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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÁO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS A VALORAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS: Um Instrumento de Gerenciamento Ambiental no Ceará MARLUCE DE VASCONCELOS PAIVA FORTALEZA, AGOSTO, 1999 A VA.I-ORAi"ÃO- 0~~D.~!'.CURSOS PiDRJYCOS Ill inrtrturvitn e s r de Gereneia~nents~ ~m~►~en . ~ai na; ~ . a^: ea.9a MARLIICE DE VASCONCELOS PAIVA Orientador : RAFvMCNLO EDUARDO S ~ 3 , v r,iRA FON TENE.;LE Monografia apresentada à Faculdade de Economia, Administração, Atuaria, Contabilidade e Secretaiiado, p-ar a obt=ençao do grau de Bacharel em Economia. FORTALEZA - CE 1999 Esta monografia foi submetida ã. Coordenação do Curso de Ciências Econ mïcas, corno parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Bacharel em Economia, outorgado pela Universidade Federal do Ceara - UFC e encontra-se á disposição dos interessados {ia Biblioteca. da referida E iniversidade. A citação de qualquer trecho desta monografia ë permitida, desde que feita de acordo com as normas de ética cientifica. Ma.rhice de Vasconcelos Paiva. Média. Raimundo Eduardo Silveira Fontenele Nota Orientador S/ D Francisco de Assis Soares Nota Membro da Banca Examinadora Sandra Maria. dos Santos Membro da LCimLGi Examinadora S ! i~l̀~i"Ì~S`~r 0. aprovai~ü: ern- l f Uli aigostG e 1J7e. Nota AGRADECIMENTOS A DEUS, que me deu vida e sabedoria, e que me deu forças para continuar a busca pela realização de meus objetivos, e de realiza-los. Aos meus pais, José Joaquim e Maria Auxiliadora que sempre estiveram ao meu lado, e não mediram esforços para que esse sonho fosse realizado. Ao professor Eduardo Fontenele pela paciência e sugestão dadas para a realização dessa monografia. Aos professores Chico Soares e Sandra Maria pela contribuição a esta monografia. Às minhas amigas Ingrid, Tânia e Jucilene pelo companheirismo e incentivo durante o curso, e realização deste trabalho. E aos demais, que de alguma forma contribuíram na elaboração desta monografia. SUMÁRIO AGRADECIMENTOS SUMÁRIO RESUMO INTRODUÇÃO 2 01- A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS PARA UM DESENVOLVIMETO SUSTENTÁVEL 1.1 - O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUS 'I NTÁVEL 5 1.2 - ASPECTOS ECONÔMICOS DOS RECURSOS HÍDRICOS 7 1.3 - RECURSOS HIDRICOS NO BRASIL 17 02 - OS RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO DO CEARÁ 2.1 - CENÁRIO DA REALIDADE HIDRICA NO CEARÁ 21 2.2 - ASPECTOS JURÍDICOS DA GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO CEARÁ 24 2.3 - RECURSOS H DRICOS: GERENCIAMENTO PARTICIPATIVO INTEGRADO E DESCENTRALIZADO 27 03 - A COBRANÇA PELA UTILIZAÇÃO DA ÁGUA BRUTA NO CEARÁ: O CASO ESPECIFICO DO RIO JAGUARIBE 3.1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 30 3.2 - VALORAÇÃO DA ÁGUA BRUTA NA BACIA DO RIO JAGUARIBE 32 3.3 - DADOS OBTIDOS 35 CONCLUSÃO 39 BIBLIOGRAFIA 41 III V VI RESUMO Neste trabalho mostra a importância dos recursos hídricos para o desenvolvimento econômico e para a vida como um todo. Como todo recurso natural, os recursos hídricos sempre foram considerados um bem livre e fácil acesso, o que acarretou o seu uso indiscriminadamente. Porém, esse pensamento não mais condiz com a nova visão dos recursos naturais, principalmente dos recursos hídricos, que vêm sendo considerado um bem finito que desempenha importante papel no processo de desenvolvimento econômico e social. Assim, a partir do momento que impõe custos crescentes para a sua obtenção, tornou-se um bem econômico de valor. Dentro da visão do desenvolvimento sustentável, que diz, as gerações atuais podem satisfazer sua necessidades, sem comprometer a satisfação das gerações futuras, que o gerenciamento dos recursos hidricos é importante, principalmente no Ceará que sofre com a escassez desse recurso. Assim, dentro desse pensamento, que a valoração pelo uso da água pode ser usado como um instrumento capaz de alcançar uma maior eficiência econômica no uso de tal recurso natural. Para a determinação do valor a ser cobrado por cada m3 de água consumida, habitualmente é utilizado duas metodologias, a do valor econômico da água, que tenta encontrar esse valor através do conhecimento da disposição a pagar do usuário por cada m3 de água utilizada, e a segunda é a do custo de oferta da água, que procura determinar o valor através do conhecimento do custo com investimentos, operação e manutenção das obras de estruturas hídricas. _=a~~~ í FU ~ ~+► i ._:`®~~~ .~ Li WgüÚ. V üiil bem essencial iJ(J.iÚ. V deúbiivVlvillilliltV VV1111vi11iVv e Ú vida na terra, r~ ~ ~ ta ~ £r,- .~-e~-~ • ~,-,. - rr-~,-~~f;-af- ~ ~~ üJSllJl y 1LVVeSSCLLIV Úlll gV1be11V f 111V LV ULL~I Ú[1LiV UVJJV 17V111, ~~106 ljÜ4 CL~ ,~V1G.YVVJ lüulüa7 CLV i sofram lil jii lvúc~ií~ desse recurso iitii.Lii Gi. 701LCL11LV, !' ç111 Sa.+ VV11SV1114CL11Ú0 e governamentais a iiVVV.7J1ÜC~l~iV ÜV um gLit,liVlG.lilVlito dos iLVLLrsVJ liaiiVVJ, lr.iLVilLil! Ulr uma visão de Úl,JLllvVivi iViiLil Sriti±erilave1. ~r~rT$/.'~~r~i~ -' tart a- - ~r~-+r-rr de ~~T•-rJ-a e-a~/T~y~-H ~-}- ¢3 que lÌ4JGlLYVLYLII f. L ~. G ~ ILLV J(R~,}LGtLLLLYCeG G LLIILtR GUL! iRLG~Lt.E I.LC~JGIL~G•VL { YLILL~I f L } LV lrLt.LrEG~(.L de forma conveniente todos os ativas; recursos naturals, e recursos humanos, anI5, ~t-t1- +L v .J .fE£vË ~ t ft_^ wL:sLFvr, para Eiv %í„.i Y íaf ! a • T 7 Desenvolvimento 3 f2 i Ey%icZ%i IiVÌÌLV ~~ }EEvcE.i" i,%~ VV.!, v.3 'c' ivïEgL prazo. LGJGrLY(ILVLÌ/LG%LLV a)EEa3[L/ úVtiL t..Vr%LV VNGL4VV refeita _pVLLLLLt2.) G prL.LELi+trGJ 11LLG matrLe/LrLLL%/L os padrões K EJ vida, alcançadas ~CLa depredação da base p!V22T v{, L • ILI.L(2LiLtÃV VJ I-1.I+LEI r1~J [F4tLuT 4LL s-, titre- tÃGLra- ~ ~GÌ t2YVaGJ •TL4LLL( as coin perspectivas c;ïpi iLv`i i r ~ í v t :¡ i ~ T i , i ic 7 ï ~ L v C j ri e corn maiores úioicï vi rv do que a nossa v::ú prvY; i •i- gC%Eçãv dpl ívVlv1rev¢V ãiJieiCüvVl üqte2V l[le satisfaz }}W14ã as necessidades ü a ~ geração atual, sem comprometer a sátÍsïaE3 dasE~~~i gerações futuras_r. nesse contexto -que o ox.Yr ~.r : . . .(~/~ deve baseado, principalmente • ~~~%'+~+ i[{.)~*Vail,~ dos recursos ii1t111VV~J üLV ~. ser ~J1t11V1~,lC~L~ill~iti{.l' em regiões onde a agua é de- come- r~ F„~~ ~.~.~ ~~.~-.~. t-~ estadia-d6- - -4- .}~ bem EL'rllliyy V1~N11~CLllT VV111V & LV~iUV 1\`Ìlü1'JLV de; ara-s-- üJii, ~i~̀J.~JVViü1111V111t+ V ÜV~Ã.lµ que tem quase 90% de seu território numa área LJLiiii'GÌ.ri(,l[L, e sofre pela escassez aesJ:, recurso natural. v desse c-oiï~.~:nLV ii~áeIivEilviiiieiÌtír si.ir`ì%eiiavei, 6, necessário iliria politiza eficiente de geieiiciiLiilen¢Lti3-- dos recursos hídricos, pois _wino todo recurso natural os recursos 2 cc • Ì1ÌuÌ LvvS ivi amCfiiiãidei-aiÏáïs ú'ií7 ÚM ii v7~ , e, como- tal úiiiiZ'?i.úv ,sem G"i iLi.riv algum. Pcrém, esse pensamento vem mudando, pois a água é um recurso limitado, um bem ecoriaiiiicCì e, coma- tai, dotT"aCiii dC Ja~Or Dai surge-a- necessidade de valorar a uso- da água, p wém- não e--ulria$._ tar efaa_aci , pis se trata ~ºy-~-- de um recurso escasso, e utilizado para diferentes usos, e com diferentes v alorações su. eti - variados iadVs custas de opuitunidade& Habitualmente são utilizadas duas metodologias para determinar quanta o usuário devera pft.~.`Rr por cada - In,3 ele-ã¢tia- errtcrrtrridff -que--sáez:_ a-do valor eeQnõmïea - que- procura a QfretérreiA ecortQmrca através din-conheciinerttº da disposição a pagar de cada usuário por -Mü de awl-a t.ii.il-Yia~ e a- ív custa dv oF---ta agua, qtãv -de tera%v valor ú'águá pela soma- dOs- e'i.ts~-v^s de investimentos, operação e manutenção ocorridas nas obras dos sistemas ilidricos. No Estado da Ceará. vem se desenvolvendo uma política de gererr^vr iuelTto- dos recursos hídricos, que tem corno base a Constituição Estadual, promulgadaen 1989, que no seu capitulo Ai, Wt JI8,117,320,324 e 325, trait usa; conservação- e- controle dos recursos hidiricos. Depo i s c~a prornulgaçáo foi definido a .trolitica. dias Águas rIo Ceará, através ria. Lei Estadual de Recursos Hidricos lti.°i I.J96 que tern como objetivos: iv- assegurar v d-eJeiÌvoiv`iii iiao-, áitstenta-do-e-eampati`v"el com a o á:ri.ai de-4w.; e assegurar a oferta i4 agua em quantidade e qualidade para as gerações Faturas; r t planejar e- C[~, iT~riii T~i~+`~jiaQú, fi`eúcvliLraiizciiía e- waivipcitívü, v uso múltiplo, controle, conservação, proteção epre."ier vaçao dos Recursos Hídricos. 1\lJ Ceara, ja- liAiJLl~iprimeiramente urna- 11LlVW de LCüllüeüV pY1V uso- da agua bruta 1 I para abastecimento humano e industrial, c. numa segunda etapa a cobrança. abrangerá os usuários i~o-agri`eoi`w na haeiµ d:: -~aguObe. I' i'O'i.`intí`T, este-trabalho-procura mostrar á importância Ct enciamento dos- recursos hídricos para o- eoenvOlviiliento siìsi-etita v et- do- Estado- do- Ceara. 4 No primeiro capitulo, :, abordado j:ireviaiiiente o conceito de desenvolvimento sustentaver, as características .ici água; aúsiíiY coma seus aspectos econômicos e um pefúvno histórico da gestão dos. recursos indricos no Brasil. ~ segunda c:apitttrr, fala_ soare- os rect.-nos i-.idricos no Estado do £eará, uma bruve Pisão da estrutura hídrica, os aspectos juridicos (Lei Estadual) e conto se dá a gestão de- seus recursos hidiicros. F n lm,llte-, liu ultimo : ü¡.zítuln - serd mas .gado tuun estuda que avalia o _valor da cobrança ¡hrr''~~dV pelo uso tal ¢ da_ água bruta na bacia do rio Jaguaribe, sendo em seguida apresentado as Vonc sões da-trabalho. - A relP -R TA~-_`~-rA DA-~~-~-~-.ÃODOS~~-~--~.lKS OS Hif_TRECOS_PARA Ukr DES ENVOLvNE TO stts-TE N TAM F I - COÉvCEIi° DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTA sfEL ~ C—problema ambiental ve~r_b~ cada vez mais ganhando espaço nas discussões sobre desenvolvimento, dai € s 3 y s'trgriü~.~iit ~v~~ U'v e=vnLv Fi~~Íivv1 v ] iteseri voi v f r~ieiii~T s'üJtenta v ei, ~.v abr ar~ge alenl das questões ecanolmZld~J, as questões ambientais e sociais. ~ crescente o tiivei de iiiforiitaçã0 e cOiiscietitizaVio sobre a importância dos recnrti{ìs naturais e o meio ambiente como fatores de produção, geração de b ib ei estar e de equilíbrio ecológico; isto- }}, vem se- con-solidando- a 1VVc3Jlµ(d4 de um planejamento regional, nacional e global da utilização racional dos recursos, condição sem aqÜai nenhuma sociedade alcançara padrão JiJtentCvel de desenvolvimento. (C1 VZL V,19I8) 1x Nesta visão, desenvolvimento 3Usteritavel apresenta três vertentes principais: crescimento econômico, equidade social e equilibria .ecol^ogicO. Esse modelo tem por base a gestão racional dos recursos e aprudência geYpnVial longo prazo, corn isso objetivando evitar imp-asses e custas ecológicos que- impactem LTa estrutura social e econômica. Portanto, d:.ve,se entender <,. sUSiidltabilliclade do desenvolvimento como um processo onde a eXí,iOraYâO - dos recursos naturais e materiais; o- de*s-erivTa-;rTm ntO teïnoi{3gicv, os investimentos financeiros e mudanças institumnais assumal.l um sentida de h armorlia e continuidade, para que as geraçves futuras- não sufi am nenhuma privação. Portanto, de acíïido corn a Comissão Mundial sobre Meia Ambiente e ~ Desenvolvimento- OWED), ‘desenvolvimento S'LimE.>íL"iáavd c' o desenvolvimento que satisfaz as necessidades SG>SJtdCdES HV presente sem comprometer as habilidades kVLLLLLNnJ N4S futuras gE niGJ de sat fazerem suas necessidades", (PROJETO AR-DA S,1994). 6 Assim , a sustentabilidade do processo de desenvolvimento de um país, Região ou Estado está diretamente ligada ao conhecimento das potencialidades e limitações de seus recursos naturais, humanos e econômicos. É através do conhecimento desses recursos e de sua utilização racional, que se podem fundamentar programas de desenvolvimento econômico e de melhoria social. No caso particular da água. "sendo a água um recurso natural que contribui para o desenvolvimento econômico e o bem-estar social, uma política racional dos recursos hídricos não deve se abster da idéia de que a água tem funções econômicas e apresenta cada vez mais valor econômico ". (FON'I'ENELE, 1999, P.2) Portanto, na perspectiva de desenvolvimento sustentável, que tem como idéia principal a continuidade dos resultados, isto é, uma visão de longo prazo, é preciso um novo direcionamento no tratamento dos recursos hídricos, que leve em conta segundo FONI'hNELE (1999, p.2;3) dois aspectos: • "Em meio ã progressiva escassez dos recursos hídricos, a existência de estoques suficientes para atender a demanda futura não se dará sem que haja uma mudança nos padrões de consumo atualmente observados." • "...desenvolvimento sustentável deve levar em conta a necessidade de gerenciamento dos recursos naturais dentro do critério de eficiência e equidade, o que supõe inclusive o estabelecimento de novos preços relativos que possam refletir essas preocupações." Portanto, desenvolvimento sustentável é, além de uma questão puramente econômica, mas também social e ambiental, uma dimensão política e cultural. 7 1.2 - ASPECTOS ECONÔMICOS DOS RECURSOS HÍDRICOS A economia só começou a analisar a questão ambiental nos anos recentes, quando a poluição ambiental se agravou e quando os custos de despoluição começaram a assumir valores significativos. Os recursos hídricos, como qualquer outro recurso natural, sempre foram considerados um recurso abundante e um bem livre, o que levou por parte da humanidade a sua utilização indiscriminada, e a sua apropriação socialmente indevida, acarretando prejuízos para a população no momento que ocorreu a disseminação da poluição e degradação desse recurso natural. Portanto, deve-se considerar os recursos hídricos como um bem finito que desempenha importante papel no processo de desenvolvimento econômico e social, e considerar a hipótese de sua escassez e a limitação de sua utilização pelas gerações futuras. Assim, a partir do momento que impõe custos crescentes para a sua obtenção, tornou-se um bem econômico de valor. Sendo esse recurso natural reconhecido como um bem econômico e, como tal, cotado de valor econômico, é possível a cobrança pelo seu uso. A água como bem econômico possui um valor de uso e um valor de troca. O seu valor de uso tem como característica principal a sua variabilidade, isto é, dependente da utilidade ou satisfação que os diversos usuários atribuem á água. Por outro lado, seu valor de troca depende das condições de oferta e demanda no qual é regulada por preços. Atribuir um valor a água não é tão fácil, pois se trata de um recurso escasso, e utilizado para diferentes usos, com diferentes valorações subjetivas e variados custos de oportunidades. "... A doutrina clássica defende a idéia de que o valor real de um bem depende da quantidade de trabalho utilizada para produzi-lo, mas que, para efeito de troca, o seu preço deve refletir a relação que existe entre a oferta e a demanda desse bem. A doutrina marxista, por sua vez, modifica a teoria clássica do valor-trabalho, introduzindo o tempo de trabalho "socialmente" necessário à produção do bem. A doutrina neoclássica reflete a tendência dos clássicos e socialistas em utilizar o trabalho como índice de valor para a água, mas ressalta a primazia de elementos subjetivos, como por exemplo, o grau de preferência que os usuários têm pela água, bem como sua presença fisica e o seu custo de oportunidade. Isto é, o valor da água está fundamentado na apreciação subjetiva que cada usuário faça da água, e se materializa em um preço, através do equilíbrio entre oferta e demanda. Assim, quanto mais escassa for a água e quanto maior for a sua valoração subjetiva para os vários usuários, maior será o seu preto e vice-versa.Em outras palavras, é o livre jogo entre oferta e demanda emanado do mercado, que determina o valor da água." (FERNANDES, 1997) Existe um problema principal ao se determinar um valor a água, é que se cada usuário decidir por si só a quantidade de água que deverá consumir, gerará um padrão de consumo ineficiente de Pareto, isto é, a sua decisão de consumo afetará o consumo de outros usuários. Um padrão eficiente de Pareto (ou ótimo de Pareto), ocorre quando é possível melhorar a situação de algum usuário sem piorar a situação de qualquer outro usuário. Em outras palavras, há um £feito externo ( ou simplesmente externalidade) no consumo de água dos demais usuários, que não é levado em consideração nas decisões individuais de consumo. Então, para uma maior alocação eficiente da água deve-se cobrar pelo seu uso, de modo a induzir cada usuário a internalisar esse custo nas suas decisões de consumo ou produção. Segundo MOTTA, a cobrança da água é um preço sobre o uso da água, e conforme a visão econômica, essa cobrança deve atentar para dois objetivos: o de financiamento da gestão de recursos hidricos e o de redução das externalidades ambientais negativas. 8 9 A cobrança pelo uso da água é necessária para corrigir o problema da falta de informações confiáveis por parte dos usuários, pois quando estes não revelam seus verdadeiros beneficios que a utilização da água lhes proporcionam, o consumo de água dos outros usuários ficam prejudicados. Assim, essa cobrança seria importante para o financiamento da gestão e provisão dos recursos hidricos. Para se obter os preços ótimos para financiamento, observa-se que o custo de um aumento de consumo pode ser zero, isto é, Custo Marginal igual a zero (CMg = 0). Entretanto, existem custos fixos que mantém o serviço de produção do recurso, como pode-se citar no caso dos recursos hidricos os custos de gestão e obras de manutenção. Assim, a cobrança seria um meio de controlar a redução da provisão do bem, gerada pela exclusão de vários usuários com benefícios marginais positivos. No gráfico 1, o nível ótimo de provisão do recurso é dado áquele em que, o custo marginal da provisão (CPmg) é igual ao somatório beneficios marginais dos usuários (Bmg = Blmg + Portanto, pode-se observar que o custo social é igual ao beneficio social, indicado pelo ponto Q* determinando o nível ótimo de consumo. O beneficio seria fornecido pela taxa marginal de substituição do consumo de água por outro bem, isto é, o quanta vale a água em relação a outros bens da economia consumidos pelo usuário, revelando assim a disposição a pagar de cada usuário pelo utilização da água. Já o consumo da água para os usuários produtores (firmas) é um insumo da função de produção. E para o usuários consumidores diretos (famílias), o consumo é direto da função de utilidade de um indivíduo. Exemplificando, um usuário produtor de um determinado bem z possui uma função de produção F e preço pzt a cobrança (Ciei) seria revelada pelo valor da produtividade marginal da água como insumo (A) para o usuário i da seguinte forma: Clqi=pz ÓF/aA (1) io Já para os usuários diretos, Ciqi pode ser expressa como uma perda de utilidade (U) por decréscimo do consumo direto do bem para o usuário i que reflete sua disposição marginal a pagar (DAP), que seria uma medida do ganho de bem-estar pelo uso da água, tal que: C,q,=óU/aA= DAP Nível Ótimo de Consumo de um Bem Público (2) 1 Conforme MOTTA, deve ser destacadas algumas limitações no caso da água. Conflito setorial: geralmente a indústria e a agricultura apresentam elasticidades-preço maiores do que os usuários urbanos devido ás opções tecnológicas de suas funções de produção. Nesses casos, com o uso da regra de preços públicos, os preços da cobrança de consumo urbano serão superiores aos do que de outros usuários, criando-se assim uma fonte de conflito setorial. Interligação entre bacias (sub-bacias ou trechos): quase sempre o consumo de um usuário numa sub-bacia afeta o de outros em outra bacia, sub-bacia ou trecho. Assim, os preços em vigor em uma bacia que definem o seu nível local ótimo podem afetar outro nível ótimo local. Logo a cobrança do usuário i, nesses casos, teria que ser relativa a todas as bacias (sub-bacias ou trechos) j da seguinte forma: C3qi qi_j C291 (4) 11 onde q representa a matriz de coeficientes de consumo de água da bacia j pelo usuário i. Note que q pode ser associado tanto ao uso quantitativo de um usuário no uso de outros, quanto ao impacto da sua poluição na qualidade ambiental no consumo dos outros. Mapear essa matriz requer amplo conhecimento sobre o balanço hidrológico das bacias que nem sempre é preciso. Medição do consumo: o custo marginal de medição de consumo (ou das emissões de efluentes) pode ser extremamente alto que não compense a receita adicional gerada. Nesses casos seria melhor utilizar aproximações de consumo, mesmo que subestimadas. Existe quase que uma impossibilidade técnica de medição para a agricultura ou tomadas diretas de água bruta de grandes firmas. Todavia, estimativas parametrizadas são possíveis mediante dados de produção/receita, embora seja uma forma imprecisa de medição. De qualquer forma, tal procedimento requer um sistema de gestão capacitado para isso. Racionamento: a disponibilidade hídrica é estocástica, isto é, está associada a uma função probabilística, ou seja, em certos períodos, mesmo com uma receita adequada e sem caronistas, a disponibilidade de água pode requerer um racionamento por motivos puramente hidrológicos. Nesses casos, novamente o uso da água por um usuário exclui o uso por outro e, portanto, gera uma externalidade negativa. A precificação pela regra de preços públicos não é possível, nesses casos, dado que a solução de oferta de água independe do nível de receitas, porquanto que no curto prazo não haveria como disponibilizar mais água. Note que uma gestão de oferta que mantém o consumo suficientemente abaixo da disponibilidade máxima para não enfrentar esse racionamento periódico, estaria realizando uma alocação não-ótima, pois por vários períodos de não-racionamento usuários com beneficios positivos seriam excluídos.' Assim, a alocação ótima da água por precificação da água é de dificil implementação sob a ótica da eficiência econômica. A cobrança pelo uso da água também tem como objetivo controlar as externalidades ambientais negativas, que não internalizadas nas funções de produção e consumo dos usuários. Isso gera uma ineficiência econ6mica, isto é, devido essa falha de mercado o custo privado não Equivale a dizer matematicamente que o ponto de congestionamento tem que ser atingido para haver otimização. 12 coincidirá com o custo social. Quando ocorre externalidades negativas a utilização do recurso é subótima, pois a não internalização dos custos eleva o nível de utilização além do nível onde as externalidades são internalizadas. Sem externalidades, o custo privado marginal é igual a do custo marginal social na produção. Podemos exemplificar da seguinte forma: a produção de um bem X em certa bacia tem uma função de custo privado Cmg(q) e os benefícios marginais sociais desta produção, lucro e satisfação no consumo, é definida pela função de Bmg(q). podemos observar isto no Gráfico 2, onde o equilíbrio de mercado se dar no ponto Q*, (Cmg(q) =Bmg(q)). Com externalidades, podemos ver que o custo social incorpora os danos ambientais, representado pela função Dmg(q) onde o valor marginal dos danos cresce quando varia a quantidade produzida. Se agregado o Cmg(q) com o Dmg(q) obtém-se uma funçaõ do custo social margina CSmg(q), e um novo equilíbrio pode ser observado no Gráfico 2, em Q** < Q*. Gráfico 2 Nível Õtimo da Poluição CSmg = Cmg + Dmg GIP Q.. QS Q Quando internalizamos as externalidades, o próprio mercado chega a um novo equilíbrio, com danos ambientaismenores, confoiine observado no Gráfico2 pela diminuição da área de CSmg(q), onde Q** é menor que Q*. 13 Assim, o preço ótimo da poluição que é cobrado pela emissão gerada por q, pode ser obtida através da seguinte expressão: Clp = aDmg(g) / Oq (5) "Logo a cobrança em termos de eficiência econômica da expressão (5), determinaria uma quantidade de produção do bem X em Q * * que, por sua vez, dada uma função de geração de poluição Rmg(q), que associa quantidade produzida de X á poluição gerada, identtficaria um nível ótimo de poluição equivalente a Rmg(Q * *), ou seja, um nível de poluição, alcançado pelo próprio mercado, para o qual os benefícios marginais da produção igualam-se aos custos ambientais da poluição." (MOTTA,1999) Porém, existe uma dificuldade de conhecimento das relações de impactos entre atividade econômica e a crescente perda da qualidade ambiental e o quanto verdadeiramente os usuários estariam dispostos a pagar por essa falta de qualidade, impossibilitando a real determinação de Dmg(q) para cada tio de poluição, e, consequentemente, de Clp , pois Dmg(q) é estimada para cada sub-bacia, que tem a capacidade assimilação e concentração de cargas de efluentes diferentes. Entretanto, quando se verifica a definição de desenvolvimento sustentável, a dotação da teoria das preferências individuais não é muito eficiente na medida em que nem todo usuário estaria disposto a revelar sua verdadeira preferência, dificultando até distinção das "preferências subjetivas"2 e " preferências éticas"3. Em relação as "preferências subjetivas", corre-se o risco do usuário não estar disposto a revelar sua verdadeira preferência, com o intuito de ganhar vantagem em relação aos outros usuários. Com relação as "preferências éticas", é necessário levar em consideração as mudanças culturais, se seriam compensadas pela melhoria do bem estar da sociedade como todo. 2 Preferência subjetiva é a que determina a preferência individual. 3 Preferência ética são as preferências expressas pelos indivíduos em função de considerações pessoais e interpessoais. 14 Assim, metodologicamente são utilizadas duas abordagens para saber quanto o usuário deveria pagar por cada m3 de água utilizada: a do valor econômico, que é baseada na teoria neoclássica, e a do custo de oferta da água, onde o valor da água é determinada pelo custo de oferta, isto é, o valor correspondente ao montante de recursos arrecadados que pei inita a recuperação dos investimentos e o financiamento das novas obras do sistema hídrico. " Na primeira abordagem, cujo interesse precípuo e o estabelecimento do valor da água para garantir a promoção de eficiência econômica e ambiental, pode-se identificar diversas técnicas alternativas de cálculo. Em última instância, busca-se estabelecer o preço da água que permite atingir a eficiência na alocação dos recursos públicos, o que seria possível através da maximização da função de bem-estar social" (FONTENELE&ARAÚJO, 1999) Segundo RIBEIRO (1999), utilizando-se da primeira ótica, que busca a eficiência econômica no uso da água, a valoração da água pode ser obtida através das seguintes metodologias: • Custo de Oportunidade - O valor da água é igual ao beneficio do seu uso na melhor alternativa existente sob a ótica econômica, e que não é suprimida devido ao esgotamento do recurso. Como exemplo, podemos citar o caso da valoração da água pelos irrigantes, isto é, o ganho adicional que tais irrigantes obteriam ao irrigar suas lavouras com água do manacial, o que corresponderia a renda (ou quase renda) da terra irrigada em relação â, terra em sequeiro, sendo apropriada pelos donos de suas terras. Pode-se citar o trabalho de FERNANDEZ (1997) para as bacias do Alto Paraguaçu e Itapicuru no Estado da Bahia. • Custo de Mercado - Nessa metodologia o valor da água é estabelecido através de um mercado de livre negociação, onde seu preço deve ser fixado automaticamente pelas leis de mercado. Assim, teoricamente o usuário busca a eficiência econômica no uso da água, através da aquisição do direito de uso de outro que faça com menor eficiência. Porém, em função da necessidade de se estabelecer critérios sociais e ambientais, é necessário a adoção de mecanismos como subsídios e regulamentação no valor da água. • Método de Valoração Contingente - Este outro método procura determinar uma curva de demanda através de informações dos usuários, obtidas por meio de entrevistas, da disposição de pagamento pelo uso do recurso água. Porém, esta metodologia é altamente criticada quanto ao problema da confiabilidade das valorações obtidas através de entrevistas que simulam mercados hipotéticos, que é a limitação de infollnação por parte dos usuários, dos reais beneficios e custos pelo uso de serviços naturais e ambientais. • Método do Custo de Viagem - Se obtém uma curva de demanda para um bem natural através da derivação de informações sobre os gastos que indivíduos arcam na visitação de lugares com atrativos para o lazer ( parques, sítios ecológicos). Portanto, procura-se medir o valor da água para fins de avaliação dos beneficios associados ao uso de recursos hídricos para atividades recreativas e turísticas. A segunda metodologia, a do custo de oferta de água, tenta determinar uma arrecadação que recupere ou financie os investimentos nos sistemas de oferta de água. Essa metodologia, que pode servir como base para uma política tarifária, é mostrada através da seguinte abordagem: 15 • Custo Incremental Médio de Oferta - O valor da água é determinada pela soma dos custos de investimentos, operação e manutenção das obras necessárias ao incremento da oferta de água ( transformada em anuidade) dividido pela soma das vazões a serem regularizadas pelas respectivas obras. Esta referência tem sido considerada capaz de induzir a eficiência econômica, eventualmente, a ambiental, por fazer incidir no usuário os custos marginais de expansão da oferta de água. (RIBEIRO, 1999) 16 17 +G 6=ifi 'é7 =~Ez ~F~i3 ~i ir <£~ ~ tfr~ _i irc_~c ~~r7 ;.rirc¡i~ -fY~ r~~Aslt A água é um bem econômico essencial para o desenvolvimento de qualquer país. No Brasil- ela tem sido de pxndar ental- importância, pois de toda energia elétrica do pais, provém de hidrelétricas. c ,~1;, ~ O Brasil tem a priviiégio de dispor de 611- km3 /ano de deflúvio de água, o que representa 13% dos deflúvios dos rios do mundo. Tendo uma disponibilidade média, com base populacional de-1991, de 3gÚ0€1 nr'/ nte_ Porém, esta água não se encontra igualmente distribuída por todo país. Cerca de 80% de Seus recursos hídricos ocorrem em regiões ocupadas por apenas 5% de sua população, isto é, para atender as necessidades de 95% de seus habitantes, ficam disponíveis somente 20% do total da água do país. 'T A TvET ,A i Disponibilidade e Estimativa de Consumo Hídrico no Brasil , Regiáo _ Disponibilidade _ (m3/s) (1) ^ 7 Consumo Balanço (%) (211). _ Urbano _ T.riciüctriaL Irri•a;áo Total re/-s%* 1113jS %* Mats %* - J113/Si-1l Nerte. 121,847 - 9,3" - 58,1-- - 4,0 - 25,4 2,7 16,9 ~ 16,0- 0,01 Nordeste 5,900 42,9 ` 17,3 31,6 12,8 ~ 173,2 69,9 247,7 4,20 Cent-a-eeSt: - - 27,842 - 16;1- 5,8--_- 12,5 24,6 52,4 46;5 0,17 34;6-- Sudeste - 10,589 144,7 29;3 -148,3 30,fl 201,6 40,8 4 4{ 4fi7 - Sul - 11,57$ - 42,0- 1-1-,9- - 25,4 7,2 284,8 80,9 352,5 _ 5,04 Brasil 177,757 255,I i'c,_i 215,11 18,6 _ 686,9 59,4 1157,0 - 0,65 FONTE= BART:=: = T(1441): Asxc:os ambieat Ss da 22ãtác dos recursos ydricos. ibsídiot ico pars, daborac o> do Relatório Nacional do B sail pars a f rada das lday-_3 tinidas sobre o Meio Ambientoorlecmtmivimm ta,INICEl 9Z,mimea *T noo.11.poo sobinis toinlirrass.wi ni era região. - Observa-se primeiramente, na TABELA 1, um relação direta entre o nível de desenvolvimento da região e o total de consumo, pois 73,2% doconsumo nacional se concentra nas regiões sudeste e sul, que- possuem uma maior concentração industrial. A tabela também i. 10 10 demostra que 59,4% do consumo nacional é destinado à irrigação, sendo que as regiões nordeste e sul os percentuais atingem-, respectivamente; 69,9% e 80,9%. Portanto, a crise da água, no Brasil , não é decorrente somente de problemas fisico - cli iátic , é resultante tambénr da falta de aiu sistema eficiente de gerenciamento dos seps recursos hídricos, mesmo na região Nordeste, que possui quase 1/3 da população do país e dispõe apenas de 3,3% dos recursos líctricos do pis. Nosso modelo de desenvolvimento não respeita as vulnerabilidades e limitações dos recursos hídricos. Chega-se a estimular crescimento em áreas onde a escassez de água ,¡á se evidencia, seja pela Quantidade ou pela qualidade, e cuja degradação ocorre seja pelo lançamento deliberado ou tolerado de esgotos domésticos e industriais não tratados; uso e ocupação inadequada do meio fisico e outras intervenções impactantes_ Persiste, ainda, a falta de sintonia entre os promotores do desenvolvimento econômico e os responsáveis pela administração dos recursos naturais e da proteção do meio ambiente, especialmente a água. Assim, o país deve dispor de um gerenciamento dos recursos hídricos, que coordenem e integrem os usos múltiplos de seus recursos hídricos. A gestão de recursos hídricos significa equacionar e resolver as questões de escassez relativa desse recurso. Do ponto de vista conceitual a gestão se configura a partir de pelo menos três dementas, básicos, (PROJETO ARI.HAS, 1994) 1 ❑ ❑Política de Recursos Hídricos - define os princípios, as diretrizes e os objetivos que se buscam alcançar. 20 UP lane'a ento dos Recursos Hídricos ~ ~- - precede a avaliação projetiva das demandas e das disponibilidades desse recurso e a sua alocação entre usos múltiplos, de forma a obter máximos beneficias sociais, além de equacionar os aspectos relativos a sua proteção e controle. 0 OAdministração dos Recursos Hidricos - define o conjunto de ações necessárias para tomar efetivo o planejamento, com os devidos portes técnicos, administrativos e jurídicos. A política de recursos hídricos é um conjunto de dispositivos legais, normas, diretrizes e demais instrumentos que formulam objetivos, delineiam e orientam a atuação de uma ou mais entidades no sentido do alcançar esses objetivos. Deve-se ressaltar algumas conclusões importantes, como as seguintes e Cr problema crucial, da água no Brasil, em geral, e na região Nordeste, pm particular, é o estabelecimento de um sistema eficiente e integrado de gerenciamento; • Esse sistema deveria desenvolver quatro linhas de ação, complementares e interdependentes; gerencia:nento de bacias hidrográficas; gerenciamento de secas e inundações; gerencianrento hidro-ambientai; e gereticiamento de águas subterrâneas; • 0 gerenciamento deve ser proativo, isto é, antecipar-se à existência do problema e procurar evitá-lo ou neutralizá-lo e não simplesmente ser reativo, ou seja, realizar-se apenas depois que se verificou a ocorrência do problema e seus efeitos; O problema da água de uma determinada região não pode se restringir ao balanço entre a oferta e demanda ou uvna visão unisetoria. Deve abranger as relações geo-ambientais e s©cio-culturais de modo a assegurar qualidade de vida, desenvolvimento sustentávei corn a conseqüente reserva de seu capital ecológica. Portanto, a viabilidade de determinada alternativa de uso de água disponível compreende análise em termos econômico-financeiros dos níveis de produtividade eíou de competitividade mundial que deverão ser alcançados. Conforme a Constituição Federal de 1988, ficou estabelecido que é de competência comum da j,nizo, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, registrar, acompanhar e Lk) fiscalizar Wv coneessões1G direitos de pesquisa e exploração aG recursos ìúa ai v zJ em Je Ú territórios.:~.Lei complementar fixará normas para cooperação entre União v os Estados, o i. . , . . desenvolvimento - - ais'tritíJ Federal e , ~., Ú g â t filiiíli('.ipiv.~i, ti.iiC~iJ Gill vista o equilíbrio do e do Üï.Iii estar ei~=i 'sïl~it[lit~~14o[~i~k~S~IF`iÏ-~LL 23, -Xte--t'rg_ úniC`io i. aa. i..Tnili.ii, pertence as aguas qa-:.̀...sa..a... vui tCiiati.Ìs tie sea aenlinios, ou que banhem mais de um i~~ado ou Pais, também as aguas represadas em reservatórios- por eia cons4ruida. Aos (~4 /¡n[ pertencem !~ superficiais ou ti~}.¿~ s~ 6 localizadas : - '-= • limites s ~y Estados ~LS águas Sli~VfllVf~fS S4LVtViíaalVCLV lLVii{i~ (1(.ÌS i1fS1i4VJ de seu i_eL"ntop0, de . ~y~_ foi Lei TN' ^ _ _ ~ define Politico Nacional _, Em Janeiro 17J f y promulgada a j f.i✓J t L(ÜG a 1 `í~alGa. LL ZtCFtJ1V~IQi úe Recursos iliLlrico s e institui ^v sistema Nacional de íìeielïcianlente dos Recursos hídricos). A essa politico, que busca assegurar o desenvolvimento sustentável e assegurar r5 (~ ~{^(~}~ c.~y~ tem /~}i~ base 'r3 politico ~~ í"jLliG.~+LÌLS aos nossos problemas, {.Lill como VaJV de i.JV lGitlW 4.tV recursos hídricos us seguintes itens: e A água G um um aG Ltofiiiiiio ¿3L€t3iiGo, g i a# a 6. um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; * Em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos iiiL:iiL,iiJ e o consumo humano e a dessedentação animal; ! _ A~estao aos recuisos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo da aguos; • estão dos recursos l7iÜricCis deve ser descentralizada e contar ct;n2 a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades; O. ii fir da gestão de recursos hídricos com --estão ambiental.t7 a ~~.~ta€~ Alguns Estados instituíram os seus sistemas estaduais de gerervia.meiiio, com pe. i;ea própria, e = com pianos estaduais ' ~ :. ~ corno estado ~~, ii i 1 até ~la. vJ Jtá.üü~. de recursos i3 ~tïi~%vJz exemplo o v 21 OS REcUR SàS I CIREC OS NG ESTADO STADO DO CEARA 2.1 - c.~~®RÍO DA REALIDADEA3 :RICd NO CEARA A água é uni recurso natural indispensável ao desenvolvimento de urda região, no Ceará, que tem mais de 90% de seu território encravado rio semi-árido, isto é, numa região caracterizada pela distribuição irregular das chuvas tanto no espaço corno no tempo, ou seja, as chuvas são variáveis e diferentemente distribuídas nas várias regiões a cada inverno, assira a água assume uma importância ainda maior, pois eia se torna mais escassa e por isso é preciso usá-Ia bem. Esse recurso natural sempre foi tratado como recurso ilimitado} ora como bçm publico ora privado, mas sempre disponível e gratuito, sendo utilizado sem qualquer critério de planejamento, impossibilitando a potencialização de sua capacidade de gerar vida e renda. ~`- preciso -considerar , i gu Yl2 R -caïaFteCLStir:~ s nan wars, sócia-ecn_~nnt r ao e culturais, quando se busca uma estratégia de atuação que garanta a gestão integrada, descentralizada e participativa dos recursos húdricos, corno as seguintes: ( tSt;iRJ'JZLI, 1998) e a água como elemento essencial à vida humana, vegetal e animal, mas escasso e limitado em quase todo o Estado; e a realidade de urna região semi-árida, onde não existem rios perenes, e a garantia de água para o ano todo, só é possível corn a intervenção do homem sobre a natureza, através da construção de obras hídricas; e a prática histórica da intervenção governamental no nordeste caracterizada pela realização de obras hídricas pontuais, desvinculadas de um processo de desenvolvimento integrado para uma deter minada área, que resultou na privatização de muitas destas obras; 22 17 J • o paternalismo que tem caracterizado as intervenções mais estam uturadas dos perímetros públicos de irrigação e que levaram a dependência quase que total dos irrigantes Qm relação aos órgão governamentais; a a força du componente cultural que concede que as fontes de água,riachps, cachoeiras e até rios perenizados que existem ou passam por terras particulares são também particulares e portanto disponíveis para Qualquer forma de uso, sem nenhum controle público; • a dependência histórica da população em relação ao Estado, para atendimento, quer seja para abastecimento de água nos períodos emergências de seca ou como construtor de infra- estrutura hidrica a " custo zero" em propriedades privadas. Portanto, +~t-:.,+ ̂determinantes rn ..d .~ 1 V1ï.aipitOy estas características são para evidenciar as par~ie,li aritlaátG3 do processo de: organização dos usuários de agua no icara. Estes traços culturais que refletem uma pra:tica econômica„ politica c social giic sempre existiu em relação aos recursos hídricos L. que terá que ser revertido, através de um processo participativo de organização dos usuários de agua} Clue se torna fundamental para a compreensão da agua como bem econômico essencial ao processo de desenvolvimento sustentavel. A realidade natural da região, que possui chuva:; muito irregulares, necessita da ~ intervenção do homem na natureza, controlando o seu uso dos recursos hídricos na terra através _ da construção de açudes, pci>.ú~ra áo dc poços„ i:Onstr tt rao de cai.ililbaS e cisternas. k e fura da.prátjc- de_ sex.omtruir açudes, c ho e o Ceará possui_ mais de_FLUO0 açudes de pequeno, médio e grande porte, tendo uma capacidade maxima de armazenamento de Asila tia ordem de 13 bilhões de m3 de água. (i E À,SRti, 1997, 2 edição`- TABELA 2 Reserva hídrica superficial em todo território do Ceara, os maiores açudes. Mu; pio Capacidade em rì3` Açudes Casta.rháo (*) Alto Santo Orós Orbs Anoja. Lisboa a.r'iáv 'iii) i3ánabuiú Paulo SaiaSate fArarasi Variota Pedra Branca Banabuii Pereira de Miranda- (Prteneostr) Petencoste General Sarnpaie- General Sanvaie- 6 bi[ii"oes- "? bilhões 1,7 bilhões á9-1 milhões 434 milhões 395 milhões 3-2 rnilhões_ ~4 Foe: Cear._S, Setreiaria dos Recursos Hid_r_«^•s_ O fS3Z::i:a'.-,n das >,'aas; irforma4$eç básicas sobro jerfnciamPtd9 dos recursos hid ricos, FortIIiCm, v ~v, 1997, 2O Cdição, 23p., li.. (5) açude eans`uuKrac O conflito pela água tende a aumentar conforme o aumento do consumo, pelos diversos usos e a impossibilidade de aumentar a oferta da mesma em quantidades suficientes para cobrir a demanda, pois existem limites naturais iie impedem, como a capacidade maxima de reserva iúdr iCá superficial no estado. Portanto, ë fundamental estabelecer mecanismos que permitam o uso desse bem de forma ordenada, realizando um gerenciamento integrado dos recursos MCIriCOs, considerando todos os usos e atividades que possam resultar em conflitos ou degradação para o meio ambiente. 'cc:r Ci ,cd CI) 73 CI c; CL) o C) cd o '73 Ci 9 L'3" El 1) , cd E :3 bl) • I-, CD I) '9 C> C ) t4 co I) C I) c4..., 13 C) CD cd I. : C ao CL) I) ,r4 to Cr) cd 111 40, 4)" 1;5 cd I) ,30 Cr) cr3 cd 18 cd :3 CL) I) cd -re C , o 'Or )1•4 C o 2,111' o co' 0 o " 1 o c,) 0 CD "CD 0 CD o CI) C ) e.k3 ck3 tf) CD :o 4-, .4, 14n C I) CL) cf-ik ce) C ). CA (7,-) C:h ce) cld 1.1". C4k • 0 0 4.1 9-4 CO) CD "< 3 co ti) 1,4 •cd 114 C) CD -0 CD - .$1 c,o cd tod c), • E o C) -0 (.7 C) 0 -1z8 o O cd C.) C) 0.C1 C) O ac, cAt Cc Co3r1 (-11 ,cn tr o .), CD C) cti` .47:1 • 5 CL) C.) co CL) "CD cd "C? Cd C) td O C4•••1 7 ;3 ••• • F.5 t̀x6 c̀t • c) cri 0 • ii".7.1 73 ;•.13 ••d••¡ cD CD O 13 ?cd cd CI) i!cd CL) 0., O Lcd cd co CD 0 0 .±" •:5 Cr)n on I) 0 I) 0 C ) C ) C ) 73 :3 73 C 7- :,0e1 Cr)- d e::' • ;3 ..',2 Tr:, rr ::i r:1•( 1-1 o ..,., '7:1 L4 ,- ..1 r.:1 GM ',.:.3 C ) ','1',4 o 5 5 0 ,ir • ci'.) "cii -1P.-.4 c C',3) 4 1 7 ' ril CD 6.1 ,: co , %.••••) C) E I.) P 1.--1 -c3 cl I:) • r), C l) o •c:) 'FA , . C) d C D E : c d C.) cd CI) L114 ,.... C,D co O q l .:1::4 9 "1,>• v.0 ,co •d:d ••••-, cn f.3.4 "ccg a 0 C ) 1 :',:',4 > 4 " 5 ci.) ;;:t, 13. ..3 9, i: (..) ‘-' ,•-' t cd CI) 43:1 7 5 Cr) <c,g CD IL-4 o 1 0 "CD CD („) F., ,ct ..' --, c.) C %1, 1, 25.t.10 1..u_ 13 !(:cci cà' ei 4.4 • •••1 0 "5 C D V I " 0 cd co c) 7.5' - . O 5 4 .... o - ' t'a C3, C.) 1,54 cd P . c C,) , Cd C D plei) C ) c ) g " 4 • 4,1 9 0 S;) "O • 9.-4 0 • ti•-4 cf) t."2. -cj ••,.. C) F 3 rc , c o c d . CD f,..). St) Gel - 4 - ) ... 0 (CD 4:4 VI C c')'3 -7 ' cd :3 ... • . C.) • au _'- 1.3... 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N dC- Olde e abril de i ~ v ~ e i"c'c~âir Utur ada Decreto u~ i~ei ~. i . ~~ `--1, úe 3 i de maio de 1991.ÀSRHT estão- vinculadas a Companhia_ de Gestão d8 Recursos Hidricos C.eará - COGERH e a Superii-itendóncia de Obras Hidráulicas - SOHIDRA. Encontra-se em tramitação a vinculação da Fundação de Meteorologia e Recursos Hidricos - FUyCEl'YF,. No contexto do PROÁGUA, tais instituiçaes. configiíram-se-como. osór~a".osexecc.tores-d.a-prog_rama. Os instrumentos de gestão de recursos hídricos citados na Lei Estadual dizem respeito á Outorga de Direito de Uso dos Recursos Hídricos, a Cobrança pela Utilização dos Recursos Hidricos e ao rateio de Custos das Obras de Recursos Hidricos. O Decreto de Lei N_° 23.067, de 11 de fevereiro de 1994, regulamentou a outorga do direito de uso dos recursos hídricos e criou o Sistema de Outorga para uso da água. Os Decretos de Lei N.° 24.264, de 12 de novembro de 1996 e N.° 24.293,de 05 Fie dezembro de 1996, regulamentaram a cobrança pela utilização dos recursos hídricos no Estado. A COGERH G o órgão competente para calcular e efetivar a cobrança pela utilização dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. ,-~ 1:I Na primeira etapa da cobrança, como definido em lei, a tarifa será cobrada dos usos : a f,-;.,;~ ' serviços de r nt O e usuários industriais e das z.aricessioilára iá$ de ~c~i M~ços abastecimento tie, â~,ï.iã ~iÍa`v~i. conceito dc cobrança entendido como um instrumento de gestão que suporta a manutenção do sistema de recursos iaidricos e incentiva o usa racional da agua que i.Saássa a ser tratada como um bem econ(3mifo. n No que diz respeito á cobrança, a COGERH necessita desenvolver estudos de tarifas, implantar sistema de cobrança, adquirir equipamentos e softwares e atualizar seu banco de dados através du cadastro de usuários de água bruta. precisa acima- -•tu _ a co_ eng.o, par parte da população,-danecessidade da utilização racional das águas, não ficando somente a cargo dos governos a fiscalização e gerenciamento dos recursos hidri ;os. 45 - RECURSOS _-'~IitRÉCOS: GEEiELV_C1AMEW1.O PARTICLPiATLVC1 INTEGRAPÇI ~~~~__-~~ -~_ ~ - ~ i1í`n~ta.~iv ) ~~~iz~ïJ~ O modelo de gerenciamento integrado2 participativo e descentralizado2 previsto na lei estadual de recursos hidricos, para ser implementado foi criada em 1993 a COGERH - Companhia de Gestão dos Recursos Hídrieos do Estado do Ceará. Este modelo entende que a água deve ser gerenciada de forma: • Th4`1EGRADA - levando em consideração todas as fases do ciclo hidrológico e observando seus aspectos quantitativos e qualitativos; • DESCENTRALIZADA - onde as decisões devem ser tomadas a nível das prdprras bacias hidrográficas; e I. RTICIPATIVQ - onde todo o processo de gerenciamento a nivel da. bacia hidrogáfica, conta com a participação de representantes dos usuários, das instituições governamentais e irão governamentais e da sociedade civil organizada. Para de fato efetivar esse modelo, o processo de gerenciamento participativo e descentralizado dos recursos hídricos se subdivide em vários momentos e espaçps: (GARJULLI, 1998) • Apoiar a constituição dos conselhos gestores de açudes, (fag comissões municip tis das gestão de recursos hídricos, das comiissoes de usüarios dos vales perenizados, respeitando as especificidades de cada realidade, enquanto espago de negociação social, Com o objetivo de resolver eventuais conflitos devido aos usos múltiplos -da agua; bacia ~ Garantir o acompanhamento dessas instâncias sobre as ações do gove~i,o, na area da fY- - tt evitar - quanto hídricas hidrográfica, iã,ìllT`i de distorçiies ao destino das obras iuí~rlCá~ C) 4 ,4 C O C) CC C.) '73 C.) 173 C i C,) t4.0 (") CCI CCI CL) '73 co) cci,) +.4 C71 (.4) C) C) '73 cL3 CL) C)- CO CL) CCI CO o '7 ) C7.1 CL) C 14 C O CL) CO CCI c) • C I "FL) co) CL) CO 6.1 CL) co O C) CCCI C) CL) 7.1 7:3 C) cCI 0.4 cs3 !1:1 CL) CL) CT' CO CCI C) C:11 C.) CD C3 CL) •••••• co) C ) CCI C O LC) CCI ti) C O CCI CCI C ) PLI CD c:3 co) ci +74 C , CO co) CO C) 0.4 C i CL) ••.•••1 r.7.1 C )4 Ccl "1:3 7.3 iivo) CO CL) C).EL CD Lcs3 "C ) '7 1 CCI "1:71 C cl •••CLci r.C1 CL) C,) co CCI • v••I CC <1) C)L0 CO C C I t.4 (,) sai 0 •••15' • 73 0 u.) .73 .73 c/) ;43 (.) '73 CI C) ,C Cd'S 17'4 0 CO • ;7.: +.4 Cc; .73 C) z L'Pri C.) "C l cs3 C.) CCI 743 CCI -C7) co) 74 C.) CCI ;.•1 0 . CCI C;) C) co) CCI "1:7) L73 C> cL3 C"1 C) 73 C▪ D CD CCCI C D O C) L.4 CD C I 0 co) '73 CCI ;74 • I) CO 'Cl .•-•j co.) 0 " C ) • COD I) cd 17) -4 CO 7,7) 0,4 c i 0 C.) I▪ ) 10 17 ) IS ) c i 17.1 0 C) al CI) C. 71 7.3 77" C ci 7:3 icd 0 Cd 4, • ••••, CD -CD CCI CL) CCI CI) L-4 C i CD (4-4 C:) 'CO 7:3 cop 0 CD C i $.4 C.) co CD • Cl •Cc3 r.3 7 : CO C i O L73 C) CD C1() 'CO CL) LC) O c)4, cs3 $.4 CL) t1.0 cL3 C) 75' 'CO cL3 cd 0 .4 Cd CL) '73 'CO Cc 1.3 ..4t co C) .1 0 , 41.4, 0 0 .1 cd ,-4 0 C O CO c) co5 0 C3 )73 CO CD L:).0 C i cd _CD • 1.-.1 C I) 5 ) • tt cd CD c.) C ) tr) CO "cd '411) 6.1 ,C14 773 cci 1-4 C i 0 O co) • 'Cn Led C ) C ) cti 0 0 0 73 o 7 3 0 C l) CC C ) C) o 0 a) rA3 • 41) 7L1 11) r.4 l) C O cd 'ti '7.3 '73 A cd '0 5 I-7-i -h-, iO 0 q) 7 ,1 n cn 'I) perA (.) 7 3 .O;74 7 3 cc3 6 0 ) -A 0 C)"). cn L..., : „ 0,, C')CL) i•••I 73 73 ..),C. 73 CD 4-4 ••••.;.P • ccf r-' rc' ' c l g i•-•I cc3 $1 .1 r.73' CD,,7). cd I-4 '73 04 V , al" .... .. : ,,ccf 'c : 0 0 tc: co ;-., 0 O czi ..,..., cci o CL) CL) ..,... t.L C .) al 4 .4 't i J ?' ,,c 4.• "0 A-) . ,...o cL3 C) 1-4 C d .0 ' 0 • Ei 74 C ' : .. ,SD ,-4 47) ) i(:: : Is: f ' co o . ".-.) ro4 74 V".4 I 3.7.1 ,..., C74 71 a) grl ( ( ( ( ( ( c ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( « • c ( ( 1.— ) ...4 7 • ,:0 • ,•1 .7, '0 • kr..„.....! I: K r, P 1 (..:) cp -1,7i r0 " 0 di) () C ) tii "C 3 ',.„1 ,.•' ..,41 i•-1 cd 7.1 • :•> ;::1 ce3 ri..4 E • I....I zi cd :1 ;m ),...1 e) !z " . "-i-al l. (0 (.2 -I-4 • 1 • P.1 C ) O C .) (..„) o roo C cd 7:3 ‘Ec3 (L) ctr) C ) •I••4 cc3 +4 C.+1 4:1 (L) ILn CL) 7 ) 0 0 o 5 0 C) c.) c) cd icd e?1) C ) 7 ) L) • '5 C ) cf) cz$ Cu CI) C ) C ) . 7:3 .e.Cd cd ,z5 C.) ;„)., Z4., ,...., .4.•• ;z3 ,.. ,,. .yj 41) (L) 0 - C ) •1:3 4,n C ) 4Z4 , .',3 '7:1:) '4, "C 1 , e...3 • E.8 ,•:1 cn !? : enA ..• %) C) zs .11 0 04) 3 " • • • ". 3 ) •cd C) I 7 i 1.....1 I '' .'g ,t c y C u co C2 C) c.. C) 1 e.t.1 0 IF A . „ '1 .i 04 7 ,1 --, 'd d Cd ',.4.' • C ) 0 t:4 C ) 0 +., 4'1 :,73 r.'2, 7 o , 4., ..m 4 (1) 7 i r.:i 7 1 7 ) ',..: C ) 31 O )23 4 1 .) icc3 O k C . cel C I c d " 3 N I . .) C ) :3 V ) 1..• cc.1 * 1 7 1 7 ' C > 0 V , r.a c) :3 . ' a ., cd 6. 0 u3 C, .1) c...., 1.., 'tz l 4 0 0 .., ,: . o c ' :-, 10 cd F.1 F3 p;,1 • •(i'.; 7 i cd • 1-1-4 .., 5 ..... 0 cd • ... 5 o C3 C ) Cl) b c.) ip cl) I.:. :3 l''''.).' > (L) ,r.ct ,1) 7:1 O CC; pet cd i: C ) CO CO E• '.0 "O 0 t;CI ):- 40 • : C') C ) 7 1 , 0 z c c 3 c d ce3 .4 i ••• " C) 0 0 l y j ,S.,44 ;ç,i)., CI) ..i.). • •:, r.:1 C ) 0 .... COI g..) '-C ) 1 5 d C d C ) • '5 cd 1 (4-' C ) > 0 t.:1 cd c.c 0 CL) (1,) cd CD Cu '7$:'? cd,1 :1 c'1::1.1 bf) % ( ! ` ) o q .1 u l (1) ,:f1 '7:3 C ) VI cd . C ) 1....( i:d cel ,.r. :(..) c-cl e:: .4 ! ' ii:2:: c: ? i 11:4 • F i cd Cl)I ..i..* .. E4) ,M Cl.) cd 7;3 C ) .+4 C) (:1) •:14:1( ...m +. 0 C i 0 Q i . :1 5 1 ( :! o P i., cd d t......1) z ! r' c .,THIT I:1) ) c,̀,' ri c:.1.4. 7:1 w ) ,..a'L .1 Cl) 7 1 cel .:L1 C ) • 'F3' ti...,, '" ' q,1,1 „ 7 :1 ceJ o C.., .., E • 0 C ) 0 7 -3 ;-1 8 ccl •-ej C4) ,:j :::::1 C ir ..., 0 4:c3 co vi . 'Il 0 .,ccf 7 i id ) ,:l .... d CD wr'l ,-. c0 C.) 14. ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( C ( ( ( ( ( ( ( C ( C C ( ( ( ( ( ( ( ( CEARA: A ~~r~A~v- ~-ls~ PELA ~.iTI~ "~~~ ~- DA ~~~:~ ~U~-~- ~-~ ~r~A ï l_~iif~\L~ Çsp 4~ ~.1,. - ~-~4-~~ Eva RIO -.1-4L~-t á̀= : ;-ï - 4o_`,s1DERuzTus A agua é um bem econômico e como tal dotado de valor, corno lá apresentado anteriormente, assim é necessário deteririinar o seu valor econômico. No Estado do Ceara a cobrança pelo uso da água consta na Leldslação Estadual, e essa cobrança deve levar em Unta as pecularidades de cada bacia hidrowáfica, conforme estabelecido pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos - C;NERH, e os recursos arrecadados pela cobrança devem ser repassados ao fundo Estadual de Recursos Hídricos - FUNORH. "Já se encontra definida, ao menos para sua etapa inicial, a política de lar ifaçdo pelo uso de agua bruta no Ceará para abastecimento humano e industrial. Para as companhias de abastecimento foi estabelecida, pelo governo estadual, tarifa unitária de 0,01 Rr/ m3 com base nos custos médios de O&M e em negociação política. Já as indústrias, que pagavam historicamente tarifas de ordem de 1.2R$ - m3 - exceto quando eram alvo de incentivos fiscais - ficam com tara estabelecida em 0, 60R$/m3. AR AÚJi_ J 3,p_t5 ). Numa segunda etapa a cobrança pel:, uso da a.gua, deverá abranger os usos lidro- ~ ágáicvia na bacia Tag üãiiv e. E para a cobrança de tarifa desse SSe USC, sera necessário o valor de sistemas e dados que permitam definir o da utilização da agua. importante salientar qua a radoç%ao de uma.políiica icryffetria.para uso da agua bruta nao pode ser considerado - um fim em si mesmo e sim um meio para viabilizar uma ampla política de recursos hídricos preocupada cc3 0 cc$ F ; < q .) C f) (,n 7 3 c.> O -c3 O cD 141 C ) C ) cri•• C.) O con 8 "c3 CK.1 O (4.4 7:3 Cci ca) cd LT3 -cd 0 7.3 cd c c i Co0 (IS -CD cn cc3 154 CD (.1-4 cg. O cci CPI 1-1 C ) CL) CAI cci tri O cci -t3 ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( K . ( ( ( ( ( ( K . ( e teeo r,trAQ.~ ~S fi a:~ s~ - }®EE ~ ~ ~q ?~ ~~.sgÌ~~~~~ .2.L ~ jLiri á i~{t4~~ ~~ ~i[=i ~i.á ~l.L. LA, 4YK ~~ LJ-5l- _~~ Neste ;tem, sera mostrado um trabalho elaborado por Fontenele e Araujo (199?), que tern corno objetivo valorar o custo da utilização da agua na bacia dG rio Jaguaribe, além de contribuir corn a elabora~ão de urna base que viabilize a cobrança pelo uso da água. _- agua como bem econômico cada vez mais escasso ju3'z'jl-C=w o argumento de que a cobrança pelo uso nab ~ um v:~li.~' aos seus 1í.;:,..'á{'''if>S' .,e. ~.z ..., , umcritério ~ ~ ~ uso da ,a einstrumento- r~,~ sïitw sim iÉt, ciência iCv a~» _ v .b_ v ±'aIC~ItÌ permita garantir a vJi..tEEÉã das ações do Estado.}. ~ Somente através # ~- • • -uvf:..awra-vs=_4Fer? dos qual ,`3:3ï~c, LLU uL~.-Eti:,a de uma fivitélïa €~c: , ~ L~cz~ tu~.~ì;ì i.L,~.~ i;t.:.:áv5, ao sela cobrir pv.:;tt.'.:=f:E7 cobrir :%:ï ;ii.ïáiÌ.`s' :.ir: opticsE~~.-:ní3 .% ïlSiL;iLï:É`c-lo-u'-v .% uma parcela dos investimentos capital, poderá viabilizar a iFpEY m LÌfLv EV íf:~ novos t.~.- âOA.?TP,Ti~-,i.. ~ T',.~ ~r %~ ï's AT ,,éf`a ? (-Inn y«:GJLIiIïC.JLEi~.3 PLV,3CLã77" . L~J1Y 1i.iYLLZ.wLiiN.tl_VJV_, 33 r^:'ic-m . .. - ,.. ~ú ~ t.cL~l íie - 'tïiiL~n~~i- _~s~. ~ia~~liá~o desse_ _mo.f-ieico a _ tarifação, metodologia considera valor de : __ pelo da ' baseada ~ uma que o 'vi717raÌ1jiú. uso Q~,Li.:o ,,..a. v ú c_a;liCaJi do principio :sdiál~v—pagador, sendo compostapeia Ka riyla correspondente aÌv3t y ;LaY av í;s investimentos íJe:t3ici+7a e1c Luauva nas obras u: f _a - esC atL.a de :si cum. tais como barragens de suprimento iiLil.:,_ parcela correspondente as despesas de administração, operação (inclusive energia) e manutenção da infra-estrutura tais- como os custos de gestão e mC;itvl e 1to, recuperação barra iiá administração do sistema. A rrrta j f:-r.,.~ fi`1uv3v~yáü. ~rv~r`v'aLu [.ivuu ás,f vuaL1 s~ civa Q.LIaYL.3~ uá. ~;c".~iIiI2L.J i, ~yre3s~.v: e K2 „( ~ ~)l7Ì F1ï F¿ — [(1+r)ra - 11 onde: ~ t J jl{ ~ cr=-~ a.se`~ a~a ._ic? usuário í ç~Y1É~~IVt~ K Valor correspondente á amortização anual dos investimentos públicos nas abras ve. infra-estrutura, Lm. i ~; Valor Correspondente as despesas anuais de administração, operação c manutenção, em Rs; Q } Vazão reguiarizável anual, em Sihm3 34 Obtemos o c ;eiicieiti.eK1 através da Seguini.e, expressão: KI = 10.- ¢ on la la Valor atualizado dos investimentos públicos (barragens)„ em i`i. ; I; Fator de recuperação do capital. Para a obtenção fator de recuperação, necessário o viiiláiìï<14i t_ algumas variã_veis como. _ Ì" - Laxa lÁe c~\ 17r1LV~ n - tempo de recuperação úo investimento; Então: ii = prazo de áúvxli Zaçái (vida rcáiuualiãvs i nveáiiiei€vs i-csiiiiv rcáei vatGiiC} i---te de dol..- Úi l.jla)úa bacia, anos. O prazo usado para determinar o período de amortização dos investimentos públicos em :ias infra-estruturas hídrica foi de 50 (cinqüenta) anos, conforme consta na legisla do brasileira através C O decreto i.~ 75.510 de iii ?, e a taxa ,e desconto utilizada para se calcular a amortização das obras de inJn-estra mra, foi consi erado urna taxa de 8% ao a-to. a _ a a obtenção de K2, foram considerados os gastos feitos pela -COO£RH,no gerenciamento das bacias, gastos com manutenção da infra-estrutura e os custos com bombeamento. 35 ":3 b o O lc> cd "C:3 8 1,4 '71 1:1,) Gin • F8 • cd 16, • 0 "1 1.,13 O 11n crs ..0 E.e) coo cr3 ry) C ) • cd ' 0 co c.) 0 C), ft.) c) ftt3 Ettt-t o 3 ID t3 4 1) CN) LU Irtic CY* . 11X; -ci 11 ILL) Cl) coo ,..0 O t%) C O 0 ) C D C O rro,o, 41:4 7 ( 0 L O C D r,- C l) C D C A ( N C ) 1.0 C O C O ',I T C D C ) N -- C A ( A - 1 ,r) C D - I l'r [71 (:'" '..1: cr.... ca r.:1 o cd 0 , r., • on cd • "O Corr CO 1.-. 0 0 CD C h O .A...7J " (i (I) CIS coo " 0 cr3 to coo 01) C ) rd 4t-.1 IA 0 • l*: '7'3 +a P L 0 0 5 cr3 ().0 col^ "3:1 q's ':1,, rz3 () F ! c d . E con "O .rt:3 cd • ••,,,8 ct) p.4 tt:t Fit o tc.-4 o 0 A :.EI ...rt.:, - 5 c) ::3' .i''': ::' 17:• ;'Icict:13 ' ttt," o . (3 g O cd /1"-",. •1...., C 0) (••5 C h •;.;.) <1.••• Cin ! C.) Cd • .:1;: • 1(5- 1)3 .' 'C:1::•1 .<1...4 • •1-7 0 1., 10,: 1:1 1 ; T..3 .,) ..r.i I.) I., 'O P1 ..,.., •.":1 to tt-t > o . ''ai o c.> cd "Cd F q c d ro O L , t L 1 ',: 1,%3. o, 6 .,_, C.,1 cd '0 ,o-o [II .., C I, F-1 .or-, 7 :1 Lin a t -3 1:r) 11.7' Lih P.;,..-1 c:5 :t3 (::::) '...5 0 c) -0 -U 0 !") .4 . CD C.) tt2 4 Itil it crs :n -I : li ,s Et, I 1 ¡NJ .41 11..) NI I* 11,, 4 CY 1g IC, 1.1i ...11‘.) 4, , < 4 6 ' o pL4 O <0) 41.r Lo .4D ,D 1 . .--; •,4 : : .6 .14 „, 3 3:141 .11.• o c.76: .1.) tD o Is LL • 61 :E4 -'1.5 I,z ,7 ;IQ 1 ;'.1 ;..4 El • '0,1 o i ;1 . [ ,]7. :i? re.(4 14. P ,I 44; ;! 41 '13 lLI ••2 O EL t.) CD 10) CD C O CD CD C D c o stz: con "O ( ( ( ( ( ( ( ( ( C ( ( ( ( ( ( ( ( (. ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( despesas ' 't.º.. fiscalização; , ,I 3 [' UCápeSAÚ com obra, j~ritj-~4v C. E.E~:.aEE~.R~~:.z, ? recuperação de Cáj<~iáE em ~-:i anos com juros tUG ~ ~.R.)- ~ a- 1G~ iE . 'zRv l r+ 90L4 di gCÌLiLE R- u µ G . Baseando-se em parte dos dados de custos estimados por MV TL7(1995), e ern_ estimativa de custos de barrâgená--dL? PROvRv2 -descrever-se o custo médio -em função . : • ~ .-. ii S ' ' f0,3505*-a. - d fì gW ~ r~/_ 1 onde F' LLìi2~ ú~ ~.t~ rendimento llidror'v'~li+o. ~ — t -v~Jbr ~-►~ rv/%r vúuc ~ SAO- É73 custos de recuperação A tc ïÚQft✓ R( ~ ~ ~ rendimento 3. 3 s hidro ógico4 em c.vo -e f o fator de correção que depende do tamanho do reservatório (k). .~ equação de ARA11I0(1.997) tern melhor aplicabilidade L ano_s:N/Q <3 anos. Para valores -que extrapolam bastante esta faixa, ádi22iÍi- SC que o custo unitário d o valor mio da série de valores obtidos por -de (i) -e (ii), ,. ~ a v ~j _ ~~ estimando em~.G59li.úi3~úi.~ corrigido pelo fator de correção . Tabela 4 observa-se uma síntese dos custos médios de recuperação do cap, a. para as barragens do rio a pìaifb e, de acordo com a metodologia descrita anteriormente. Síntese dos custos Miiïivs sa de Recuperação do Capital das barragens na Dacia do as'aigiJQrij3e Sub-bacias ► nur.aºt~mcrl4 _ . -_~==.or..~ (Krl1 p0Ü `) Alto Jaguaribe 80.51 rnécirg-Jaguarìbú- -99,19 Baixo Jaguaribe 40,79 Salgado 1,95 Banabuiú 38,62 [viedta _. ` 51,67 . TE: tj1ITËNFL11,. Raimundo 1'l srdo Silveïm & ARAÚJO, José Carlos de. Tarifa de ãg_ua como instrumento tie planejaprenio dos recursos iddricos da bacia do Jaguartbe, Foitaleza: 1999. ~ Tabela ' barragens eáer_eve um resumo dos custos de investimentos das I3a bacia ~-. do rio Jaguaribe. Estes custos foram obtidos conforme abordagens descrita anteriormente. ~ 4 aty_lira E3~T£iF6~£r"Y' `~-~ Pa-Tiir~a TABELA 5 - CUSTOS DE INVESTIMENTOS DAS BARRAGENS NA BACIA DO RIO JAGUARIBE - CE Su Ynlurne :.. (tual) Va•zaa a4tfente QuEe`aatt* Vazio- m~Q~ .(itnhsrsrai I!` Or- ; tie .cE.'=magrtru ` Custo iht1~Q4(i =-(11tii-,3.):el. Remitter-Aviv =L .& €8~it.#1 (* *) .-(RS 1,flOiu.301: - Valor-dos- ~v~t.ne.n19-~ (Rá IA) _ FONTE DOS . RABOS A1tèJxiznar-ibe- _ _ ~ B-cco.daT'-eslsa - ~Q~t% 46,097 ~( - 13 92,: ïi,1ü. 214.028 9.958.399 -Eq. Ara4o, 19n T-rici 16,50- - 25,39 - á023 - - 490.643 . 6={í02:26a, T=t95 1t101-41 Váxmat,G Bei _ - 51,82_` 55,47- - . -~126, - 0,$9=- 0;116 945-401 ` - 11:565.553 T4.-Aratij:.r1997 Favelas- - 30,121 ~ 32,38 4,789. - - 0,166- 793_746 9_710.276 MO 121;1995 ïcivaldo de - - Carvalho 6,43 12,34 0,496 0,77 0,205 101-874 1.246.278 Er i Araújo, 1993- - 263;00r 7%62- +x-;816'- 1,25- 0;016= 568.372 ~ 6.960k5@6 - Eq: ~Arattic 1997 1russ4 r~xatas - 6 ,.42~ç 1931- 7,-5=.. - 1,2¢' :.-.. Ft.01-2 240.615 `_ _ . 2-e~4,3- 46a ~.- F4. ..r kraúj;: 1997 Broca 17,50 4,54 : f1761- 1,26 _ 0>-1-4ffL = 110.532 1357197 _ F.g Arsii~r 1997 238.068.320 Eq. Araí:j^,, 1997 O=ós :.956,26 103-7,20 - -~ 224,416,:- . . 1,06 _ - 0,08? r 19.460.385 S.ilKn4.L - - - - . 2~~t}3.__ . -- - _ .- ~ ., L- 23.526496- -- ~ ~ 28'7,46.7.- - -- --- ----- so .a.=_... • - _ . Thomasiisrerne 28,79 t.64 1,36- - - - t.~tsta-TlniiArio -Médio 4,440=_ Riacho úos " r - Carneiros _ 37;18 3,15 2 in8 0,409 -- 862.444... t0.550fi53- - MOT:4, 1991'i 141anºelBalbino • 37,14 . 487 O.26-5- 4;51- - - - - - Otxsic>T3nitáfie-Altédìo Irgazeira - 11,32 . 11,5- ? 29$ ̀ 0>90 ..0;08~3- = 190.541~_ 2.330.976ET. Araúyo;49§4 Olho daAgua - 21, " 10,6 3,415 -1,07 - -~ - - Cnsto 1Jnìtaria lçfédìo- At'átt-io II _ .. 208,~' ' 9778 24248" ' U, 3 0,087- - I.665.699 '- 20:377. ~` - 'Eq. Araujo 19e7 Quixahinka - - Prazer es̀ - 32,51 32-,50 . 3, -'. 6,1 - - 1.418-- 3;489- 1;6a - 1,37- _ - - - ... . • _ - --- - - Custa Unit' ~ edio Custo-linitári~- - Lima Campos 63,65 24,7: 12,192 ~ 1,14 A,015 - ~ -179.165 219-1,818 Aratij_o, 199-7- -Eq. ~iióïoiaï - 44,57St` -'- .2897.853 3='456:8=5 ;çaio.,lavarihe- _ „_ Joaquim Távora 23,66 16,1" 3,600 - 0,99 -0U78- - 280.028 3.423.721 -Eq. AFatïja 199-7--• Canafistsla - 13,12 5,91 1412' 1,10 0,078 '- 109.602 1340.809 Eq. Araujo, 1943 - 6-1,42- T~ 13:043 - 0ã85- 0,096- . - 1.258-0.18-- - 15-394:8.35 Err Aranjok 1997 Ri.,el,orricr3º,ayee Ema _ . . 10,39 _ _ 9,, • 1;997, - . - 0,92 i - . - 0;080 r _ - 160.365 1961.828 _ Eq. - Arãiíja,l9Q?" Subtotal -21}652~ ~ 1.868413 ~ 22128.493 L{-aàã~;'L~ i - - _ . - ti - Serafmt-L1ia.s - - .. - 430- 10-1,,3 • 8,098. - - 0,73 0,14- . - 1.210-081 - 14..803,511- Eq. _4Fatíier1937 no José 29,15 6,3 1064 1,32 ._ 11,151 , 1621.4.18 1.9962.474" EYArasif,+, 1997- Riacho Verde 14,67 1;83 0,797 1,52 - - - - Cu.ïtültnitárirt TvVitig . Nobre 22,09 " 1,68 0,240 - 1,72 - 0,?_-31 55,421' 677,994 Eq. Araúio, 1997 Riae1te->zc^ - - - = - ~ Tarngv - - -1.2,78 -- 2, - 0,340 ._ - 1,3a __ . a,055 _ 51.761 _ . 633.212 _ Eq. -Araúio„ 1997 TrapiáFl = 18,19 14,44 - 4,612 _ - _ - 0,0n " 148.602 1.817.91T " ~ICJFA,1995 Pedras Brancas 434,05 -15850 59,836 - 9,018- 1.049.464 12.838á06 MOTA, 1.095 - PAW ` 72,89 - 73, 2i=1ó6 - - 006,6 - - 1.394.707 - 17:.062:130- -- MOTPç-1{95 BoaZdrãgz,a+ 42,0.0 . 4,871._ - - 1,02- . 0,115_ . 560.946. _ . 6.867 127 Eq. Arsúv0 1 ~97 ,_- Fogareiro 118,82 267,85 41 2 73 0,74 - _ - - - 1Jnitãrio 3 _tïtsfo ,~{Z~, c}ìïo- ~c~c,."'..: :1.1112m~ - .- 54,00 .~rvi,S - 2r~,2í~ 4: - 1íy7 s. - - . - - _ 'T^„"7^at~.0 v Cu`dtse~~, l.~ BaashxnS.- = 1=8ú0,00• ír33 23=5•.817= 1,17_= 0,0X4 ,` 8,130.851 - ¢4.468,64'2 Eck-Arsújc, 1997 E.,̂. Aza1'69,1997 Cedro- _ - 126,00 1L046.- _ " 1,34 _ 0;0-27 : 293.979 - 3.596.388 Cipoada 17,25 32, 4614 0,092 422.236 5-.165-.423 MOTA, 4995 Foça dot3atTa- _- 52,00 29,5Z 9,517: . 1,04 0,042. ̀ 399.170 - 4283.232- Eg_Aiaújo„ 1997 Subtotal - 433,175.-- 13.877.637 16-R771.856 BalsaTatu-aci~ ,r- _ - - Sto. António de _ _ _ i Russas 2979 9?;st 1-,7477' f0,6ã -. #~fi4i 520:003 t~s:3éf-446 -Caista-11ni[áriaì `~".io- euhrntal ̀ _ t 520.003 á362:- ` t2.747- `FO-TAF,-GETtAL 807055 • , 301 42:630-102 - 5-21.514.70'_- 'T _ m = 1998, cajo r~.-'-~."aeï618-. YeaieaEo wa tad a.. 1204. E4'}4"a_4_4^a^^i -̂,..,,2a>,.,a.aesc,tnde.&r><,aa eLe++a-vdzalülstos imma„nemnn dR-srsanos. E..rolYalaua.tdi0.de:.&vn4.44,1QF4(1=9iãM1=,tii ,-~. IFTE`9~1isPPETLTi.Raisnu:dsEdeadvcih~a'BcARAti,7@, taeáCarlesder-Tarifa-dríEwa-sram4,. fx s•,..•-„-^ r- p^c-~,-~..••*.~ ~-~ -- ~ da e ~-~_ biela ala (994. 38 Al2ál"ls&11d6 os Vai*ire:s enefs~-~itrRi o5, V%riffea-se-üf29â. mayor- relação 'aos eustos rn~~ áe Gedtt. que vafiam áé-102,32t1009W até R$ 15,30t1-0fk, iri:',1 do que os valores n ~_ dos custo. médio de recupera;ã,o de capital, _que variam entre tt$3gr62Ìí00~tn ate RS 90,19f1000mFpara-a. sub-bacia do Banabuiú e Médio Jaguaribe respectivamente SegUid:~-=--(FOPv-TEN--z:~E&~ UJO; 1999), enrrelação- ao-custo-médio- de- O&M para a-bacia- do=-lagurjbe, o resuitada.encontrado; RS 3;1011000 re, com baw de agua regtlarizáver possui uma compatibilidade-com estudos- fèitos antericrnnen-te, que tinham come base os custfts de agua- outorááxzel para. as bacias_ interioranas (RS.- 5,5.511000 rxr3)6.- Essa. compatibilidade. se: verifica quando se constata que as-verze4es outorgáveis-no Ceará são ern- média cerca de-60%-- cl,as vazes regularizáveis. porém, os valores encontrados foram inferiores aos encontrados para a bacias metropolitanas (RS i3,J 1-0:00-n 'e para o Canal da Trabalhador (RS 15,9111000 m-3) Entretanto, o. valor encontrado do custa médio da: bacia- do Jaguaribe (RS 3,10}100( t) se encontra no intervalo da tarifa média inicial proposta para irrigação no- Estado, a qual deveria estar entre R$ 2;OQ=e R$4;:00I1-000-m3 ' data res:ila-~;zaveí ç- aqueta-erue -se -podc-retirar anualmente de um reserv-atts:te.coaarrne Q _; rda-de oferta,-- - A-asaiia outfrrgá5j€á aquela que-£7$ usL&ía_15 tem áwtoiï.~aÇâck de ¡Alizar, essa artoriZ-iieéo 6-fei-'ü'xecida áüt*_Qaìentp, cfhasta cent v"az~sde-áeua dcfidd-e para Eitte finalidade -sera- utilizada. ' ~ ~ vale.-r. Fuil~adus- p&ra conversão na- Ltuca ~f~~ut de -Rs- 1,00 igual-Uç$ -; d31`3tttf{brof98}_ CË iNCLUS.4.0 A água é um recurso natural essencial para a vida e para o desenvolvimento econômico e social de qualquer região, o que torna indispensável o gerenciamento adequado- de tal recurso. Este trabalho- procurou mostrar a importância da adoção de políticas fie gerenciamento dos recursos hídricos para uma desenvolvimento sustentável do estado do Ceará. Pois, o gerenciamento- dos recurso- hídrieos no estado- do- Ceará, é um necessidade crucial- para que o estado continuar se desenvolvendo, ern decorrência da escassez dos recursos hídricos no estado. Foi mostrado que no Ceará, como no resto do país, o Governo vem tornando providências em relação ao problema da água. Um passo importante nessa caminhada foi o estabelecimento- de criérios-pelo- uso da água na Constituição- Federal de--1988- e--em-Janeiro ¶e 1997, com a promulgação da Lei N.° 9.433 ( que define a Política Nacional de Recursos Hídricos e- institui osistema Nacional- de -Gerenciamento dos Recursos hídricos). No Ceará, também consta na constituição Estadual critérios que determinam o uso da água bruta, assim come-- a criação- de- órgãos- responsáveis- pelo gerenciamento- dos recursos hídricos no estado. Além disso, vem sendo discutido e elaborado critérios de cobrança pelo uso da água. Foi mostrado, que-alguns estudos estão sendo feitos sobre a questão da cobrança plqla utilização da água, utilizando-se de metodologias econômicas, a do valor econômico e a do custo de oferta de- água. Corno já visto a primeira metodologia possui muitas criticas, pois como trabalha cqm mercados hipotéticos, pode ser que o valor determinado seja economicamente eficiente, mas socialmente i freiente 40 41 No caso especifico do Jaguaribe, a metodologia utilizada se baseia no custo de oferta de-águam, pois retrata-mais a-realidade- econômica na- medida-que não- se--trabalha-eme merea4'ps hipotéticos e consegue incluir no valor pelo uso da água os custo com investimentos, manutenção e operação das estruturas hídricas (barragens, açudes, bombeamento de água). Portanto, deve os recursos hidricos como um recurso escasso, ter um gerenciamento eficaz dentro da visão de urn desenvolvimento sustentável, para que o consumo da geração - atual não prejudique as gerações futuras, nesse pensamento que a valoração da água entraria como um regulador do uso desse recurso que é de fundamental importância para a vida e o desenvolvimento do homem, principalmente para o estado do Ceara. que sofre muito com os problemas de falta de recursos hídricos. s StBLIOGRAFIA RAC, José-Carlos de. Aspectos de gestão e do uso económico dos recursos hídricos no estado do Ceará, Relatório Técnico, CNPq/COGERH, Fortaleza: nov., 1997. CARVALHO, Osiris & VIANA, Osóri&. Ecodesenvolvimento e equilíbrio ecológico: algumas considerações sobre o Estado do Ceará. Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, v. 29, n. 2, p. 129-141, abr.-jun. 1998. CEARk Secret-átia- das RccUrsos Usando- bem- as Aguas- Ceará- Fortaleza, Fortaleza, SRH, 1997, 20p., ll.. CEARÁ, Secretaria dos Recursos. 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