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Prévia do material em texto

MARCOS RODRIGUES DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DE ENFERMAGEM DO 
PROGRAMA MELHOR EM CASA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Araras-SP 
2020 
 
 
 
 
 
GLOSSÁRIO 
 
AVDs- Atividades de vida diária 
PMC- Programa Melhor em Casa 
SAD- Serviço de Atenção Domiciliar 
SAE-Sistematização de Atendimento de Enfermagem 
UPA- Unidade de Pronto Atendimento 
UPP- Ulceras por Pressão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
POP 01 ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO ......................................................................... 06 
POP 02 AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM .......................................................................... 09 
POP 03 Assistência integral a pacientes/usuários com ferida .................................................. 13 
POP 04 PADRONIZAÇÃO DOS KITS DE MATERIAL ....................................................... 22 
POP 05 TROCA DE SONDA VESICAL DE DEMORA (SVD) ............................................ 26 
POP 06 PADRONIZAÇÃO DAS TÉCNICAS – ORIENTAÇÃO AO CUIDADOR 
E/OU PACIENTE .................................................................................................................... 29 
POP 07 COLETA DE EXAMES LABORATÓRIAS- SANGUE VENOSO .......................... 32 
SOLICITAÇÃO DE INSUMOS, MATERIAIS MÉDICOS, MEDICAMENTOS 
MATERIAIS DE ECRITÓRIO, LIMPEZA E RECEITUARIO. ............................................ 35 
Referências ............................................................................................................................... 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 Avaliação de Enfermagem ......................................................................................... 09 
Figura 2 Ficha de Controle e entrega de Materiais ................................................................... 10 
Figura 3 Esquema- mecanismo de formação da UPP............................................................... 13 
Figura 4 Locais das úlceras de pressão considerando a posição do paciente. .......................... 13 
Figura 5 Requisição de Materiais para abastecimento do PMC ............................................... 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 KIT ASPIRAÇÃO- Mensal ...................................................................................... 23 
Tabela 2 SONDAGEM- Mensal.............................................................................................. 23 
Tabela 3 DIETA (SNE) – Mensal ............................................................................................ 24 
Tabela 4 DIETA (GASTROSTOMIA)- Mensal ...................................................................... 24 
Tabela 5 KIT HIGIENE ORAL- Mensal ................................................................................. 24 
Tabela 6 KIT CURATIVO- Quinzenal ................................................................................... 24 
Tabela 7 CURATIVO PEQUENO- Estágio I .......................................................................... 24 
Tabela 8 CURATIVO MÈDIO- Estágio II ............................................................................. 25 
Tabela 9 CURATIVO GRANDE- Estágio III e IV .................................................................. 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Atribuições do Enfermeiro: 
1. Conhecer as políticas e funcionamento do SAD; 
2. Planejar, organizar, coordenar, executar e avaliar a assistência de enfermagem 
em domicilio, por meio da sistematização do atendimento de enfermagem 
(SAE); 
3. Planejar e organizar a agenda de atendimento de enfermagem conforme 
prioridades; 
4. Realizar avaliação; 
5. Realizar troca de sonda 
6. Realizar orientação sobre troca de bolsa de colostomia; 
7. Definir, junto com a equipe multidisciplinar, critérios para admissão, 
acompanhamento e alta dos clientes do SAD; 
8. Estabelecer metas para melhoria da qualidade de vida do paciente, juntamente 
com a equipe multidisciplinar; 
9. Distribuir, delegar e supervisionar as atividades da equipe de enfermagem; 
10. Desenvolver escalas de atividades; 
11. Elaborar protocolos, normas, rotinas e procedimentos de enfermagem; 
12. Controlar a previsão e provisão de materiais, com o apoio da equipe de 
enfermagem; 
13. Auxiliar na conservação de equipamentos e aparelhos; 
14. Utilizar IPIs na visita domiciliar e conforme a necessidade do procedimento 
realizado; 
15. Avaliar os atendimentos e procedimentos da equipe de enfermagem; 
16. Realizar levantamento de possíveis agravos, adotando medidas preventivas; 
17. Sugerir adequações de plantas físicas, elétricas e hidráulicas para melhoria 
do fluxo de materiais, funcionários, usuários e outros; 
18. Atuar junto com a equipe multiprofissional; 
19. Realizar pesquisas para implementação de ações; 
20. Auxiliar na capacitação da equipe de enfermagem; 
 
 
POP 01 
Procedimento Operacional Padrão (POP): ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO 
Elaborado por: MARCOS RODRIGUES DOS SANTOS Elaborado:16/02/2020 
PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem 
PROCESSO ESPECÍFICO: Atendimento domiciliar 
7 
 
21. Atuar conforme necessidades identificadas, encaminhando quando 
necessário; 
22. Orientar os pacientes, familiares e responsáveis sobre os cuidados; 
23. Realizar visita domiciliar conforme agendamento; 
24. Implementar a SAE; 
25. Planejar e executar atividades e cuidados de maior complexidade, conforme 
lei do exercício profissional; 
26. Supervisionar as atividades de menor complexidade delegadas à equipe de 
enfermagem; 
27. Realizar o acolhimento; 
28. Orientar o cliente, a família e/ou cuidador sobre a realização dos cuidados de 
enfermagem prestados; 
29. Esclarecer sobre funcionamento do programa, atividades realizadas e altas; 
30. Registrar as anotações em prontuários, orientando e supervisionando a 
equipe de enfermagem; 
31. Identificar o usuário conforme grau de complexidade – avaliação de risco; 
32. Verificar perfil do paciente para o programa, juntamente com equipe 
multidisciplinar; 
33. Administrar medicamentos conforme solicitações médicas; 
34. Auxiliar o médico com relação ao fornecimento de medicamentos, 
estabelecidos no programa de saúde pública, os aprovados pela instituição de 
saúde e protocolo do serviço; 
35. Assegurar a continuidade do tratamento prescrito; 
36. Verificar e anotar SSVV; 
37. Auxiliar, orientar na aspiração traqueal, junto com o responsável; 
38. Realizar coletas de exames laboratoriais; 
39. Criar vínculo junto ao cuidador, sendo referência no caso de agravos, 
dúvidas ou intercorrências; 
40. Orientar e apoiar a reintegração social do paciente; 
41. Checar cadastro de pacientes no computador; 
42. Participar de reuniões administrativas e técnicas; 
43. Participar de discussão com equipe multidisciplinar e elaboração de projetos 
terapêuticos; 
44. Identificar e treinar o cuidador domiciliar; 
8 
 
45. Realizar e/ou participar de pesquisas; 
46. Avaliar o desempenho da equipe de enfermagem; 
47. Verificar o cumprimento do cronograma de visitas de enfermagem; 
48. Elaborar escala de visitas de enfermagem; 
49. Servir de apoio à equipe de enfermagem e à família intermediando situações 
que interfiram no bom atendimento ao dependente de cuidados; 
50. Solicitar material do dispensário; 
51. Orientar cuidados com o lixo originado no cuidado do usuário e do lixo 
domiciliar (separação, armazenamento e coleta). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 2. AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM 
A avaliação de Enfermagem (Figura 1) é realizada antecipadamente aos usuarios 
que necessitam do atendimento deste profissional. Após a avaliação do usuário se 
houver necessidade de fornecimento de ensumos é realizado o preenchimento dos itens 
juntamente com os tecnicos de Enfermagem (Figura 2).Figura 1 Avaliação de Enfermagem 
 
 
POP 02 
Procedimento Operacional Padrão (POP): AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM 
Elaborado por: MARCOS RODRIGUES DOS SANTOS Elaborado:16/02/2020 
PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem 
PROCESSO ESPECÍFICO: Atendimento domiciliar 
10 
 
 
 
 
Figura 2 Ficha de Controle e entrega de Materiais
 
11 
 
 
3. Assistencia integral a pacientes/usuários com ferida 
3.1 Pele e a Fisiologia da cicatrização 
A pele é uma estrutura indispensável à vida humana. Formando uma barreira entre os órgãos 
internos e o meio externo, ela participa de muitas funções vitais. É o maior órgão do corpo humano e 
representa 15% do peso corpóreo. 
Sua espessura é variável dependendo da região anatômica, da idade e do sexo. E a principal 
barreira do organismo, impede a perda excessiva de líquidos, protege contra ação de agentes 
externos, mantém a temperatura corpórea, é um órgão dos sentidos (térmico, doloroso e tátil) e 
sintetiza vitamina D na presença de raios solares. 
Ela é formada por duas camadas: epiderme e derme. 
A pele é a primeira linha de defesa contra patógenos. Quando esta barreira é rompida, seja 
por trauma, cirurgia, ou outros procedimentos invasivos, o corpo se torna vulnerável à invasão 
microbiana. 
No momento em que ocorre a quebra da integridade da pele inicia- se o processo de 
cicatrização para restaurar o tecido lesado. 
O processo de cicatrização acontece através de uma série de estágios ou fases sobrepostas. 
Fase Inflamatória: após o trauma a resposta imediata do organismo é a inflamação, surgindo 
os sinais clássicos, como rubor, calor, dor e perda de função. 
A fase inflamatória ou exsudativa geralmente dura de 4 a 5 dias, podendo ser aumentada se 
houver o aparecimento de infecção, corpo estranho ou lesão causada pelo curativo, ou caso haja 
inadequado aporte energético e nutricional. Este fato poderá debilitar o paciente e aumentar o tempo 
de cicatrização. 
 
 
POP 03 
Procedimento Operacional Padrão (POP): Assistencia integral a pacientes/usuários com ferida 
Elaborado por: MARCOS RODRIGUES DOS SANTOS Elaborado:16/02/2020 
PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem 
PROCESSO ESPECÍFICO: Atendimento domiciliar 
 
12 
 
Fase Proliferativa: Inicia-se durante o estágio inflamatório e termina aproximadamente 22 
dias depois. Há a epitelização, neovascularização e a síntese de colágeno. Durante esta fase os sinais 
de inflamação diminuem, mas a ferida permanece vermelha e edemaciada. Fatores sistêmicos que 
influenciam (idade, proteínas, oxigênio, glicose). 
 Fase Maturação: Diminuição da quantidade de fibroblastos, reorganização das fibras 
colágenas, diminuição do rubor tecidual, início de uma aparência esbranquiçada, dependendo do 
metabolismo individual; este estágio poderá ter um tempo maior ou menor. 
 
3.2 Tipos de Cicatrização 
Existe em três formas pelas quais uma ferida pode cicatrizar, as quais dependem da 
quantidade de tecido perdido ou danificado e da presença ou não de infecção. 
São elas: 
Cicatrização por primeira intenção: este tipo de cicatrização acontece na maioria das feridas 
com perda mínima de tecido, o que permite que as bordas sejam aproximadas por sutura. 
Cicatrização por Segunda intenção: ocorre quando há perda e ou dano excessivo de tecidos, 
como queimaduras, ou infecção da lesão. Esse processo envolve uma produção de tecido de 
granulação. Nestes casos, as bordas da ferida não podem ser aproximadas, resultando numa cicatriz 
maior, que poderá provocar deformidades. 
Cicatrização por terceira intenção: acontece quando qualquer fator retarda o processo de 
cicatrização, e passa a ser necessário deixar a lesão aberta para drenagem ou para debelar possível 
infecção. Uma vez tratada, a ferida poderá ser fechada. 
. 
3.3 As feridas 
É a ruptura da integridade de um tecido, que pode apresentar diferentes profundidades, 
podendo atingir a epiderme, a derme ou alcançar o tecido celular subcutâneo, a fáscia e o tecido 
muscular. Podemos dividir as feridas em traumáticas, cirúrgicas e ulcerativas e ainda podemos 
classificá-las como: limpas ou assépticas e contaminadas ou sépticas. 
 
13 
 
Mecanismo de formação da ferida: Os tecidos recebem oxigênio e nutrientes, eliminando os 
produtos tóxicos por via sanguínea. Qualquer fator que interfira neste mecanismo, afeta o 
metabolismo celular e a função ou vida da célula.
 
Pressão no tecido
 
Diminuição ou bloqueio da 
circulação
 
Isquemia tecidual
 
Úlcera por pressão 
Figura 3 . Esquema- mecanismo de formação da UPP. 
O dano no tecido ocorre quando a pressão exercida contra o mesmo é suficiente para fechar os 
capilares (> 32 mmhg) e permanece por tempo prolongado até provocar a lesão isquêmica. Quando a 
pressão é retirada a tempo (alívio antes do ponto crítico), a circulação é restaurada através de um 
mecanismo fisiológico compensatório chamado hiperemia reativa. 
Os locais mais comuns de aparecimento dessa ferida são: região sacral, calcanhares, 
cotovelos, maléolos laterais, trocânter maior e região isquiática. 
 
Figura 4. Locais das úlceras de pressão considerando a posição do paciente. 
 
14 
 
 
Quanto às dimensões: Extensão – área = cm²; 
- Pequena: menor que 50 cm²; 
- Média: maior que 50 cm² e menor que 150 cm²; 
- Grande: maior que 150 cm² e menor que 250 cm²; 
- Extensa: maior que 250 cm². 
Quanto ao número: existindo mais de uma ferida no mesmo membro ou na mesma área 
corporal, com uma distância mínima entre elas de 2 cm, far-se-á a somatória de cada uma. 
Quanto à profundidade: feridas planas ou superficiais: envolvem a epiderme, derme e tecido 
subcutâneo; 
Feridas profundas: envolvem tecidos moles profundos, tais como músculos e fáscia; 
Feridas cavitárias: caracterizam-se por perda de tecido e formação de uma cavidade com 
envolvimento de órgãos ou espaços. Podem ser traumáticas, infecciosas, por pressão ou 
complicações pós-cirúrgica. 
A Mensuração da ferida: serve para avaliar o comprimento x largura x profundidade. 
Várias técnicas podem ser utilizadas para realizar este procedimento, dentre elas destacamos: 
Medida simples: Consiste em mensurar uma ferida, medindo-a em seu maior comprimento e largura, 
utilizando a régua dividida em unidade de medida linear (cm). É aconselhável associá-la à fotografia. 
Medida cavitária: Consiste em, após a limpeza da ferida, preencher a cavidade com SF 0,9%, 
aspirar com seringa estéril o conteúdo e observar em milímetro o valor preenchido. Outra técnica 
utilizada é a través da introdução de uma espátula ou seringa estéril na cavidade da ferida, para que 
seja marcada a profundidade. Após, verificar o tamanho com uma régua. 
3.4 Classificação das Úlceras por Pressão (UPP) 
Pode-se classificar uma úlcera por pressão, baseando-se na profundidade do tecido destruído: 
Estágio I: a pele “intacta” já apresenta alteração relacionada à pressão, indicada por mudança 
da temperatura local (calor ou frio), mudança na consistência do tecido (edema, endurecimento ou 
amolecimento), ou sensação de coceira ou queimação. Nas pessoas de pele clara, pode se apresentar 
 
15 
 
como um eritema que não embranquece após a remoção da pressão. Em indivíduos de pele escura, 
pode se apresentar como descoloração, manchas roxas ou azuladas. Pode haver também enduração e 
calor local. 
Estágio II: perda da epiderme e/ou derme; a úlcera é superficial, apresentando-se como 
abrasão, bolha ou cratera rasa. 
Estágio III: perda da espessura total da pele (de tecido subcutâneo) com ou sem necrose; a 
úlcera pode apresentar-se como uma cratera profunda, embora não atinja a fáscia muscular. 
Estágio IV: destruição total da pele (epiderme, derme e subcutâneo), com dano muscular, 
ósseo ou de estruturas de apoio, como tendões e articulações, com ou sem necrose. Neste estágio, 
como também no III, pode haver o aparecimento de cavernas, túneis ou trajetos sinuosos. 
Antes de se determinar o estágioda úlcera deve-se retirar o tecido necrótico. 
3.5 Prevenções de Úlceras por Pressão 
Prevenção das úlceras por pressão é uma prioridade no cuidado de pacientes acamados, sendo 
imprescindível em primeira instância que se avalie os fatores de risco para o desenvolvimento das 
úlceras. 
Cuidados com a pele: as avaliações da pele, quanto aos sinais de desenvolvimento de úlceras, 
como a hiperemia reativa, devem ser periódicas. 
 Higiene: Enfatizamos o cuidado com a exposição da pele à umidade, devido à incontinência 
urinária e perspiração. Agentes tópicos que agem como barreira para a umidade como cremes, 
películas protetoras ou óleos também podem ser usados. 
A frequência da limpeza é individualizada de acordo com a necessidade do paciente. 
Hidratação: a pele seca deve ser tratada com cremes hidratantes ou óleos devendo ser evitada 
a fricção, principalmente em proeminências ósseas em regiões com hiperemia. 
Posicionamento: atenção aos pontos de pressão citados anteriormente. A mobilidade deve ser 
avaliada. Caso o paciente possua algum grau de independência deve-se reforçar a frequência na 
mudança de decúbitos, não havendo, esta tarefa deve ser executada pelo cuidador a cada duas horas 
no mínimo. As intervenções de posicionamento são elaboradas para reduzir a pressão e a força de 
cisalhamento na pele. O primeiro passo é manter a cabeceira da cama com angulação igual ou 
inferior a 30°. 
 
16 
 
Durante as mudanças de decúbito a fricção deve ser evitada, portanto, o paciente deve ser 
"levantado" ao invés de "arrastado", pode-se utilizar o recurso do uso do lençol móvel. Além disso, 
os danos causados pela fricção podem ser reduzidos com o uso de películas protetoras. 
É recomendada a posição lateral de 30° para que sejam evitados pontos de pressão, 
utilizando-se apoio de travesseiros entre os joelhos e para manter a lateralização do tronco, assim 
evitamos o apoio direto no trocânter do fêmur. 
Quando sentado, o tempo não deve exceder a 2 horas, pois a pressão nas tuberosidades 
isquiáticas é maior, sendo recomendado o uso de uma almofada de espuma "caixa de ovo", gel ou ar, 
redistribuindo o peso, de forma a aliviar a pressão no ísquio. 
Ressaltamos a importância do posicionamento correto dos pacientes em cadeiras, incluindo o 
alinhamento postural, a distribuição do peso, a estabilidade, bem como, o apoio dos pés a 90° (feito 
com almofadas ou travesseiros em flocos, colocados na base dos artelhos). 
 Superfícies de apoio: vários fatores devem ser considerados para a seleção de uma superfície 
de apoio incluindo-se as condições clínicas do paciente, facilitação da evaporação da umidade, fácil 
manuseio e custo benefício. Dispomos de recursos como camas e colchões na prevenção das úlceras 
por pressão, entretanto, nenhum deles elimina a necessidade de um cuidado de enfermagem 
meticuloso, com orientações ao cuidador, ou seja, nenhum equipamento sozinho elimina os efeitos 
da pressão na pele. Em relação ao colchão caixa de ovo, esse aumenta o conforto, mas não reduz a 
pressão, para a pessoa que já tem a úlcera o adequado é o colchão de ar ou água. 
3.6 O Curativo 
A finalidade do curativo é: remover corpos estranhos, reaproximar bordas separadas, proteger 
a ferida contra contaminação, promover hemostasia, fazer desbridamento mecânico ou autolítico 
removendo tecido necrótico, reduzir o edema, absorver exsudato e edema, manter a umidade da 
superfície da lesão, fornecer isolamento térmico, promover a cicatrização da lesão, limitar a 
movimentação dos tecidos em torno da lesão, diminuir a intensidade da dor, além do conforto 
psicológico proporcionado, pois impede o paciente do contato visual com a lesão. Inicia-se com a 
limpeza, que deve ser feita da área menos contaminada para a área mais contaminada, evitando-se 
movimentos de vaivém. Nas feridas cirúrgicas, a área mais contaminada é o tecido perilesional (ao 
redor da ferida), enquanto que nas úlceras ou feridas infectadas a área mais contaminada é a do 
interior da lesão. 
 
17 
 
3.7 Fluxo de Atendimento 
Os pacientes com feridas serão avaliados pelo enfermeiro ou pelo médico do Programa 
Melhor em Casa que prescreverá os cuidados necessários, e estabelecerá um plano de assistência a 
ser desenvolvido pela equipe de saúde. 
Esta avaliação inclui desde a observação do estado geral do paciente e dos fatores que possam 
interferir na evolução das feridas, sua mensuração e até a prescrição de tratamento tópico ou 
coberturas. A previsão de consumo será feita pelo enfermeiro, conforme padronização dos kits de 
material, descrito logo abaixo. 
Para as feridas onde se utilizar coberturas industrializadas, o enfermeiro deverá fazer a 
avaliação sempre no momento da troca da mesma e, para as feridas que necessitam troca diária de 
curativo, a avaliação deverá ser efetuada pelo menos uma vez por semana, com a respectiva 
prescrição e anotação. Caso sejam necessárias avaliações extras, o auxiliar/técnico de enfermagem 
deverá solicitar a presença do enfermeiro. 
Quando houver a necessidade de desbridamento mecânico, este procedimento poderá ser 
executado no domicílio apenas pelo médico e enfermeiro, desde que o estado geral do paciente 
permita e que haja condições locais para tal. Caso contrário, o médico fará o encaminhamento do 
paciente pelo serviço de regulação para um dos hospitais SUS do município, afim de que o 
procedimento seja efetuado. Após a alta hospitalar, o paciente continuará em atendimento pela 
equipe do SAD. 
Havendo a possibilidade de desbridamento químico ou enzimático, o enfermeiro responsável 
pelo caso poderá prescrever os produtos constantes na rede. 
3.8 Tratamento e Coberturas 
Cobertura é todo material, substância ou produto que se aplica sobre a ferida, como 
finalização do curativo que, forma uma barreira física capaz de, pelo menos, cobrir e proteger o seu 
leito. 
O uso de coberturas oclusivas, interativas e impermeáveis ao meio externo é necessário para 
promover um ambiente local favorável ao processo de cicatrização. O ambiente adequado propicia a 
divisão e migração celular e a formação de colágeno, estimula a angiogênese e a epitelização, 
impedindo a formação de crostas. 
 
18 
 
O tratamento deve ser iniciado pela avaliação da ferida, não existe o melhor produto, ou 
aquele que possa ser utilizado durante todo o processo cicatricial; a avaliação precisa ser contínua e 
fazer parte da realização de cada troca do curativo. Cada produto apresenta indicações e 
contraindicações, vantagens e desvantagens, que necessitam de ponderação e bom senso no momento 
da escolha. 
A cobertura a ser utilizada deve ser biocompatível, proteger a ferida das ações externas 
físicas, químicas e bacterianas, manter o leito da ferida continuamente úmido e a pele ao redor seca, 
eliminar e controlar exsudatos e tecido necrótico mediante sua absorção, deixar uma mínima 
quantidade de resíduos na lesão, ser adaptável a difíceis localizações e ser de fácil aplicação e 
retirada. Existem atualmente no mercado inúmeras coberturas, que se propõem a atingir estes 
objetivos. Mas, é preciso avaliar a ferida cuidadosamente após a sua limpeza, para identificar 
corretamente a sua localização, dimensão, profundidade, presença de tecido de granulação, esfacelo, 
necrose, túneis, estado da pele ao redor, sinais de infecção, volume e características do exsudato. 
Além de considerar os fatores individuais do paciente, indicação e contra- indicações de cada 
cobertura, custo x eficácia do tratamento, nível de assistência e recursos disponíveis no domicílio. 
A avaliação deve ser realizada conforme o instrumento padronizado no serviço que permite 
identificar os fatores locais e sistêmicos que interferem no processo de cicatrização, caracterizar a 
ferida, além de acompanhar a evolução da mesma. 
A avaliação permite que a equipe de profissionais trabalhe favorecendo o processo de 
cicatrização, reabilitação e prevenção de agravos.O uso apropriado de diretrizes para uma prática baseada em evidências tem como ideal, 
transpor os resultados das pesquisas ou das recomendações dos especialistas para a assistência e 
melhorar a qualidade, por exemplo, a diminuição dos índices ou taxas de úlcera por pressão nos 
pacientes em risco. 
3.9 Coberturas padronizadas pela Secretaria Municipal de Saúde de Araras- SMS 
- Gaze úmida embebida em Soro Fisiológico; 
 - Ac Caprilico/Caprico/Laurico/Leticina Soja/Vit A/.; 
- Placa de Hidrocolóide; 
- Curativo de Hidrofibra; 
 
19 
 
- Gel com Alginato de Cálcio e Sódio: Gel Hidratante; 
- Gel com Alginato de Cálcio e Sódio: Hidrogel Estéril; 
- Gel Hidroativo; 
- Placa de Carvão ativado com plata recortável; 
- Petrolatum; 
- Colagenase + Cloranfenicol; 
- Neomicina + Bacitracina. 
A seguir discorreremos sobre algumas coberturas. 
Gaze umedecida em solução fisiológica a 0,9%: a Solução Fisiológica a 0,9% pode ser 
utilizada tanto na limpeza quanto na cobertura da ferida, com a finalidade de manutenção do meio 
úmido, acelerando a granulação e estimulando o processo de autólise do tecido desvitalizado. Tem 
ainda como vantagens: ser facilmente encontrado, ter a mesma osmolaridade do plasma, baixa 
ocorrência de reações alérgicas e baixo custo. 
Ac Caprilico/Caprico/Laurico/Leticina Soja/Vit A/.: consiste em um óleo vegetal composto 
por ácido linoléico, caprílico, cáprico, capróico, vitaminas A, E, e lecitina de soja. O ácido linoléico é 
importante no transporte de gorduras, na manutenção da função e integridade das membranas 
celulares. A lecitina de soja protege, hidrata e auxilia a restauração da pele. A vitamina A favorece a 
integridade da pele e sua cicatrização, enquanto a vitamina E é antioxidante, protegendo a membrana 
celular dos radicais livres. È indicado tanto na proteção da pele íntegra quanto no tratamento das 
úlceras de pressão. 
Hidrocolóide: as coberturas de hidrocolóide são estéreis, a placa possui duas camadas: 
externa e interna; a externa é composta por filme ou espuma de poliuretano, flexível e impermeável e 
a interna, composta por partículas hidroativas à base de hidrocolóides, que interagem com o exsudato 
da ferida formando um gel amarelado, viscoso e de odor acentuado. 
Alginato de cálcio: é um tipo de cobertura fibrosa contendo ácido algínico extraído de algas 
marinhas marrons. Apresenta alto poder de absorção, sendo indicados para feridas altamente 
exsudativas e sanguinolentas, com ou sem infecção. A troca iônica entre alginato, sangue e exsudato, 
 
20 
 
propicia a coagulação; além disso, a interação desta cobertura com o exsudato da ferida forma um gel 
que mantém o meio úmido, auxilia o desbridamento autolítico e acelera a cicatrização. 
Placa de Carvão Ativado com prata: esta é uma cobertura composta de carvão ativado, e 
impregnado com prata a 0,15%, envolto externamente por uma película de nylon pouco aderente e 
selada em toda a sua extensão. Está indicada para feridas com ou sem infecção, com odor acentuado 
e com drenagem de exsudato de moderado a abundante. O carvão ativado absorve o exsudato e retém 
as bactérias, que são inativadas pela ação bactericida da prata. Além disso, o carvão também filtra e 
elimina odores desagradáveis, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Por ser oclusiva, 
mantém a umidade e a temperatura no leito da ferida, respeitando os princípios adequados ao 
processo de cicatrização. 
 
3.10 Separar material para manter a disposição no carro do PMC 
Os profissionais Técnicos de enfermagem devem sempre supervisionar as malas que ficam do 
bagageiro do carro e sempre suplementar com os seguintes itens: 
-Gases; 
-Sonda ( N° 10, 12, 14) 
-Luvas procedimento 
-SF 0,9% 250 ml 
-Gazes 
-Cadarço 
-Xilocaína gel 
-Micropore 
-SF 0,9% 250ml 
-Micropore 
-Dersani (mensal- conforme avaliação) 
-Luvas 
 
21 
 
-Atadura (10 cm) 
-Seringas de 20ml 
-Pomadas; 
-Chumaço; 
-Coletor de fezes e urina; 
-Espátulas; 
-Dersani; 
-Sonda de aspiração 
Caixa de curativo: 
- Gaze úmida embebida em Soro Fisiológico; 
 - Ac Caprilico/Caprico/Laurico/Leticina 
Soja/Vit A/.; 
- Placa de Hidrocolóide; 
- Curativo de Hidrofibra; 
- Gel com Alginato de Cálcio e Sódio: Gel 
Hidratante; 
- Gel com Alginato de Cálcio e Sódio: 
Hidrogel Estéril; 
- Gel Hidroativo; 
- Placa de Carvão ativado com plata 
recortável; 
- Petrolatum; 
- Colagenase + Cloranfenicol; 
- Neomicina + Bacitracina. 
-Gazes; 
-Micropore; 
-Atadura; 
-Fita Crepe; 
-Tesoura; 
-Pinça; 
-Bisturi; 
-Chumaço; 
 
 
 
 
22 
 
4. PADRONIZAÇÃO DOS KITS DE MATERIAL 
O kit de material é padronizado para o fornecimento pelo PMC aos usuários de forma 
igualitária dentro das necessidades de cada usuário. 
 KIT ASPIRAÇÃO- Mensal QUANTIDADE 
 
Sonda ( N° 10, 12, 14) 40 unidades 
 Luvas procedimento 30 pares (avaliar cada caso) 
 SF 0,9% 250 ml 02 unidades 
 Gazes 30 unidades 
 
Cadarço 01 rolo 
 
 Seringas de 20ml 10 unidades 
Tabela 1 KIT ASPIRAÇÃO- Mensal 
 
 
 
 
 
 
DIETA (SNE)- Mensal 
Frascos de dieta 20 unidades 
Equipos 20 unidades 
Seringas de 20ml 10 unidades 
 
 
POP 04 
Procedimento Operacional Padrão (POP): PADRONIZAÇÃO DOS KITS DE MATERIAL 
Elaborado por: MARCOS RODRIGUES DOS SANTOS Elaborado:16/02/2020 
PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem 
PROCESSO ESPECÍFICO: Atendimento domiciliar 
SONDAGEM- Mensal 
CATETERISMO INTERMITENTE 
Sonda n° 10, 12, 14 40 unidades 
Xilocaína gel 01 tubo 
Gazes 20 unidades 
 Tabela 2 SONDAGEM- Mensal 
 
 
23 
 
Esparadrapo 01 unidade 
Tabela 3DIETA (SNE)- Mensal 
DIETA (GASTROSTOMIA)- Mensal 
Frascos de dieta 20 unidades 
Equipos 20 unidades 
Seringas de 20ml 10 unidades 
Micropore 01 unidade 
SF 0,9% 250ml 02 unidades 
Gazes 20 unidades 
Tabela 4 DIETA (GASTROSTOMIA)- Mensal 
KIT HIGIENE ORAL- Mensal 
Abaixador de língua 60 unidades 
Gazes 15 unidades 
Fita adesiva 01 rolo 
Tabela 5 KIT HIGIENE ORAL- Mensal 
KIT CURATIVO- Quinzenal 
Será disponibilizado material conforme orientação do enfermeiro, que especificará quantidade 
necessária para uma quinzena. A planilha estará disponível na pasta de cada paciente 
Tabela 6 KIT CURATIVO- Quinzenal 
CURATIVO PEQUENO- Estágio I 
Gazes 20 unidades 
SF 0,9% 250 ml 01 unidade 
Micropore 01 unidade 
Dersani (mensal- conforme avaliação) 01 unidade 
Luvas 30 pares 
Atadura (10 cm) (ferida em MMSS e MMII) 15 unidades 
Fita adesiva (ferida em MMSS e MMII) 01 rolo 
Tabela 7 CURATIVO PEQUENO- Estágio I 
 
24 
 
CURATIVO MÈDIO- Estágio II 
Gazes 50 unidades 
SF 0,9% 250 ml 02 unidades 
Micropore 01 unidade 
Dersani (mensal- conforme avaliação) 01 unidade 
Luvas 30 pares 
Atadura (15 cm) (ferida em MMSS e MMII) 15 unidades 
Fita adesiva (ferida em MSS e MMII) 01 rolo 
Tabela 8 CURATIVO MÈDIO- Estágio II 
CURATIVO GRANDE- Estágio III e IV 
Gazes 90 unidades 
SF 0,9% 250 ml 03 unidades 
Micropore 02 unidades 
Dersani (mensal- conforme avaliação) 01 unidade 
Luvas 50 pares 
Atadura (20 cm) (ferida em MMSS e MMII) 15 unidades 
Fita adesiva (ferida em MMSS e MMII) 01 rolo 
Tabela 9 CURATIVO GRANDE- Estágio III e IV 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
5. TROCA DE SONDA VESICAL DE DEMORA (SVD) 
Definição: 
- Promover a drenagem e controle rigoroso do débito urinário; 
- Preparar para exames e cirurgias. 
O Material utilizado pelo Programa Melhor em Casa (PMC) utiliza material esterilizado (01 bandeja 
para cateterismo, 01 campo esterilizado) em parceria com a UPA do Município de Araras-SP. 
Material Necessário: 
- 01 Par de luvas esterilizada, 01 sonda vesical de alívio ou sonda vesical de demora (SVD) – 
numero variável de acordo com solicitação médica , 01 tudo de Xylocaína geléia estéril (uso único), 
01 seringas de 20 ml, 01 agulha (40X12) 01 bandeja para cateterismo, 02 campo esterilizado, 02 
ampolas de água destilada, 01 coletor de urina sistema fechado (se SVD), 03pacotes de gaze, 
material para higiene íntima, micropore, 02 saco de lixo 
 
Pré - Execução: 
- Observar prescrição médica; 
- Avaliar o calibre da sonda a ser utilizada; 
- Preparar o material; 
- Lavar as mãos. 
 
Execução: 
- Orientar o cliente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; 
 
 
POP 05 
Procedimento Operacional Padrão (POP): TROCA DE SONDA VESICAL DE DEMORA (SVD) 
Elaborado por: MARCOS RODRIGUES DOS SANTOS Elaborado:16/02/2020 
PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem 
PROCESSO ESPECÍFICO: Atendimento domiciliar 
 
26 
 
- Colocar a bandeja sobre superfície plana; 
- Promover privacidade; 
- Colocar o cliente em decúbito dorsal, 
- Realizar a higiene íntima com água e sabão; 
- Abrir os materiais sobre o campo esterilizado, utilizando técnica asséptica; 
- Colocar a solução antisséptica na cúpula - degermante 2%; 
- Calçar luvas estéreis; 
- Conectar sistema fechado e aspirar da ampola a água destilada utilizando a seringa, testar o 
balonete, respeitando o volume indicado na sonda; 
- Colocar Xylocaína geléia estéril na seringa de 20 ml , com auxílio do colega de trabalho e 
depositá-la no campo; 
- Se o procedimento for realizado no sexo masculino: Com a mão não dominante, afastar o prepúcio, 
expondo a glande e o meato urinário, com ajuda de uma gaze; 
- Tracionar o pênis perpendicularmente ao corpo; 
- Injetar 20 ml de Xylocaína geléia no meato urinário, com a mão dominante; 
- Com a mão dominante, fazer a antissepsia com a solução antisséptica e movimentos unidirecionais; 
- Se o procedimento for realizado no sexo feminino: Realizar abertura dos grandes lábios para que 
possa aparecer o canal da uretra; 
- Com a mão dominante, fazer a antissepsia com a solução antisséptica e movimentos unidirecionais; 
- Neste caso a sonda é passada a ponta na Xylocaina antes da introdução 
- Introduzir a sonda pela uretra, sem forçar, até a saída da urina, (para SVD insuflar o balão com 
água destilada conforme indicação de volume marcado na sonda) ; 
- Fixar a sonda com micropore na região supra-púbica em caso de SVD; 
- Mensurar débito; 
 
27 
 
- Deixar o ambiente em ordem. 
- Deixar o cliente confortável. 
PÓS – EXECUÇÃO 
- Manter coletor abaixo do nível da bexiga; 
- Desprezar o material utilizado no expurgo; 
- Lavar as mãos; 
- Realizar as anotações necessárias. 
 
Avaliação: 
- Sangramento; 
- Retorno de urina; 
- Obstrução da sonda; 
- Fixação correta; 
- Certifique-se do clamp da extensão aberto; 
- Certificar se o clamp do coletor está fechado; 
- Tração da sonda. 
Riscos / Tomada de Decisão: 
- Falso trajeto: suspender o procedimento, comunicar o médico do paciente; 
- Contaminação: suspender o procedimento e providenciar material novo para repetir o 
procedimento. 
- Lesão do canal da uretra: interromper o procedimento e comunicar o enfermeiro para avaliação; 
- Tracionamento da sonda: reafixar sem tracioná-la 
- Clamp fechado: abrir o clamp. 
 
28 
 
6. PADRONIZAÇÃO DAS TÉCNICAS – ORIENTAÇÃO AO CUIDADOR E/OU 
PACIENTE 
6.1 Cateterismo Intermitente: 
Sondagem vesical intermitente feita pelo próprio paciente e/ou cuidador: 
Técnica: 
- Lavar bem as mãos com sabão e água corrente; 
- Colocar todo o material que vai usar ao alcance das suas mãos; 
- Realizar a higiene íntima com sabão neutro, utilizando gaze estéril, retirar o sabão com água 
corrente, utilizando outra gaze estéril; 
- Lavar novamente as mãos com sabão e água corrente; 
- Abrir a embalagem original da sonda, conferir se o número é o definido pelo seu médico; 
- Passar gel anestésico 2 % na extremidade da sonda que será introduzida (2 cm); 
- Passar a sonda na uretra como orientado pelo enfermeiro. Massagear a região da bexiga para 
favorecer a saída da urina. Aguardar o esvaziamento completo da bexiga; 
- Retirar a sonda após esvaziar a bexiga; 
-Manter o pacote com gaze tampado em local limpo e seco. 
 
 6.2 Cuidados com Traqueostomia 
 
- Lavar as mãos com água corrente e sabão, sempre antes e após manusear a Traqueostomia; 
- Enxugar com toalha limpa; 
 
 
POP 06 
Procedimento Operacional Padrão (POP): PADRONIZAÇÃO DAS TÉCNICAS – ORIENTAÇÃO AO 
CUIDADOR E/OU PACIENTE 
Elaborado por: MARCOS RODRIGUES DOS SANTOS Elaborado:16/02/2020 
PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem 
PROCESSO ESPECÍFICO: Atendimento domiciliar 
 
29 
 
- Trocar e/ou lavar a fixação da cânula sempre que necessário; 
- Observar o local da Traqueostomia (estoma) – secreção, escoriações, rupturas, sinais de 
inflamação /infecção; 
- Observar sob o cadarço de fixação da cânula, pois podem traumatizar a pele e causar 
incômodo se não estiverem corretamente colocadas; 
- Lavar a cânula no mínimo 01 vez ao dia; 
- Manusear a cânula sem fracionar ou deslocar a mesma; 
- Realizar a aspiração da Traqueostomia sempre que necessário ou seguindo prescrição 
médica. A aspiração constante pode resultar em irritação das vias aéreas, provocando aumento da 
quantidade de secreção; 
- Observar o tamanho da sonda de aspiração. A mesma não deve ser muito maior que a 
metade do diâmetro da cânula para evitar atelectasia e o número da sonda deverá ser prescrito pelo 
médico; 
- Garantir uma aspiração sem contaminação; 
- Limitar o tempo de aspiração entre 10 e 15 segundos; 
- Observar a secreção aspirada: se muito espessa, realizar vaporização e aumentar a ingestão 
de líquidos, se não houver contra-indicação; 
- Trocar a sonda de aspiração todos os dias; 
- Esvaziar e lavar o frasco de coleta do aspirador e o tubo de sucção diariamente; conforme 
orientação de higiene do aparelho; 
- Realizar a higiene oral sempre que necessário. 
 
Medidas de higiene com o aparelho: 
 
- Logo após o uso desprezar a secreção no vaso sanitário e lavar o copo recipiente ou frasco 
com água e sabão; 
 - A extensão de látex deve ser lavada uma vez ao dia, colocando-a de molho num recipiente 
com água sanitária por no mínimo trinta minutos. Decorrido esse tempo, enxaguar muito bem e 
deixar secar. 
 
6.3 Higienização - Curativo – Fixação 
Local do estoma: gaze umedecida com soro fisiológico. 
Abas da cânula: gaze umedecida com soro fisiológico. 
 
30 
 
Cânula: retirar o macho (parte interna) e lavar com água corrente. Havendo secreção agarrada na 
luz do macho, deixar o mesmo de molho em água morna por 05 a 10 minutos e proceder à limpeza 
com uma gaze, verificando a total retirada da secreção aderida em seu interior. Secar com uma gaze 
seca e limpa e recolocá-lo na parte interna da cânula. Nem todos os tubos de Traqueostomia possuem 
uma cânula. 
Todo o procedimento deve ser realizado sem tracionar ou deslocar a cânula. Este procedimento 
deve ser realizado sempre que necessário ou, no mínimo, duas vezes ao dia. 
Curativo no local da Traqueostomia: após a limpeza do estoma e da cânula, introduzir uma 
gaze recortada de modo que o recorte envolva a cânula. O recorte deverá ser posicionado para cima, 
para promover uma maior absorção na região inferior do curativo diminuindo a umidade no local. 
Troca das Tiras de fixação da cânula: para maior segurança peça alguém que segure a cânula 
no estoma enquanto procede a troca do cadarço. 
- Cortar 2 tiras de aproximadamente 45 cm e dobrar cada tira ao meio; 
- Enfiar o lado dobrado no orifício de fixação da tira na aba da cânula; Passar a outra ponta livre 
por dentro do laço formado pela ponta dobrada; 
- Passar o cadarço em volta do pescoço do usuário e amarrar. Certificar-se de que um ou dois 
dedos podem ser posicionados entre a tira e o pescoço do usuário. A tira de fixação deverá ser 
ajustada confortavelmente prevenindo a expulsão da cânula, porém, não poderá ser muito apertada 
para não incomodar o usuário; 
- Amarrar os cadarços na lateral do pescoço, evitando que o volume do nó ou laço pressione a 
região cervical causando incomodo para o usuário. 
 
6.4 Sonda Nasoenteral (SNE): 
- Lavar bem as mãos com sabão e água corrente; 
- Elevar acabeceira no mínimo 30°; 
- Encher o frasco com a dieta na quantidade indicada; 
- Conectar o frasco de dieta no equipo; 
 
31 
 
- Conectar o equipo na saída da sonda ou gastrostomia; 
- Regular a dieta para pingar bem lentamente, como uma torneira pingando; 
- Após terminar a dieta, lavar a sonda com água filtrada, usando a seringa de 20 ml. 
- Retirar o equipo; 
- Lavar o frasco de dieta e o equipo usando detergente neutro e enxaguar bem, em água corrente 
para retirar o sabão; 
- Coloque o frasco e o equipo em solução de cloro (diluir 01 colher de sopa de água sanitária em 
01 litro de água) deixe agir por 15 minutos; 
- Colocar o frasco e equipo dentro de uma vasilha plástica em geladeira; 
- Utilizar um frasco para água e outro para dieta. O frasco para água pode ser trocado a cada sete 
dias, o de dieta deverá ser trocado a cada dois dias. O equipo deverá ser trocado a cada dois dias; 
- Nos intervalos entre as dietas deve ser infundido água, em volume indicado pelo nutricionista 
ou médico; 
- Medicamentos devem ser diluídos em água 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
7. COLETA DE EXAMES LABORATÓRIAS- SANGUE VENOSO 
Para proceder à coleta de sangue venoso para realização de exames laboratoriais proceder 
conforme abaixo: 
- Conferir a solicitação do exame; 
- Higienizar as mãos; 
- Reunir material necessário; 
- Separar os tubos pertinentes aos analitos que serão examinados e identificá-los com o nome 
completo do paciente e o registro; 
- Explicar o procedimento ao paciente e/ou cuidador; 
- Posicionar o paciente em posição ideal; 
- Calçar luvas de procedimento; 
- Escolher o local de punção. Áreas a evitar: área com terapia ou hidratação venosa de 
qualquer espécie, locais com cicatrizes ou queimaduras, áreas com hematomas, fístulas artério-
venosas, veias que já sofreram trombose (são pouco elásticas e podem parecer um cordão e têm 
paredes endurecidas); 
- Fazer a antissepsia do local a ser puncionado com algodão embebido em solução alcoólica a 
70%, em movimentos circulares, com movimentos circulares; 
- Garrotear levemente o membro escolhido; 
- Aspirar volume de sangue suficiente para a realização do exame obedecendo a sequência 
padronizada para a coleta dos tubos à vácuo (primeiro tubo com tampa azul e na sequência tampa 
vermelha, tampa amarela, tampa verde, tampa roxa e por último tampa cinza). No momento que o 
sangue fluir para o interior do tubo ou seringa, deve-se soltar o garrote; 
- Homogeneizar os tubos cerca de 5 a 8 vezes por inversão completa; 
- Retirar luvas de procedimento; 
- Fixar curativo pós-punção. adesivo ou algodão e micropore; 
- Retirar óculos de proteção e máscara descartável; 
- Deixar o paciente confortável 
- Desprezar o material utilizado em local próprio; 
- Higienizar as mãos; 
 
 
POP 07 
Procedimento Operacional Padrão (POP): COLETA DE EXAMES LABORATÓRIAS- SANGUE VENOSO 
Elaborado por: MARCOS RODRIGUES DOS SANTOS Elaborado:16/02/2020 
PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem 
PROCESSO ESPECÍFICO: Atendimento domiciliar 
 
33 
 
- Manter o ambiente em ordem; 
- Realizar as anotações no prontuário do paciente; 
- Encaminhar o material coletado, devidamente identificado, ao laboratório. 
 
Materiais Necessários 
 
- Solicitação do exame; 
- Seringa de 10ml; 
- Agulha 25 x 7 ou 25 x 8; 
- Frascos para os exames; 
- Luvas de procedimento; 
- Bandeja; 
- Solução alcoólica a 70 %; 
- Garrote; 
- Caneta; 
- Fita crepe; 
- Bolas de algodão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
8. SOLICITAÇÃO DE INSUMOS, MATERIAIS MÉDICOS, MEDICAMENTOS 
MATERIAIS DE ECRITÓRIO, LIMPEZA E RECEITUARIO. 
Os insumos são fornecidos pelo dispensário mensalmente conforme solicitação por e-mail e 
preenchimento de planilha de Medicamentos, Materiais médicos, Insumos (Frascos, equipos, Sondas, 
Gases, coberturas, entre outros), material de escritório (canetas, borrachas), receituário, fichas e 
materiais de limpeza (sacos de lixo domiciliar e lixo hospitalar-saco branco) e solicitados na primeira 
semana do Mês. O Enfermeiro e os técnicos de Enfermagem realizam o levantamento do material 
necessário. 
 
Figura 5 Requisição de Materiais para abastecimento do PMC. 
 
 
POP 08 
Procedimento Operacional Padrão (POP): SOLICITAÇÃO DE INSUMOS, MATERIAIS MÉDICOS, 
MEDICAMENTOS MATERIAIS DE ECRITÓRIO, LIMPEZA E RECEITUARIO. 
Elaborado por: MARCOS RODRIGUES DOS SANTOS Elaborado:16/02/2020 
PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem 
PROCESSO ESPECÍFICO: Atendimento domiciliar 
 
35 
 
Referências 
BACKS, D. S. O papel profissional do enfermeiro no Sistema Único de Saúde: da saúde comunitária 
à estratégia de saúde da família. Ciência & Saúde Coletiva, 17(1):223-230, 2012. 
BRASIL. Ministério da Saúde.Política Nacional de Atenção Básica, Brasília – DF 2012 
Código de Ética e Principais Legislações para o Exercício da Enfermagem. CONSELHO 
REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. São Paulo COREN-SP 2019. 
GUIA DE BOAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA: norteando a gestão e 
a assistência, São Paulo: Coren-SP, 2017. 
LUNARD, V. L et al., Processo de trabalho em enfermagem/ saúde no Sistema Único de Saúde, 
Enfermagem em Foco , v.1, nº8, p.73-76, 2010. 
SOUZA, L.M S.,SANTOS,M. H. T. ELABORAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS EM 
ENFERMAGEM: UTILIZAÇÃO DE UMA CARTILHA PARA PREVENÇÃO. Rev enferm UFPE 
on line., Recife, 11(10):3893-8, out., 2017.

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