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69 emergência para abandono do local. Compartimentação vertical: a) serve para evitar a propagação do incêndio por convecção; b) as aberturas (“shafts”) podem não ter ele- mentos de compartimentação, daí a propagação do incêndio irá ocorrer por esta abertura; c) as escadas enclausuradas nos prédios eleva- dos servem como área de progressão para o comba- te a incêndio e retirada de pessoas; e d) os elevadores comuns não devem ser utili- zados como rota de fuga, pois não tem elementos resistentes ao fogo. 86 quentes dentro da edificação é a principal causa de propagação do fogo, sendo assim, a decisão de ini- ciar a ventilação tática deve ser parte da estratégia global do controle de movimento de ar na edificação. Temos como nosso favor os estudos que indi- cam que a força e a direção do vento geralmente são os fatores dominantes na Ventilação tática, pois, de- terminam a velocidade e a direção que a fumaça e os gases quentes tomam no interior da edificação. Nunca devemos combater os incêndios nas edificações em posição contrária à direção do vento, bem como a utilização de ventiladores para forçar o ar para dentro da edificação, pois a eficiência des- ta tática dependerá da capacidade dos ventiladores, quando comparado com a força contrária do vento e, se o vento for muito forte, este pode anular ou prevalecer sobre a ação dos ventiladores. 3.3 Sistemas Fixos de Proteção. Proteção por Sistemas de Chuvei- ros Automáticos Todos os sistemas de proteção de incêndio que estamos citando neste trabalho, vem de encontro com normas e legislações vigentes nacionais e in- ternacionais, que procuramos compilar em resumo as principais, neste caso de sistemas de chuveiros automáticos, este é projetado e instalado conforme 70 71 1) Defina Proteção Ativa em Proteção contra Incêndios e Explosão. Dê exemplos? 2) Qual é o objetivo da Proteção Estrutural e sua importância na Proteção contra Incêndios e Explosão? 3) Defina Proteção Passiva em Proteção contra Incêndios e Explosão. Dê exemplos? 4) Qual é o significado da sigla TRRF, quando falamos em Proteção contra Incêndios e Explosão ? 5) Quais as características da Compartimenta- ção Horizontal e Vertical? De exemplos de ambas as proteções. Capítulo 3 . 73 3.1 Sistemas de detecção de alarme. Todos os sistemas de detecção de alarme, por ser um item de suma importância na edificação, têm que cuidar do mesmo com um criterioso cuidado e aten- ção. No caso de sistema de alarme contra incêndios consiste num dispositivo elétrico destinado a produzir sons de alerta aos ocupantes de uma edificação, por ocasião de uma emergência qualquer acionado manu- almente pelos ocupantes da edificação. Para fins de projeto e instalação do sistema de detecção e alarme de incêndio, deverá ser adotada as normas técnicas da ABNT (NBR 9441/98 e NBR 13848/97). Como trata-se de um sistema eletro-eletronico, existem vários tipos e modelos, mas geralmente al- guns componentes são comuns a todos, citamos abaixo alguns itens de um sistema de alarme e detec- ção automática de incêndio: a) central – equipamento destinado a processar os sinais provenientes dos circuitos de detecção, a convertê-los em indicações adequadas e a comandar 74 e controlar os demais componentes do sistema; b) baterias de alimentação do sistema – fonte de alimentação autônoma da energia fornecida pela Concessionária de Serviço Público proporcionada por meio de baterias de acumuladores; c) circuitos de detecção – circuito no qual são instalados os detectores automáticos, acionadores manuais ou quaisquer outros tipos de sensores per- tencentes ao sistema; d) detector automático de incêndio – dispositi- vo destinado a operar quando influenciado por de- terminados fenômenos físicos ou químicos que pre- cedem ou acompanham um principio de incêndio; e) acionador manual – dispositivo destinado a transmitir a informação de um princípio de incên- dio, quando acionado por uma pessoa (chamado também de botoeira quebra-vidro); Principio de funcionamento do sistema a) a fiação que interliga cada componente do sistema deve ser protegida contra a ação do fogo e interferências eletromagnéticas, o que implica na uti- lização de eletrodutos metálicos (ferro galvanizado) 75 – ou de PVC rígido anti-chama, neste caso, a fiação deverá ser dotada de blindagem eletrostática; e b) os eletrodutos devem ser para uso exclusivo dos circuitos do sistema (não podem ser utilizados para passagem de fios de corrente alternada ou eletricidade em geral). Existem vários tipos de aplicação e vejamos suas aplicações de detectores: a) detectores de temperaturas térmicos – utili- zados em ambientes onde a ultrapassagem de deter- minada temperatura indique seguramente um princí- pio de incêndio; b) detectores de temperatura termovelocimé- tricos – utilizados em ambientes onde a rapidez no aumento de temperatura indique inequivocadamen- te um princípio de incêndio; c) detectores de fumaça iônicos – utilizados em ambientes onde, num princípio de incêndio, haja for- mação de combustão, mesmo invisível, ou fumaça, antes da deflagração do incêndio propriamente dito; d) detectores de fumaça óticos – utilizados em 76 ambientes onde, num princípio de incêndio, haja ex- pectativa de formação de fumaça, antes da deflagra- ção do incêndio propriamente dito. Funcionam por obscurecimento ou por reflexão. Alguns critérios para a localização da Cen- tral de Alarme de Incêndio: a) em locais onde existe a permanência huma- na constante; portaria, por exemplo; b) alguns locais que apenas pessoa autorizada possa transitar para operá-la; c) instalar a central em altura compatível para a operação (entre 1,20m e 1,60m do piso acabado); d) em local em que a posição que não ofereça risco à circulação de pessoas; As operações na central de alarme de in- cêndio devem permitir que o: a) acionamento de alarme geral (sirenes); b) acionamento de alarme na central (bip); c) desligamento da central; 77 d) desligamento da rede de alimentação de cor- rente alternada; e) teste dos leds de defeito e funcionamento - (central do tipo convencional); f) visualização, através de leds, do estado de funcionamento (ativação de acionador manual ou laço de detectores) – cor vermelha - (central do tipo convencional); h) visualização, através de leds, do estado de de- feito de qualquer acionador manual ou laço de detec- tores – cor amarela - (central do tipo convencional); i) identificação do local do acionador manual ou laço de detectores, através da indicação dos leds da central - (central do tipo convencional). 3.2 Sistemas de detecção de fumaça. 3.2.1 Controle de fumaça Este controle que citamos é um sistema que pro- move a extração dos gases e da fumaça do local de origem do incêndio, controlando a entrada de ar (ven- tilação) e prevenindo a migração de fumaça e gases quentes para as áreas adjacentes não sinistradas. 78 Este controle de qualquer ambiente é justamen- te para mante-lo seguro nas edificações durante o tempo necessário para abandono do local sinistrado, evitando os perigos da intoxicação e falta de visibili- dade pela fumaça. Este sistema também serve para reduzir a pro- pagação de gases quentes e fumaça entre a área in- cendiada e áreas adjacentes, baixando a temperatura interna e limitando a propagação do incêndio. Outro beneficio deste sistema é proporcionar condições dentro e fora da área incendiada que irão auxiliar nas operações de busca e resgate de pessoas, localização e controle do incêndio. Detector de fumaça - dispositivo destinado a atuar quando ocorre presença de partículas ou gases, visíveis ou não, e de produtos de combustão; Detectores de fumaça óticos – utilizados em ambientes onde, num princípio de incêndio, haja ex- pectativa de formação de fumaça, antes da deflagra- ção do incêndio propriamente dito. Funcionam por obscurecimento ou por reflexão. Detectores de fumaça iônicos – utilizadosem ambientes onde, num princípio de incêndio, haja for- mação de combustão, mesmo invisível, ou fumaça, antes da deflagração do incêndio propriamente dito; 79 Quantidade de fumaça produzida Geralmente dizemos que a quantidade de fuma- ça produzida no incêndio depende do tamanho do incêndio e das características do material queimado. Essa quantidade pode ser estimada através de fór- mulas científicas, que consideram os mais diversos fatores presentes em um incêndio, tais como: massa total do combustível consumido; taxa de liberação de calor do fogo; tempo de duração do fogo, calor de combustão do combustível. A fumaça e seus efeitos Dizemos que a fumaça é uma mistura geral- mente de partículas sólidas, gotículas de água ou outros líquidos e gases oriundos dos materiais en- volvidos na combustão, sendo que, na maioria das vezes, é tóxica. A quantidade de fumaça gerada no incêndio de- pende do tamanho do incêndio e das características do material queimado, como observado no item anterior. O comportamento e o movimento das massas de fumaça e gases quentes dependem da temperatu- ra e configuração do local, porém, sendo o ar quente menos denso que o ar fresco, a fumaça sobe rapida- mente e com maior velocidade. Quando a fumaça e o ar se resfriam, este efeito de subida é interrompido e a fumaça tende a formar camadas (estratificação da fumaça). O movimento de fumaça, então, é mais 80 afetado pela turbulência do ar causado pelas abertu- ras feitas no compartimento, pelo deslocamento de pessoas ou pelo uso de jatos de água por esguichos reguláveis, do que pela temperatura dos gases. Não podemos esquecer-nos de duas caracterís- ticas importantes da fumaça: Pode queimar: alguns produtos da combustão talvez não queimem totalmente por causa da escassez de oxigênio ou da insuficiência de fonte de ignição. Recebendo nova remessa de ar fresco e haven- do uma nova fonte de ignição podem resultar em uma explosão ambiental (“backdraft”). Se a fumaça estiver quente o suficiente pode ocorrer re-ignição sem haver nova fonte de ignição; Pode estar quente: a fumaça pode estar quente o suficiente para infla- mar materiais com que mantém contato. O fato de estar quente produz a radiação de calor, o que pode ser o suficiente para iniciar a queima de outros com- bustíveis no compartimento. Tais gases encontrados na fumaça representam uma grave ameaça para a integridade física, tanto das possíveis vítimas como dos profissionais que realizam o salvamento, sendo que os seus efeitos podem variar, dependendo do produto que estiver sendo oxidado. Algumas lesões também nos preocupam, den- tre estas podemos citar: a falta de ar (hipoxia), irri- tação do estômago pela ingestão de partículas sóli- das causando náuseas e vômitos; irritação pulmonar 81 produzida pela inalação de gases irritantes; intoxica- ção; hiperventilação; exaustão pelo calor; e ataques cardíacos, além do comprometimento da visão por partículas irritantes. 3.2.2 Ventilação Temos uma importância neste sistema chamada ventilação Podemos também citar de forma similar às ou- tras opções táticas disponíveis para os responsáveis na Edificação por Prevenção de Combate a Incên- dios, a ventilação tática pode agravar a situação, se for incorretamente aplicada, porém, usada adequa- damente, será de significante beneficio no combate ao incêndio, pois visa, entre outras coisas, proteger as saídas, restringindo a propagação da fumaça; pro- piciar visibilidade e aumento do tempo de saída; aju- dar na operação de resgate, reduzindo a fumaça e os gases tóxicos para trabalhos de pesquisa em que haja o risco de pessoas retidas na edificação. A ventilação tática proporciona ainda, seguran- ça para os mesmos, reduzindo o risco de “flashover” e “backdraft”, facilitando o controle dos efeitos do “backdraft”; auxilia na rapidez do ataque e extinção, removendo o calor e a fumaça, permitindo uma rá- pida entrada do pessoal de extinção na edificação, 82 aumentando a visibilidade e auxiliando no combate ao incêndio; reduz danos na propriedade por tornar possível localizar e combater o fogo mais rapida- mente, restringindo a propagação do fogo e limitan- do o deslocamento de fumaça e de gases quentes. Formas de ventilação Conhecemos apenas e definimos como apenas duas formas de ventilação, que são eles: - Ventilação natural; e - Ventilação forçada. Ventilação natural Este tipo de ventilação é bem simples, pois, uti- liza o fluxo natural do ar para retirar a fumaça do ambiente sinistrado. O fluxo natural da fumaça no interior da edificação pode ser produzido pelo vento ou pelo efeito chaminé. Para fazer a ventilação natu- ral, o responsável retira as obstruções que impedem o fluxo natural do ar. Estas obstruções podem ser portas, janelas, alçapões fechados, paredes e tetos (coberturas ou telhados). Na ventilação natural, o responsável depende da velocidade do vento e das aberturas em tamanho suficientes para efetuar a ventilação. Quando as aber- 83 turas naturais forem impróprias, tais como quando desalinhadas ou pequenas, o responsável pode efe- tuar a ventilação forçada antes de criar aberturas adicionais. Ao quebrar paredes e telhados, o respon- sável pode provocar um transtorno para o proprietá- rio da edificação, devido aos danos que pode causar, pois, além do fogo, as ações dos bombeiros também podem destruir seu patrimônio. Ventilação forçada Este outro tipo já nos preocupa, pois, é neces- sário de ser realizada por meio de equipamentos me- cânicos, como por exemplo, exaustores, ventiladores ou aplicação de água com esguichos reguláveis, para forçar a saída da fumaça da edificação. A ventilação forçada permite criar ou aumentar a velocidade do fluxo de ar no interior da edificação, para promover a sua extração da fumaça para o meio exterior. Temos então que a ventilação forçada é uma operação rápida que produz um aumento da veloci- dade do fluxo de ar e fumaça pelas aberturas existen- tes, que geralmente é suficiente para retirar a fumaça da edificação, permitindo uma boa visualização do local sinistrado. Técnicas de ventilação Quando presenciamos um sinistro, temos um responsável pelo planejamento, este responsável 84 adotara as técnicas de ventilação, de onde será per- mitida a entrada de ar fresco na edificação, a saída da fumaça e dos gases quentes e, se possível, o caminho que devem percorrer. Há duas opções básicas: ventilação vertical e ventilação horizontal ou cruzada. Temos a ventilação vertical que é aquela em que o fluxo da fumaça é direcionado verticalmente den- tro do ambiente sinistrado, aproveitando-se o efeito chaminé para sua extração. Quando se faz uma abertura no telhado, ime- diatamente acima do fogo, permite-se que a fumaça e outras partículas oriundas da combustão saiam do ambiente, devido à sua baixa densidade em relação ao ar ambiente menos aquecido. Já a Técnica de ventilação horizontal ou cruza- da é aquela em que o fluxo de ar caminha horizon- talmente dentro do ambiente. Consiste em aproveitar a direção do vento, re- tirando-se as obstruções que bloqueiam o fluxo do ar, sendo que, com isso, o ar frio entra no local si- nistrado por uma abertura e, a fumaça, sai por outra, situada em lado oposto. O ideal para este tipo de ventilação é que o am- biente sinistrado possua aberturas alinhadas entre si, em planos paralelos, e a direção do vento coincida com o alinhamento das aberturas, ficando a abertura mais baixa para a entrada do ar fresco e, a abertura 86 quentes dentro da edificação é a principal causa de propagação do fogo, sendo assim, a decisão de ini- ciar a ventilação tática deve ser parte da estratégia global do controle de movimento de ar na edificação. Temos como nosso favor os estudos que indi- cam que a força e a direção do vento geralmente são os fatores dominantes na Ventilação tática, pois, de- terminam a velocidade e a direção que a fumaça e os gases quentes tomam no interior da edificação. Nuncadevemos combater os incêndios nas edificações em posição contrária à direção do vento, bem como a utilização de ventiladores para forçar o ar para dentro da edificação, pois a eficiência des- ta tática dependerá da capacidade dos ventiladores, quando comparado com a força contrária do vento e, se o vento for muito forte, este pode anular ou prevalecer sobre a ação dos ventiladores. 3.3 Sistemas Fixos de Proteção. Proteção por Sistemas de Chuvei- ros Automáticos Todos os sistemas de proteção de incêndio que estamos citando neste trabalho, vem de encontro com normas e legislações vigentes nacionais e in- ternacionais, que procuramos compilar em resumo as principais, neste caso de sistemas de chuveiros automáticos, este é projetado e instalado conforme 85 mais alta, para a saída da fumaça. Ventilação tática Em todo o tempo não podemos esquecer que durante o combate a um incêndio, os bombeiros de- vem ter em mente todas as técnicas de combate, in- cluindo as ações de ventilação. A partir daí, pode-se adotar a ventilação como uma tática indispensável a se obter os resultados desejados nas ações de com- bate ao incêndio e salvamento. Portanto, denomina- -se essa ação como ventilação tática, onde pode ser adotada qualquer uma das técnicas de ventilação de acordo com o momento e o desenvolvimento das ações do combate no local do incêndio. O que não se costuma realizar é que quando utilizamos a ventilação tática não deva ser usada en- quanto o foco do incêndio não tenha sido localizado e, em todos os casos, uma avaliação deve ser feita sobre os efeitos de sua aplicação. Normalmente a identificação do foco do in- cêndio pode ser feita de fora da edificação, porém, há ocasiões em que a ventilação tática pode ser feita para remoção da fumaça e localização do fogo. Utilizamos então nos combates a incêndios quase que sempre na maioria dos casos, a ventilação é uma tática adequada, sendo o que há de mais efi- ciente a ser usado nos primeiros momentos do com- bate. De qualquer forma, o deslocamento de gases
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