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Monografia Delorito_Atualizada

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO
CAMPUS AÇAILÂNDIA
DEPARTAMENTO DE ENSINO
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
ANÁLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL DO RIO ÁGUA BRANCA NO MUNICÍPIO DE AÇAILÂNDIA-MA
Orientador: Prof. Dr. Edson Carvalho da Paz
Coorientadora: Profa. Dra. Clayane Carvalho dos Santos
Orientando(a): José Delorito da Silva Figueredo
AÇAILÂNDIA - MA
5
2022
JOSÉ DELORITO DA SILVA FIGUEREDO
ANÁLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL DO RIO ÁGUA BRANCA NO MUNICÍPIO DE AÇAILÂNDIA-MA
Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura Plena em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) – Campus Açailândia como requisito parcial para a obtenção do título de licenciado em Química.
Orientador: Prof. Dr. Edson Carvalho da Paz
Coorientadora: Profa. Dra. Clayane Carvalho dos Santos
AÇAILÂNDIA - MA
2022
ANÁLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL DO RIO ÁGUA BRANCA NO MUNICÍPIO DE AÇAILÂNDIA-MA.
Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) – Campus Açailândia como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciado em Química.
Área de concentração: Química Ambiental 
Aprovado em:	/	/	.
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. Edson Carvalho da Paz (Membro titular – Orientador)
Instituto Federal do Maranhão – Campus Açailândia
Profa. Dra. Clayane Carvalho dos Santos (Membro titular – Coorientadora)
Instituto Federal do Ceará – Campus Boa Viagem
Prof. Dr. André Gustavo Lima de Almeida Martins (Membro titular)
Instituto Federal do Maranhão – Campus Açailândia
Profa. Ma. Ildemara Aline Rabelo Bezerra Dias (Membro titular)
Instituto Federal do Maranhão – Campus Açailândia
Ricardo dos Reis Bandeira (Membro suplente)
Instituto Federal do Maranhão – Campus Açailândia
AGRADECIMENTOS
 
Primeiramente a DEUS por me proporcionar conhecimentos para superar os dias. 
Ao Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Maranhão pela oportunidade de concluir o curso de licenciatura em Química, além de custear viagens e eventos científicos para apresentação de trabalhos, aos seus funcionários e professores com os quais meu caminho cruzou durante os anos de graduação.
Aos meus Professores Dra. Clayane Carvalho dos Santos, Me. Jhonatan de Oliveira Carvalho e Dr. Edson Carvalho da Paz, por se disporem a ajudar e pelos ensinamentos.
À toda minha família, em especial minha mãe Maria Zélia Barbosa da Silva e meu pai Jurandilei Rodrigues Figueredo por sempre me apoiarem em minhas decisões.
E a todas as pessoas que contribuíram para realização deste trabalho e que não me recordei, deixo aqui meus agradecimentos!
RESUMO
O córrego Água Branca encontra-se situado no município de Açailândia - MA que tem como proeminência as atividades siderúrgicas e agrícolas, as quais podem alterar negativamente a sua bacia hidrográfica. Assim, torna-se imperativo o estudo dos recursos hídricos desta região visando identificar as suas condições sanitárias e ambientais. Para este fim, foram selecionados 10 padrões de qualidade: temperatura, pH, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica, turbidez, cloreto, nitrogênio amoniacal, cálcio, magnésio e dureza. Os resultados para o período de estiagem indicaram que pH e a concentração de oxigênio dissolvido no Ponto 02 se encontram fora dos limites permitidos pela Resolução CONAMA nº 357/2005, para águas de classe 2. A baixa concentração de O.D. nessa área deve-se à presença de esgoto e despejos de lixo a céu aberto. Os demais parâmetros físico-químicos estão de acordo com limites estabelecidos pela legislação brasileira.
Palavras-chave: Córrego Água Branca. Parâmetros físico-químicos. Qualidade de água.
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	8
2.	OBJETIVOS	10
2.1	Geral	10
2.2	Específicos	10
3	REFERENCIAL TEÓRICO	11
3.1	Medidas para a garantia da água para população brasileira	11
3.2	Água Potável no Brasil	12
3.3	Atividades que afetam a qualidade das águas no Brasil	15
3.4	Enquadramento dos corpos d’água em classes no Brasil	17
3.5	Parâmetros físicos e químicos de qualidade da água	21
3.5.2	pH	23
3.5.3	Condutividade elétrica	23
3.5.4	Temperatura	24
3.5.5	Oxigênio dissolvido	24
3.5.6	Cloreto	25
3.5.7	Nitrogênio amoniacal	25
3.5.8	Dureza	26
4	METODOLOGIA	27
4.1	Área de estudo	27
4.2	Coleta e análise de dados	28
4.3	Procedimentos experimentais	28
4.3.1	Determinação de pH	29
4.3.2	Determinação de temperatura da água e oxigênio dissolvido	29
4.3.3	Determinação da condutividade elétrica	30
4.3.4	Determinação de cloreto	30
4.3.5	Determinação da concentração de cálcio	30
4.3.6	Determinação da concentração de magnésio	31
4.3.7	Turbidez	31
4.3.8	Nitrogênio amoniacal	32
4.3.9	Dureza	32
5	RESULTADOS E DISCUSSÃO	33
5.1.	pH	33
5.2.	Condutividade	34
5.3.	Temperatura	35
5.4.	Oxigênio dissolvido	36
5.5.	Cloreto	37
5.6.	Nitrogênio amoniacal	38
5.7.	Cálcio e Magnésio	39
6.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	42
REFERÊNCIAS	43
7
1. INTRODUÇÃO
A água é uma das fontes mais importantes para a vida e, portanto, água de boa qualidade é essencial para melhorar a qualidade de vida. O rápido aumento da população e o aumento das atividades industriais, agrícolas e florestais causam efeitos significativos em termos de quantidade, qualidade e uso da água (BICUDO, TUNDISI, SCHEUENSTUHL, 2010).
A quantidade e qualidade da água doce no planeta é essencial para manter os ciclos de vida, a sobrevivência das espécies de animais e da humanidade. Com o constante crescimento populacional, tem se aumentado a produção de alimentos, e consequentemente o uso de recursos hídricos para a produção destes alimentos, seja de origem vegetal ou animal, bem como, nas indústrias e no próprio consumo humano (REBOUÇAS, 2002; TUNDISI, 2003).
E por sua vez a água, por estar presente nos processos químicos, físicos e biológicos, é um dos recursos naturais essenciais para a existência de vida. Quando dentro dos parâmetros de boa qualidade, contribui para a sustentação dos ecossistemas. Porém, o agravamento dos problemas ambientais, principalmente referente à contaminação dos corpos hídricos, tem sido um dos grandes desafios enfrentados pela sociedade atual. Isso decorre por conta de uma série de fatores, dentre eles: o rápido processo de industrialização e urbanização, fiscalização dos órgãos de controle deficitária, tendo como consequências enormes riscos tanto para o meio ambiente, quanto para a saúde pública (BICUDO, TUNDISI, SCHEUENSTUHL, 2010).
Diante do exposto, o corego Água Branca localizado no município de Açailândia/MA, considerando os problemas supracitados, pode ser caracterizado como um ambiente altamente degradado, devido ao contexto histórico relacionado ao desmatamento para manutenção do agronegócio, atividades pecuárias, represamentos entre outras. Estudos realizados por Castro (2017), o qual avaliou a fragilidade ambiental na bacia do Córrego Água Branca, Açailândia – MA, mostram que a capoeira (vegetação), classe que mais tem contribuído para a proteção do solo da bacia desde que sua cobertura original foi retirada, teve uma redução de 25,73% no ano de 1988 para 18,91% em 2008. Mas observa-se o agravante de que a classe “Pastagem” cresceu de 59,76% para 64,61% no mesmo período. Neste caso, diminuiu-se a quantidade de solo protegido de erosões pluviais e aumentou-se a área exposta ao pisoteio do gado e à formação de ravinas. Estas podem evoluir para voçorocas, caso não sejam realizados trabalhos de contenção, além de outro agravante como a ampliação da silvicultura de eucalipto. Esta cultura não existia ainda nas primeiras datas do levantamento (1988 e 1999), mas em 2008 já representava 6,12% (15,8 km2) da área da bacia.
Perante os diferentes fatores que agem sobre o Córrego Água Branca, é importante o estudo a fim de manter um controle acerca da qualidade desse recurso hídrico, através de estudos que caracterizem a água que é destinada a atividades desenvolvidas diariamente pela comunidade.
Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo avaliar a qualidade ambiental daágua através de alguns parâmetros físico-químicos estabelecidos na Resolução n° 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), na bacia do córrego Água Branca, em diferentes pontos de amostragem estratégicos, a montante e a jusante da bacia. 
2. OBJETIVOS
2.1 Geral
Avaliar a qualidade da água da bacia do córrego Água Branca no município de Açailândia – MA.
2.2 Específicos
· Determinar os parâmetros físico-químicos da água (pH, temperatura, condutividade elétrica, turbidez, oxigênio dissolvido, cloreto, nitrogênio amoniacal, cálcio, magnésio e dureza) na bacia do córrego Água Branca, município de Açailândia – MA.
· Verificar a conformidade da água nos referidos pontos de coleta por meio da comparação entre os valores obtidos para os parâmetros estudados e os valores permitidos pela Resolução n° 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), de 17 de março de 2005.
· Contribuir com formação de um banco de dados sobre as características físicas e químicas da água da bacia do Córrego Água Branca 
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Medidas para a garantia da água para população brasileira 
A distribuição dos recursos hídricos no Brasil não é desigual apenas no sentido geográfico, mas também na oferta: 97,2% dos domicílios brasileiros recebem água tratada (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2016). Como apontam Arsky, Santana e Pereira (2011), o acesso regular a qualquer fonte de água potável é particularmente crítico para a população rural, principalmente para aquelas em situação de extrema pobreza. Na Região Norte, 33% dos domicílios são abastecidos por água de poços, enquanto a média nacional é de 2,1% de casas nessa condição. Em relação à frequência de fornecimento de água, o IBGE constatou que, em média, 87,3% dos domicílios contam com o serviço diariamente. Porém, esse índice é de 66,6% no Nordeste, porque em 16,3% dos domicílios da região a água somente é disponibilizada de uma a três vezes na semana.
De acordo com Berg, Guercio e Ulbricht (2013) a qualidade da água é determinada através de análises de parâmetros microbiológicos das amostras com o propósito de determinar a quantidade de coliformes fecais, Escherichia coli e enterococos. 
A classificação em relação à qualidade para recreação de contato primário torna a balneabilidade como um instrumento de verificação de uso, através de análises de dados estatísticos. Além disso, é um instrumento de controle de qualidade e que permite uma visualização com mais clareza e melhor fiscalização das águas (CAMPOS; CUNHA, 2015). 
A resolução 274/00 do CONAMA é a responsável por determinar os critérios de balneabilidade nas águas brasileiras, sejam elas: doces, salobras ou salinas. Essa resolução diz que a recreação de contato primário ocorre quando há a relação de contato direto do usuário com a água através de práticas de esportes como mergulho, esqui aquático e natação. Campos e Cunha (2015) destacam que balneabilidade é um monitoramento da qualidade das águas importante para analisar a política de saneamento implantada pelo órgão ambiental responsável. Portanto, sua finalidade é monitorar a qualidade da água para analisar “o risco de contaminação de banhistas, e o tempo, relativamente curto, entre a contaminação e o decaimento bacteriano” (PELEJA, 2015). 
A classificação das águas em relação à balneabilidade é baseada em 04 categorias: excelente, muito boa, satisfatória e imprópria como mostrado no quadro 1. Essa classificação é realizada, a partir da quantidade de coliformes fecais, Escherichia coli e enterococos obtidos em 80% das amostras, colhidas durante cinco semanas consecutivas. Dentro dessa divisão, é considerado pelo órgão consultivo, que a categoria excelente, muito boa e satisfatória se enquadra na categoria própria (BRASIL, 2017). 
Quadro 01: Classificação da qualidade água e os respectivos limites de concentração de microrganismos.
Fonte: Morais e Silva (2012), adaptado pelos autores.
Além disso, as águas podem ser classificadas como impróprias a partir de critérios que tenham a capacidade de oferecer risco a saúde da sociedade, por meio de presença de esgotos sanitários, como também pela presença de resíduos que a torne desagradável à recreação (BRASIL, 2017).
3.2 Água Potável no Brasil
Apesar da água ocupar ¾ da crosta terrestre apenas uma pequena quantidade é apropriada para uso e consumo. E para dificultar, há uma grande perda da qualidade dos recursos hídricos, devido às crescentes mudanças climáticas e pela má gestão dos recursos naturais, entre outros fatores. Supõe-se que três a cada dez habitantes no mundo não têm acesso à água potável em casa, acrescentando a isso 263 milhões de pessoas que gastam cerca de 30 minutos por dia para abastecer suas reservas de água em fontes distantes, e 159 milhões que ainda consome água não tratada de fontes de água superficiais (WORLD HEALTH ORGANIZATION; UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2017). Com o crescimento populacional mundial previsto para 33% até 2050, a perspectivas é 2,3 bilhões de pessoas vivendo em áreas com graves escassez de recursos hídricos, especialmente no Norte e no Sul da África e na Ásia Central (UN WATER, 2016).
Gráfico 1: Percentual de Municípios com serviço de abastecimento de água por rede geral de distribuição, segundo as Grandes Regiões - 1989/2017
Gráfico 2: Percentual de Municípios com serviço de esgotamento sanitário por rede coletora, segundo as Grandes Regiões - 1989/2017
Logo, observa-se a mesma realidade mundial no Brasil, apesar da grande abundância de recursos hídricos brasileiros em suma, a sua distribuição é totalmente desigual: 81% estão concentrados na Região Hidrográfica Amazônica, onde vivem 5% da população brasileira, no entanto a região com maior concentração cerca de 45,5% da população, detém apenas 2,7% desse recurso (AGÊNCIA NACIONAL DA ÁGUA, 2013). Ademais, as crises hídricas que assolam a população brasileira por seca, estiagem, e cheias tornam-se cada vez mais frequentes. De acordo com os dados coletados pelo Agência Nacional das Águas (ANA), no período de 2013 a 2016 houve registros de 4824 eventos de seca, que afetaram 48 milhões de pessoas. 
Além disso, dados mais recentes coletados pelo IBGE na Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB 2017, traz nos gráficos 1 e 2, a proporção de Municípios atendidos pelos serviços de abastecimento de água, é importante trazer dados sobre o esgotamento sanitário que contribuir para preservação dos recursos hídricos, respectivamente, de acordo com as últimas quatro edições da pesquisa, de acordo com as Grandes Regiões.
Levando em consideração que as mudanças climáticas são um fenômeno natural, o modelo capitalista vigente e seus sistemas de consumo exacerbado estão intrinsecamente associados à escassez e à degradação dos recursos hídricos. Logo, os problemas ambientais causam grande impacto político, econômico e social nas populações mais carentes, em torno de 78% dos empregos mundialmente são dependentes dos recursos hídricos (UN WATER, 2016). 
Diante desse contexto que nos é apresentado pelo IBGE, prevê-se o aumento dos conflitos em torno da água potável. Fatos históricos evidenciam esses conflitos, como por exemplo: no Oriente Médio, Turquia, Síria e em países da África, claramente, o que está em jogo é o controle das nascentes de rios ou busca por acordos onde os territórios do curso d’água ou bacia hidrográfica está entre os dois países (ROCHA, 2016; PINTO, 2017). No Brasil, de modo geral, os conflitos passam pela tríade demandada pela água (sobretudo, devido à expansão urbana), pelas prioridades econômicas e pela defesa ambiental. Na Bacia do Rio São Francisco, por exemplo, com cerca de 600 mil quilômetros de extensão, os conflitos intensificaram-se, principalmente, com o projeto de transposição das águas do Rio São Francisco. Um estudo de Silva et al. (2015) ressalta o número de famílias afetadas, ou seja, pequenos proprietários rurais, sem terras, povos indígenas e quilombolas, devido à poluição, às falhas nos projetos de reassentamento, ao impedimento de acesso à água etc.3.3 Atividades que afetam a qualidade das águas no Brasil
Como citado anteriormente no Brasil há uma grande disponibilidade de água doce, entretanto, a repartição da água doce é totalmente desordenada no território nacional, que perante o desenvolvimento das cidades e atividade humanas geram prejuízo em torno da sociedade devido à escassez da água doce produzida pela ação do homem (PHILIPPI JR.; MARTINS, 2005; AUGUSTO et al. 2012).
O processo da expansão industrial despertou preocupação com a quantidade e a qualidade dos recursos hídricos e consequentemente o país passou por pressão ambientalista, sendo assim necessária a elaboração de novas políticas (estaduais e federais) para que fosse assegurado o melhor funcionamento dos sistemas de gestão das águas no país (RIBEIRO, 2012).
A gestão de recursos hídricos está integrada à gestão ambiental, sistemas estuarinos e zonas costeiras, a articulação com o uso do solo, entre outros, através de planos de recursos hídricos, outorga dos direitos de uso, cobrança pelo uso, enquadramento dos corpos de água em classes segundo os usos preponderantes, compensação a municípios e sistema de informação sobre recursos hídricos (BRASIL, 2017).
Segundo Galvan et al. (2020) atividades desenvolvidas nas bacias hidrográficas, tais como, a prática desenfreada do desmatamento, a retirada das matas ciliares, o uso inadequado do solo com a agricultura, e o aumento da zona urbana sem planejamento, dentre outros fatores, afetam diretamente a qualidade e a quantidade dos recursos hídricos disponíveis da área em que se encontram essas atuações.
Sugestão: Segundo ANA (2012), o despejo de lixo que formam os esgotos domésticos, estão atualmente, entre as atividades de maior impacto sobre os recursos hídricos no Brasil, consequentemente devido à falta de rede de coleta e tratamento ou do tratamento ineficiente dos esgotos domésticos, e atualmente no Brasil falta de educação ambiental, falta de coleta seletiva e a existência de lixões a céu aberto em função da falta de aterro sanitário facilitam o lançamento de material orgânico nos corpos hídricos, principalmente nos aglomerados urbanos, na contaminação da qualidade da água e, como consequências afeta a economia social para toda população e consequentemente o município de Açailândia se encontra nesse estado de alerta.
De acordo com Bittencourt e Paula (2014) e Ternus (2007), o desmatamento das matas ciliares e o uso inadequado dos solos devido a agricultura têm contribuído para diminuição dos volumes e da qualidade da água em função de erosões, destruição da biodiversidade e a contaminação dos corpos hídricos.
As áreas que estão no topo dos maiores usuários da água são a agricultura, a indústria e o uso doméstico. Logo, observa-se que 70% da água doce está diretamente ligada com a produção de alimentos. Porém, considerando as políticas agrícolas implementadas pelo governo observa-se que estão cada vez mais focadas no mercado internacional que vêm favorecendo progressivamente as grandes indústrias agrícolas, modelo esse que está concentrado em grande volume de terra e uso intenso da água para irrigação. Dados indicam que somente por perímetro irrigado de tabuleiro de russas no semiárido cearense, desses 662 irrigantes, dentre esses 88% são pequenos produtores e 12% equivalem às grandes empresas agrícolas. Apesar disso, os pequenos produtores ocupam apenas 37,5% enquanto as indústrias agrícolas ocupam cerca de 47,6% das áreas irrigadas (FERREIRA, et al., 2016).
Desse modo, sob a perspectiva em volta da revolução Verde, que tem como objetivo o aumento da produção agrícola, teve como finalidade concentração de terras e a produção de commodities em larga escala. Desse modo, constituiu-se a monocultura como modelo de produção, a exemplo da monocultura do eucalipto para fins industriais que resultou, consequentemente, em uma série de prejuízos causados pela contaminação do ar, dos rios, das terras, conforme demonstram diversos estudos. Essa monocultura existe em diversas regiões do país, principalmente, no extremo sul da Bahia e no norte do Espírito Santo com o objetivo de produzir celulose para o mercado internacional, mas tem gerado consequências nefastas para a população dessas regiões, resultando em um quadro conhecido como Deserto Verde (BERNHARDT, 2017). Nesse cenário, dos inúmeros malefícios causados à população residente em torno das grandes empresas de eucaliptos nos municípios do norte capixaba, Ferreira et al. (2016) destaca que o lançamento indiscriminado pelo ar de coquetel de agrotóxicos, entre 2014 e 2016, destruiu plantações de alimentos, causou a morte de animais, aumentou a notificação de adoecimentos e resultou em despejo de famílias de áreas de conflito.
Outro fator de agravamento da crise hídrica é o modelo de produção de energia. Na América Latina, por exemplo, a indústria depende, prioritariamente, da hidroeletricidade para manter as atividades econômicas. Entretanto, o que tem prevalecido como modelo de produção de energia é a construção de grandes barragens do setor elétrico, geralmente, sem consulta à população envolvida (BATALHA, 2017).
3.4 Enquadramento dos corpos d’água em classes no Brasil
Na década de 70, criou-se a primeira referência normativa relacionada à qualidade da água para consumo humano, através do Decreto Federal n° 79.367, de 9 de março de 1977, que dispõe sobre normas e o padrão de potabilidade de água e dá outras providências. O decreto encarregou ao Ministério da Saúde a tarefa de criar normas e determinar o padrão de potabilidade de água a serem atendidos em todo o país (BRASIL, 2017).
Segundo a Constituição Brasileira de 1988 é dever do poder público o abastecimento de água sem riscos para a saúde humana. Em vista disto, e de forma a aprimorar a qualidade da água fornecida para o consumo humano, muitos programas governamentais associados ao Ministério da Saúde, implantados por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, colaboraram para reduzir seus danos à saúde da população nos últimos anos (BRASIL, 2009).
O correto monitoramento na rede de distribuição assegura que não ocorram modificações nos padrões de qualidade e potabilidade da água fornecida, pois com o tempo as tubulações tendem a passar por alterações, como: corrosão, incrustações e deposição de matérias orgânicas e de minerais insolúveis (BRASIL, 2006).
Para que a água se torne adequada para consumo humano o padrão de potabilidade da mesma é formado por um grupo de parâmetros (BRASIL, 2006). Os indicativos de qualidade da água são os parâmetros físicos, químicos e microbiológicos que quando atingem resultados acima dos definidos para determinado uso são considerados impurezas (MOTA, 2003).
Portanto, a resolução CONAMA de n° 357 que foi criada em 2005 para estabelecer a classificação dos corpos de água, e também regulamenta os padrões de qualidade para o lançamento em afluentes e, posteriormente foi complementada e alterada pela resolução n° 430/2011, pode se afirmar que a legislação e de extrema importância para garantir a qualidade da água para população (ANA, 2012).
A resolução CONAMA de n° 357 os padrões de qualidade da água são estabelecidos por valores máximos e mínimos permitidos dentro da normativa dos padrões de qualidade da água e dos afluentes. Na Tabela 1 estão listadas as diferentes classes de água de acordo com os padrões exigidos pelo mesmo (CONAMA, 2005).
Tabela 01: Classificação dos corpos de água doce - águas com salinidade ≤ 0,5 %.
	Classe
	Usos dos corpos d’água
	Especial
	· ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção;
· a preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e,
· a preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral.
	I
	· ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;
· a proteção das comunidades aquáticas;
· a recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA n° 274, de 2000;
· a irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentesao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e
· a proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
	II
	· ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional;
· a proteção das comunidades aquáticas;
· a recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA n° 274, de 2000;
· a irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e
· a aquicultura e a atividade de pesca.
	III
	· ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado;
· a irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
· a pesca amadora;
· a recreação de contato secundário; e
· a dessedentação de animais.
	IV
	· a navegação; e
· a harmonia paisagística.
Fonte: Resolução CONAMA, N°357/2005.
As amostras de água da Bacia do Córrego Água Branca são classificadas como águas de classe II. Assim, deve atender aos parâmetros exigidos para essa classe. 
De acordo com Artigo 9°, Lei no 9.433/97, deve – se “assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas”, e a “diminuir os custos de combate à poluição das águas, mediante ações preventivas permanentes”.
De acordo com a Resolução CONAMA N° 357/2005, as águas de classe II devem seguir algumas condições e padrões tais como na Tabela 2 a seguir:
Tabela 02: Padrões de qualidade para cada Classe de corpos de água doce em ambientes lóticos.
	Parâmetros
	Unidade
	Classes dos corpos d’água
	
	
	I
	II
	III
	IV
	DBO 5,20
	mg L-1
	≤ 3
	≤ 5
	≤ 10
	-
	OD
	mg L-1
	≥ 6
	≥ 5
	≥ 4
	≥ 2
	Turbidez
	UNT
	≤ 40
	≤ 100
	≤ 100
	-
	pH
	-
	6,0 a 9,0
	6,0 a 9,0
	6,0 a 9,0
	6,0 a 9,0
	Sólidos Dissolvidos Totais
	mg L-1
	≤ 500
	≤ 500
	≤ 500
	-
	Cloreto Total
	mg L-1
	≤ 250
	≤ 250
	≤ 250
	-
	Ferro dissolvido
	mg L-1
	≤ 0,3
	≤ 0,3
	≤ 0,5
	-
	Fósforo Total
	mg L-1
	≤ 0,1
	≤ 0,1
	≤ 0,15
	-
	Nitrato
	mg L-1
	≤ 10
	≤ 10
	≤ 10
	-
	Nitrogênio Amoniacal Total
	mg L-1
	3,7
para
pH ≤ 7,5
	3,7
para
pH ≤ 7,5
	13.3
para
pH ≤ 7,5
	-
	
	
	2,0
para
7,5 < pH ≤ 8,0
	2,0
para
7,5 < pH ≤ 8,0
	5,6
para
7,5 < pH ≤ 8,0
	
	
	
	1,0
para
8,0 < pH ≤ 8,5
	1,0
para
8,0 < pH ≤ 8,5
	2,2
para
8,0 < pH ≤ 8,5
	
	
	
	0,5
para
pH > 8,5
	0,5
para
pH > 8,5
	1,0
para
pH > 8,5
	
Fonte: Resolução CONAMA, N°357/2005.
Além da resolução, tem – se utilizado o IQA (índice de qualidade de água), que foi desenvolvido pela National Sanitation Foundation Institution (NSF) para avaliar a qualidade da água. O IQA funciona convertendo informação de inúmeras variáveis em um valor numérico que possibilita o seu enquadramento em classes ou categorias de qualidade (LIMA; COSTA; SOARES, 2007).
 (1)
Em que,
IQA - índice de qualidade da água: um número entre 0 e 100;
qi - qualidade do i-ésimo parâmetro: um número entre 0 e 100, obtido da respectiva
“curva média de variação de qualidade”, em função de sua concentração ou medida;
wi - peso correspondente ao i-ésimo parâmetro: um número entre 0 e 1, atribuído em
função da sua importância para a conformação global de qualidade; e
n - número deparâmetros que entram no cálculo do IQA.
Tabela 03 - Classificação da qualidade ambiental das águas
	Classificação
	Valor do IQA
	Ótima
	79 < IQA ≤ 100
	Boa
	51 < IQA ≤ 79
	Regular
	36 < IQA ≤ 51
	Ruim
	19 < IQA ≤ 36
	Péssima
	IQA ≤ 19
Fonte: IQA: índice de qualidade da água.
Ademais, a também indicadores de qualidade da água para fins de balneabilidade que se enquadra na resolução 274/00 do CONAMA que são avaliadas durante o período de cinco semanas de coletas e análises microbiológicas para verificação de coliformes fecais e Escherichia coli, de acordo com as categorias de própria (excelente, muito boa e satisfatória) ou imprópria. O nível de qualidade da água será analisado por parâmetros e indicadores característicos em referência aos critérios estabelecidos pela Resolução nº 274/00 do CONAMA para a balneabilidade, de maneira que favoreçam as condições necessárias para a recreação de contato primário (BRASIL, 2000).
Segundo a Resolução nº 274/00 do CONAMA, BRASIL (2000), as águas serão consideradas impróprias para fins de balneabilidade, quando no trecho avaliado, for verificada uma das seguintes ocorrências:
a) Não atendimento aos critérios estabelecidos para as águas próprias;
b) Valor obtido na última amostragem for superior a 2500 coliformes fecais (termotolerantes) ou 2000 Escherichia coli ou 400 enterococos por 100 milímetros;
c) Incidência elevada ou anormal, na Região, de enfermidades transmissíveis por via hídrica, indicada pelas autoridades sanitárias;
d) Presença de resíduos ou despejos, sólidos ou líquidos, inclusive esgotos sanitários, óleos, graxas e outras substâncias, capazes de oferecer riscos à saúde ou tornar desagradável a recreação;
e) PH < 6,0 ou pH> 9,0 (águas doces), à exceção das condições naturais;
f) Floração de algas ou outros organismos, até que se comprove que não oferecem riscos à saúde humana.
g) Outros fatores que contraindiquem, temporária ou permanentemente, o exercício da recreação de contato primário.
Ainda segundo a Resolução Nº 274/00 do CONAMA, BRASIL (2000), caso a praia para recreação de contato primário seja considerada imprópria para o uso, será interditada por órgão municipal, estadual ou federal.
O critério para avalição qualidade da água para balneabilidade é baseado no método de amostragem e análise microbiológica, com indicadores do grupo de coliformes fecais (termotolerantes) e Escherichia coli (American Public Health Association – APHA, 2007).
Os cursos de agua contaminados por despejos de escotos domésticos, que são comumente usadas como meio de recreação podem comprometer a saúde dos banhistas por microrganismos patogênicos como vírus, bactérias, fungos, protozoários e ovos e helmintos, logo, é fundamental avaliar não somente a probabilidade de transmissão de doenças de veiculação hídrica como gastroenterite, hepatite A, cólera, febre tifoide, entre outras, mas ainda a ocorrência de organismos patogênicos, causadores de dermatoses. Geralmente as doenças vinculadas ao banho respondem ligeiramente ao tratamento, porém, o exigem por longo período. (CETESB, 2015)
3.5 Parâmetros físicos e químicos de qualidade da água
3.5.1 Caracterização das impurezas e partículas
De acordo com Von Sperling (1996) as impurezas encontradas na água são subdivididas em três grupos: Químicas, Físicas e Biológicas. As principais impurezas encontradas nos aquíferos são: gases dissolvidos, compostos orgânicos dissolvidos, sólidos dissolvidos em forma ionizada e matéria em suspensão, tais como, microorganismos e coloides e grande parte dessas impurezas permanecem em suspensão por longos períodos (PAVANELI 1996). Na Figura 1 encontra – se um fluxograma da distribuição das impurezas presentes nas águas quanto às suas características. 
Figura 1: Distribuição e características das impurezas presentes nas águas
Fonte: VON SPERLING, 1996.
As impurezas podem ser caracterizadas quanto ao tamanho em: Dissolvidas, Coloidais e Suspensas. A Figura 2 ilustra a caracterização das partículas quanto ao tamanho.
Figura 2 Caracterização das impurezas quanto ao tamanho.
Fonte: CEPIS 1973
3.5.2 pH
O pH representa a concentração de íons hidrogênios presente em uma solução e indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade da água, portanto, é estabelecido como logaritmo da concentração de H+. O pH pode variar entre 0 a 14 sendo que os valores abaixo de 7 vão indicar a acidez, enquanto valores acima de 7 indicam aumento da alcalinidade (LOPES; MAGALHÃES JR., 2010)
De acordo com CETESB (2009) o pH possui grande influência no ecossistema aquático, devido a fisiologia de várias espécies. Em condições específicas, o pH pode contribuir para determinação de elementos químicos tóxicos como metais pesados e em outras condições podem desempenhar efeitos sobre a solubilidade de nutrientes. 
Outrossim, alteração constante do pH da água pode prejudicar o equilíbrio osmótico e a respiração e altos valores depH afetam o crescimento e reprodução de peixes provocando a mortandade massiva no sistema aquático, entretanto o pH também é importante porque afeta a toxicidade de vários poluentes comuns (como amônia) e metais pesados (como alumínio) (KUBITZA, 2003, COELHO et al., 2017).
3.5.3 Condutividade elétrica
A condutividade elétrica indica a capacidade de uma solução aquosa em propagar corrente elétrica. Já a condutividade da água depende da temperatura e das concentrações iônicas e indica concentrações de sais existentes na coluna d’água e, consequentemente, representa uma medida indireta das concentrações de poluentes (BRAGA et al. 2005, SANTOS; SILVA, 2017). Torres e Gama (2005) pormenorizam que a condutividade elétrica em águas de rios varia de 100 a 1000 µS.cm-1.
De acordo com estudos de Maia et al. (1998) e Medeiros (1992) notam que, ao se compara características químicas em relação a condutividade elétrica, leva se em consideração sua origem, local e a época de coleta da amostra visto que, durante o período de estiagem em algumas regiões, vai ocorrer maior concentração de sais na água devido à alta taxa de evaporação da água.
Ademais, águas de condutividade elétrica acima de 0,7 dS cm-1 apresentam potencial moderado de salinização quando usadas na irrigação e devido ao uso contínuo dessa água sem tratamento adequado pode acabar contribuindo para o aumento elevado de sais no solo, e posteriormente com a chegada das chuvas serão carregados para zonas saturadas do aquífero (AYERS; WESTCOT, 1999).
3.5.4 Temperatura
De acordo com Branco (1981), a água possui facilidade de armazenar calor, por isso que depois de conservar calor volta muito lentamente a sua temperatura natural. A temperatura da água é um dos padrões que possui maior facilidade de ser percebida através da sensibilidade de um organismo vivo, também recebem o nome de propriedades organolépticas, portanto, a temperatura se torna um dos fatores físicos mais expressivos a ser definido porque se torna mais atraente ou não para consumo (RAMALHO, 1977).
E a temperatura da água tem efeitos diretos e indiretos em quase todos os aspectos da ecologia dos rios, como a quantidade de oxigênio dissolvido; com o aumento da temperatura, a solubilidade do oxigênio em água diminui (USTAOGLU et al., 2017). A temperatura também influencia vários parâmetros físico-químicos da água, tais como a tensão superficial e a viscosidade. É importante ressaltar que as matas ciliares, além de proteger o solo contra erosões, ajudam a controlar a temperatura dos aquíferos (HORNE; GOLDMAN, 1994, BITTENCOURT; PAULA, 2014, p.64). 
3.5.5 Oxigênio dissolvido
A principal fonte de oxigênio na água é a própria atmosfera, sendo ela uma área compartilhada de ar-água e a fotossíntese. O oxigênio dissolvido é indispensável à sobrevivência dos organismos aeróbicos que habitam as águas naturais que por sua vez necessitam de concentrações mínimas de 2 mg L-1 a 5 mg L-1 e, para a sobrevivência das espécies piscícolas o teor mínimo de oxigênio dissolvido é de 4 mg L-1 para maioria dos peixes, e de 5 mg L-1 para trutas (BRASIL, 2006). 
Além disso, aquíferos que são poluídos por esgotos vão apresentar baixo teor de oxigênio dissolvido, ou seja, o OD será consumido através do processo de decomposição da matéria orgânica. Como também, altos valores de oxigênio dissolvido, geralmente superiores a 5 mg L-1 são indicativos de água limpa, exceto se houverem condições naturais que causem baixos valores deste parâmetro (CETESB, 2013).
Em suma, águas eutrofizadas são capazes de apresentar concentrações de oxigênio maiores que 10 mg L-1, circunstância popularmente conhecida como supersaturação, ocorre principalmente pelo excesso do crescimento das algas, assim, faz com que durante o dia, devido à fotossíntese, os valores de oxigênio fiquem mais elevados. Por outro lado, durante a noite não ocorre a fotossíntese, e a respiração dos organismos faz com que as concentrações de oxigênio diminuam bastante, podendo causar mortandades de peixes (ANA, 2012). A Resolução CONAMA N° 357/2005 estabelece que o valor de OD não pode ser inferior a 5 mg L-1.
3.5.6 Cloreto
A quantidade de cloreto nos corpos de água fornece informações sobre o índice de poluição, podendo ter origem antrópica e geológica, sendo a lixiviação de rochas, esgotos domésticos e resíduos industriais. Deste modo, o cloro em forma de íon cloreto, é um dos principais ânions inorgânicos poluidores de águas naturais e residuais. Entretanto, o cloreto é um íon importante nas águas subterrâneas e superficiais em quantidades normais (USEPA, 2015). Por sua vez é estabelecido para águas doces, na Resolução CONAMA 357/2005, o valor máximo permitido para cloreto de 250 mg L-1 para águas doces classe I, II e III.
Além disso, é um dos principais tóxicos ao ser humano, principalmente quando disposto em grandes concentrações ou até mesmo quando existe uma exposição prolongada em pequenas concentrações, ele é utilizado para a eliminação de bactérias, vírus e germes (ANA, 2010, CETESB, 2012).
3.5.7 Nitrogênio amoniacal
Esses compostos podem ser encontrados em seus diferentes estados, os mais comuns são: nitrogênio amoniacal, e nitrito e o nitrato, dentre estes o que se encontra com mais abundância em efluentes oriundos de esgotos domésticos brutos e o de amônia (NH3). Além disso, O íon amônio, também conhecido como amônia ionizada, é um cátion formado pela reação química que ocorre quando um próton (H+) liga-se a um átomo, uma molécula ou um íon de (NH3), e ocorre em baixos teores em água naturais devido ao processo de degradação biológica da matéria orgânica. Ademais, os compostos nitrogenados trazem grande risco à saúde humana e afetam diretamente a qualidade do meio-ambiente (ALABURDA; NISHIHARA, 1998; VON SPERLING, 2016).
Outrossim, baixas quantidades de amônia encontradas em águas superficiais ou subterrâneas é natural. Contudo, quando se encontra uma concentração elevada, indica fontes poluentes próximo ao local da análise, pois quando o nitrogênio proveniente de esgotos domésticos é lançado nos corpos hídricos vão se tornar nutrientes disponíveis para plantas aquáticas e, consequentemente, causando a eutrofização dos aquíferos (IAMAMOTO, 2006, ALABURDA; NISHIHARA, 1998).
3.5.8 Dureza
A dureza indica a concentração de cátions em solução na água. Os cátions mais frequentemente associados à dureza são os de cálcio e magnésio (Ca2+, Mg2+) e, em menor escala, ferro (Fe2+), manganês (Mn2+), estrôncio (Sr2+) e alumínio (Al3+) (USEPA, 2015; Brasil, 2006). Em relação ao magnésio e cálcio, no período de chuva as concentrações dessas espécies químicas decaem por conta do maior volume de água ocasionando diluição (PIRATOBA et al., 2017).
4 METODOLOGIA 
4.1 Área de estudo
A nascente do córrego Água Branca está localizada no município de São Francisco do Brejão - MA em um território de altitude de 370 m próximo da fronteira, juntamente com o município de Cidelândia - MA. O córrego Água Branca tem 258 Km², correspondendo a uma bacia hidrográfica de 3ª grandeza fluvial (Figura 03). Apresentado ao todo 24 cursos d’água que juntamente formam um comprimento total de 123,4 Km, e uma densidade de cursos d’água de 0,07 Km² e uma densidade de drenagem de 0,47 Km/Km², com a distribuição dos principais afluentes localizando-se principalmente na margem direita. Suas áreas de maior e menor altitudes localizam-se a 410 e 170 metros de altitude, respectivamente, apresentando uma amplitude absoluta de 240 metros (CASTRO, 2009).
Foram selecionados três pontos de coleta: Vila Palmeira, Vila Ildemar e Piquiá, caracterizados como P1, P2 e P3, respectivamente, para realização das análises físico-químicas.
Figura 03: Locais de coleta ao longo da Bacia do Córrego Água Branca, Açailândia – MA
Fonte: Adaptado de Castro, 2009.
4.2 Coleta e análise de dados
A coleta de água foi realizada no mês de novembro de 2019 (período estiagem) no período da tarde, sendo a identificação dos pontos de coleta apresentados na Tabela 04. No momento de cada coleta foram registrados os dados geográficos, utilizandoGoogle Maps Versão 9.85.2.
Tabela 04: Localização geográfica e elevação dos três pontos de coleta no córrego Água Branca, Açailândia – MA.
	Locais
	Coordenadas Geográficas
	
	Latitude
	Longitude
	Elevação
	Vila Palmeira (P1)
	5°03’35,9” S
	47°30’32.9” W
	260 m
	Vila Ildemar (P2)
	4°58’08,9” S
	47°27’28.8” W
	200 m
	Piquiá (P3)
	4°54’31,8” S
	47°24’38.5” W
	16 m
O início da coleta se deu às 13h00 até 17h00 do dia 21 de novembro de 2019, a 20-25 cm abaixo da superfície e utilizando-se garrafas de polietileno previamente rotuladas e limpas. Em campo empregam-se métodos baseados em protocolos recomendados pela APHA (2005) e CETESB (1978).
A coleta das amostras de água foi feita manualmente, antes da amostragem, todas as garrafas oram ambientadas com água do próprio local de coleta.com água do próprio local de coleta. As amostras foram coletadas nas margens do Córrego Água Branca com uma profundidade de 25 cm abaixo da superfície. As medidas de temperatura e oxigênio dissolvido foram feitas no próprio local de amostragem.
Em seguida as amostras coletadas foram colocadas em caixa de isopor até a chegada ao laboratório de Química – IFMA onde foram realizadas as medidas de pH, Condutividade Elétrica, Turbidez, Cloreto (Cl-), Nitrogênio Amoniacal (NH4+), Cálcio (Ca2+), Magnésio (Mg2+) e Dureza. 
4.3 Procedimentos experimentais
As metodologias e equipamentos utilizados nas análises das variáveis que avaliaram a qualidade da água da bacia do córrego Água Branca, encontram-se na Tabela 05
Tabela 05 Metodologias e equipamentos utilizados na determinação dos parâmetros de qualidade da água da bacia do córrego Água Branca.
	Variáveis
	Equipamentos
	Métodos
	Autores
	pH
	Lucadema, LUCA-210
	-
	-
	Temperatura
	Instrutherm, MO-910
	-
	-
	Condutividade Elétrica
	ION, CON300 - ATC
	-
	-
	Turbidez
	Alfakit, Turbidímetro Plus
	
	-
	OD
	Instrutherm, MO-910
	-
	-
	Cl-
	
	Titulação Argentimétrica
	APHA (2005)
	NH4+
	
	Método de Nessler
	NESSLER (1856)
	Ca2+
	
	Titulação complexométrica
	-
	Mg2+
	
	Titulação complexométrica
	-
	Dureza
	
	Titulação Complexométrica
	
4.3.1 Determinação de pH
A determinação do pH das amostras foi realizada em um pHmetro de bancada marca LUCADEMA, modelo LUCA-210. Para iniciar a medição o aparelho estava previamente calibrado, onde foi colocado o eletrodo em uma solução tampão de pH 6,86, calibrando-o em seguida. Logo após, colocou-se o eletrodo em uma solução tampão de pH 4,01, calibrando-o em seguida. Lavando o eletrodo com água destilada e enxugando-o com papel toalha após cada medição. Finalmente colocou-se o eletrodo no béquer contendo 50 mL da amostra e leu-se o pH, a leitura foi realizada para todas as amostras.
4.3.2 Determinação de temperatura da água e oxigênio dissolvido
Antes das determinações verificou-se a presença da solução eletrolítica no eletrólito do sensor e o aparelho foi calibrado. Os valores de oxigênio dissolvido em mg L-1 e temperatura da água, foram obtidos utilizando-se um medidor portátil de oxigênio dissolvido MO-910 da Instrutherm que por meio de um sensor polarográfico e com sensor de temperatura embutido, permite elevada precisão. As determinações foram realizadas mergulhando o eletrodo sensível no local da coleta, com um desvio de ± 0,4 mg L-1 para OD e ± 0,1 °C para temperatura. Enxaguando o sensor com água destilada após cada medição. 
4.3.3 Determinação da condutividade elétrica
Os valores de condutividade elétrica foram determinados usando-se medidor de condutividade da marca ION, modelo CON300. As determinações foram realizadas mediante a introdução do sensor próprio do aparelho, num béquer de 50 mL da amostra de água. O mostrador digital indica os valores obtidos para a condutividade elétrica, a leitura foi realizada para todas as amostras.
4.3.4 Determinação de cloreto
A determinação de cloreto foi realizada segundo metodologia descrita no APHA (1998), que se baseia na titulação argentimétrica dos íons cloreto. 
Os valores de pH das amostras de água, quando requeridos, foram ajustados para a faixa de 6,5 a 9,0, com soluções de ácido sulfúrico e hidróxido de sódio 0,05 mol L-1 de acordo com a necessidade. Em seguida, as alíquotas de 50 mL da amostra foram transferidas para frascos de Erlenmeyer de 125 mL. Adicionaram-se, então, em sequência 1 mL de solução de cromato de potássio a 5 % (m/v) e titulou-se com nitrato de prata 0,02 N, até o surgimento de coloração alaranjada.
Após a titulação realiza-se os seguintes cálculos:
 			(1)
Onde:
= A concentração (normalidade) do nitrato de prata.
= Volume médio gasto de nitrato de prata.
4.3.5 Determinação da concentração de cálcio
Para determinação de Ca2+ mediu-se, com auxílio de uma proveta, 50 mL de cada amostra, colocou-se nos erlenmeyers, adicionou-se 2,5 mL de NaOH 0,1 M (para tornar o pH alcalino), algumas gotas de indicador Calcon e titulou-se com solução de EDTA 0,01 M. O ponto final de titulação é determinado pela passagem de rosa para roxo.
A determinação da concentração de cálcio foi por meio da equação 2:
			(2)
Onde:
Vm(EDTA gastos)= Volume médio gasto de EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético).
4.3.6 Determinação da concentração de magnésio
Para determinação de Mg2+ mediu-se, com auxílio de uma proveta, 50 mL de cada amostra, colocou-se nos erlenmeyer, adicionou-se 2 mL de solução tampão NH4Cl/NH4OH, pH 10, uma gota de indicador EBT (preto de eriocromo T) e titulou-se com solução de EDTA 0,01 M, até mudança de coloração violeta para azul no ponto final da titulação.
 			(3)
Onde:
Vm(EDTA gastos)= Volume médio gasto de EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético).
4.3.7 Turbidez
Os ensaios administrados nas amostras de água para obtenção dos resultados quanto ao nível de turbidez, foram realizados seguindo as recomendações APHA (1995), com adaptações, utilizando-se de um turbidímetro digital (NTU) modelo Plus da marca Alfakit, cubetas de 25 mm e papel absorvente. Antes da realização das leituras o turbidímetro foi calibrado com água de calibragem livre de turbidez. Em seguida, as amostras de cada ponto foram colocadas nas cubetas e encaixadas no turbidímetro para a realização da leitura em NTU do nível de turbidez presente em cada amostra de água de acordo com o ponto de coleta. A sigla NTU (Nephelometric Turbidity Unit), advém do inglês que significa “Unidade Nefelométrica de Turbidez”.
4.3.8 Nitrogênio amoniacal
Para as análises pelo método de Nessler, 0,1 mL de reagente de Nessler (KI + HgI + NaOH) foi adicionado para cada 5 mL de amostra de efluente em tubos de ensaio. Após, as amostras foram deixadas em repouso e sob a proteção da luz por 10 min. As concentrações de N-NH4+ foram determinadas a partir da leitura em espectrofotômetro (MODELO) a 525nm, com curva padrão de NH4Cl em concentrações de 0 a 20 mg L-1 de N-NH4+.
4.3.9 Dureza
Mediu-se 25 mL da amostra e diluiu-se para 50 mL com água destilada em balão volumétrico, logo após transferiu para um Erlenmeyer de 250 mL e adicionou 2 mL da solução tampão para elevar o pH a 10 ± 0,1 e, aproximadamente 0,05 gramas do Indicador Eriochrome Black T, titulou-se com EDTA 0,01M agitando continuamente até o desaparecimento da cor púrpura avermelhada e o aparecimento da cor azul, foram anotados os volumes de EDTA gastos, e posteriormente foi realizado uma prova em branco com água destilada.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
5.1. pH
Gráfico 3: valores obtidos do pH na Vila Palmeiras, Vila Ildemar e Pequiá
6,23
5,22
6,61
O parâmetro do pH foi medido por representar a concentração de íons hidrogênio em uma solução e dar indicação sobre a condição de acidez, neutralidade ou alcalinidade da água. Valores baixos de pH podem gerar problemas como: irritação nos olhos, na pele e membranas/mucosas. O pH baixo ou muito elevado também pode afetar o desempenho do tratamento de desinfecção da água. Nas águas naturais, as variações destes parâmetros são ocasionadas geralmente pelo consumo e/ou produção de dióxido de carbono (CO2), realizados por organismos fotossintetizadores e pelos fenômenos de respiração/fermentação de todos os organismos presentesna massa de água, produzindo ácidos orgânicos fracos (COELHO et al., 2017). Nas amostras dos três pontos de coletas, o pH indica um valor fora do padrão segundo a Resolução N° 357/2002 do CONAMA apenas no ponto P2 com uma média de 5,22. Como mostrado no Gráfico 3. Esses teores são menores comparados a estudos obtidos por Lima e Rizzo (2015) no Córrego Água Branca, no mesmo município com características ácidas e valores entre 6,4 e 6,7. Resultados similares foram obtidos por Amorim et al. (2016), nos igarapés Precuá e Rabo de Porco na bacia hidrográfica do Itapecuru, Estado do Maranhão, na maioria dos pontos monitorados as águas eram ligeiramente ácidas. Ao confrontar os dados com os limites estabelecidos pela CONAMA nº 357/2005 (BRASIL, 2005), constata-se que, em geral, os pontos amostrais encontram-se em conformidade com a norma, cujo limite situa-se entre 6 e 9, exceto no ponto 2, em que foi registrado um valor inferior. Destaca-se que no Maranhão, a maioria dos corpos d’água continentais é ácida, como reflexo da presença de ácidos orgânicos dissolvidos carreados durante o período de chuvas para os corpos d’água, oriundos da decomposição de matéria orgânica (AMORIM et al., 2016). Além desse fator, o pH na área de estudo pode ter sido influenciado pela tipologia dos solos locais, visto que são de natureza ácida (latossolos e argilossolos) e ocorrem de forma bastante expressiva na região (MARÇAL; GUERRA, 2004).
5.2. Condutividade
Gráfico 4: valores obtidos da condutividade elétrica na Vila Palmeiras, Vila Ildemar e Pequiá
A condutividade da água depende da temperatura e das concentrações iônicas e indica concentrações de sais existentes na coluna d’água e, consequentemente, representa uma medida indireta das concentrações de poluentes (BRAGA et al,2005). Torres e Gama (2005) pormenorizam que a condutividade elétrica em águas de rios varia de 100 a 1000 µS.cm-1, portanto a água pura é um péssimo condutor de eletricidade, mas a sua condutividade elétrica aumenta à medida que os sais nela são dissolvidos (BRADY; WEIL, 2013). Sendo que na Resolução CONAMA de 357 de março de 2005, não consta o valor máximo para condutividade elétrica (CE), Torres e Gama (2005) descreveram que a CE em águas de rios varia de 100 a 1000 μS cm-1, para Brasil (2006c) as águas naturais apresentam teores de condutividade na faixa de 10 a 100 μS/cm, em ambientes poluídos por esgotos domésticos ou industriais os valores podem chegar até 1.000 μS/cm. No gráfico 4 estão os resultados encontrados na área de estudo mostraram valores 98 a 108 μS cm-1. Valores médios foram obtidos por Lima e Rizzo (2015) estes ficaram entre 109,1 a 157,7 μS/cm, para Bandeira, Rosa e Lima (2015) em avaliações da água do Rio Jacu pertencente a bacia hidrográfica Riacho Açailândia os valores obtidos estavam entre 116,06 a 145, 4 μS/cm. Nos dois últimos casos analisados em Açailândia-MA, os valores são superiores se comparados com os valores obtidos no presente estudo.
5.3. Temperatura
Gráfico 5: valores obtidos da temperatura na Vila Palmeiras, Vila Ildemar e Pequiá
A temperatura da água tem efeitos diretos e indiretos em quase todos os aspectos da ecologia dos rios, como a quantidade de oxigênio dissolvido (USTAOGLU et al., 2017). Os valores de temperatura neste estudo tiveram mínimas de 26,7°C no Ponto 02, máximas 28,6°C no Ponto 01 e 27,6 no Ponto 05 e não a valores máximos e mínimos como mostrado no Gráfico 5, valores similares foram obtidos por Lima e Rizzo (2015) que encontraram valores que variavam entre 25,5 até 28,8 °C. Estudos como o de Piratoba et al. (2017) que em um trecho do Rio Pará na área portuária de Barcarena, Estado do Pará encontraram teores que variaram no período chuvoso entre 29,4 até 30,1 °C, onde a elevação de temperatura foi justificada pela localização em áreas abertas e livres da influência vegetal, que poderiam impedir a entrada de raios solares. Justificam que as variações de temperatura em corpos d’água são influenciadas pela cobertura vegetal. Além disso, diversos corpos hídricos são receptores de efluentes.
5.4. Oxigênio dissolvido
Gráfico 6: valores obtidos do oxigênio dissolvido na Vila Palmeiras, Vila Ildemar e Pequiá
A vários fatores que interfere na concentração de oxigênio na água, são eles: a temperatura, salinidade e a pressão atmosférica. Na medida em que a salinidade e a temperatura aumentam a concentração de saturação diminui afetando a vida aquática (AGUDO, 1992). Ademias, o oxigênio dissolvido é o constituinte principal no metabolismo dos microrganismos aeróbios que habitam as águas naturais ou os reatores para tratamento biológico de esgotos. Nas águas naturais, o oxigênio é indispensável também para outros seres vivos, especialmente os peixes, onde a maioria das espécies não resiste a concentrações de oxigênio dissolvido na água abaixo a 4,0 mg L-1. (SPERLING,1996)
Os valores obtidos de oxigênio dissolvidos nos pontos 01 e 03 enquadraram-se nos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 357/2005, já o Ponto 02 não se encontra nos valores permitidos, como observado no Gráfico 6. Valores semelhantes foram encontrados por Silva et al. (2017) no estudo da bacia do Rio Pindaré, Estado do Maranhão, que registrou no município de Pindaré mínimas de 5,52 mg L-1 e máximas de 7,3 mg L-1. Para o ponto 2, uma possível resposta ao baixo teor de oxigênio dissolvido, seria o processo de autodepuração, no qual a concentração elevada de matéria orgânica associada a temperatura aferida no referido ponto (26,7°C), bem como, a proliferação excessiva de algas, que em seguida morrem e são decompostas por micro-organismos aeróbios, contribui para a diminuição do teor de O2 na água. Em virtude do maior fluxo da água neste ponto, o mecanismo de aeração proporciona também uma elevação dos valores de oxigênio dissolvido. (SPERLING,1996; BRASIL, 2006)
5.5. Cloreto
Gráfico 7: valores obtidos do cloreto na Vila Palmeiras, Vila Ildemar e Pequiá
O cloreto é o ânion Cl- que se apresenta nas águas subterrâneas através de solos e rochas. Nas águas superficiais são fontes importantes as descargas de esgotos sanitários, sendo que cada pessoa expele através da urina cerca de 6 g de cloreto por dia, o que faz com que os esgotos apresentem concentrações de cloreto que ultrapassam a 15 mg L-1. (PIVELI, 2013). Os valores da concentração de cloreto foram de 45 a 58,6 mg L-1 nos respectivos pontos amostrais representados no gráfico 7. Estudos de Vitó et al. (2016), com o objetivo de verificar a qualidade da água de poços, muitas vezes destinados para o consumo, logo, em áreas rurais da região Noroeste Fluminense, foram obtidos teores de 3,5 a 87,95 mg L-1 de cloreto. Valores inferiores foram obtidos por Piratoba et al. (2017) onde mostraram teores médios da concentração de cloreto em 0,26 a 0,44 mg L-1, e em comparação com o período chuvoso valores entre 0,23 e 0,42 mg L-1 demonstrando que as concentrações baixas são comuns nos rios Amazônicos. Contudo no enquadramento das águas doces no CONAMA 357, o valor máximo permitido de cloreto é de 250 mg L-1 para águas doces classe I, II e III, e os resultados obtidos neste estudo se enquadram nesta resolução (BRASIL, 2005).
5.6. Nitrogênio amoniacal
Gráfico 8: valores obtidos do nitrogênio amoniacal na Vila Palmeiras, Vila Ildemar e Pequiá
As concentrações de nitrogênio amoniacal obtidas nas amostras de água, em todos os pontos analisados, apresentaram-se dentro do limite permitido pela Resolução 357/2005 do CONAM. Ademais, estudos como o de Silva et al. (2017) na bacia do Rio Pindaré, estado do Maranhão, no município de Alto Alegre, encontraram teores entre mínima de 0,03 mg L-1 e máxima de 0,18 mg L-1, indicando que as concentrações aumentavam significativamente de um ponto para outro, como observado no presente estudo.
Além disso, a concentração de amônio na forma reduzida do nitrogênio sendo encontrada em condições de anaerobiose serve como indicador do lançamento de esgotos de elevada carga orgânica em condições fortemente alcalinas, ocorre o predomínio da amônia livre (ou não ionizável),que é bastante toxica a vários organismos aquáticos, já o nitrato forma oxidada de nitrogênio é encontrado em condições de aerobiose, o nitrato, em concentrações elevadas, está associado a doença da metaemoglobinemia (BRASIL, 2006c). Em comparação com estudos desenvolvidos por Abreu e Cunha (2016) em no Rio Jari – AP encontraram concentrações NH4+ bem maiores em todos os períodos de coleta apresentando média entre 0,240 e 0,376 mg L-1. Sendo que o presente estudo apresentou média menores entre 0,03 a 0,1 mg L-1, de NH4+ao longo do Córrego Água Branca, em suma a Resolução CONAMA n° 357/2005, estabelece o limite máximo permitido é de 3,7 mg L-1 para NH4+, desta forma os valores destes estudos indicaram baixo nível de poluição por esse parâmetro.
5.7. Cálcio e Magnésio
Gráfico 9: valores obtidos do Cálcio e Magnésio na Vila Palmeiras, Vila Ildemar e Pequiá
O magnésio é um parâmetro importante, pois age na formação da molécula de clorofila (ESTEVES, 2011), e juntamente com o cálcio determina a dureza da água, são quatro os principais compostos que conferem dureza às águas: bicarbonato de cálcio, bicarbonato de magnésio, sulfato de cálcio e sulfato de magnésio. A principal fonte de dureza nas águas é a sua passagem pelo solo. Desta forma, é muito mais frequente encontrar-se águas subterrâneas com dureza elevada do que as águas superficiais (CETESB, 2013).
Em relação ao magnésio o valor da concentração mínima de Mg2+ foi de 0,13 mg L-1 no ponto 3 e máxima de 1,62 mg L-1 no ponto 2. A concentração máxima de Ca2+ foi de 4,8 mg L-1 no ponto 3 e mínima de 2,13 mg L-1 no ponto 1. Estudos de Piratoba et al. (2017) em um trecho do Rio Pará, destacou em comparação ao período chuvoso concentrações de 0,57 a 0,81 mg L-1 de Ca2+, valores inferiores comparados ao presente estudo.
5.8. Dureza
Gráfico 10: valores obtidos da dureza na Vila Palmeiras, Vila Ildemar e Pequiá
A origem da dureza das águas pode ser natural (por exemplo, dissolução de rochas calcárias, ricas em cálcio e magnésio) ou antropogênica (lançamento de efluentes industriais). A dureza da água é expressa em mg/L de equivalente em carbonato de cálcio (CaCO3) e pode ser classificada em: mole ou branda quando a concentração é menor que 50 mg L-1 de CaCO3 e dura quando entre 150 mg L-1 e 300 mg L-1 de CaCO3 (BRASIL, 2006).
Águas de elevada dureza reduzem a formação de espuma, o que implica um maior consumo de sabões e xampus. Em corpos d’agua de reduzida dureza, a biota é mais sensível à presença de substâncias toxicas, já que a toxicidade é inversamente proporcional ao grau de dureza da água. Para águas de abastecimento, o padrão de potabilidade estabelece o limite de 500 mg L-1 CaCO3. Valores dessa magnitude usualmente não são encontrados em águas superficiais no Brasil (CETESB, 2013)
Em resumo, a maioria dos valores apresentados no presente estudo estão em conformidade com resolução CONAMA N° 357 de março de 2005, entretanto a concentração de OD e pH no ponto 02 não estão de acordo com os valores permitidos, para facilitar maior entendimento os pontos amostrais encontram se resumidos na Tabela 06 relacionando com o valor máximo permitido (VMP) na legislação e suas unidades de medida (UM).
Tabela 06: Parâmetros da água da bacia do córrego Água Branca, coletados em pontos determinados no mês de novembro de 2019.
	Parâmetros
	Unidade
	VMP
	P1
	P2
	P3
	pH
	-
	6,0 a 9,0(1)
	6,23
	5,22
	6,61
	Temperatura
	°C
	ND
	28,6
	26,7
	27,6
	Condutividade Elétrica
	µS.cm-1
	ND
	103
	108
	98
	Turbidez
	UNT
	≤ 100(1)
	1,47
	4,4
	6,75
	OD
	mg L-1
	≥ 5(1)
	6,3
	3,4
	13,3
	Cloreto (Cl-)
	mg L-1
	≤ 250(1)(2)
	58,6
	55,8
	45,8
	Nitrogênio Amoniacal (NH4+)
	mg L-1
	≤ 3,7(1)
	0,03
	0,06
	0,10
	Cálcio (Ca2+)
	mg L-1
	ND
	2,13
	3,20
	4,8
	Magnésio (Mg2+)
	mg L-1
	ND
	1,16
	1,62
	0,13
	Dureza
	mg L-1
	ND
	10
	14,8
	14,6
	Nota: (1) resolução CONAMA N° 357 de março de 2005, (2) portaria. N° 2914 de dezembro de 2011 – Ministério da Saúde, ND = Não descrito na legislação
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A maioria dos parâmetros analisados se encontram dentro dos limites estabelecidos na legislação brasileira e com dinâmicas em concordâncias com outros estudos. Todavia, a concentração de OD e pH no ponto 02, que não estão de acordo com os valores permitidos pela resolução CONAMA n° 357 de 17 de março de 2005. o que indica uma maior influência da atividade antrópica justificada pela presença de esgoto e despejos de lixo a céu aberto. Portanto, o aumento de determinados parâmetros vem danificando o córrego, com o lançamento de efluentes sem nenhum tratamento prévio, que desencadeia um desequilíbrio que traz consequências negativas para o córrego.
 Os demais parâmetros físico-químicos estão de acordo com o estabelecido pela legislação. Dessa forma, esta pesquisa contribui com a formação de um banco de dados das características físicas, químicas da água da bacia do Córrego Água Branca e serve como subsídio para a tomada de decisão pela sociedade e autoridades em geral, que buscam condições satisfatórias para preservação do meio ambiente e correto manejo da bacia.
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pH
VMP	Vila Palmeira (P1)	Vila Ildemar (P2)	Pequiá (P3)	6	6	6	VMP2	Vila Palmeira (P1)	Vila Ildemar (P2)	Pequiá (P3)	9	9	9	Valor obtido	Vila Palmeira (P1)	Vila Ildemar (P2)	Pequiá (P3)	6.23	5.22	6.61	
Condutividade elétrica (µS cm-1) 
Valor obtido	
Vila Palmeira (P1)	Vila Ildemar (P2)	Pequiá (P3)	103	108	98	
Temperatura (°C)
Valor obtido	
Vila Palmeira (P1)	Vila Ildemar (P2)	Pequiá (P3)	28.6	26.7	27.6	
OD (mg L-1)
VMP	
Vila Palmeira (P1)	Vila Ildemar (P2)	Pequiá (P3)	5	5	5	Valor obtido	
Vila Palmeira (P1)	Vila Ildemar (P2)	Pequiá (P3)	6.3	3.4	13.3	
Cloreto - Cl- (mg L-1)
VMP	
Vila Palmeira (P1)	Vila Ildemar (P2)	Pequiá (P3)	250	250	250	Valor obtido	
Vila Palmeira (P1)	Vila Ildemar (P2)	Pequiá (P3)	58.6	55.8	45.8	
Nitrogênio Amoniacal - NH4+ (mg L-1)
VMP	
Vila Palmeira (P1)	Vila Ildemar (P2)	Piquiá (P3)	3.7	3.7	3.7	Valor obtido	
Vila Palmeira (P1)	Vila Ildemar (P2)	Piquiá (P3)	0.03	0.06	0.1	
Cálcio - Ca2+ e Magnésio - Mg2+ (mg L-1)
Cálcio (Ca2+)	
Vila Palmeira (P1)	Vila Ildemar (P2)	Piquiá (P3)	2.13	3.2	4.8	Magnésio (Mg2+)	
Vila Palmeira (P1)	Vila Ildemar (P2)	Piquiá (P3)	1.1599999999999999	1.62	0.13	
Dureza total (mg L-1)
Valor obtido	
Vila Palmeira (P1)	Vila Ildemar (P2)	Piquiá (P3)	10	14.8	14.6

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