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História do Brasil Imperial AULA 10

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História do Brasil Imperial
Aula 10: Fim do império no Brasil
Apresentação
Nesta aula, apresentaremos os motivos para a Proclamação da República, compreendendo as várias razões para o fim do império brasileiro. Iremos analisar também a configuração da República.
Objetivos
Conhecer os motivos da Proclamação da República;
Entender os motivos para o fim do império no Brasil;
Perceber a nova configuração política brasileira pós-proclamação da República.
Monarquia brasileira
A Monarquia brasileira passou por um período de desgaste contínuo. A partir da segunda metade do século XIX, a oposição ao regime se tornou nítida e chegou aos jornais da época.
Enquanto as cidades cresciam e se modernizavam ocorriam crises econômicas e novos agentes apareciam causando conflitos de interesses.
Assim, o sistema monárquico ficava cada vez mais enfraquecido e distante das novas demandas.

Fonte: Wikipedia / Wikipedia
Pedro II durante a Fala do trono, em 1872 e na Entrega da mensagem da Proclamação, em 1889.
O século XIX no Brasil foi marcado por grandes mudanças drásticas que modificaram as relações políticas, econômicas e sociais. A ideia de modernidade tomou conta e começou a entrar em oposição aos ideais do modelo republicano.
Economia
A economia durante o período imperial tinha suas margens bem estabelecidas. Ainda era sustentada pelo trabalho escravo. Embora o trabalho livre assalariado existisse, era pouco expressivo.
Podemos dizer que a economia se sustentava na produção de café, que neste período já possuía uma tradição, pois era cultivado desde a década de 1820, então a elite brasileira era, em sua maior parte, composta por cafeicultores.
Além disso, essa elite tinha seu lugar demarcado, pois o café começou a ser cultivado no Vale do Rio Paraíba do Sul, área que compreendia grande parte do Rio de Janeiro e outra parcela de São Paulo.
Cultivo do café
Rapidamente o cultivo do café se expandiu largamente pela região sudeste, atingindo o Espírito Santo, outras áreas de São Paulo, como Campinas e Ribeirão Preto e depois Minas Gerais, na região da Zona da Mata. Minas Gerais também se destacava pelo comércio interno ligado a pecuária.
Com essa expansão, cada vez mais fazendas apareciam e, com isso, escravos eram comprados e o trabalho de imigrantes crescia. Porém não havia preocupação com planejamento de longo prazo e manutenção das terras. As fazendas não possuíam praticamente nenhum outro recurso que não o esforço dos próprios trabalhadores. Nem mesmo técnicas simples como o uso de arado e fertilizantes eram comuns e até o transporte ocorria de forma arcaica, no lombo de mulas.
Crescimento da produção no Oeste paulista
 Fazenda de Café do Vale do Paraíba (Fonte: Wikipedia).
Podemos perceber que o desgaste do solo era inevitável e irreversível, com isso a estratégia adotada pelos cafeicultores, uma vez o que solo se tornava infértil, era de mover o cultivo para uma nova região produtiva.
Assim, o que começou como crescimento econômico logo se transformou em estagnação, pois não havia mais áreas na região do Vale do Paraíba que fossem produtivas.
Ao mesmo tempo em que isto ocorria, no Oeste Paulista a produção crescia. Mas percebemos diferenças bastante significativas, a forma de cultivo no Oeste Paulista era mais refinada.
O crescimento da produção estava aliado à tecnologia. Com isso, os fazendeiros começaram a utilizar máquinas para beneficiar o café, além disso, a região atraiu muito mais imigrantes, principalmente italianos, e recebeu capital estrangeiro. E com as ferrovias o transporte do café se tornou mais rápido, prático e lucrativo.
A região Oeste paulista se adaptou às mudanças que ocorriam e se beneficiou delas. Embora tenha contado com muito mais escravos, quando o tráfico interprovincial foi proibido começaram a utilizar imigrantes, o que estimulou sua vinda.
O que não significava que fossem a favor da abolição, muito pelo contrário, até bem perto da assinatura da Lei Áurea a maioria era contra.
Esta transição trouxe uma nova forma de pensar. Enquanto os latifundiários do Vale do Paraíba tinham uma mentalidade aristocrática, os do Oeste Paulista começaram a agir com uma mentalidade burguesa voltada para o acúmulo de capital.
A modernidade fazia oposição aos títulos de nobreza, ela representava esse novo modo de comércio e de valorização do lucro. O fazendeiro passava a ser o homem de negócios, fazendo crescer uma burguesia agrária.
 Negro e Negra n'uma Fazenda (Fonte: Wikipedia).
Saiba mais
Clique aqui para saber mais sobre a política da época.
A Igreja e o Estado
A Constituição de 1824 marcava a união entre o Estado e a Igreja, o que significava que o Catolicismo era a religião oficial do Império brasileiro e que a Igreja ficava subordinada ao Estado.
A Constituição dava direito ao Estado de negar a validade de regras eclesiásticas caso o quisesse. O conflito entre as duas instituições começou quando novas diretrizes foram adotadas pelo Vaticano no pontificado de Pio IX. O papa passou a ser mais rígido em relação ao que considerava “liberdades modernas” e, em 1870, foi promulgado o dogma da infalibilidade papal.
Assim, o bispo de Olinda seguiu à risca as determinações do papa e proibiu a entrada de maçons nas irmandades religiosas. Como a maçonaria exercia influência entre os dirigentes, Visconde do Rio Branco, presidente do Conselho dos Ministros, era maçom.
A atitude do bispo de Olinda desagradou às autoridades e ele foi preso e condenado, logo após outro bispo foi preso. A oposição republicana utilizou o incidente em suas propagandas e o movimento positivista passou a defender a separação entre o Estado e a Igreja, que seria alcançada com a proclamação da República.
 Charge de c.1870 a respeito da Questão Religiosa (Fonte: Wikipedia).
Os Militares
A partir dos anos 1880 a política ganhou espaço nos quartéis. Com a guerra do Paraguai, diversos escravos foram incorporados à corporação, tudo isso porque os fazendeiros tinham o direito de enviar seus escravos em seu lugar para o campo de batalha.
Além disso, o governo ofereceu liberdade aos escravos que fossem à guerra a fim de aumentar o número de recrutas. Esta aproximação ajudou a propagar a simpatia pelo abolicionismo, mais um elemento que contribuiu para o afastamento do exército e a monarquia.
 Oficiais do exército brasileiro em 1886 (Fonte: Wikipedia).
Até a década de 1850, o Exército brasileiro era composto por membros da elite. As décadas seguintes representaram mudanças nesse quadro, pois a corporação oferecia salários baixos e aos poucos foram perdendo o prestígio social.
 Rendição de Uruguaiana (1865), por Victor Meirelles (Fonte: Wikipedia).
Críticas ao império
Mesmo antes da Guerra do Paraguai já havia dentro do exército críticas ao Império, com a reorganização da Academia Militar, após o conflito, a corporação recuperou parte de seu prestígio.
Assim, aumentava a participação de membros de Exército na política. Nessas circunstâncias, uma grande solidariedade conquistou a oficialidade do Exército, unindo-a entre si e com as tropas e evidenciando diferenças entre o militar e o civil.
Militares em destaque
Nos quartéis, o poder dos civis logo passou a ser questionado. Em 1886, as opiniões dos militares chegaram às ruas através dos jornais.
Logo, dois nomes ficaram em evidência: Caxias e Floriano. O primeiro era um dos líderes do Partido Conservador e chegou a ser presidente do Conselho de Ministros antes da guerra. Já Floriano tinha conexões dentro do Partido Liberal, que o ajudou a ganhar prestígio em sua carreira, mas seu discurso era de militar e cidadão.
 Duque de Caxias (Fonte: Wikipedia).
 Duque de Caxias (Fonte: Wikipedia).
A Proclamação da República
A República tomou vida através do militarismo. Foi um golpe de Estado que instaurou o novo regime. Os republicanos passaram de minoria a uma forte frente, em pouco tempo, aliando-se aos militares, insatisfeitos com o regime e com a nova elite que surgira no país.
A Abolição da Escravidão em 1888 é considerada o “último suspiro” da MonarquiaBrasileira. A escravidão era a base do sistema latifundiário. Com os escravos sendo libertos, um imperador autoritário não se encaixava mais no novo quadro do século XIX.

Proclamação da República do Brasil (Fonte: Wikipedia).
 Marechal Manuel Deodoro da Fonseca (Fonte: Wikipedia).
República
A ameaça de reconfiguração da Guarda Nacional serviu de motivação para que o Marechal Deodoro da Fonseca agrupasse suas tropas no Rio de Janeiro e invadisse o Ministério da Guerra.
Há relatos que contam que, na verdade, os militares queriam apenas exigir a mudança do Ministro da Guerra, mas a ameaça militar foi grande o suficiente para a dissolução do gabinete imperial e a proclamação da República.
Em 15 de novembro de 1889 ocorreu o golpe militar, porém ele foi reafirmado através da proclamação civil por integrantes do Partido Republicano, na Câmara dos Deputados.
Como vimos até agora, a República foi consequência de um período de mudanças e um governo que perdeu a base de sustentação política e o apoio popular.
Reação da Monarquia
Diante destas mudanças, os monarquistas não conseguiram impedir o crescimento do republicanismo. Ao final do século XIX, observava-se os sinais de enfraquecimento da Monarquia representados pela incapacidade de conciliar o novo e o antigo.
A Monarquia tentava atender a demanda dos conservadores mas as camadas médias urbanas, crescentes nas cidades, e os fazendeiros do Oeste Paulista.
A República, como toda grande ruptura, passou por diversas fases de transformação. Os primeiros anos foram marcados por divergências e disputadas em torno do caminho a seguir e a conciliação dos diversos interesses no novo regime. E os monarquistas conseguiram aproveitar os espaços deixados pelo bloco político republicano.

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