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Atividade - HISTÓRIA DO BRASIL IMPÉRIO

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1. 
As mudanças históricas ocorridas entre os séculos XVIII e XIX sofreram grande impacto nas transformações ocorridas na forma de pensar da época. Desse modo, as alterações no pensamento e a necessidade de superar limitações das formas de governo monárquicas ocasionaram mudanças em toda a estruturação do poder e alimentaram as revoluções ocorridas no fim do século XVIII.
Como foi chamado esse período descrito e a que tipo de pensamento crítico e ideais ele propagou?
Resposta correta.
A. 
Idade das Luzes ou Iluminismo: período que difundia o uso da razão, liberdade, igualdade e separação entre Igreja e Estado.
A Idade das Luzes ocorreu ao longo do século XVIII e se estendeu por parte do século XIX, propagando o uso da razão por grande parte do mundo e ideais de liberdade, igualdade e separação entre os poderes da Igreja e do Estado. Não estão corretas respostas que apontam o período greco-romano, que terminou no século V, nem o período chamado de Romantismo, ocorrido durante o século XIX, pois, além de se diferenciarem nos períodos que ocorreram, ambos tinham ideais diferentes. O colonialismo não preparou mudanças: tratava-se, na verdade, de um modo a ser superado por meio das luzes lançadas no século XVIII. A República chegaria ao Brasil apenas no fim do século XIX, em 1889.
2. 
A Confederação do Equador foi um importante movimento político e social ocorrido no Império do Brasil durante o Primeiro Reinado.
Com base no período em que ocorreu e nos seus principais elementos, analise as alternativas a seguir e marque a correta.
Você acertou!
C. 
O conflito que ocorreu no ano de 1824 e pretendia juntar, em um governo autônomo, algumas províncias ao Norte do Império do Brasil: Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. 
A Confederação do Equador foi um movimento iniciado pela Província de Pernambuco para se tornar autônoma com outras províncias do Império do Brasil ao Norte, portanto próximas à linha do Equador: Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Foi um conflito interno ocorrido em 1824, no início do Primeiro Reinado, logo após a Independência e o fechamento da Assembleia Constituinte. O conflito foi entre as forças políticas do Norte e o poder central do império, situadas no Rio de Janeiro, não sendo, portanto, de cunho privado. Não tem nenhuma relação com o Equador, país atualmente conhecido por esse nome. Ocorrida na Região Norte do Império do Brasil, a Confederação do Equador não teve relação imediata com o conflito denominado Noite das Garrafadas, ocorrido no Rio de Janeiro e que precipitou a abdicação de D. Pedro I.
3. 
Entre 1825 e 1828, ocorreu entre o Império do Brasil e  _____________ um conflito que ajudou a moldar o mapa atual de jovens nações da América do Sul: _____________.
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.
Resposta correta.
C. 
a Província do Rio da Prata e Província Cisplatina; a Guerra da Cisplatina.
Foram envolvidos na Guerra Cisplatina as Províncias do Rio da Prata (que depois viria a se chamar Argentina) e o Império do Brasil, que disputaram o território da Província Cisplatina (que depois de sua independência passou a se chamar Uruguai). O conflito contribuiu para moldar parte do mapa da América do Sul no que viriam a se tornar estes três países: Brasil, Argentina e Uruguai. O conflito não envolveu todas as províncias ao Sul, e a Guerra do Paraguai apenas ocorreria no Reinado de D. Pedro II, entre 1864 e 1870.
4. 
Com base nas tensões sociais e políticas que marcaram o Primeiro Reinado, responda qual foi o nome da revolta popular que precipitou a abdicação de D. Pedro I.
Resposta correta.
D. 
Noite das Garrafadas: foi um conflito entre brasileiros contrários a D. Pedro I e portugueses favoráveis ao imperador, quando este voltava de Minas Gerais.
A Noite das Garrafadas aconteceu em 13 de março de 1831, quando portugueses moradores do Rio de Janeiro acenderam lanternas em apoio a D. Pedro I, que retornava de viagem a Minas Gerais. Brasileiros descontentes com o imperador entraram em conflito com os portugueses, que atiravam garrafas de suas janelas nos revoltosos. A Revolta dos Alfaiates (1798-1799) ocorreu na Bahia. A Guerra dos Mascates (1710-1711) e a Conspiração dos Suassunas (1801) foram em Pernambuco.
5. 
O período de movimentos sociais ocorridos no mundo sob influência das ideias iluministas teve sua versão também no Brasil, os quais refletiram o descontentamento.
Observe os seguintes movimentos ocorridos no Brasil.
I. Revolução Escrava da Bahia (1791).
II. Revolta dos Suassunas (1710).
III. Inconfidência Mineira (1789).
IV. Conjuração Baiana (1798).
V. Independência da Província Cisplatina (1828).
​​​​​​​VI. Independência do Brasil (1822).
Assinale a alternativa com os movimentos influenciados pelos ideais iluministas no fim do século XVIII.
Você acertou!
A. 
III e IV, apenas.
Os movimentos sociais e políticos que ocorreram no Brasil, sob influência dos ideais iluministas, foram a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. Os demais movimentos não ocorreram no fim do século XVIII, como é possível perceber pelas datas de cada um deles.
1. 
D. Pedro I tornou-se Imperador do Brasil após proclamar a Independência. Seu governo, no entanto, foi caracteriazado por muitos conflitos, revoltas e descontentamentos por parte do povo e da elite que ajudou a elevá-lo a essa condição. Esse contexto, somado a problemas externos, levou à abdicação de D. Pedro I e à sua volta a Portugal.
Dos fatores relacionados a seguir, quais contribuíram para a abdicação de D. Pedro I?
I - Com o falecimento de D. João VI, ele precisou retornar a Portugal, como herdeiro, para assumir o trono português.
II - Grupos políticos liberais pediam sua abdicação por não acreditarem que o Imperador pudesse realizar as reformas políticas necessárias ao crscimento da nação brasileira.
III - Ele retornou ao Reino Português para pedir a mão de D. Amélia em casamento, sua segunda esposa, pois não poderia fazer tal pedido a distância, acabando por lá se casar e permanecer até sua morte, em 1834.
IV - D. Pedro I voltou a Portugal pela ocasião da morte de sua mãe, a Rainha D. Maria I, pois deveria assumir o trono no lugar dela.
V - Com o assassinato do jornalista Líbero Badaró, seu grande opositor na imprensa brasileira, sua impopularidade aumentou.
VI - A Noite das Garrafadas, ocorrida em 1831 quando o Imperador voltava de viagem a Minas Gerais, exaltou os ânimos da população do Rio de Janeiro, colocando portugueses contra brasileiros e demonstrando a imensa impopularidade de D. Pedro I.
Você acertou!
B. 
Apenas II, II, V e VI.
Foram fatores que contribuiram para a abdicação de D. Pedro I:
- A morte de D. João VI, seu pai, pois deixou vago o trono português em um momento de crise e de ameaça de ocupação por parte de seu irmão, D. Miguel. D. Pedro I voltou a Portugal em parte para assumir o trono como primeiro da linha de sucessão, passando a se chamar D. Pedro IV de Portugal.
- A impopularidade do Imperador demonstrada na ocasião do assassinato de Líbero Badaró. Sendo seu inimigo público, as suspeitas quanto ao mandante do crime recaíram sobre D. Pedro I.
- A Noite das Garrafadas trouxe a público a enorme animosidade criada no Brasil por partidários que se demonstravam a favor ou contra as atitudes do Imperador.
- A incapacidade administrativa e política de D. Pedro I para gerir o Brasil.
Não foram fatores que contribuíram para a abdicação de D. Pedro I:
- Seu pedido de casamento, pois este foi feito no Brasil, com a vinda da princesa para tal.
- A morte de D. Maria I, pois isso tinha ocorrido em 1816, levando D. João VI a assumir o trono. Além disso, D. Maria I era sua avó, não sua mãe.
2. 
As questões econômicas foram importantes dentro do quadro que levou à abdicação de D. Pedro I em 1831.
Escolha a resposta que lista duas das questões econômicas que representaram o auge da crise em 1831 no Brasil.
Resposta correta.
A. 
O enorme gasto com a Guerra da Cisplatina e a falência do Banco do Brasil.
Os gastos do Império do Brasil com a Guerra da Cisplatina elevaram muito a criseeconômica, pois consumiram recursos financeiros que a jovem nação precisava para se construir e se fortalecer economicamente. A falência do Banco do Brasil e a desvalorização da moeda brasileira também foram fatores importantes. A queda da produção de café não tem relação direta com a crise econômica daquele momento, pois o Brasil estava justamente iniciando sua produção, não entrando em período de decadência. A Confederação do Equador contribuiu para o desgaste político, mas isso não ocorreu em momento próximo à abdicação. A invasão de Napoleão também não ocorreu em terras americanas.
3. 
Quando a Família Real fugiu para o Brasil, a Coroa portuguesa concedeu grandes benefícios por meio um acordo econômico que diminuiu as taxas a serem pagas nos portos brasileiros para um país em específico.
Que país foi esse?
Resposta correta.
E. 
A Inglaterra.
A Coroa portuguesa concedeu grandes vantagens alfandegárias à Inglaterra, pois esta a ajudou a fugir de Portugal, fornecendo proteção com seus navios. Além disso, a Inglaterra, sob bloqueio continental pela França de Napoleão Bonaparte, não conseguiu comercializar com outras nações europeias até a queda de Napoleão em 1814. Outros países nunca tiveram tais privilégios.
4. 
Em 1831, os conflitos e o descontentamento com D. Pedro I se tornaram insustentáveis no Brasil. Ao mesmo tempo, após a morte de D. João VI em Portugal, os portugueses pediam que  D. Pedro, sucessor do trono, voltasse a Portugal e assumisse o poder.
Qual foi a solução encontrada pela Coroa portuguesa para manter o poder nos dois lados do Oceano Atlântico?​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
D. Pedro I abdicou do trono do Império do Brasil e voltou a Portugal, onde assumiu o poder. Deixou no Brasil seu filho de 5 anos, D. Pedro II, sob uma regência trina provisória.
D. Pedro II ficou no Brasil como herdeiro de seu pai, D. Pedro I, sob a regência trina provisória. Com 15 anos incompletos, sua maioridade foi adiantada e ele assumiu o poder de fato. Não iniciou, portanto, seu governo aos 18 anos, nem houve regência por parte do Parlamento, simplesmente.
5. 
Depois do início do Período Regencial, os liberais moderados que saíram vitoriosos com a abdicação de D. Pedro I implementaram várias reformas.
Que reformas foram essas? Marque a resposta correta.
Você acertou!
A. 
Mais autonomia para as províncias, aproximando o Brasil do modelo federalista.
Os liberais moderados aproveitaram sua proximidade com o Poder Legislativo durante a Regência e implementaram inúmeras mudanças liberais dando mais autonomia às províncias. Porém, não elaboraram nova Constituição, por medo de gerar radicalismos revolucionários.
1. 
Para compreender o desenvolvimento das elites do Brasil, é necessário recuar até o início de sua colonização. Nesse processo, é notório que, em um primeiro momento, a Coroa portuguesa não se interessou em fazer maior presença, limitando-se ao escambo de pau-brasil com os indígenas. Um dos motivos desse desinteresse foi o fato de que no País não foram encontrados metais ou pedras preciosas. Mas um fato serviu para a Coroa portuguesa.
Esse fato foi:
Resposta correta.
C. 
as invasões francesas no Rio de Janeiro e no Maranhão.
A principal razão para o incremento da presença portuguesa foi a invasão dos franceses ao Rio de Janeiro e ao Maranhão. A igreja não fez nenhum tipo de pressão para que se colonizasse a terra. A invasão dos holandeses só ocorreu no século seguinte, assim como a perda de posses na África e na Ásia. Quando Dom Sebastião morre, a colonização do Brasil já estava a todo vapor.
2. 
O incremento da presença portuguesa no Brasil não se deu do dia para a noite nem de modo uniforme. Também não houve um único projeto.
O primeiro projeto de ocupação feito pela Coroa ficou conhecido como capitanias hereditárias e constava basicamente de:   
Resposta correta.
A. 
concessão de terras a particulares com a obrigação de eles investirem na área e exercerem autoridade administrativa e judiciária.
As capitanias hereditárias consistiam em conceder terras a particulares com a obrigação de explorá-las e administrá-las em troca de parte dos impostos e o direito de transferi-las aos seus herdeiros. A parceria entre uma empresa e a Coroa só se deu posteriormente, com a exploração do açúcar no Nordeste, onde a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais se responsabilizava pelo transporte e refino do açúcar. Comarca é uma palavra originalmente empregada para definir um território limítrofe ou região fronteiriça que se tornou uma divisão comum, um distrito. Província é uma divisão política só adotada no Brasil Império, e paróquia só é usada pela Igreja Católica.
3. 
A primeira tentativa de Portugal povoar o país não deu certo, e a Coroa teve de rever seus planos. A essa nova fase da administração deu-se o nome de Governo Geral.
Nessa nova fase, a Coroa portuguesa resolveu:
Resposta correta.
A. 
manter o nome das antigas divisões administrativas, mas ter uma presença mais ostensiva e administrar mais de perto as colônias da América.
Após o fracasso do sistema das capitanias hereditárias, a Coroa portuguesa resolveu intensificar sua presença nas colônias. A esse sistema ela deu o nome de Governo Geral, porém manteve o nome capitanias, como divisão política apenas. A Coroa inglesa resolveu instalar alguns órgãos administrativos, mas que pouco controlava, somente nas 13 colônias da América do Norte (atual nordeste dos Estados Unidos). Apesar de ser um país católico, Portugal sempre teve uma relação tensa com a Igreja sobre as colônias pela América por conflito de interesses, nunca abrindo mão de sua autoridade na colônia. Nem os nativos, nem os donatários tiveram pleno controle da colônia.
4. 
A Confederação do Equador foi uma revolta que ocorreu em Pernambuco pouco depois da dissolução da Assembleia Constituinte de 1823 e a outorga da Constituição de 1824. Analisando o desejo de maior autonomia expresso na Constituição da Mandioca de 1823 e a reação das elites de Pernambuco em fazerem uma revolta ao verem que não seriam atendidas, é possível dizer que, dentro do contexto da história do Brasil, essa revolta foi:
Resposta correta.
C. 
mais um episódio do longo embate que ocorria entre as elites locais e o governo central desde a época do Brasil Colônia.
Apesar de a elite pernambucana ser um caso mais grave, ela está longe de ser uma exceção ou novidade na história do País, que sempre teve alguma revolta ocorrendo por causa das dificuldades em se conciliar os interesses locais com as determinações da administração central desde o século XVII. Nem a ação autoritária foi uma exceção, visto que a Coroa portuguesa sempre reprimiu com violência todas as revoltas, nem as elites agiram de forma coordenada, visto que antes da Independência as então capitanias eram concorrentes entre si. 
5. 
Ao se analisar a formação da identidade do Brasil, sempre é mencionado o mito formador das três raças (índios, negros e portugueses). Essa narrativa foi amplamente divulgada na obra Casa grande e senzala, de Gilberto Freyre.
Considerada revolucionária na época, posteriormente essa obra sofreu grandes críticas, pois:
Resposta correta.
D. 
ajudou a construir o mito da "democracia racial".
Extremamente recebida no Brasil e no exterior, a obra Casa grande e senzala tinha uma visão muito positiva da miscigenação no País, diferentemente de outras obras anteriores (em especial do século XIX), que viam essa miscigenação de forma negativa e defendiam até o branqueamento da população. Porém, ela sofreu duras críticas posteriores por ter ajudado a criar o mito da "democracia racial", que é visto como uma forma de negação do racismo da sociedade brasileira.
1. 
A vinda da Família Real (1808) representou um "ponto de virada" na história do país, mudando muito a realidade do Brasil.
Para além da chegada das cortes e diversas obras feitas no Rio de Janeiro, uma mudança chave que afetou todo o país e teve reações sérias posteriormente em Portugal foi:
Resposta correta.
E. 
A emancipação do Brasil para Reino Unido de Portugal e Algarve.
A escravidãosó terminou em 1888; o Rio de Janeiro já era capital desde 1763; as plantações de café no Brasil só se deram a partir da década de 1883 e os primeiros esforços de industrialização só aconteceram no Segundo Reinado. Com a emancipação do país e a categoria de Reino Unido de Portugal e Algarve, acabaram as proibições do exclusivo colonial e os portos foram abertos às nações amigas.
2. 
A revolução liberal do Porto (1820) foi um outro ponto de virada na  história do Brasil e na de Portugal. Além da saída da junta militar inglesa, que governava na ausência das cortes, a restauração da soberania de Portugal e a obrigação de o rei assinar uma Constituição limitando seus poderes, houve uma reivindicação que deixou as elites brasileiras desagradadas.
Essa reivindicação foi:
Resposta correta.
B. 
a volta do Brasil à sua condição de colônia com o retorno da Família Real.
O Acre só foi anexado ao território brasileiro em 1803; a independência da Província Cisplatina só veio com uma guerra, entre 1825 e 1828, já no Primeiro Reinado; o Brasil elegeu setenta delegados para participar das Cortes Gerais em Portugal e a proibição do tráfico transatlântico só veio na década de 1850. A volta da Família Real a Portugal e do Brasil à sua condição de colônia representaram sérias ameaças aos interesses das elites e ao desenvolvimento do país, devido ao retorno de todas as restrições ao comércio e à produção de manufaturas que a categoria de colônia representava.
3. 
A independência nunca foi um ponto em comum nem entre os residentes do Brasil. Com uma população extremamente heterogênea em seus diversos estratos e uma multiplicidade de interesses conflitantes, havia pessoas que se desagradavam dessa ideia mesmo vivendo no Brasil.
Esse grupo, composto por altas patentes militares, burocratas e comerciantes, era conhecido como:
Resposta correta.
D. 
Partido Português.
O Partido Brasileiro era um grupo que defendia a independência do Brasil e tinha membros que eram até republicanos e contra Dom Pedro I. Blancos e Colorados eram dois partidos políticos do Uruguai. Caramurus era como os revoltosos gaúchos da Guerra dos Farrapos (farroupilhas) chamavam os soldados imperiais. O Partido Português era um grupo composto por altas patentes militares, burocratas e comerciantes que defendia o retorno do Brasil ao Império Português.
4. 
Com o alvorecer do Estado Moderno após a Revolução Francesa, a existência de uma Constituição passou a ser a condição sine qua non para o reconhecimento de uma nação soberana. Porém, longe de ser um ponto pacífico, a elaboração de uma Constituição foi um ponto de conflito entre o Imperador Dom Pedro I e as elites do país.
Um dos principais motivos para o imperador dissolver a Assembleia Constituinte e se recusar a assinar a Constituição de 1823 foi (foram):
Resposta correta.
A. 
os limites impostos ao imperador e as restrições da participação política dos portugueses.
A mudança da capital para o centro do país, o desejo de tornar o Estado laico e a abolição da escravidão nunca foram pautas que fizeram parte do texto aprovado na Constituição de 1823. A classificação por renda dos eleitores não era motivo de incômodo, tanto que a Constituição de 1824 também tinha critérios de renda que limitavam a participação política. O maior ponto de discórdia com os parlamentares foram os limites impostos ao seu poder e a participação política dos portugueses.
5. 
Surgida durante o Iluminismo, a ideia de uma Monarquia Constitucional surgiu como forma de coibir os abusos do regime absolutista, provenientes da falta de limites aos poderes do monarca. Porém, com a outorga da Constituição de 1824 e a criação do Poder Moderador, Dom Pedro I passou a ter quase tantos poderes quanto o de um monarca absolutista, o que se choca totalmente com a premissa defendida pelos iluministas.
Com a outorga dessa Constituição, a reação dos grupos que participaram da Constituição de 1823 foi de:
Resposta correta.
E. 
indignação e mobilização dentro e fora do parlamento, com revoltas separatistas pelo país, como a Confederação do Equador (1825).
A reação dos grupos políticos da Assembleia Constituinte de 1823 e demais elites locais foi de indignação e revolta. Não por acaso, no ano seguinte à aprovação da Constituição, explodiu uma revolta republicana em Pernambuco (Confederação do Equador) e começou uma guerra de três anos na Província Cisplatina, que se tornou independente como República Oriental do Uruguai.
1. 
Ao assumirem a Regência, os liberais moderados fizeram aprovar uma lei que ficou conhecida como Código Penal de 1830. Essa lei criou a figura dos juízes de paz.
O objetivo da criação desses cargos foi: 
Resposta correta.
A. 
Descentralizar a administração e o judiciário.
O Código Penal de 1832 tentou dar maior autonomia às províncias por meio da criação dos juízes de paz, que conferiam maior autonomia legal e administrativa. Apesar de ter sido aprovada uma lei proibindo o comércio de escravos vindos da África em 1831, em nenhum momento foi criado um cargo específico para fiscalizá-la, pelo contrário, as autoridades fizeram "vista grossa" e o comércio se intensificou, mas de forma clandestina. Conflitos internacionais eram resolvidos, em geral, por meio de ministros de Estado ou pelo próprio imperador (nesse caso, regente) sem existir um cargo específico para isso. No Brasil, nunca houve inquisição, ao contrário de outras colônias. O que ocorreram aqui foram visitações do Santo Ofício, e no século XIX já não ocorriam mais. Nem aqui nem na colônia foram criados setores específicos dentro do sistema legal para lidar com esses casos. O cargo responsável pela pesagem e pelo recolhimento do quinto nas casas de fundição era denominado fiscal.
2. 
Outra reforma dos moderados foi criar uma nova milícia, chamada Guarda Nacional. Esta milícia seria apoiada pelos grandes proprietários de terra (que receberiam o título de coronéis), teria um uniforme azul e seu alistamento também seria obrigatório, mas substituiria o exército.
O objetivo da criação dessa milícia era:
Resposta correta.
C. 
Esvaziar o poder do exército e das milícias existentes na época.
A Guarda Nacional foi criada com o objetivo de enfraquecer o exército (que era visto como leal a Dom Pedro I). Em momento algum a Guarda tinha a intenção de questionar ou reforçar o poder das elites locais (o que na prática aconteceu). Já existia um destacamento de cavalaria de origem portuguesa anterior à época da independência, eram os Dragões reais.
3. 
Com a explosão de diversas revoltas pelo país e a organização da oposição no parlamento, a Regência aprovou o Ato Adicional de 1834. Este ato tinha a intenção de fortalecer a autoridade central por meio da mudança da Regência Trina para Regência Una. Porém, ele extinguiu o Conselho de Estado e o substituiu pelas Assembleias Provinciais.
O objetivo da criação desse órgão era:
Resposta correta.
A. 
Dar maior autonomia às províncias, que resolveriam as questões, antes a cargo do Conselho de Estado, de forma local.
As assembleias provinciais foram uma medida do Ato Adicional de 1834 para dar maiores poderes às províncias, substituindo o Conselho de Estado. Em momento algum a intenção foi que elas servissem como assembleia meramente consultiva, ou que levassem as demandas do poder local ou dos cidadãos para o Estado, ou que fossem uma ponte com o Regente ou o Senado. Seu objetivo era justamente descentralizar a administração, fortalecendo a autoridade local.
4. 
Após a renúncia de Diogo Feijó, assumiu o seu rival político Araújo Lima, do Partido Conservador. Ele implantou uma política que ganhou ​​​​​​​o nome de Regresso.
Essa política era baseada em:
Você acertou!
A. 
Um retorno a uma administração mais centralizada e no gradual restabelecimento do poder do imperador.
A política era chamada de regresso, porque era baseada em uma volta da autoridade do imperador e da centralização perdida. Em nenhum momento do primeiro Reinado ou da Regência a abolição da escravidão ou a laicidade do Estado foi uma pauta levantada. Apesar de o Ato Adicional terextinto a Regência Trina e implantado uma Regência Una, em momento algum eles retardaram as reformas da administração anterior. Pelo contrário, as ampliaram, sempre buscando maior descentralização e autonomia para as províncias. A política de "um país, duas coroas" (o Brasil como um país independente, mas ainda integrante do Império Português) tinha sido defendida antes da independência. Porém, após esta, ela foi cada vez mais deixada até ser completamente abandonada depois da morte de Dom Pedro I, que se deu antes da regência de Araújo Lima.
5. 
Uma vez alijados do poder, os liberais se organizaram em um movimento pela antecipação da maioridade do imperador. Um dos argumentos que eles davam era que somente o imperador poderia trazer a paz ao país, na época, repleto de revoltas.
Uma vez no poder, teve o seguinte efeito:
Resposta correta.
B. 
Um prolongamento de algumas revoltas até meados da década de 1840, mas uma posterior pacificação.
Apesar de algumas revoltas, como a Farroupilha, terem se prolongado até 1845, a administração de Pedro II foi muito pacífica, e a sua posse, combinada com a sua habilidade política, conseguiu acalmar os ânimos. A única vez que Pedro II precisou recorrer ao auxílio militar externo foi durante a Guerra do Paraguai. Os demais fatos não ocorreram.
1. 
Durante o chamado período regencial, no qual se aguardava a maioridade do príncipe herdeiro do trono brasileiro, para que ele pudesse ser coroado, diversas revoltas eclodiram por todo o território do país. Em suas origens, essas revoltas tiveram motivos variados, sendo comum, no entanto, a exigência por mais autonomia das províncias frente ao poder centralizado dos regentes. Embora muitos desses movimentos contestassem o poder vigente, não deixavam de ser monarquistas.
Considerando esse panorama, no qual os revoltosos colocavam em xeque o poder regencial, mas não o imperial, qual fator contribuiu para que algumas das revoltas se iniciassem? 
Resposta correta.
D. 
Muitos dos rebeldes consideravam a existência de um vácuo de poder que tornava o Brasil um Império sem imperador.
Grande parte das revoltas considerava o poder regencial, de certa forma, ilegítimo, já que o Brasil se tratava de um Império e, de acordo com o entendimento de muitos rebeldes, só poderia ser governado por um imperador. Portanto, a legitimidade do sucessor de D. Pedro I não era discutida. Assim, a regência era considerada insatisfatória, ao passo que o poder imperial era desejado como um poder que poderia resolver os problemas das províncias. Contudo, os rebeldes desejavam a autonomia das províncias, mas sem renunciar ao governo exercido pelo imperador. Logo, os regentes eram ilegítimos e não havia nada a fazer quanto a isso, pois não poderiam ser coroados imperadores.
2. 
O período regencial foi marcado por grandes contradições sociais e políticas. Enquanto havia a tentativa de construção de um Estado moderno, baseado nos princípios liberais, a sociedade brasileira se apresentava profundamente desigual. Da mesma forma, as relações políticas não seguiam um dos valores básicos da democracia, que era a nítida separação entre o que é público e o que é privado. Esses elementos causavam instabilidade no país, colaborando no processo de insurgência nas províncias.
Tendo em vista esse quadro, no qual é possível perceber configurações sociais e políticas que estimulavam a instabilidade no Império, quais são dois dos principais elementos que marcam a sociedade e a política no período regencial?​​​​​​​
Você acertou!
B. 
Escravidão e clientelismo.
O Império, assim como a Colônia, era marcado por forte desigualdade social, representada especialmente pela escravidão. Além disso, as práticas antiéticas do "toma lá dá cá" geravam uma rede de funcionários públicos ligados a grandes proprietários que exigiam e forneciam favores, na prática chamada de clientelismo. Esses dois elementos criavam instabilidade nas províncias, que exigiam mais liberdade e transparência no trato da esfera pública. Apesar de aparecer em alguns momentos (como na Revolução Farroupilha), o republicanismo era uma filosofia política minoritária, assim como o separatismo, já que a maioria das revoltas do período era de caráter monárquico. Embora os princípios do Estado Imperial fossem liberais, as práticas relacionadas citadas demonstravam que, na verdade, ele não era. O socialismo, embora já relevante na Europa, não havia chegado ao Brasil. O federalismo era uma das demandas de alguns dos movimentos rebeldes, já que as províncias não tinham autonomia política.
3. 
A Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, como a mais meridional do território do Brasil, configurava-se como importante região estratégica, já que era responsável por barrar a entrada de invasores vindos da Argentina e do Uruguai. Além disso, tinha importante participação na economia do Império, já que era grande produtora do charque (carne salgada e seca), base da alimentação dos escravos. Em 1835, alguns charqueadores e proprietários rurais deflagraram uma revolta contra o Império, que durou dez anos.
Tendo em vista esse cenário, em que os revoltosos proclamaram uma república e separaram a província do restante do país, quais as principais causas para o início da Revolução Farroupilha?​​​​​​​
Resposta correta.
C. 
A falta de autonomia política e carga tributária excessiva sobre o charque.
Os estancieiros do Rio Grande do Sul exigiam maior autonomia política, desejando ter a prerrogativa de escolher o presidente da província. Além disso, o Império praticava uma política de tributos considerada injusta sobre o charque, prejudicando os lucros dos proprietários regionais. Apesar de se tratar de um movimento republicano, que tinha por objetivo acabar com a Monarquia (somente na província), os farroupilhas não contestavam a escravidão, não sendo o fim dessa uma de suas reivindicações. Além disso, os rebeldes tinham como objetivo fortalecer a indústria charqueadora, sem maiores transformações na economia regional.
4. 
Em busca de diminuir a tensão nas províncias, que cada vez mais exigiam autonomia, a Regência Trina Permanente promulgou, em 1834, o Ato Adicional, documento que revisava alguns pontos da Constituição. A principal novidade do Ato era a criação das Assembleias Provinciais, permitindo que os políticos das províncias pudessem discutir questões regionais em seus próprios parlamentos. Contudo, as Assembleias, na prática, funcionavam simplesmente como um órgão que ratificava as decisões do Executivo, representado pelo presidente da província.
Em relação a esse contexto, que serviu como um dos motivos para a eclosão da Revolução Farroupilha, qual problema o Ato Adicional não resolvia, causando insatisfação nos rebeldes rio-grandenses?​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
O presidente da província continuava sendo indicado pelo governo central.  
O problema não resolvido pelo Ato de 1834 era a indicação do presidente da província, realizada pelo governo central. Dessa forma, os rio-grandenses não tinham influência alguma sobre aquele que governaria a região. Mesmo elegendo seus próprios deputados e não havendo necessidade de consultar a capital antes das votações, sem controlar o presidente, que tinha mais poder que a Assembleia, os habitantes da província não tinham autonomia política, já que esta dependia não da Assembleia, mas do Poder Executivo.
5. 
Entre os anos de 1835 e 1840, ocorreu na Província do Grão-Pará (que corresponde ao território dos Estados da Região Norte do Brasil) uma revolta que ficou conhecida na historiografia como Cabanagem. A origem do nome da rebelião remete ao termo “cabano”, como os habitantes da região eram chamados. A revolta teve forte participação popular, porém foi controlada pelas elites locais, que apresentavam características diferentes das classes dominantes das outras regiões do Império.
Considerando esse contexto, em que o caráter diferenciado da elite da Província do Grão-Pará influenciou os aspectos da revolta, qual o elemento principal desta?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
A origem portuguesadas elites, que não aceitavam ordens do governo imperial.
A elite do Grão-Pará tinha origem portuguesa e estava muito mais próxima, em termos de política, da antiga metrópole Portugal do que do governo imperial brasileiro. Questões como formação econômica e tipos de trabalho, bem como a relação da população com o poder local ou a origem dos elementos populares da revolta, não tiveram maiores impactos em seu desenvolvimento, até que ela fosse derrotada. Da mesma forma, os cabanos não tinham problemas com o povo brasileiro em geral, porém não aceitavam o governo sediado no Rio de Janeiro.
1. 
Durante o período regencial, isto é, a época que vai da abdicação de D. Pedro I (1831) à coroação de D. Pedro II (1841), o Brasil experimentou grande turbulência política. Os debates acalorados entre conservadores e liberais marcaram o período, que teve também como uma de suas principais características a discussão sobre qual seria o melhor modelo de governo para o país.
Tendo em vista esse cenário, em que existia um regime monárquico, mas, por outro lado, havia a indefinição sobre quem exerceria o poder, qual aspecto era central na política nacional do período?​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
A menoridade de D. Pedro II.
A questão mais problemática do período era a menoridade de D. Pedro II. Quando seu pai abdicou do trono, o herdeiro brasileiro possuía apenas cinco anos de idade. Segundo a Constituição de 1824, era necessário que o príncipe tivesse completado 18 anos para ser coroado. Dessa forma, com a hipótese de uma nova constituição descartada, foi estabelecido o regime regencial, em que diferentes regentes governariam em nome do futuro imperador até sua coroação. O Brasil era um país reconhecido internacionalmente, considerado legítimo em seu sistema monárquico. Internamente, havia um consenso em torno da monarquia, que não era ameaçada por republicanos, que atuavam exclusivamente nas províncias. Assim, D. Pedro I abdicou de maneira definitiva, sem retornar mais ao Brasil, e os regentes governaram até D. Pedro II completar 15 anos, quando foi realizada uma manobra política para antecipar a coroação, o que ficou conhecido como Golpe da Maioridade.
2. 
O método historiográfico conhecido como prosopografia – a elaboração de biografias coletivas de grupos sociais específicos – tem demonstrado que os perfis das elites políticas do império eram muito semelhantes. Quase todos os políticos ou outros membros do alto escalão do Estado naquele período possuíam formação na Universidade de Coimbra, em geral nos cursos de direito e medicina. Esse dado aponta na direção de que existia uma homogeneidade tanto na origem social quanto no viés ideológico e posicionamento político desses agentes. Contudo, apesar da grande similaridade, eles costumavam se dividir em dois campos opositores: liberais e conservadores.
Considerando esse panorama em que os políticos do império se dividiam em dos grupos, qual a principal divergência entre liberais e conservadores, respectivamente?​​​​​​​
Você acertou!
C. 
Poder descentralizado e poder centralizado.
O ponto de discórdia ente liberais e conservadores estava na questão do poder. Para os liberais, ele deveria ser exercido de forma descentralizada, enquanto os conservadores achavam que deveria ser centralizado e forte. Portanto, os grupos não discordavam em relação ao regime, que deveria ser parlamentar e de caráter democrático, em que houvesse espaço para discutir decisões do imperador (embora esse tivesse a prerrogativa de se valer do Poder Moderador). Ambos os grupos eram monarquistas, defensores da escravidão e contrários ao poder autocrático.
3. 
As reformas legislativas ocorridas no início do reinado de D. Pedro II realizaram algumas mudanças na estrutura do poder no país. Em 1847, o cargo de Presidente do Conselho de Ministros foi criado, que seria uma espécie de primeiro-ministro do imperador. Assim, estava consolidado um sistema parlamentarista no país. No entanto, diferentemente do modelo inglês no qual se inspirava, o Parlamento brasileiro não tinha a capacidade de limitar os poderes do imperador. Este tinha como trunfo o Poder Moderador, que o permitia intervir quando quisesse em questões parlamentares.
Dessa forma, em vez de o imperador estar submetido ao controle do Parlamento, este era controlado por ele. Considerando esse quadro, em que o próprio primeiro-ministro era escolhido e demitido pelo imperador, como ficou conhecido o regime parlamentarista no reinado de D. Pedro II?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Parlamentarismo às avessas.
O caráter singular do parlamentarismo sob o governo de D. Pedro II ficou conhecimento como parlamentarismo às avessas, já que não era o parlamento que controlava o monarca – como ocorria no parlamentarismo inglês – e, sim, o contrário. Esse modelo não encontra par nem no sistema vigente na Inglaterra nem nos Estados Unidos, sendo este último um país presidencialista. Dessa forma, não era um parlamentarismo efetivo, mas apenas um sistema semelhante ao verdadeiro parlamentarismo.
4. 
Na impossibilidade do jovem Pedro de Alcântara ser coroado por ainda não possuir a idade mínima exigida pela Constituição, o Brasil foi governado por regentes por quase dez anos. É verificado pela historiografia que essa forma de governo enfraqueceu o instituto da monarquia, que foi desafiada por diversas rebeliões nas províncias do império. Devido a isso, já em 1835 iniciaram os primeiros debates a respeito de uma possível antecipação da maioridade do herdeiro do trono. O objetivo era conduzi-lo ao poder o mais rápido possível e enviar a mensagem de que o Brasil era um só país unido em torno da figura imperial.
Nesse contexto, buscando superar o impasse, políticos se organizaram em torno de uma campanha nacional que tinha como centro qual associação?​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
Clube da Maioridade.
Os defensores da antecipação da idade mínima para que o imperador fosse coroado reuniam-se no Clube da Maioridade, associação formada para produzir materiais de propaganda sobre a sua causa e promover debates sobre o tema. As outras sociedades do período, como a Sociedade Federal (liberais exaltados), Sociedade Defensora da Liberdade (liberais moderados) e Sociedade Conservadora da Constituição (conservadores) não tinham como objetivo especifico lutar pela causa da maioridade, porém todas tinham “maioristas” entre os seus membros.
5. 
Entre janeiro e julho de 1841, mês no qual D. Pedro II foi coroado aos 15 anos, a capital do Império viu uma movimentação sem precedentes: pintores, escultores, carpinteiros, costureiras e uma gama enorme de profissionais trabalharam arduamente para criar o cenário em que o jovem príncipe se tornaria Imperador do Brasil. O espetáculo da coroação foi repleto de simbolismos, que tinham como objetivo enviar mensagens de pacificação e união nacional em torno da figura imperial. Havia a ideia de criar uma aura “religiosa” em torno de D. Pedro II, ao mesmo tempo em que se pretendia afirmar a sua conexão indissolúvel com o Brasil. Além disso, diversos painéis com imagens de momentos gloriosos da monarquia foram instalados no prédio onde ocorreria a cerimônia de coroação.
Tendo em vista o simbolismo desses elementos que pretendiam distinguir o novo imperador, qual a principal distinção entre ele e o passado recente evocada por essas imagens?
Resposta correta.
A. 
A ruptura causada pelas regências, que eram estranhas à tradição monárquica.
A ideia central no uso de imagens do passado, que remetiam ao governo de D. Pedro I, era mostrar que as regências haviam se configurado como um momento de ruptura entre um passado e um futuro glorioso. Ambos eram representados pela monarquia brasileira, que àquela altura não temia o republicanismo. Colocava-se, assim, no mesmo processo, pai e filho como figuras profundamente ligadas ao Brasil, porém sem esquecer de Portugal, origem da família imperial brasileira.
1. 
O tráfico de escravos entre os séculos XVI e XIX movimentou a economia mundial, sendo um dos pilares sobre o qual o capitalismo se desenvolveu e seconsolidou. A forma pela qual esse grande e lucrativo negócio se manifestou foi por meio do chamado comércio triangular transatlântico. Iniciado pelos portugueses, os primeiros a transformar o escravo africano em mercadoria, viu na sua sequência a entrada de outros países, como Inglaterra e Holanda, que dominaram o tráfico de escravos para as Américas durante séculos, até a sua proibição, no século XIX.
Considerando esse cenário, que envolve a participação de mais de uma região do planeta, quais foram os continentes envolvidos diretamente no tráfico de escravos no Atlântico?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Europa, Américas e África.
Apesar de o colonialismo ter chegado até a Ásia e a Oceania, estes continentes não estiveram envolvidos no tráfico de escravos africanos. O tráfico de escravos pelo Atlântico é chamado triangular, pois envolveu três continentes: Europa, Américas e Ásia. O comércio funcionava da seguinte forma: os europeus produziam mercadorias manufaturadas que eram trocadas por escravos na África. Estes eram encaminhados para o trabalho nas Américas, e o fruto do seu trabalho (açúcar, algodão, cacau, etc.) era comprado e consumido na Europa, que voltava a comprar mais escravos e revendê-los nas Américas. Esse processo vigorou por quase quatro séculos.
2. 
Entre o final do século XVIII e o início do século XIX, a escravidão no Brasil assumiu novas feições. Até então o trabalho escravo era largamente utilizado nas lavouras de cana-de-açúcar. Além disso, muitos escravos eram trabalhadores domésticos, sobretudo no meio urbano. No entanto, com o crescimento da demanda por café na Europa e nos Estados Unidos, o trabalho escravo nas plantações cafeeiras aumentou enormemente. A entrada de escravos nas primeiras décadas do século XIX cresceu, verificando-se no Rio de Janeiro o principal local de chegada e distribuição dos escravos.
Naquele contexto, com a crescente importância do porto do Rio de Janeiro para o tráfico de escravos, qual foi o principal papel exercido pela cidade no mercado interno de escravos?​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
Centro de redistribuição de escravos.
No início do século XIX, com a grande expansão da cultura cafeeira, o Rio de Janeiro se tornou o principal ponto de entrada de escravos no país. Isso fez da cidade o mais importante centro de redistribuição de escravos para o restante do Brasil. O país ainda não tinha indústria, sendo a atividade econômica voltada para a agricultura e o comércio de escravos. Naquele momento ainda não existiam movimentos abolicionistas no Brasil, sendo que o Rio de Janeiro se tornou a região brasileira com o maior número de escravos, onde estes eram importados e redistribuídos, mas nunca exportados para outros países.
3. 
A escravidão, como instituição social, depende de legitimação jurídica. Portanto, essa forma de trabalho era definida em legislação própria no século XIX no Brasil. Para que se pudesse garantir o direito de o proprietário de escravos usufruir de sua propriedade e para evitar uma subversão da ordem escravocrata que derivasse na abolição da escravidão, criou-se um status jurídico para o escravo. Assim, a lei assegurava a sua existência, tanto quanto a do seu proprietário. Em suma, duas figuras jurídicas que caracterizaram o Brasil colonial e imperial.
Levando em conta essas peculiaridades da formação histórica do país, quais características podem ser apontadas como constitutivas da sociedade brasileira?​​​​​​​
Resposta correta.
C. 
Sociedade estratificada e hierarquia social derivada da escravidão.
A sociedade brasileira carrega marcas profundas de seu passado escravocrata. Os índices sociais demonstram que existem ainda muitas diferenças entre brancos e negros no país. O racismo ainda se trata de uma realidade, tendo surgido com a escravidão e não tendo sido abolido junto com ela. Portanto, há traços autoritários e aristocráticos na sociedade brasileira que têm sua origem na escravidão. Quando houve a abolição no século XIX, não houve nenhum tipo de ação estatal para incluir socialmente os ex-escravos. O Brasil se revela frequentemente um país com uma sociedade muito estratificada, que tem suas bases na rígida hierarquia social de uma sociedade escravagista.
4. 
Em se tratando da historiografia da escravidão brasileira, podem-se encontrar duas grandes correntes. Uma delas destaca os aspectos culturais, as sociabilidades e a forma como a escravidão afetou os pequenos grupos familiares e os indivíduos. Na outra, são priorizados os dados referentes ao tráfico de escravos e às viagens dos navios negreiros. Dessa forma, vê-se uma historiografia mais voltada a elementos da cultura e outra que privilegia os dados quantitativos do comércio escravagista.
Considerando ambos os modelos historiográficos a respeito da escravidão brasileira, qual é a crítica feita à corrente quantitativa?
Você acertou!
B. 
A experiência individual dos escravos não pode ser medida em dados quantitativos.
O tema da escravidão revela uma tragédia humana de caráter singular, que não pode ser medida simplesmente por números. Apesar da importância da história quantitativa, ela tem suas limitações no que tange a esboçar um quadro social dos indivíduos africanos trazidos compulsoriamente para as Américas. Embora os dados reflitam a magnitude do evento, não abordam seu caráter singular. Os dados, justamente por serem precisos, permitem interpretações precisas, mas que não atingem o recorte cultural do problema. Mesmo que os números estejam contextualizados, como faz o método utilizado consensualmente pelos historiadores quantitativos, muitas vezes não é possível determinar, a partir unicamente deles, condições importantes para a compreensão da escravidão em sentido mais amplo.
5. 
O debate historiográfico brasileiro acerca da escravidão se estruturou sobre três correntes principais. A primeira delas foi encabeçada pelos trabalhos do antropólogo Gilberto Freyre na década de 1930. Posteriormente, houve a chamada Escola Paulista de Sociologia, que também deu contribuições importantes para a historiografia da escravidão. A partir da década de 1980, inicia-se uma nova fase que incorporou elementos das duas correntes precedentes. A Escola Paulista de Sociologia apresentou uma abordagem marxista do problema, enquanto a corrente surgida na década de 1980 é caracterizada muitas vezes por realizar um retorno a Gilberto Freyre.
Considerando essas três escolas, das quais Gilberto Freyre é o pioneiro, qual é a principal característica e contribuição para o debate historiográfico sobre a escravidão de sua obra?
Resposta correta.
A. 
Retratar a miscigenação brasileira como algo positivo.
Gilberto Freyre foi o primeiro autor a destacar a miscigenação como algo positivo e constituinte da cultura e da sociedade brasileiras. Portanto, o autor confrontava diretamente as teses racistas e eugenistas que predominavam naquele contexto, sem possibilidade de diálogo. Logo, o autor também desencavou a verdadeira história da escravidão, que era frequentemente recalcada por historiadores que visavam ao embranquecimento do país. Freyre não trabalhava com dados matemáticos, pois sua abordagem era culturalista. Freyre não era marxista, teoria que será utilizada pela geração seguinte de historiadores.
1. 
A produção do café no Brasil alcançou o auge durante o Segundo Reinado, no século XIX, no Vale do Paraíba Fluminense e no Oeste Paulista. No entanto, o período e a forma de produção se deram de formas diferentes e resultaram em modelos de desenvolvimento econômico diversos nas duas regiões, sendo que em uma o sucesso da lavoura cafeeira foi perdendo o fôlego conforme o transcurso histórico, já a outra se transformou na base do desenvolvimento do capitalismo industrial no Brasil.
Em vista disso, analise as alternativas a seguir e assinale a caracterização correta das respectivas regiões cafeeiras.
Resposta correta.
D. 
O ciclo do café no Oeste Paulista se desenvolveu na segunda metade do século XIX e prosperou devido à boa qualidade das terras, à inserção de tecnologia na produção e ao investimentona mão de obra do imigrante europeu.
A produção cafeeira do Oeste Paulista prosperou economicamente e se constituiu na base do desenvolvimento capitalista industrial do Brasil, porque, nessa região, as terras eram de melhor qualidade e de maior quantidade. Além disso, foram investidos recursos em tecnologia, aprimorando a produção do café e, diante da falta de mão de obra escrava, o trabalho dos imigrantes europeus foi introduzido na lavoura, elevando a produção, tendo menos custos e mais lucros, os quais foram investidos em um sistema de crédito e em manufaturas que constituíram a base do desenvolvimento capitalista industrial nos anos seguintes.
2. 
As primeiras décadas do século XIX foram um momento histórico em que ocorreram diversos fatos sociais-políticos-econômicos que alteraram o rumo histórico do Brasil. Tais eventos fizeram com que o país deixasse de ser uma colônia portuguesa e passasse a ser uma nação com Estado autônomo e um sistema econômico independente, baseado na produção cafeeira.
Assinale a alternativa com as assertivas corretas a respeito do contexto histórico retratado anteriormente.
I. A consolidação do café no Oeste Paulista como o principal produto da economia brasileira ocorreu com a chegada dos imigrantes europeus como mão de obra nas lavouras de café, proporcionando mais produtividade e mais lucros na comercialização do café.
II. O investimento em transporte ferroviário para escoamento da produção cafeeira, o fim do tráfico de escravos e a formação de um sistema de crédito foram fatores importantes para a consolidação do Oeste Paulista como principal polo cafeeiro no país.
III. A vinda da Família Real portuguesa para o Brasil e a abertura dos portos do país às nações amigas, o Tratado de Comércio e Navegação com a Inglaterra e a Revolução do Porto foram fatos fundamentais para a Independência do Brasil e a formação do Estado Imperial brasileiro.  
Você acertou!
E. 
III, apenas.
A vinda da Família Real para o Brasil fez com que a elite brasileira — formada pelos grandes proprietários rurais e pelos altos empregados da Corte — se aproximassem da Coroa para fazer valer seus interesses. A abertura dos portos às nações amigas rompeu o monopólio comercial vigente entre Portugal e Brasil, fazendo com que o Brasil começasse a diversificar suas relações comerciais com outros países que demandavam mais diversidade de produtos e com menos carga tributária, proporcionando mais lucros na balança comercial. Inicialmente, o Tratado de Comércio e Navegação com os ingleses permitiu ao Brasil a abertura do mercado inglês para os produtos agrícolas brasileiros com menores taxas e, ao mesmo tempo, ampliou a demanda nacional por produtos manufaturados vindos da Inglaterra. Nesse novo cenário, os interesses da elite agrária e comercial brasileira se distanciaram dos interesses da Coroa portuguesa, resultando na Independência do Brasil, em 1822, e a instituição do Estado Imperial brasileiro.
3. 
A abertura dos portos do Brasil, em 1808, e o Tratado de Comércio e Navegação do Brasil com a Inglaterra, em 1810, situaram o Brasil em um novo contexto econômico. Se, em um primeiro momento, o país foi beneficiado com a abertura dos mercados mais acessíveis com menores tributos e maiores lucros, em um segundo momento tal cenário não se manteve, e o país passou a enfrentar a concorrência internacional com a oferta dos produtos oriundos de quem fazia parte das antigas colônias espanhola e britânica. Foi nesse contexto de crise do modelo produtivo, baseado na articulação de dois polos econômicos dependentes e um independente, que surge o café como principal produto de exportação nacional, proporcionando um grande salto na economia imperial.
Leia as afirmativas a seguir, a respeito do contexto econômico do Brasil no momento do surgimento do café como principal produto da economia do país, e assinale a alternativa com as assertivas corretas. 
I. A produção pecuária na Região Sul e em São Paulo e a extração vegetal no Norte faziam parte do polo econômico do Brasil nas primeiras décadas do século XIX.
II. A produção do açúcar no Nordeste e a extração do ouro em Minas Gerais tiveram relevância como polo econômico do Brasil nas primeiras décadas do século XIX.
III. O fumo e o cacau no Nordeste eram os principais produtos do polo econômico do Brasil nas primeiras décadas do século XIX.
Resposta correta.
A. 
I e II, apenas.
O modelo produtivo brasileiro nas duas primeiras décadas do século XIX era composto pelos polos de produção do açúcar no Nordeste, e do ouro em Minas Gerais, articulado com a produção pecuária que se estendia de São Paulo ao Sul, fazendo a conexão dos produtos dessas regiões com o polo autônomo de extração vegetal predominante nos Estados do Pará e do Maranhão.
4. 
O processo produtivo do café no Vale do Paraíba Fluminense era complexo, envolvia diversas etapas e necessitava de diferentes personagens para tornar possível a colocação do produto para comercialização no mercado internacional.
Analise, a seguir, os principais elementos de cada etapa e seus respectivos personagens e relacione a primeira e a segunda colunas, de forma a estabelecer a relação correta entre elas.
I. Compra e preparo da terra.
II. Plantio e colheita.
III. Transporte do café para embarque nos portos.
IV. Negociação do café.
V. Operacionalização da venda do café.
(  ) Tropeiro.
(  ) Exportador.
(  ) Comissário.
(  ) Escravo e imigrante europeu.
(  ) Proprietários das fazendas.
Assinale a alternativa com a ordem correta.
Resposta correta.
B. 
 III - V - IV - II - I
A compra e o preparo da terra para a produção cafeeira era de responsabilidade dos fazendeiros/proprietários das empresas agrícolas do café. O plantio e a colheita do café eram realizados pelos escravos e pelos imigrantes europeus. Após isso, o tropeiro realizava o transporte da produção até o embarque nos portos para escoamento do produto. O comissário negociava a venda em nome do fazendeiro, e depois o exportador operacionalizava a venda do produto para o mercado externo.
5. 
O ciclo do café no Brasil, durante o século XIX, foi a sustentação econômica do Governo Imperial. A produção cafeeira se transformou no fator determinante para a formação histórica da política-econômica brasileira.
Analise as afirmativas a seguir, que tratam da caracterização do ciclo do café e os efeitos produzidos na formação econômica posterior a esse momento histórico no Brasil, e classifique-as em verdadeiras (V) ou falsas (F). Depois, assinale a ordem correta das assertivas.
(  ) O auge do ciclo do café no Brasil ocorreu no Vale do Paraíba Fluminense devido às boas condições de solo e clima e ao grande investimento tecnológico no sistema produtivo cafeeiro.
(  ) A utilização massiva de mão de obra escrava nas fazendas do Oeste Paulista foi um fator fundamental para o grande avanço da produção cafeeira na região.
(  ) A utilização massiva de mão de obra imigrante nas fazendas do Vale do Paraíba Fluminense foi o fator preponderante para o desenvolvimento da cultura do café na região.
(  ) O esgotamento da produção cafeeira no Vale Paraíba Fluminense ocorreu graças ao uso de terras com baixa qualidade, à inserção de técnicas de produção inadequadas e à não modernização do sistema de transporte para escoamento da produção.
(  ) O Oeste Paulista obteve sucesso na produção cafeeira devido à grande extensão e boa qualidade das terras, à inserção de tecnologias na produção e à substituição da mão de obra escrava pelo imigrante europeu.
Resposta correta.
C. 
 F - F - F - V - V.
O auge do ciclo do café no Brasil se deu a partir da segunda metade do século XIX, no Oeste Paulista, graças à grande extensão e boa qualidade das terras, à inserção de tecnologias e técnicas adequadas na produção, à substituição da mão de obra escrava pelos imigrantes europeus — inseridos massivamente nos trabalhos nos cafezais — e à criação de um sistema de transporte destinado ao escoamento da produção, de forma rápida e abundante.
1. 
O Barão de Mauá foi um personagem histórico importante durante a segunda metadedo século XIX no Brasil. Como empresário, Mauá construiu um “Império Empresarial” que alcançou o apogeu e a queda dos negócios em menos de 40 anos. Como empreendedor, construiu companhias ferroviárias, indústrias, bancos, companhia de gás e iluminação, entre outras empresas. Angariou fortuna que chegou a ser superior ao orçamento do Império. Mesmo assim, seus negócios faliram antes do seu falecimento, em outubro de 1889.
Considerando o contexto, analise as alternativas e assinale o(s) fator(es) preponderante(s) para a derrocada do “Império” de Mauá: ​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
A falência de Mauá decorreu da incompatibilidade do seu projeto industrial capitalista com o modelo produtivo agroexportador escravista vigente, o que resultou na perda de apoio do Imperador e dos grandes proprietários rurais aos projetos de Mauá, que passou a ser visto como ameaça à economia      agroexportadora.
O projeto de desenvolvimento econômico do Barão de Mauá baseava-se na experiência da industrialização inglesa a partir do trabalho assalariado, da livre iniciativa e da livre concorrência, que era incompatível com o modelo produtivo agroexportador escravista vigente. O crescente sucesso dos seus empreendimentos tornou-o uma ameaça aos interesses da eliite econômica, formada pelos grandes proprietários rurais vinculados à produção cafeeira, o que fez com que o Imperador e a sua base de apoio política e econômica preponderante, constituída por esses grandes proprietários rurais, retirassem o apoio e o suporte estatal e político aos projetos de Mauá, conduzindo-o à falência. 
2. 
Os militares do exército brasileiro foram protagonistas na queda do regime monárquico e na Proclamação da República em 1889. Isso decorreu dos diversos conflitos entre os militares e o governo imperial, que passaram a defender diferentes interesses na segunda metade do século XIX. Com base nisso, analise as seguintes afirmativas: 
I - A insatisfação com a falta de reconhecimento profissional para a progressão na carreira por parte da Coroa e a desobrigação de realizar a função de polícia na caça aos escravos fugidos.
II - Falta de apoio para a implementação de um novo modelo econômico com base na diversificação da produção agrícola e no aumento do trabalho escravo como forma de aumento dos lucros da empresa rural.
III - Falta de apoio do Imperador para aumentar a influência da Igreja Católica e dos maçons no governo imperial como forma de frear o avanço da influência dos empresários industriais no Governo.
Qual(is) das afirmativas é(são) causa(s) de os militares terem sido protagonistas no golpe militar que derrubou o regime monárquico e instituiu a República?​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
I.
Desde a posse de D. Pedro I, o exército brasileiro teve sua autonomia e estrutura institucional esvaziadas pelo Imperador, que apostou na Guarda Nacional como instrumento de defesa interna e externa da Nação. Após a vitória do Brasil na Guerra contra o Paraguai, o exército obteve maior autonomia e legitimidade política diante do governo imperial. Inspirados na filosofia positivista, os oficiais do exército foram ocupando espaços de poder político e partilhavam de um projeto de Nação vinculado ao fim da escravidão, à autonomia e à valorização da carreira militar, ao desenvolvimento industrial como base do crescimento econômico e à instauração da República. A não adesão do governo imperial a essa visão de país, bem como a falta de reconhecimento profissional para a progressão na carreira e a não desobrigação de realizar a função de polícia na caça aos escravos fugidos por parte do governo imperial foram alguns dos elementos que deixaram os militares descontentes, fazendo com que se tornassem os protagonistas na Proclamação da República.  
3. 
A Constituição Imperial brasileira de 1824 estabeleceu o catolicismo como a religião oficial no Brasil. Isso tornou o Poder Temporal e o Poder Espiritual um único Poder atrelado ao direito civil. Em função dessa previsão constitucional, durante a segunda metade do século XIX, o Império brasileiro foi palco de diversos conflitos envolvendo o governo imperial e os membros da Igreja Católica. Leia as afirmativas a seguir a respeito desse conflito:
I - Orientação do Vaticano em retomar a autonomia administrativa e política da Igreja em relação ao poder do Imperador nas causas religiosas.
II - Insatisfação do governo imperial contra a decisão da Igreja Católica de não aceitar a participação de grupos religiosos secretos, como os maçons, nas questões políticas e administrativas do Império.
III - Aumento da pressão do governo imperial sobre o clero para que assumissem maior protagonismo político na administração a fim de obter melhor aceitação dos brasileiros à Coroa.
Qual(is) das afirmativas é(são) causa(s) desse conflito?
Resposta correta.
D. 
I e II.
A edição da Encíclica Syllabus pelo Papa Pio IX, em 1848, resultou em um redirecionamento da relação entre a Igreja Católica e os Estados nacionais pelo mundo, pois estabeleceu maior autonomia do Poder Espiritual sobre o Poder Temporal e o afastamento dos católicos dos grupos ou seitas religiosas tidas como heréticos. Tal orientação repercutiu nas relações entre o governo imperial e os membros da Igreja Católica no Brasil por meio das ações dos bispos e dos representantes da Coroa, que passaram a disputar politicamente as questões relacionadas à autonomia administrativa e política da Igreja do poder do governo imperial nas causas religiosas e na participação de grupos religiosos secretos, como os maçons, nos debates políticos e administrativos do Império, o que gerou descontentamento do Império contra a Igreja Católica, que não aceitava a participação desses grupos nos temas relativos ao Governo. Tais contradições constituíram-se nas causas do conflito entre a Igreja Católica e o governo imperial e resultaram na fragilização política do regime monárquico, levando à Proclamação da República.
4. 
A economia brasileira, durante a segunda metade do século XIX, vivenciou um surto de desenvolvimento industrial que foi liderado pelo empreendedorismo de Barão de Mauá. Por meio de seu conhecimento e da experiência adquirida durante suas atividades profissionais com empresários ingleses no Brasil e na Inglaterra, Mauá obteve êxito por algum tempo em seus negócios e se tornou o responsável pelo início do desenvolvimento industrial no Brasil. Analise as afirmativas a seguir, que tratam das estratégias acionadas por Mauá para a construção do seu “Império empresarial", e classifique-as como verdadeiras (V) ou falsas (F): 
(  ) Mauá aproximou-se politicamente do governo imperial para obter da Coroa a concessão dos serviços públicos para a exploração das atividades ligadas ao sistema de gás, de iluminação e de transporte ferroviário, sem a concorrência de outros operadores do serviço.
(  ) Mauá aproximou-se politicamente do governo imperial para exigir que as atividades produtivas e econômicas fossem realizadas em um ambiente de livre mercado, sem a intervenção do Estado na economia e com a prevalência da concorrência nas atividades econômicas.
(  ) Mauá aproximou-se do governo imperial e dos grandes proprietários rurais do café para diversificar a produção agrícola do País com o aumento do subsídio tributário da Coroa no comércio dos produtos para exportação.
Assinale a alternativa que preenche as lacunas de forma correta:
Resposta correta.
C. 
V - F - F. 
Em que pese o liberalismo econômico inglês tenha sido a principal influência teórica de Barão de Mauá, não foram as noções de livre concorrência e de não intervenção do Estado na economia que nortearam as ações do empreendedor. No contexto econômico da época, Mauá utilizou como estratégia para a construção do seu "Império empresarial" a intervenção estatal na economia e a busca da não existência de concorrência nas atividades empresariais por meio da aproximação política com o governo imperial para a obtenção da concessão dos serviços públicos de exploração das atividades ligadas ao sistema de gás, de iluminação e de transporte ferroviário,entre outros, e a anuência da Coroa  para que esses investimentos se dessem sem a concorrência de outras empresas que explorassem esses mesmos serviços.
5. 
A segunda metade do século XIX, no Brasil, foi marcada por diversos conflitos de interesses entre o governo imperial e os militares do exército. Tais conflitos tiveram como causa, além dos interesses corporativos dos militares e dos interesses políticos da Coroa, a disputa por diferentes projetos e visões de futuro para o País.
Analise as afirmativas a seguir, que tratam das disputas por diferentes projetos do País entre o governo imperial e os militares do exército, e classifique-as em verdadeiras (V) ou falsas (F):
(  ) O governo imperial buscava superar o conflito com os militares para ter condições de implementar uma nova política econômica baseada na industrialização do País.
(  ) Os militares almejavam superar o conflito com a Coroa para envolverem-se na ampliação da economia agroexportadora escravagista e na industrialização do País.
(  ) Os militares inspirados na filosofia positivista almejavam superar o conflito com a Coroa para implementar a abolição da escravatura, promover a industrialização e transformar o Brasil em uma República. ​​​​​​​
Assinale a alternativa que preenche as lacunas de forma correta:
Resposta correta.
E. 
F - F - V.
Os conflitos entre os oficiais do exército e o governo imperial, na segunda metade do século XIX, representaram a disputa entre dois projetos de desenvovimento para o País. Se, de um lado, o governo imperial desejava manter o regime monárquico liderado pelos grandes proprietários do café, sustentado na economia agroexportadora escravagista, com pouca autonomia e valorização do exército, por outro, os militares, inspirados na filosofia positivista, almejavam superar o conflito com a Coroa  e a instauração da República, liderada pelos oficiais do exército, pelos grandes proprietários rurais não escravistas e pelos grandes comerciantes e industriais que promovessem a industrialização do Brasil com mão de obra livre, com respeito aos direitos individuais e com um governo laico separado da Igreja Católica. Tais inspirações levaram os oficiais do exército a conduzir o Golpe Militar, que derrubou a Monarquia e instaurou a República no País. 
1. 
As disputas que ocorreram na Região do Prata não datam da Guerra do Paraguai. Desde que o Brasil estava sob o comando de D. João VI, esses conflitos ocorriam, tendo início em 1816.
Quais são as razões que levaram a tantos conflitos na Região do Prata ao longo do século XIX?
Resposta correta.
B. 
Era uma região com alto potencial de desenvolvimento econômico que poderia privilegiar qualquer país que pudesse controlá-la. 
A região da Bacia do Prata, que ficava na convergência dos rios Paraguai, Uruguai e Paraná, tinha alto potencial de desenvolvimento econômico, fazendo com que os países do Cone Sul, independentes ou não, quisessem o controle da área. Os países queriam sempre tentar anexar regiões próximas às suas fronteiras. D. Pedro II era um dos governantes que queria fazer essas anexações, mas não iniciou a Guerra do Paraguai.
2. 
As relações políticas e diplomáticas entres os países do Cone Sul eram tensas e complicadas nesse período.
Um conflito com duração de dois anos ficou conhecido como Guerra contra Oribe e Rosas, que se caracterizou por qual aspecto?
Resposta correta.
A. 
O Presidente da Argentina, Rosas, e o ditador uruguaio Oribe queriam formar um novo país, o Vice-Reinado do Prata, mas, para isso, teriam de anexar terras brasileiras e paraguaias, e isso causou a guerra.
O Presidente da Argentina, Rosas, e o ditador uruguaio Oribe tinham a intenção de formar um novo país, o Vice-Reinado do Prata, mas, para isso, teriam de anexar parte de terras brasileiras e paraguaias. Assim, Brasil e Paraguai formaram uma aliança e combateram o Uruguai e a Argentina. O estopim da Guerra foi quando Uruguai invadiu o Brasil, em 1851, no sul do País, mas com poucas baixas brasileiras. Rapidamente, D. Pedro II organizou-se com o Paraguai e atacaram o Uruguai, fazendo com que Oribe se rendesse. Em seguida, foram para a Argentina, depuseram o Presidente Rosas, e a Guerra terminou em 1852. Em 1864, o Brasil fez uma intervenção no Uruguai, governado na época por Atanasio Aguirre, para tentar solucionar problemas internos do país, o que culminou na Guerra do Paraguai.
3. 
Como a história está sempre em transformação, desde que ocorreu a Guerra do Paraguai, muitas foram as teses acerca de quais foram as motivações que causaram o conflito.
Levando em consideração essas mudanças e o avanço da historiografia no que diz respeito à pesquisa histórica, aponte quais foram as causas da Guerra
Você acertou!
B. 
Os fatores envolvidos são diversos, mas a historiografia mais recente aponta para questões de cunho regional que geravam diversas tensões diplomáticas e políticas que ocorriam já há anos entre os países do Cone Sul na luta pelo controle da Bacia do Rio Prata.
A noção de que o imperialismo britânico estava por trás da Guerra do Paraguai, tendo fomentado a disputa por medo do desenvolvimento que o Paraguai estava alcançando, foi revisada, e, agora, a tese mais aceita é a de que as causas estão relacionadas a conflitos e tensões regionais entre os países envolvidos, sendo que um dos principais é a tentativa de controle da Bacia do Rio Prata. O estopim para a Guerra, mas não a razão central, foi a invasão do Brasil ao Uruguai, em uma guerra civil pela qual o país passava, contrariando o aviso de Solano López para não se envolver. Solano, então, revida e ataca o Brasil, dando início à Guerra do Paraguai. Para se defenderem dos ataques de Solano, que, no início da Guerra, tinha o maior exército entre os países envolvidos, Brasil, Uruguai e Argentina formam uma Tríplice Aliança para combater o Paraguai de Solano.
4. 
Em meio à campanha da Guerra do Paraguai, diversas medidas foram tomadas por todos os governos dos países envolvidos, e algumas delas geram polêmicas até hoje. Em relação ao caso brasileiro, houve, por parte de D. Pedro II, o Decreto dos Corpos de Voluntários da Pátria.
O que foi esse decreto e quais as polêmicas o envolvem?
Resposta correta.
E. 
O Decreto dos Voluntários da Pátria ocorreu porque não havia pessoas suficientes para o exército; então, o governo brasileiro começou a fazer os alistamentos compulsórios e privilegiar aqueles que possuíam bens, ou seja, eles não eram obrigados a participar da Guerra e poderiam mandar também escravizados.
Esse decreto recebeu muitas críticas ainda no período no qual esteve vigente. Já se notava, no momento, os diferentes tratamentos que os recrutas recebiam. Nesse período, a abolição ainda não havia ocorrido; todavia, pessoas negras começaram a receber alforrias, com a condição de que fossem lutar na Guerra. Após um tempo, esses alistamentos começaram a ser compulsórios, mas as pessoas que tinham bens poderiam fazer doações e não ser alistadas, mandando os que não possuíam posses em seus lugares, e o escravizado não tinha escolha: o governo poderia comprá-lo para lutar. Assim, os Corpos de Voluntários da Pátria foi um decreto para mobilizar as pessoas a se alistarem no exército; todavia, após um tempo, esses alistamentos começaram a ser compulsórios, mas as pessoas que tinham bens poderiam fazer doações e não ser alistadas, logo, poderiam mandar escravos para que eles fossem lutar em seu lugar.
5. 
Não apenas por ser o maior conflito armado que já aconteceu na América do Sul, a Guerra do Paraguai tem consequências que refletem no cenário geopolítico e histórico da constituição dos países envolvidos.
Qual é a importância de conhecer e estudar todos os processos que levaram à Guerra do Paraguai e aos seus desdobramentos?
Resposta correta.
D. 
As tensões entre os países do Cone Sul, desde o processo que culminou na Guerra do Paraguai até as consequências pós-guerra, são fundamentais para compreender como se deu a formação dessas nações e as relações econômicas, sociais, identitárias e geopolíticas estabelecidas entre elas.
Nenhumahistória está pronta ou acabada; sempre é possível revisitá-la com novas técnicas e olhares e construir um novo pensamento. Assim, é importante conhecer todas as linhas e perspectivas de estudos, não apenas para quem estuda os processos políticos ou influências anteriores à Guerra, porque as tensões entre os países do Cone Sul, desde o processo que resultou na Guerra do Paraguai até as consequências pós-guerra, são de fundamental importância para compreendermos como se deu a formação dessas nações e as relações econômicas, sociais, identitárias e geopolíticas estabelecidas entre elas. Portanto, é crucial conhecer todas as motivações que levaram à Guerra e os processos seguintes.
1. 
Os processos que levaram à Questão Christie, bem como em relação a diversos temas, assuntos e eventos históricos que permeiam a história da humanidade, passaram por transformações e mudanças ao longo ​​​​​​​do tempo.
Assinale a alternativa que explique por que isso acontece.
Resposta correta.
D. 
A história está sempre em movimento e, com isso, métodos, perspectivas, fontes e informações mudam. Assim, sempre é possível que haja outras interpretações.
É natural que haja revisitação de eventos históricos e que eles possam ter novas ou outras interpretações, mas não é uma regra que isso ocorra em todo caso. Qualquer evento histórico é passível dessas reinterpretações, seja com aspectos políticos, sociais, culturais, comerciais, uma guerra, um governo de um imperador, um acidente, a construção de uma cidade, etc. A história está sempre em movimento, e ela pode passar por novas avaliações, ser vista com novos olhares, ter outras fontes analisadas e, assim, ter mais de uma interpretação. A história conta com o auxílio de diversas disciplinas e, com isso, profissionais que tenham suas profissões ligadas de alguma maneira à interpretação histórica, como é o caso de cientistas sociais, filósofos, diplomatas, etc., também podem estudar e ajudar na construção de novas perspectivas.
2. 
A tensão política entre Brasil e Inglaterra já vinha ficando mais complicada há algum tempo, até que no dia 2 de abril de 1861 ocorreu um incidente com a embarcação inglesa Prince of Wales, ​​​​​​​que fez com essa relação, que estava ruim, piorasse.
O que foi esse incidente e quais foram os resultados e desdobramentos para a Questão Christie?
Resposta correta.
E. 
O Prince of Wales foi uma embarcação mercante que naufragou no Rio Grande do Sul e teve a carga saqueada, gerando instabilidade entre os governos brasileiro e britânico, com consequências que levaram, em parte, ao rompimento dos países.
Prince of Wales foi a barca mercante inglesa carregada com mercadorias como baús, vinhos, queijos e lenços, que naufragou na província do Rio Grande do Sul. Os ingleses acusaram o Brasil de estar envolvido com o acidente porque, ao longo das investigações, constataram que a carga foi saqueada e toda a tripulação havia morrido. As relações ficaram muito acaloradas porque o governo inglês acusou o governo brasileiro de estar agindo com morosidade em relação à investigação, não dando o suporte necessário. Pediram uma indenização ao governo brasileiro para o dono da embarcação no valor das mercadorias que foram saqueadas e um pedido de retratação, visto que acreditavam que o Brasil estivesse envolvido no acidente. Esse incidente é considerado por muitos pesquisadores uma das razões do rompimento diplomático entre Brasil e Inglaterra; todavia, há outras questões que perpassam todo o período que devem ser levadas em consideração como os reais motivos que levaram ao rompimento.
3. 
Após o incidente com a embarcação Prince Of Wales e as relações entre Império Britânico e Império Brasileiro serem acirradas, não demorou a ocorrer outro incidente, no ano seguinte, fazendo com que a situação piorasse.
Qual foi esse incidente também considerado como uma das causas ​​​​​​​do rompimento diplomático entre os países?
Resposta correta.
A. 
A prisão de três oficiais da marinha britânica acusados de estarem bêbados e fazendo arruaça, entrando em uma briga com policiais brasileiros no Rio de Janeiro. O governo britânico alegou que as acusações eram falsas e exigiu retratação; o Brasil negou.
Três oficiais da marinha britânica foram presos em 1862 sob acusação de estarem bêbados e fazendo arruaça nas ruas do Rio de Janeiro, no Alto da Tijuca.Policiais brasileiros teriam visto os atos e falado com eles, o que terminou em uma briga e a prisão dos britânicos. O governo britânico interveio e eles foram liberados, mas contestaram em seus depoimentos que estavam bêbados e fazendo arruaça e alegaram terem sido mal tratados pelos policiais brasileiros, fazendo com que a Inglaterra exigisse do Brasil um pedido público de desculpas e punição dos brasileiros envolvidos. O Brasil se negou a fazê-lo. As consequências diretas disso levaram o governo inglês, por meio do embaixador Christie, a bloquear o porto do Rio de Janeiro; todavia, o rompimento diplomático só se deu após a intervenção do rei belga Leopoldo I que, em uma decisão internacional, apontou o Brasil como vitorioso nesse evento e a Inglaterra se negou a pedir desculpas aos brasileiros.
4. 
O século XIX, período que ocorreu a Questão Christie, é marcado por diversas transformações no mundo que refletiram diretamente sobre o Brasil. Uma delas é referente à construção e uso de discursos nacionalistas.
Como surgiu o conceito de nacionalismo e como ele foi utilizado pela Inglaterra e pelo Brasil na Questão Christie?
Resposta correta.
E. 
Surgiu na França napoleônica em oposição aos Estados nacionais do século XVI e XVII. Teve como intuito explicar o sentimento que buscava um pertencimento a uma região, cultura, língua, etc. Se apresentou de formas diferentes a depender do país, podendo ser imperialista ou buscar soberania, entre outros fins.
O conceito de nacionalismo surgiu na Europa, sendo utilizado nas primeiras ocasiões pelos franceses, no período em que Napoleão Bonaparte estava no domínio da França, em contraposição aos grandes Estados nacionais criados nos séculos XVI e XVII. Surgiu como um conceito para explicar um fenômeno que buscava um sentimento de pertencimento a uma região, uma cultura, uma língua específica. Ele não foi único, foi utilizado de maneiras diferentes por diversos países para se conseguir aquilo que almejavam. No caso de países europeus, como a Inglaterra, ele tomou uma noção de nacionalismo imperialista, expansionista, onde os ingleses se viam como uma nação evoluída e com a missão de fazer outras nações serem evoluídas também, considerando qualquer oposição aos seus princípios como anticivilizatórios ou antiprogressistas. Em países como o Brasil, tomou a figura de exaltação da honra de seu governo nacional e soberania, se protegendo de qualquer intervenção internacional, sob o argumento de proteção da nação.
5. 
Se tratando da história, é necessário que se conheça os processos históricos, bem como os agentes desses processos. A Questão Christie foi uma tensão diplomática entre Brasil e Inglaterra que quase culminou em uma guerra armada; existem personagens históricos importantes que devem ser lembrados nesse contexto.
Quem são esses personagens e como atuaram no período?
Resposta correta.
E. 
William Dougal Christie foi o embaixador inglês no Brasil durante o ocorrido, mediando todas as questões do império inglês, fiel à política externa imperialista da Inglaterra. João Batista Calógeras, figura pouco lembrada, mas de muita importância, mediou grande parte da tensão diretamente com Christie.
William Dougal Christie foi o embaixador inglês no Brasil durante todo o período em que ocorreu a Questão Christie, mediando todas as questões do império inglês. Fiel à política externa imperialista da Inglaterra, foi considerado pelos brasileiros diversas vezes como intransigente e não apto para desempenhar o trabalho de mediação entre os países e, após a Questão Christie, que teve esse nome por causa dele, perdeu o apoio até mesmo na Inglaterra, precisando abandonar seu cargo no Brasil. João Batista Calógeras, figura

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