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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG Sistemas Estruturais em Aço e Madeira Turma : 04305 / A ;B Professor: José Rafael Yépez Aguirre (Chepel) Conteúdos 1º Período Apresentação da disciplina. Bibliografia. Forças devidas ao vento em edificações - NBR 6123/1988. Generalidades. Definições. Pressão do vento - Velocidade básica. Velocidade característica: Fator S1 - Topográfico; Fator S2 - Rugosidade do terreno, Dimensões da edificação, Altura sobre o terreno; Fator S3 - Estatístico. Pressão dinâmica do vento. Coeficientes aerodinâmicos: Coeficientes de pressão; Coeficientes de forma. Exemplos de determinação de coeficientes externos. Exemplos de determinação de coeficientes internos. Exemplo de cálculo de pressões e forças devidas ao vento em uma edificação de planta retangular. Coeficiente de força. Coeficiente de arrasto. Análise da ação do vento em estruturas. Objetivos Esta disciplina visa complementar o aprendizado do estudante de engenharia na área de dimensionamento de estruturas, focando a resistência e o comportamento de elementos estruturais metálicos e de madeira. 2º Período Estruturas em aço de edifícios - NBR 8800/2008. Aços Estruturais. Diagrama tensão x deformação para aço dúctil. Propriedades dos aços estruturais. Análise elástica. Análise plástica. Segurança e Estados limites. Estado limite último - ELU - Condições usuais de segurança. Estado limite de serviço - ELS - Condições usuais de desempenho. Ações atuantes em estruturas: permanentes; variáveis; excepcionais. Combinações de ações. Combinação (solicitações de projeto) última: normal; especial; de construção; excepcional. Combinações (solicitações de projeto) de serviço: quase permanente; frequente; rara. Resistência. Valor de cálculo. Coeficiente de ponderação. Exemplo aplicado a elemento estrutural: treliça e viga. Barras prismáticas submetidas à força axial de tração. Resistência de cálculo. Escoamento da seção bruta. Ruptura da seção líquida. Área líquida e líquida efetiva. Limitação do índice de esbeltez. Exemplo de dimensionamento. Barras prismáticas submetidas à força axial de compressão. Resistência de cálculo. Fator de redução associação a flambagem local. Fator de redução associado à compressão. Limitação do índice de esbeltez. Exemplo de dimensionamento. Barras compostas. Exemplo de dimensionamento de barra composta. 3º Período Barras prismáticas submetidas a momento fletor e força cortante. Relação momento- curvatura. Análise elástica. Análise plástica. Condição de segurança. Momento fletor resistente de cálculo. Anexos G e H. Limitação para validação da análise elástica. Verificação ao estado limite último: flambagem lateral com torção; flambagem local da mesa e flambagem lateral da alma. Exemplo de dimensionamento de viga: momento fletor. Força cortante resistente de cálculo. Exemplo de dimensionamento de Viga: força cortante. Verificação ao estado limite de serviço: Anexo C. Barras prismáticas submetidas a momentos fletores, força axial e forças cortantes. Exemplo de dimensionamento de viga: flexo-compressão. Ligações metálicas. Solda. Parafuso. Exemplos ilustrativos sobre ligações. Base para o dimensionamento. Resistência mínima de ligações. Limitações. Soldas: Principais processos - Eletrodo revestido. Exigência relativa ao metal solda. Soldas de entalhe. Soldas de filete. Soldas de tampão. Áreas efetivas. Força resistente de calculo de soldas. Limitações. Simbologia de solda. Exemplos de dimensionamento de soldas. Parafusos. Parafusos comuns. Parafusos de alta resistência. Ligações do tipo contato. Ligações do tipo atrito. Exemplo de dimensionamento de ligações do tipo contato. Detalhes e limitações. 4º Período Estruturas em madeira. Madeira e suas características. Fisiologia e crescimento da árvore. Constituição química da madeira. Características da madeira. Propriedades da madeira. Caracterização simplificada da resistência da madeira serrada. Valor característico e de cálculo. Projeto de estrutura de madeira. NBR 7190/1997. Condição de segurança. Ações. Classe de carregamento. Situação de projeto. Combinações das ações. Efeitos estruturais atuantes. Dimensionamento. Estado limite último. Solicitações normais: Tração. Compressão (peças curtas). Flexão simples (momento fletor). Flexão simples obliqua (momento fletor). Flexo-tração. Flexo-compressão. Exemplo de dimensionamento de peças de madeira serrada: Solicitações normais. Solicitações tangenciais. Cisalhamento longitudinal em vigas de madeira serrada. Estado limite de utilização. Flecha em vigas. Exemplo de dimensionamento de vigas de madeira serrada. Estabilidade. Peças curtas. Peças medianamente esbeltas. Peças esbeltas. Avaliação A disciplina tem avaliação conforme o sistema 1. São quatro avaliações parciais. A primeira avaliação aborda o conteúdo sobre a ação do vento em edificações (02/06/2022) semana 6, a segunda e a terceira avaliação abordam o conteúdo de estruturas metálicas, (22/09/2022) semana 17 (08/12/2022) semana 28; e a quarta avaliação aborda o conteúdo de estruturas de madeira(26/01/2023) semana 34. Serão quatro avaliações ao longo do ano e um exame final. Bibliografia Básica - Forças devidas ao vento em edificações : NBR 6123 / ABNT. - Rio de Janeiro : ABNT, 1988. ISBN . - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios = Design of steel and composite structures for buildings : NBR 8800 / ABNT. - Rio de Janeiro : ABNT, 2008. ISBN 978-85-07-00933-7. - Projeto de estruturas de madeira : NBR 7190 / ABNT. - Rio de Janeiro : ABNT, 1988. ISBN . Bibliografia Complementar - Pinheiro, Antonio Carlos da Fonseca Braganca . Estruturas metalicas : calculos, detalhes, exercicios e projetos / Antonio Carlos da Fonseca - Braganca Pinheiro. - Sao Paulo : Edgard Blucher, 2003. - ISBN 9788521203698. - Pfeil, Walter.. Estruturas de aço : dimensionamento prático de acordo com a NBR 8800: 2008 / Walter Pfeil, Michele Pfeil. - Rio de Janeiro : LTC, 2009. ISBN . - Ligações em estruturas metálicas / Alexandre Luiz Vasconcellos (rev.). - Rio de Janeiro : Instituto Aço Brasil, 2011. ISBN . - Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio = Design of cold-formed steel structures : NBR 14762 / ABNT. - Rio de Janeiro : ABNT, 2010. ISBN . - Cargas para o calculo de estruturas de edificações : NBR 6120 / ABNT. - Rio de Janeiro : ABNT, 1980. ISBN . Esta Norma fixa as condições exigíveis na consideração das forças devidas à ação estática e dinâmica do vento, para efeitos de cálculo de edificações. Esta Norma não se aplica a edificações de formas, dimensões ou localização fora do comum, casos estes em que estudos especiais devem ser feitos para determinar as forças atuantes do vento e seus efeitos. Resultados experimentais obtidos em túnel de vento, com simulação das principais características do vento natural, podem ser usados em substituição do recurso aos coeficientes constantes nesta Norma. Forças devidas ao vento em edificações - NBR 6123/1988. Simulação com modelo reduzido em túnel de vento. Fonte: techne.pini.com.br Fatores que influem na força do vento sobre as estruturas - Velocidade do vento - Direção do vento - Dimensões - Forma F = Cf . q .A F: Força Cf : coeficiente de força q : pressão dinâmica A : área de referência Cf : características Geométricas A : área exposta ao vento q = 0,613.Vk 2 Vk – velocidade característica do vento Vk = Vo . S1 . S2 . S3 Vo : velocidade básica do vento S1 : fator topográfico S2 : rugosidade, dimensões e altura S3 : fator estatístico COMO DETERMINAR AS FORÇAS DEVIDAS AO VENTO Origem do vento: Pode-se, de maneira simplificada, definir o vento como o movimento das massas de ar decorrente das diferenças de pressões na atmosfera. As regiões que possuem uma maior disponibilidade de energia radiante formam os centros de baixa pressão, devido à ascensão das massas de ar. Já nas regiões maisfrias, que possuem uma menor disponibilidade energética oriunda do sol, há a formação dos centros de alta pressão, devido a estagnação das massas de ar junto à superfície. O vazio que a massa de ar aquecido deixa ao ascender, formando um centro de baixa pressão, é preenchido pelo ar que vem dos centros de alta pressão, o que causa a impulsão que desloca o ar horizontalmente, formando, assim, os ventos. Definições Barlavento: Região de onde sopra o vento, em relação à edificação. Sobrepressão: Pressão efetiva acima da pressão atmosférica de referência (sinal positivo). Sotavento: Região oposta àquela de onde sopra o vento, em relação à edificação. Sucção: Pressão efetiva abaixo da pressão atmosférica de referência (sinal negativo). Superfície frontal: Superfície definida pela projeção ortogonal da edificação, estrutura ou elemento estrutural sobre um plano perpendicular à direção do vento. Velocidade básica Vo: são determinadas experimentalmente em torres de medição de ventos, e de acordo com a NBR6123 a 10 metros de altura, em campo aberto e plano. A velocidade básica do vento é uma rajada de três segundos de duração, que ultrapassa em média esse valor uma vez em 50 anos, e se define por V0. Aparelho para medir a velocidade do vento “anemômetro”. Isopletas da velocidade básica Vo(m/s) Essas velocidades foram processadas estatisticamente, com base nos valores de velocidades máximas anuais medidas em cerca de 49 cidades brasileiras. A NBR6123 desprezou velocidades inferiores a 30 m/s. Considera-se que o vento pode atuar em qualquer direção e no sentido horizontal. Velocidade característica Vk: obtida a partir da velocidade básica Vo que serve de referência, mas afetando-a pelos fatores que levam em conta as condições locais de topografia, rugosidade do terreno, geometria da obra, grau de segurança requerido e a vida útil da edificação. A velocidade característica pode ser expressa como: Vk = Vo S1 S2 S3 Onde: Vo: velocidade básica S1: fator topográfico S2: fator de rugosidade, dimensões da edificação e altura sobre o terreno S3: fator estatístico Fator topográfico, S1 a) terreno plano ou fracamente acidentado: S1 = 1,0; A A) terreno plano ou fracamente acidentado B ) aclive, com aumento da velocidade - no ponto A (morros) e nos pontos A e C (taludes): S1 = 1,0; - no ponto B: [S1 é uma função S1(z)]: ≤ 3: S1(z)= 1,0 6° ≤ ≤ 17°: S1(z)= 1,0 + 2,5 − 𝑧 𝑑 tg − 30 ≥ 1 ≥ 45°: S1(z)= 1,0 + 2,5 − 𝑧 𝑑 0,31 ≥ 1 [interpolar linearmente para 3° < < 6° ; 17° < < 45° ] Entre A e B e entre B e C, o fator S1 é obtido por interpolação linear Vales profundos, protegidos de ventos de qualquer direção: S1= 0,9. Se for necessário um conhecimento mais preciso da influência do relevo, ou se a aplicação destas indicações tornar-se difícil pela complexidade do relevo, é recomendado o recurso a ensaios de modelos topográficos em túnel de vento ou a medidas anemométricas no próprio terreno. Fator S2. fator de rugosidade, dimensões da edificação e altura sobre o terreno Rugosidade do terreno => Categorias Dimensões e altura da edificação => Classes 𝑆2 = 𝑏 . 𝐹𝑅 . 𝑧 10 𝑝 P, b e FR => Dependem da classe e categoria Parâmetros metereológicos p,b e FR (2) A critério do projetista, podem ser consideradas categorias intermediárias, interpolando-se convenientemente os valores de p e b ou de S2 PERFIL VELOCIDADE MÉDIA (km/h) Perfil da Velocidade Média Proposto por Davenport A observação dos perfis de velocidade média, apresentada na figura, permite concluir a existência de urna velocidade limite, denominada velocidade gradiente. Esta é associada a urna altura gradiente acima da qual não ocorrerão alterações significativas da velocidade. Salienta-se também que, para as edificações, esta altura é suficienternente elevada e varia em função da rugosidade do terreno. A turbulência (ou rajada) é tratada de várias maneiras, porém um critério de avaliação simples e de fácil visualização é imaginar que pode-se associar a rajada a um grande turbilhão, em forma de um tubo idealizado , que deverá envolver toda a edificação para que esta seja totalmente solicitada O tempo de rajada está associado à passagem deste tubo idealizado sobre a edificação, o que já permite concluir que as dimensões da edificação são responsáveis pelo tempo de rajada a ser considerado. A velocidade do vento varia continuamente, e seu valor médio pode ser calculado sobre qualquer intervalo de tempo. Foi verificado que o intervalo mais curto das medidas usuais (3 s) corresponde a rajadas cujas dimensões envolvem convenientemente obstáculos de até 20 m na direção do vento médio. Quanto maior o intervalo de tempo usado no cálculo da velocidade média, tanto maior a distância abrangida pela rajada. Para a definição das partes da edificação a considerar na determinação das ações do vento, é necessário considerar características construtivas ou estruturais que originem pouca ou nenhuma continuidade estrutural ao longo da edificação, tais como: - edificações com juntas que separem a estrutura em duas ou mais partes estruturalmente independentes; - edificações com pouca rigidez na direção perpendicular à direção do vento e, por isso, com pouca capacidade de redistribuição de cargas. Fator S3. fator estatístico O fator estatístico S3 é baseado em conceitos estatísticos, e considera o grau de segurança requerido e a vida útil da edificação. Segundo a definição da velocidade básica Vo é a velocidade do vento que apresenta um período de recorrência médio de 50 anos. A probabilidade de que a velocidade Vo seja igualada ou excedida neste período é de 63%. O nível de probabilidade (0,63) e a vida útil (50 anos) adotados são considerados adequados para edificações normais destinadas a moradias, hotéis, escritórios, etc. (grupo2). Na falta de uma norma específica sobre segurança nas edificações ou de indicações correspondentes na norma estrutural, os valores mínimos do fator S3 são os indicados na Tabela 3. Exemplos da Determinação da Velocidade Característica A) Velocidade característica do vento para um edifício industrial (dimensões na Figura ) a ser construído na cidade de São Carlos em terreno plano, zona industrial. Vo = 40m/s (isopleta) Fator S1: S1=1.0 (terreno plano) Fator S3: S3=1,0 (alto fator de ocupação) Fator S2: Categoria IV: zona industrial 0,84 Conclusão: Duas velocidades características em função da direção do vento (D.V) 33,60 m/s
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