neuropatia periférica. O rastreamento é conduzido pelo menos 1 vez ao ano, usando sinais e sintomas 
(avaliações clinicas simples incluem teste de sensibilidade à dor, percepção de vibração (diapasão de 128 
Hz), percepção da sensibilidade tátil (monofilamento de 10g, reflexo aquileus). 
Todos os pacientes devem ser rastreados para ND no momento do diagnóstico de diabetes do tipo 2 ou 
intolerância à glicose e 5 anos após o diagnóstico do diabetes do tipo 1. O rastreamento deve ser conduzido 
pelo menos anualmente daí em diante, usando exames clínicos simples. 
 
 
Questão 02 - Sobre a dor neuropática diabética, julgue as alternativas a seguir: 
Problema 2 – “essas dores só pioram” 
 
 
a) Pode haver redução da sensibilidade cutânea distalmente nos quatro membros e perda da 
sensibilidade profunda e da dor. VERDADEIRO 
 
A parte mais distal dos nervos mais longos é afetada primeiro. Os sintomas iniciais geralmente envolvem as 
pontas dos pododáctilos e dedos. Isso prossegue em direção proximal, resultando em um padrão de "meias 
e/ou luvas" de dor e perda sensorial. 
 
b) A manutenção da glicemia relativamente normal tem importância no tratamento da dor 
neuropática diabética. VERDADEIRO 
Pois a principal etiologia da dor neuropática diabética é a hiperglicemia, sendo assim, de suma importância o 
controle glicêmico. 
Os níveis glicêmicos afetam diretamente o metabolismo e o avanço do diabetes, e consequentemente de suas 
complicações. Pois a principal etiologia da dor neuropática diabética é a hiperglicemia, sendo assim, de 
suma importância o controle glicêmico. 
 
c) A dor pode ser importante, e várias drogas como fenitoína, carbamazepina, gabapentina, 
fenotiazinas e antidepressivos tricíclicos são recomendadas para o seu tratamento. VERDADEIRO 
Pois o tratamento da dor neuropática diabética pode ser tratada com gabapentina, carbamazepina (1º linha), 
anticonvulsivantes (fenitoína) e antiepileticos (carbamazepina) e também por antidepressivos, tanto os 
tricíclicos quanto os inibidores da recaptação da serotonina e norepinefrina (duloxetina). 
A diabetes causa uma neuropatia periférica dolorosa e incapacitante, muitas vezes resistente aos tratamentos 
com analgésicos e outras drogas auxiliares, assim o seu tratamento de dor pode ser feito com gabapentina, 
carbamazepina (1º linha), anticonvulsivantes (fenitoína) e antiepileticos (carbamazepina) e também por 
antidepressivos, tanto os tricíclicos quanto os inibidores da recaptação da serotonina e norepinefrina 
(duloxetina). 
 
d) A ataxia sensitiva pode desenvolver-se com marcha talonante e a perda da sensibilidade dolorosa 
contribui para o desenvolvimento de úlceras perfurantes nos pés e de artropatia neuropática. 
Pois a ataxia sensitiva é causada por danos às vias aferentes e posteriores, que resultam da perda de 
propriocepção (percepção de si mesmo no espaço). Assim, a marcha talonante ocorre por perda das 
informações sensoriais dos MMII, principalmente da propriocepção; podendo ocorrer lesão do cordão 
posterior da medula ou neuropatia periférica sensorial. A marcha é realizada com a base alargada, com o 
olhar para o solo e a perda da noção da proximidade do solo em relação aos pés, faz com que ele arremesse 
o pé para diante e bata com força no solo. 
 
Questão 03 - Pacientes que passam por processos de amputação de membros podem desenvolver um 
processo complexo de sensações dolorosas, mais conhecida como “dor do membro fantasma”. Em 
relação a esta afecção, julgue os itens: 
a) Uma das teorias que explicam o quadro de dor do membro fantasma está relacionado com nervos 
periféricos que são seccionados/lesionados durante o processo de amputação. A secção destes nervos 
propicia a formação de neuromas. VERDADEIRO 
Após a amputação e secção do nervo, ocorre uma degeneração retrógrada e um encurtamento dos neurônios 
aferentes como resultado da lesão, do edema e da tentativa de regeneração do axônio. As fibras da 
extremidade seccionada podem crescer e formar nódulos, denominados neuromas, que geram impulsos 
 
 
anormais. Neste fenômeno, conhecido como sprouting, as terminações das fibras A e C alargam-se e 
desorganizam-se, gerando impulsos ectópicos que aumentam após estímulos mecânicos e químicos inócuos. 
Assim, estes impulsos que ativam o SNC podem manter intacta a percepção da existência do membro e 
resultar em dor do membro fantasma. 
 
b) Neuromas são estruturas que possuem uma hiperexcitabilidade e podem provocar descargas 
espontâneas. VERDADEIRO 
Mecanismo da dor dos neuromas é um aumento da sensibilidade à dor devido a liberação constante de 
prostaglandinas e COX. Neuroma é o nome que se dá à lesão ou inflamação do nervo responsável pela 
sensibilidade dos dedos do pé. As queixas começam de uma forma progressiva e são mais comuns na região 
do terceiro e quartos dedos. Também pode se manifestar por uma dor na planta ou no dorso do pé ou dos 
dedos, que pode estar associada a alterações de sensibilidade, dando origem a sensação de queimadura, 
formigueiro ou choque na parte anterior do pé. Eles podem provocar descargas espontâneas. 
O processo parece um curto-circuito, que faz o cérebro receber mensagens vindas do nervo queantes servia 
o membro retirado. Isso acontece porque todos os nossos nervos são protegidos por uma membrana chamada 
mielina – semelhante ao plástico isolante. Quando um membro é amputado, a mielina se rompe, deixando o 
nervo desprotegido. Durante a cicatrização, é possível que nas extremidades desses nervos se formem 
pequenos nódulos, chamados neuromas. Como não existe mais mielina no local para isolar os nervos, os 
neuromas podem desencadear descargas elétricas espontâneas. 
 
c) O quadro de dor do membro fantasma pode ser justificado exclusivamente por alterações neuronais 
periféricas. Alterações a nível central (medulares) não estão envolvidas neste processo. FALSO 
Pois o quadro de dor do membro fantasma é justificado aos impulsos que entram na medula espinhal 
(alterações neurais periféricas) oriundas da cicatriz de tecido nervoso juntamente com o rearranjo de 
circuitos corticais (alterações neurais centrais). 
 
o fenômeno do membro fantasma - dolorosa ou não – corresponde ao fato de a amputação de parte do corpo 
poder causar uma desregulação da rede normal de aferentes nervosos e da transmissão nociceptiva. A 
aferência normal é substituída por outra ainda desconhecida, mas certamente diferente, que fornece à medula 
espinhal e ao encéfalo, nomeadamente ao córtex somatossensorial, a informação necessária para criar o 
“fantasma”. Existem inúmeras teorias para tentar explicar a fisiopatologia da dor neuropática, que podem ser 
divididas em três categorias principais: periféricas, espinhais e centrais. As primeiras assumem que a causa 
reside nas terminações nervosas junto à lesão, enquanto as segundas atribuem a causa a alterações na medula 
espinhal. Para as categorias centrais a DF tem causa encefálica. 
 
d) A dor no membro fantasma é uma sequela comum após uma amputação e é uma fonte significativa 
de dor crônica. Ela pode aparecer imediatamente após a amputação ou até mesmo anos mais tarde. 
VERDADEIRO 
Pois a dor do membro fantasma está presente na primeira semana após a amputação em 50-75% dos casos, 
mas ela pode aparecer após meses ou ate vários anos. 
A dor do membro fantasma é definida como uma dor sentida no membro amputado. Em geral inicia-se na 
primeira semana após a amputação, mas pode demorar meses ou até́ anos a manifestar-se. É considerada 
uma dor neuropática que é sentida em pontos precisos do membro fantasma. É encontrada noutras situações, 
para além da amputação, em que há desaferenciação, tais como esclerose múltipla, lesão medular e lepra, 
todavia muitos autores escrevem a dor do membro fantasma como uma entidade autônoma 
 
 
 
Questão 04 - Pode-se definir como membro fantasma a experiência de possuir um membro ausente 
que se comporta similarmente ao membro real, assim como sensações de membro fantasma a vários 
tipos de sensações referidas ao membro ausente (Rohlfs e Zazá, 2000). Sobre este tema, julgue as 
alternativas a seguir: 
a) A dor fantasma é uma sensação dolorosa referente ao membro (ou parte dele) perdido que pode se 
apresentar de diversas formas tais como ardor, aperto, compressão ou até mesmo uma dor intensa e 
frequente. VERDADEIRO 
Visto que essas são as possíveis apresentações clinicas da dor do membro fantasma. 
Pode ser coceira, choque, formigamento, queimação, frio, sensação de inchaço, de que a perna que foi 
amputada está se mexendo sozinha, câimbra. É muito difícil os pacientes encontrarem palavras para 
relatarem o que estão sentindo. 
 
b) A dor normalmente está presente após 10 anos da amputação. FALSO 
Pois em 50-75% dos casos a dor aparece na primeira semana após a amputação, mas também pode aparecer 
após meses ou até anos após o procedimento cirúrgico. 
A dor normalmente está presente na primeira semana após amputação, mas ela pode aparecer após meses ou 
até vários anos, estando localizada principalmente na parte distal do membro fantasma. A duração da dor 
fantasma varia de acordo com cada indivíduo, entretanto a dor severa persiste em apenas uma pequena 
fração dos amputados, na ordem de 5-10 %. 
 
c) Localiza-se principalmente na parte proximal do membro fantasma. FALSO 
Pois normalmente se localiza distalmente no membro fantasma (dedos, pés, panturrilha), uma vez que a 
parte mais distal dos nervos mais longos é afetada primeiro. 
 
As principais manifestações clínicas de comprometimento somático são de dormência ou queimação em 
membros inferiores na parte distal, formigamento, pontadas, choques, agulhadas em pernas e pés, 
desconforto ou dor ao toque de lençóis e cobertores e queixas de diminuição ou perda de sensibilidade tátil, 
térmica ou dolorosa. 
 
d) Na dor do membro fantasma, a ausência das informações sensoriais periféricas faz com que 
neurônios nas vias nociceptivas se tornem excessivamente ativos. VERDADEIRO 
Pois é pela contínua presença de informações sensoriais periféricas que surgem as dores do membro 
fantasma, sendo que as dores ocorrem devido a impulsos que entram na medula espinhal oriundos da cicatriz 
de tecido nervoso. 
Na dor do membro fantasma, a ausência dessas informações sensoriais faz com que neurônios nas vias 
nociceptivas se tornem excessivamente ativos. A superposição extensa de representações corticais que, 
normalmente estão separadas se relacionam com a intensidade da dor do membro, ou seja, a reorganização 
cortical maciça pode aumentar esse fator. 
 
Questão 05 - Em relação ao uso de anticonvulsivantes no tratamento da dor neuropática, julgue os 
itens: 
a) No tratamento da dor neuropática, a escada analgésica não se aplica, e as drogas adjuvantes 
assumem o papel de protagonistas. Isto inclui as drogas antiepilépticas e, em menos vezes, os 
psicotrópicos. VERDADEIRO 
 
 
Visto que a escada analgésica é aplicada no tratamento de dores nociceptivas ou mistas, e não no tratamento 
da dor neuropática, são classificações diferentes. Dores nociceptivas ou mistas com escore entre 8 e 16 
pontos na escala de LANSS, indicando lesão simultânea de nervos e tecidos adjacentes devem respeitar a 
proposta da OMS de escalonamento (degraus da escada analgésica). Dores neuropáticas (lesão ou disfunção 
de estruturas do SNP ou SNC) tal que na escala de dor de LANSS, os escores são superiores a 16 pontos. 
 
b) A gabapentina é um anticonvulsivante e é o medicamento desta classe mais utilizado para 
tratamento de dor neuropática. Possui um perfil de boa tolerabilidade e mínimas interações com 
outras drogas. VERDADEIRO 
A gabapentina é um antiepilético de segunda linha, com resultados inferiores aos de outras drogas que 
surgiram mais ou menos na mesma época, mas é o anticonvulsivante mais usado no tratamento de dor 
neuropática. Ela é absorvida no trato gastrointestinal por um sistema de transporte ativo, não se liga às 
proteínas, não é metabolizada pelo fígado e é excretada de forma inalterada pelos rins. Essas características 
lhe conferem excelente perfil de tolerabilidade, mínimas interações com outras drogas, mas sinalizam a 
necessidade de redução das doses em pacientes com doenças renais. 
 
c) Como ocorre nas epilepsias, drogas que atuam nos canais de sódio com frequência são úteis no 
controle da dor neuropática. Isso tem feito com que as drogas antiepilépticas sejam constantemente 
testadas no controle da dor neuropática com resultados variáveis. VERDADEIRO 
Visto que a gabapentina funciona, assim como os anticonvulsivantes, como um bloqueador do canal de Na+, 
subunidade alfa2gama do canal de Ca2+, tendo assim uma ação no controle da dor neuropática. Diversas 
drogas tem sido testadas e os resultados são variáveis. 
 
d) A Carbamazepina é indicada principalmente nas dores neuropáticas relacionadas com a neuralgia 
do trigêmeo, sendo considerada o padrão-ouro para tratamento desta doença. VERDADEIRO 
Visto que a carbamazepina é o fármaco principal para o tratamento da neuralgia do trigêmeo.Sua principal indicação é na neuralgia do trigêmeo sendo considerado padrão ouro, e neste caso fármaco de 
primeira linha. A carbamazepina bloqueia os canais de sódio voltagem-dependentes, retarda a recuperação 
iônica após a ativação e suprime a atividade espontânea sem bloquear a condução normal. Também inibe a 
captação de noradrenalina. 
 
Questão 06 - Acerca da analgesia adjuvante, julgue os itens a seguir: 
a) Analgésicos adjuvantes são medicações desenvolvidas primeiramente para o alívio da dor, mas com 
este efeito em certas situações. FALSO 
Os analgésicos adjuvantes são drogas desenvolvidas primeiramente para outras indicações que não o alívio 
da dor, mas com este efeito em certas situações. Também são chamados de co-analgésicos, podendo ser 
usados em combinação com outras drogas, em todos os degraus da escada analgésica, com atuação especial 
nos casos de dor neuropática que não respondem suficientemente bem aos opiáceos. 
 
b) Os analgésicos adjuvantes mais utilizados para a dor são os anticonvulsivantes e os antidepressivos. 
VERDADEIRO 
 
 
Pois os medicamentos mais utilizados como adjuvantes são os anticonvulsivantes (como gabapentina e 
pregabalina) e antidepressivos (tais como amitriptilina, bupropiona, desipramina, duloxetina, nortriptilina e 
venlafaxina). 
 
c) Os antidepressivos tricíclicos são eficazes para dor neuropática, cefaleias, fibromialgia e síndromes 
de hipersensibilidade visceral (dos órgãos) como dor abdominal ou pélvica crônica. VERDADEIRO 
Pois os ATC’s (antidepressivos tricíclicos) possuem indicações para tratamento de dor neuropática (1º 
linha), assim como para as dores crônicas. As doses de antidepressivos tricíclicos usados para tratar a dor 
são em geral muito baixas para tratar depressão ou ansiedade. Assim, se forem usados antidepressivos 
tricíclicos para tratar a dor, serão geralmente necessários medicamentos adicionais para tratar a depressão 
ou ansiedade, se presentes. 
 
d) Outras medicações como anestésicos locais e corticosteróides também podem ser utilizados como 
analgésicos adjuvantes. VERDADEIRO 
Pois o uso de adjuvantes pode visar o aumento da analgesia (corticoesteroides, anticonvulsivantes) e 
anestésicos locais/ tópicos também podem ser utilizados. Um anestésico local, como a lidocaína, pode ser 
injetado na pele para controlar a dor causada por uma lesão ou até mesmo dor neuropática. Anestésicos 
locais também podem ser injetados em nervos para bloquear a dor — um procedimento chamado de 
bloqueio de nervo. Corticosteroides, tais como prednisona e dexametasona, podem ser tomados por via oral 
se uma dor intensa for causada por inflamação. 
 
Questão 07 - Em relação à dor oncológica e a escala de dor preconizada pela OMS, julgue os itens: 
a) A dor de origem oncológica é classificada apenas como neuropática. Não ocorre manifestação de 
dor de origem nociceptiva. FALSO 
A dor oncológica pode ser nociceptiva, decorrente de algum dano de intervenções. 
A dor pode ser didaticamente dividida em dois tipos: dor nociceptiva, que representa injúria tecidual, e dor 
neuropática, que diz respeito à lesão ou alteração no sistema nervoso. Nos pacientes com câncer prevalece a 
dor mista. 
 
b) O primeiro degrau da escada analgésica preconizada pela OMS sugere a utilização de 
medicamentos da classe dos opióides associados aos coadjuvantes para dores de forte intensidade. 
FALSO 
Pois o primeiro degrau sugere a utilização de analgésicos e AINE’s. 
 
O primeiro degrau da escada analgésica preconizada pela OMS sugere a utilização de medicamentos não 
opióides associados aos coadjuvantes para dores de fraca intensidade (AINEs). 
 
c) O segundo degrau da escada analgésica preconizada pela OMS recomenda a utilização de 
analgésicos opióides fortes associados ou não aos medicamentos não-opióides e aos coadjuvantes para 
as dores de moderada intensidade. FALSO 
O segundo degrau sugere o uso de AINE’s adicionado ao tratamento, opioides fracos (tramadol e codeína). 
Alguns autores preconizam o uso precoce do segundo degrau para pacientes com dor moderada. 
O segundo degrau recomenda a utilização de analgésicos opióides fracos associados ou não aos 
medicamentos não opióides e aos coadjuvantes para as dores de moderada intensidade. 
 
 
 
d) O terceiro degrau da escada analgésica preconizada pela OMS sugere a utilização de opióides 
fortes apenas, já que a associação com não-opióides e aos coadjuvantes não apresenta bons resultados. 
FALSO 
Pois é feita a associação de AINE’s, analgésicos e os opioides fortes (metadona, morfina, oxicodona, 
fentanil), e não somente uso de opioides fortes. 
O terceiro degrau sugere a utilização de opióides fortes associados ou não aos medicamentos não opióides e 
aos coadjuvantes para dores de forte intensidade. 
 
Questão 08 - De todos os sintomas que um paciente com diagnóstico de câncer apresenta, a dor é o 
mais temido, constituindo o fator mais determinante de sofrimento relacionado à doença mesmo 
quando comparado à expectativa da morte. De acordo com os princípios básicos da escada analgésica 
preconizados pela OMS nestes casos: 
a) A medicação deve ser preferencialmente dada pela via parenteral. FALSO 
O primeiro princípio básico da escada analgésica é "pela boca". Assim, a medicação deve ser 
preferencialmente dada pela boca. Preconiza-se o uso preferencial da via oral e a administração dos 
fármacos em horários pré-estabelecidos e não sob regime de demanda. Propõe-se o uso de analgésicos anti-
inflamatórios não-hormonais, de opiáceos fracos e opiáceos fortes, nesta sequência, para dores de 
intensidade crescente. 
 
b) Deve-se respeitar os intervalos da administração da medicação de acordo com a meia vida de cada 
droga. VERDADEIRO 
Segundo princípio básico da escada analgésica é "pelo relógio", é fundamental respeitar os intervalos de 
administração da medicação de acordo com a meia vida de cada droga 
 
c) Cada paciente deve ser individualizado. VERDADEIRO 
O quinto princípio básico da escada analgésico é: para o indivíduo. Individualizado para cada paciente, uma 
avaliação contínua deve ser empregada durante todo tratamento antecipando os efeitos colaterais e ajustando 
doses sempre que necessário. A troca de opióides deve ser feita em caso de falha de analgesia. 
 
d) Reavaliações frequentes permitem ajuste de doses de maneira mais eficiente assim como 
diagnósticos mais precisos em relação ao quadro álgico. VERDADEIRO 
O quinto princípio básico da escada analgésico é: "reavaliações frequentes, permitem reajustes de doses de 
maneira mais eficiente assim como diagnóstico mais precisos em relação ao quadro álgico" 
 
Questão 09 Em relação à classe dos opioides, julgue os itens: 
a) Os opioides são agonistas específicos de sítios receptores localizados na membrana de neurônios 
distribuídos no sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). FALSO 
Os opióides são agonistas específicos de sítios receptores localizados na membrana de neurônios 
distribuídos no sistema nervoso central (SNC) e mais recentemente, também foram identificados no sistema 
nervoso periférico (SNP). 
Há alguns anos, estudos passaram a mostrar que os opioides não apenas tinham uma ação em receptores 
cerebrais e da medula espinal, mas também em neurônios sensoriais periféricos, o que levou a um 
detalhamento da via de atuação dessas substâncias fora do sistema nervoso central (SNC). 
 
 
 
b) Como resultado da ligação do opióides ao seu receptor localizado pré e pós-sinapticamente, 
verificou-se uma diminuição da neurotransmissão dos impulsos dolorosos (efeito inibitório sobre o 
SNC). VERDADEIRO 
Pois o neurônio pré-sináptico inibe a liberação de neurotransmissores excitatórios através do bloqueio do 
canal de cálcio, e no pós-sináptico estimula a hiperpolarizaçãoa partir da abertura do canal de potássio, 
inibindo a transmissão central de estímulos nociceptivos no pré e no pós sinapse 
c) São efeitos colaterais comuns dos opióides: constipação, náusea/vômitos, vertigens, boca seca e 
sudorese. VERDADEIRO 
 
d) A constipação é um efeito colateral comum em usuários de morfina, está sempre presente e não 
desenvolve tolerância, por isso deve ser sempre tratada e prevenida. VERDADEIRO 
A constipação está sempre presente e não desenvolve tolerância, por isso deve ser sempre tratada e 
prevenida, a não ser que haja uma doença subjacente que acuse diarreia. 
 
A constipação intestinal é frequente nos pacientes que utilizam morfina, entretanto, o protocolo com atenção 
específica à constipação intestinal aumentou a adesão dos pacientes aos laxantes e consequentemente 
reduziu a probabilidade de formação do fecaloma. A tolerância acontece quando seu organismo se acostuma 
com o opioide e é preciso mais medicamento para aliviar a dor. No entanto, a maioria dos pacientes não 
desenvolve tolerância aos opioides. Mas, em caso de desenvolvê-la, geralmente um pequeno aumento na 
dose ou uma alteração no tipo de medicamento ajudará no alívio da dor. Aumentar as doses de opioides para 
aliviar o aumento da dor ou em casos de tolerância não significa que o paciente se tornou dependente do 
medicamento. Existe variação interindividual na constipação com morfina: alguns pacientes não apresentam 
constipação e não precisam tomar nenhum laxante, alguns pacientes não apresentam constipação porque 
estão tomando laxantes e alguns pacientes apresentam constipação, apesar de estarem tomando laxantes em 
altas doses. A ativação dos receptores μ por um agonista como a morfina pode resultar em diversos efeitos 
colaterais, dependendo de sua localização. Receptores opioides μ no cérebro estão relacionados à percepção 
da dor, e podem deprimir a função respiratória, enquanto aqueles localizados no trato gastrintestinal inibem 
a motilidade do intestino38. Opioides endógenos também têm sido associados à modulação de um “tônus de 
descanso” na motilidade intestinal. A peristalse consiste em duas fases: contração e relaxamento. A 
acetilcolina é mediadora da contração, enquanto peptídeos vasoativos são mediadores do relaxamento. Os 
opioides comprometem ambas as fases, por isso o efeito sobre a motilidade intestinal torna-se o principal 
 
 
mecanismo fisiopatológico da constipação intestinal. Em adultos assintomáticos, o tempo de trânsito 
intestinal total é de em média 36 horas, sendo 32h no sexo masculino, e 41h no sexo feminino. Em usuários 
de opioides, o tempo de trânsito no cólon é significativamente mais prolongado 
 
Questão 10 - Acerca dos opióides, julgue as alternativas a seguir: 
a) São possíveis efeitos dos opióides no SNC: analgesia, sedação, euforia, alucinações, tolerância e 
dependência. VERDADEIRO 
Os efeitos no SNC dos opioides são: analgesia, euforia e disforia, depressão respiratória, sedação, miose, 
supressão da tosse, náuseas, obstipação, constrição biliar, hipotensão, prurido, imunossupressão, 
broncoconstrição. Tolerância e dependência física são raras em uso agudo, mas podem ocorrer quando 
prescrito opioide de modo prolongado. Confusão mental pode ocorrer. 
As pessoas sob ação dos narcóticos apresentam contração acentuada da pupila dos olhos (miose), que às 
vezes chegam a ficar do tamanho da cabeça de um alfinete. Há também uma paralisia do estômago e o 
indivíduo sente-se empachado, com o estômago cheio, como se não fosse capaz de fazer a digestão. Os 
intestinos também ficam paralisados e, como consequência, a pessoa que abusa dessas substâncias, 
geralmente, apresenta forte prisão de ventre. É com base nesse efeito que os opiáceos são utilizados para 
combater as diarreias, ou seja, são usados terapeuticamente como antidiarreicos. 
 
Além desses, os outros efeitos são: 
 
 Analgesia (reduz ou elimina a sensação de dor); 
 Deprime o centro da tosse (por isso é usado em xaropes); 
 Sonolência; 
 Bradicardia (diminuição da frequência cardíaca); 
 Bradipneia (diminuição da frequência respiratória); 
 Hipotensão arterial (diminuição da pressão); 
 Acalmia: estado de serenidade, calma momentânea após um período de agitação (efeito buscado 
pelas pessoas que fazem abuso dos opiáceos); 
 Hipotensão arterial severa; 
 Coceira, náusea e vômito; 
 Constipação, enfraquecimento dos dentes; 
 Dificuldade de concentração e de se lembrar das coisas; 
 Redução do desejo e do desempenho sexual; 
 Dificuldades de relacionamento; 
 Problemas profissionais e financeiros, violações da lei; 
 Tolerância e dependência, sintomas de abstinência; 
 Overdose e morte por insuficiência respiratória. 
 
b) O tramadol é usado para os casos de dor forte, disponível via oral e parenteral. Seu efeito 
analgésico está relacionado com estimulação do receptor opióides mu, com efeito maior que o da 
morfina. FALSO 
O tramadol não possui efeito maior que o da morfina (1:10). 
-Tramadol é definido como opioide sintético fraco, análogo da codeína, que se situa no 2º degrau (opióides 
fracos – indicado para dores moderadas) da escada analgésica. 
 
 
-Apresenta duplo mecanismo de ação: fraca afinidade pelos receptores opioides, sendo seletivo para receptor 
opioide um (mi) e inibe a receptação da noradrenalina e da serotonina,modulando as vias descendentes 
inibitórias monoaminérgicas. 
-Atua na dor nociceptiva e apresenta no aA dose deve-se iniciar com 50mg, 6/6h ou conforme a necessidade, 
e aumentar até a dosagem máxima de 400mg/dia. 
-Há ação sinérgica com outros analgésicos anti-inflamatórios (paracetamol e dipirona), podendo ser 
associados, e, conforme a resposta, a dose total do tramadol pode ser diminuída. 
-Na dor episódica, deve-se fazer uma dose suplementar do próprio tramadol, não estando indicada mudança 
da substancia ativa. 
- Via sublingual é pouco absorvido e tem sabor amargo. 
É usada para os casos de dor leve a moderada, disponível via oral e parenteral. Efeito analgésico relacionado 
com estimulação do receptor opióide mu, com 1/10 da potência da morfina, dado via parenteral. Tem efeitos 
colaterais comuns aos opiáceos, embora constipação intestinal apareça com menor intensidade. Dose oral é 
200 a 400 mg/ dia e EV (endovenosa) é de 600 mg, divididos 4/6h. 
c) O Fentanil é um analgésico sintético opiáceo geralmente usado em anestesia por sua meia-vida 
curta. VERDADEIRO 
O fentanil é um analgésico opióides que produz intensa analgesia, que pode ser empregado durante a 
indução ou manutenção da anestesia. Atinge pico de efeito em 2-3 minutos e tem menor duração (30 
minutos) do que a morfina, oferecendo vantagens em cirurgias de ambulatório. 
É um analgésico sintético opiáceo, usado em anestesia por sua meia vida curta. Disponível em adesivo 
(patch) para administração transdérmica para pacientes com dor crônica, em câncer. 
 
d) A morfina é metabolizada por substâncias ativas no fígado e pode se acumular em casos de 
insuficiência renal, levando a eventos adversos e intoxicação. Não há teto de dose e seu emprego deve 
ser limitado pelo efeito analgésico e eventuais efeitos colaterais. VERDADEIRO 
Visto que a morfina sofre metabolização hepática e eliminação renal, e apenas pequena parte é eliminada 
pela vesícula biliar. Não tem efeito teto e a M6G (morfina-6-glicuronideo – metabolito da morfina) 
acumula-se na falência renal, ocasionando depressão ventilatória e do SNC. 
A morfina é metabolizada no fígado e os seus metabólitos principais são: morfina-3- glucoronídeo (M3G) e 
morfina-6-glucoronídeo (M6G). Estes metabólitos são excretados por via renal, estando a sua excreção, 
portanto, relacionada com a função renal e tendem a acumular-se na insuficiência renal e a produzir 
toxicidade. No entanto, é possível usá-la, mas deve-se começar com doses mais baixase aumentá-las mais 
lentamente. O intervalo entre as doses deve ser também maior, de 6 a 8 horas para as formas de libertação 
normal. As formas de libertação modificada devem ser evitadas. A analgesia com opiáceo é mediada através 
de receptores centrais e não há teto máximo de ação- a dose pode ser aumentada virtualmente, sem limite, 
obviamente, respeitando tolerância e efeitos adversos em cada paciente.

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