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Responsabilidade Social Empresarial e o Capitalismo

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RESPONSABILIDADE SOCIAL 
EMPRESARIAL 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Cora Catalina 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
O ideário de sustentabilidade tomou conta dos debates nessas últimas 
décadas. Está sempre presente na mídia e nas conversas entre empresários, 
tomadores de decisão, governantes, acadêmicos, ativistas e cidadãos de 
maneira ampla. Poderia se dizer que se trata de uma necessidade quase urgente 
de reagir aos inúmeros problemas provocados pelos padrões insustentáveis de 
produção e consumo praticados durante décadas, característicos do capitalismo, 
modelo do qual fazemos parte até os dias atuais. 
Nesta segunda aula, apresentamos conceitos do modelo capitalista e seu 
contexto na globalização. Abordaremos a linha do tempo relacionada às fases 
de crise industrial e os impactos sociais da Revolução Industrial. Vamos 
conhecer as teorias de administração que conduzem às diretrizes da RSE, 
dentre elas, a Teoria dos Stakeholders. Faremos uma breve análise histórica do 
capitalismo. Nos dois últimos temas, veremos aspectos relacionados à 
correlação entre desigualdade social e riscos ambientais, bem como ações 
voltadas ao crescimento e progresso social. O propósito desse conteúdo é 
disponibilizar conhecimento e estimular a reflexão sobre as formas de produção 
de mercadorias e bens realizadas até agora, para que você possa implementar 
a RSE da maneira mais adequada ao negócio, buscando ser a mais justa para 
a sociedade, cuidando da saúde do planeta. 
CONTEXTUALIZANDO 
O crescimento vertiginoso da população e a desigualdade social em níveis 
alarmantes vêm alertando para o novo paradigma de olhar de maneira holística 
o mundo e as organizações. Os novos processos de gestão aliam soluções de 
problemas socioambientais aplicados às estratégias de RSE, prospectando 
ganhos financeiros, uma vez que a lógica do mercado considera essas ações 
como valores indiretos remuneráveis. 
Vídeo 
Depois de participar desta aula, assista ao documentário Home: o mundo 
é a nossa casa. Ele retrata de maneira didática e poética os principais fatores 
que causam a destruição ambiental. São imagens impactantes mostrando a 
devastação da natureza, a explosão populacional e a influência política das 
 
 
3 
grandes indústrias e o capital. Ao assistir o documentário você terá a 
oportunidade de consolidar seu conhecimento e se sensibilizar, ainda mais, 
sobre o assunto. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=9UiF2NF1_fE>. 
TEMA 1 – CONCEITOS: CAPITALISMO, REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
Hoje, uma linha de produção de carros está muito distante da fábrica 
representada por Charles Chaplin em seu filme Tempos modernos, no 
qual o cineasta faz uma crítica ao modelo de produção do início do 
século 20. Nas fábricas atuais, em que os robôs são responsáveis por 
70% das tarefas relacionadas à fabricação de carros. E as palavras de 
ordem são eficiência e ergonomia. (Carvalho, 2017) 
Nesse trecho da reportagem da Quatro Rodas sobre como funciona uma 
linha de automóveis, o engenheiro que faz a demonstração na fábrica, 
complementa: “temos uma máquina que alcança lugares de soldagem que 
seriam impossíveis para humanos. A última etapa, de tapeçaria e mecânica, é a 
que exige a presença de um funcionário.” (Carvalho, 2017). 
Esse exemplo de automação na fabricação de automóveis ilustra o 
funcionamento da produção industrial que, embora com enormes avanços 
tecnológicos, advém desde antes da Primeira Revolução Industrial. 
O processo de desenvolvimento industrial começou pelos anos de 1780, 
na Inglaterra, e se espalhou na Europa e nos Estados Unidos. A Revolução 
Industrial transformou a capacidade humana principalmente por modificar a 
natureza na fabricação de bens de consumo. As máquinas foram inventadas 
para poupar o trabalho humano, aumentando a produtividade e a geração de 
lucros. Pesquisadores e inventores trabalharam para o desenvolvimento de 
ferrovias, máquinas a vapor, maquinarias de produção, produção do aço, energia 
elétrica. 
Segundo Rodolfo Pena (2018), no sistema capitalista predomina a 
propriedade privada. O lucro e a acumulação de capital se manifestam na forma 
de bens e dinheiro. Ele afirma que, apesar de ser considerado um sistema 
econômico, o capitalismo estende-se aos campos político, social, cultural, ético, 
entre muitos outros. 
Segundo o trabalho de pesquisa do Grupo de Automação Elétrica em 
Sistemas Industriais da Universidade de São Paulo, no processo histórico do 
capitalismo as várias revoluções industriais trouxeram transformações para a 
 
 
4 
sociedade e foram impulsionadas por uma ou mais tecnologias. As respectivas 
épocas das revoluções industriais foram: 
1a. Revolução Industrial (1700-1900): Transformação da produção 
manual para a mecanizada. Surgem as máquinas a vapor, locomotivas; 
2a. Revolução Industrial (a partir de 1870): Produção em massa. 
Surgem tecnologias, eletricidade, fontes de energia fóssil; 
3a. Revolução Industrial (após 1930): Conhecimento acessível a todo 
o planeta. Surgem os computadores, a tv; 
4a. Revolução Industrial (em curso séc. XXI): Mudanças profundas 
em toda a sociedade. Convergência entre o mundo físico, o biológico 
e o digital. (Gaesi-USP, citado por Comparato, 2011) 
A inovação de produtos e processos foi a principal estratégia de gestão 
empresarial, a partir dos anos 1990. O foco na aquisição de máquinas e 
equipamentos foi considerado a principal atividade promovida pelas empresas 
para o desenvolvimento tecnológico. No Brasil atual, o foco está na introdução 
de novos produtos, maior eficiência produtiva e abertura de novos mercados 
(CNI, 2002). Como consequência da industrialização, diversos fatores de 
crescimento das nações foram impulsionados, além dos tecnológicos. Veremos, 
durante esta aula, principalmente, os aspectos sociais, ambientais e políticos. 
O conceito inicial do capitalismo deriva da obra A riqueza das nações 
(1776), de Adam Smith. Para ele, o surgimento das indústrias e de novos 
sistemas de gestão do trabalho humano deveria ser especializado para 
aumentar o rendimento. Ele, defensor desse sistema, dá o exemplo da Fábrica 
de Alfinetes para explicar sua teoria. A obra foi considerada fundadora da ciência 
da economia. Convencionou a divisão social do trabalho classificando-as em: 
operários; capitalistas e proprietários de terras. “Smith predicava que o mercado 
se autorregulava através da competição e pela busca dos lucros, gerando 
acúmulo de capital, o qual, por sua vez, estimulava a produtividade e a riqueza” 
(Stadler, 2012). 
A busca do lucro máximo pelo exercício profissional de uma atividade 
econômica foi denominado “o espírito do capitalismo”, por Max Weber. “Onde 
tudo se transforma em mercadoria: bens, ofícios públicos, concessões 
administrativas e até pessoas, como os trabalhadores assalariados ou os 
consumidores. É uma radical desumanização da vida” (Comparato, 2011). 
 No sistema capitalista, os indivíduos sem posses ou propriedade de bens 
materiais são humilhados à condição de mercadorias, quando não excluídos da 
sociedade. Esse sistema vigora até os dias de hoje. 
 
 
5 
É indiscutível que houve um enorme avanço no nível de bem-estar 
médio dos habitantes do planeta ao logo dos séculos, principalmente a 
partir da Revolução Industrial, no entanto, muito disso foi conquistado 
às custas de um uso desordenado dos recursos naturais, 
principalmente para gerar a energia necessária que sustentou este 
crescimento econômico. (Almeida, 2013) 
TEMA 2 – IMPACTOS SOCIAIS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
O lançamento do aplicativo Waze, que aconteceu por volta de 2008, 
trouxe inúmeros benefícios e facilidades para quem dirige, 
principalmente,nas grandes cidades. De maneira colaborativa, os 
usuários podem saber a situação do trânsito em tempo real e ainda ter 
a facilidade de o próprio aplicativo indicar a melhor rota para chegar ao 
destino final. (Dias, 2018) 
O Waze é um exemplo de como o mundo digital transforma 
comportamentos sociais”, destaca o engenheiro Elcio Brito da Silva, do Grupo 
de Automação em TI da USP (Dias, 2018). 
 Esta é considerada a principal característica da Quarta Revolução 
Industrial, que está em curso. É a convergência cada vez mais forte entre: 
O Digital: com a internet e plataformas digitais; O Físico: com a robótica 
avançada, impressão 3D; O Biológico: com a tecnologia digital aplicada 
à genética. Exemplo da quebra de barreiras entre esses três mundos 
(físico, biológico e digital) são as turbinas da General Eletric (GE), que 
“percebem” quando irão quebrar e, com isso, sabe-se 
antecipadamente a necessidade de fazer reparos. (Comparato, 2011) 
 Desde a grande crise financeira mundial de 2008, o sistema capitalista 
apresenta sintomas de esgotamento. Mundialmente, vem se diminuindo os 
rendimentos do trabalho assalariado, aumentando os níveis de desemprego e a 
fome impulsionada por conflitos e mudanças climáticas. Em 2016, a fome afetou 
815 milhões de pessoas, 11% da população global (ONU, 2017). 
A competição de mercado das 200 empresas globais mostra que as 
receitas de suas vendas ultrapassam um quarto das atividades comerciais do 
mundo. A Philip Morris opera em 170 países; a indústria de elevadores Otis 
utiliza o sistema de portas da França, engrenagens da Espanha, sistema 
eletrônico da Alemanha, motor especial do Japão e a integração dos sistemas é 
feita nos Estados Unidos. A Nestlé, a Shell, a Bayer e a Toshiba têm 
consumidores em quase todos os países há décadas. As empresas globais, além 
de ter uma reputação que não está ao alcance da concorrência de fabricantes 
locais, possuem vantagens financeiras, de P&D, de produção, logística e 
marketing (Kotler, 2006). 
 
 
6 
Esse sistema de transnacionalidade das empresas globais promove 
grandes deslocamentos de empresas, dos antigos países desenvolvidos para os 
novos países ditos “emergentes”, faz com que uma empresa dominante, com 
sede em determinado país, estabeleça relações de senhorio e servidão com 
outras em várias partes do mundo, obrigando as empresas “dominadas” a operar 
em sistema de “dumping” social e negação dos mais elementares direitos 
trabalhistas. Trabalho escravo, mão de obra infantil, abusos e assédio têm sido 
alvo de denúncias permanente (Gonçalves, 2017). 
Diretrizes da Responsabilidade Social Empresarial (RSE) contemplam 
esses fatores como parte dos indicadores de gestão, visando acabar com as 
práticas de abuso e melhorar a transparência nas relações com funcionários, 
colaboradores e segmentos da cadeia de suprimentos (fabricantes, 
fornecedores, distribuidores, transportadores). 
 Historicamente, um importante avanço para dirigentes e administradores 
foi a Teoria das Relações Humanas (1930) do australiano George Elton Mayo. 
Ele propõe democratizar a administração do trabalho das indústrias, provocando 
um importante movimento de oposição à Teoria Clássica. Os administradores e 
dirigentes passam a tratar de forma mais humanizada os trabalhadores. Pela 
primeira vez, há preocupação com os aspectos emocionais das pessoas e a 
integração social com trabalhos em grupo. 
Os avanços das teorias de administração evoluíram no aspecto de 
incorporar a visão econômica do mercado à sociologia e política da sociedade. 
Em 1984, Edward Freeman propõe a Teoria dos Stakeholders como um novo 
direcionamento para a gestão das organizaçoes. Sua preocupação estava em 
compreender e resolver problemas que fossem além dos interesses exclusivos 
de sócios e investidores, ampliando para outros públicos que afetam ou são 
afetados pela empresa. Esse universo de públicos recebeu a nomeclatura de 
stakeholders, que “são grupos ou indivíduos que podem influenciar ou serem 
influenciados pelas ações, decisões, políticas, práticas ou objetivos da 
organização”. 
Esse conceito passa a oferecer uma nova maneira de pensar a gestão 
estratégica das organizações, que a direciona para uma forma mais democrática 
e participativa de implementar a estratégia de negócio. 
Nos relatos de sustentabilidade e indicadores de RSE, o relacionamento 
com os stakeholders é utilizado como instrumento de avaliação. 
 
 
7 
Os parâmetros aplicados para estabelecer relacionamentos são 
essenciais na definição de diretrizes éticas e de transparência, premissas da 
RSE. 
O quadro, apresentado a seguir, orienta sobre as atribuições de cada 
stakeholder. As informações são baseadas na revisão da literatura publicada 
pelo autor da teoria, E. Freeman, nos períodos de 2008-2015 (Charotta, 2016). 
Quadro 1 – Atribuições de cada stakeholder 
Stakeholders Atribuição 
Clientes 
Cada vez mais assumem o papel de consumidores conscientes e cobram 
informações detalhadas sobre produtos, processos de fabricação, 
comportamento e idoneidade das marcas. 
Proprietários 
Possibilitam à organização ter acesso à sua principal fonte de recursos. 
Tem poder de controle: majoritários, sobre as decisões da empresa; e 
minoritários, sem poder de controle sobre as decisões da empresa. 
Funcionários 
Participam, implementam e executam as decisões para atingir os objetivos 
da empresa. Proveem a organização com conhecimentos, habilidades e 
compromissos. Refletem a cultura e o clima da empresa. 
Fornecedores 
Fornecem serviços, insumos e matéria-prima na cadeia de suprimentos da 
organização (fabricação, estoque, transporte, distribuição, embalagem, 
descarte de resíduos). Precisam ser capacitados sobre as diretrizes da 
RSE e Sustentabilidade para garantir coerência nos procedimentos. 
Governo Criador e mediador dos instrumentos reguladores da organização. 
Concorrentes Importante instrumento de benchmarking. 
Entidades/ 
Sindicatos 
Influenciadores nas dinâmicas da organização. Essenciais em 
organizações democráticas. Representa filiados. 
Comunidade 
Situada no entorno da empresa, precisa receber benefícios diretos ou 
indiretos devido aos impactos positivos e negativos gerados pela empresa. 
Sociedade Monitora o ambiente legal e moral em que a organização opera. 
 Fonte: Adaptado de Charotta, 2016. 
Leitura complementar 
Na gestão da RSE, a utilização da ferramenta “Painel de Stakeholders” é 
amplamente utilizada para estabelecer a política de governança baseada no 
relacionamento com seus públicos de interesse. Esse instrumento pode trazer 
contribuições para as empresas e ajudá-las tanto no tratamento de questões 
específicas quanto na definição de estratégias. Para saber mais, leia o artigo 
Painel de stakeholders: uma abordagem de engajamento versátil e estruturada. 
Disponível em: <https://www3.ethos.org.br/cedoc/painel-de-stakeholders-uma-
abordagem-de-engajamento-versatil-e-estruturada>. 
 
 
8 
TEMA 3 – ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO CAPITALISMO NA DESIGUALDADE 
SOCIAL E NA AMPLIAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS 
Nas primeiras décadas do século XX, Henry Ford inaugurou nos Estados 
Unidos a primeira linha de carros em série. Poucos anos depois, veio a Crise de 
1929, considerada a primeira crise do capitalismo. Como consequência, milhões 
de empresas foram à falência e o desemprego foi massivo. No Brasil, os 
empresários viram a necessidade de criar nova infraestrutura para o 
desenvolvimento da indústria pesada e começaram a dar os primeiros passos 
nessa direção. 
O início dos anos 2000 foram marcados por uma nova crise global 
provocada, principalmente, pelo choque nos sistemas comerciais e financeiros.O estudo realizado em 2017 por economistas da organização 
intergovernamental South Centre, com sede em Genebra, aponta: 
O colapso avassalador da recessão no Brasil ocorre em um momento 
de complicações globais sem solução no horizonte. [...] A resposta 
política do Hemisfério Norte, de restringir gastos dos governos e 
inundar o mercado com dinheiro a juros baixos ou negativos, falhou ao 
promover uma recuperação robusta e agravou problemas crônicos 
globais, como a desigualdade, a insuficiência da demanda e a 
fragilidade financeira, com “fortes efeitos” desestabilizadores para o 
Hemisfério Sul. 
As crises “cíclicas” financeiras recorrentes desde a década de 1990 são 
apontadas como fatores intrínsecos do sistema capitalista, da vulnerabilidade 
econômica provocada por investidores e credores estrangeiros. São exemplos o 
Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Internacional para Reconstrução 
e Desenvolvimento (Bird), entre outros. São organizações criadas para atender 
às demandas da globalização e atuam fortemente nos mercados financeiros 
internos de países emergentes e em desenvolvimento. O estudo da South Centre 
aponta para a influência exercida pelo sistema: “As políticas propostas pela nova 
administração nos Estados Unidos tendem a representar um duplo golpe para 
os países que se tornaram altamente dependentes de mercados externos, 
capital e corporações transnacionais, advertem os autores do estudo” 
(Drummond, 2017). 
Os valores representam um conceito coletivo do que as pessoas 
consideram desejável, importante e moralmente apropriado para o convívio em 
sociedade. Citando Durkheim: “o conjunto das crenças e sentimentos comuns à 
média dos membros de uma sociedade forma um sistema determinado, que tem 
 
 
9 
vida própria”, e que pode ser chamado consciência coletiva ou comum 
(Comparato, 2011). 
Os principais valores sustentados pelo sistema capitalista foram 
basicamente o crescimento econômico e o consumo. Ambos têm sido 
determinantes para reger normas de comportamento das organizações e da 
sociedade como um todo. Valores fazem com que as pessoas identifiquem 
prioridades e orientem atitudes de acordo com o que é importante, suas crenças, 
hábitos e ideiais de vida. 
A produção de riquezas é o ponto-chave do sistema capitalista. O lucro, 
nesse contexto, é a meta da empresa. Como vimos, é o mecanismo econômico 
que o rege. Esse mecanismo o faz decidir o que, como e para quem produzir: 
qual produto ou serviço deve ser feito, para qual público e em que quantidade e 
frequência. Stadler (2012) afirma que: 
Tudo o que for produzido precisa atender necessidades e satisfazer 
desejos. Valores preconizados pelas estratégias de marketing. Para 
alcançar o lucro, maior participação no mercado, lancar novos produtos 
ou serviços, se diferenciar da concorrência, entre outros. Tudo isso 
depende da utilização e maximização dos recursos disponíveis: 
matérias-primas, trabalho etc. (Stadler, 2012) 
Nosso sistema global de alimentos é responsável por 80% do 
desmatamento e é a principal causa da perda de espécies e de biodiversidade. 
O sistema também é responsável por mais de 70% do consumo de água 
doce. Nesse contexto, dados das Nações Unidas (ONU, 2015) indicam que “o 
consumo global já é 1,5 maior que a capacidade da Terra de aguentar. Se a 
população e as tendências de consumo continuarem a crescer, a humanidade 
precisará do equivalente a dois planetas Terra para sustentar-se em 2030”. 
Na obra Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro 
sustentável, Mario Alencastro (2015) aponta que 
o controle sobre as forças da natureza apresenta à humanidade um 
problema cuja solução ultrapassa o escopo da ciência ou da 
tecnologia. A questão envolve uma reflexão sobre as causas e uma 
apurada análise em torno da construção de princípios, valores e 
atitudes que possam mediar os atos humanos relativos ao seu 
relacionamento com a natureza, temática central de uma emergente 
visão rumo à ética ambiental. 
A RSE está diretamente relacionada às expectativas, necessidades da 
sociedade e à forma de responder pelas consequências de atitudes e impactos 
causados aos indivíduos ou grupos, bem como ao ecossistema. Os princípios da 
RSE representam atitudes compromissadas imutáveis, refletem o “caráter” da 
 
 
10 
organização sendo um conjunto de posturas inegociáveis. Valores universais 
são pilares para a convivência entre cidadãos de todo o mundo. Tomemos por 
exemplo uma empresa que fabrica veículos. Ela provoca impactos 
principalmente ambientais e no transporte da sociedade. Assim, ela pode 
determinar que os valores de posicionamento da marca serão segurança no 
trânsito e meio ambiente, inseridos na responsabilidade social e 
sustentabilidade. 
Os indivíduos passam, mas a consciência coletiva permanece viva e 
atuante, de geração em geração. O importante é frisar que esse 
conjunto de ideias, sentimentos, crenças e valores predominantes 
forma um sistema, que atua na mente de cada um de nós como uma 
espécie de reator automático, no julgamento de fatos ou pessoas” 
(Comparato, 2011, p. 252). 
Na gestão da RSE, os princípios estabelecidos para a RS são seis: 
transparência; comportamento ético; respeito pelos interesses das partes 
interessadas; respeito pelo estado de direito; respeito pelas normas 
nternacionais de comportamento; e accountability, ou responsabilização. 
Identificar qual é o perfil da organização de acordo com o negócio, criar valor 
para o cliente, entregar e sustentar esse valor é umas das atribuições do gestor 
em ser (Inmetro, 2018). 
TEMA 4 – DESIGUALDADE SOCIAL VERSUS RISCO AMBIENTAL: 
MINIMIZAÇÃO DOS RISCOS 
O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em discurso na 
ONU em setembro de 2016, declarou: “um mundo no qual 1% da humanidade 
controla uma riqueza equivalente à 99% dos demais nunca será estável.” 
Dados preocupantes foram apresentados durante o Fórum Mundial 
Social, em 2017, pela ONG britânica Oxfam, que todo ano apresenta em Davos 
o mapa da desigualdade mundial. Desde 2015, apenas 1% da população global 
concentrava em mãos mais riqueza que os 99% restantes; ao longo dos 
próximos 20 anos, 500 pessoas transferirão mais de US$ 2,1 trilhões para seus 
herdeiros – soma mais alta que o PIB da Índia, que tem 1,2 bilhão de habitantes. 
A Oxfam aponta que o crescimento da desigualdade social é o caldo de cultura 
para o aumento da criminalidade, do terrorismo e da insegurança global. E 
assinala: “há cada vez mais pessoas vivendo com medo do que com esperança”. 
 
 
11 
Embora as políticas sociais tenham retirado milhões de pessoas da 
miséria e da pobreza nas últimas décadas, ainda hoje uma em cada nove 
pessoas vai dormir com fome. E a fome, que não tem ideologia, facilmente reduz 
um homem a um animal feroz (Frei Betto, 2017). 
No Brasil, cerca de 50 milhões de brasileiros, o equivalente a 25,4% da 
população, vivem na linha de pobreza e têm renda familiar equivalente 
a R$ 387,07. Os dados foram divulgados em 15/12/2017 pelo Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outro estudo divulgado 
pelo Jornal Folha de São Paulo destaca que: um grupo formado por 
cerca de 1,4 milhão de brasileiros, equivalente a 1% da população, fica 
com 28% de toda a renda nacional; os 10% mais ricos da população 
ficam com mais da metade da renda nacional. (IBGE; WID; Extreme 
and Persistent Inequality: New Evidence for Brazil Combining National 
Accounts, Surveys and Fiscal, 2001-2015) 
Na opinião dos especialistas, o único caminho para combater os 
elevadíssimos índices de desigualdades social, é a transferência de capital dos 
ricos para os pobres. 
O maior desafio das organizações é conciliar interesses. Conciliarinteresses públicos e privados sobre questões ambientais, sociais, 
mercadológicas, políticas, econômicas que, na maior parte das vezes, são 
antagônicos. Isso leva à implementação de mecanismos de controle. 
Esses sistemas de controle se dão pela estruturação das organizações 
com base em sistemas normativos. As normativas e a legislação brasileira são 
estabelecidas em nível municipal, estadual e federal. Num sistema globalizado, 
o âmbito de aplicação das normas e leis ultrapassam as fronteiras de cada 
Estado e se aplicam leis internacionais, comuns a diversos países; são as 
normas internacionais. 
A exemplo das normativas relacionadas à erradicação da pobreza e do 
meio ambiente, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, art. 3, 
institui erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais 
e regionais. 
Com base na legislação, surgiram outras normas e certificações que se 
constituem, cada vez mais, na garantia dos atributos ambientais e socialmente 
responsáveis divulgados pelas empresas. 
Para o consumidor, as normativas são uma garantia de estar adquirindo 
um produto ou serviço de qualidade para si, para o ambiente e respeito às 
questões sociais. Os stakeholders que se relacionam com a empresa certificada 
representam a garantia de fazer negócios e ganho de visibilidade mútuo. 
 
 
12 
Na gestão da Sustentabilidade e Responsabilidade Social, as normas são 
de uso voluntário, isto é, não são obrigatórias por lei. Funciona a ética da 
responsabilidade. Certificações voluntárias são aquelas em que a empresa 
define se deve ou não certificar o seu produto de acordo com o disposto em uma 
norma técnica, com base em benefícios que identifiquem o que essa certificação 
pode trazer ao seu negócio. Os principais benefícios da aplicação de normas e 
certificações são: 
a. Tornar a fabricação e o fornecimento de produtos e serviços mais 
eficientes. 
b. Facilitar o comércio mais justo entre países. 
c. Fornecer aos governos uma base técnica para saúde, segurança e 
legislação ambiental. 
d. Atender à reivindicação da sociedade. 
Outros benefícios são avaliação da conformidade, o compartilhamento 
dos avanços tecnológicos, inovação, boas práticas de gestão e melhoria da 
imagem perante a sociedade. 
Quadro 2 – Avaliação de conformidade 
Norma Ano Tema 
ISO 26000 
ABNT-NBR ISO 26000 
2010 – Genebra, Suíça 
2010 – São Paulo, BR 
Diretrizes sobre responsabilidade 
social corporativa 
SA 8000 
1997 – 1.a edição 
2014 – 2.a edição 
Responsabilidade Social e 
stakeholders internos – 
cadeia de suprimentos 
ABNT-NBR 16001 
 
2004 – 1.a edição 
2012 – 2.a edição 
Responsabilidade social sistema da 
gestão 
TEMA 5 – CRESCIMENTO ECONÔMICO E PROGRESSO SOCIAL 
RECONSIDERADOS: O DOMÍNIO DA POLÍTICA 
Em 2010, o governo brasileiro, ao lançar para consulta pública o Plano de 
Ação para Produção e Consumo Sustentáveis, anunciou ser fundamental atuar 
em duas frentes: a produção mais limpa e o consumo mais responsável. “[...] 
sem isso, é impossível progredir rumo a uma economia de baixo carbono, rumo 
a uma economia mais sustentável”, declarou a Ministra do Meio Ambiente, 
Izabella Teixeira.” 
 
 
13 
Segundo analistas do Instituto Ethos de Responsabilidade Social: 
O tema da produção e consumo sustentáveis ganha a cada dia maior 
relevância no cenário nacional e internacional. Iniciativas consideráveis 
podem ser observadas nos últimos 10 anos tanto por parte do setor 
público quanto do setor privado que buscam praticar uma economia 
mais limpa, observando critérios de conservação ambiental, e de 
diminuição dos Gases de Efeito Estufa (GEE). (Teixeira, 2010). 
Na área ambiental, o Brasil tem desenvolvido importantes políticas de 
proteção ambiental e instrumentos legais, dentre eles, a Lei Nacional de 
Recursos Hídricos (1998); a Política Nacional de Educação Ambiental (1999) e 
o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (2002). 
Em 2009, a Política Nacional sobre Mudança do Clima e a Política 
Nacional de Resíduos Sólidos (2010) forneceu diretrizes para orientar as ações 
das empresas e indústrias para o desenvolvimento sustentável. 
Inserido nas diretrizes globais propostas pela ONU, em 2010, o governo 
brasileiro elaborou o Plano de ação para produção e consumo sustentáveis 
(PPCS). 
O conceito de Produção e Consumo Sustentáveis (PCS) resultou da prática 
de profissionais atuantes na área e de políticas ambientais de Produção mais 
Limpa (P+L) (Brasil, 2010). “As seis prioridades apontadas no documento são: 
Educação para o consumo sustentável; Compras públicas sustentáveis; Agenda 
ambiental na Administração Pública; Aumento da reciclagem de resíduos sólidos; 
Varejo sustentável; Construções sustentáveis” (Portal Brasil, 2014). 
É importante refletir a respeito da ideia equivocada de culpar governos e 
indústrias por todos os problemas relacionados ao atual colapso climático e 
poluição mundial. Há tendência de esquecer que não são as empresas de 
petróleo que dirigem os carros, pois são os próprios consumidores, responsáveis 
pelas escolhas de consumo. Um exemplo, sob a ótica de consumidor, é a do 
motorista que avalia os custos de seu carro levando em conta preço do 
combustível, estacionamento, gasto de manutenção, pedágio e pagamento de 
taxas do veículo. No entanto, nunca atribui qualquer valor ao fato de que seu 
veículo emite gases de efeito estufa. Isso ocorre porque esse valor nunca lhe é 
cobrado. Os consumidores avaliam os gastos com base em fatores de 
precificação do mercado porque os custos aplicados ao uso ou impactos 
provocados aos recursos naturais não são precificados. 
Fernando Meneguin (2012) afirma: 
 
 
14 
se forem adequadamente quantificados e internalizados os custos 
ambientais dos empreendimentos, não há margem para a dicotomia 
entre crescimento econômico e sustentabilidade, isto é, se 
determinado projeto for lucrativo após a incorporação dos custos 
associados aos prejuízos ambientais que acarreta, ele pode ser 
implementado. Isso é sustentável. 
Objetivando o desenvolvimento sustentável, para considerar os custos 
dos recursos naturais e prevenir a escassez futura, são necessárias novas 
políticas de intervenção fiscal, mudança nos subsídios nocivos, aplicação de 
instrumentos para corrigir falhas de mercado, intervenção e fiscalização do poder 
público. Além disso, é preciso que haja investimentos públicos de incentivo à 
inovação e educação para a ética ambiental. 
As crises que pontuam a longa história do capitalismo são também 
descritas como erros de política. Combinar os limites planetários e sociais cria 
uma nova perspectiva para o desenvolvimento sustentável. Enquanto 
defensores dos direitos humanos trabalham para garantir o direito de cada 
pessoa ao essencial à vida, economistas ecológicos enfatizam a necessidade de 
situar a economia global. 
Há muitas interações dinâmicas e complexas ao longo e entre os 
múltiplos limites. Há o Piso Social dos Direitos Humanos, que 
envolve acesso a água, comida, saúde, educação, igualdades de 
gênero e social, energia, trabalho, voz. Ainda, há o Teto Ambiental 
dos Limites Planetários, que engloba mudanças climáticas, água 
potável, poluição química, acidificação dos oceanos, acúmulo de 
aerossóis na atmosfera, destruição da camada de ozônio, perda de 
biodiversidade, alterações no uso dos solos. Entre o piso e o teto há 
um espaço representado em forma de diagrama, na figura a seguir, 
que é trabalhar para “o espaço justo e seguro para a humanidade”, e 
ao mesmo tempo, realizar ações para o “desenvolvimento econômico 
inclusivo e sustentável” (Rockström, citado por Assadourian; Prugh, 
2013, grifo nosso).Figura 1 – Teto e piso 
 
 
15 
 
Fonte: Rockström, citado por Assadourian; Prugh, 2013. 
TROCANDO IDEIAS 
Que tal utilizar o diagrama de Rockström para analisar sua cidade ou o 
bairro em que mora? Quais seriam as necessidades e potencialidades no Piso 
Social e Teto Ambiental? 
NA PRÁTICA 
Nesta aula, tivemos a oportunidade de conhecer a Teoria dos 
Stakeholders, uma diretriz amplamente utilizada na gestão da RSE. A atividade 
proposta é pesquisar quais questões são avaliadas sobre stakeholders nos 
indicadores de sustentabilidade. Passos para resolver: 1. Pesquisar: GRI-G4 
Global Reporting Iniciative; Diretrizes do Instituto Ethos; Pacto Global ONU; 2. 
Identificar o que é avaliado sobre stakeholders; 3. Fazer a correlação com a sua 
vivência profissional/sua realidade. A síntese de uma resolução: 1. Pesquisar na 
internet; 2. Selecionar os indicadores nos relatórios de Sustentabilidade; 3. 
Buscar falhas e acertos na comunicação elaborando suas próprias conclusões. 
FINALIZANDO 
Esta aula foi direcionada para os aspectos conceituais e históricos do 
modelo capitalista e seus impactos no mercado industrial. Apresentamos os 
precursores do capitalismo e datas mais relevantes na história. Em uma linha do 
tempo, observamos os períodos em que aconteceram as revoluções industriais. 
 
 
16 
 Para aplicabilidade na RSE, abordamos as diretrizes que devem ser 
consideradas no planejamento estratégico da empresa: o conceito de 
stakeholders, a segmentação dos públicos e a teoria de E. Freeman. 
Ainda, nos debruçamos sobre dados e números que demonstram a 
influência e consequências dos padrões de consumo adotados desde que o 
modelo capitalismo foi implantado no mundo. Observamos o impacto também 
das crises globais. Destaca-se a importância de assistir ao documentário Home, 
cujo link está disponível na seção Contextualizando, pois ele ampliará sua 
percepção sobre os assuntos tratados nesta aula. 
 
 
 
 
 
17 
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