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1. INTRODUÇÃO 
Processos erosivos
São fenômenos referentes à transformação dos solos, que ocorrem em processos de retirada ou transporte de sedimentos da superfície. Eles acontecem a partir de etapas de desgaste, transporte e sedimentação das rochas ou do próprio solo.
Trata-se de um fenômeno natural, responsável pela dinâmica constante dos solos. No entanto, a ação antrópica pode intensificar tal processo, provocando o surgimento de inúmeros problemas. Esses problemas podem ser originários da utilização incorreta dos solos, a exemplo da agricultura intensiva, e da remoção da vegetação, responsável, muitas vezes, por garantir a coesão dos sedimentos em áreas com elevada declividade, além de proteger a superfície de agentes de transformação como a água e o vento.
Os processos erosivos costumam se iniciar com a lixiviação (lavagem da camada superior dos solos), que é responsável pela retirada da cobertura superficial dos solos e pela formação de pequenas rugosidades externas, chamadas de sulcos. Se expostas à ação dos agentes exógenos de transformação do relevo, essas rugosidades podem aumentar e transformarem-se em ravinas, que são tipos erosivos mais profundos.
Ainda existe um estágio mais avançado nos processos de formação de erosões, que são as voçorocas. Elas possuem maiores proporções e provocam verdadeiros estragos sobre áreas agricultáveis ou habitáveis, alcançando até mesmo o lençol freático.
Muitas vezes, a ocorrência de processos erosivos pode estar ligada ao fenômeno do intemperismo, que é um conjunto de elementos que ocasionam a fragmentação ou destruição da camada superficial da Terra em virtude da ação de agentes químicos, físicos e biológicos. Tal processo provoca o deslocamento de sedimentos para outras localidades, onde se reagrupam em um processo chamado de acúmulo ou sedimentação, podendo gerar novas erosões.
Entre as ações humanas que causam a formação de processos erosivos destaca-se a retirada das vegetações, que exercem a função de conter a força das águas e dos ventos (atuando como uma espécie de obstáculo) e ajudam a manter a firmeza do solo, através de suas raízes.
No meio urbano, as erosões acontecem em razão da falta de planejamento, com a formação de ruas que ocupam verticalmente toda uma vertente, por exemplo. Durante as chuvas, a enxurrada desce a vertente com muita velocidade, formando buracos em seu percurso e formando ravinas e voçorocas na porção inferior das vertentes, geralmente próximas a cursos d’água.
 Tipos de erosão
Existem vários tipos de erosão, que são classificadas conforme os seus princípios causadores.
Erosão por gravidade: quando ocorre o transporte e deposição de sedimentos da superfície em virtude da ação da gravidade, com a queda de partículas e rochas. Acontece, principalmente, em regiões montanhosas e com alta declividade.
Erosão fluvial: erosão causada pela ação das águas dos rios sobre as superfícies dos cursos d’água e de encostas. Atuam também no desgaste do solo durante enchentes periódicas ou períodos de cheias. É intensificada com a retirada das matas ciliares, ou seja, as vegetações localizadas nas margens dos rios.
Erosão pluvial: ocorre em razão da ação das águas das chuvas, que desgastam a superfície e transportam sedimentos. Esse processo atua também na lavagem dos solos e, quando as águas da chuva encontram um solo sem vegetação, passam a ser responsáveis pela formação de graves tipos de erosão.
Erosão marinha: causada pelas águas dos mares e oceanos, atua na modelagem da morfologia litorânea, contribuindo para a formação de praia e encostas através da degradação das rochas.
Erosão eólica: ocorre em virtude da ação dos ventos sobre a superfície, atuando no transporte dos sedimentos e partículas menores e degradando lentamente formações rochosas, conferindo a elas formas bastante peculiares.
Erosão glacial: ocorre graças aos movimentos abruptos das geleiras (como as avalanches). Também atuam no transporte de sedimentos, através de congelamento e movimentação.
2. DESENVOLVIMENTO
A erosão de solos é um fenômeno verificado em praticamente toda a superfície terrestre, em especial nas áreas com clima tropical onde os totais pluviométricos superam às demais regiões do planeta A desproteção do solo, e as grandes quantidades pluviométricas são as condições iniciais para que o solo eroda com mais facilidade.
Quanto à origem dos processos erosivos iniciais, entende-se que os mesmos têm sua gênese tanto por processos naturais que são constituintes da formação do relevo terrestre (como também são naturais os fenômenos climáticos que regem a dinâmica erosiva inicial), tanto por práticas/usos indevidos do solo por parte do homem, acelerando assim tal processo.
O conhecimento dos mecanismos que ditam os processos erosivos, é fundamental quando se trata da elaboração de projetos de controle da erosão. Entendemos que as práticas de conservação de solos bem como a recuperação de áreas degradadas não são tarefas fáceis de serem executáveis, pois, envolve uma quantidade considerável de variáveis a serem analisadas e discutidas antes de qualquer profissional da área propor quaisquer tipos de plano de controle/conservação do solo e áreas degradadas.
Quando tratamos do assunto da “erosão de solos” e sua posterior recuperação, muitos já vêm à mente que tal processo é causado único e exclusivamente pelo homem, entretanto, apesar de pertinente “ravinas e voçorocas são feições erosivas que caracterizam, no Brasil e em outras partes do mundo, antigos depósitos sedimentares cuja idade pode atingir mais de 20.000 anos AP., sendo, portanto, no que diz respeito, anteriores aos primeiros humanos documentados na América do Sul.
Percebemos então que, tanto os estágios iniciais quanto estágios extremos do processo erosivo (ravinas e voçorocas) não são somente o fruto de ações antrópicas, como também, tais processos derivam de processos naturais milenares.
Para que possamos atender os conhecimentos necessários para o controle da erosão (especificamente as voçorocas, propósito deste projeto), a partir deste momento o permitiremos buscar um maior conhecimento a respeito das voçorocas e a recuperação de áreas degradadas, haja vista, que o propósito deste trabalho é a recuperação de uma considerável área degradada tanto pela ação natural como pela incitação antrópica, que é o controle de uma voçoroca localizada no extremo oeste do perímetro urbano da cidade de Luiziana/PR.
Neste contexto, cabe a nós ressaltar que existe diferença entre ravina e voçorocas, tais diferenças são somente de caráter dimensional, pois, segundo este critério, ravinas seriam incisões de até 50 centímetros de largura de profundidade, e acima deste valor mencionado, as incisões seriam denominadas de voçorocas. As imagens abaixo demonstram esta diferença entre ravinas (Figura 01) e voçorocas (Figura 02).
Figura 01: Erosão em ravinas em Cajati/SP 
 Figura 02: Voçoroca na cidade de Luiziana/PR
Fonte: CPRM - Serviço Geológico do Brasil 
 
 Tal definição é interessante do ponto de vista em que a água como o agente modelador do processo erosivo, seja em superfície ou em subsuperfície, e quando nos referimos às voçorocas a água é o principal elemento a ser analisado, principalmente quando nos referimos ao controle das mesmas.
No que diz respeito à evolução das voçorocas, nos demonstra três estágios de evolução das mesmas (Figura 03), no qual podemos identificar que a voçoroca a ser estudada/controlada na cidade de Luiziana/PR, encontra-se no segundo estágio (voçoroca desconectada da rede hidrográfica).
A erosão de solos e seu consequente controle, tanto em dimensões menores como as ravinas e em dimensões maiores como as voçorocas, requer um estudo in loco da área, de maneira que se possa realmente conhecer toda a dinâmica da paisagem e entender os mecanismos envolventes no processo erosivo e a partir deste daí tomar medidas preventivas e mitigadoras do problema da erosão de solos, especificamente as voçorocas.Neste sentido o controle dos voçoroca mentos consiste em realizar a sua estabilização ou evitar que cresça tanto em largura ou em profundidade”, entretanto, se tal procedimento não for possível, segundo os mesmos autores, devem-se adotar métodos que controlem a velocidade da água que escorre sobre a mesma. As estratégias adotadas no controle da erosão do solo (voçorocas) geralmente são constituídas por práticas mecânicas e vegetativas (no caso da vegetação, existem métodos de baixo e também de alto custo, como é o caso do da aplicação de técnicas da bio engenharia - Geomantas).
As práticas mecânicas no controle de erosão do solo consistem basicamente em operações mecanizadas, manuais e/ou movimentação manual de material erodido, para que assim possam-se adotar as práticas vegetativas e ou a aplicação de geomantas nas áreas propicias. Atualmente as técnicas de bioengenharia, mais especificamente a aplicação de geomantas no caso da erosão de solos, constituem-se em um método muito eficaz para o controle do processo erosivo ou em locais de risco e/ou potencialmente propício a erosão, entretanto, o custo da efetivação e manutenção de tal método é alto, contudo, com base em estudos de Fernandes et al. (2009); Silva (2008); Holanda; Rocha; Oliveira (2008), oferece resultados positivos. As imagens abaixo (Figura 04) demonstram um estudo de caso com métodos da bioengenharia, com aplicação de geomantas da empresa Deflor Bioengenharia.
	
Figura 04: Sequência cronológica de uma erosão controlada por técnicas da bio engenharia.
As geomantas são utilizadas na proteção superficial do solo, reforçando e protegendo a vegetação, e combinado com o plantio de espécies nativas e ou exóticas para a área, o controle da erosão, aliado com outros métodos disponíveis terá sucesso. Existem vários tipos de geomantas, geralmente constituídos por uma malha geossintética leve de reforço e, conforme a aplicação, com inclusões de fibras de origem vegetal, tais como palha e fibra de coco. A vegetação cresce através da geomanta, entrelaçando-se intimamente com o reforço geossintético, auxiliando, desta forma a fixação das espécies escolhidas, principais responsáveis pela proteção contra a erosão. A geomanta ainda absorve o impacto da água de chuva que cai e dissipa a energia da lamina de água que escorre pelo talude, protege-o ainda da erosão eólica, e atenua o efeito do sol, mantendo a umidade do solo.
Entendemos que a aplicação das técnicas de bioengenharia (aplicação de geomantas) não se constitui em um único método a ser adotado para o controle de erosão em áreas degradadas, mais, entende-se que a adoção de determinados métodos para tal fim, são passíveis de um estudo muito minucioso, que engloba diversas variáveis.
Neste contexto, a mistura de sementes de gramíneas e leguminosas com posterior recobrimento com as mantas de controle de erosão conferiu uma maior proteção do solo. conclui em seu estudo que “a bioengenharia de solos é um método facilitador do desenvolvimento da vegetação ciliar além de eficiente como ferramenta para diminuição na taxa de erosão por corrosão e posterior solapamento da base do talude marginal, conclui em seu trabalho de recuperação de um talude em corte de estrada que “os produtos (geomantas) para controle de erosão utilizados na pesquisa foram eficientes no controle da erosão do solo quando comparados com o testemunha”, e ainda aponta que o tratamento efetuado foi a que melhor reduziu o volume de suspensão de água escoada, apresentando maior infiltração e consequente percolação da água.
Nesta modesta análise dos trabalhos que utilizam as técnicas de bioengenharia (geomantas) no controle de erosão, são positivas e sua aplicação é favorável em diversos terrenos.
2.1 Caracterização da área de estudo
O município de Luiziana situa-se na Mesorregião Centro-Ocidental do Estado do Paraná, na Microrregião Geográfica de Campo Mourão. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010) a área do atual município é de aproximadamente 908,603 km2. Este possui uma altitude média de 760 metros, cortado pelas coordenadas geográficas de 20° 17’00’’ Latitude Sul e 52° 16’ 00’’ Longitude Oeste. Geograficamente, limita-se com os municípios de Barbosa Ferraz, ao norte; ao sul, Nova Cantu; Roncador e Iretama a leste; a oeste, Mamborê e a norte-noroeste com Campo Mourão. Localiza-se no Terceiro Planalto ou Planalto de Guarapuava (MAACK, 1968). Esta unidade geomorfológica inicia-se a leste na Serra da Boa Esperança e atinge o seu limite a oeste no Rio Paraná. Têm como composição litológica predominante rochas vulcânicas, derrames de lavas basálticas, cuja decomposição origina a “Terra Roxa” (MAACK, 1968).
Com base em dados climatológicos, em especial, a precipitação ocorrida na cidade de Luiziana/PR, a precipitação média é de 2065,5 mm anuais, levando em consideração uma média de 12 anos (1995-2011). O gráfico abaixo demonstra a precipitação ocorrida nos últimos três anos (Figura 05).
Figura 05: Precipitação em Luiziana/PR, período de 2008-2010. Fonte: Coamo Agroindustrial Cooperativa - Org. Denner Conrado.
Segundo a classificação climática de Koppen, Luiziana/PR se enquadra no tipo Cfa, Subtropical Úmido Mesotérmico, com verões quentes e geadas pouco frequentes. A tendência é que ocorra a concentração de chuva no verão (conforme o gráfico, sem estação seca definida. Segundo Borsato e Daniel (2008), “a média de temperatura dos meses quentes é superior a 22°C e a dos meses mais frios é inferior a 18°C e está em uma altitude de 760 metros.
2.2 Problemática
As águas pluviais foram às responsáveis pela formação da voçoroca que se instalou nesta vertente do sítio urbano, e pelas visitas a campo, a voçoroca encontra-se ainda em processo de ampliação, que em decorrência do lançamento das águas pluviais num local de declividade acentuada e sem a dissipação da mesma, tal processo só tende a aumentar e consequentemente gerar transtornos em todos os sentidos (ainda que tal problema seja de longa data). A imagem abaixo demonstra a cidade de Luiziana/PR (Figura 06), e em destaque no extremo oeste da mesma, encontra-se o início do processo erosivo em voçoroca, conforme apontamento na imagem.
Figura 06: Localização de Luiziana/PR e início do processo erosivo (voçoroca).
Fonte: Imagem adaptada do Google Earth® (2011) - Org. Elaine Bavaresco Mercial.
No trabalho realizado por Borsato e Daniel (2008) constata-se que há divergências quanto às causas formadoras da voçoroca bem como os principais agentes. Ainda neste contexto, em entrevistas realizadas por Borsato e Daniel (2008), “coloca-se que a voçoroca já existia quando Luiziana/PR era distrito de Campo Mourão/PR, mais suas dimensões eram reduzidas”, “a pavimentação asfáltica com o avanço do sítio urbano revelou que a intensidade da mesma aumentou devido ao fluxo de água ser bem maior com a realização desta obra.
Atualmente o processo erosivo em voçoroca, ainda se encontra em expansão, devido principalmente pelo intenso escoamento das águas pluviais, pois, as mesmas escoam diretamente para a “garganta” da voçoroca, e é claro aumentando assim seu poder erosivo e degradante da paisagem. As imagens (Figura 07) abaixo demonstram o atual estado da voçoroca em 19 de março de 2011 em aula de campo realizada no local.
	
Figura 07: Imagens de diferentes locais da voçoroca em Luiziana/PR.
Fotos: Elaine Bavaresco Mercial (2011).
A prefeitura mais uma vez adotou medidas paliativas para com o processo erosivo, e em 28 de abril em 2011 (Figura 08), na imagem em questão, observamos o maquinário da prefeitura do município trabalhando na área com o intuito de “preparar o solo” para a delimitação de um futuro loteamento. A inserção de um loteamento a montante do início do processo de voçoroca mento (Figura 09), reforça mais uma vez a ideia na prática que o poder público, neste caso a prefeitura municipal de Luiziana/PR e seus planejadores urbanos (isso se realmente existir um planejador urbano comprometidocom sua função) não possui conhecimento científico necessário, através de seus profissionais planejadores para a elaboração de um projeto como este. Mediante nossas constantes visitas a tal área, já logo percebemos a fragilidade do solo (rachaduras) (Figura 10), onde sairá um loteamento residencial, sendo que as imagens deste local já nos demonstram que a realização de tal empreendimento não está de acordo com as diretrizes básicas para tal fim.
Figura 08: Maquinário da prefeitura no local de início da erosão.
	
Figura 09: Vista parcial do local onde será implantado o loteamento residencial
Foto: Denner Conrado (2011).
A pertinência da estabilização desta área é importante que seja efetuada, desde que os métodos e práticas adotadas não sejam paliativos e que resolvam o problema em um determinando tempo, o mesmo retornará em curto prazo.
A população que mora ao entorno bem como os agricultores a jusante dependem que seja tomada medidas de estabilização da voçoroca, pois, a mesma oferece riscos aos moradores ao entorno, e entender quais os problemas afetados pelos agricultores. A degradação ambiental verificada no local, bem como sua regeneração é importante tanto o contexto socioeconômico quanto para a revitalização da paisagem e meio ambiente.
3. PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DA ÁREA DEGRADA: O CASO DA VOÇOROCA EM LUIZIANA/PR
Face ao exposto da gravidade do problema de erosão verificado em Luiziana/PR, pretende-se a seguir propor métodos que diminua o processo erosivo verificado na voçoroca em questão. Vale lembrar que a recuperação parcial deste ambiente é determinada em longo prazo, dependendo assim dos métodos/práticas adotados.
Nesta ocasião, nos permitiremos em utilizar a técnica adotada pelo pesquisador Eng. Florestal Alexander Resende da Embrapa Agrobiologia bem como as técnicas de bioengenharia (aplicação de geomantas). Neste sentido o pesquisador citado adota três pontos principais no que diz respeito ao controle do tamanho da inicisão erosiva bem como o plantio de espécies vegetais para tal fim. A sua técnica está pautada em isolar a área do pastejo animal; evitar que as águas pluviais vão diretamente para a voçoroca e por último, o plantio de espécies vegetais recomendadas para fins de revegetação da área.
A aplicação de técnicas de bioengenharia (geomantas) também será aplicada no estudo em questão. A imagem abaixo (figura 11) destaca o início do processo erosivo (voçoroca) bem como a área em que serão aplicadas as técnicas de estabilização do processo erosivo.
Figura 11: Localização de Luiziana/PR e aplicação das técnicas de estabilização da erosão.
Fonte: Imagem adaptada do Google Earth® - Org. DennerConrado 2011).
Em destaque na imagem, a área em amarelo no início da voçoroca será aplicada as técnicas de bioengenharia, especificamente, a aplicação de geomantas sintéticas e ou têxteis 8 consorciadas com o plantio de espécies nativas e ou exóticas na área, para que se atenda um dos requisitos fundamentais para o controle de áreas dessa natureza e porte. Considerando ainda que nesta área apresente uma declividade considerável, sendo a aplicação das técnicas de bioengenharia (geomantas) favorável para a proposta em questão.
Na imagem as setas em vermelho indicam que serão realizadas no local, incisões no terreno como uma espécie de dreno, que servirá principalmente para o escoamento da água pluvial para sumidouros paralelos a área da erosão, diminuindo consideravelmente assim a entrada da água na erosão. Acredita-se que com a adoção destes métodos, a entrada de água pluvial (que é um dos fatores mais importantes para a evolução das voçorocas) será diminuída/controlada, estabilizando assim tal área.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar de existirem inúmeros métodos/técnicas a ser empregado no que tange a recuperação de áreas degradadas como esta na cidade de Luiziana/PR, podemos então perceber que não houve nenhum “esforço” consciente por parte do planejamento municipal no que diz respeito à recuperação desta área urbana.
A inserção de um loteamento urbano às margens do ponto inicial do processo de voçorocamento se constitui sob nosso ponto de vista como sendo uma ação errônea por parte daqueles que planejam o solo urbano no município de Luiziana/PR.
Acredita-se que, se tal problema já se estende por vários anos e não houve nenhuma ação consciente à luz do planejamento urbano e ambiental para esta área, cabe nos questionarmos, onde estão os planejadores, que imbuídos de sua longa experiência, nada fizeram para tal área, de acordo com os métodos e técnicas disponíveis atualmente.
Entende-se, que para casos como este verificado na cidade de Luiziana/PR, a esta altura, já deveria existir alguma espécie de “plano” de recuperação desta área, pois, apesar de tal problemática ser verificada no extremo oeste da cidade, existe pessoas morando próximo a esta área bem como existem propriedades agrícolas onde o solo das mesmas está apresentando sinais de deslocamento de massa. Neste sentido cabe a aqueles que são responsáveis pelo planejamento urbano da cidade de Luiziana/PR reverem seus conceitos e entenderem que o planejamento de determinada área e em determinada situação, envolve um número muito amplo de fatos a serem analisados e discutidos. A ampla bibliografia existente a respeito de tal temática nos fornece uma noção de como o planejamento urbano/ambiental e também a recuperação de áreas degradadas em meio urbano é complexa. 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABDO, M .T. V. N. et al. Estabilização de uma voçoroca no Polo Apta Centro Norte - Pindorama/SP. Revista Tecnologia & Inovação Agropecuária, p. 135-141, 2008.
ANDRADE, A. G. de; PORTOCARRERO, H.; CAPECHE, C. L. Práticas Mecânicas e Vegetativas para o Controle de Voçorocas. Embrapa Solos - Comunicado Técnico, Rio de Janeiro, Dezembro, 2005.
BIGARELLA, J. J.; MAZUCHOWSKI, J. Z. Livro Guia - 3° Simpósio Nacional de Controle de Erosão, Visão Integrada da Problemática da Erosão - Associação de Defesa e Educação Ambiental e Associação Brasileira de Geologia de Engenharia: Curitiba, 1985.
DANIEL, C.A.; BORSATO V. da A. Erosão Urbana: Um estudo de caso no município de Luiziana. DEFLOR BIOENGENHARIA. Informações de estudos de caso. Disponivel em: www.deflor.com.br/portugues/home.html. Acesso em: 01 maio, 2011.
FERREIRA, V. M. Voçorocas no Município de Nazareno, MG: Origem, Uso da Terra e Atributos do Solo. (Dissertação - Mestrado) Universidade Federal de Lavras. Lavras/MG, 2005.
FERNANDES, A. F. et al. Projeto de Recuperação das Áreas Degradadas do Parque Estadual da Serra do Rola Moça/MG. Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Pomba/MG, 2007.
FERNANDES, L. S. et al. Uso de Geomantas no controle da erosão superficial em um talude em corte de estrada. Revista Brasileira Ciências do Solo, n° 33, p.199-206, 2009.
RANCO, A. A. et al. Revegetação de Solos Degradados. Embrapa Agrobiologia - Comunicado Técnico, n° 09, p.1-9, 1992.
CARVALHO, S. R. de. et al. Recuperação de áreas degradadas do estado do Rio de Janeiro. Embrapa Agrobiologia. Documentos, n° 76, p.4-12, Seropédica/RJ, 1998.
GUERRA, A. J. T.; SILVA, A. S. da.; BOTELHO, R. G. M. (Orgs.) Erosão e Conservação dos Solos - Conceitos, Temas e Aplicações. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1999. 
HOLANDA, F. S. R.; ROCHA I. P. da.; OLIVEIRA, V. S. Estabilização de taludes marginais com técnicas de bioengenharia de solos no baixo São Francisco. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 12, n° 06, p.570-575, 2008.
MAACK, R. Geografia física do estado do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial, 1968. MAZZINI, F.; YAMASAKI, M. T.; MONTERO, R. C. Projeto de Recuperação de Área Degradada - Erosão Rural no município de Ubirajara/SP. (Trabalho de Conclusão de Curso - Pós Graduação em Engenharia Civil e Ambiental) Universidade Estadual Paulista, Bauru, 2010.
Fonte: <http://www.alunosonline.com.br/geografia/erosao.html> 
Fonte: <http://www.mundoeducacao.com/geografia/processos-erosivos.htm>FACULDADE INGÁ
PROCESSOS EROSIVOS E EROSÕES
Acadêmicos: 
MATHEUS RODRIGUES RA:10728.13
MURILO JAMPIETRO RA:9836.12
RENAN BIGOTO 	 RA: 10453.13
REINALDO TILHAQUE RA: 10082.13
 YSABELA THAIZ RA: 10526.13
	 	
Professora: Marta
 2°ano de Engenharia Civil Professora: Marta
 
19 de novembro de Maringá 2014.

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