Buscar

resumo 2 are 2 av

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Técnicas de estudo O desenvolvimento de um trabalho técnico-científico exige uma postura diferenciada no que se refere às suas etapas e ela deve ter início desde as primeiras decisões. A partir da escolha do objeto de estudo, da questão da pesquisa de seu interesse, você deve organizar um plano de atividades, pois faz-se necessária a máxima organização para que tenha sucesso ao final de todo seu empenho. 
Gilberto Andrade Martins, no livro Manual para elaboração de monografias e dissertações, de 2002, propõe um roteiro inicial de pesquisa, visto que a organização dos passos a serem dados é de extrema importância, e, levando-se em conta as características individuais de cada trabalho, podemos observar a síntese dos itens desse roteiro como um procedimento de abertura: 
· 1 Escolha do tema-problema;
· 2 Identificação das limitações sobre o que será abordado;
· 3 Formulação de objetivos;
· 4 Levantamento bibliográfico;
· 5 Leitura do material selecionado com registros;
· 6 Análise e interpretação dos dados coletados;
· 7 Elaboração de conclusões;
· 8 Elaboração de introdução;
· 9 Registro de bibliografias e anexos;
· 10 Revisão geral;
· 11 Digitação;
· 12 Entrega e/ou apresentação.
No entanto, outras preocupações devem ficar em evidência, entre elas, temos as técnicas de estudo e você pode lembrar-se de ações como grifar trechos lidos, fazer releituras, fazer uso de mnemônicos, elaborar resumos etc.; entretanto, não se trata disso neste momento. 
PARÁGRAFO NO TEXTO TÉCNICO-CIENTÍFICO Escrever na linguagem exigida pela comunidade científica não é nenhum bicho de sete cabeças. Mesmo assim, é comum isso gerar desconfortos.
Como devo iniciar a escrita? Como se deve iniciar um parágrafo? De acordo com Victoria Secaf, no livro Artigo cientifico: do desafio à conquista, publicado em 2004: o parágrafo tem por finalidade expressar etapas do raciocínio e, portanto, conter uma única ideia; não se trata de divisões estáticas e sim que o parágrafo seguinte tenha uma relação com anterior. Cada parágrafo tem um objetivo a ser cumprido e cada qual com etapas de raciocínio. E cada raciocínio existente no parágrafo deve ter sequência lógica. Ou seja, não pode ser disposto de qualquer maneira, pois se isso ocorrer, pode levar o leitor a não compreender seu raciocínio ou, até mesmo, levá-lo a se perder no raciocínio exposto.  O parágrafo é uma parte do texto que tem por finalidade expressar as etapas do raciocínio. Por isso, a sequência dos parágrafos, seu tamanho e sua complexidade dependem da própria natureza do raciocínio. Enfim, pode-se dizer que o parágrafo tem estrutura semelhante à de um texto composto por vários parágrafos. Ou seja, é composto por introdução, desenvolvimento e conclusão. Cada parágrafo contém uma argumentação completa, levando a uma conclusão. Após concluir esse argumento, mude de parágrafo. 
EXPLICANDO O argumento é um tipo de enunciado que fundamenta o ponto de vista e aumenta o poder de persuasão do texto, contribui para o trabalho de neutralização da figura do enunciador e para o efeito de objetividade do texto. Os tipos de argumentos mais usados na redação técnico-científica são os argumentos de autoridade, aqueles apoiados na consensualidade, os de comprovação pela experiência ou pela observação e de fundamentação lógica, entre outros encontrados durante a realização das pesquisas (FIORIN; PLATÃO, 2005).
Textos científicos: leitura, compreensão de contextos e compreensão de intertextos A leitura de um texto compreende mais do que a mera decodificação do código vigente, isto é, não basta que o leitor consiga identificar letras, palavras, frases e períodos; ler significa conseguir apreender e compreender o seu conteúdo, ou seja, ocorrem processos cognitivos que permitem que esse leitor apodere-se das ideias registradas por outros.  Os Parâmetros Curriculares Nacionais, utilizados para a tomada de decisões sobre os caminhos da educação em nosso país, declaram que:
[...] a leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a língua: características do gênero, do portador, do sistema de escrita etc (2001, p. 53).
Assim, precisamos entender que nenhum texto é isolado em si mesmo e também não representa uma manifestação da individualidade do seu produtor: De uma forma ou de outra, constrói-se um texto para, através dele, marcar uma posição ou participar de um debate de escala mais ampla que está sendo travado na sociedade. Até mesmo uma simples notícia jornalística, sob a aparência de neutralidade, tem sempre alguma intenção por trás (FIORIN; PLATÃO, 2005, p. 13).  Isso quer dizer que uma boa leitura não pode estar baseada em observação de fragmentos de um texto, pois determina-se cada parte do mesmo pelo contexto em que se encaixa.  Ainda, aquele que produz o texto tem em mente que encontrará um leitor capaz de entender as suas partes e relacioná-las ao todo, assim como relacionar esse texto à sua situação de produção, ou seja, ao seu contexto.  Entendem-se por contexto as circunstâncias que podem ser relativas aos fatos, a recortes num período histórico, a conjunturas específicas etc.; o produtor do texto pressupõe que a leitura conseguirá atingir as informações que estão por trás dele. Também, em muitos momentos, o leitor tem que lidar com a intertextualidade, isto é, a relação entre textos, ocorrendo citações explícitas ou implícitas, exigindo que seu universo cultural e o conjunto de informações que carrega permitam-lhe o reconhecimento dessas relações. É, portanto, do repertório do leitor, do seu acúmulo de conhecimentos, que depende a sua percepção das relações intertextuais e das referências que são feitas de um texto para outro.  Faz-se necessário, desse modo, que ampliemos nossa capacidade de leitura, buscando não só a sua prática constante, mas também a aquisição de conhecimentos diversos, para que ampliemos nossa compreensão dos diversos contextos e das relações intertextuais.  Evidentemente, durante a realização de um trabalho de caráter técnico-científico, ressalta-se essa necessidade.  
ARTIGO CIENTÍFICO Os artigos podem se apresentar de duas formas, conforme a ABNT (sigla de Associação Brasileira de Normas Técnicas, um órgão privado e sem fins lucrativos que se destina a padronizar as técnicas de produção feitas no país).
ARTIGO ORIGINAL Apresenta temas ou abordagens próprias. Via de regra, estes artigos relatam resultados de pesquisa, bem como desenvolvem e analisam dados não publicados.
ARTIGO DE REVISÃO Tem como propósito resumir, analisar e discutir informações já publicadas que, geralmente, resultam de revisão de trabalhos já publicados, revisões bibliográficas.
Ensaio científico No seu dia a dia, quando procura artigos científicos do seu interesse ou da área de sua atuação, você deve ter percebido que eles podem, na sua apresentação, formatação e organização, ter pequenas diferenças entre si.  Diante disso, você poderá pensar de que forma se deve organizar o artigo científico. Por isso, veremos como elaborar um artigo científico para sua pesquisa ou conclusão de curso, respeitando as normas de organização, formatação e características do texto técnico-científico, as quais estão em consonância com a ABNT.
APRESENTAÇÃO GRÁFICA Para a apresentação gráfica do artigo científico, é necessário se atentar às seguintes indicações:
· Papel: folha branca de tamanho A4 (21 cm x 29,7 cm)
· Margens: esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm;
· Espaçamento entrelinhas: 1,5;
· Parágrafo: de 1,25 cm (geralmente 1 tab), com uma linha em branco entre um parágrafo e outro;
· Formato do texto: justificado;
· Tipo e tamanho da fonte: Times New Roman, tamanho 12.
Importante: Nas citações longas, notas de rodapé, número de página e fontes de ilustrações e tabelas use Times New Roman, de tamanho 10.
· Título: tamanho 18 e negrito;
· Subtítulo: tamanho 16 e negrito;
Paginação: as páginas são numeradascom algarismos arábicos, colocados no canto superior direito da página, a 2 cm da borda superior:
· A primeira folha, que apresenta a identificação do artigo, não é paginada, embora seja contada;
· A paginação é iniciada na segunda folha e segue até o final do trabalho, inclusive nos elementos pós-textuais opcionais (apêndices e anexos).
Extensão do artigo: de 8 a 12 páginas. Veja a proporção dos elementos do artigo sugerida no Quadro 1;
Títulos e subtítulos internos: os títulos de primeiro nível devem ser colocados em letras maiúsculas e em negrito (por exemplo: 3 ADMINISTRAÇÃO); subtítulos de segundo nível devem iniciar com a primeira letra maiúscula e seguir com letras minúsculas em negrito (por exemplo: 3.1 Administração científica); e subtítulos de terceiro nível, em letras minúsculas e apenas a primeira letra do título maiúscula (salvo nomes próprios) e sem negrito (por exemplo 3.1.1 Histórico da administração científica). A numeração de títulos e subtítulos deve ser alinhada à margem esquerda;
Itálico: utiliza-se para grafar as palavras em língua estrangeira, como checkin, resumen e workaholic, por exemplo.
A seguir, apresentaremos um exemplo da organização, formato e apresentação do artigo científico:
TÍTULO DO ARTIGO Subtítulo; Nome do Autor; Nome do Coautor; Resumo Palavras-chave; TITLE; Subtitle; Abstrac;t Keywords:
1. INTRODUÇÃO
2 ESTRATÉGIAS PARA IDENTIFICAR O PAPEL DO CANDIDATO
2.1 Entrevista
2.2 Testes
2.2.2 Avaliação da entrevista
2.2.3 Avaliação dos testes
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Normas metodológicas e elementos da estrutura do artigo O modelo de apresentação do artigo científico seguirá, por razões de normatização, a estrutura de artigos científicos apresentada nesta unidade, que está em consonância com a NBR 6022 (2003), sendo imprescindível o uso e o cumprimento das normas estabelecidas a seguir.
Pré-textuais
· Título;
· Subtítulo (opcional);
· Autores;
· Resumo;
· Palavras-chave.
Textuais
· Introdução;
· Desenvolvimento;
· Considerações finais.
Pós-textuais
· Referências (obrigatório);
· Apêndice(s) (opcional(is) e não recomendado(s);
· Anexo(s) opcional(is) e não recomendado(s.)
Seminários científicos É esperado, portanto, que não apenas quem fez o seminário esteja a par do tema abordado, mas que os demais participantes estejam preparados para a recepção do tema, seu entendimento e discussão. Assim, o seminário vai além do conhecimento sobre determinado problema ou do resultado da pesquisa. Como Maria Margarida de Andrade aponta, no livro Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práticas, de 2002, a etimologia da palavra "seminário" traz o termo latino seminarium, que remete à ideia de “semente”. Isso quer dizer que o seminário traz em si o germinar de sementes na forma de ideias e pesquisas. Para que isso se efetive, algumas condições são exigidas. Dentre elas, a autora elenca:
1. Capacidade de pesquisa;
2. Capacidade de organização, reflexão e análise sistemática de fatos;
3. Hábito de raciocínio lógico, com interpretação crítica de trabalhos mais avançados;
4. Exatidão e honestidade intelectual nos trabalhos.
A pesquisa é a essência do seminário, uma vez que ele leva à discussão e ao debate. Para isso, é necessário que as competências que permitem a organização das ideias, a análise, a interpretação e a crítica sejam desenvolvidas, contribuindo para a formação dos participantes.
EXPLICANDO Competência corresponde à habilidade, saber, aptidão e idoneidade. Entende-se que é competente aquele que é suficiente e hábil, que se desenvolveu e é capaz de, no caso, organizar as ideias, analisá-las, interpretá-las e discuti-las. Para a ocorrência de um seminário, os participantes devem ter contato com o texto a ser abordado com antecedência, a fim de que se proceda uma leitura analítica que possibilite ponderações durante sua apresentação. Por outro lado, o participante deve empregar a escuta dinâmica durante o seminário, lembrando que, com base em Hendrie Weisinger, autor de Inteligência emocional no trabalho, de 1997:  A maioria de nós nasce sabendo ouvir, mas saber escutar é uma técnica que temos que aprender. A escuta dinâmica é uma prática da inteligência emocional que traz um alto grau de autoconsciência para o processo de compreender e reconhecer a outra pessoa e responder a ela. A função da autoconsciência é observar o modo como permitimos que nossos filtros pessoais bloqueiem e às vezes transformem as informações que deveríamos estar recebendo, como também evitar que sejamos contagiados pelo subentendido emocional das afirmações de outrem (p. 135). Desta maneira, para que o sucesso de um seminário seja alcançado, levando à formação de todos os participantes do evento, há que se valer da escuta dinâmica, mas sem qualquer tipo de filtro pessoal, tais como predileção, seleção de fatos ou distração, visto que são elementos que interferem na análise, interpretação e crítica.
A PREPARAÇÃO PARA O SEMINÁRIO DE CARÁTER CIENTÍFICO Além disso, o tema deve ser interessante para quem executar o trabalho de pesquisa, ressaltando o item alusivo à delimitação do assunto. Escolhido o tema, as possibilidades de pesquisa podem ser tantas que o encarregado pelo seminário se perde diante dos inúmeros caminhos a se tomar. A presença do orientador é vital nestes momentos, auxiliando em relação à focalização do tema, levando o olhar de quem pesquisa a se concentrar em um determinado ponto. Quando não há quem cumpra tal papel, cabe ao pesquisador ficar atento para não se perder frente às opções, o que pode incidir em um trabalho superficial e que não contribua para a formação dos participantes. Quanto às ilustrações, Andrade (2002) sugere atenção aos detalhes, devendo-se optar pela elaboração de cartazes, slides e material de projeção com poucos dizeres, considerando fontes e tamanhos que facilitem a leitura, com desenhos bem feitos, simples e claros, acompanhados de legendas (se indispensáveis). Antes do seminário, outros artigos merecem atenção, como a verificação dos meios físicos ou virtuais que servirão de base para a materialização do texto. De nada adiantará preparar em detalhes todos os itens se, por exemplo, não houver computador e projetor, se uma tomada não estiver funcionando ou se a luminosidade for excessiva e não permitir que os participantes acompanhem a exposição. 
O DESENVOLVIMENTO E A CONCLUSÃO DO SEMINÁRIO O grau de complexidade varia, dependendo dos diferentes tipos de seminários e dos objetivos a serem alcançados. Além do mais, ele também deve ser interessante para os participantes, imaginando que as pessoas se prepararam para o evento.
Pôster científico Se bem organizado, o pôster científico cumpre seu papel de exibir as partes mais notáveis da pesquisa, com indicações sobre quem a realizou e orientou, seu processo de realização, os resultados obtidos e sua base de referência. Junte-se a isso uma redação clara e precisa, com boa argumentação, acompanhada de ilustrações ou gráficos, caracterizados pela clareza e pela simplicidade, e uma boa organização visual.
A ELABORAÇÃO DE PROJETOS CIENTÍFICOS Como lembra Andrade, na página 98 de seu livro de (2002), há a necessidade de composição e de demonstração de um projeto científico, por exemplo, nos casos de obtenção de bolsa de estudos; para conseguir o patrocínio para uma pesquisa; ao final de um curso, para ser mostrado a um orientador; ou para ingressar em um curso de pós-graduação, pleiteando a continuidade de estudos em busca de uma especialização, um mestrado ou um doutorado, deixando o possível orientador a par da pesquisa que pretende ampliar. Projetos dessa natureza oferecem ao examinador inicial não só os aspectos científicos da pesquisa, como também os aspectos práticos do desenvolvimento do trabalho, visto que as questões técnicas e as exigências previstas pelas instituições devem estar explícitas. Conforme Severino (2002) define,na página 159 de sua obra, um projeto bem feito acaba desempenhando várias funções, tais como:
· A definição e o planejamento do percurso para o desenvolvimento do trabalho do próprio estudante/pesquisador, a fim de adquirir disciplina com o trabalho, sendo fiel aos procedimentos elencados, cumprindo a organização, a sequência e os prazos que ele mesmo estabelece no projeto;
· Possibilitar o atendimento às exigências dos professores no aspecto didático;
· Possibilitar que os orientadores avaliem os aspectos gerais do trabalho de pesquisa e as possibilidades de desenvolvimento, facilitando a orientação e a apresentação de novas perspectivas de ampliação da análise;
· Fornecer condições de discussão e avaliação à banca examinadora para a qualificação do trabalho do estudante;
· Contribuir para a concretização, no caso de solicitação de bolsa de estudos ou de financiamento de pesquisas;
· Embasar a coordenação de programas de pós-graduação para a aceitação de candidatos, em especial nos cursos de doutorado.
A APRESENTAÇÃO DO PROJETO CIENTÍFICO Alguns elementos são observados para o projeto de pesquisa, tais como:
Folha de rosto Com indicação da entidade destinatária do projeto, o título do trabalho, sua finalidade, autoria, local e data.
Título Mesmo que provisório, seu valor está no fato de ele indicar o assunto do trabalho. Severino (2002), em seu livro, indica que a nomeação da pesquisa deve ter um título geral e um título técnico, sendo este último apontado como um subtítulo que especifica o tema abordado.
Delimitação do assunto É o item fundamental do projeto, já que delimita o tema e o problema da pesquisa. Neste item, o problema e o conteúdo, alvos do estudo, são caracterizados e desdobrados.
Objetivos gerais e específicos Neste ponto, o autor determina o que pretende com a pesquisa e quais resultados aguarda conseguir, fazendo referência ao tema em geral e, em seguida, a pontos específicos do assunto escolhido.
Justificativa O autor declara por qual motivo escolheu o tema e sua importância.
Objeto da pesquisa Evidencia a tese ou hipótese do que se pretende demonstrar. Tais informações devem estar inequívocas desde o início, tomando-se o cuidado de preparar hipóteses sobre algo que ainda precisa ser demonstrado, caso contrário, não há avanço de conhecimento com sua pesquisa.
Metodologia Esse item aborda os métodos utilizados na pesquisa e as técnicas escolhidas.
Cronograma Delimita momentos e etapas do desenvolvimento da pesquisa, estabelecendo quantas semanas ou meses serão reservados para cada etapa.
Orçamento Em alguns casos, são indicados os recursos humanos ou materiais imperativos para que o projeto seja realizado, mencionando a previsão de custos.
Bibliografia básica Contém os textos fundamentais em que a problemática escolhida é enfocada. Organizada com base nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), espera-se que ela seja ampliada com o decorrer das pesquisas.
EXPLICANDO De acordo com Severino (2002), os métodos são procedimentos mais amplos de raciocínio, enquanto as técnicas tratam do funcionamento dos métodos. Os métodos de pesquisa são baseados em experiências, como o trabalho de campo, ou feitos em laboratórios, através de pesquisa teórica, histórica ou uma mescla de maneiras de pesquisa. O já mencionado autor Severino, em Metodologia do trabalho científico, publicado em 2002, faz algumas considerações sobre delimitação do assunto, objetivos e justificativas:
Esta etapa do projeto pode-se iniciar com uma apresentação em que se coloca inicialmente a gênese do problema, ou seja, como o autor chegou a ele, explicitando-se os motivos mais relevantes que levaram à abordagem do assunto; em seguida, pode ser feita uma contraposição aos trabalhos que já versaram sobre o mesmo problema, elaborando-se uma espécie de estado de questão, [...]. Esclarecido o tema e delimitado o problema, o autor deve apresentar as justificativas, não apenas mas sobretudo aquelas baseadas na relevância social e científica da pesquisa proposta. A seguir, o autor expõe os objetivos que o trabalho visa atingir relacionados com as contribuições que pretende fazer. Após isto, pode explicitar suas hipóteses (p. 161). 
O texto, no caso do projeto de pesquisa, deve ser coeso, conciso e sem uso de linguagem coloquial, contemplando a gramática normativa, e sem linguagem figurada. Para formular os objetivos, são usados verbos no infinitivo. Para a descrição da metodologia, conforme Andrade, os verbos são empregados no futuro. Desta forma, o projeto de pesquisa organiza todo o trabalho científico e é um instrumento que não só conduz as atividades, mas também a análise, as orientações e as avaliações que cabem a professores e coordenadores, fornecendo condições para que os orientadores atuem da melhor maneira possível. Evidentemente, o projeto sofre alterações em vários pontos durante a pesquisa, o que é visto de forma positiva mediante seu aprofundamento. Não obstante, ele não é um simples planejamento, pois ele traz a essência da monografia que será produzida.
Referências bibliográficas: NBR 6023 da ABNT Na composição de um artigo, são consultados vários documentos, citados no decorrer do texto. Nesta parte do curso, será abordado como são feitas as referências desses documentos. A NBR 6023, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), estabelece elementos a serem incluídos e a sua exposição, contemplando a bibliografia utilizada e as orientações sobre as convenções a serem observadas. É primordial que elas sejam verificadas sempre que produzir um trabalho de caráter técnico-científico, bem como suas possíveis atualizações, visto que as fontes de consulta estão a cada dia contando com recursos que passam por mudanças constantes. Entende-se por referências a relação de fontes (livros, artigos, leis...) usadas no decorrer da pesquisa e são apresentadas, obrigatoriamente, ao final dos textos acadêmicos e científicos.  Referências são o conjunto de elementos que, retirados de um documento, possibilitam a sua identificação. Sua finalidade é dar ao leitor do texto as fontes da pesquisa e composição do artigo, assim como permitir que ele tenha acesso às obras consultadas. Após as considerações finais do artigo, estão as referências, um elemento pós-textual obrigatório e que deve estar em ordem alfabética e alinhado à esquerda.
DIFERENÇAS ENTRE REFERÊNCIA E BIBLIOGRAFIA Quando se fala de referências, é preciso entender como o termo é utilizado. Obras de referência são aquelas que dão começo à pesquisa bibliográfica e que ajudam a identificar e localizar as obras de consulta. Para Andrade (2002): As obras de referência são constituídas pelos dicionários específicos das várias ciências, enciclopédias thesaurus, catálogos de editoras e bibliotecas, abstracts de revistas especializadas, repertórios bibliográficos etc. Tais obras propiciam informações gerais sobre determinado assunto, facilitando a tarefa de localizar outras, de caráter específico, que virão a constituir o apoio bibliográfico do trabalho (p. 53). As obras de referência, no entanto, não constituem a única base bibliográfica de um trabalho científico. A partir delas, há uma multiplicação de fontes, uma vez que elas geram outras indicações bibliográficas. Do mesmo modo, existem as referências no corpo do texto. A citação de uma passagem é inserida no texto colocando-se ao final desta, o nome do autor, o ano e, entre parênteses, a página. As referências completas aparecem na bibliografia final. Caso se trate da síntese de um trecho, , as referências devem ser colocadas acrescentando-se Cf. no início e entre parênteses. As referências bibliográficas, fontes bibliográficas, ou apenas bibliografia designam a bibliografia levantada durante o trabalho científico e organizada na parte final do trabalho. A princípio, ela é composta durante o fichamento, que traz não apenas um relatório organizado de suas leituras, incluindo temas, sínteses, trechos relevantes e justificativaspara a seleção desses dados, mas também os autores, as obras consultadas, ano de publicação, páginas e editoras. As referências bibliográficas listam documentos que, como relata Andrade, na página 54 de sua publicação, são manuscritos, livros, revistas, jornais ou qualquer outro impresso, documentos reproduzidos, xerocopiados, obtidos em gravações de áudio ou vídeo, mapas, esboços, plantas, teses e dissertações não publicadas, palestras, aulas, sites etc. O propósito das referências bibliográficas é levar o leitor às fontes da pesquisa que resultou no trabalho científico e, por isso, todos os documentos consultados ou reportados no corpo do trabalho são indicados nas referências, de forma que o leitor tenha condições de retomá-los, seja para aprofundar a problemática, fazer uma revisão do trabalho ou por qualquer outro motivo.
ESTRUTURA DAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Casos específicos:
Livro com um autor SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título do livro. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: 
DRUCKER, Peter Ferdinand. Sociedade pós-capitalista. São Paulo: Pioneira, 1999.
Livro com autor espanhol
SOBRENOMES DO AUTOR, Prenomes. Título do livro: (subtítulo quando houver). Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: 
SÁNCHEZ GAMBOA, Silvio Ancizar. Pesquisa em educação: métodos e epistemologias. Chapecó: Argos, 2007.
Livro com autor com sobrenome separado por traço
SOBRENOMES DO AUTOR, Prenomes. Título do livro. Local da publicação: Editora, Ano Ex.: 
MERLEAU-PONTY, Maurice. O visível e o invisível. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 1992.
Livro com sobrenome indicando parentesco
SOBRENOMES DO AUTOR, Prenomes. Título do livro. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: 
DALLEGRAVE NETO, José Affonso. Responsabilidade civil no direito do trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr, 2008.
Livro com sobrenome iniciado com prefixos
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título do livro. Edição. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: 
McDONALD, Ralph E. Emergências em pediatria. 6. ed. São Paulo: SARVIER, 1993.
Livro com dois autores
SOBRENOME DO PRIMEIRO AUTOR, Prenomes; SOBRENOME DO SEGUNDO AUTOR, Prenomes. Título do livro: (subtítulo quando houver). Edição. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: 
WARAT, Luis Alberto; PÊPE, Albano Marcos. Filosofia do Direito: uma introdução crítica. São Paulo: Moderna, 1996.
Livro com três autores
SOBRENOME DO PRIMEIRO AUTOR, Prenomes; SOBRENOME DO SEGUNDO AUTOR, Prenomes; SOBRENOME DO TERCEIRO AUTOR, Prenomes. Título do livro: (subtítulo quando houver). Edição. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: 
ARRUDA, Maria Cecília Coutinho de; WHITAKER, Maria do Carmo; RAMOS, José Maria Rodriguez. Fundamentos de ética empresarial e econômica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
Livro com mais de três autores
SOBRENOME DO PRIMEIRO AUTOR, Prenomes et al. Título do livro: (subtítulo quando houver). Edição. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: 
ANDERY, Maria Amália et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 6. ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo; São Paulo: EDUC, 1996.
Livro com organizador (Org.), coordenador (Coord.) ou editor (Ed.)
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. (Org. ou Coord. ou Ed.). Título do livro: (subtítulo quando houver). Edição. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: 
SOUZA, Osmar de; LAMAR, Adolfo Ramos (Org.). Educação em perspectiva: interfaces para a interlocução. Florianópolis: Insular, 2006.
Livro cujo autor é uma entidade (quando uma entidade coletiva assume integral responsabilidade por um trabalho, ela é tratada como autor)
ENTIDADE. Título: (subtítulo quando houver). Edição. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: resumo: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
No caso dos livros citados em parte, as regras são as seguintes:
Quando o autor do capítulo é o mesmo da obra
SOBRENOME DO AUTOR DA PARTE REFERENCIADA, Prenomes. Título da parte referenciada. In: ______. Título do livro. Local: Editora, ano. Página inicial e final. Ex.: 
ABRANTES, Paulo. (Org.). Naturalizando a Epistemologia. In: ______. Epistemologia e cognição. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1994. p.171-215.
Quando o autor do capítulo não é o mesmo da obra
SOBRENOME DO AUTOR DA PARTE REFERENCIADA, Prenome. Título da parte referenciada. In: SOBRENOME DO AUTOR OU ORGANIZADOR, Prenomes. (Org.). Título do livro. Local: Editora, ano. Página inicial e final. Ex.: 
SILVA, Rubia da; FISCHER, Juliane. Tecendo um diálogo da prática pedagógica: atividades desenvolvidas na educação infantil. In: SOUZA, Osmar de; LAMAR, Adolfo Ramos. (Org). Educação em perspectiva: interfaces para a interlocução. Florianópolis: Insular, 2006. p. 81-94.
Teses, dissertações e trabalhos acadêmicos
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título. Ano. Tese, dissertação ou trabalho acadêmico (grau e área) – Unidade de Ensino, Instituição, Local, Data. Ex.: 
SILVA, Renata. O turismo religioso e as transformações socioculturais, econômicas e ambientais em Nova Trento – SC. 2004. 190 f. Dissertação (Mestrado em Turismo e Hotelaria) – Centro de Educação Balneário Camboriú, Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, 2004.
URBANESKI, Vilmar. Epistemologia social, ciências cognitivas e educação. 2006. 116 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Centro de Ciências da Educação, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, 2006.
Enciclopédias
NOME DA ENCICLOPÉDIA. Local da publicação: Editora, ano. Ex.: 
ENCICLOPÉDIA TECNOLÓGICA. São Paulo: Planetarium, 1974.
Jornal
Jornal no todo
NOME DO JORNAL. Cidade, data. Ex.: 
FOLHA DE S.PAULO. São Paulo, 11 jan. 2009.
Artigo de Jornal com autor definido
SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título do jornal, Cidade, data (dia, mês, ano). Suplemento, número da página, coluna. Ex.: 
PRATES, Luis Carlos. Quindim com café. Diário Catarinense, Florianópolis, 3 fev. 2009. Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2390841.xml&template=3916.dwt&edition=11632&section=1328http>. Acesso em: 3 fev. 2009.
Artigo de jornal sem autor definido
TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título do jornal, Cidade, data (dia, mês, ano). Suplemento, número da página, coluna. Ex.: 
EFEITOS da lei seca. Folha de S.Paulo, São Paulo, 14 mar. 2009. Opinião, p. 2
Revista
Revista no todo
NOME DA REVISTA. Local de publicação: editora (se não constar no título), número do volume (v._), número do exemplar (n._), mês. Ano. ISSN. Ex.: 
REVISTA TRIBUNA JURÍDICA. Indaial: Editora Asselvi, v. 1, n. 4, jan./jun. 2008. ISSN 1807-6114.
Coleção de revistas no todo
TÍTULO DO PERIÓDICO. Local de publicação: editora, data (ano) do primeiro volume e, se a publicação descontinuou, do último. Periodicidade. Número do ISSN (se disponível). Ex.: 
CONTRAPONTOS. Itajaí: Univali, 2001. Semestral. ISSN 1519-8227.
Artigo de revista com autor definido
SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título da revista, local da publicação, número do volume (v._), número do fascículo (n._), páginas inicial-final do artigo, mês. Ano. Ex.: 
PICH, Roberto Hofmeister. Autorização epistêmica e acidentalidade. Veritas, Porto Alegre, v. 50, n. 4, p. 249-276, dez. 2005.
Artigo de revista sem autor definido
TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título da revista, local da publicação, número do volume, número do fascículo, página inicial final do artigo, mês. Ano. Ex.: 
20 CENTROS e nenhuma central. HSM Management, São Paulo, v. 1, n. 72, p. 39-45, jan./fev. 2009.
Casos específicos:
· Quando a editora não puder ser identificada, utiliza-se a expressão sine nomine, abreviada e entre colchetes [s.n.];
· Quando o local de publicação não for identificado, utiliza-se a expressão sine loco, abreviada e entre colchetes [s.l.];
· Quando o local e a editora não aparecem na publicação, se indica entre colchetes [s.l.: s.n.];
· Quando o local, a editora e a data não forem identificadas, se indica entre colchetes [s.n.t.] (sem notas tipográficas).
Anais
NOME DO EVENTO, Número do evento (se houver), ano de realização,local. Título do documento (anais, atas, tópico temático etc.). Local: Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volume (se houver). Ex.: 
REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20., 1997, Poços de Caldas. Livro de resumos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 1997.
Entrevistas
No título, omite-se o nome do entrevistador quando ele é o autor do trabalho. Quando a entrevista é concedida em função do cargo ocupado pelo entrevistado, acrescentam-se o cargo, a instituição e o local ao título.
Entrevistas não publicadas
SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenome. Título. Local, data (dia, mês. ano). Ex.: 
SUASSUNA, Ariano. Entrevista concedida a Marco Antônio Struve. Recife, 13 set. 2002.
Entrevistas publicadas
SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenomes. Título da entrevista. Referência da publicação (livro ou periódico). Nota da entrevista. Ex.: 
SOUZA, Mauricio de. A Mônica quer namorar. Veja, ed. 2.098, ano 423, n. 5, p. 19-23, dez. 1999. Entrevista concedida a Duda Teixeira.
Internet Nome do autor; título do documento ou da web page (ou do frame). Título do trabalho maior contendo a fonte (website); informações sobre a publicação (incluindo a data da publicação e/ou da última revisão); endereço eletrônico (URL); data do acesso e outras particularidades dignas de menção na fonte. Ex.: 
GRAYLING. A. C. A epistemologia. The blackwell companhion to philosophy. Cambridge, Massachusetts: Blackwell Publishers Ltd, 1996. Disponível em: <http://www.geocities.com/marcofk2/grayling.htm>. Acesso em: 10 maio 2007.
Jurisdição Título (especificação da legislação, número e data). Ementa. Dados da Publicação. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.
SANTA CATARINA (Estado). Lei n. 5.345, de 16 de maio de 2002. Autoriza o desbloqueio de Letras Financeiras do Tesouro do Estado e dá outras providências. Diário Oficial do Estado, Poder Executivo, Florianópolis, 16 jun. 2002. Seção 3, p. 39.
Citações bibliográficas: NBR 10520/2002 da ABNT Ao escrever um artigo científico, além de se ter uma série de requisitos a serem respeitados, o aluno não irá construir o seu texto baseado somente em suas ideias e experiências particulares. Ele precisará, obrigatoriamente, fazer menção ao que outros autores reconhecidos pela comunidade científica da sua área retratam sobre o assunto que está pesquisando para elaborar o trabalho.  Nesta hora, algumas dúvidas podem surgir: de que maneira posso citar outros autores no decorrer do meu artigo? Como se fazem as citações desses autores? Aqui você terá acesso a definição de citação, aos contextos nos quais ela terá serventia, os tipos de citação, e como fazê-la ao elaborar um artigo. Você encontrará também, sistemas de chamada, além das formas de citação e indicação de autores na citação conforme as regras estabelecidas pela Agência Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT.
EXPLICANDO A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define citação como a menção de uma informação extraída de outra fonte. Contudo, outros autores também possuem diferentes definições sobre as citações. Para Colzani (2001 apud SILVA; URBANESKI, 2009, p. 85) “citação é uma inserção, num texto, de informações colhidas de outra fonte, para esclarecimento do tema em discussão, para sustentar, para refutar ou apenas para ilustrar o que se disse”. Já para Barros e Lehfeld (2000, p. 107), “as citações ou transcrições de documentos bibliográficos servem para fortalecer e apoiar a tese do pesquisador ou para documentar sua interpretação”. Pode-se afirmar que são motivos pelos quais se utilizam citações:
· Permitir ao leitor ir ao texto original do autor citado; 
· Possibilitar a identificação do legítimo “autor” das ideias apresentadas no trabalho;
· Dar credibilidade e autoridade ao texto;
· Reforçar e fundamentar o texto em outros autores que discutem o assunto em questão;
· Corroborar com as ideias expostas no trabalho.
A citação, como já mencionado, é a transcrição de ideias alheias. Santos (2007, p. 121-122) ensina que: Textos técnicos e científicos devem lançar mão de citações por dois bons motivos. O primeiro é que, normalmente, citam-se autores de outros textos já publicados. Isto é, autores cujas ideias já foram publicamente expostas, submetidas ao juízo e reconhecimento da comunidade de leitores e da comunidade científica. Se as ideias permanecem (e da forma como permanecem), seu autor merece menção, como conhecedor do assunto exposto, como autoridade científica. Segundo, ao se referenciar certo autor, fazem-se, a um só tempo, um ato de justiça intelectual (atribuir-se a ideia a seu “dono”) e um ato de honestidade científico-acadêmica (o autor que cita e referencia reconhece que a ideia não é sua). As citações são de extrema importância para o artigo científico. Mas elas não substituem a redação do trabalho. Os problemas mais comuns quanto à citação são:
· Escassez de citações, atribuindo-se ao autor pensamentos que são de outrem;
· Excesso de citações, o que faz do trabalho uma enorme colcha de retalhos;
· Documentação inadequada (por inexistência, insuficiência ou incorreção) das fontes empregadas;
· Presença no texto de informações que poderiam ir para as notas, o que permitiria deixar a redação mais limpa;
· Falta de diálogo com as fontes, usadas, às vezes, apenas para abonar o pensamento do autor, sem discussão;
· Inadequada transição entre o texto do autor e o texto citado, o que dificulta a identificação de quem está falando (AZEVEDO, 1998, p. 120).
SISTEMAS DE CHAMADAS As citações no texto devem ser feitas de maneira uniforme e de acordo com o estilo do pesquisador ou critério adotado pela revista em que o artigo pleiteará a publicação. Contudo, as citações devem seguir as prescrições da NBR 10520, de 2002. Ao elaborar o artigo, quanto ao sistema de chamada, a indicação das fontes citadas pode ocorrer de duas formas: através do sistema numérico ou do sistema autor-data.
SISTEMA NUMÉRICO No sistema numérico, a numeração é única e consecutiva, em algarismos arábicos. Nesse sistema, não deve ser iniciada uma nova numeração a cada nova página do trabalho. A fonte é indicada de forma completa em nota de rodapé e apresentada de acordo com as normas de referência bibliográfica. Caso seja necessário o uso do sistema numérico, é importante ressaltar que as notas de referências contidas nas notas de rodapé devem constar na lista de referências. Quando se usa nota de rodapé, não se usa o sistema numérico.
SISTEMA AUTOR-DATA Nesse sistema, o leitor pode identificar a fonte completa da citação na lista de referências, organizada em ordem alfabética, no final do trabalho. O formato da citação no sistema autor-data é feito pelo sobrenome do autor ou pela instituição responsável ou, ainda, pelo título de entrada (caso a autoria não esteja declarada), seguido pela data de publicação do documento e página da citação, separados por vírgula. De acordo com a NBR 10520 (2002), se o sobrenome do autor, a instituição, o responsável ou o título estiver incluído no texto, a informação deve ser apresentada com letras maiúsculas e minúsculas.
Exemplos:
1 Para Teixeira (1998, p. 35), “a ideia de que a mente funciona como um computador digital e que este último pode servir de modelo ou metáfora para conceber a mente humana iniciou a partir da década de 40”.
2 “A ideia de que a mente funciona como um computador digital e que este último pode servir de modelo ou metáfora para conceber a mente humana iniciou a partir da década de 40” (TEIXEIRA, 1998, p. 35).
Quando o nome do autor citado estiver entre parênteses, deve ser escrito com todas as letras em maiúscula, conforme o exemplo 2. No caso de uso das citações com dois ou mais documentos de um mesmo autor que foram publicados no mesmo ano, estes devem ser diferenciados pelo acréscimo de letras minúsculas do alfabeto após o ano, conforme exemplo a seguir:
(SILVA, 2008a)
(SILVA, 2008b)
(SILVA, 2008c)
Caso haja dois autores com o mesmo sobrenome e mesma data de publicação, acrescentam-se as iniciais deseu prenome, conforme exemplo a seguir:
(SILVA, M., 2004)
(SILVA, C., 2004)
Estrutura de citações Há alguns modelos distintos de citações que podem ser utilizados pelos alunos durante seus projetos. Nesta parte do estudo, você conhecerá os mais utilizados.
CITAÇÃO DIRETA A citação direta, de acordo com a NBR 10520 (2002, p. 2), é a “Transcrição literal da parte da obra do autor consultado”. Ou seja, nesse tipo de citação deve-se respeitar redação, ortografia, sinais gráficos e pontuação do texto original, fazendo uma cópia fiel do autor consultado.
Citação direta curta
A citação curta é de até três linhas e deve ser inserida entre aspas, no interior do parágrafo
Exemplos:
1 No parágrafo: Sobrenome do autor ou dos autores (data, n. da página).
De acordo com Sabadell (2000, p. 31), “o objeto da ciência jurídica é examinar como funciona o ordenamento jurídico. Como diz Kelsen, o direito é um conjunto de normas em vigor [...]”.
2 No final da citação (SOBRENOME DO AUTOR OU AUTORES, data, n. da página).
“O objeto da ciência jurídica é examinar como funciona o ordenamento jurídico. Como diz Kelsen, o direito é um conjunto de normas em vigor [...]” (SABADELL, 2003, p. 31).
Citações direta longa As citações diretas com mais de três linhas devem aparecer em parágrafo distinto, com recuo de 4 centímetros da margem esquerda, espaçamento simples, sem aspas e em fonte 10
Exemplos:
1 Para Goldman (2001, p. 58):
Objetivo fundamental da educação, isto é, dos sistemas escolares, em todos os níveis, é o de prover os estudantes com conhecimento e desenvolver habilidades intelectuais que elevem as suas habilidades de aquisição de conhecimento. Isto, de qualquer modo, é a imagem tradicional, e eu não conheço nenhuma boa razão para abandoná-la.
2 Objetivo fundamental da educação, isto é, dos sistemas escolares, em todos os níveis, é o de prover os estudantes com conhecimento e desenvolver habilidades intelectuais que elevem as suas habilidades de aquisição de conhecimento. 
Isto, de qualquer modo, é a imagem tradicional, e eu não conheço nenhuma boa razão para abandoná-la (GOLDMAN, 2001, p. 58).
Citação direta: omissão A omissão é um recurso utilizado quando não é necessário citar integralmente o texto de um autor. Porém, deve-se ter o cuidado para não alterar o sentido do texto original. No texto, a omissão é indicada por reticências entre colchetes [...]. As omissões podem aparecer no início, no fim e no meio de uma citação.
Exemplos:
1 De acordo com Reale (1990, p. 554), “os fenomenólogos pretendem descrever os modos típicos como as coisas e os fatos se apresentam à consciência [...] A fenomenologia não é a ciência dos fatos e sim, ciências das essências”.
2 “Os fenomenólogos pretendem descrever os modos típicos como as coisas e os fatos se apresentam à consciência [...] A fenomenologia não é a ciência dos fatos e sim, ciências das essências.” (REALE, 1990, p. 554).
Citação direta: destaque Quando existe a necessidade de enfatizar alguma palavra, expressão ou frase em uma citação direta, pode-se grifá-la. Mas, ao fazer isso, é preciso usar o recurso tipográfico negrito na parte do texto a ser destacada e a expressão: grifo nosso. Essa expressão deve vir entre parênteses, após a indicação da página em que foi retirada a citação. Quando já existe destaque no texto original, mantém-se este destaque indicando sua existência pela expressão grifo do autor ou grifo dos autores entre parênteses.
Exemplos:
1 Hoje, equipados com novas ferramentas e novos conceitos, essas disciplinas, com um novo quadro de pensadores, denominados cientistas cognitivos, investigam muitas das questões que já preocupavam os gregos há aproximadamente 2500 anos, conforme Gardner (1995, p. 18, grifo nosso):
Assim como seus antigos colegas, os cientistas cognitivos de hoje perguntam o que significa conhecer algo e ter crenças precisas, ou ser ignorante ou estar errado. Eles procuram entender o que é conhecido - os objetos e sujeitos do mundo externo - e as pessoas que conhece [sic] - seu aparelho perceptivo, mecanismo de aprendizagem, memória e racionalidade. Eles investigam as fontes do conhecimento: de onde vem, como é armazenado e recuperado, como ele pode ser perdido?
2 Hoje, equipados com novas ferramentas e novos conceitos, essas disciplinas, com um novo quadro de pensadores, denominados cientistas cognitivos, investigam muitas das questões que já preocupavam os gregos há aproximadamente 2500 anos.
Assim como seus antigos colegas, os cientistas cognitivos de hoje perguntam o que significa conhecer algo e ter crenças precisas, ou ser ignorante ou estar errado. Eles procuram entender o que é conhecido - os objetos e sujeitos do mundo externo - e as pessoas que conhece [sic] / em bold - seu aparelho perceptivo, mecanismo de aprendizagem, memória e racionalidade. Eles investigam as fontes do conhecimento: de onde vem, como é armazenado e recuperado, como ele pode ser perdido? (GARDNER, 1995, p. 18, grifo nosso).
Citação indireta
Exemplos:
1 No parágrafo: Sobrenome do autor (data) 
Uma das preocupações atuais com o avanço das Ciências Cognitivas é, de acordo com Teixeira (2004), que a própria ideia de mente seja dissolvida ou, ainda, reduzida à atividade cerebral.
2 Ao final do parágrafo: (SOBRENOME DO AUTOR, data)
Uma das preocupações atuais com o avanço das Ciências Cognitivas é que a própria ideia de mente seja dissolvida ou, ainda, reduzida à atividade cerebral. (TEIXEIRA, 2004).
Citação de informação verbal Outro tipo de citação é proveniente de informações verbais de palestras, debates, jornais de TV ou documentários, por exemplo. Ao fazer uso dessa forma de citação, deve-se indicar, entre parênteses, a expressão “informação verbal” no final da citação, mencionando os dados disponíveis em nota de rodapé. Cite, pelo menos, o autor da frase (cargo ou atividade), local (cidade) e data (dia, mês e ano).
Exemplo:
1 As empresas que queiram manter-se no mercado deverão investir também na qualificação humana. (Informação verbal).
Na nota de rodapé:
2 1. Paulo Mattos de Azevedo, Diretor Presidente da XXX, em palestra proferida para empresários do setor metalúrgico, no dia 24 de abril de 2008.
Importante: as informações que forem passadas por meio de entrevista só serão utilizadas se o pesquisador tiver uma autorização do entrevistado para citar seu nome em nota de rodapé e nas referências; caso contrário, o pesquisador indica em rodapé uma informação genérica para o leitor.
Exemplos:
1 Para o movimento iluminista, a luz da razão possibilitaria esclarecer as pessoas, ou seja, reeducá-las, longe das ideias medievais, das trevas, do preconceito e das superstições. Neste sentido, para Kant (1784 apud REALE; ANTISERI, 1990, p. 669):
O iluminismo é a saída do homem do estado de menoridade que ele deve imputar a si mesmo. Menoridade é a incapacidade de valer-se de seu próprio intelecto sem a guia de outro. 
Essa menoridade é imputável a si mesmo se sua causa não depende de falta de inteligência, mas sim de falta de decisão e coragem de fazer usos de seu próprio intelecto sem ser guiado por outro. Sapere aude! Tem a coragem de servir-te de tua própria inteligência! Esse é o lema do iluminismo.
Perceba que o autor está citando Kant, no entanto, como não houve acesso à obra original, o filósofo está sendo citado a partir da referência a ele realizada por Reale e Antiseri.
2 Para o movimento iluminista, a luz da razão possibilitaria esclarecer as pessoas, ou seja, reeducá-las, longe das ideias medievais, das trevas, do preconceito e das superstições. Nesse sentido:
O iluminismo é a saída do homem do estado de menoridade que ele deve imputar a si mesmo. Menoridade é a incapacidade de valer-se de seu próprio intelecto sem a guia de outro. Essa menoridade é imputável a si mesmo se sua causa não depende de falta de inteligência, mas sim de falta de decisão e coragem de fazer usos de seu próprio intelecto sem ser guiado por outro. Sapere aude! Tem a coragem de servir-te de tua própria inteligência! Esse é o lema do iluminismo(KANT, 1784 apud REALE; ANTISERI, 1990, p. 669).
Na citação de citação, a referência se inicia pelo nome do autor não consultado. Desta forma, a ordem das informações é: referência do autor não consultado, seguido da expressão apud e referência do autor consultado.
Indicação dos autores na citação Com se não bastassem as diversas variedades de citações, também é importante ter atenção às diferentes maneiras de citação para trabalhos com número variado de autores:
Citação de trabalhos de um autor: Para Mclnerny (2004, p. 20), “a expressão ‘prestar’ atenção é muito eficaz. Faz-nos lembrar que atenção tem um ‘custo’. Atenção requer uma reação ativa e enérgica a cada situação, às pessoas e aos elementos que dela fazem parte”.
Ou
“A expressão ‘prestar’ atenção é muito eficaz. Faz-nos lembrar que atenção tem um ‘custo’. Atenção requer uma reação ativa e enérgica a cada situação, às pessoas e aos elementos que dela fazem parte” (McINERNY, 2004, p. 20).
Citação de trabalhos de três autores:  Assim, ao refletirem sobre quais condutas devem ser aceitas nos negócios, algumas discussões de cunho ético têm se feito presentes principalmente segundo Arruda, Whitake e Ramos (2003, p. 53) com “o ensino de Ética em faculdades de Administração e Negócios tomou impulso nas décadas de 60 e 70, principalmente nos Estados Unidos, quando alguns filósofos vieram trazer sua contribuição”.
Ou
Assim, ao refletirem sobre quais condutas devem ser aceitas nos negócios, algumas discussões de cunho ético têm se feito presentes principalmente com “o ensino de Ética em faculdades de Administração e Negócios tomou impulso nas décadas de 60 e 70, principalmente nos Estados Unidos, quando alguns filósofos vieram trazer sua contribuição” (ARRUDA; WHITAKE; RAMOS, 2003, p. 53).
Citação de trabalhos de mais de três autores Quando houver coincidência de sobrenomes de autores, acrescentam-se as iniciais de seus prenomes. No caso de persistência de coincidência, colocam-se os prenomes por extenso, até que a coincidência seja desfeita, como podemos ver a seguir:
· Struve, O Struve, Otto Struve, Otto W.
· Struve, O Struve, Otto Struve, Otto H.
· Struve, F Struve, Friedrich Struve, Friedrich G.
· Struve, F Struve, Friedrich Struve, Friedrich A.
Exemplo: De acordo com Struve (1996, 2002), uma crença e uma atividade religiosa/ espiritual ativa têm um efeito curativo significativo pela mudança de atitudes específicas e alterações de comportamento, baseados principalmente em uma convicção espiritual. Você pode, ainda, deparar-se com citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados em um mesmo ano, as quais são diferenciadas pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem alfabética, após a data e sem espaçamento, conforme a lista de referências.
Exemplo: Estudos epidemiológicos analisando as possíveis rotas de transmissão de hepatite aguda verificaram que a transmissão por via sexual é a principal rota de contaminação, mostrando-se, inclusive, muito mais comum que o uso de droga intravenosa. (STRUVE et al., 1992, 1995a, 1995b, 1996a, 1996b, 1996c). Você poderá encontrar citações indiretas de diversos documentos de vários autores, mencionados simultaneamente e, nesse caso, devem ser separadas ponto e vírgula, em ordem alfabética.
Exemplo: A função de Struve H1(z) mostrou-se a ferramenta mais eficiente para modelar o alcance da frequência auditiva de baixa intensidade no cálculo da impedância acústica. (AARTS; JANSSEN, 2003; BOISVERT; VAN BUREN, 2002; KEEFE; LING; BULEN, 1992; KRUCKLER et al., 2000; WITTMANN; YAGHJIAN, 1991).
REGRAS DE ABREVIAÇÃO Obs.: Por coincidência, as duas palavras citadas como exemplo possuem a mesma abreviação.
· Em algumas palavras, pode-se utilizar a contração em uma abreviatura (ex: bel. para bacharel ou ltda. para limitada);
· As palavras que terminam com os sufixos “grafia”, “nomia” e “logia”, podem ser abreviadas até as letras iniciais dos sufixos. São elas: gr para grafia, n para nomia e l para logia. Observe o exemplo a seguir
· Palavra: Radiografia
Abreviação: Radiogr.
· Palavra: Astronomia
Abreviação: Astron.
· Palavra: Geologia
Abreviação: Geol.
REGRAS DE ABREVIAÇÃO DE TÍTULOS Quanto aos títulos, se forem formados por apenas uma palavra, seja ela simples ou composta, precedida ou não de artigo, não devem ser abreviados. Veja alguns exemplos de títulos que não podem ser abreviados (com e sem artigo):
· O princípio;
· O pica-pau;
· Oceanos;
· Guarda-chuva;
· A Constituição
NOMES DE PESSOA Se o título do periódico científico possuir o nome de uma pessoa, esse nome não poderá ser abreviado, ou seja, podem ser abreviadas somente as outras palavras que compõem o título. Veja um exemplo fictício de título de periódico com abreviaturas:
Título: Memórias de João Cabral de Melo Neto
Abreviação: Mem. João Cabral de Melo Neto
Pesquisa científica A pesquisa científica é uma atividade desenvolvida pelos investigadores com o intuito de entender melhor o mundo à sua volta e propiciar novas descobertas, impactando em aprimoramento da qualidade da vida intelectual e refletindo nos modelos de desenvolvimento econômico e social. As atividades de pesquisa requerem do investigador o planejamento, o conhecimento e a adequação às normas científicas.  O estudo e a pesquisa estão presentes em toda a vida do acadêmico e, por isso, é tão importante que o estudante compreenda algumas questões a eles relacionadas. O desenvolvimento de estudos científicos se torna uma experiência prática e teórica do pesquisador e da comunidade científica em que se insere, pois, assim, é possível refletir sobre acontecimentos ocorridos na sociedade da qual faz parte.
EXPLICANDO  A pesquisa tem por objetivo a produção de novos conhecimentos por meio da utilização de procedimentos científicos. Contribui para o trato dos problemas e processos do dia a dia nas mais diversas atividades humanas, no ambiente de trabalho, nas ações comunitárias, no processo de formação e outros. Diversos autores já publicaram suas percepções e conceitos sobre pesquisa e muitos salientam que é um processo de perguntas e investigação sistemática e metódica, e que amplia o conhecimento humano. Sendo assim, é necessário compreender que a ciência, desenvolvida por meio da pesquisa, é um conjunto de procedimentos sistemáticos baseados nos raciocínios lógico e analítico, com o objetivo de encontrar soluções para os problemas propostos, mediante o emprego de métodos científicos e definição de tipos de pesquisa.  O conhecimento se torna uma premissa para o desenvolvimento do ser humano e a pesquisa como a consolidação da ciência. Existe a possibilidade de o aluno pesquisador desenvolver estudos científicos para construir e gerar novos conhecimentos, mas, principalmente, para contribuir com a evolução de informações em uma determinada área de atuação profissional. O pesquisador utiliza conhecimentos teóricos e práticos. Para que isso ocorra, é necessário ter habilidades para a utilização de técnicas de análise, entender os métodos científicos e os procedimentos com o objetivo de encontrar respostas para as perguntas formuladas. Jill Collis e Roger Hussey ressaltam em sua obra Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação, de 2005, que o objetivo da pesquisa pode ser:
· Revisar e sintetizar o conhecimento existente;
· Investigar alguma situação ou problema existente;
· Fornecer soluções para um problema; 
· Explora e analisar questões mais gerais;
· Construir ou criar um novo procedimento ou sistema;
· Explicar um novo fenômeno;
· Gerar novo conhecimento;
· Uma combinação de quaisquer dos itens anteriores.
O aluno pesquisador necessita de métodos e procedimentos precisos, planejamento eficaz, critérios e instrumentos adequados que passem confiança e credibilidade tanto aos envolvidos no processo quanto no resultado do trabalho. O método da pesquisa e outras questões relacionadas ao seu estudo serão de acordo com o tipo de trabalho que desenvolve, já que os resultados das investigaçõespodem ser encontrados sob a forma de trabalhos técnico-científicos, publicados em revistas científicas, em eventos e em instituições de Ensino Superior.  É necessário compreender que a pesquisa consolida a ciência de determinada área, divulgando, por meio de trabalhos técnico-científicos nos cursos de graduação e pós-graduação, os conhecimentos práticos e teóricos descobertos pelos pesquisadores por meio do uso de métodos científicos que impulsionam o crescimento humano. Inicialmente, o investigador deve se preocupar com as três primeiras etapas (tema, problema e objetivos), que são fundamentais para começar a pesquisa e compõem o projeto de trabalho que será abordado mais adiante. As demais etapas também serão comentadas ao longo desta disciplina. Portanto, para o desenvolvimento adequado do estudo científico, são necessários o planejamento cuidadoso e a investigação, de acordo com as normas da metodologia científica, tanto aquela referente à forma quanto a referente ao conteúdo. 
Interesses e motivações de pesquisa É possível selecionar um assunto a partir da análise de alguns aspectos:
Relevância do assunto: Cervo e Bervian apresentam, em Metodologia científica (2002, p. 74), que “o assunto de uma pesquisa é qualquer tema que necessita melhores definições, melhor precisão e clareza do que já existe sobre o mesmo”. Deve-se pensar em uma justificativa para a realização do trabalho dentro daquele tema escolhido. Para isso, é preciso questionar se o tema é importante, se é um novo método ou uma nova forma criada em algum mercado, se apresentará soluções mais específicas e que tem relevância para uma determinada comunidade. É necessário apresentar ao leitor as contribuições práticas e teóricas geradas por meio das formas sugeridas e também apresentar argumentos que convençam o leitor sobre a importância do seu tema de pesquisa. O assunto pesquisado deve ser atual, pois dificilmente alguém terá interesse em ler, estudar, analisar e discutir sobre algo ultrapassado e que não irá ajudar na construção do conhecimento. Por isso, o pesquisador deve se manter sempre atualizado sobre o que está sendo estudado em sua área profissional e de pesquisa. 
Existem alguns questionamentos importantes para se pensar durante a escolha do tema como pode ser observado na Tabela 2.
Relevância científica; O que pesquisa pode acrescentar á ciência em que se escreve ?
Relevância social; Que benefício poderá trazer á comunidade com a divulgação do trabalho ?
Interesse; O que levou o pesquisador a se iniciar que e por que escolher por este tema ?
Viabilidade; Em termos gerais, quais são as possibilidades concretas dessa pesquisa vir a se realizar ?
Inclinações e possibilidades da pesquisa: as possibilidades de pesquisa podem ser consideradas quando se tem envolvimento com o tema. Isso porque o grau de dificuldade para discuti-lo se torna menor e, assim, o pesquisador conseguirá elaborar algumas etapas do trabalho com mais rapidez. Ele deve estar ciente de que se escolher um tema com o qual não tem vínculo anterior algum, mesmo sendo desafiador e enriquecedor, pode proporcionar frustração, em virtude do tempo e dos prazos que devem ser cumpridos. É importante refletir sobre o conteúdo apresentado nas disciplinas cursadas, seja na graduação ou pós-graduação. Possivelmente, o pesquisador encontrará algum assunto interessante a ser discutido e que pode se transformar em um artigo. Pode-se buscar, também, um tema em seu ambiente profissional, pois, muitas vezes, dessa realidade é possível extrair um tópico interessante de estudo. No dia a dia é possível, por exemplo, perceber que alguns alunos da turma X têm dificuldades de aprendizagem. Então, se pode pesquisar a dificuldade de aprendizagem de um determinado grupo de alunos, verificando os aspectos familiares, emocionais ou outros. Outro exemplo: o pesquisador percebe que, em um determinado setor da empresa na qual atua, muitos funcionários desistem do emprego e pedem demissão. Então, ele pode pesquisar sobre as causas da alta rotatividade de funcionários no setor Y da empresa B. Lembre-se de que, quando se propõe a produzir conhecimento, deve-se fazê-lo com dedicação, rigor científico, seriedade e comprometimento. Aliás, a leitura de publicações da área de estudo em questão (revistas, livros, dissertações, teses) pode despertar a curiosidade em aprofundar algum tema. A escolha do tema da pesquisa geralmente é um momento de angústia para o pesquisador. Este deve considerar alguns critérios:
· Conhecimento prévio de autores, temas, assuntos, matérias;
· Disponibilidade de tempo e de recursos para a pesquisa;
· Existência de bibliografia disponível sobre o assunto;
· Possibilidade de orientação e supervisão adequada dentro do assunto;
· Relevância e fecundidade do assunto.
A definição do tema deverá ser guiada não apenas por razões intelectuais, mas por questões como a instituição, o nível de conhecimento e a perspectiva profissional.
DELIMITAÇÃO DO TEMA Após a escolha do assunto a ser pesquisado, uma das tarefas iniciais na elaboração do artigo deve ser a delimitação do tema. Nesse processo, é preciso levar em conta alguns fatores. Caso o pesquisador não lhes dê atenção, correrá o risco de descobrir, no meio do caminho, que a escolha foi equivocada. Para a realização dessa etapa, não existem regras fixas. Porém, alguns encaminhamentos podem guiar o pesquisador nesse momento:
1. Identificar as publicações mais recentes sobre o tema;
2. Verificar os temas mais importantes para não ficar com muitos temas, mas focar em um subtítulo;
3. Conversar com orientadores para concentrar-se nas informações mais relevantes.
Há outras técnicas que podem ajudar no processo de delimitação, entretanto, elas podem não funcionar para alguns assuntos. A primeira é a divisão do assunto em suas partes constitutivas; a segunda é a definição da compreensão dos termos, que implica a enumeração dos elementos constitutivos ou explicativos que os conceitos envolvem. Fixar circunstâncias de tempo (quadro histórico, cronológico) e de espaço (quadro geográfico) também contribui para indicar os limites do assunto. Por exemplo, o tema de qualidade total é muito amplo e deve ser delimitado. A ideia da delimitação é segmentar o tema, como se fosse passá-lo em por funil.
EXEMPLIFICANDO Exemplos de delimitação do tema qualidade total:
· Aplicabilidade da qualidade total nas empresas têxteis de Brusque;
· Implantação da qualidade total nas empresas metalúrgicas de São Bernardo do Campo
· Análise da implantação da qualidade total na hotelaria de Salvador.
Ao se especificarem as informações (onde, em que região, cidade, estado?), em que nível (no ensino fundamental, médio ou superior?) e qual o enfoque (estatístico, filosófico, histórico, psicológico, sociológico?), indicam-se as circunstâncias para pesquisa e discussão. Ou seja, definem-se a extensão e a profundidade do artigo.
CAMPO DA APLICAÇÃO CIENTÍFICA Agora chegou a hora da investigação. O trabalho de campo se apresenta como uma possibilidade de conseguirmos não só uma aproximação com aquilo que desejamos conhecer e estudar, mas também de criar um conhecimento, partindo da realidade presente no campo. O cientista, em sua tarefa de descobrir e criar, necessita, em um primeiro momento, questionar. Esse questionamento é que nos permite ultrapassar a simples descoberta para, por meio da criatividade, produzir conhecimentos. Quando definimos bem o campo de interesse é possível partir para um rico diálogo com a realidade. Assim, o trabalho de campo deve estar ligado a uma vontade e a uma identificação com o tema a ser estudado, permitindo uma melhor realização da pesquisa proposta. A relação do pesquisador com os sujeitos a serem estudados também é de extrema importância. Isso não significa que as diferentes formas de investigação não sejam fundamentais e necessárias. Para muitos pesquisadores, o trabalho de campo fica circunscrito ao levantamento e à discussão da produção bibliográfica existente sobre o tema de seu interesse. Esse esforço de criarconhecimento não desenvolve o que originalmente consideramos como um trabalho de campo propriamente dito. Essa forma de investigar, além de ser indispensável para a pesquisa básica, nos permite articular conceitos e sistematizar a produção de uma determinada área de conhecimento. Ela visa criar novas questões num processo de incorporação. Além dessas considerações, podemos dizer que a pesquisa bibliográfica coloca frente a frente os desejos do pesquisador e os autores envolvidos em seu horizonte de interesse.  Esse esforço em discutir ideias e pressupostos tem como lugar privilegiado de levantamento as bibliotecas, os centros especializados e arquivos. Nesse caso, trata-se de um confronto de natureza teórica que não ocorre diretamente entre pesquisador e atores sociais que estão vivenciando uma realidade peculiar dentro de um contexto sócio-histórico.  Após essas observações, é hora de nos aproximarmos mais da ideia de campo que pretendemos explicitar. Pode-se definir campo de pesquisa como o recorte que o pesquisador faz em termos de espaço, representando uma realidade empírica a ser estudada a partir das concepções teóricas que fundamentam o objeto da investigação. A título de exemplo, podemos citar o seguinte recorte: o estudo da percepção das condições de vida dos moradores de uma comunidade. Para esse estudo, a comunidade corresponde a um campo empiricamente determinado. Além do recorte espacial, ao tratar de pesquisa social, o lugar primordial é o ocupado pelas pessoas e grupos convivendo numa dinâmica de interação social. Essas pessoas e grupos são sujeitos de uma determinada história a ser investigada, sendo necessária uma construção teórica para transformá-los em objetos de estudo. Partindo da construção teórica do objeto de estudo, o campo torna-se um palco de manifestações de intersubjetividades e interações entre pesquisador e grupos estudados, propiciando a criação de novos conhecimentos. Definido o objeto com uma devida fundamentação teórica, construídos os instrumentos de pesquisa, e delimitado o espaço a ser investigado, faz-se necessário concebermos a fase exploratória do campo para que possamos entrar no trabalho propriamente dito. Seguindo esses passos, devemos observar alguns cuidados relativos à entrada no trabalho de campo.
A ENTRADA NO CAMPO Vários são os obstáculos que podem dificultar ou até mesmo inviabilizar essa etapa da pesquisa. Portanto, cabem algumas considerações:
Buscar aproximação com as pessoas da área selecionada para o estudo Essa aproximação pode ser facilitada por meio do conhecimento de moradores ou daqueles que mantêm sólidos laços de intercâmbio com os sujeitos a serem estudados. De preferência, deve ser uma aproximação gradual, possibilitando que cada dia de trabalho possa ser refletido e avaliado com base nos objetivos preestabelecidos. É fundamental consolidarmos uma relação de respeito efetivo pelas pessoas e pelas suas manifestações no interior da comunidade pesquisada.
Apresentar proposta de estudo aos grupos envolvidos É importante estabelecer uma situação de troca. Os grupos devem ser esclarecidos sobre aquilo que pretendemos investigar e sobre as possíveis repercussões favoráveis advindas do processo investigativo. É preciso termos em mente que a busca das informações que pretendemos obter está inserida num jogo cooperativo em que cada momento é uma conquista baseada no diálogo e que foge à obrigatoriedade. Ou seja, os grupos envolvidos não são obrigados a uma colaboração sob pressão, até porque isso caracterizaria um processo de coerção, que inviabilizaria a efetiva interação.
Dar atenção à postura em relação ao problema a ser estudado Às vezes, o pesquisador entra em campo considerando que tudo o que vai encontrar serve para confirmar o que ele considera já saber, ao invés de compreender o campo como possibilidade de novas revelações. Esse comportamento pode dificultar o diálogo com os elementos envolvidos no estudo, além de poder gerar constrangimentos entre pesquisador e grupos envolvidos, e poder implicar no surgimento de falsos depoimentos.
Ter cuidado teórico-metodológico com a temática a ser explorada A atividade de pesquisa não se restringe ao uso de técnicas refinadas para obtenção de dados. Assim, a teoria informa o significado dinâmico daquilo que ocorre e que buscamos captar no espaço em estudo. Para conseguirmos um bom trabalho de campo, há necessidade de se ter uma programação bem definida de suas fases exploratórias e de trabalho de campo propriamente dito. É no processo desse trabalho que são criados e fortalecidos os laços de amizade, bem como os compromissos firmados entre o investigador e a população investigada, propiciando o retorno dos resultados alcançados para essa população e a viabilidade de futuras pesquisas.
Modalidade de pesquisa A pesquisa é uma atividade direcionada para a elucidação de problemas por meio da utilização de procedimentos científicos. Dessa forma, ao desenvolver uma pesquisa, é necessária a compreensão das modalidades da pesquisa, bem como das formas de coleta e análise de dados. Um documento científico se inicia com uma introdução, seguida pelo desenvolvimento (delimitação do tema, a definição dos objetivos de estudo, procedimentos metodológicos, fundamentação teórica, análise e interpretação das informações coletadas), considerações finais e referências. Assim, é comum que o aluno pesquisador questione: quais as características do meu estudo? Que tipo de pesquisa pretendo desenvolver? Qual a necessidade de aplicação de questionários ou entrevistas para esse tema? Como devo coletar e apresentar os dados? É necessário fundamentar meu trabalho com literaturas? A elaboração de pesquisas pode ser uma experiência prática, para que busquem refletir, sistematizar e testar os conhecimentos teóricos e instrumentais aprendidos durante o ensino formal e de pesquisa. Portanto, a pesquisa propõe uma reflexão de fatos e dados, estimulando o estudante a analisar e julgar, quando oportuno, de forma ética e profissional, ampliando seus conhecimentos. Seu espírito crítico e ético lhe possibilitará que se destaque na procura de soluções para os problemas da sociedade em que vive e aceite suas responsabilidades sociais. Muitos autores já publicaram suas percepções e conceitos sobre pesquisa e vários salientam que é um processo de perguntas e investigação, é sistemática e metódica e aumenta o conhecimento humano.
	
CITANDO  “A pesquisa parte [...] de uma dúvida ou problema e, com o uso do método científico, busca uma reposta ou solução” (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 63). Assim, o pesquisador utilizará seus conhecimentos teóricos e práticos. Para tal, é necessário que tenha habilidades para a utilização de técnicas de análise, que entenda os métodos científicos e os procedimentos para que possa atingir o objetivo de encontrar respostas para as perguntas formuladas no estudo. É importante lembrar que a pesquisa científica é uma atividade que se volta ao esclarecimento de situações-problema ou novas descobertas. Dessa forma, é indispensável que se use processos científicos que, por sua vez, são bem diversos, dependendo do campo de conhecimento. O artigo científico também deve apresentar os caminhos e formas utilizados no estudo. Assim, é importante citar as modalidades ou tipos da pesquisa e características do trabalho. As pesquisas podem ser classificadas quanto:
· Às bases lógicas da investigação (métodos dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético ou fenomenológico);
· À natureza da pesquisa (básica ou aplicada);
· À abordagem do problema (qualitativa, quantitativa ou ambas combinadas);
· À realização dos objetivos (descritiva, exploratória ou explicativa);
· Ao propósito da pesquisa (aplicada, avaliação de resultados, avaliação formativa, proposição de planos ou pesquisa-diagnóstico);
· Aos procedimentos técnicos (bibliográfico, documental, levantamento, estudo de caso, participante, pesquisa ação, experimental e ex-post-facto).
Pesquisa aplicada Gera conhecimentos para aplicaçãoprática, dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve interesses locais e a pesquisa visa à aplicação de suas descobertas na solução de um problema.
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, pode ser:
Pesquisa quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir, em números, opiniões e informações para classificá-los e analisá-los. Requer o uso de técnicas estatísticas e de recursos (percentagem, média, moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação, entre outros). Assim, a pesquisa quantitativa é focada na mensuração de fenômenos, envolvendo a coleta e análise de dados numéricos e aplicação de testes estatísticos.
Pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o indivíduo, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados, e o pesquisador é o instrumento-chave. A pesquisa qualitativa utiliza técnicas de dados, como a observação participante, história ou relato de vida, entrevista, entre outros. 
Do ponto de vista de seus objetivos, pode ser:
PESQUISA EXPLORATÓRIA Proporciona maior proximidade com o problema, visando torná-lo explícito ou definir hipóteses e procura aprimorar ideias ou descobrir intuições. Também possui um planejamento flexível, envolvendo, em geral, levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos similares. Assume as formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso. Esse tipo de pesquisa é voltado para pesquisadores que possuem pouco conhecimento sobre o assunto pesquisado, pois, geralmente, há pouco ou nenhum estudo publicado sobre o tema.
PESQUISA DESCRITIVA Visa descrever as características de determinada população, ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. A forma mais comum de apresentação é o levantamento, em geral realizado mediante questionário ou observação sistemática, que oferece uma descrição da situação no momento da pesquisa. Metodologia indicada para orientar a forma de coleta de dados quando se pretende descrever determinados acontecimentos. É direcionada a pesquisadores que têm conhecimento aprofundado a respeito dos fenômenos e problemas estudados.
PESQUISA EXPLICATIVA Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê das coisas e, por isso, é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente. Visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos acontecimentos. Caracteriza-se pela utilização do método experimental (nas ciências físicas ou naturais) e observacional (nas ciências sociais). Geralmente, utiliza as formas de pesquisa experimental e ex-post-facto. Método adequado para pesquisas que procuram estudar a influência de determinados fatores na determinação de ocorrência de fatos ou situações.
Do ponto de vista do propósito da pesquisa, pode ser:
Pesquisa aplicada É usada para estudar o problema em um contexto, buscando soluções para os desafios enfrentados nesse ambiente específico. Esse tipo de pesquisa é bem ligado à prática, mas nem por isso pode deixar de incluir uma reflexão teórica.
Avaliação de resultados Avaliar nada mais é do que atribuir valor. Para isso, é preciso escolher critérios para avaliação. e, dependendo do caso, a avaliação pode incluir uma comparação. O mais indicado é fazer uma avaliação de resultados para comparar o antes e o depois de cada etapa.
Avaliação formativa O objetivo é aperfeiçoar um processo ou um sistema. Isso só é possível quando o pesquisador está familiarizado com o objeto de estudo e tem condições de mudá-lo. Em primeiro lugar, é necessário fazer um diagnóstico do sistema, identificando os problemas e as oportunidades que não são aproveitadas. Depois, é hora de traçar um plano para eliminar os pontos fracos e melhorar o sistema como um todo.
Proposição de planos Serve para solucionar os problemas de uma organização e planejar o que vai ser feito daquele momento em diante. Os planejamentos financeiros e de marketing são exemplos disso.
Pesquisa diagnóstica É indicada quando queremos avaliar a situação interna ou externa de uma organização. Você pode, por exemplo, fazer um diagnóstico interno sobre o desempenho econômico da empresa ou levantar informações sobre os mercados nos quais ela pode entrar no futuro (diagnóstico externo). 
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, pode ser:
Pesquisa bibliográfica Utiliza material já publicado, constituído basicamente de livros, artigos de periódicos e, atualmente, com informações disponibilizadas na internet. Quase todos os estudos fazem uso do levantamento bibliográfico e algumas pesquisas são desenvolvidas exclusivamente por fontes bibliográficas. Sua principal vantagem é possibilitar ao investigador a cobertura de uma gama de acontecimentos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente.
Levantamento Envolve a interrogação direta de pessoas cujo comportamento em relação ao problema estudado se deseja conhecer para, em seguida, mediante análise quantitativa, identificar as conclusões correspondentes aos dados coletados. O levantamento feito com informações de todos os integrantes do universo da pesquisa origina um censo. Ele usa técnicas estatísticas, análise quantitativa, permite a generalização das conclusões para o total da população e, assim, para o universo pesquisado, permitindo o cálculo da margem de erro. Os dados são mais descritivos que explicativos.
Pesquisa experimental Quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. A pesquisa experimental necessita de previsão de relações entre as variáveis a serem estudadas e o seu controle. Dessa forma, na maioria das situações, é inviável quando se trata de objetos sociais. É geralmente utilizada nas ciências naturais.
MÉTODOS A pesquisa científica exige uma organização para que realmente saia do papel e atinja seu objetivo final. Para isso, é preciso que o aluno conheça e saiba executar os métodos de procedimento. Os métodos mais utilizados nos projetos acadêmicos e suas respectivas características são:
Método histórico Investiga eventos do passado a fim de compreender os modos de vida do presente, que só podem ser explicados a partir da reconstrução da cultura e da observação das mudanças ocorridas ao longo do tempo;
Método estatístico No campo biológico, verifica as variabilidades das populações; no campo cultural, levanta diversificações dos aspectos culturais. Os dados, depois de coletados, são reduzidos a termos quantitativos, demonstrados em tabelas, gráficos, quadros, etc.;
Método etnográfico Refere-se à análise descritiva das sociedades humanas e grupos sociais (de pequena escala). Mesmo o estudo descritivo requer alguma generalização e comparação, implícita ou explícita. Refere-se a aspectos culturais e consiste no levantamento e na descrição de todos os dados possíveis sobre as sociedades e grupos, com a finalidade de conhecer melhor seus estilos de vida e cultura específicos; 
Método comparativo ou etnológico Permite verificar diferenças e semelhanças apresentadas pelo material coletado. Compara padrões, costumes, estilos de vida, culturas e verifica diferenças e semelhanças a fim de obter melhor compreensão dos grupos sociais pesquisados;
Método monográfico ou estudo de caso Estudo em profundidade de determinado caso ou grupo humano, sob todos os seus aspectos. Permite a análise de instituições, de processos culturais e de todos os

Outros materiais