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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÁO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E 
SECRETARIADO 
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS 
A VALORAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS: Um Instrumento 
de Gerenciamento Ambiental no Ceará 
MARLUCE DE VASCONCELOS PAIVA 
FORTALEZA, AGOSTO, 1999 
A VA.I-ORAi"ÃO- 0~~D.~!'.CURSOS PiDRJYCOS Ill inrtrturvitn 
e 	s 	 r 
de Gereneia~nents~ ~m~►~en
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~ai na; ~ . 
a^: ea.9a 
MARLIICE DE VASCONCELOS PAIVA 
Orientador : RAFvMCNLO EDUARDO S ~ 3 , v r,iRA FON TENE.;LE 
Monografia apresentada à Faculdade de 
Economia, Administração, Atuaria, 
Contabilidade e Secretaiiado, p-ar a 
obt=ençao do grau de Bacharel em 
Economia. 
FORTALEZA - CE 
1999 
 
Esta monografia foi submetida ã. Coordenação do Curso de Ciências Econ mïcas, 
corno parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Bacharel em Economia, outorgado 
pela Universidade Federal do Ceara - UFC e encontra-se á disposição dos interessados {ia 
Biblioteca. da referida E iniversidade. 
A citação de qualquer trecho desta monografia ë permitida, desde que feita de acordo 
com as normas de ética cientifica. 
Ma.rhice de Vasconcelos Paiva. Média. 
Raimundo Eduardo Silveira Fontenele 	 Nota 
Orientador 
S/ D 
Francisco de Assis Soares 	 Nota 
Membro da Banca Examinadora 
Sandra Maria. dos Santos 
Membro da LCimLGi Examinadora 
S 	 ! i~l̀~i"Ì~S`~r 0. aprovai~ü: ern- l f Uli aigostG e 1J7e. 
Nota 
 
AGRADECIMENTOS 
A DEUS, que me deu vida e sabedoria, e que me deu forças para 
continuar a busca pela realização de meus objetivos, e de realiza-los. 
Aos meus pais, José Joaquim e Maria Auxiliadora que sempre 
estiveram ao meu lado, e não mediram esforços para que esse sonho fosse 
realizado. 
Ao professor Eduardo Fontenele pela paciência e sugestão 
dadas para a realização dessa monografia. 
Aos professores Chico Soares e Sandra Maria pela contribuição 
a esta monografia. 
Às minhas amigas Ingrid, Tânia e Jucilene pelo companheirismo 
e incentivo durante o curso, e realização deste trabalho. 
E aos demais, que de alguma forma contribuíram na elaboração 
desta monografia. 
SUMÁRIO 
AGRADECIMENTOS 
SUMÁRIO 
RESUMO 
INTRODUÇÃO 	 2 
01- A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS PARA UM 
DESENVOLVIMETO SUSTENTÁVEL 
1.1 - O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUS 'I NTÁVEL 	 5 
1.2 - ASPECTOS ECONÔMICOS DOS RECURSOS HÍDRICOS 	 7 
1.3 - RECURSOS HIDRICOS NO BRASIL 	 17 
02 - OS RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO DO CEARÁ 
2.1 - CENÁRIO DA REALIDADE HIDRICA NO CEARÁ 	 21 
2.2 - ASPECTOS JURÍDICOS DA GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO 
CEARÁ 	 24 
2.3 - RECURSOS H DRICOS: GERENCIAMENTO PARTICIPATIVO INTEGRADO E 
DESCENTRALIZADO 	 27 
03 - A COBRANÇA PELA UTILIZAÇÃO DA ÁGUA BRUTA NO CEARÁ: O CASO 
ESPECIFICO DO RIO JAGUARIBE 
3.1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 	 30 
3.2 - VALORAÇÃO DA ÁGUA BRUTA NA BACIA DO RIO JAGUARIBE 	 32 
3.3 - DADOS OBTIDOS 	 35 
CONCLUSÃO 	 39 
BIBLIOGRAFIA 	 41 
III 
V 
VI 
RESUMO 
Neste trabalho mostra a importância dos recursos hídricos para o 
desenvolvimento econômico e para a vida como um todo. Como todo 
recurso natural, os recursos hídricos sempre foram considerados um bem 
livre e fácil acesso, o que acarretou o seu uso indiscriminadamente. Porém, 
esse pensamento não mais condiz com a nova visão dos recursos naturais, 
principalmente dos recursos hídricos, que vêm sendo considerado um bem 
finito que desempenha importante papel no processo de desenvolvimento 
econômico e social. Assim, a partir do momento que impõe custos crescentes 
para a sua obtenção, tornou-se um bem econômico de valor. Dentro da visão 
do desenvolvimento sustentável, que diz, as gerações atuais podem satisfazer 
sua necessidades, sem comprometer a satisfação das gerações futuras, que o 
gerenciamento dos recursos hidricos é importante, principalmente no Ceará 
que sofre com a escassez desse recurso. Assim, dentro desse pensamento, 
que a valoração pelo uso da água pode ser usado como um instrumento 
capaz de alcançar uma maior eficiência econômica no uso de tal recurso 
natural. Para a determinação do valor a ser cobrado por cada m3 de água 
consumida, habitualmente é utilizado duas metodologias, a do valor 
econômico da água, que tenta encontrar esse valor através do conhecimento 
da disposição a pagar do usuário por cada m3 de água utilizada, e a segunda é 
a do custo de oferta da água, que procura determinar o valor através do 
conhecimento do custo com investimentos, operação e manutenção das 
obras de estruturas hídricas. 
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um gLit,liVlG.lilVlito dos iLVLLrsVJ liaiiVVJ, lr.iLVilLil! Ulr uma visão de Úl,JLllvVivi iViiLil 
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ox.Yr 	~.r 	: . . .(~/~ deve baseado, principalmente • ~~~%'+~+ i[{.)~*Vail,~ dos recursos ii1t111VV~J üLV ~. ser 	~J1t11V1~,lC~L~ill~iti{.l' em regiões onde a agua é 
de- come- 	r~ F„~~ ~.~.~ 	 ~~.~-.~. 	t-~ estadia-d6- 
- 	-4- .}~ 	bem EL'rllliyy V1~N11~CLllT VV111V & LV~iUV 1\`Ìlü1'JLV de; ara-s-- üJii, ~i~̀J.~JVViü1111V111t+ V 	ÜV~Ã.lµ 
que tem quase 90% de seu território numa área LJLiiii'GÌ.ri(,l[L, e sofre pela escassez aesJ:, recurso 
natural. 
v desse c-oiï~.~:nLV 	ii~áeIivEilviiiieiÌtír si.ir`ì%eiiavei, 6, necessário iliria politiza 
eficiente de geieiiciiLiilen¢Lti3-- dos recursos hídricos, pois _wino todo recurso natural os recursos 
2 
cc 
• Ì1ÌuÌ LvvS 	 ivi 	amCfiiiãidei-aiÏáïs 	ú'ií7 ÚM ii v7~ , e, como- tal úiiiiZ'?i.úv ,sem G"i iLi.riv 
algum. Pcrém, esse pensamento vem mudando, pois a água é um recurso limitado, um bem 
ecoriaiiiicCì e, coma- tai, dotT"aCiii dC Ja~Or 
Dai surge-a- necessidade de valorar a uso- da água, p wém- não e--ulria$._ 	 tar efaa_aci , pis 
se trata
~ºy-~-- 
de um recurso escasso, e utilizado para diferentes usos, e com diferentes v alorações 
su. eti - variados iadVs custas de opuitunidade& 
Habitualmente são utilizadas duas metodologias para determinar quanta o usuário 
devera pft.~.`Rr por cada - In,3 ele-ã¢tia- errtcrrtrridff -que--sáez:_ a-do valor eeQnõmïea - que- procura a 
QfretérreiA ecortQmrca através din-conheciinerttº da disposição a pagar de cada usuário por -Mü de 
awl-a t.ii.il-Yia~ e a- ív custa dv oF---ta 	agua, qtãv -de tera%v valor ú'águá pela soma- dOs- e'i.ts~-v^s 
de investimentos, operação e manutenção ocorridas nas obras dos sistemas ilidricos. 
No Estado da Ceará. vem se desenvolvendo uma política de gererr^vr iuelTto- dos 
recursos hídricos, que tem corno base a Constituição Estadual, promulgadaen 1989, que no seu 
capitulo Ai, Wt 	JI8,117,320,324 e 325, trait 	usa; conservação- e- controle dos recursos 
hidiricos. Depo i s c~a prornulgaçáo foi definido a .trolitica. dias Águas rIo Ceará, através ria. Lei 
Estadual de Recursos Hidricos lti.°i I.J96 que tern como objetivos: 
iv- assegurar v d-eJeiÌvoiv`iii iiao-, áitstenta-do-e-eampati`v"el com 	a o á:ri.ai de-4w.; 
e assegurar a oferta i4 agua em quantidade e qualidade para as gerações Faturas; 
	 r 	t planejar e- 	C[~, iT~riii T~i~+`~jiaQú, fi`eúcvliLraiizciiía e- waivipcitívü, v uso 
múltiplo, controle, conservação, proteção epre."ier vaçao dos Recursos Hídricos. 
1\lJ Ceara, ja- liAiJLl~iprimeiramente urna- 11LlVW de LCüllüeüV pY1V uso- da agua bruta 
1 	
I 
para abastecimento humano e industrial, c. numa segunda etapa a cobrança. abrangerá os usuários 
i~o-agri`eoi`w na haeiµ d:: -~aguObe. 
I' i'O'i.`intí`T, este-trabalho-procura mostrar á importância Ct 	enciamento dos- recursos 
hídricos para o- eoenvOlviiliento siìsi-etita v et- do- Estado- do- Ceara. 
4 
No primeiro capitulo, :, abordado j:ireviaiiiente o conceito de desenvolvimento 
sustentaver, as características .ici água; aúsiíiY coma seus aspectos econômicos e um pefúvno 
histórico da gestão dos. recursos indricos no Brasil. 
~ segunda c:apitttrr, fala_ soare- os rect.-nos i-.idricos no Estado do £eará, uma bruve 
Pisão da estrutura hídrica, os aspectos juridicos (Lei Estadual) e conto se dá a gestão de- seus 
recursos hidiicros. 
F n lm,llte-, liu ultimo : 	ü¡.zítuln - serd mas 	.gado tuun estuda que avalia o _valor da 
cobrança
¡hrr''~~dV 
 pelo uso
tal ¢
da_ água bruta na bacia do rio Jaguaribe, sendo em seguida apresentado as 
Vonc sões da-trabalho. 
- A relP -R TA~-_`~-rA DA-~~-~-~-.ÃODOS~~-~--~.lKS OS Hif_TRECOS_PARA 
Ukr DES 	ENVOLvNE 	TO stts-TE N TAM F I 
- 	COÉvCEIi° DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTA sfEL 
~ C—problema ambiental 
ve~r_b~ 
cada vez mais ganhando espaço nas discussões sobre 
desenvolvimento, dai €
s
3
y 
s'trgriü~.~iit ~v~~ U'v e=vnLv
Fi~~Íivv1 
v
] 
iteseri voi v f r~ieiii~T s'üJtenta v ei, ~.v abr ar~ge 
alenl das questões ecanolmZld~J, as questões ambientais e sociais. 
~ crescente o tiivei de iiiforiitaçã0 e cOiiscietitizaVio sobre a importância dos recnrti{ìs 
naturais e o meio ambiente como fatores de produção, geração de b ib ei estar e de equilíbrio 
ecológico; isto- }}, vem se- con-solidando- a 1VVc3Jlµ(d4 de um planejamento regional, nacional e 
global da utilização racional dos recursos, condição sem aqÜai nenhuma sociedade alcançara 
padrão JiJtentCvel de desenvolvimento. (C1 VZL V,19I8) 
 1x 
Nesta visão, desenvolvimento 3Usteritavel apresenta três vertentes principais: 
crescimento econômico, equidade social e equilibria .ecol^ogicO. Esse modelo tem por base a 
gestão racional dos recursos e aprudência geYpnVial 	longo prazo, corn isso objetivando evitar 
imp-asses e custas ecológicos que- impactem LTa estrutura social e econômica. Portanto, d:.ve,se 
entender <,. sUSiidltabilliclade do desenvolvimento como um processo onde a eXí,iOraYâO - dos 
recursos naturais e materiais; o- de*s-erivTa-;rTm ntO teïnoi{3gicv, os investimentos financeiros e 
mudanças institumnais assumal.l um sentida de h armorlia e continuidade, para que as geraçves 
futuras- não sufi 	am nenhuma privação. 
Portanto, de acíïido corn a Comissão Mundial sobre Meia Ambiente e 
~ Desenvolvimento- OWED), ‘desenvolvimento S'LimE.>íL"iáavd c' o desenvolvimento que satisfaz as 
necessidades SG>SJtdCdES HV presente sem comprometer as habilidades kVLLLLLNnJ N4S futuras gE niGJ de sat fazerem 
suas necessidades", (PROJETO AR-DA S,1994). 
6 
Assim , a sustentabilidade do processo de desenvolvimento de um país, Região ou 
Estado está diretamente ligada ao conhecimento das potencialidades e limitações de seus recursos 
naturais, humanos e econômicos. É através do conhecimento desses recursos e de sua utilização 
racional, que se podem fundamentar programas de desenvolvimento econômico e de melhoria 
social. 
No caso particular da água. "sendo a água um recurso natural que contribui para o 
desenvolvimento econômico e o bem-estar social, uma política racional dos recursos hídricos 
não deve se abster da idéia de que a água tem funções econômicas e apresenta cada vez mais 
valor econômico ". (FON'I'ENELE, 1999, P.2) 
Portanto, na perspectiva de desenvolvimento sustentável, que tem como idéia 
principal a continuidade dos resultados, isto é, uma visão de longo prazo, é preciso um novo 
direcionamento no tratamento dos recursos hídricos, que leve em conta segundo FONI'hNELE 
(1999, p.2;3) dois aspectos: 
• "Em meio ã progressiva escassez dos recursos hídricos, a existência de 
estoques suficientes para atender a demanda futura não se dará sem que 
haja uma mudança nos padrões de consumo atualmente observados." 
• "...desenvolvimento sustentável deve levar em conta a necessidade de 
gerenciamento dos recursos naturais dentro do critério de eficiência e 
equidade, o que supõe inclusive o estabelecimento de novos preços relativos 
que possam refletir essas preocupações." 
Portanto, desenvolvimento sustentável é, além de uma questão puramente econômica, 
mas também social e ambiental, uma dimensão política e cultural. 
7 
1.2 - ASPECTOS ECONÔMICOS DOS RECURSOS HÍDRICOS 
A economia só começou a analisar a questão ambiental nos anos recentes, quando a 
poluição ambiental se agravou e quando os custos de despoluição começaram a assumir valores 
significativos. 
Os recursos hídricos, como qualquer outro recurso natural, sempre foram 
considerados um recurso abundante e um bem livre, o que levou por parte da humanidade a sua 
utilização indiscriminada, e a sua apropriação socialmente indevida, acarretando prejuízos para a 
população no momento que ocorreu a disseminação da poluição e degradação desse recurso 
natural. 
Portanto, deve-se considerar os recursos hídricos como um bem finito que 
desempenha importante papel no processo de desenvolvimento econômico e social, e considerar a 
hipótese de sua escassez e a limitação de sua utilização pelas gerações futuras. Assim, a partir do 
momento que impõe custos crescentes para a sua obtenção, tornou-se um bem econômico de 
valor. 
Sendo esse recurso natural reconhecido como um bem econômico e, como tal, cotado 
de valor econômico, é possível a cobrança pelo seu uso. 
A água como bem econômico possui um valor de uso e um valor de troca. O seu 
valor de uso tem como característica principal a sua variabilidade, isto é, dependente da utilidade 
ou satisfação que os diversos usuários atribuem á água. Por outro lado, seu valor de troca 
depende das condições de oferta e demanda no qual é regulada por preços. 
Atribuir um valor a água não é tão fácil, pois se trata de um recurso escasso, e 
utilizado para diferentes usos, com diferentes valorações subjetivas e variados custos de 
oportunidades. 
"... A doutrina clássica defende a idéia de que o valor real de um bem depende da 
quantidade de trabalho utilizada para produzi-lo, mas que, para efeito de troca, o seu 
preço deve refletir a relação que existe entre a oferta e a demanda desse bem. A 
doutrina marxista, por sua vez, modifica a teoria clássica do valor-trabalho, 
introduzindo o tempo de trabalho "socialmente" necessário à produção do bem. A 
doutrina neoclássica reflete a tendência dos clássicos e socialistas em utilizar o 
trabalho como índice de valor para a água, mas ressalta a primazia de elementos 
subjetivos, como por exemplo, o grau de preferência que os usuários têm pela água, 
bem como sua presença fisica e o seu custo de oportunidade. Isto é, o valor da água 
está fundamentado na apreciação subjetiva que cada usuário faça da água, e se 
materializa em um preço, através do equilíbrio entre oferta e demanda. Assim, quanto 
mais escassa for a água e quanto maior for a sua valoração subjetiva para os vários 
usuários, maior será o seu preto e vice-versa.Em outras palavras, é o livre jogo entre 
oferta e demanda emanado do mercado, que determina o valor da água." 
(FERNANDES, 1997) 
Existe um problema principal ao se determinar um valor a água, é que se cada usuário 
decidir por si só a quantidade de água que deverá consumir, gerará um padrão de consumo 
ineficiente de Pareto, isto é, a sua decisão de consumo afetará o consumo de outros usuários. Um 
padrão eficiente de Pareto (ou ótimo de Pareto), ocorre quando é possível melhorar a situação de 
algum usuário sem piorar a situação de qualquer outro usuário. Em outras palavras, há um £feito 
externo ( ou simplesmente externalidade) no consumo de água dos demais usuários, que não é 
levado em consideração nas decisões individuais de consumo. 
Então, para uma maior alocação eficiente da água deve-se cobrar pelo seu uso, de 
modo a induzir cada usuário a internalisar esse custo nas suas decisões de consumo ou produção. 
Segundo MOTTA, a cobrança da água é um preço sobre o uso da água, e conforme a 
visão econômica, essa cobrança deve atentar para dois objetivos: o de financiamento da gestão de 
recursos hidricos e o de redução das externalidades ambientais negativas. 
8 
9 
A cobrança pelo uso da água é necessária para corrigir o problema da falta de 
informações confiáveis por parte dos usuários, pois quando estes não revelam seus verdadeiros 
beneficios que a utilização da água lhes proporcionam, o consumo de água dos outros usuários 
ficam prejudicados. Assim, essa cobrança seria importante para o financiamento da gestão e 
provisão dos recursos hidricos. 
Para se obter os preços ótimos para financiamento, observa-se que o custo de um 
aumento de consumo pode ser zero, isto é, Custo Marginal igual a zero (CMg = 0). Entretanto, 
existem custos fixos que mantém o serviço de produção do recurso, como pode-se citar no caso 
dos recursos hidricos os custos de gestão e obras de manutenção. Assim, a cobrança seria um 
meio de controlar a redução da provisão do bem, gerada pela exclusão de vários usuários com 
benefícios marginais positivos. 
No gráfico 1, o nível ótimo de provisão do recurso é dado áquele em que, o custo 
marginal da provisão (CPmg) é igual ao somatório beneficios marginais dos usuários (Bmg = 
Blmg + 	Portanto, pode-se observar que o custo social é igual ao beneficio social, 
indicado pelo ponto Q* determinando o nível ótimo de consumo. 
O beneficio seria fornecido pela taxa marginal de substituição do consumo de água 
por outro bem, isto é, o quanta vale a água em relação a outros bens da economia consumidos 
pelo usuário, revelando assim a disposição a pagar de cada usuário pelo utilização da água. Já o 
consumo da água para os usuários produtores (firmas) é um insumo da função de produção. E 
para o usuários consumidores diretos (famílias), o consumo é direto da função de utilidade de um 
indivíduo. 
Exemplificando, um usuário produtor de um determinado bem z possui uma função 
de produção F e preço pzt a cobrança (Ciei) seria revelada pelo valor da produtividade marginal 
da água como insumo (A) para o usuário i da seguinte forma: 
Clqi=pz ÓF/aA (1) 
io 
Já para os usuários diretos, Ciqi pode ser expressa como uma perda de utilidade (U) 
por decréscimo do consumo direto do bem para o usuário i que reflete sua disposição marginal a 
pagar (DAP), que seria uma medida do ganho de bem-estar pelo uso da água, tal que: 
C,q,=óU/aA= DAP 
Nível Ótimo de Consumo de um Bem Público 
(2) 
1 
Conforme MOTTA, deve ser destacadas algumas limitações no caso da água. 
Conflito setorial: geralmente a indústria e a agricultura apresentam elasticidades-preço maiores 
do que os usuários urbanos devido ás opções tecnológicas de suas funções de produção. Nesses 
casos, com o uso da regra de preços públicos, os preços da cobrança de consumo urbano serão 
superiores aos do que de outros usuários, criando-se assim uma fonte de conflito setorial. 
Interligação entre bacias (sub-bacias ou trechos): quase sempre o consumo de um usuário numa 
sub-bacia afeta o de outros em outra bacia, sub-bacia ou trecho. Assim, os preços em vigor em 
uma bacia que definem o seu nível local ótimo podem afetar outro nível ótimo local. Logo a 
cobrança do usuário i, nesses casos, teria que ser relativa a todas as bacias (sub-bacias ou trechos) 
j da seguinte forma: 
C3qi qi_j C291 
	 (4) 
11 
onde q representa a matriz de coeficientes de consumo de água da bacia j pelo usuário i. Note 
que q pode ser associado tanto ao uso quantitativo de um usuário no uso de outros, quanto ao 
impacto da sua poluição na qualidade ambiental no consumo dos outros. Mapear essa matriz 
requer amplo conhecimento sobre o balanço hidrológico das bacias que nem sempre é preciso. 
Medição do consumo: o custo marginal de medição de consumo (ou das emissões de efluentes) 
pode ser extremamente alto que não compense a receita adicional gerada. Nesses casos seria 
melhor utilizar aproximações de consumo, mesmo que subestimadas. Existe quase que uma 
impossibilidade técnica de medição para a agricultura ou tomadas diretas de água bruta de 
grandes firmas. Todavia, estimativas parametrizadas são possíveis mediante dados de 
produção/receita, embora seja uma forma imprecisa de medição. De qualquer forma, tal 
procedimento requer um sistema de gestão capacitado para isso. 
Racionamento: a disponibilidade hídrica é estocástica, isto é, está associada a uma função 
probabilística, ou seja, em certos períodos, mesmo com uma receita adequada e sem caronistas, a 
disponibilidade de água pode requerer um racionamento por motivos puramente hidrológicos. 
Nesses casos, novamente o uso da água por um usuário exclui o uso por outro e, portanto, gera 
uma externalidade negativa. A precificação pela regra de preços públicos não é possível, nesses 
casos, dado que a solução de oferta de água independe do nível de receitas, porquanto que no 
curto prazo não haveria como disponibilizar mais água. Note que uma gestão de oferta que 
mantém o consumo suficientemente abaixo da disponibilidade máxima para não enfrentar esse 
racionamento periódico, estaria realizando uma alocação não-ótima, pois por vários períodos de 
não-racionamento usuários com beneficios positivos seriam excluídos.' 
Assim, a alocação ótima da água por precificação da água é de dificil implementação 
sob a ótica da eficiência econômica. 
A cobrança pelo uso da água também tem como objetivo controlar as externalidades 
ambientais negativas, que não internalizadas nas funções de produção e consumo dos usuários. 
Isso gera uma ineficiência econ6mica, isto é, devido essa falha de mercado o custo privado não 
Equivale a dizer matematicamente que o ponto de congestionamento tem que ser atingido para haver otimização. 
12 
coincidirá com o custo social. Quando ocorre externalidades negativas a utilização do recurso é 
subótima, pois a não internalização dos custos eleva o nível de utilização além do nível onde as 
externalidades são internalizadas. 
Sem externalidades, o custo privado marginal é igual a do custo marginal social na 
produção. Podemos exemplificar da seguinte forma: a produção de um bem X em certa bacia tem 
uma função de custo privado Cmg(q) e os benefícios marginais sociais desta produção, lucro e 
satisfação no consumo, é definida pela função de Bmg(q). podemos observar isto no Gráfico 2, 
onde o equilíbrio de mercado se dar no ponto Q*, (Cmg(q) =Bmg(q)). 
Com externalidades, podemos ver que o custo social incorpora os danos ambientais, 
representado pela função Dmg(q) onde o valor marginal dos danos cresce quando varia a 
quantidade produzida. Se agregado o Cmg(q) com o Dmg(q) obtém-se uma funçaõ do custo 
social margina CSmg(q), e um novo equilíbrio pode ser observado no Gráfico 2, em Q** < Q*. 
Gráfico 2 
Nível Õtimo da Poluição 
 
CSmg = Cmg + Dmg 
GIP 
Q.. 	 QS 
	
Q 
Quando internalizamos as externalidades, o próprio mercado chega a um novo 
equilíbrio, com danos ambientaismenores, confoiine observado no Gráfico2 pela diminuição da 
área de CSmg(q), onde Q** é menor que Q*. 
13 
Assim, o preço ótimo da poluição que é cobrado pela emissão gerada por q, pode ser 
obtida através da seguinte expressão: 
Clp = aDmg(g) / Oq (5) 
"Logo a cobrança em termos de eficiência econômica da expressão (5), 
determinaria uma quantidade de produção do bem X em Q * * que, por sua vez, dada 
uma função de geração de poluição Rmg(q), que associa quantidade produzida de 
X á poluição gerada, identtficaria um nível ótimo de poluição equivalente a 
Rmg(Q * *), ou seja, um nível de poluição, alcançado pelo próprio mercado, para o 
qual os benefícios marginais da produção igualam-se aos custos ambientais da 
poluição." (MOTTA,1999) 
Porém, existe uma dificuldade de conhecimento das relações de impactos entre 
atividade econômica e a crescente perda da qualidade ambiental e o quanto verdadeiramente os 
usuários estariam dispostos a pagar por essa falta de qualidade, impossibilitando a real 
determinação de Dmg(q) para cada tio de poluição, e, consequentemente, de Clp , pois Dmg(q) é 
estimada para cada sub-bacia, que tem a capacidade assimilação e concentração de cargas de 
efluentes diferentes. 
Entretanto, quando se verifica a definição de desenvolvimento sustentável, a dotação 
da teoria das preferências individuais não é muito eficiente na medida em que nem todo usuário 
estaria disposto a revelar sua verdadeira preferência, dificultando até distinção das "preferências 
subjetivas"2 e " preferências éticas"3. Em relação as "preferências subjetivas", corre-se o risco 
do usuário não estar disposto a revelar sua verdadeira preferência, com o intuito de ganhar 
vantagem em relação aos outros usuários. Com relação as "preferências éticas", é necessário 
levar em consideração as mudanças culturais, se seriam compensadas pela melhoria do bem estar 
da sociedade como todo. 
2 Preferência subjetiva é a que determina a preferência individual. 
3 Preferência ética são as preferências expressas pelos indivíduos em função de considerações pessoais e 
interpessoais. 
14 
Assim, metodologicamente são utilizadas duas abordagens para saber quanto o 
usuário deveria pagar por cada m3 de água utilizada: a do valor econômico, que é baseada na 
teoria neoclássica, e a do custo de oferta da água, onde o valor da água é determinada pelo custo 
de oferta, isto é, o valor correspondente ao montante de recursos arrecadados que pei 	inita a 
recuperação dos investimentos e o financiamento das novas obras do sistema hídrico. 
" Na primeira abordagem, cujo interesse precípuo e o estabelecimento do 
valor da água para garantir a promoção de eficiência econômica e ambiental, 
pode-se identificar diversas técnicas alternativas de cálculo. Em última 
instância, busca-se estabelecer o preço da água que permite atingir a 
eficiência na alocação dos recursos públicos, o que seria possível através da 
maximização da função de bem-estar social" (FONTENELE&ARAÚJO, 
1999) 
Segundo RIBEIRO (1999), utilizando-se da primeira ótica, que busca a eficiência 
econômica no uso da água, a valoração da água pode ser obtida através das seguintes 
metodologias: 
• Custo de Oportunidade - O valor da água é igual ao beneficio do seu uso 
na melhor alternativa existente sob a ótica econômica, e que não é suprimida 
devido ao esgotamento do recurso. Como exemplo, podemos citar o caso da 
valoração da água pelos irrigantes, isto é, o ganho adicional que tais 
irrigantes obteriam ao irrigar suas lavouras com água do manacial, o que 
corresponderia a renda (ou quase renda) da terra irrigada em relação â, terra 
em sequeiro, sendo apropriada pelos donos de suas terras. Pode-se citar o 
trabalho de FERNANDEZ (1997) para as bacias do Alto Paraguaçu e 
Itapicuru no Estado da Bahia. 
• Custo de Mercado - Nessa metodologia o valor da água é estabelecido 
através de um mercado de livre negociação, onde seu preço deve ser fixado 
automaticamente pelas leis de mercado. Assim, teoricamente o usuário 
busca a eficiência econômica no uso da água, através da aquisição do direito 
de uso de outro que faça com menor eficiência. Porém, em função da 
necessidade de se estabelecer critérios sociais e ambientais, é necessário a 
adoção de mecanismos como subsídios e regulamentação no valor da água. 
• Método de Valoração Contingente - Este outro método procura 
determinar uma curva de demanda através de informações dos usuários, 
obtidas por meio de entrevistas, da disposição de pagamento pelo uso do 
recurso água. Porém, esta metodologia é altamente criticada quanto ao 
problema da confiabilidade das valorações obtidas através de entrevistas que 
simulam mercados hipotéticos, que é a limitação de infollnação por parte 
dos usuários, dos reais beneficios e custos pelo uso de serviços naturais e 
ambientais. 
• Método do Custo de Viagem - Se obtém uma curva de demanda para um 
bem natural através da derivação de informações sobre os gastos que 
indivíduos arcam na visitação de lugares com atrativos para o lazer 
( parques, sítios ecológicos). Portanto, procura-se medir o valor da água 
para fins de avaliação dos beneficios associados ao uso de recursos hídricos 
para atividades recreativas e turísticas. 
A segunda metodologia, a do custo de oferta de água, tenta determinar uma 
arrecadação que recupere ou financie os investimentos nos sistemas de oferta de água. Essa 
metodologia, que pode servir como base para uma política tarifária, é mostrada através da 
seguinte abordagem: 
15 
• Custo Incremental Médio de Oferta - O valor da água é determinada 
pela soma dos custos de investimentos, operação e manutenção das obras 
necessárias ao incremento da oferta de água ( transformada em anuidade) 
dividido pela soma das vazões a serem regularizadas pelas respectivas 
obras. Esta referência tem sido considerada capaz de induzir a eficiência 
econômica, eventualmente, a ambiental, por fazer incidir no usuário os 
custos marginais de expansão da oferta de água. (RIBEIRO, 1999) 
16 
17 
+G 	 6=ifi 'é7 =~Ez ~F~i3 	 ~i ir 
<£~ ~ tfr~ _i irc_~c ~~r7 ;.rirc¡i~ -fY~ r~~Aslt 
A água é um bem econômico essencial para o desenvolvimento de qualquer país. No 
Brasil- ela tem sido de pxndar ental- importância, pois de toda energia elétrica do pais, 
provém de hidrelétricas. 
c ,~1;, ~ 
O Brasil tem a priviiégio de dispor de 611- km3 /ano de deflúvio de água, o que 
representa 13% dos deflúvios dos rios do mundo. Tendo uma disponibilidade média, com base 
populacional 	de-1991, de 3gÚ0€1 nr'/ nte_ 
Porém, esta água não se encontra igualmente distribuída por todo país. Cerca de 80% 
de Seus recursos hídricos ocorrem em regiões ocupadas por apenas 5% de sua população, isto é, 
para atender as necessidades de 95% de seus habitantes, ficam disponíveis somente 20% do total 
da água do país. 
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Disponibilidade e Estimativa de Consumo Hídrico no Brasil 
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	Regiáo _ Disponibilidade 
_ 	(m3/s) (1) 
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 Consumo 
Balanço (%) 
(211). _ 	Urbano _ 	T.riciüctriaL Irri•a;áo Total 
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Nerte. 121,847 - 	9,3" - 	58,1-- - 	4,0 - 	25,4 2,7 16,9 ~ 	16,0- 0,01 
Nordeste 5,900 42,9 ` 	17,3 31,6 12,8 
~ 	
173,2 69,9 247,7 4,20 
Cent-a-eeSt: - - 27,842 - 	16;1- 5,8--_- 12,5 24,6 52,4 46;5 0,17 34;6-- 
Sudeste - 10,589 144,7 29;3 -148,3 30,fl 201,6 40,8 4 4{ 4fi7 - 
Sul - 11,57$ - 	42,0- 1-1-,9- - 	25,4 7,2 284,8 80,9 352,5 _ 5,04 
Brasil 177,757 255,I i'c,_i 215,11 18,6 _ 	686,9 59,4 1157,0 - 0,65 
FONTE= BART:=: = T(1441): Asxc:os ambieat Ss da 22ãtác dos recursos ydricos. ibsídiot ico pars, daborac o> do Relatório Nacional do B sail pars a f rada das lday-_3 tinidas sobre 
o Meio Ambientoorlecmtmivimm ta,INICEl 9Z,mimea 
*T noo.11.poo 	sobinis 	toinlirrass.wi ni era região. - 
Observa-se primeiramente, na TABELA 1, um relação direta entre o nível de 
desenvolvimento da região e o total de consumo, pois 73,2% doconsumo nacional se concentra 
nas regiões sudeste e sul, que- possuem uma maior concentração industrial. A tabela também 
i. 
10 
10 
demostra que 59,4% do consumo nacional é destinado à irrigação, sendo que as regiões nordeste 
e sul os percentuais atingem-, respectivamente; 69,9% e 80,9%. 
Portanto, a crise da água, no Brasil , não é decorrente somente de problemas fisico -
cli iátic , é resultante tambénr da falta de aiu sistema eficiente de gerenciamento dos seps 
recursos hídricos, mesmo na região Nordeste, que possui quase 1/3 da população do país e dispõe 
apenas de 3,3% dos recursos líctricos do pis. 
Nosso modelo de desenvolvimento não respeita as vulnerabilidades e limitações dos 
recursos hídricos. Chega-se a estimular crescimento em áreas onde a escassez de água ,¡á se 
evidencia, seja pela Quantidade ou pela qualidade, e cuja degradação ocorre seja pelo lançamento 
deliberado ou tolerado de esgotos domésticos e industriais não tratados; uso e ocupação 
inadequada do meio fisico e outras intervenções impactantes_ Persiste, ainda, a falta de sintonia 
entre os promotores do desenvolvimento econômico e os responsáveis pela administração dos 
recursos naturais e da proteção do meio ambiente, especialmente a água. 
Assim, o país deve dispor de um gerenciamento dos recursos hídricos, que 
coordenem e integrem os usos múltiplos de seus recursos hídricos. 
A gestão de recursos hídricos significa equacionar e resolver as questões de escassez 
relativa desse recurso. Do ponto de vista conceitual a gestão se configura a partir de pelo menos 
três dementas, básicos, (PROJETO ARI.HAS, 1994) 
1 ❑ ❑Política de Recursos Hídricos - define os princípios, as diretrizes e os objetivos 
que se buscam alcançar. 
20 UP lane'a ento dos Recursos Hídricos ~ ~- 	 - precede a avaliação projetiva das 
demandas e das disponibilidades desse recurso e a sua alocação entre usos 
múltiplos, de forma a obter máximos beneficias sociais, além de equacionar os 
aspectos relativos a sua proteção e controle. 
0 OAdministração dos Recursos Hidricos - define o conjunto de ações necessárias 
para tomar efetivo o planejamento, com os devidos portes técnicos, 
administrativos e jurídicos. 
A política de recursos hídricos é um conjunto de dispositivos legais, normas, 
diretrizes e demais instrumentos que formulam objetivos, delineiam e orientam a atuação de uma 
ou mais entidades no sentido do alcançar esses objetivos. 
Deve-se ressaltar algumas conclusões importantes, como as seguintes 
e Cr problema crucial, da água no Brasil, em geral, e na região Nordeste, pm 
particular, é o estabelecimento de um sistema eficiente e integrado de gerenciamento; 
• Esse sistema deveria desenvolver quatro linhas de ação, complementares e 
interdependentes; gerencia:nento de bacias hidrográficas; gerenciamento de secas 
e inundações; gerencianrento 	hidro-ambientai; e gereticiamento de águas 
subterrâneas; 
• 0 gerenciamento deve ser proativo, isto é, antecipar-se à existência do problema e 
procurar evitá-lo ou neutralizá-lo e não simplesmente ser reativo, ou seja, realizar-se 
apenas depois que se verificou a ocorrência do problema e seus efeitos; 
O problema da água de uma determinada região não pode se restringir ao balanço 
entre a oferta e demanda ou uvna visão unisetoria. Deve abranger as relações geo-ambientais e 
s©cio-culturais de modo a assegurar qualidade de vida, desenvolvimento sustentávei corn a 
conseqüente reserva de seu capital ecológica. Portanto, a viabilidade de determinada alternativa 
de uso de água disponível compreende análise em termos econômico-financeiros dos níveis de 
produtividade eíou de competitividade mundial que deverão ser alcançados. 
Conforme a Constituição Federal de 1988, ficou estabelecido que é de competência 
comum da j,nizo, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, registrar, acompanhar e 
Lk) 
fiscalizar Wv coneessões1G direitos de pesquisa e exploração aG recursos ìúa ai v zJ em Je Ú 
territórios.:~.Lei complementar fixará normas para cooperação entre União v os Estados, o 
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	desenvolvimento 	- - ais'tritíJ Federal e
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aa. i..Tnili.ii, pertence as aguas qa-:.̀...sa..a... vui tCiiati.Ìs tie sea aenlinios, ou que banhem 
mais de um i~~ado ou Pais, também as aguas represadas em reservatórios- por eia cons4ruida. Aos 
	
(~4 /¡n[ pertencem 	!~ superficiais ou ti~}.¿~ s~ 6 localizadas : - '-= • 	limites s 	~y Estados 	~LS águas Sli~VfllVf~fS 	S4LVtViíaalVCLV 	lLVii{i~ (1(.ÌS i1fS1i4VJ de seu 
i_eL"ntop0, 
de . ~y~_ foi 	Lei TN' ^ _ _ ~ 	define Politico Nacional 
_, 
Em Janeiro 	17J f y 	promulgada a 	j f.i✓J t L(ÜG 	a 1 `í~alGa. LL ZtCFtJ1V~IQi 
úe Recursos iliLlrico s e institui ^v sistema Nacional de íìeielïcianlente dos Recursos hídricos). 
A essa politico, que busca assegurar o desenvolvimento sustentável e assegurar 
r5 	(~ 	~{^(~}~ c.~y~ 	tem /~}i~ base 'r3 politico ~~ í"jLliG.~+LÌLS aos nossos problemas, {.Lill como VaJV de i.JV lGitlW 4.tV recursos hídricos us seguintes itens: 
e A água G um um aG Ltofiiiiiio ¿3L€t3iiGo, 
g i a# a 6. um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; 
* Em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos iiiL:iiL,iiJ e o consumo 
humano e a dessedentação animal; 
! 	 _ 
A~estao aos recuisos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo da 
aguos; 
• estão dos recursos l7iÜricCis deve ser descentralizada e contar ct;n2 a 
participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades; 
O. ii fir 	da gestão de recursos hídricos com --estão ambiental.t7 a ~~.~ta€~ 
Alguns Estados instituíram os seus sistemas estaduais de gerervia.meiiio, com 
pe. i;ea própria, e = com pianos estaduais ' ~ :. ~ corno 
	 estado ~~, ii i 	1 até 	~la. vJ Jtá.üü~. de recursos i3 ~tïi~%vJz 	exemplo o 	v 
21 
OS REcUR SàS I CIREC OS NG ESTADO STADO DO CEARA 
2.1 - c.~~®RÍO DA REALIDADEA3 :RICd NO CEARA 
A água é uni recurso natural indispensável ao desenvolvimento de urda região, no 
Ceará, que tem mais de 90% de seu território encravado rio semi-árido, isto é, numa região 
caracterizada pela distribuição irregular das chuvas tanto no espaço corno no tempo, ou seja, 
as chuvas são variáveis e diferentemente distribuídas nas várias regiões a cada inverno, assira 
a água assume uma importância ainda maior, pois eia se torna mais escassa e por isso é 
preciso usá-Ia bem. 
Esse recurso natural sempre foi tratado como recurso ilimitado} ora como bçm 
publico ora privado, mas sempre disponível e gratuito, sendo utilizado sem qualquer critério 
de planejamento, impossibilitando a potencialização de sua capacidade de gerar vida e renda. 
~`- preciso -considerar , i gu Yl2 R -caïaFteCLStir:~ s nan wars, sócia-ecn_~nnt r ao e 
culturais, quando se busca uma estratégia de atuação que garanta a gestão integrada, 
descentralizada e participativa dos recursos húdricos, corno as seguintes: ( tSt;iRJ'JZLI, 1998) 
e a água como elemento essencial à vida humana, vegetal e animal, mas escasso e 
limitado em quase todo o Estado; 
e a realidade de urna região semi-árida, onde não existem rios perenes, e a garantia de 
água para o ano todo, só é possível corn a intervenção do homem sobre a natureza, através da 
construção de obras hídricas; 
e a prática histórica da intervenção governamental no nordeste caracterizada pela 
realização de obras hídricas pontuais, desvinculadas de um processo de desenvolvimento 
integrado para uma deter 	minada área, que resultou na privatização de muitas destas obras; 
22 
17 J 
• o paternalismo que tem caracterizado as intervenções mais estam uturadas dos 
perímetros públicos de irrigação e que levaram a dependência quase que total dos irrigantes Qm 
relação aos órgão governamentais; 
a a força du componente cultural que concede que as fontes de água,riachps, 
cachoeiras e até rios perenizados que existem ou passam por terras particulares são também 
particulares e portanto disponíveis para Qualquer forma de uso, sem nenhum controle público; 
• a dependência histórica da população em relação ao Estado, para atendimento, quer 
seja para abastecimento de água nos períodos emergências de seca ou como construtor de infra-
estrutura hidrica a " custo zero" em propriedades privadas. 
Portanto, 	 +~t-:.,+ 	̂determinantes 
	rn 	 ..d .~ 1 V1ï.aipitOy estas características são 	para evidenciar as par~ie,li aritlaátG3 
do processo de: organização dos usuários de agua no icara. Estes traços culturais que refletem 
uma pra:tica econômica„ politica c social giic sempre existiu em relação aos recursos hídricos L. 
que terá que ser revertido, através de um processo participativo de organização dos usuários de 
agua} Clue se torna fundamental para a compreensão da agua como bem econômico essencial ao 
processo de desenvolvimento sustentavel. 
A realidade natural da região, que possui chuva:; muito irregulares, necessita da 
~ intervenção do homem na natureza, controlando o seu uso dos recursos hídricos na terra através 
_ da construção de açudes, pci>.ú~ra áo dc poços„ i:Onstr tt rao de cai.ililbaS e cisternas. 
k e 	fura da.prátjc- de_ sex.omtruir açudes, c ho e o Ceará possui_ mais de_FLUO0 
açudes de pequeno, médio e grande porte, tendo uma capacidade maxima de armazenamento de 
Asila tia ordem de 13 bilhões de m3 de água. (i E À,SRti, 1997, 2 edição`- 
TABELA 2 
Reserva hídrica superficial em todo território do Ceara, os maiores açudes. 
Mu; pio 	Capacidade em rì3` Açudes 
Casta.rháo (*) 	 Alto Santo 
Orós 	 Orbs 
Anoja. Lisboa a.r'iáv 'iii) 	i3ánabuiú 
Paulo SaiaSate fArarasi 	 Variota 
Pedra Branca 	 Banabuii 
Pereira de Miranda- (Prteneostr) 	Petencoste 
General Sarnpaie- 	 General Sanvaie- 
6 bi[ii"oes- 
"? bilhões 
1,7 bilhões 
á9-1 milhões 
434 milhões 
395 milhões 
3-2 rnilhões_ 
~4 
Foe: Cear._S, Setreiaria dos Recursos Hid_r_«^•s_ O fS3Z::i:a'.-,n das >,'aas; irforma4$eç básicas sobro jerfnciamPtd9 dos recursos 
hid ricos, FortIIiCm, v ~v, 1997, 2O Cdição, 23p., li.. 
(5) açude eans`uuKrac 
O conflito pela água tende a aumentar conforme o aumento do consumo, pelos 
diversos usos e a impossibilidade de aumentar a oferta da mesma em quantidades suficientes para 
cobrir a demanda, pois existem limites naturais iie impedem, como a capacidade maxima de 
reserva iúdr iCá superficial no estado. 
Portanto, ë fundamental estabelecer mecanismos que permitam o uso desse bem de 
forma ordenada, realizando um gerenciamento integrado dos recursos MCIriCOs, considerando 
todos os usos e atividades que possam resultar em conflitos ou degradação para o meio ambiente. 
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26 
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ll 	+.-_ .$.. Lei N.° i-_ 	£ì ~ ~+ = 	1 (1 ~ 	Conselho Estadual .át_~ iiccreav ci~, 	~..s.~i3u} úc tif:iv la%L.irii dc: i9~~i e G 	 ~u Recursos Hídricos, 
teve seu regimento aprovado pelo Decreto de Lei n.°23.030, d ' 01 de fevereiro de 1994. . 
O piiieiro Plano Estadual de Recursos Hidricos - ltiaErH, foi elaborado em 
1983 mas somente em 1989 ele foi objeto de lei; o artigo 326 da Constituição Estadual 
estabelece irüe iie deve ser mantido atualizado pela adTrilnistração estadual.. 
O orgão gestor, Secretaria de Recursos Hídricos - SRR, foi criado pela Lei 
'11.306, 	,l ' í~ig^, 	 pelo 	+ .3.., Lei N ° 21,044 í 	= 	~,2 ,-. 	 N 	dC- Olde e abril de i ~ v ~ e i"c'c~âir Utur ada 	Decreto u~ i~ei 	~. i . ~~ `--1, úe 3 i de maio 
de 1991.ÀSRHT estão- vinculadas a Companhia_ de Gestão d8 Recursos Hidricos 	C.eará - 
COGERH e a Superii-itendóncia de Obras Hidráulicas - SOHIDRA. Encontra-se em tramitação a 
vinculação da Fundação de Meteorologia e Recursos Hidricos - FUyCEl'YF,. No contexto do 
PROÁGUA, tais instituiçaes. configiíram-se-como. osór~a".osexecc.tores-d.a-prog_rama. 
Os instrumentos de gestão de recursos hídricos citados na Lei Estadual dizem respeito 
á Outorga de Direito de Uso dos Recursos Hídricos, a Cobrança pela Utilização dos Recursos 
Hidricos e ao rateio de Custos das Obras de Recursos Hidricos. 
O Decreto de Lei N_° 23.067, de 11 de fevereiro de 1994, regulamentou a outorga do 
direito de uso dos recursos hídricos e criou o Sistema de Outorga para uso da água. 
Os Decretos de Lei N.° 24.264, de 12 de novembro de 1996 e N.° 24.293,de 05 Fie 
dezembro de 1996, regulamentaram a cobrança pela utilização dos recursos hídricos no Estado. 
A COGERH G o órgão competente para calcular e efetivar a cobrança pela utilização 
dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. 
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Na primeira etapa da cobrança, como definido em lei, a tarifa será cobrada dos usos 
: a 	f,-;.,;~ ' 	serviços de 	r 	 nt O e usuários industriais e das z.aricessioilára iá$ de ~c~i M~ços 	abastecimento tie, â~,ï.iã ~iÍa`v~i. 
conceito dc cobrança entendido como um instrumento de gestão que suporta a manutenção do 
sistema de recursos iaidricos e incentiva o usa racional da agua que i.Saássa a ser tratada como um 
bem econ(3mifo. 
n No que diz respeito á cobrança, a COGERH necessita desenvolver estudos de 
tarifas, implantar sistema de cobrança, adquirir equipamentos e softwares e atualizar seu banco de 
dados através du cadastro de usuários de água bruta. 
precisa acima- -•tu _ a co_ eng.o, par parte da população,-danecessidade da 
utilização racional das águas, não ficando somente a cargo dos governos a fiscalização e 
gerenciamento dos recursos hidri ;os. 
45 
- RECURSOS _-'~IitRÉCOS: GEEiELV_C1AMEW1.O PARTICLPiATLVC1 INTEGRAPÇI 
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O modelo de gerenciamento integrado2 participativo e descentralizado2 previsto na lei 
estadual de recursos hidricos, para ser implementado foi criada em 1993 a COGERH - 
Companhia de Gestão dos Recursos Hídrieos do Estado do Ceará. 
Este modelo entende que a água deve ser gerenciada de forma: 
• Th4`1EGRADA - levando em consideração todas as fases do ciclo hidrológico e 
observando seus aspectos quantitativos e qualitativos; 
• DESCENTRALIZADA - onde as decisões devem ser tomadas a nível das prdprras 
bacias hidrográficas; 
e I. RTICIPATIVQ - onde todo o processo de gerenciamento a nivel da. bacia 
hidrogáfica, conta com a participação de representantes dos usuários, das instituições 
governamentais e irão governamentais e da sociedade civil organizada. 
Para de fato efetivar esse modelo, o processo de gerenciamento participativo e 
descentralizado dos recursos hídricos se subdivide em vários momentos e espaçps: 
(GARJULLI, 1998) 
• Apoiar a constituição dos conselhos gestores de açudes, (fag comissões municip tis 
das gestão de recursos hídricos, das comiissoes de usüarios dos vales perenizados, 
respeitando as especificidades de cada realidade, enquanto espago de negociação 
social, Com o objetivo de resolver eventuais conflitos devido aos usos múltiplos -da 
agua; 
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~ Garantir o acompanhamento dessas instâncias sobre as ações do gove~i,o, na area da 
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;-ï - 4o_`,s1DERuzTus 
A agua é um bem econômico e como tal dotado de valor, corno lá apresentado 
anteriormente, assim é necessário deteririinar o seu valor econômico. No Estado do Ceara a 
cobrança pelo uso da água consta na Leldslação Estadual, e essa cobrança deve levar em Unta as 
pecularidades de cada bacia hidrowáfica, conforme estabelecido pelo Conselho Estadual de 
Recursos Hídricos - C;NERH, e os recursos arrecadados pela cobrança devem ser repassados ao 
fundo Estadual de Recursos Hídricos - FUNORH. 
"Já se encontra definida, ao menos para sua etapa inicial, a política 
de lar ifaçdo pelo uso de agua bruta no Ceará para abastecimento humano e 
industrial. Para as companhias de abastecimento foi estabelecida, pelo 
governo estadual, tarifa unitária de 0,01 Rr/ m3 com base nos custos 
médios de O&M e em negociação política. Já as indústrias, que pagavam 
historicamente tarifas de ordem de 1.2R$ - m3 - exceto quando eram alvo de 
incentivos fiscais - ficam com tara estabelecida em 0, 60R$/m3. 
AR AÚJi_ J 3,p_t5 ). 
Numa segunda etapa a cobrança pel:, uso da a.gua, deverá abranger os usos lidro- 
~ 
ágáicvia na bacia 	Tag üãiiv e. E para a cobrança de tarifa desse SSe USC, sera necessário o 
valor de sistemas e dados que permitam definir o 	da utilização da agua. 
importante salientar qua a radoç%ao de uma.políiica icryffetria.para 
uso da agua bruta nao pode ser considerado - um fim em si mesmo e sim um 
meio para viabilizar uma ampla política de recursos hídricos preocupada 
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e teeo r,trAQ.~ ~S fi a:~ s~ - }®EE 	~ 	~ ~q 	?~ ~~.sgÌ~~~~~ 
.2.L ~ jLiri á i~{t4~~ ~~ ~i[=i ~i.á ~l.L. LA, 4YK ~~ LJ-5l- _~~ 
Neste ;tem, sera mostrado um trabalho elaborado por Fontenele e Araujo (199?), 
que tern corno objetivo valorar o custo da utilização da agua na bacia dG rio Jaguaribe, além 
de contribuir corn a elabora~ão de urna base que viabilize a cobrança pelo uso da água. 
_- agua como bem econômico cada vez mais escasso ju3'z'jl-C=w o 
argumento de que a cobrança pelo uso nab ~ um v:~li.~' aos seus 1í.;:,..'á{'''if>S' .,e. ~.z ..., , 
umcritério ~ ~ ~ 
	
uso da 	,a einstrumento- r~,~ sïitw sim 	iÉt, 	ciência iCv 	a~» 
_ 
v .b_ v ±'aIC~ItÌ 	permita garantir 
	
a vJi..tEEÉã 	das ações do Estado.}. ~ 
Somente através # 	 ~- • 	• -uvf:..awra-vs=_4Fer? 	dos 	qual ,`3:3ï~c, LLU uL~.-Eti:,a de uma fivitélïa €~c: , ~ L~cz~ tu~.~ì;ì i.L,~.~ i;t.:.:áv5, ao 	sela 
cobrir pv.:;tt.'.:=f:E7 cobrir :%:ï ;ii.ïáiÌ.`s' :.ir: opticsE~~.-:ní3 .% ïlSiL;iLï:É`c-lo-u'-v .% uma parcela dos 
investimentos 	capital, poderá viabilizar a iFpEY m LÌfLv EV íf:~ novos 
t.~.- 	âOA.?TP,Ti~-,i.. ~ T',.~ ~r %~ ï's AT ,,éf`a ? (-Inn y«:GJLIiIïC.JLEi~.3 PLV,3CLã77" . L~J1Y 1i.iYLLZ.wLiiN.tl_VJV_, 33 
r^:'ic-m . .. 	- 	,.. ~ú ~ t.cL~l íie - 'tïiiL~n~~i- _~s~. ~ia~~liá~o desse_ _mo.f-ieico 
a _ 
 
tarifação, 	metodologia 	considera valor de : 
	__ pelo 	da ' 	baseada ~ uma 	que 	o 	'vi717raÌ1jiú. uso Q~,Li.:o 	,,..a. 
v 	ú c_a;liCaJi do principio :sdiál~v—pagador, sendo compostapeia 	Ka riyla 
correspondente aÌv3t
y
;LaY av í;s investimentos íJe:t3ici+7a 
	
e1c Luauva nas obras u: f _a - 
esC atL.a de :si cum. tais como barragens de suprimento iiLil.:,_ parcela correspondente
as despesas de administração, operação (inclusive energia) e manutenção da infra-estrutura 
tais- como os custos de gestão e mC;itvl e 1to, recuperação 	barra iiá 
administração do sistema. 
A rrrta j 	f:-r.,.~ fi`1uv3v~yáü. ~rv~r`v'aLu [.ivuu ás,f vuaL1 s~ civa Q.LIaYL.3~ uá. ~;c".~iIiI2L.J i, ~yre3s~.v: 
e 
K2 
„( ~ ~)l7Ì F1ï 
F¿ — 
[(1+r)ra - 11 
onde: 
~ 	t 	 J jl{ 	 ~ cr=-~ a.se`~ a~a ._ic? usuário í ç~Y1É~~IVt~ 
K 	Valor correspondente á amortização anual dos investimentos 
públicos nas abras ve. infra-estrutura, Lm. i ~; 
Valor Correspondente as despesas anuais de administração, operação 
c manutenção, em Rs; 
Q } Vazão reguiarizável anual, em Sihm3 
34 
Obtemos o c ;eiicieiti.eK1 através da Seguini.e, expressão: 
KI = 10.- ¢ 
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la la 	Valor atualizado dos investimentos públicos (barragens)„ em i`i. ; 
I; 	Fator de recuperação do capital. 
Para a obtenção fator de recuperação, necessário o viiiláiìï<14i 	t_ algumas 
variã_veis como. 	_ 
Ì" - Laxa lÁe c~\ 17r1LV~ 
n - tempo de recuperação úo investimento; 
Então: ii = prazo de áúvxli Zaçái (vida 	rcáiuualiãvs i nveáiiiei€vs i-csiiiiv 
rcáei vatGiiC} i---te de dol..- Úi l.jla)úa bacia, anos. 
O prazo usado para determinar o período de amortização dos investimentos 
públicos em :ias infra-estruturas hídrica foi de 50 (cinqüenta) anos, conforme consta na 
legisla do brasileira através C O decreto i.~ 75.510 de iii ?, e a taxa ,e desconto utilizada 
para se calcular a amortização das obras de inJn-estra mra, foi consi erado urna taxa de 8% 
ao a-to. 
a _ 	a a obtenção de K2, foram considerados os gastos feitos pela -COO£RH,no 
gerenciamento das bacias, 	gastos com manutenção da infra-estrutura e os custos com 
bombeamento. 
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despesas 	' 	't.º.. fiscalização; 	, ,I 	3 [' UCápeSAÚ com obra, j~ritj-~4v C. E.E~:.aEE~.R~~:.z, ? recuperação de Cáj<~iáE em ~-:i anos 
com juros tUG ~ ~.R.)- ~ a- 	1G~ iE . 	'zRv l r+ 90L4 di gCÌLiLE R- u µ G . 
Baseando-se em parte dos dados de custos estimados por MV TL7(1995), e ern_ 
estimativa de custos de barrâgená--dL? PROvRv2 -descrever-se o custo médio -em 
função . 	: • 	~ .-. ii 	S ' ' 	f0,3505*-a. - d fì 	
gW ~ r~/_ 1 onde F' LLìi2~ ú~ ~.t~ rendimento llidror'v'~li+o. ~ — 	t -v~Jbr ~-►~ rv/%r vúuc ~ 
SAO- É73 custos de recuperação A 	tc 	ïÚQft✓ R( ~ ~ ~ rendimento 3. 3 s 
hidro ógico4 em c.vo -e f o fator de correção que depende do tamanho do 
reservatório (k). 
.~ 
equação de ARA11I0(1.997) tern melhor aplicabilidade 	L ano_s:N/Q 
<3 anos. Para valores -que extrapolam bastante esta faixa, ádi22iÍi- SC que o custo 
unitário d o valor mio da série de valores obtidos por 	-de (i) -e (ii), 
,. 	~ 	 a v 	 ~j _ ~~ estimando em~.G59li.úi3~úi.~ corrigido pelo fator de correção 	. 
Tabela 4 observa-se uma síntese dos custos médios de recuperação do cap, a. 
para as barragens do rio a pìaifb e, de acordo com a metodologia descrita anteriormente. 
Síntese dos custos Miiïivs
sa
de Recuperação do Capital das barragens 
na Dacia do as'aigiJQrij3e 
Sub-bacias 
► nur.aºt~mcrl4 _ . -_~==.or..~ 
(Krl1 p0Ü `) 
Alto Jaguaribe 	 80.51 
rnécirg-Jaguarìbú- 	 -99,19 
Baixo Jaguaribe 	 40,79 
Salgado 	 1,95 
Banabuiú 	 38,62 
[viedta 
	_. ` 	
51,67 
. 	TE: tj1ITËNFL11,. Raimundo 1'l srdo Silveïm & ARAÚJO, José Carlos de. Tarifa de ãg_ua como instrumento tie planejaprenio 
dos recursos iddricos da bacia do Jaguartbe, Foitaleza: 1999. 
~ Tabela 	 ' barragens eáer_eve um resumo dos custos de investimentos das 	I3a bacia 
~-. 	 do rio Jaguaribe. Estes custos foram obtidos conforme abordagens descrita anteriormente. 
~ 	 4 
aty_lira E3~T£iF6~£r"Y' `~-~ Pa-Tiir~a 
TABELA 5 - CUSTOS DE INVESTIMENTOS DAS BARRAGENS NA BACIA DO RIO JAGUARIBE - CE 
Su Ynlurne 
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Va•zaa 
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QuEe`aatt* 
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I!` 	Or- 
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.cE.'=magrtru 
` 	Custo 
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=-(11tii-,3.):el. 
Remitter-Aviv 
=L .& €8~it.#1 (* *) 
.-(RS 1,flOiu.301: 
- Valor-dos-
~v~t.ne.n19-~ 
(Rá IA) _ 
FONTE DOS 
. 	RABOS 
A1tèJxiznar-ibe- _ _ 
~ 
B-cco.daT'-eslsa 	- ~Q~t% 46,097 ~( - 13 92,: ïi,1ü. 214.028 9.958.399 -Eq. Ara4o, 19n 
T-rici 16,50- - 	25,39 - á023 - 	- 490.643 . 6={í02:26a, T=t95 1t101-41 
Váxmat,G Bei _ - 51,82_` 55,47- - . -~126, - 	0,$9=- 0;116 945-401 ` - 	11:565.553 T4.-Aratij:.r1997 
Favelas- - 	30,121 ~ 	32,38 4,789. - - 0,166- 793_746 9_710.276 MO 121;1995 
ïcivaldo de - - 
Carvalho 6,43 12,34 0,496 0,77 0,205 101-874 1.246.278 Er i Araújo, 1993- 
- 	263;00r 7%62- +x-;816'- 1,25- 0;016= 568.372 ~ 	6.960k5@6 	- Eq: ~Arattic 1997 1russ4 
r~xatas - 	6 ,.42~ç 1931- 7,-5=.. - 	1,2¢' :.-.. 	Ft.01-2 240.615 `_ _ . 	2-e~4,3- 46a ~.- 	F4. ..r kraúj;: 1997 
Broca 17,50 4,54 : f1761- 1,26 _ 	0>-1-4ffL = 110.532 1357197 _ F.g Arsii~r 1997 
238.068.320 Eq. Araí:j^,, 1997 O=ós :.956,26 103-7,20 
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Carneiros _ 	37;18 3,15 2 in8 0,409 -- 862.444... t0.550fi53- - MOT:4, 1991'i 
141anºelBalbino 	• 37,14 . 	487 O.26-5- 4;51- - - 	- - - Otxsic>T3nitáfie-Altédìo 
Irgazeira - 	11,32 . 	11,5- ? 29$ ̀ 	0>90 ..0;08~3- = 190.541~_ 2.330.976ET. Araúyo;49§4 
Olho daAgua - 	21, " 10,6 3,415 -1,07 - 	-~ - - Cnsto 1Jnìtaria lçfédìo- 
At'átt-io II _ .. 	208,~' ' 	9778 24248" ' 	U, 3 0,087- - I.665.699 '- 	20:377. ~` - 'Eq. Araujo 19e7 
Quixahinka - - 
Prazer es̀ 
- 	32,51 
32-,50 
. 	3, -'. 
6,1 
- 	- 1.418-- 
3;489- 
1;6a 
- 	1,37- 
_ - 
- - 
... 	. 
• 
_ 
- 
--- 
- 	- 
Custa Unit' ~ 	edio 
Custo-linitári~- - 
Lima Campos 	 63,65 24,7: 12,192 ~ 	1,14 A,015 - 
~ 
-179.165 219-1,818 Aratij_o, 199-7- -Eq. 
~iióïoiaï - 44,57St` -'- .2897.853 3='456:8=5 
;çaio.,lavarihe- _ „_ 
Joaquim Távora 23,66 16,1" 3,600 - 	0,99 -0U78- - 280.028 3.423.721 -Eq. AFatïja 199-7--• 
Canafistsla - 	13,12 5,91 1412' 1,10 0,078 '- 109.602 1340.809 Eq. Araujo, 1943 
- 	6-1,42- T~ 13:043 - 	0ã85- 0,096- . - 1.258-0.18-- - 	15-394:8.35 Err Aranjok 1997 Ri.,el,orricr3º,ayee 
Ema _ . . 	10,39 _ _ 	9,, • 1;997, - . - 	0,92 i 	- . - 0;080 r 	_ - 	160.365 1961.828 _ Eq. - Arãiíja,l9Q?" 
Subtotal -21}652~ ~ 1.868413 
~ 
22128.493 
L{-aàã~;'L~ i - 	- 
_ . 	- ti - 
Serafmt-L1ia.s - - .. - 	430- 10-1,,3 • 8,098. - - 	0,73 0,14- . - 1.210-081 - 	14..803,511- Eq. _4Fatíier1937 
no José 29,15 6,3 1064 1,32 ._ 	11,151 , 1621.4.18 1.9962.474" EYArasif,+, 1997- 
Riacho Verde 14,67 1;83 0,797 1,52 - 	- - - Cu.ïtültnitárirt TvVitig . 
Nobre 22,09 " 	1,68 0,240 - 	1,72 - 	0,?_-31 55,421' 677,994 Eq. Araúio, 1997 
Riae1te->zc^ - - - = - ~ 
Tarngv - - 	-1.2,78 -- 	2, - 0,340 ._ - 	1,3a __ . 	a,055 _ 51.761 _ . 	633.212 _ Eq. -Araúio„ 1997 
TrapiáFl = 	18,19 14,44 - 4,612 _ 	- _ - 	0,0n " 148.602 1.817.91T " 	~ICJFA,1995 
Pedras Brancas 434,05 -15850 59,836 - 9,018- 1.049.464 12.838á06 MOTA, 1.095 - 
PAW ` 	72,89 - 	73, 2i=1ó6 - - 	006,6 - - 1.394.707 - 	17:.062:130- -- 	MOTPç-1{95 
BoaZdrãgz,a+ 42,0.0 . 4,871._ - - 	1,02- . 	0,115_ . 560.946. _ . 	6.867 127 Eq. Arsúv0 1 ~97 ,_- 
Fogareiro 118,82 267,85 41 2 73 0,74 - _ - - - 1Jnitãrio 3 _tïtsfo ,~{Z~,
c}ìïo- 
~c~c,."'..: :1.1112m~ 	- 	.- 54,00 .~rvi,S - 2r~,2í~ 4: - 	1íy7 s. - 	- 	. - - 	_ 'T^„"7^at~.0 v Cu`dtse~~, l.~ 
BaashxnS.- = 1=8ú0,00• ír33 23=5•.817= 1,17_= 0,0X4 ,` 8,130.851 - 	¢4.468,64'2 Eck-Arsújc, 1997 
E.,̂. Aza1'69,1997 Cedro- _ 	- 126,00 1L046.- _ " 	1,34 _ 	0;0-27 : 293.979 - 	3.596.388 
Cipoada 17,25 32, 4614 0,092 422.236 5-.165-.423 MOTA, 4995 
Foça dot3atTa- 	_- 52,00 29,5Z 	 9,517: . 	1,04 0,042. ̀ 399.170 - 	4283.232- Eg_Aiaújo„ 1997 
Subtotal - 433,175.-- 13.877.637 16-R771.856 
BalsaTatu-aci~ ,r- _ -
- 
Sto. António de _ _ _ 
i Russas 2979 9?;st 1-,7477' f0,6ã -. 
	
#~fi4i 520:003 t~s:3éf-446 -Caista-11ni[áriaì `~".io- 
euhrntal 	̀ _ t 520.003 á362:- ` t2.747- 
`FO-TAF,-GETtAL 807055 • , 301 42:630-102 - 	5-21.514.70'_- 
'T 	_ m 	= 	 1998, cajo r~.-'-~."aeï618-. YeaieaEo wa tad a.. 1204. 
E4'}4"a_4_4^a^^i -̂,..,,2a>,.,a.aesc,tnde.&r><,aa eLe++a-vdzalülstos imma„nemnn dR-srsanos. 
E..rolYalaua.tdi0.de:.&vn4.44,1QF4(1=9iãM1=,tii 
,-~. IFTE`9~1isPPETLTi.Raisnu:dsEdeadvcih~a'BcARAti,7@, taeáCarlesder-Tarifa-dríEwa-sram4,. fx s•,..•-„-^ r- p^c-~,-~..••*.~ ~-~ 	-- 	~ da e 	 ~-~_ 
biela ala 	(994. 
38 
Al2ál"ls&11d6 os Vai*ire:s enefs~-~itrRi o5, V%riffea-se-üf29â. mayor- 	relação 	'aos 
eustos rn~~ áe Gedtt. que vafiam áé-102,32t1009W até R$ 15,30t1-0fk, iri:',1 do que os valores 
n 	
~_ 
dos custo. médio de recupera;ã,o de capital, _que variam entre tt$3gr62Ìí00~tn ate 
RS 90,19f1000mFpara-a. sub-bacia do Banabuiú e Médio Jaguaribe respectivamente 
SegUid:~-=--(FOPv-TEN--z:~E&~ 	UJO; 1999), enrrelação- ao-custo-médio- de- O&M para 
a-bacia- do=-lagurjbe, o resuitada.encontrado; RS 3;1011000 re, com baw de agua regtlarizáver 
possui uma compatibilidade-com estudos- fèitos antericrnnen-te, que tinham come base os custfts 
de agua- outorááxzel para. as bacias_ interioranas (RS.- 5,5.511000 rxr3)6.- Essa. compatibilidade. se: 
verifica 	quando se constata que as-verze4es outorgáveis-no Ceará são ern- média cerca de-60%-- cl,as 
vazes regularizáveis. porém, os valores encontrados foram inferiores aos encontrados para a 
bacias metropolitanas (RS i3,J 1-0:00-n 'e para o Canal da Trabalhador (RS 15,9111000 m-3) 
Entretanto, o. valor encontrado do custa médio da: bacia- do Jaguaribe (RS 3,10}100( t) se 
encontra no intervalo da tarifa média inicial proposta para irrigação no- Estado, a qual deveria 
estar entre R$ 2;OQ=e R$4;:00I1-000-m3 
' data res:ila-~;zaveí ç- aqueta-erue -se -podc-retirar anualmente de um reserv-atts:te.coaarrne Q _; rda-de oferta,-- - 
A-asaiia outfrrgá5j€á aquela que-£7$ usL&ía_15 tem áwtoiï.~aÇâck de ¡Alizar, essa artoriZ-iieéo 6-fei-'ü'xecida áüt*_Qaìentp, 
cfhasta cent v"az~sde-áeua dcfidd-e para Eitte finalidade -sera- utilizada. 
' 	~ ~ vale.-r. Fuil~adus- p&ra conversão na- Ltuca ~f~~ut de -Rs- 1,00 igual-Uç$ -; d31`3tttf{brof98}_ 
CË iNCLUS.4.0 
A água é um recurso natural essencial para a vida e para o desenvolvimento 
econômico e social de qualquer região, o que torna indispensável o gerenciamento adequado- de 
tal recurso. 
Este trabalho- procurou mostrar a importância da adoção de políticas fie 
gerenciamento dos recursos hídricos para uma desenvolvimento sustentável do estado do Ceará. 
Pois, o gerenciamento- dos recurso- hídrieos no estado- do- Ceará, é um necessidade crucial- para que 
o estado continuar se desenvolvendo, ern decorrência da escassez dos recursos hídricos no estado. 
Foi mostrado que no Ceará, como no resto do país, o Governo vem tornando 
providências em relação ao problema da água. Um passo importante nessa caminhada foi o 
estabelecimento- de criérios-pelo- uso da água na Constituição- Federal de--1988- e--em-Janeiro ¶e 
1997, com a promulgação da Lei N.° 9.433 ( que define a Política Nacional de Recursos Hídricos 
e- institui osistema Nacional- de -Gerenciamento dos Recursos hídricos). 
No Ceará, também consta na constituição Estadual critérios que determinam o uso da 
água bruta, assim come-- a criação- de- órgãos- responsáveis- pelo gerenciamento- dos recursos 
hídricos no estado. Além disso, vem sendo discutido e elaborado critérios de cobrança pelo uso 
da água. 
Foi mostrado, que-alguns estudos estão sendo feitos sobre a questão da cobrança plqla 
utilização da água, utilizando-se de metodologias econômicas, a do valor econômico e a do custo 
de oferta de- água. 
Corno já visto a primeira metodologia possui muitas criticas, pois como trabalha cqm 
mercados hipotéticos, pode ser que o valor determinado seja economicamente eficiente, mas 
socialmente 	i freiente 
40 
41 
No caso especifico do Jaguaribe, a metodologia utilizada se baseia no custo de oferta 
de-águam, pois retrata-mais a-realidade- econômica na- medida-que não- se--trabalha-eme merea4'ps 
hipotéticos e consegue incluir no valor pelo uso da água os custo com investimentos, manutenção 
e operação das estruturas hídricas (barragens, açudes, bombeamento de água). 
Portanto, deve os recursos hidricos como um recurso escasso, ter um gerenciamento 
eficaz dentro da visão de urn desenvolvimento sustentável, para que o consumo da geração - atual 
não prejudique as gerações futuras, nesse pensamento que a valoração da água entraria como um 
regulador do uso desse recurso que é de fundamental importância para a vida e o 
desenvolvimento do homem, principalmente para o estado do Ceara. que sofre muito com os 
problemas de falta de recursos hídricos. 
s 
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