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63 FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Alfabetização e Letramento: Fundamentos Metodológicos Disciplina: Fundamentos da Consciência Fonológica Modalidade de Curso Capacitação Profissional É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ t (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 Le sm x doi = diretoriaofaculdadesouza.com.br 69 Fasouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO CONCEITUANDO CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA Página 1 de 20 Denomina-se consciência fonológica a habilidade metalinguística de tomada de consciência das características formais da linguagem. Esta habilidade compreende dois níveis: 1. A consciência de que a língua falada pode ser segmentada em unidades distintas, ou seja, a frase pode ser segmentada em palavras; as palavras, em sílabas e as silabas, em fonemas. 2. A consciência de que essas mesmas unidades repetem-se em diferentes palavras faladas.(Byrne e Fielding-Barnsley, 1989). Diferentes pesquisas têm apontado o papel do desenvolvimento da consciência fonológica para a aquisição da leitura e escrita. Estas pesquisas referem que o desempenho das crianças na fase pré-escolar em determinadas tarefas de consciência fonológica é preditivo de seu sucesso ou fracasso na aquisição e desenvolvimento da lecto-escrita (Juel, Griffith e Gough, 1986; Stanovich, Cunningham e Cramer, 1984; Capovilla, 1999; Guimarães, 2003). Crianças com dificuldades em consciência fonológica geralmente apresentam atraso na aquisição da leitura e escrita, e procedimentos para desenvolver a consciência fonológica podem ajudar as crianças com dificuldades na escrita a superá-los (Capovilla e Capovilla, 2000). A consciência fonológica, ou o conhecimento acerca da estrutura sonora da linguagem, desenvolve-se nas crianças ouvintes no contato destas com a linguagem oral de sua comunidade. É na relação dela com diferentes formas de expressão oral que essa habilidade metalinguiística desenvolve-se, desde que a criança se vê imersa no mundo linguístico. Diferentes formas linguística a que qualquer criança é exposta dentro de uma cultura vão formando sua consciência fonológica, entre elas destacamos as músicas, cantigas de roda, poesias, parlendas, jogos orais, e a fala, propriamente dita. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ t+. (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 e o! Er 2 = diretoriaafaculdadesouza.com.br 69 Fasouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Página 2 de 20 As sub-halidades da consciência fonológica são: Rimas e aliterações Consciência de palavras Consciência silábica Consciência fonêmica Rimas e Aliterações A rima representa a correspondência fonêmica entre duas palavras a partir da vogal da sílaba tônica. Por exemplo, para rimar com a palavra SAPATO, a palavra deve terminar em ATO, pois a palavra é paroxítona, mas para rimar com CAFE, a palavra precisa terminar somente em É, visto que a palavra é oxítona. A equidade deve ser sonora e não necessariamente gráfica, ou seja, as palavras OSSO e PESCOÇO rimam, pois o som em que terminam é igual, independente da forma ortográfica. Já a aliteração, também recurso poético, como a rima, representa a repetição da mesma sílaba ou fonema na posição inicial das palavras. Os trava-línguas são um bom exemplo de utilização da aliteração, pois repetem, no decorrer da frase, várias vezes o mesmo fonema. Os pesquisadores Goswami e Bryant (1997) realizaram estudos a respeito da consciência fonológica e comprovaram que a habilidade de detectar rima e aliteração é preditora do progresso na aquisição da leitura e escrita. Isto ocorre, porque a capacidade de perceber semelhanças sonoras no início ou no final das palavras permite fazer conexões entre os grafemas e os fonemas que eles representam, ou seja, favorece a generalização destas relações. É comum vermos crianças de 4 ou 5 anos brincando com nomes dos colegas em jogos de rimas como: "Gabriel cara de pastel, Fabiana cara de banana”. Mesmo sem saber que isto é uma rima, a brincadeira espontânea das crianças atesta sua capacidade de consciência fonológica. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ t+. (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 se = emu ; = diretoriaafaculdadesouza.com.br 69 Fasouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO CONSCIÊNCIA DE PALAVRAS, DA SÍLABA E FONÉMICA Página 3 de 20 Também chamada de consciência sintática, representa a capacidade de segmentar a frase em palavras e, além disso, perceber a relação entre elas e organizá-las numa sequência que dê sentido. Esta habilidade tem influência mais precisa na produção de textos e não no processo inicial de aquisição de escrita. Ela permite focalizar as palavras enquanto categorias gramaticais e sua posição na frase. Contar o número de palavras numa frase, referindo-o verbalmente ou batendo uma palma para cada palavra, é uma atividade de consciência de palavras. Por exemplo: Quantas palavras há na frase: "O cachorro correu atrás do gato?” Ao responder corretamente esta questão ou batendo uma palma para cada palavra, enquanto repete a frase, a criança demonstra sua habilidade de consciência sintática. Além disso, ordenar corretamente uma oração ouvida com as palavras desordenadas também é uma capacidade que depende desta habilidade. Déficit nesta habilidade pode levar a erros na escrita do tipo aglutinações de palavras e separações inadequadas. Embora esses erros sejam comuns no processo inicial de aquisição da escrita, como por exemplo, escrever: OGATO (aglutinação) ou SABO NETE (separação), a persistência destes tipos de erros pode ser motivada por uma dificuldade de consciência sintática. Esta habilidade implica numa capacidade de análise e síntese auditiva da frase. Consciência da sílaba Consiste na capacidade de segmentar a palavras em sílabas. Esta habilidade depende da capacidade de realizar análise e síntese vocabular. Segundo o dicionário Michaelis, a análise é a decomposição em elementos constituintes (neste caso, a Sílaba) e a síntese é a operação mental pela qual se constrói um sistema; agrupamento de fatos particulares em um todo que os abrange e os resume (aqui, a palavra). É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ t+. (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 e o! Er 2 = diretoriaafaculdadesouza.com.br 69 Fasouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Página 4 de 20 Zorzi (2003) faz uma análise da psicogênese da escrita relacionando-a com o desenvolvimento das habilidades de consciência fonológica. Segundo o autor, a criança só avança para a fase silábica de escrita (de acordo com a classificação de Emília Ferrero), quando se torna atenta às características sonoras da palavra, especialmente quando ela chega ao nível do conhecimento da sílaba. Atividades como contar o número de sílabas; dizer qual é a sílaba inicial, medial ou final de uma determinada palavra; subtrair uma sílaba das palavras, formando novos vocábulos, são dependentes esta subhabilidade da consciência fonológica. Consciência fonêmica Consiste na capacidade de analisar os fonemas que compõe a palavra. Tal capacidade, a mais refinada da consciência fonológica, é também a última a ser adquirida pela criança. É no processo de aquisição da escrita que esse tipo específico de habilidade passa a se desenvolver. As escritas de um sistema alfabético, como o português, o inglês e o francês, por exemplo, permitem que os indivíduos tomem contato com as estruturas mínimas do linguagem: os fonemas; o que não é possível num sistema de escrita silábico ou ideográfico. Desta forma,percebemos que um certo nível de consciência fonológica é imprescindível para a aquisição da lectoescrita, ao mesmo tempo em que, com domínio da escrita, a consciência fonológica se aprimora. Ou seja, estágios iniciais da consciência fonológica contribuem para o desenvolvimento dos estágios iniciais do processo de leitura e estes, por sua vez, contribuem para o desenvolvimento de habilidades de consciência fonológica mais complexas. Atividades como dizer quais ou quantos fonemas formam uma palavra; descobrir qual a palavra está sendo dita por outra pessoa unindo os fonemas por ela emitidos; formar um novo vocábulo subtraindo o fonema inicial da palavra (por exemplo, É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ t+. (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 e o! Er 2 = diretoriaafaculdadesouza.com.br 69 FaSouza x Página 5 de 20 és TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO omitindo o fonema /k/ da palavra CASA, forma-se a palavra ASA), são exemplos em que se utiliza a consciência fonêmica. A consciência fonológica associada ao conhecimento das regras de correspondência entre grafemas e fonemas permite à criança uma aquisição da escrita com maior facilidade, uma vez que possibilita a generalização e memorização destas relações (som-letra). Como referi anteriormente, muitas pesquisas apontam que grande parte das dificuldades das crianças na leitura e escrita está relacionada com problemas na consciência fonológica. Partindo desta afirmação podemos derivar algumas implicações educacionais. Tais estudos sugerem que a crianças e jovens com dificuldades de aprendizagem de leitura e escrita devem participar de atividades para desenvolver a consciência fonológica, em programas de reforço escolar ou terapias com profissionais especializados, como fonoaudiólogo ou psicopedagogo. Além disso, as escolas podem desenvolver desde a pré-escola, atividades de consciência fonológica com objetivo preventivo, a fim de minimizar as possíveis dificuldades futuras na aquisição da escrita (Guimarães, 2008). Referências BYRNE, B. E FIELDING-BARNSLEY, R. Phonemic awareness and letter knowledge in child's acquisition of the alphabetic principle. In Journal of Educational Psychology, 81 (3), pp. 313-321, 1989 CAPOVILLA, A.G.S. Leitura, escrita e consciência fonológica: desenvolvimento, intercorrelações e intervenções. Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999 CAPOVILLA, A. G. S. e CAPOVILLA, F.C. Problemas de Leitura e escrita. Como identificar, preveni e remediar numa abordagem fônica. São Paulo, Memnon, 2000 GOSWAMI, U. e BRYANT, P. Phonological skills and learning to read. Hove, UK: Psychology Press Ltd, 1997 É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ t+. (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 e o! Er 2 = diretoriaafaculdadesouza.com.br 69 FaSouza “ TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO GUIMARÃES, S.R.K. Dificuldades no Desenvolvimento da Lectoescrita: O papel das Habilidades Metalinguísticas. In Psicologia: Teoria e Pesquisa. Jan-Abr 2008, vol 19 n. 1. Pp.33-45 Página 6 de 20 JUEL, C., GRIFFITH, P.L. e GOUGH, P.B. Aquisicion of Literacy: A longitudinla study of children in first and second grade. In Journal of Educational Psychology, 78 (4), pp. 243-255, 1986 STANÓOVICH, K.E. CUNNINGHAM, A.F. e CRAMER,B.B. Assessing phonological awarenwss in Kkindergarten children: issues of task comparability. In Journal of Experimental Child Psychology, 38, pp. 175-190, 1984 ZORZI, J. L. Aprendizagem e distúrbios da linguagem escrita: Questões clínicas e educacionais. Porto Alegre: Artmed, 2003 COMO DESENVOLVER A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA ATRAVES DA LEITURA EM VOZ ALTA Autor: Vicente Martins (adaptado) No contexto de formação leitora, na escola, especialmente o desenvolvimento da capacidade de o aluno ler um texto em voz alta, os pedagogos, com seus métodos de leitura e os psicopedagogos, com suas pautas ou roteiros de observação das dislexias e intervenção nas dificuldades de leitura, de modo geral, devem levar em consideração, para sua ação profissional, a ciência dos sons da fala, isto é, a Fonética e a Fonologia. A primeira concepção é a da consciência fonológica que consiste na habilidade do leitor iniciante refletir sobre e manipular os sons da fala, de forma consciente. A segunda concepção refere-se ao conceito fundamental de fonema, entendido como uma unidade sonora abstrata, contrastiva em uma língua dada. Assim, dois É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ t+. (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 e o! Er 2 = diretoriaafaculdadesouza.com.br € | FaSouza OC Página 7 de 20 TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO sons são fonemas separados de uma língua quando a diferença fonética entre ambos causa uma diferença de significado. Em português, o contraste // e /v/, por exemplo, distingue o significado das palavras <faca> e <vaca>. A observação sobre a natureza distintiva das consoantes vale também para os vogais. Vejamos, por exemplo, as vogais posteriores /6/-/5/, como nas palavras <avó> e <avô> que têm as mesmas letras, mas significados diferentes, exatamente porque os dois fonemas são distintivos, ou seja, /Ó/ tem timbre aberto e /6/ tem timbre fechado. A terceira e última concepção é o amparo científico, isto é, não hã como atuar nessa área de formação ou reeducação leitora sem levar em conta as postulações da disciplina da Fonologia, ramo da Linguística, entendida como estudo dos padrões de sons que são linguisticamente significativos, ou seja, fazem parte da organização mental dos sons da fala. Os aportes linguísticos e suas aplicações às atividades de leitura inicial, especialmente na fase de decodificação leitora ou soletração, exigem dos docentes ou terapeutas de leitura conhecimentos metalinguísticos, em particular os de natureza fonético-fonologia. Leia mais em: htto:/Awvww .diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2045-8.pdf ALFABETIZAÇÃO E CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ t+. (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 se = emu ; = diretoriaafaculdadesouza.com.br €9 FaSouza to x Página 8 de 20 TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO és A consciência fonológica é a percepção do som da fala. É uma capacidade cognitiva a ser desenvolvida, a qual contribui no processo de aquisição da leitura e da escrita. Sua importância está ligada a compreensão do principio alfabético e ao desenvolvimento de habilidades como o reconhecimento de sílabas e fonemas numa palavra. Diversas formas linguísticas que uma criança tem contato estando inserida numa cultura contribuem para a formação de sua consciência fonológica, dentre elas pode- se destacar as músicas, cantigas de roda, poesias, parlendas, jogos orais e a fala, propriamente dita. (NASCIMENTO, 2006) O uso da consciência fonológica por professores alfabetizadores é de grande importância, visto que esta ajuda no desenvolvimento de habilidades pelo aprendente, essas habilidades estão relacionadas à correspondência grafonemica, onde “o sistema alfabético de escrita associa um componente auditivo fonêmico a um componente visual gráfico” (GUIMARÃES, 2006). E para se compreender o sistema alfabético são necessárias algumas habilidades como “a consciência de que é possível segmentar a língua falada em unidades distintas e a consciência de que essas mesmas unidades repetem-se em diferentes palavras faladas” (GUIMARÃES, 2006), isso corresponde a consciência de sílabas e a consciência de palavras. Podendo-se então utilizarrecursos da consciência fonológica para obter esses resultados, ou seja, para se ter “o conhecimento geral dos segmentos que compõe a fala (rimas, aliterações, sílabas e fonemas).” (GUIMARÃES, 2006) RIMAS E ALITERAÇÕES, CONSCIÊNCIA DE PALAVRAS, CONSCIÊNCIA DE SÍLABA E CONSCIÊNCIA FONÉMICA E IMPLICAÇÕES NA ALFABETIZAÇÃO “À rima representa a correspondência fonêmica entre duas palavras a partir da vogal da sílaba tônica” (NASCIMENTO, 2006). E aliteração é uma figura de linguagem na qual existe a “repetição de um ou mais fonemas no começo, no meio ou no fim de palavras próximas ou simetricamente dispostas”. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ t+. (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 e o! er 2 = diretoriaafaculdadesouza.com.br 69 FaSouza X Página 9 de 20 é TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO É notada a importância do trabalho de consciência fonológica por meio de identificação de rimas e aliterações, pois estes contribuem no desenvolvimento de habilidades nas crianças no início da instrução formal em leitura (mais ou menos aos seis anos de idade)“ (GUIMARÃES, 2006), como, p.ex., a habilidade de identificação da sílaba inicial e de identificação de fonema inicial revelando-se capaz de prever significativamente a capacidade de leitura e de escrita. Esta pode ser trabalhada pelos professores alfabetizadores com propostas como as sugeridas no Protocolo de Tarefas de Consciência Fonológica baseado em Cielo (in Paes e Pessoa, 2005), como por exemplo: Detecção de rimas: eu vou dizer três palavras, duas rimam e uma não. Qual não rima? - LATA / DEDO / MEDO - CHUPETA / BIGODE / ROLETA Consciência de Palavras e alfabetização É a capacidade de dividir uma frase em palavras e organizá-las de uma forma que haja significado. “Esta habilidade tem influência mais precisa na produção de textos e não no processo inicial de aquisição de escrita. Ela permite focalizar as palavras enquanto categorias gramaticais e sua posição na frase”. (NASCIMENTO, 2006) “Como exemplo de atividade de consciência de palavras e segmentação de frases, o aplicador deve falar uma frase e depois a repete sem a última palavra, a criança deve dizer, então, a palavra que faltou, por exemplo, /Eu passeio de bicicleta. Eu passeio de | Iº(LOPES, 2004). É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ t+. (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 e o! er 2 = diretoriaafaculdadesouza.com.br FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO 9 Página 10 de 20 Consciência de Sílaba e alfabetização A consciência silábica se define na capacidade de segmentação das palavras em sílabas, ela contribui, entre outros benefícios, para que a criança identifique as partes de que a palavra é formada, que esta consiga perceber que sílabas utilizadas numa palavra podem também ser utilizadas em outras, ou ainda que retirando ou acrescentando uma silaba numa palavra esta terá outro significado. Exemplos de propostas a serem trabalhadas: Eu vou falar como um robô, adivinhe a palavra que o robô diz: CO-PO / SA-PA-TO. (PAES e PESSOA, 2006) “A consciência de sílaba pode ser trabalhada também em atividades que apresentem a síntese silábica. Como exemplo pode-se usar um jogo com fantoches em que esses dizem palavras separando as sílabas, sendo que as crianças devem dizer a palavra inteira, unindo as sílabas faladas pelo fantoche”.(LOPES, 2004) Consciência Fonêmica e alfabetização É a capacidade de identificar, analisar e refletir sobre os fonemas que compõe uma palavra. “Segundo as pesquisas de Cardoso-Martins(1995) a consciência fonêmica representa o nível de consciência fonológica que tem o papel mais importante na aquisição da leitura e da escrita em Português.” (GUIMARÃES, 2006) “À consciência fonêmica pode também ser trabalhada com a síntese de fonemas em jogos nos quais o aplicador deve apresentar palavras ou pseudopalavras em que cada fonema é representado por uma forma geométrica. Adicionam-se, então, formas geométricas no início, fim e meio dos itens para formar diferentes palavras. O aplicador deverá apresentar os cartões para as crianças e informar que cada um dos É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ t+. (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 e o! er 2 = diretoriaafaculdadesouza.com.br 69 FaSouza Se Página 11 de 20 TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO cartões irá representar um fonema distinto. Essa atividade possui como principal objetivo mostrar que, pela modificação na arrumação dos fonemas nas palavras pode-se formar outras palavras distintas”.(LOPES, 2004) CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o estudo acerca da consciência fonológica podemos perceber a sua importância no processo de aquisição da língua escrita. Diversas pesquisas revelam que “a consciência fonêmica é o melhor preditor para a aquisição da leitura e escrita, devendo, durante a alfabetização, ser treinada, uma vez que não surge espontaneamente nas crianças” (JARDINI E SOUZA, 2006). De acordo com pesquisas de GOMES, CAMPOS, NASCIMENTO e NOGUEIRA (2006) seguindo-se as realizações de atividades de consciência fonológica foi constatado que as “crianças evoluíram na escrita, produções de texto e leituras, demonstrando um melhor desempenho na leitura e compreensão de histórias ou enunciados de atividades”. Certificando que o trabalho com consciência fonológica contribui de forma significativa no aprendizado dos educandos. REFERÊNCIAS CARDOSO-MARTINS, Cláudia and PENNINGTON, Bruce F. What is the Contribution of Rapid Serial Naming to Reading and Spelling Ability?: Evidence from Children and Adolescents with and without Reading Difficulties. Psicol. Reflex. Crit. [online]. 2001, vol.14, no.2 [cited 20 June 2006], p.387-397. Available from World Wide Web: . ISSN 0102-7972. CARNIO, Maria Sílvia y SANTOS, Daniele dos. Phonological awareness improvement in primary school students. Pró-Fono R. Atual. Cient. [online]. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ & (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 se x at ur ; = diretoriaafaculdadesouza.com.br 63 FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO mayo/ago. 2005, a no.2 [citado 18 Junio 2006], p.195-200. Disponible en la World Wide Web: . ISSN 0104-5687. Página 12 de 20 CARVALHO, L. A.; COSTA, S. N. S.; RABELO, P. S. T.; RANGEL, S. B. O. P. Consciência fonológica e Alfabetização. Disponível em: Acesso dia: 18 de Junho de 2006. DEUSCHLE, Vanessa Panda; DONICHT, Gabriele e PAULA, Giovana Romero. Distúrbios de Aprendizagem: Conceituação, Etiologia e Tratamento. Disponível em: <http:/Avww.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrlD=841 Acesso dia: 19 de Junho de 2006. LOPES, Flavia. O desenvolvimento da consciência fonológica e sua importância para o processo de alfabetização. Psicol. esc. educ. [online]. dez. 2004, vol.8, no.2 [citado 19 Junho 2006], p.241-243. Disponível na World Wide Web: . ISSN 1413- 8597. GODOY, Dalva. A Evolução das Habilidades Fonológicas e de Leitura e Escrita de crianças brasileiras alfabetizadas em dois métodos distintos. Disponível em: http://fsmorente.filos.ucm.es/Publicaciones/Iberpsicologia/lisboa/godoy/godoy.htm Acesso dia: 20 de Junho de 2006. GOMES, Juliana de A..; CAMPOS, sSíntia P. Sá; NASCIMENTO, Fabiana V. Gonçalves; NOGUEIRA, Liliana A. Psicogênese da língua oral e escrita: formando o professor-alfabetizador. Disponível em: <http://(www.isecensa.com.br/arquivo/revista/revista.pdf ?codigo=24> Acesso dia: 18 de junho de 2006. GUIMARAES, Sandra Regina Kirchner. Dificuldades no desenvolvimento da lectoescrita: o papeldas habilidades metalinguísticas. Psic.: Teor. e Pesq. [online]. jan./abr. 2008, vol.19, no.1 [citado 18 Junho 2006], p.33-45. Disponível na World Wide Web: . ISSN 0102-3772. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 & (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 Fasouza = diretoriaofaculdadesouza.com.br 69 FaSouza a Página 13 de 20 TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO MARTINS, Vicente. Leitura, Dislexia e Consciência Fonológica. Disponível em: Acesso dia: 18de Junho de 2006. REGO, Lúcia Lins Browne y BUARQUE, Lair Levi. Syntactic awareness, phonological awareness and the acquisition of spelling rules. Psicol. Reflex. Crit. [online]. 1997, vol.10, no.2 [citado 18 Junio 2006], p.199-217. Disponible en la World Wide Web: . ISSN 0102-7972. PAES, Cristiane T. de Siqueira; PESSOA, Ana Cláudia Rodrigues G. Habilidades Fonológicas em crianças não alfabetizadas. Disponível em: Acesso em: 18 de Junho de 2006. LEITURA, DISLEXIA E CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA Por VICENTE MARTINS Professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Sobral (CE). 1. O significado das palavras Observe estas duas palavras: & mneupotruramiscolcopicosislicoculvanonociócito = pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 & (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 Fasouza = diretoriaofaculdadesouza.com.br 69 Fasouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Página 14 de 20 Fonte: Escola municipal da Paraíba - Foto: Sergio Dutti Agora, responda, se puder, as perguntas abaixo para avaliar sua consciência fonológica: qual das duas palavras acima você pronuncia mais rapidamente? qual delas você poderia dar alguma noção ou aproximação de significado? Se disser que encontrou dificuldade de pronunciar as duas palavras, você tem, realmente, razão. Ambas, é verdade, possuem 46 letras. Se encontrou dificuldade de encontrar algum grau de significação no item a, também tem razão: a palavra mneupotruramiscolcopicosislicoculvanonociócito não é palavra, não tem significado nenhum na língua portuguesa. Em todo caso, como podemos analisar são duas palavras esdrúxulas, esquisitas, extravagantes, mas apenas uma delas, isto, pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico , opção b, realmente, é palavra e está registrada no novo dicionário houaiss da língua portuguesa, tendo por definição “estado de quem é acometido de uma doença rara provocada pela aspiração de cinzas vulcânicas *. A outra palavra, isto é mneupotruramiscolcopicosislicoculvanonociócito, a rigor, do ponto linguístico, não é palavra, não significa nada, foi inventada por mim, no processo de elaboração deste texto, de tal modo que é uma palavra fictícia, ou tem forma ou aparência de palavra, que se assemelha, em configuração grafêmica ou fonêmica, a palavras da língua portuguesa. Para a linguística tradicional, palavra é um elemento linguístico significativo, composto de um ou mais fonemas. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ t+. (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 se = emu ; = diretoriaafaculdadesouza.com.br 69 Fasouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Página 15 de 20 No caso da palavra Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, ela é significativa, tem significado cultural, ainda que chegue a ter, 46 letras. Pois bem. Para nós, investigadores dos processos de lectoescrita, psicopedagogos, fonoaudiólogos, neurologistas, psicolinguistas ou psicólogos cognitivos, pais, professores, enfim, podemos, a partir do caso acima, ilustrar como podemos descobrir indício de uma dificuldade de leitura ou dislexia. Não obstante, você pode indagar: qual das palavras acima citadas, poderia ser a “isca”, importante indício, no diagnóstico e processo de avaliação leitora?” Por incrível que pareça, para um diagnóstico preliminar ou básico, em sala de sala, feito por um educador, sem que o aluno precise ir a uma clínica psicopedagógica, a palavra que, surpreendemente, nos é útil, e, portanto, serve-nos como parâmetro para diagnóstico, é mneupotruramiscolcopicosislicoculvanonociócito, a falsa palavra. Uma criança ou um adulto pode ser considerado uma leitor hábil, competente na decodificação e compreensão leitoras, no processo de aquisição da linguagem, quando é capaz não apenas de ler palavras não familiares como em pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, que já é registrada no dicionário brasileiro, mas é capaz de ler, também, palavras fictícias, inventadas pelos examinadores, professores, pais ou reeducadores linguistas, quando submetido a um processo avaliativo de sua competência leitora. Para Andrew W. Ellis, em seu livro Leitura, escrita e dislexia: uma analise cognitiva, a familiaridade é um fator que determina, influencia e afeta a facilidade ou dificuldade do reconhecimento de palavras na leitura hábil, isto é, a leitura em voz alta. (Artes Médicas, p.20) 2. O valor da consciência fonológica A palavra pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico é esdrúxula, esquisita, excêntrica ou, numa expressão, é uma palavra não familiar. Sem embargo, é uma palavra. Uma pessoa que tem consciência fonológica, ou seja, capaz de reconhecer as letras e discriminar os fonemas, será capaz de gerar o que chamo de lectogenia É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ t+. (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 e o! Er 2 = diretoriaafaculdadesouza.com.br 69 Fasouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Página 16 de 20 (o neologismo é meu), uma decodificação, manifesta na pronúncia corrente ou escorreita da palavra, seguida da compreensão, ou seja, da assimilação do significado que o signo encerra na sua forma linguistica. Uma das tarefas dos psicopedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos, ou psicolinguistas, na avaliação da compreensão leitora, é comparar o reconhecimento de palavras familiares com o reconhecimento de palavras não familiares. Para uma criança, na educação infantil ou alfabetização ou ainda no primeiro ciclo do ensino fundamental, situando-se na etapa que os investigadores chamam de leitura inicial, pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico é uma palavra não familiar, esquisita; mas para um adulto, ou leitor competente, curioso, pode ser uma palavra familiar, isto é, uma palavra em que o bom leitor é capaz de decompor em seus morfemas (radicais, sufixos, por exemplo) e fonemas (vogais, consoantes ) Quando o leitor principiante aprende que Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico traz, na sua estrutura linguística, formas que estão presentes no mundo vocabular, o seu ou o revelado pela cultura do meio em que vive, encontrará níveis de contiguidade semântica da palavra não familiar com outras palavras familiares como no caso pneumonia, ultramar , microscópio, vulcão, cone, ouvido, sulfúrico, de modo a fazer, também, a identificação rápida e fácil da forma, da pronúncia e do significado apropriado, viável, de uma palavra encontrada no texto escrito ou ouvido na mídia. A aprendizagem da palavra pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico ou de qualquer outra palavra esdrúxula ou não familiar ou mesmo uma não-palavra requer da criança, durante o processo de leitura, pelo menos, três “representações internas”: a) aparência, b) significado e É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ t+. (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 e o! Er 2 = diretoriaafaculdadesouza.com.br 69 Fasouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Página 17 de 20 Cc) som,presentes na estrutura da palavra e a ligação dessas representações umas as outras. A aparência linguística leva o leitor hábil ao reconhecimento da palavra. O significado e o som de uma palavra, por seu turno, são revelados pela consciência fonológica, alcançada no processo de aquisição da habilidade lectoescritora na escola. 3. O reconhecimento das palavras Por fim, uma pergunta pode agora advir: quando a palavra pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico tornar-se-á familiar para a comunidade brasileira ou lusófona? 'Responderei assim: uma palavra torna-se familiar para os educandos e para os já escolarizados, quando ela, a palavra, realmente, é percebida, isto é, a comunidade linguística é capaz de fazer a identificação visual ou auditiva da palavra e pode lhe atribuir algum grau de significado. Para as crianças que veem e leem palavras ou não-palavras, no mundo da leitura, fora ou dentro da escola, tendem, quase sempre, a ter facilidade de identificar as formas linguísticas que são verdadeiramente palavras, isto é, signos linguísticos, dotados de significado (conceito, ideia) e significante (estrutura fônica). Quando estão diante de palavras fictícias ou pseudo-palavras, não apenas encontram dificuldade de pronunciá-las mas de reconhecer sua estrutura linguística, uma vez que as não-palavras são dotadas apenas de significantes da língua, mas que nada representam no mundo da leitura ou na fala das pessoas. Por excelência, os fonemas são os significantes mais discretos de uma língua, as menores unidades sonoras distintivas da palavra, mas isoladas, são abstratas, nada significam. Os morfemas, ao contrário, unidades significativas, como os radicais e sufixos que formam a palavra pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, são elementos que ajudam na compreensão da mesma, ainda que a palavra tenha um É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ t+. (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 e o! Er 2 = diretoriaafaculdadesouza.com.br 69 Fasouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Página 18 de 20 processo de formação derivacional tão complexo ou ainda que tenha, na sua aparência ou representação grafêmica, 46 letras, sendo, definitivamente, a maior da língua portuguesa. Pode-se, então, nessas alturas, indagar: Se uma criança ou adulto, após exercício de soletração, pode pronunciar, em Voz alta, a palavra pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico não encontrando a mesma “facilidade” na falsa palavra mneupotruramiscolcopicosislicoculvanonociócito, justificar-se-ia tal comportamento linguístico porque a palavra escrita pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico é uma combinação não familiar de letras, ou porque a não-palavra “mneupotruramiscolcopicosislicoculvanonociócito" é uma combinação não familiar de fonemas, mais difícil de pronunciar? A pergunta acima é longa e complexa, mas tem uma resposta curta e simples. É a velocidade de leitura da palavra pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, que tem a mesmas letras e praticamente os mesmos fonemas da falsa palavra , é viável e familiar, ou melhor, é virtualmente familiar, em sua forma escrita. Depois de alguns minutos alguém pode, com certa dose de brincadeira ou ludicidade, guardar, em sua memória de longo prazo, a palavra pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, como uma nova e esdrúxula palavra no seu universo semântico ou vocabulário individual. Não encontraremos a mesma destreza linguística para as palavras falsas. 4. Uma luz importante Em substância, diria o seguinte: quem adquire consciência fonológica no decorrer da aquisição de linguagem pode não apenas ler palavras esdrúxulas, familiares ou “não-palavras, como mneupotruramiscolcopicosislicoculvanonociócito, que nada diz, que nada revela, nem na sua forma nem sua configuração linguística. O leitor hábil decodifica e compreende palavras que têm significado e desconfia de palavras que, mesmo podendo ser decodificadas, não têm significado nenhum no seu mundo cultural. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ t+. (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 e o! Er 2 = diretoriaafaculdadesouza.com.br ó FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Página 19 de 20 Uma criança com dislexia fonológica, com deficiência na sua consciência fonológica, por exemplo, pode lentamente pronunciar pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, e no decorrer do tempo, ganhar destreza na decodificação, mas sua pronúncia será sofrível quando tentar pronunciar mneupotruramiscolcopicosislicoculvanonociócito. A aprendizagem da leitura, tendo, por base, o método fônico, levará à aprendizagem da pronúncia de palavra pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico ou anticonstitucionalissimamente, de modo que deixa de ser estranha e sem sentido quando realmente lida(decodificada e compreendida) e torna-se algo que parece familiar, dela se extraindo um significado e levando o emissor ou receptor a uma emissão viável ou a recepção produtiva. Esta reflexão metalinguística, a partir da maior palavra da língua brasileira, é uma verdadeira epifania para os que atuam na Psicopedagogia e Psicolinguística e um achado excêntrico, mas luz importante, para os estudiosos dos processos de aquisição de leitura e escrita da comunidade lusófona. Acesse para assistir em (Vídeo Emília Ferreiro sobre Consciência fonológica) https://www.youtube.com/watch?v=BOcyJgzkB6w Ereguerem uma atitudelanalitica muito própria porque muitos fonemas não podem ser ditos isoladamente, Vídeo aula Sandra Puliezi https://www.youtube.com/watch?v=Fx3Vf2xyG O É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. Q Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG 9 Fas UZ & (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 se s at ur ; = diretoriaafaculdadesouza.com.br 63 FaSouza Página 20 de 20 TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO BIBLIOGRAFIA ALLIENDE, Felipe, CONDEMARÍN, Mabel. (1987). Leitura: teoria, avaliação e desenvolvimento. Tradução de José Cláudio de Almeida Abreu. Porto Alegre: Artes Médicas. DUBOIS, Jean et ali. (1993). Dicionário de linguística. Direção e coordenação geral da tradução de Izidoro Blinstein.SP: Cultrix. ELLIS, Andrew W. (1995). Leitura, escrita e dislexia: uma analise cognitiva. 2º edição. Tradução de Dayse Batista. 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