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21 Pode-se abafar o fogo com uso de materiais di- versos, como areia, terra, cobertores, vapor d’água, espumas, pós, gases especiais etc. Quebrando a Reação em Cadeia Alguns agentes extintores, quando aquecidos no fogo, sofrem ação do calor, reagindo sobre a área das chamas, interrompendo assim a “reação em cadeia” (extinção química). Isso ocorre porque o oxigênio comburente deixa de reagir com os gases combustí- veis. Essa reação só ocorre quando há chamas visíveis. Classificação dos Incêndios e Métodos de Extinção Este tópico é muito importante e cabe salien- tar que dele depende o sucesso das nossas ações de combate a sinistros. Eles são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como a situ- ação em que se encontram. Essa classificação é fei- ta para determinar o agente extintor adequado para o tipo de incêndio específico. Entendemos como agentes extintores todas as substâncias capazes de eliminar um ou mais dos elementos essenciais do fogo, cessando a combustão. Essa classificação foi elaborada pela NFPA (Na- tional Fire Protection Association – Associação Nacio- nal de Proteção a Incêndios/EUA), e também adotada pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. 22 Incêndio Classe “A” Este se se caracteriza em se tratando no fogo envolvendo combustíveis sólidos comuns, como papel, madeira, pano, borracha, é caracterizado pe- las cinzas e brasas que deixam como resíduos e por queimar em razão do seu volume, isto é, a queima se dá na superfície e em profundidade. Método de extinção É necessário baixarmos a temperatura dos cor- pos ( combustível ) neste caso resfriando-os para a sua extinção, isto é, do uso de água ou soluções que a contenham em grande porcentagem, a fim de redu- zir a temperatura do material em combustão, abaixo do seu ponto de ignição. O emprego de pós químicos irá apenas retardar a combustão, não agindo na queima em profundidade. Incêndio Classe “B” Incêndio envolvendo líquidos inflamáveis, gra- xas e gases combustíveis, é caracterizado por não deixar resíduos e queimar apenas na superfície ex- posta e não em profundidade. Método de extinção Precisamos fazer uma separação da superfície fogo com os corpos que estão queimando através do abafamento ou da interrupção (quebra) da rea- 23 ção em cadeia. No caso de líquidos muito aquecidos (ponto da ignição), é necessário resfriamento. Incêndio Classe “C” Incêndio envolvendo equipamentos energiza- dos. É caracterizado pelo risco de vida que oferece ao brigadista. Método de extinção Uma vez que estamos lidando com corpos energizados, a sua extinção necessita de agente ex- tintor que não conduza a corrente elétrica e utilize o princípio de abafamento ou da interrupção (quebra) da reação em cadeia. Esta classe de incêndio pode ser mudada para “A”, se for interrompido o fluxo elétrico. Deve-se ter cuidado com equipamentos (televisores, por exem- plo) que acumulam energia elétrica, pois estes con- tinuam energizados mesmo após a interrupção da corrente elétrica. Incêndio Classe “D” Este tipo de sinistro envolve metais combustí- veis pirofóricos (magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, só- dio, zircônio). É caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores co- muns (principalmente os que contenham água). 24 Método de extinção Necessitamos de agentes extintores especiais que se fundam em contato com o metal combustí- vel, formando uma espécie de capa que o isola do ar atmosférico, interrompendo a combustão pelo prin- cípio de abafamento. Os pós especiais são compostos dos seguintes materiais: cloreto de sódio, cloreto de bário, mono fosfato de amônia, grafite seco. O princípio da retirada do material também é aplicável com sucesso nesta classe de incêndio. 1.2 - Legislação Constituição Federal O Estado pode legislar concorrentemente com a União, a respeito do Direito Urbanístico, na área de prevenção de incêndios (art. 24, inciso I). Ao Corpo de Bombeiros, além das atribuições definidas em Lei, compete a execução das atividades de Defesa Civil (art. 144, § 5º). 25 1.3 - Seguro CIRCULAR SUSEP Nº 006, DE 16.03.92 A SUSEP, ( Superintendência de Seguros Privados ), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, junto com o IRB ( Insti- tuto de Resseguros do Brasil ), são órgão que fiscali- zam os seguros das edificações em relação a Preven- ção de Incêndios. Regulamento para concessão de descontos aos riscos que dispuserem de meios próprios de Detec- ção e Combate a Incêndios. Classificação dos riscos a proteger. Para fins de proteção de que trata este item, são os riscos isolados, no conceito da Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, classificados em três classes, de acordo com a natureza de suas ocupações. Classe A - Riscos isolados cuja classe de ocu- pação, na Tarifa de Seguro 26 Incêndio do Brasil, seja 1 ou 2, excluídos os “depósitos” que devem ser considerados como Classe “B”. Classe B - Riscos isolados cujas classes de ocu- pação, na Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, sejam 3, 4, 5 ou 6, bem como os “depósitos” de classes de ocupação 1 ou 2. Classe C - Riscos isolados cujas classes de ocu- pação, na Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, sejam 7, 8, 9, 10, 11, 12 ou 13. Os riscos, cujas instalações de detecção e com- bate a incêndio satisfizerem às exigências do presen- te Regulamento, gozarão dos descontos a seguir de- terminados, aplicáveis às taxas básicas da TSIB. Os descontos previstos neste Regulamento não serão aplicáveis aos prêmios correspondentes a Ris- cos Acessórios, previstos no artigo 4º da TSIB. Os descontos somente serão concedidos a ris- cos que dispuserem de sistema de proteção por ex- tintores de acordo com este Regulamento. A exigência prevista no subitem anterior pode- rá ser dispensada, quando, no risco a proteção por extintores for comprovadamente inadequada. Os descontos máximos atribuíveis são os seguintes: 27 Para sistema de proteção por extintores, 5% (cinco por cento); Para sistema de proteção por mangueiras semi-rígidas: a) 5% (cinco por cento) quando o risco for protegido por sistema de abastecimento por bomba ou por sistema conjugado ao sistema de hidrantes, de chuveiros automáticos ou à rede de consumo ge- ral, ou ainda, embora tendo sistema independente, já seja beneficiado com desconto por hidrantes; b) 10% (dez por cento) quando o risco for pro- tegido por sistema independente de abastecimento por gravidade ou por tanque de pressão e não for beneficiado com desconto por hidrantes. As Seguradoras deverão manter em seus arqui- vos as documentações a seguir, relativas às conces- sões dos descontos por ela aplicados: a) Planta dos riscos, confeccionada de acordo com as convenções padronizadas pelo IRB, com in- dicação detalhada dos sistemas de proteção existen- tes, devidamente assinada pelo Segurado; b) Laudo de inspeção dos sistemas de proteção; 28 c) Laudo de instalação, fornecido pelo Se- gurado, firma ou pessoa habilitada, com descrição pormenorizada dos dados técnicos, especificações e aparelhagem do sistema de proteção; d) Informação detalhada sobre a brigada de incêndio; e) Questionário de Tarifação Individual e Des- contos - QTID, devidamente preenchido e assinado; f) Cópia da apólice em vigor. 1.4 O papel do engenheiro de segurança na pre- venção e combate a incêndios FUNÇÃO: ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO • Assessorar os diversos órgãos da Instituição em assuntos de segurança do trabalho. • Propor normas e regulamentos de segurança do trabalho. • Estudar as condições de segurança dos lo- cais de trabalho e das instalações e equipamentos. 29 • Examinar projetos de obras e equipamentos, opinando do ponto de vista da segurança do trabalho. • Indicar e verificar a qualidade dos equipa- mentos de segurança. • Estudar e implantar sistema de proteção contra incêndios e elaborar planos de controle de catástrofe. • Delimitaras áreas de periculosidade, insalu- bridade e outras, de acordo com a legislação vigente, emitir parecer, laudos técnicos e indicar mediação de controle sobre grau de exposição a agentes agressi- vos de riscos físicos, químicos e biológicos. • Analisar acidentes, investigando as causas e propondo medidas corretivas e preventivas. • Opinar e participar da especificação para aquisição de substâncias e equipamentos cuja ma- nipulação, armazenamento, transporte ou funciona- mento possam apresentar riscos, acompanhando o controle do recebimento e da expedição. • Colaborar na fixação de requisitos de apti- dão para o exercício de funções, apontando os riscos decorrentes desses exercícios. 30 • Manter cadastro e analisar estatísticas dos aci- dentes, a fim de orientar a prevenção e calcular o custo. • Realizar a divulgação de assuntos de segu- rança do trabalho. • Participar de programa de treinamento, quando convocado. • Elaborar e executar programas de treina- mento geral e específico no que concerne à seguran- ça do trabalho. • Planejar e executar campanhas educativas sobre prevenção de acidentes. • Participar, conforme a política interna da Instituição, de projetos, cursos, eventos, convênios e programas de ensino, pesquisa e extensão. • Trabalhar segundo normas técnicas de segu- rança, qualidade, produtividade, higiene e preserva- ção ambiental. • Executar tarefas pertinentes à área de atua- ção, utilizando-se de equipamentos e programas de informática. 31 • Executar outras tarefas compatíveis com as exigências para o exercício da função. Destacamos as funções que cabe ao Engenheiro de Segurança no tocante a Prevenção e Combate a Incêndios, de forma que, este profissional esta intima- mente ligado a esta vasta área dentro das Empresas. 1.5 – Extintores e suas capacidades Extintores se tratam de equipamentos destina- dos a serem utilizados em princípios de incêndios que são recipientes metálicos que contêm em seu interior agente extintor para o combate imediato e rápido a princípios de incêndio. Podem ser portáteis ou sobre rodas, conforme o tamanho e a operação. Os extintores portáteis também são conhecidos sim- plesmente por extintores e os extintores sobre rodas, por rodas, por carretas. Como temos as classes distintas de incêndios, teremos também diferentes tipos de extintores e se classificam conforme a classe de incêndio a que se destinam: “A”, “B”, “C” e “D”. Para cada classe de incêndio há um ou mais extintores adequados. Todo o extintor possui, em seu corpo, rótulo de identi- ficação facilmente localizável. O rótulo traz infor- mações sobre as classes de incêndio para as quais o 32 extintor é indicado e instruções de uso. Os extintores devem conter uma carga mínima de agente extintor em seu interior, chamada de uni- dade extintora e que é especificada em norma. Extintores Portáteis De maneira a utilizar de forma fácil e rápida em seu manuseio, destinados a combater princípios de incêndio. Recebem o nome do agente extintor que transportam em seu interior (por exemplo: extintor de água, porque contém água em seu interior). Extintor de água: Capacidade: 10 litros Unidade extintora: 10 litros Aplicação: Classe A Alcance: 10 metros Pressão interna, expelindo água ao ser acionado através do gatilho. Extintor de pó químico seco pressurizado: Capacidade: 1, 2, 4, 6, 8 e 12 Kg Unidade extintora: 04 Kg 33 Aplicação: Classes B e C, se for na D, o pó é especial Alcance: 05 metros Pressão interna, para se obter a liberação do pó, aperta-se o gatilho. Extintor de Pó Químico Seco (Pressão Injetada) Capacidade: 4, 6, 8 e 12 Kg Unidade extintora: 04 Kg Aplicação: Classes B e C, se for na D, o pó é especial Alcance: 05 metros Pressão externa que esta junto ao cilindro em outro cilindro pressurizado, para se obter a liberação do pó, abre o cilindro pequeno e este pressuriza o ex- tintor e ai apertam o gatilho para o funcionamento. Extintor de gás carbônico Capacidade: 2,4 e 6 Kg Unidade extintora: 06 Kg 34 Aplicação: Classes B e C Alcance: 2,5 metros Pressão interna e acionando o gatilho o gás é liberado Tomar cuidado com a descarga, pois, ele opera com baixas temperaturas e corremos o risco de quei- maduras nas mãos, então temos a parte apropiada para manusear o difusor. Extintor de espuma: Extintor de Espuma Mecânica (Pressurizado) Capacidade: 09 litros água + LGE Unidade extintora: 09 litros Aplicação: Classes A e B Alcance: 05 metros Pressão interna e acionando o gatilho a pré- -mistura água e lge são expelidas e forma-se então a espuma, com a entrada de ar. 35 Extintor de espuma: Extintor de Espuma Mecânica (Pressão Injetada) Capacidade: 09 litros água + LGE Unidade extintora: 09 litros Aplicação: Classes A e B Alcance: 05 metros Pressão externa em um cilindro de alta pressão, acionando o gatilho a pré-mistura água e lge são ex- pelidas e forma-se então a espuma, com a entrada de ar. Manutenção e Inspeção A manutenção começa com o exame periódico e completo dos extintores e termina com a correção dos problemas encontrados, visando um funcionamento seguro e eficiente. É realizada através de inspeções, onde são verificados: localização, acesso, visibilidade, rótulo de identificação, lacre e selo da ABNT, peso, danos físicos, obstrução no bico ou na mangueira, pe- ças soltas ou quebradas e pressão nos manômetros. Semanais: Verificar acesso, visibilidade e sinalização.
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