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Metabolism� d� Carboidrat�: Metabolism� d� Glicogêni� � Vi� da� Pent�e� ➔ Metabolism� d� glicogêni�: Em que vamos entender como é que as moléculas de glicogênio são sintetizadas e como é que elas estão degradadas, em que tecidos essas reações acontecem e qual é a importância disso para o nosso corpo. - Como é a molécula de Glicogênio? - Representado apenas uma parte da molécula do glicogênio, ele é um homopolissacarídeo formado por resíduos de glicose. No glicogênio temos apenas a presença de glicose e uma característica também importante das moléculas de glicogênio é que ele é ramificado. Sendo formado por regiões lineares e por regiões ramificadas. - Nas regiões lineares temos a ligação alpha 14, que é a ligação entre o carbono 1 de uma glicose e o carbono 4 da glicose vizinha. - Mas também observamos o tipo de ligação alpha 16, essa ligação acontece apenas nos pontos de ramificação, em que se dá entre o carbono 1 de uma glicose e o carbono 6. - Portanto, no glicogênio teremos dois tipos de ligações, a ligação alpha 14 e a ligação alpha 16. É importante saber porque a síntese e a degradação do glicogénio terão peculiaridades devido a presença desses dois tipos de ligação. ➢ O metabolismo do glicogênio envolve: GLICOGÊNESE → Síntese GLICOGENÓLISE → Degradação ➢ Tecidos que metabolizam glicogênio: O glicogênio é armazenado nos nossos músculos e no nosso fígado, a quantidade de glicogênio muscular é maior do que a quantidade do glicogênio hepático. As reações que acontecem nos músculos e no fígado com relação ao metabolismo do glicogênio, são bastantes semelhantes, com pequenas diferenças, e embora o glicogênio tenha uma função energética, esses dois tecidos realizam o metabolismo do glicogênio com propósitos diferentes. Então o propósito ou o papel do glicogênio muscular é diferente do papel do glicogênio hepático. • No fígado o glicogênio vai ter um papel importante para a manutenção da nossa glicemia, como vimos na aula anterior o fígado realiza uma via chamada de neoglicogênese que é a via na qual ele consegue enviar glicose para o sangue, mas a Neoglicogênese não é a única via através da qual envia glicose para o sangue. A outra via é a GLICOGENÓLISE, então o glicogênio hepático tem esse papel de ser usado pelo fígado para manter a nossa glicemia. • Quando estamos em HIPOGLICEMIA, o fígado pega o glicogênio degrada ele e esse glicogênio para formar as moléculas de glicose e libera essas glicoses no sangue. • Já o glicogênio muscular vai ser degradado da mesma forma que no fígado, entretanto essas moléculas de glicoses não são lançadas no sangue, elas ficarão no próprio músculo, vão ser utilizados por eles para a obtenção de energia muscular. • Então o glicogênio muscular é usado pelo músculo e o glicogênio hepático é usado para formar glicose e essa glicose ir para o sangue para manter a Glicemia. Devido a essas diferenças os fatores que vão interferir no metabolismo do glicogênio muscular vão ser diferentes dos fatores que vão interferir no metabolismo do glicogênio hepático. - Fatores que interferem no metabolismo do glicogênio: ◼ Muscular – concentração de ATP; (Irá determinar a síntese ou degradação do glicogênio) ◼ Hepático – glicemia Hipoglicemia – glicogenólise (- Glicose) Hiperglicemia – glicogênese (+ Glicose) (A glicemia é quem irá interferir no metabolismo, a glicemia é o nível de glicose sanguíneo - quando a gente está com Hipoglicemia - estamos com baixa glicose no sangue quando. Quando estamos com hiperglicemia os níveis de glicose estão elevados. Então como o glicogênio hepático vai ser importante para a manutenção da nossa glicemia, é isso que vai determinar se o fígado vai fazer glicogênio ou se ele vai degradar o glicogênio). ➢ Glicogênese: ◼ Como ocorre a síntese do glicogênio? O glicogênio é sintetizado pela adição de moléculas de glicose, e a principal enzima que atua nessa síntese é chamada de enzima glicogênio sintaxe. ◼ Visão Geral glicogenólise: ▪ Processo de degradação do glicogênio ou glicogenólise: *O glicogênio vai ser degradado, ou seja, as ligações entre as moléculas de glicose serão quebradas. Nesse processo a glicose é liberada na forma de GLICOSE-1P, que posteriormente é transformada em GLICOSE-6P e o que acontecerá posteriormente a este estado da glicose, irá depender de onde está a glicogenólise esteja ocorrendo. *Se estiver acontecendo no músculo, essa glicose-6-fosfato irá entrar diretamente para a via glicolítica. *Se estiver acontecendo no fígado, a Glicose-6-fosfato precisará ir para o sangue. *Mas antes do destino da glicose-6-fosfato, o fósforo é retirado no final da glicogenólise hepática e teremos o mesmo passo que acontece no final da glicogênese. A enzima glicose-6-fosfatase vai remover esse fósforo do carbono 6 para que possa seguir pelo sangue. ➢ Fosforólise: ** *A degradação do glicogênio acontece com a ação da enzima Glicogênio fosforilase, que vai quebrar as ligações alfa 1,4 e essas ligações são quebradas adicionando fósforo, por isso, FOSFORÓLISE. *Que pega esse fósforo e oferece para o carbono 1 da glicose, então a glicose que estava fazendo ligação com a glicose vizinha, ela deixa de fazer ligação com a glicose vizinha e passa a fazer ligação com o fósforo, portanto o resíduo de glicose quebra e se liga ao fósforo, separando 1 resíduo de glicose do restante da cadeia. Transformação de Glicose-1-fosfato a Glicose-6-fosfato Enzima Fosfoglicomutase (mesma enzima que catalisa a reação inversa, que vai pegar o fósforo do carbono 1 e vai adicionar no carbono 6, formando a glicose-6-fosfato) glicose-1-fosfato ← → glicose-6-fosfato ➢ Como a glicose hepática vai para o sangue? *A glicogenólise hepática tem o papel de manter a nossa glicemia, juntamente com a Neoglicogênese. Então a Glicose-6-fosfato que está na célula hepática precisa sair e para isso ela precisa perder o fósforo, quem irá remover esse fósforo é a Glicose-6-fosfatase. Só que esta enzima está no retículo endoplasmático, portanto a Glicose-6-fosfato entra para o retículo endoplasmático e lá dentro vai sofrer a ação da enzima, removendo o fósforo, liberando a glicose livre e liberando o fosfato. Logo, ambos saem do retículo endoplasmático e vão para o citoplasma por canais/transportadores diferentes. E a glicose desfosforilada ela sai do retículo, chega no citoplasma e assim consegue ser transportada pelo transportadores da membrana da célula hepática para fora da célula, ou seja, para o sangue. ➢ Regulação: ▪ Como a glicogenólise e a glicogênese são reguladas? *A regulação do glicogênio acontece de forma simultânea, a glicogênese e a glicogenólise são simultaneamente reguladas. Essa regulação envolve a regulação covalente, e também a regulação hormonal. As principais enzimas da regulação estão representadas na imagem: Glicogênio sintase a: Realiza a síntese do glicogênio. Fosforilase b: Degrada o glicogênio liberando a glicose. *Essas enzimas são reguladas por hormônios, que são a adrenalina no músculo, Glucagon e Insulina agindo principalmente no fígado. * A ação da adrenalina e do Glucagon, numa situação de Hipoglicemia ou quando o músculo está precisando de energia. Por exemplo: Quando o músculo está precisando de energia, teremos a ação lá na célula muscular a ação da adrenalina, desse modo a adrenalina vai estimular no músculo a glicogenólise. E quando estamos em hipoglicemia teremos a ação no fígado de Glucagon, que é um hormônio produzido pelo pâncreas e secretado no sangue, desse modo, o glucagon vai estimular a glicogenólise também. *Ambos atuam no mesmo mecanismo, então para a glicogenólise seja ativada, a glicogênio sintase precisa ser inibida e a glicogênio fosforilase seja ativada. Isso é feito através da modificação covalente, pela ligação de fósforo, então há a ligação do fósforo simultaneamente e as duas enzimas serão fosforiladas. Quem faz isso é uma enzima nomeada PROTEÍNA KINASE A . * A PROTEÍNA QUINASE A, que é ativada por adrenalina e glucagon que são hormônios de natureza proteica. Que se ligam a receptores de membrana que aumentaa quantidade de AMP cíclico (que vai ativar PKA), essas PKA irão fosforilar outras proteínas como a glicogênio sintase e a glicogênio fosforilase. Só que a glicogênio sintase fosforilase estará inibida e a glicogênio fosforilase fosforilada estará ativada, então ao mesmo tempo conseguimos inibir a síntese do glicogênio e ao mesmo tempo ativar a degradação do glicogênio. Portanto, esse mecanismo de regulação acontece tanto no fígado como no osso. ▪ No fígado acontece o mesmo processo, porém a glicose depois de todo o processo vai para o sangue e o Glucagon é quem se liga ao receptor. ➢ Regulação do Metabolismo Hepático durante o jejum: ● Hipoglicemia: ➢ Regulação do metabolismo hepático no estado absortivo: *Então o glucagon ativa a GLICOGENÓLISE e inibe a GLICOGÊNESE. * O glucagon é liberado na situação de Hipoglicemia (pouca quantidade de glicose no sangue) então o fígado tem que mandar glicose para o sangue e as vias que fazem isso é a GLICOGENÓLISE e a NEOGLICOGÊNESE. Portanto, nesse estado o glucagon vai atuar no fígado, ativando a Neoglicogênese e inibindo a via glicolítica ativando a GLICOGENÓLISE e inibindo a GLICOGÊNESE. ➢ Regulação do Metabolismo Hepático no estado absortivo: ● Hiperglicemia: *Nesta situação teremos a ação da Insulina, que é o estado alimentado, que é um hormônio também produzido e secretado pelas células do pâncreas e é secretado justamente no estado de Hiperglicemia (muita glicosem no sangue). A insulina irá desfazer as ações do Glucagon, em que as enzimas foram fosforiladas, a insulina por sua vez irá ativar proteínas fosfatases, que são proteínas que vão remover o fósforo, então quando a insulina se liga ao seu receptor ela desencadeia uma via de sinalização intracelular que vai levar a remoção do fósforo do glicogênio fosforilase e glicogênio sintase. Quando o glicogênio fosforilase perde o fósforo ela fica inibida e quando o glicogênio sintase perde o fósforo ele ficará ativada. Então assim, inibidos a glicogenólise e ativa a glicogênese, como também irá oxidar pela via glicolítica e armazenar na forma de glicogênio. (Inibindo a Neoglicogênese e ativando a via glicolítica) ➔ Vi� da� pent�e�: *Esta referida imagem nos mostra quais os destinos da glicose quando a mesma entra nas nossas células. O caminho que a glicose vai percorrer vai depender de qual é o tecido que o processo está acontecendo e também irá depender das nossas necessidades energéticas. * A maior parte da glicose é transformada em GLICOSE-6P, posteriormente em piruvato, que com a presença de oxigênio vai ser transformado em Acetil-coa e seguindo, sendo oxidado pelo ciclo de Krebs. * Na ausência de oxigênio, o piruvato será levado para a fermentação. *No fígado e no músculo essa glicose também poderá ter outros destinos, podendo ser utilizada pela síntese de glicogênio (glicogênese) e temos um destino alternativo para essa glicose que estará acontecendo em alguns tecidos do corpo, sendo exatamente a Via das pentoses. ● VIA DAS PENTOSES (Fase Oxidativa): *A via das pentoses é uma via cuja reações serão divididas em duas partes: Fase Oxidativa e Fase Não Oxidativa. *Ou seja, na via das pentoses acontece reações de oxidação (libera hidrogênios que são capturados por coenzimas e que são levados para a cadeia respiratória, paranque haja síntese de ATP), Só que na via das pentoses isso ocorre de outra maneira, apesar de haver uma fase oxidativa, o objetivoda via das pentoses não é a produção de ATP e nem há consumo de ATP em suas reações. *O objetivo da via das pentoses é formar pentoses, que são açúcares de 5 carbonos, que é exatamente a RIBOSE 5-fosfato. No final da fase Oxidativa, há a formação da Ribose, que é um monossacarídeo de 5 carbonos. *Essa Ribose será utilizada para a síntese dos ácidos nucleicos que é o RNA e o DNA (desoxirribose, ribose desoxigenada). *Além disso, as duas reações de oxidação que acontecem, ou seja, a primeira reação da via das pentoses é uma reação de oxidação, em que irá remover hidrogênio da Glicose-6-fosfato e 2uem irá receber/reduzir é o NADP que é uma molécula muito semelhante ao NAD, só que tem o fósforo, é a Nicotinamida de Nucleotídeo Fosfato. Formando o NADPH+, acontecendo na primeira e na segunda reação. *Logo, a via das pentoses tem dois papéis importantes que é a formação da Ribose e outros tipos de açúcares de 5 carbonos, como também, irá formar NADPH. O NADPH é bastante importante para alguns tecidos do nosso corpo. ➢ Destinos do NADPH e localização da VP: - Os tecidos envolvidos na síntese de ácidos graxos, como o fígado, tecido adiposo, glândulas suprarrenais, gônadas e mamas em lactação, tem grande demanda por NADPH em seus processos de biossíntese de lipídeos e a VP é extremamente importante para suprir essa necessidade. *A síntese dos lipídeos só acontece se houver NADPH, e uma boa parte desse NADPH irá vir da via das pentoses. ➢ O NADPH nos eritrócitos previne danos oxidativos: - O NADPH atua como agente antioxidante; - Eritrócitos: são as hemáceas, que irão atuar nas mesmas como agente antioxidante, sendo muito importante para proteger as hemáceas contra os estresse oxidativos, que é quando há a produção de radicais livres. As hemáceas são células que tem uma suscetibilidade elevada para a formação de radicais livres, necessitando de mecanismos de proteção. *O mecanismo de ação antioxidante na hemácea envolve o Glutathione, que é a molécula representada na figura, no estado ativa (forma reduzida) e inativa. * A tem esse grupamento na ponta (é o que importa), SH que é um enxofre ligado com um hidrogênio e que está inicialmente reduzida na forma ativa, vai transferir o hidrogênio que está portando para um radical livre, neutralizando esse radical. Só que quando perde esse hidrogênio, ficará na forma oxidada, desse modo, na forma inativa e oxidada a Glutathione vai se ligar a outra Glutathione, por meio do enxofre. Sem a presença de hidrogênio a Glutathione ficará inativa. *Para voltar a sua forma ativa, a Glutathione precisa receber novos hidrogênios e quem doará esses hidrogênios é o NADPH. Então nós eritrócitos o NADPH que vem da via das pentoses, vai ser o fornecedor de hidrogênios para manter a Glutathione reduzida. *O que acontece se a célula perder essa ação? ➢ Deficiência de G6PD, anemia hemolítica e resistência à malária: ▪ A deficiência de G6PD resulta de uma mutação no gene da enzima. Nas regiões onde a prevalência de malária é maior, a deficiência de G6PD também é elevada. *A anemia hemolítica acontece quando o indivíduo tem a deficiência na enzima G6PD (glicose-6-fosfato desidrogenase, que é a primeira enzima, que irá catalisar a primeira reação da via das pentoses, sendo fundamental para está via), então se está enzima estiver ausente, a via das pentoses não irá acontecer e isso irá trazer alguns comprometimentos para o organismo. *Nas hemáceas irá resultar numa enzima hemolítica, que é a redução das células vermelhas do sangue, nesse caso, isso acontece porque as hemáceas estão sofrendo hemólise, ou seja, a membrana da hemácea está sendo rompida. Se a via das pentoses não acontecer, a hemácea quando começar a ser formada, os radicais livres sem serem neutralizados, irão começar a danificar as células, roubando elétrons das moléculas da hemáceas e daí fazendo isso com qualquer molécula que encontrarem. Quando fazem isso com os lipídeos das membranas, eles provocam o que se chama de peroxidação lipídica, esses lipídeos são danificados e a membrana plasmática vai perdendo a sua integridade, então ela irá se romper causando ali a lise da hemácea. *Está mesma deficiência na glicose-6-fosfato desidrogenase, ela confere uma resistência à malária (doença provocada por um protozoário chamado de plasmódio e é irá infectar exatamente a hemácea), naquelas populações em que a malária tem uma taxa alta de prevalência, que são exatamente os países africanos. Estudos sugerem que o que acontece é que se temos a deficiência desta enzima, teremos uma superprodução de radicais livres, então acredita-se que o plasmodio que é o causador damalária não consegue sobreviver neste ambiente com alto níveis de estresse oxidativo, provocando essa resistência. ➔ Neoglicogênes�: Via anabólica, ou seja, de biossíntese - através da qual temos a produção de glicose a partir de moléculas que não são açúcares como o piruvato ou outros componentes. - É uma via extremamente importante por conseguimos manter os níveis de glicose no sangue em quantidades adequadas. GLICOSE - GLICOSE 6P - PIRUVATO ● Ocorrência e importância: No Corpo a Neoglicogênese ocorre nos rins e no fígado, o músculo tem apenas uma relação com a Neoglicogênese, mas ele não produz glicose. Entretanto, a produção de glicose nos rins acontece somente em pequenas proporções (cerca de 10%), a maior parte vem do fígado (cerca de 90%) que é a Neoglicogênese hepática que controla a glicemia. ● Produção de glicose: A principal matéria prima responsável pela síntese de glicose é o piruvato. Mas também podemos sintetizar a glicose através do lactato, o fígado sintetiza através da neoglicogênese, (o músculo é um produtor de lactato nas atividades físicas intensas). Além do lactato, também utilizamos aminoácidos e glicerol. O glicerol vem dos triglicerídeos, representados no tecido adiposo na imagem. ▪ Reações reversíveis: Significa dizer que tanto a reação direta como a inversa, é catalisada pela mesma enzima. * A maior parte das enzimas da via glicolítica, são também as enzimas da neoglicogênese só que estão catalisando as reações inversamente. Os pontos de diferença será nas reações que são irreversíveis e que na neoglicogênese são chamadas de ponto de contorno. ● Relação entre a VG (Reações irreversíveis) e NG (Reações de contorno): *A Neoglicogênese acontece no fígado, sintetizando a glicose para lançar para o sangue, ou seja, não vai ficar dentro da célula hepática - O objetivo é mandar essa glicose para o sangue, para manter a nossa glicemia. Portanto, a enzima que está no retículo endoplasmático liso, no último passo da neoglicogênese, vai para o retículo endoplasmático liso e lá vai sofrer ação da GLICOSE 6P FOSFATASE, que vai remover o fósforo e vai permitir que a glicose saia da célula para ir para a corrente sanguínea. Tornando-se imprescindível para manter a nossa glicemia. ● Reação resumida: *O piruvato entra para a mitocôndria e lá, na célula hepática, a Neoglicogênese vai estar acontecendo numa situação em que a quantidade de ATP e ADP no fígado é alta, ou seja, o fígado conseguiu durante o período de alimentação, conseguiu produzir uma quantidade suficiente de ATP (as vias anabólica gastam muita energia, então para que o fígado produz glicose pela neoglicogênese, ele precisa ter armazenado ATP antes). Desse modo, a maior parte das moléculas de piruvato não precisa ir para o ciclo de Krebs, não precisa ser transformado em acetil para ir para o C. De krebs porque o fígado tá com estoque suficiente, então esse piruvato é desviado para a síntese de glicose. * primeiramente ele é transformado em Oxaloacetato: Dentro da mitocôndria, a enzima que catalisa é a Piruvato carboxilase, adiciona CO2, em que atuam com o auxílio da coenzima biotina, que é uma vitamina do complexo B, tem o papel justamente de prender CO2. - Nesta síntese do oxalacetato, há o gasto de energia, então temos o ATP sendo transformado em ADP. - O oxalacetato sai da mitocôndria e vai para o citoplasma, saindo na forma de MALATO e posteriormente a mais uma reação com NADH é transformando em FOSFOENOLPIRUVATO, no meio desse processo com gasto de GTP, equivalente a molécula de ATP. O FOSFOENOLPIRUVATO vai apenas continuando a seguindo as reações inversas da via glicolítica até chegar na Frutose 1,6-P 》 Frutose 6-P 》Glicose 6-P e vamos ter o último passo que é a remoção do fósforo, pela enzima Glicose 6-P fosfatase, em que a glicose irá conseguir sair da célula. A Neoglicogênese quando utilizamos o piruvato como substrato, ela acaba acontecendo em mais de um compartimento, na mitocôndria em uma parte menor, a maior parte no citoplasma e a última reação acontecendo no retículo endoplasmático. ● Lactato como substrato: CICLO DE CORI Em que vai estar vindo dos músculos, e de outros tecidos que realizam a glicólise anaeróbica. Então os tecidos transformam a glicose em lactato através da fermentação láctica ou glicólise anaeróbica, e daí esse lactato vai para o sangue (não fica nos tecidos, porque o acúmulo desse ácido láctico nos tecidos vai interferir no PH, levando à desnaturação das proteínas), o sangue leva esse lactato para o fígado e o fígado recicla esse lactato. Ele pega esse lactato e transforma em glicose pela neoglicogênese e lança essa glicose no sangue, a glicose no sangue vai poder ser utilizada por todos os tecidos do corpo, especialmente o cérebro e o próprio músculo que pode estar até em atividade física. Esse ciclo é nomeado Ciclo de Cori, que é exatamente essa reciclagem que acontece, então ao invés de eliminarmos o lactato do nosso sangue, nós reaproveitamos o lactato para produzir glicose e enviamos essa glicose para o sangue. ● Regulação: ▪ A via glicolítica e a Neoglicogênese são reguladas? A maioria das enzimas das duas vias são comuns, então significa que essas duas vias não podem estar ativas ao mesmo tempo então quando uma via estiver ativa a outra deve estar inibida. São reguladas por dois hormônios principais que são Insulina e Glucagon. Mas, ressaltaremos a regulação alostérica. A regulação alostérica, é regulada e depende da concentração de ATP , AMP e coenzima-A. Moléculas como AMP e Acetil-CoA quando se compara ela com seus precursores e tem uma quantidade grande delas, significa que a célula está com o suprimento de energia adequado, então as vias oxidativas podem estar acontecendo em uma velocidade menor, desse modo, essas moléculas acabam sendo reguladores/efetores alostéricos positivos para a Neoglicogênese e inibem a via glicolítica. Por exemplo: ATP, atua regulando a transformação da frutose 1,6-P em Frutose 6-P. Então ele ativa a Neoglicogênese ativando essa enzima e inibe a via glicolítica. E o acetil-CoA ela atua ativando o piruvato carboxilase e inibindo assim a via glicolítica. *Já moléculas como AMP, que é adenosina monofosfato, ou seja, é uma molécula que tinha inicialmente o ATP que foi degradado a AMP, então quando a relação ATP E AMP está alta, significa que a célula está precisando de energia, produzir ATP. Dessa maneira, o fígado precisa fazer a via glicolítica e as outras vias oxidativas para ele ter suprimento de ATP e para isso tem que inibir a Neoglicogênese. Então o AMP acaba inibindo a Neoglicogênese para que a via glicolítica seja ativada. *Logo, essas duas vias são reguladas de maneira simultânea para garantir que vai acontecer somente uma das vias. E para que a Neoglicogênese se inicie, necessita que haja um acúmulo de ATP antes no fígado.
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