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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA DANUBIA PEREIRA CAMPOS A FISIOTERAPIA APLICADA NO TRATAMENTO DA BRONQUIOLIOTE VIRAL AGUDA SÃO GONÇALO – RJ 2022-2. DANUBIA PEREIRA CAMPOS A FISIOTERAPIA APLICADA NO TRATAMENTO DA BRONQUIOLIOTE VIRAL AGUDA Projeto apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade Salgado de Oliveira como parte dos requisitos para conclusão do curso. Orientadora: prof. Rachel de Faria Abreu Mestre em Fisioterapia SÃO GONÇALO – RJ 2022.2 A FISIOTERAPIA APLICADA NO TRATAMENTO DA BRONQUILIOTE VIRAL AGUDA Artigo científico apresentado ao Curso de Graduação em Fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira como parte dos requisitos para conclusão do curso. Aprovado em ____________ de _________________________ de 2022. ___________________________________________________________ Rachel de Faria Abreu UNIVERSO RESUMO Introdução: a bronquiolite viral aguda é uma enfermidade de cunho inflamatório que age diretamente no trato respiratório inferior. Sendo assim, é notório que tal doença é mais recorrente durante os dois primeiros anos de vida, demonstrando picos de incidência normalmente ao redor dos seis meses de vida devido a um agente viral que acarreta na infecção e obstrução das vias aéreas de pequeno calibre. Objetivo: este estudo tem como objetivo geral analisar através da revisão de literatura a eficácia do uso das técnicas fisioterápicas em crianças vítimas da bronquiolite viral aguda, além de defender a importância da atuação do fisioterapeuta na sociedade. Metodologia: o presente trabalho apresenta uma sistemática revisão de literatura científica, baseada em artigos científicos e textos fidedignos que abordassem tal temática. Resultados: Foram selecionados 18 artigos para discussão, dispostos em uma tabela, que se encaixam nos critérios de inclusão e exclusão. Conclusão: é necessária que sejam efetuadas investigações aprofundadas e atenciosas, e, estudos pragmáticos acerca da utilização das técnicas fisioterápicas nesta população para dissolver as objeções em suas aplicações. Palavras-chave: Fisioterapia; importância da fisioterapia pediátrica; atuação do fisioterapeuta no tratamento da bronquiolite viral aguda e bronquiolite aguda viral durante a infância. ABSTRACT Introduction: Acute viral bronchiolitis is an inflammatory disease that acts directly on the lower respiratory tract. Therefore, it is clear that this disease is more recurrent during the first two years of life, showing peaks of incidence usually around the six months of life due to a viral agent that causes infection and obstruction of small airways. Objective: This study has the general objective of analyzing, through literature review, the effectiveness of the use of physical therapy techniques in children victims of acute viral bronchiolitis, in addition to defending the importance of the physical therapist's role in society. Methodology: the present work presents a systematic review of scientific literature, based on scientific articles and authoritative texts that approach this theme. Results: 18 articles were selected for discussion, arranged in a table, which fit the inclusion and exclusion criteria. Conclusion: it is necessary to carry out in-depth and thoughtful investigations, and pragmatic studies on the use of physical therapy techniques in this population to resolve objections in their applications. Keywords: Physiotherapy; importance of pediatric physical therapy; role of the physical therapist in the treatment of acute viral bronchiolitis and acute viral bronchiolitis during childhood. AGRADECIMENTOS Primordialmente, eu gostaria de agradecer a Deus por ter me proporcionado a vida e por me ajudar a ultrapassar todos os obstáculos encontrados ao longo do caminho. Aos meus pais, família e amigos que me incentivaram nos momentos difíceis e compreenderam a minha ausência enquanto eu me dedicava à realização deste sonho que é a graduação de fisioterapia. Além do amor, respeito, carinho e incentivos incondicionais que me foi dado durante este período. Aos alunos e colegas de profissão que conheci ao longo deste amável e adorado curso o quão desenvolvi um amor tão sólido e profundo, agradeço-os imensamente por nunca terem desistido de mim, mesmo nas ocasiões nas quais eu achava que seria insuficiente e não conseguiria. Deste modo, é graças a vocês que eu prossegui firme e forte nesta batalha constante por amor a profissão a qual escolhi com tanta devoção e adoração. Aos meus professores, pelas correções e ensinamentos que me permitiram apresentar um melhor desempenho no meu processo de formação profissional. A minha orientadora Rachel de Faria Abreu pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos. EPÍGRAFE Muitos me perguntam porque quero ser Fisioterapeuta. Só digo uma coisa, a fisioterapia me fez ver um novo mundo de outra forma, onde com fé, trabalho e dedicação podemos ajudar o próximo. Amanda Serafim. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................... 1 MATERIAIS E MÉTODO ...................................................................... 2 RESULTADOS ...................................................................................... 3 DISCUSSÃO ....................................................................................... 15 Papel do fisioterapeuta na sociedade: um retrato comparativo entre os parâmetros iniciais e atuais desta profissão no Brasil ............................................ 15 Fisioterapia respiratória: um olhar diferente acerca do ramo de atuação do fisioterapeuta ........................................................................................................... 16 Impacto da sazonalidade na bronquiolite aguda em crianças ............................... 18 Bronquiolite viral aguda em crianças: sinais, sintomas, tratamento e principais benefícios da fisioterapia ........................................................................ 19 CONCLUSÃO ..................................................................................... 22 REFERÊNCIAS .................................................................................. 23 1 INTRODUÇÃO É válido ressaltar que a bronquiolite viral aguda é uma enfermidade de cunho inflamatório que age diretamente no trato respiratório inferior. Sendo assim, é notório que tal doença é mais recorrente durante os dois primeiros anos de vida, demonstrando picos de incidência normalmente ao redor dos seis meses de vida devido a um agente viral que acarreta na infecção e obstrução das vias aéreas de pequeno calibre. Vale ressaltar que consoante a autora Luisi (2008) em suma maioria dos casos, esta doença é autolimitada, logo, sua taxa de mortalidade é baixa, resultando em menos de 1% de mortes. Todavia, é de suma importância abordar que em crianças consideradas como grupo de risco (prematuras, com cardiopatias congênitas e imunodeprimidos, desnutridos, dentre outros) esse número pode aumentar exponencialmente à 30%. Entretanto, apesar da baixa morbidade, 75% dos casos de hospitalização em pediatria são devidos a esta doença. A presença de um fisioterapeuta respiratório no atendimento da criançainfectada pela bronquiolite viral aguda faz parte das recomendações básicas para o funcionamento da unidade. Afinal, este profissional da saúde pode ser caracterizado como um dos mais aptos para reconhecer os primeiros sinais e sintomas e tratar esta enfermidade visto que durante seu processo de graduação na faculdade obteve formação adequada para exercer tal prática com sabedoria e destreza. Ao refletir acerca da bronquiolite viral aguda em crianças, é possível destacar que alguns estudos apontam que a fisioterapia é considerada “uma chave” primordial no desencadeamento da melhora do paciente, levando-se em consideração que ao aplicar as técnicas e ensinamentos da fisioterapia é possível alcançar a desobstrução brônquica, o desinsuflamento pulmonar e o recrutamento alveolar. (LUISI. 2008). A escolha do tema se justifica por existir hoje, na comunidade médica, muita discussão sobre a eficácia do uso das técnicas fisioterápicas em crianças bronquiolite viral aguda. Alguns trabalhos já demonstraram benefícios evidentes, enquanto outros não aconselham a utilização das técnicas dependendo da gravidade do paciente, portanto surgiu o interesse em investigar estudos mais 2 recentes sobre o assunto e trazer esses dados para o leitor. Ademais, o presente estudo visa defender a importância da atuação do fisioterapeuta na sociedade, baseando-se na visão centrista da sociedade de acabar “esquecendo” da relevância desta profissão ao comparar-se com as demais áreas de atuação da saúde. MATERIAIS E MÉTODO O presente trabalho apresenta uma sistemática revisão de literatura científica, baseada em artigos científicos e pesquisas em fontes de dados fidedignas que destrincham acerca da definição da bronquiolite viral aguda em crianças, visando-se abordar principalmente acerca da relevância da fisioterapia no tratamento desta enfermidade. Para a execução do estudo foi realizado um levantamento de dados e artigos científicos realizado no período compreendido entre os meses de junho a outubro de 2022, manuseando os bancos de dados Google Acadêmico, Scientifc e sites regionais focalizados na fisioterapia e/ou na bronquiolite. Deste modo, foram-se empregadas as seguintes palavras-chave: Bronquiolite, Bronquiolite Viral Aguda e Bronquiolite em crianças. Os critérios utilizados para a inclusão foram artigos publicados no período de tempo compreendido entre 2008 a 2022, publicados em língua inglesa ou portuguesa e que abordassem acerca da definição, principais causas e tratamentos em crianças. Para exclusão foram utilizados critérios bem definidos, artigos que não estivessem no período de tempo almejado e obras que seus respectivos conteúdos não adequavam- se ao objetivo deste trabalho. Deste modo, totalizaram-se 18 artigos escolhidos para o resultado final desta obra. 3 RESULTADOS Ao analisar os resultados das buscas realizadas com as palavras descritas anteriormente, foram encontrados 18 artigos que se encaixaram perfeitamente nos critérios de inclusão expostos. Na tabela abaixo estão descritos sucintamente os resultados revisados neste artigo. Artigo Título, Autores e Ano Objetivos Técnica Utilizada Principais Resultados 1 Sazonalidad e climática e doenças das vias respiratórias inferiores: utilização de modelo preditor de hospitalizaçõ es pediátricas. XAVIER, Juliana Miera de Vasconcelos et al. 2022 Analisar a sazonalidad e climática das doenças respiratórias em crianças de 0 a 9 anos e apresentar um modelo para previsão de internações hospitalares para os anos de 2021 a 2022. Propôs-se verificar, de maneira temporal, a correlação de internações para pneumonia, bronquite/br onquiolite e asma com variáveis meteorológic as, visando verificar a sazonalidad e com o ajuste de modelos de séries temporais. Percebeu-se, para todas as enfermidades, o efeito sazonal no número de casos registrados, com o maior número de registros nos meses de outono e inverno. 2 Morbimortali dade por doenças do aparelho Analisar a morbimortali dade de doenças do Trata-se de um estudo do tipo ecológico, Ao investigar a mortalidade por doenças do sistema respiratório entre os anos de 2015 e 2019, as cinco 4 respiratório no brasil: um estudo ecológico. ALEXANDRI NO, Arthur et al. 2022. aparelho respiratório da população brasileira, segundo faixa etária,no período compreendid o entre os anos de 2015 a 2019. retrospectivo , realizado sobre o território brasileiro. Os dados foram coletados a partir do Departament o de Informática do Sistema Único de Saúde, nas seções de Morbidade Hospitalar, de Mortalidade e População Residente. Foram analisados os dados entre 2015 a 2019 e de todas as faixas etárias. causas mais frequentes foram influenza e pneumonia; doenças crônicas das vias aéreas inferiores; outras doenças do aparelho respiratório; outras doenças respiratórias que afetam principalmente interstício; doenças pulmonares devidas a agentes externos, nessa ordem. Enquanto as cinco causas de morbidades mais frequentes foram pneumonia; outras doenças do aparelho respiratório; bronquite, enfisema e outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas; asma; bronquite aguda e bronquiolite aguda. 3 Efeito agudo do método reequilíbrio toracoabdom inal em lactentes com diagnóstico de bronquiolite. OLIVEIRA, Miriana Carvalho de. et al. 2022. Avaliar os efeitos do método RTA, comparado à fisioterapia tradicional (FT) em lactentes com bronquiolite. Pesquisa experimental e prospectiva, na qual 24 lactentes foram divididos em dois grupos, FT (n = 12) e RTA (n = 12). Parâmetros fisiológicos (frequência respiratória, frequência cardíaca, saturação de A idade média foi de 13 (± 11,07) semanas no grupo FT e no grupo RTA 13,3 (± 8,41) semanas. Após os manuseios, obteve diferença estatística no grupo do RTA comparado ao da FT nos seguintes parâmetros observamos uma diminuição significativa da frequência cardíaca (p = 0,02) e da frequência respiratória (p = 0,0002), no quesito esforço respiratório em tórax superior (p = 0,004) e tórax inferior (p = 0,017) e no escore de Wood-Downes em 5 pulso de oxigênio e ausculta pulmonar), desconforto respiratório e desequilíbrio da biomecânica respiratória foram avaliados antes e após os manuseios. moderada com (p = 0,0001). 4 Falha da cânula nasal de alto fluxo: os desfechos clínicos podem determinar a interrupção precoce?.NA SCIMENTO, Milena Siciliano et al. 2021. Avaliar a evolução de desfechos clínicos em crianças com bronquiolite que utilizaram cânula nasal de alto fluxo, e determinar com quanto tempo de não melhora clínica a terapia deve ser interrompida para escaloname nto do tratamento para outras formas de suporte ventilatório. Estudo observacion al retrospectivo , de lactentes com bronquiolite que utilizaram cânula nasal de alto fluxo. Os pacientes foram divididos em dois grupos de estudo, de acordo com o sucesso ou não da terapêutica com cânula nasal de alto fluxo, nomeados Grupo Sucesso e Grupo Falha. Foram analisadas as principais característic Foram estudados 83 crianças; destas, 18 crianças (21,7%) falharam. Entre os pacientes que tiveram sucesso na terapia, observou-se diminuição significativa da frequência respiratória (p<0,001), e também aumento significativo da saturação de oxigênio (p<0,001) já nos primeiros 30 minutos. O Grupo Sucesso foi significativamente diferente do Grupo Falha a partir de 6 horas, tanto para frequência respiratória (p<0,01), quanto para saturação de oxigênio (p<0,01). 6 as demográfica s e variáveis clínicas, tendo sido avaliadas 30 minutos e 6 horas após o início do tratamento até a retirada dacânula nasal de alto fluxo. 5 Desfecho da aplicação da ventilação mecânica não invasiva na bronquiolite. STUMM, Gláucia Zuleide et al. 2020. O objetivo deste estudo é identificar o desfecho da aplicação de ventilação não invasiva em crianças com bronquiolite. Trata-se de uma revisão da literatura, com busca de artigos nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde, Cochrane Library, PEDro, Pubmed, Scielo e Science Direct, sem restrição de período, a partir das palavras chave Noninvasive ventilation AND Bronchiolitis. De um total de 1.192 artigos encontrados, 11 foram inclusos no presente Conclui-se que o desfecho de falha tem alta prevalência (11,5%), apesar disso, os estudos encontraram diferentes benefícios advindos do incremento na aplicação de VNI (redução da necessidade de ventilação mecânica invasiva, menor tempo de permanência em UTI, redução da mortalidade, melhora da frequência respiratória e da fração inspirada de oxigênio). 7 estudo, quatro abordaram o desfecho relacionado à aspectos clínicos gerais (aumento no uso de VNI; menor tempo de internação; redução da frequência respiratória e fração inspirada de oxigênio) e sete relataram o índice de sucesso ou falha, e apesar da diferença entre as médias (sucesso 88,5 versus falha 15,1) não houve diferença significativa. 6 A azitromicina administrada para bronquiolite aguda pode ter um efeito de proteção na sibilância recorrente.L UISI, Fernanda et al.2020. O objetivo do presente estudo foi testar a hipótese de que a administraçã o de azitromicina durante um evento BA reduz sibilos e Trata-se de uma análise secundária de um estudo randomizado , duplo-cego, controlado por placebo, incluindo dados não publicados de sibilância Cento e quatro pacientes foram incluídos (grupo Azitromicina, n=50; grupo Placebo, n=54). Considerando o total de pacientes contatados com sucesso três meses após a hospitalização (n=70), a taxa de recorrência de sibilância no grupo da azitromicina foi significativamente menor do que no grupo placebo 8 reinternaçõe s hospitalares subsequente s. e hospitalizaçõ es durante os seis meses iniciais após a internação por bronquiolite aguda. O estudo foi realizado em um hospital universitário terciário. Os bebês (<12 meses de idade) hospitalizado s com BA foram randomizado s para receber azitromicina ou placebo, administrado s por via oral, por sete dias. As famílias foram contatadas por telefone aos três e seis meses após o evento agudo inicial, e respondera m a um questionário padronizado para identificar sibilos recorrentes e (RR=0,48; CI=0,24-0.98; p=0,038). 9 reinternaçõe s hospitalares. 7 BRONQUIO LITE AGUDA EM LACTENTE S MENORES DE UM ANO NO BRASIL ENTRE 2008 E 2015. TUMBA, Kanama et al. 2020. Avaliar a tendência de hospitalizaçã o por bronquiolite aguda (BA) em lactentes menores de um ano de idade nos últimos oito anos no Brasil e, secundariam ente, após a implementaç ão do programa de imunização por palivizumabe . Análise retrospectiva dos dados de lactentes menores de um ano de idade, hospitalizado s com diagnóstico de BA entre 2008 e 2015 no Brasil, utilizando o banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram avaliadas as taxas de hospitalizaçã o nos períodos pré- implementaç ão (2008- 2012) e pós- implementaç ão (2014- 2015) do programa de imunização por palivizumabe . O número total de internações no mesmo período foi utilizado como Entre janeiro de 2008 e dezembro 2015 foram registradas 263.679 internações por bronquiolite em lactentes menores de um ano de idade, 60% representado por meninos. A incidência de hospitalização por bronquiolite aumentou em 49% ao longo desse período (8,5 para 12,7 por mil habitantes/ano). Entre 2013 e 2014, a taxa de incidência de hospitalização por BA diminuiu 8% (12,5 para 11,5 por mil habitantes/ano). Porém, no segundo ano do programa, a taxa de internação aumentou novamente em 10% (12,7 por mil habitantes/ano). 10 comparação. 8 Tendência temporal das hospitalizaçõ es por bronquiolite aguda em lactentes menores de um ano no brasil entre 2008 e 2015. TUMBA, Kanama et al. 2020. Avaliar a tendência de hospitalizaçã o por bronquiolite aguda (BA) em lactentes menores de um ano de idade nos últimos oito anos no Brasil e, secundariam ente, após a implementaç ão do programa de imunização por palivizumabe . Análise retrospectiva dos dados de lactentes menores de um ano de idade, hospitalizado s com diagnóstico de BA entre 2008 e 2015 no Brasil, utilizando o banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram avaliadas as taxas de hospitalizaçã o nos períodos pré- implementaç ão (2008- 2012) e pós- implementaç ão (2014- 2015) do programa de imunização por palivizumabe . O número total de internações no mesmo período foi utilizado como comparação. Entre janeiro de 2008 e dezembro 2015 foram registradas 263.679 internações por bronquiolite em lactentes menores de um ano de idade, 60% representado por meninos. A incidência de hospitalização por bronquiolite aumentou em 49% ao longo desse período (8,5 para 12,7 por mil habitantes/ano). Entre 2013 e 2014, a taxa de incidência de hospitalização por BA diminuiu 8% (12,5 para 11,5 por mil habitantes/ano). Porém, no segundo ano do programa, a taxa de internação aumentou novamente em 10% (12,7 por mil habitantes/ano). 11 9 Bronchiolitis Hospitalizati on in Southern Brazil from 2002 to 2012: A Count Time- series Approach.C UNHA, Guilherme Zubatch et al; SOUZA, Eniuce Menezes; SANTOS, Marcia Lorena Alves dos Santos. 2019. However, there are several diseases that create cause for concern, especially those affecting young children that are of great importance for epidemiologi cal research and need to be monitored. This project wants to seach about that. An Autoregressi ve Conditional Poisson model was constructed for count data and compared to the standard time-series Poisson regression model. The metropolitan area of Paraná presented the highest average occurrence from May to July. 10 INALAÇÃO HIPERTÔNI CA NO TRATAMEN TO DA BRONQUIO LITE. PRADO, Paulo Henrique Freire. 2019. O objetivo do estudo foi de investigar na literatura recente se há algum benefício na inalação hipertônica no tratamento da bronquiolite em lactentes. Esse estudo foi desenvolvido por meio de uma revisão bibliográfica, através de 23 artigos publicados. Os resultados permitiram concluir que apesar de alguns resultados positivos, as evidências atuais não suportam o uso de inalação HS em lactentes com bronquiolite aguda como uma terapia eficaz 11 Perfil das internações por causas respiratórias em duas unidades de terapia intensiva pediátricas O objetivo deste estudo foi descrever as principais causas de admissão por doenças respiratórias e a evolução Tratou-se de estudo descritivo e retrospectivo . Concluiu- -se que as doenças respiratórias constituem ainda causas importantes de morbimortalidade na infância. 12 em Salvador, Bahia. ANDRADE, Viviane Nascimento Dias et al. 2017. desses pacientes em duas UTIPs. 12 O papel da fisioterapia respiratória na bronquiolite viral aguda. LUISI, Fernanda. 2008. revisar a literatura médica sobre o uso da fisioterapia respiratória em crianças com bronquiolite viral aguda revisão, a partir do banco de dados PubMed, Medline e LILACS, de artigos publicados em revistas científicas nacionais e internacionai s, bem como dos livros texto mais importantes publicados nos últimos anos. a bronquiolite viral agudaé uma infecção muito freqüente em crianças. Apesar da baixa morbidade, representa aproximadamente 75% dos casos de hospitalização em pediatria. As técnicas para desobstrução, higiene brônquica e recrutamento alveolar são bastante utilizadas, mesmo que ainda não existam evidências diretas na literatura que demonstrem os benefícios da fisioterapia respiratória nesses pacientes. Embora alguns fisioterapeutas já utilizem de rotina as técnicas modernas de fisioterapia respiratória, não existem trabalhos publicados avaliando a efetividade das mesmas no manejo da bronquiolite viral aguda. As referências encontradas são mais antigas e citam técnicas tradicionais ou em desuso. 13 Fisioterapia respiratória. Hospital Albert Eisten. 2020. Conscientiza r a população. Estudo descritivo. Muitos pacientes podem se beneficiar com a Fisioterapia Respiratória, incluindo pacientes com diagnóstico de Asma Brônquica, Bronquite Crônica, DPOC, Enfisema Pulmonar, Bronquiolite, 13 Fibrose Cística, Fibrose Pulmonar, Pneumonias, Doenças Oncológicas, Pré e Pós operatório de cirurgias torácicas e abdominais, entre outras. 14 FISIOTERA PIA RESPIRATÓ RIA NA BRONQUIO LITE VIRAL AGUDA: QUAIS AS TÉCNICAS MAIS UTILIZADAS ?. INTERFISIO . s.d. Revisar acerca da bronquiolite viral aguda. Revisão de literatura. A bronquiolite é uma das doenças mais freqüentes do sistema ventilatório e acomete neonatos, lactentes e crianças até três anos de idade, predominante no seis primeiro meses de vida. Os recém nascidos prematuros são mais acometidos, e em muitos casos existe necessidade de internação hospitalar. Algumas características clínicas da bronquiolite aguda são coriza, febre, tosse e sibilância. No raio-x de tórax, pode se observar hiperinsuflação, infiltrados grosseiros e preenchimento peribrônquico.¹ 15 Fisioterapia Respiratória. CREFITO. 2022. Conscientiza r a população acerca da importância da fisioterapia para esta enfermidade. Revisão de literatura e análise de dados. Sem dúvida, todo paciente internado deve ter acesso à fisioterapia respiratória. Sabemos que estão inerentes à internação hospitalar sinais como diminuição da capacidade respiratória, aumento do acúmulo de secreção, fraqueza muscular global e principalmente dos músculos responsáveis pela respiração. Receber atendimento fisioterapêutico no hospital, mesmo por motivos que não sejam diretamente pulmonares, ajuda a promover uma melhora do condicionamento físico e na 14 capacidade de proteger as vias aéreas (tosse), para que se minimize o aparecimento de infecções, complicações cardiorrespiratórias e de outros sistemas do corpo, muitas vezes comuns durante o processo de internação. 16 Para que serve a Fisioterapia Respiratória ?. IPASEAL SAÚDE. Governo do Alagoas. 2018. Enfatizar acerca da relevância dos fisioterapeut as. Revisão de literatura. Principais benefícios da fisioterapia respiratória Os principais benefícios da fisioterapia respiratória incluem: Melhora da troca gasosa; Maior expansão pulmonar; Liberação de secreções do pulmão e das vias aéreas; Desobstrução e limpeza adequada de vias aéreas; Diminuição do tempo de internamento hospitalar; Facilita a chegada de oxigênio em todo corpo; Combate à dificuldade para respirar. 17 Fisioterapia: uma ciência baseada em evidências. MOREIRA, Drielen de Oliveira. 2017. Ressaltar através de uma demonstraçã o de dados a relevância dos fisioterapeut as na atual sociedade ao compara- se com o passado. Revisão de literatura e crítica analítica. O profissional é dotado de habilidades que o possibilita atuar em todos os níveis de atenção à saúde e em equipes multidisciplinares, contribuindo para a manutenção da saúde, bem estar e qualidade de vida. 15 DISCUSSÃO Papel do fisioterapeuta na sociedade: um retrato comparativo entre os parâmetros iniciais e atuais desta profissão no Brasil É primordial iniciar o texto enfatizando acerca de um dos principais tabus da sociedade, principalmente brasileira, que é somente enxergar o fisioterapeuta como o médico que deverá ser recorrido exclusivamente nos casos os quais um indivíduo sofrer uma lesão que acarrete em uma fratura (rompimento ósseo) e, que precise ser estabelecido um plano de estratégias para readaptação dos movimentos. Entretanto, o fisioterapeuta tem uma função espetacularmente mais ampla do que a reconhecida pela comunidade. Os fisioterapeutas das décadas passadas eram profissionais que desenvolviam sua sabedoria essencialmente baseando-se em livros de reabilitação, podendo-se mencionar que o surgimento desta profissão está atrelada à vinda da Família Real ao Brasil e ao uso frequente das famosas “Casas de Duchas”. Todavia, esta limitação do conteúdo fazia com que estes trabalhadores obtivessem um conteúdo, de certo modo “engessado” nos parâmetros dos autores dos livros os quais eles obedeciam. Por outro lado, atualmente, no mundo globalizado, é notória a demonstração cada vez maior do discernimento crítico mediante ao grande arsenal de recursos terapêuticos disponibilizados ao seu uso. É essencial ressaltar que durante vastas décadas os fisioterapeutas eram restritos à apenas atuar com a finalidade de reparação. Dessarte, a fisioterapia não era caracterizada como um ramo científico. Entretanto, nos dias atuais, esta área da saúde é definida com louvor como uma Ciência da Saúde. Diante do exposto, é válido destrinchar que os fisioterapeutas são os profissionais os quais são encarregados o dever de prevenir, estudar e tratar os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em 16 órgãos e sistemas do corpo humano, acarretados por modificações genéticas, por traumas e por enfermidades adquiridas. A fisioterapia é uma área da saúde que busca ser integramente interligada e fundamentada em evidências científicas e pesquisas. Logo, as pessoas as quais objetivam adentrar a esta carreira deverão desde seu início saber que este trabalhador deverá ser repleto de habilidades que o auxiliem em atuas de modo a abarcar todos os níveis da atenção à saúde e trabalhar em equipes compostas por profissionais de variados ramos. E, em relação ao entendimento da população em geral é possível estabelecer que a fisioterapia, em seu todo, ainda possui um longo caminho a percorrer, visando a valorização e o reconhecimento adequados. Afinal, é simples notar a discrepância de reconhecimento destes trabalhadores, é só comparar as homenagens recebidas pela enfermagem (profissão que igualmente sofre desvalorização constante), a medicina, dentre outras áreas da saúde durante a pandemia do COVID-19. É notório que durante a pandemia do COVID-19 enquanto as demais profissionais eram recebidas com aplausos, charges em agradecimento, dentre outras formas de reconhecimento público, os fisioterapeutas, que também estavam na linha de frente ao combate desta doença, raramente eram mencionados. Fisioterapia respiratória: um olhar diferente acerca do ramo de atuação do fisioterapeuta É crucial aduzir que a fisioterapia respiratória atua na prevenção de enfermidades pois atua na manutenção da capacidade respiratória. Além de propiciar ao cliente à expectoração da secreção acumulada. A fisioterapia é muito importante no atendimento aos pacientes com quadro de infecção pulmonar pois a sua atuação atrelada ao uso de antibióticos e antivirais permite a melhora gradativa de forma veloz pelos pacientes. Aliás, incontáveis tratamentos destinados a pneumonia prescritos pelo fisioterapeuta garantem que o enfermo consiga angariar conforto e uma evolução saudável ao seu tratamento. Em relação a atuação da fisioterapia no sistema de saúde, é essencial enfatizar que todos os pacientes internados deverão ter acompanhamento fisioterapêutico,17 dando-se destaque aos enfermos que estão internados mediante problemas relacionados à sua respiração. Aliás, é crucial citar o seguinte trecho: “Sem dúvida, todo paciente internado deve ter acesso à fisioterapia respiratória. Sabemos que estão inerentes à internação hospitalar sinais como diminuição da capacidade respiratória, aumento do acúmulo de secreção, fraqueza muscular global e principalmente dos músculos responsáveis pela respiração. Receber atendimento fisioterapêutico no hospital, mesmo por motivos que não sejam diretamente pulmonares, ajuda a promover uma melhora do condicionamento físico e na capacidade de proteger as vias aéreas (tosse), para que se minimize o aparecimento de infecções, complicações cardiorrespiratórias e de outros sistemas do corpo, muitas vezes comuns durante o processo de internação.” (HOSPITAL ALBERT ESTEIN. 2020). É válido abordar que consoante ao Hospital Albert Eistein (2020) a fisioterapia respiratória pode ser definida como conjunto de técnicas manuais que podem ser preventivas ou curativas e tem como objetivo mobilizar secreções, melhorar oxigenação do sangue, promover reexpansão pulmonar, diminuir o trabalho respiratório, reeducar a função respiratória e prevenir complicações. Desta forma, é possível destrinchar que a fisioterapia também possui um ramo de sua profissão extremamente valoroso para a sociedade: a fisioterapia respiratória. Sendo assim, é necessário destacar o seguinte trecho: “A fisioterapia respiratória é um conjunto de técnicas manuais que podem ser preventivas ou curativas e tem como objetivo mobilizar secreções, melhorar oxigenação do sangue, promover reexpansão pulmonar, diminuir o trabalho respiratório, reeducar a função respiratória e prevenir complicações.” (HOSPITAL ALBERT EISTEIN. 2020)”. A partir do exposto é possível compreender que a fisioterapia, de modo geral, é uma profissão nuclear no sistema de saúde. Por conseguinte, é proveitoso enfatizar 18 que a fisioterapia respiratória demonstra possuir valorosos resultados principalmente no controle e na prevenção das exacerbações destas respectivas enfermidades. Impacto da sazonalidade na bronquiolite aguda em crianças É fato que nenhuma criança suporta ficar doente, afinal, as crianças durante este período da vida querem brincar, correr, jogar futebol, mexer em seus celulares e etc. Por outro lado, a bronquiolite é uma doença que chega de forma avassaladora para acabar com esta magia e encanto de um período tão bonito. Ressalta-se que as crianças são um grupo extremamente sensível às variações climáticas. Diante do exposto, é possível notar a razão pela qual elas são o grupo correspondente ao mais afetado por esta enfermidade, afinal, devido à imaturidade de seu sistema imunológico e seu calibre reduzido das vias aérea, elas tendem a ficar mais doentes do que os adultos. Aliás, o calibre das crianças já é bem pequenino, e, pode ficar menor durante o período do inverno. “As baixas temperaturas promovem espasmos do trato respiratório e isquemia devido à contração capilar em crianças, resultando em enfraquecimento do movimento ciliar e, consequentemente, dificuldade na remoção de vírus e bactérias no epitélio respiratório. Tais situações favorecem a evolução de formas graves de doenças respiratórias, com disfunção respiratória significativa e consequente necessidade de hospitalização.” (XAVIER et al. 2022).”. Nesse contexto, é possível notar que principalmente durante a infância algumas doenças são predominantes e/ou prevalentes em determinadas regiões climáticas. A partir do exposto, é de grande relevância citar o seguinte trecho: “As estações do outono e inverno são preocupantes em relação às doenças respiratórias, principalmente devido ao aumento do número 19 de atendimentos pediátricos. No inverno, cresce a ocorrência de gripes, resfriados, faringites, otites, sinusites, bronquite aguda, bronquiolite, bronquite crônica, asma e pneumonia; e, no outono, bronquite aguda e asma aguda. Tais enfermidades acometem principalmente crianças e pacientes com alergias respiratórias. A diminuição da temperatura no inverno propicia a congestão do nariz, dos seios da face e dos ouvidos e enfraquece a resistência do corpo humano à infecção, podendo gerar sintomas comuns de resfriados, tais como obstrução nasal, dor na face, coriza e espirros.” A sazonalidade é perceptível principalmente diante das morbidades acentuadas. Ademais, é crucial abordar que dentre as três principais causas de internações hospitalares e enfermidades que sofrem influência de variáveis meteorológicas em crianças estão: a bronquite/bronquiolite, a pneumonia e a asma. Bronquiolite viral aguda em crianças: sinais, sintomas, tratamento e principais benefícios da fisioterapia É valido destacar que usualmente as crianças com bronquiolite viral aguda podem demonstrar sinais clínicos como taquipneia, hipóxia leve a moderada e sinais de desconforto respiratório. Aliás, é possível observar uma melhora imensurável quanto à presença de tiragens após fisioterapia respiratória. Deste modo, valida-se o interesse por tal objeto de estudo. Vale ressaltar que consoante a autora Luisi (2018) as técnicas utilizadas na fisioterapia em crianças são destinadas a desobstrução, higiene brônquica e recrutamento alveolar são bastante utilizadas. Dessa forma, as técnicas usadas principalmente em crianças costumam ser as convencionais fundamentadas em estudos de livros antigos. Por outro lado, atualmente, já existem alguns fisioterapeutas que usam técnicas modernas de fisioterapia respiratória, mesmo não existindo trabalhos suficientes publicadas que comprovem a efetividade das mesmas no manejo da bronquiolite viral aguda, o que é desaconselhável principalmente devido a falta de informações sobre possíveis reações que a criança poderá vir a ter. 20 Em relação as técnicas fisioterapêuticas, é válido destacar consoante ao autor do site InterFisio (s.d) as mais usuias são: posicionamento, AFE, vibrocompreensão, RTA e aspiração das vias aéreas. Deste modo, é válido destacar o modo no qual o autor destrinchou estas referidas técnicas: – “Posicionamento (ou Drenagem postural): As posições de drenagem colocam o segmento ou o lobo pulmonar a ser drenado em posição mais superior, com os brônquios que suprem essa área do pulmão na posição mais próxima possível da invertida. Em recém-natos e lactentes, o terapeuta poderá utilizar de seu próprio corpo (colo e ombros) para posicionar melhor o paciente. A drenagem feita através de posicionamento, utilizando a gravidade, somente deverá ser utilizada quando se tem total conhecimento da anatomia do segmento bronco pulmonar nos lactentes ou recém-nascidos.” – AFE Aceleração do fluxo expiratório: é uma manobra desobstrutiva e desinsuflante que mobiliza a caixa torácica por meio de compressão do tórax na fase expiratória. A AFE tem por objetivo promover o aumento do fluxo aéreo expiratório na traqueia e primeiros troncos brônquicos à grande velocidade (AFE rápida), ou em brônquios mais profundos, por gerar baixo fluxo e baixo volume pulmonar para permitir a eliminação de secreções mais distais (AFE lenta). Essa técnica procura esvaziar passivamente os pulmões de secreções através do aumento significativo do aumento do fluxo expiratório. Seu uso é comum em pacientes pediátricos. Deve ser realizada durante a expiração, com as duas mãos posicionadas na direção dos movimentos anatômicos dos arcos costais.”. – Vibrocompressão: são aplicadas ao aparelho respiratório com objetivo diagnóstico, ou terapêutico, como complemento da higiene brônquica. Estas técnicas atingem todo o tórax e são aplicadas simultaneamente às técnicas de higiene brônquica na criança pequena em decúbito dorsal, durante a fase expiratória. São realizadosseguindo o movimento fisiológico das costelas.10 Estas 21 técnicas geram vibrações intrapulmonares, deslocando e mobilizando, através do fluxo expiratório, as secreções na direção da traqueia e, ao entrar em contato com os receptores reflexos, estimulam a tosse e conseqüentemente a eliminação de secreções. – O RTA – Reequilíbrio Toracoabdominal – é um método de terapia manual global que tem por objetivo incentivar a ventilação pulmonar e promover a remoção de secreções pulmonares e das vias aéreas superiores através da reorganização do sinergismo muscular respirat ório, que se perde na presença de disfunção respiratória. Essa reorganização, no repouso e durante as atividades funcionais, possibilita a redução do esforço muscular ventilatório, melhora a ventilação e otimiza as atividades funcionais. Tais objetivos baseiam- se no alongamento e fortalecimento dos músculos respiratórios, além da facilitação da adequação da tonicidade muscular, na tentativa de vencer as tensões elásticas e obstrução pulmonares aumentadas na vigência de pneumopatias. O RTA preconiza que as disfunções e doenças respiratórias apresentam sequelas musculares, posturais, ocupacionais e sensório-motoras. – Aspiração das vias aéreas: A aspiração das VA é uma medida paliativa efetiva para a desobstrução traqueobrônquica das crianças. Aproximadamente 60% da resistência respiratória está localizada nas VA superiores e, nos lactentes, que respiram predominantemente pela via nasal, a depuração destas secreções pode ter um impacto positivo no trabalho ventilatório e aliviar os sintomas. E, é possível destacar que os principais benefícios da fisioterapia respiratória em crianças incluem: maior expansão pulmonar, melhora da troca gasosa, liberação de secreções do pulmão e das vias aéreas, desobstrução e limpeza adequada de vias aéreas, diminuição do tempo de internamento hospital, auxílio na chegada de oxigênio em todo corpo e combate à dificuldade para respirar. 22 Conclusão O tratamento ofertado pelos fisioterapeutas para as crianças pode ser considerado como um tratamento de apoio, afinal, é feito através da suplementação de oxigênio e da hidratação, levando-se em ponderação que a maior das terapias curativas e drogas medicamentosas são ineficazes no combate a esta enfermidade. É válido abordar que a fisioterapia além de auxiliar no tratamento, atua de modo preventivo ajudando na manutenção de uma boa capacidade respiratória e no auxílio à expectoração de secreção, afinal, quando acumuladas, fazem das vias respiratórias e do pulmão ambientes propícios para a proliferação de bactérias, gerando infecções que muitas vezes podem ser letais. Após esta revisão, é notório que ainda não existem evidências diretas baseadas em fontes governamentais que demonstrem os benefícios da fisioterapia respiratória nos pacientes com Bronquiolite Viral Aguda. Por outro lado, apesar da inexistência de dados oficiais das entidades regulamentadoras da fisioterapia no Brasil, é possível comprovar sua eficácia em diversas fontes fidedignas da área da saúde e durante a vivência, principalmente hospitalar. É fato que ainda não existe um tratamento recomendável com 100% de eficácia disponível para que os fisioterapeutas ou profissionais da saúde em geral possam utilizar para dar um fim definitivo ao sofrimento destas crianças acometidas por esta enfermidade. Contudo, ao ver humanizado, todas as formas, incluindo a utilizada pelos fisioterapeutas, é válida por auxiliar na qualidade de vida da criança durante este período tão conturbado que é passar pelo desconforto e sofrimento que esta doença acarreta. A bronquiolite, nos casos nos quais não é devidamente tratada, pode acarretar em inúmeros dilemas, tais como: desidratação, pulmões afetados por micro- organismos, dentre outros. Entretanto, após averiguar as evidências encontradas nos estudos aqui avaliados, esse trabalho pode concluir que apesar de alguns resultados positivos, ainda existem muitas questões a serem respondidas, e muitas dúvidas ainda pairam sobre a provável eficácia do uso das técnicas da fisioterapia em crianças. Atualmente, ainda não é possível estabelecer um consenso na literatura acerca dos benefícios e malefícios da fisioterapia para as crianças, principalmente por 23 corresponderem a uma população muito jovem e sensível a inúmeros medicamentos. Deste modo, dificultando-se até mesmo a execução de exames mais profundos que visem investigar uma possível cura. Desta forma, é necessária que sejam efetuadas investigações aprofundadas e atenciosas, e, estudos pragmáticos acerca da utilização das técnicas fisioterápicas nesta população para dissolver as objeções em suas aplicações. REFERÊNCIAS ALEXANDRINO, Arthur et al. Morbimortalidade por doenças do aparelho respiratório no Brasil: um estudo ecológico. Rev. Ciênc. Plur ; 8(2): e25243, mar. 2022. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/rcp/article/view/25243/15413. Acesso em: 07 de outubro de 2022. ANDRADE, Viviane Nascimento Dias. 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