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SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO: 
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO: 
Tipos de sociedade: as sociedades tradicionais e a sociedade moderna: características básicas.
HABILIDADE(S): 
Identificar os elementos de contraste entre sociedades tradicionais e modernas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Pobreza, exclusão e mercado de trabalho.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Geografia; História.
Olá, estudante!
Um dos focos do estudo da sociologia são as desigualdades existentes na nossa sociedade. Elas podem 
ser de todo o tipo: econômicas, educacionais, de acesso à direitos, saúde, moradia, trabalho, etc. Nesta 
semana começaremos a tratar desses temas pois precisamos evidenciá-los para que as soluções apa-
reçam. Mais ou menos assim: à medida que tomamos ciência dos problemas, nos preocupamos com 
suas causas, investigamos e encontramos possíveis soluções. E isso pode envolver você, sua comuni-
dade, cidade, estado e o país todo. Aliás, deve envolver você.
POBREZA, EXCLUSÃO E MERCADO DE TRABALHO
Na semana anterior vimos como o crescimento populacional e industrial trouxeram novos problemas 
e novas configurações nas relações sociais. Podemos perceber que a pobreza, a falta de emprego e a 
exclusão social estão muito presentes e nos afetam como um todo. Vamos dar uma olhada no gráfico 
elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com dados até 2017, que mostra a linha da pobreza no 
Brasil. Os números percentuais apontam a quantidade de pobres.
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Mas, o que é ser pobre?
Na tabela da FGV, estão inclusos apenas pessoas que ganham menos de R$ 233,00 por mês. Isso mes-
mo: quem ganha R$ 234,00 ou mais não entra nesta tabela. Uma outra forma de entender isso: um ca-
sal com dois filhos em que cada um dos adultos da casa ganha R$450/mês, não entra nessa tabela, ou 
seja: está, tecnicamente, acima da linha da pobreza. São cerca de 23,3 milhões de brasileiros que vivem 
assim (em 2018). Isso significa a população inteira de um país como o Chile. Vamos fazer um cálculo pe-
gando o teto máximo de pobreza da tabela? 
• R$ 233,00/mês, dividido por 30 dias = R$ 7,76 por dia.
Agora, procure responder como dar conta de gastos dos itens abaixo com menos de oito reais por dia: 
alimentação; educação; moradia; saúde; roupas.
Sabemos que para viver com dignidade temos que arcar com vários outros itens além desses e que pos-
suem custos também. Transporte é um deles. Procurar trabalho nas grandes cidades exige custo de lo-
comoção, já que grande parte dos empregos estão concentrados no centro e bairros mais estruturados. 
Portanto, os grupos sociais mais pobres e que, por consequência disto, moram mais longe, têm maior difi-
culdade para procurarem emprego e, quando encontram, enfrentam muitas horas no trânsito, impactando 
no tempo livre para cuidado de si mesmo, da casa, do lazer, do investimento em educação e muito mais.
Vamos utilizar a cidade de Belo Horizonte como exemplo. 
Veja o mapa ao lado. Trata-se de um “print” da tela de um 
celular a partir da simples busca na internet sobre onde 
ficam os museus em Belo Horizonte. Sabemos que mu-
seus, além de serem parte da história de uma região, são 
instrumentos de pesquisa, educação e lazer.
Os pontos em vermelho indicam os locais que possuem 
museus e facilmente notamos que eles ficam, em sua gran-
de maioria, no centro da cidade e na região centro-sul, num 
processo de exclusão da população mais periférica e pobre 
da cidade, já que a locomoção até esses museus, mesmo 
através de transporte público, torna-se caro e oneroso.
Mas podemos trazer mais informações, ainda utilizando 
Belo Horizonte como exemplo.
O mapa ao lado mostra o Índice de Vulnerabilidade de Saú-
de (IVS). Quanto mais avermelhado fica o mapa, maior é a 
dificuldade de acesso a hospitais, clínicas, tratamentos 
médicos e ao saneamento básico. 
Desta forma, podemos compreender que a desigualdade 
econômica e social incide sobre a população de uma mes-
ma cidade de maneiras muito diferentes. Alguns têm mais 
acesso à saúde, educação, bibliotecas, museus, lazer, em-
prego. Outros, com maior dificuldade de acesso a esses 
instrumentos que são essenciais para a qualidade de vida, 
além de necessários para uma maior possibilidade de con-
corrência mais justa frente ao mercado de trabalho. Uma 
reflexão: neste período de pandemia, como você analisa o 
acesso à saúde. Todos tiveram a mesma oportunidade de 
cuidado e de isolamento social?
Elaboração própria a partir do Google Maps
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Todos esses processos desiguais se perpetuam e se reproduzem com o tempo. Não foram criados ago-
ra, mas impactam nas pessoas hoje e continuarão produzindo efeitos negativos nas gerações que estão 
por vir.
Esses são apenas alguns exemplos de desigualdades e como elas estão, de uma forma a ou de outra, 
interligadas. Mas não é só isso. Você já parou para pensar de que forma esses dados se relacionam com 
a violência urbana? E com o acesso ao ensino superior? Com o desempenho educacional? Com a evasão 
escolar? Com a COVID-19?
Com seu professor e professora de sociologia esses e outros temas poderão ser estudados, conheci-
dos, debatidos e, quem sabe, pensar e encontrar soluções comuns.
PARA SABER MAIS: 
BH VISTA DE CIMA. Transite. (Texto e vídeo de 2 min.) Disponível em: <https://transite.fafich.ufmg.br/
idh-bairros-de-belo-horizonte/>. Acesso em: 25 mar. 2021.
REFERÊNCIAS
InfoCOVID – OSUBH. Disponível em: https://www.medicina.ufmg.br/coronavirus/wp-content/
uploads/sites/91/2020/07/InfoCOVID-04_16-jul_atuzalizado.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2021.
QUAL FOI O IMPACTO DA CRISE SOBRE A POBREZA E A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA? Fundação Getúlio 
Vargas. Disponível em: https://cps.fgv.br/Pobreza-Desigualdade. Acesso em: 25 mar. 2021.
ATIVIDADES
1 - O gráfico ao lado contém dados de 
2018 e foi elaborado pelo G1 a partir de 
informações do Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE) sobre 
o índice de desemprego por nível de 
instrução. 
Obs.: Os dados numéricos estão em 
percentuais.
Com base no gráfico, podemos afir-
mar que:
a) pessoas com ensino médio completo possuem percentual de desemprego próximo àqueles 
que possuem ensino superior completo.
b) não há relação entre índice de desemprego e nível de escolaridade.
c) há uma diferença significativa entre quem consegue terminar o ensino médio e aqueles que 
não completaram essa etapa de ensino.
d) não há diferença significativa entre quem termina o ensino superior e quem possui ensino 
superior incompleto.
e) um maior tempo de educação significa maiores chances de desemprego, tendo em vista que 
a experiência é trocada por tempo de estudo.
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2 - A participação de jovens no mercado de trabalho no Brasil é marcada por vários desafios, como 
informalidade, baixa remuneração, alto índice de rotatividade, precarização da relação de trabalho 
e dificuldade de conciliação entre estudos, responsabilidades familiares e trabalho. O desemprego 
entre os jovens brasileiros é de duas a três vezes maior do que o desemprego entre os adultos. [...]
A precariedade da inserção no mercado de trabalho pode marcar a trajetória profissional para o 
resto da vida produtiva dos jovens. Fatores como aumento do desemprego, falta de experiência 
profissional, mudanças tecnológicas que geram demanda por novas competências e exigência de um 
nível de instrução mínimo podem excluir os jovens do mercado de trabalho, especialmente aqueles 
em condições de maior vulnerabilidade. (Fonte: Organização Internacional do Trabalho. Emprego 
Juvenil no Brasil. Disponível em: https://www.ilo.org/brasilia/temas/emprego/WCMS_618420/
lang--pt/index.htm. Acesso em: 26 mar. 2021)
Com base no texto acima, assinale a opção correta:
a) a inserção dos jovens no mercado de trabalho ocorre facilmente porque há muita procura por 
pessoas nessa fase de idade.
b) conciliar estudos e trabalho depende única e exclusivamente de força de vontade, pois todos 
estão sujeitos a isso.
c) as leis protetoras da juventude tornam impossível que jovens sejam empregadosem trabalhos 
precários.
d) jovens encontram maiores dificuldades de inserção no mercado de trabalho que a população 
adulta.
e) as mudanças tecnológicas não exigem maior preparo e estudos dos jovens, pois são de uso 
comum a esse grupo social.
Terminamos esta semana abordando a importância da educação na nossa vida. Seja para inserção 
no mercado de trabalho, seja por um maior entendimento do mundo e como suas desigualdades nos 
afetam, a educação é o caminho para um mundo melhor.

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