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PUERICULTURA 1)INTRODUÇÃO -É o acompanhamento do processo fisiológico da criança, considerada uma pediatria preventiva junto aos pais. Responsável por verificar os estímulos de desenvolvimento, observar cartão vacinal e outros para identificação precoce e atuação em fatores de riscos. -Sempre em conjunto com a caderneta da criança em cada consulta, registrando nela o peso, altura, estatura e avaliação das habilidades psicomotoras. -Recomenda-se que a frequência das consultas seja: • Mensal até o 6º mês; • Trimestral do 6º ao 12º mês; • Semestral de 12 até 24 meses; • Anual a partir do 3º ano de vida. 2)ANAMNESE É o principal meio diagnóstico na pediatria! -Evolução da criança até o momento da consulta -Idade em anos e meses/meses e dias, pois auxilia na determinação de peso e altura ideal pré- definidos em tabela -Definir informante, ex.: genitor/tia/avó refere... -Durante o atendimento, observar relações interfamiliares, personalidade (a partir do comportamento dos pais) e relacionamento pais- criança (ex.: se são pacientes com ela). -HDA: início e evolução da doença, modo de início, sintomas associados, medicamentos utilizados (nome, dosagem, quem prescreveu, por quanto tempo e porque), ordem cronológica e linguagem técnica. -Avalia-se condições gestacionais e perinatais, presença de risco ao nascer e risco evolutivo, verificar exames de triagem neonatal (olhinho, pezinho, coração e orelhinha), se há dificuldades na alimentação, se está sob amamentação exclusiva ou complementada, sua frequência e forma correta. Obs.: se usar formula, perguntar quantidade de colheres e de água utilizados. -Interrogar sobre diurese e hábito intestinal, higiene física (banho diário, coto umbilical, limpeza oral), higiene mental (condições emocionais e ambientais) e situação vacinal. -No interrogatório sintomatológico, pergunta-se sobre todos os sistemas aspectos gerais (teve febre?), pele (teve algum caroço, vermelhidão?), s. digestivo (constipação?), medicação em uso e etc. -Na história mórbida familiar investiga-se avós, pais, irmãos com doenças no presente momento (tuberculose, hanseníase, DM...) -Em crescimento e desenvolvimento, investiga-se os marcos do desenv. e se está tendo estímulo para eles, quantidade e qualidade de sono (mín. 40min), sociabilidade, escolaridade, aproveitamento escolar (recado das professoras) e assim por diante. -Em antecedentes imunológicos, ver cartão de vacina, se tem sinal de BCG e informar quais são as reações vacinais e se o bebê teve algo diferente (convulsões, vômitos frequentes). *APGAR: nota da criança após o parto: uma escala de 0 a 10 que corresponde às condições vitais da criança em seu nascimento. Acima de 7, é bom! Obs.: nascer a termo – nasceu no tempo certo (37-42 semanas). 3)EXAME FÍSICO -Lactantes devem ficar em ambiente com temperatura agradável, no colo da mãe. Inicia com ausculta pulmonar e cardíaca e por ultimo faz análise da orofaringe e otoscopia (se necessário), retirar fralda apenas na hora de analisar órgãos genitais. -Os sinais vitais dessa classe são inabituais, como por exemplo, a frequência respiratória normal é alta. SINAIS VITAIS: FC, PA, FR, temperatura. -Verifica-se estado geral bom, regular ou ruim e fácies; medidas antropométricas (peso, comprimento, perímetro cefálico – medir acima da sobrancelha pegando a protuberância occipital) -Cabeça e pescoço (palpação de fontanelas e suturas, olhos, implantação das orelhas, otoscopia, exame da orofaringe, palpar linfonodos no pescoço etc.); s. respiratório e cardíaco. -Extremidades: avaliar pulsos braquiais e femorais (simétricos, rítmicos e cheios); se há gânglios, avaliar perfusão e simetria de pregas anteriores e posteriores nos membros inferiores. -Avaliar genitália masculina (se há fimose, hidrocele, que até 3 ou 4 anos não precisa de tratamento, diferente da hérnia inguinal, que precisa ser tratada o mais rápido possível pelo risco de encarceramento) e feminina (hímen pérvio ou com sinéquia – membrana ligando os pequenos lábios, não precisa de tratamento rápido, recomendar que a mãe faça movimentos de abertura, em casos de infecção urinaria recorrente, usar pomada hormonal – e ver se há secreções). Obs.: Hérnia umbilical não precisa tratar até os 4 anos–hormonais de abertura rápida e no ultimo dos casos – cirurgia. -Testar desenvolvimento neuropsicomotor e realizar testes pra avaliar reflexos primitivos. -Se necessário, realizar manobras de Ortolani e Barlow (avaliar displasia de desenvolvimento do quadril). • Manobra de Ortolani: reduz o quadril luxado. Com a criança despida em decúbito dorsal horizontal estabiliza-se a pelve com uma das mãos, segura-se o membro inferior com a outra posicionando a ponta do dedo indicador sobre o grande trocanter. Realizam-se a flexão e adução do quadril. Se sentir um estalo no local do indicador, significa a redução da cabeça do fêmur no acetábulo. • Manobra de Barlow: tem a finalidade de luxar um quadril instável. Com a criança despida, em decúbito dorsal horizontal, estabiliza-se a pelve com uma das mãos, fletindo e abduzindo o quadril oposto e aplicando uma força posterior. Após a liberação da força, geralmente o quadril volta à posição normal. RESUMINDO: Registrar as informações da anamnese e do exame físico em prontuário, além de preencher a caderneta da criança com medidas antropométricas e marcas do desenvolvimento. Nas consultas subsequentes, avaliar: - Intercorrências; - Alimentação; - Diurese e hábito intestinal; - Higiene física e mental; - Situação vacinal; - Exame físico; - Aquisições neuropsicomotoras; - Uso de vitamina e outras medidas terapêuticas instituídas na última consulta.
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