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Aula 11 1000 Questões de Direito Administrativo - Banca CESPE Professor: Erick Alves 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 42 OBSERVAÇÃO IMPORTANTE Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 42 AULA 11 Olá pessoal! Na aula de hoje iremos comentar questões sobre Controle da Administração Pública. Seguiremos o seguinte sumário: SUMÁRIO Lista de questões ............................................................................................................................................................... 3 Questões comentadas .................................................................................................................................................. 11 Gabarito ............................................................................................................................................................................... 37 RESUMÃO DA AULA ................................................................................................................................................ 38 Vamos então? 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 42 LISTA DE QUESTÕES 1. (CESPE – Professor – SEDF 2017) O poder de fiscalização que a Secretaria de Estado de Educação do DF exerce sobre fundação a ela vinculada configura controle administrativo por subordinação. 2. (CESPE – Professor – SEDF 2017) É garantido ao Poder Judiciário o controle de mérito administrativo dos atos administrativos, pois lesão ou ameaça a direito não podem ser excluídas da apreciação de juiz. 3. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) A administração possui prerrogativas não extensíveis às relações privadas, mas sua liberdade de ação encontra-se sujeita a maiores restrições se comparada à dos atos praticados por particulares em suas relações. 4. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) Uma ação ou omissão que, submetida a controle administrativo quanto à legalidade, seja considerada correta não poderá ser submetida a nenhuma outra medida de controle administrativo. 5. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) O controle judicial pode incidir sobre atividades administrativas realizadas em todos os poderes do Estado. 6. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) As comissões parlamentares de inquérito são instrumentos de controle externo destinados a investigar fato determinado em prazo determinado, mas desprovidos de poder condenatório. 7. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) A CF atribui ao TCU a competência para a apreciação dos atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão. 8. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) O controle administrativo interno é cabível apenas em relação a atividades de natureza administrativa, mesmo quando exercido no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário. 9. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) O CNJ é órgão externo de controle administrativo, financeiro e disciplinar do Poder Judiciário. 10. (CESPE – Analista – FUNPRESP-JUD 2016) Na administração pública, uma forma de controle é o sistema de freios e contrapesos, cuja principal característica é a divisão e a independência dos poderes da União. 11. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O órgão de controle administrativo que decidir pelo cancelamento de ato válido, em virtude de considerações de natureza administrativa, deverá realizá-lo por meio de ato de anulação. 12. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O sistema de contencioso administrativo ocorre no âmbito de tribunais de competência especializada que não integram a estrutura do Poder Judiciário, cujas sentenças são dotadas de força de coisa julgada. 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 42 13. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Recursos administrativos constituem meios hábeis para propiciar o reexame de decisão interna de um órgão da administração por órgão correspondente de outro Poder ou de outra esfera. 14. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle exercido sobre as entidades da administração indireta é de caráter essencialmente finalístico, pois elas não estão sujeitas à subordinação hierárquica, embora tenham de se enquadrar nas políticas governamentais e atuar em consonância com as disposições de seus estatutos. 15. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O tribunal de contas que executar atividades de fiscalização sobre os atos de gestão financeira da administração pública exercerá sua função jurisdicional. 16. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Na administração pública, o controle interno deve restringir-se à fiscalização contábil, financeira e orçamentária. 17. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle interno situa-se no âmbito do controle administrativo e é exercido, em cada Poder, sobre seus próprios órgãos e entidades. Qualquer irregularidade que seja detectada e não comunicada ao respectivo tribunal de contas acarreta pena de responsabilidade solidária. 18. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O Poder Legislativo, por exercer, nos limites da Constituição Federal de 1988, controle sobre os demais Poderes, inclusive sobre o Poder Judiciário, quando este executa função administrativa, tem a prerrogativa de sustar atos normativos do Executivo e do Judiciário, quando exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa. 19. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) A função fiscalizatória exercida pelos tribunais de contas dos estados constitui uma expressão de controle do Poder Legislativo sobre os atos da administração pública. 20. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Os pareceres e as notas técnicas são expressões da fase do processo administrativo denominada fase dispositiva ou de julgamento. 21. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Exercerá controle do tipo legislativo determinada casa legislativa que anular ato executado por uma de suas unidades gestoras. 22. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) No caso de serviços públicos prestados por meio de contratos de concessão, os tribunais de contas têm competência constitucional para fiscalizar a atividade financeira e operacional das empresas concessionárias. 23. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle exercido pelos tribunais de contas sobre as casas legislativas é considerado controle interno, haja vista a posição dos tribunais de contas no âmbito do Poder Legislativo. 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 42 24. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) A nomeação de alguém, por gestor público federal, para determinado cargo de provimento em comissão somente poderá ser considerada definitiva se o Tribunal de Contas da União apreciar, aprovar e registrar tal ato. 25. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) A ação civil pública é instrumento válido de controle judicial da atividade administrativa. 26. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) No controle judicial da atividade administrativa, notadamente no que se refere às políticaspúblicas, devem-se observar limites que impeçam uma substituição do administrador pelo julgador, especialmente no que envolva a discricionariedade. 27. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) O controle interno instituído pela Constituição Federal de 1988 foi mais um instrumento para a garantia da legalidade das ações nos órgãos e nas entidades da administração pública federal. 28. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Caso o ato administrativo apresente vício, o Poder Judiciário, quando for provocado, poderá anulá-lo, com efeitos ex tunc, ou revogá-lo, com efeitos ex nunc. 29. (CESPE – Auditor – TCE/SC 2016) O Tribunal de Contas de determinado estado da Federação, ao analisar as contas prestadas anualmente pelo governador do estado, verificou que empresa de publicidade foi contratada, mediante inexigibilidade de licitação, para divulgar ações do governo. Na campanha publicitária promovida pela empresa contratada, constavam nomes, símbolos e imagens que promoviam a figura do governador, que, em razão destes fatos, foi intimado por Whatsapp para apresentar defesa. Na data de visualização da intimação, a referida autoridade encaminhou resposta, via Whatsapp, declarando-se ciente. Ao final do procedimento, o Tribunal de Contas não acolheu a defesa do governador e julgou irregular a prestação de contas. A partir da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. O julgamento proferido pelo Tribunal de Contas é nulo, por incompetência. 30. (CESPE – Auditor – TCE/SC 2016) As contas de toda e qualquer entidade da administração indireta, independentemente de seu objeto e de sua forma jurídica, estão sujeitas ao julgamento do tribunal de contas, inclusive ao procedimento de tomada de contas especial, aplicável a quem deu causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. 31. (CESPE – Assessor Jurídico – TCE/RN 2015) O controle da administração pública pela via da ação popular autoriza a condenação do agente público a ressarcir valores ao erário quando, a despeito de falta de comprovação, for possível presumir lesão oriunda do ato por aquele praticado. 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 42 32. (CESPE – Inspetor – TCE/RN 2015) Situação hipotética : Foi constatado um superfaturamento para a realização de concurso público para a contratação de empregados de uma sociedade de economia mista. Assertiva : Nessa situação, ainda que possuísse personalidade jurídica de direito privado, a referida sociedade estaria sujeita ao controle pelo respectivo tribunal de contas. 33. (CESPE – Auditor – TCE/RN 2015) Na análise de contas de determinado estado da Federação no ano de 2012, o corpo técnico do tribunal de contas estadual (TCE) deparou-se com erro de cálculo de reajuste de precatório e outras possíveis irregularidades. O referido precatório foi reajustado de R$ 17 milhões, montante da dívida calculado em 1997, para R$ 165 milhões, em 2010. O refazimento do cálculo foi determinado pelo presidente do tribunal, mas o precatório não sofreu qualquer impugnação, mesmo diante do reajuste de mais de 1.000%. Por fim, foi selado termo de compromisso judicial para o pagamento parcelado de R$ 85 milhões, o que ainda representava um reajuste superior a 500% do valor original. Ocorre que, segundo os cálculos realizados pelo TCE, o reajuste aplicado ao valor original alcançaria o montante de R$ 72 milhões em lugar dos R$ 165 milhões apontados pelo setor de precatórios do respectivo tribunal de justiça. A situação foi levada para o pleno do referido TCE para análise e decisão. De acordo com a situação hipotética acima, julgue o seguinte item. O TCE, nas suas ações de controle, não tem legitimidade para suspender o pagamento, pois precatórios decorrem de decisão judicial, e a sua suspensão pelo TCE ofenderia o princípio de separação dos poderes. 34. (CESPE – Advogado da União – AGU 2015) Em consonância com o entendimento do STF, os serviços sociais autônomos estão sujeitos ao controle finalístico do TCU no que se refere à aplicação de recursos públicos recebidos. 35. (CESPE – Analista – STJ 2015) A possibilidade de convocação, por qualquer das casas do Congresso Nacional, de titulares de órgãos subordinados à Presidência da República ilustra o controle político da administração pública, que abrange tanto aspectos de legalidade quanto de mérito. 36. (CESPE – Técnico – MPOG 2015) Os casos de controle legislativo sobre o Poder Executivo devem estar dispostos na Constituição Federal, pois constituem exceções ao princípio constitucional da separação de poderes, razão pela qual não se admite a sua ampliação por legislação infraconstitucional. 37. (CESPE – Técnico – MPOG 2015) O controle interno deriva do poder de autotutela que a administração tem sobre seus próprios atos e agentes. 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 42 38. (CESPE – Analista – MPOG 2015) O direito de a administração anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, implica a desnecessidade de garantir o contraditório e a ampla defesa ao terceiro prejudicado. 39. (CESPE – Analista – MPOG 2015) Em relação ao controle administrativo, julgue o item subsequente. O controle interno pode ser definido como o exercido no âmbito do mesmo Poder, ainda que por órgão diverso daquele que sofra a correição. 40. (CESPE – Auditor – FUB 2015) É incabível a ação popular em modalidade preventiva, exigindo-se, para seu cabimento, lesão efetivamente já ocorrida. 41. (CESPE – Auditor – FUB 2015) No mandado de segurança impetrado em razão de omissão do poder público, a autoridade coatora deve ser aquela competente para rever ou corrigir o ato que deveria ter sido praticado. 42. (Cespe – TRT2 – Juiz – 2013) À luz da lei e da jurisprudência dominante nos tribunais superiores, assinale a opção correta a respeito do controle da administração pública. a) Salvo disposição legal específica, é de cinco dias o prazo para a interposição de recurso administrativo. b) Prescreve em cinco anos, contados da data do ilícito ambiental, a pretensão da administração pública de promover a execução de multa por infração ambiental. c) O MP não tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio público. d) Segundo a jurisprudência do STF, é pacífico que o TCU, no exercício da competência de controle externo da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadorias, reformas e pensões, não se submete ao prazo decadencial estabelecido na Lei n.o 9.784/1999, iniciando-se o prazo quinquenal somente após a publicação do registro na imprensa oficial. e) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito, devendo ele ser interposto perante a autoridade imediatamente superior à que tiver proferido a decisão recorrida, a qual poderá, se entender necessário, dar vistas dos autos à autoridade que proferiu a decisão, a qual poderá se retratar no prazo de cinco dias. 43. (Cespe – MPTCE/PB 2014) Acerca do controle da administração pública, assinale a opção correta. a) O TCU exerce uma função não judicial quando julga as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos, nos processos de tomada e prestação de contas anual. 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 42 b) O sistema de controle da administração pública veda a aplicação da accountability devido à inexistência de previsão legal para tal aplicação. c) O controle da edição do ato administrativo deve ser sempreposterior à sua edição, quando este relacionar-se à aplicação de recursos públicos. d) Na estrutura do sistema de controle da administração pública federal, a CGU, órgão de controle interno, é subordinada ao TCU, órgão de controle externo. e) O tribunal de contas do estado está subordinado ao Poder Legislativo estadual, em decorrência de delegação da própria CF e ratificação da constituição estadual. 44. (Cespe – TCE/AC 2009) Em conformidade com a CF, os atos relacionados a pessoal que são apreciados pelo TCU para fins de registro ou reexame não incluem: a) a admissão de pessoal nas empresas públicas. b) a admissão de pessoal nas fundações instituídas e mantidas pelo poder público. c) as nomeações para cargo de provimento em comissão na administração direta. d) a concessão inicial de pensão. e) as melhorias posteriores em aposentadorias que tenham alterado o fundamento legal da concessão inicial. 45. (Cespe – MPTCE/PB 2014) No exercício do controle político da administração pública, compete a) às CPIs apurar irregularidades e determinar sanções. b) ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar, sustando, se for o caso, seus efeitos independentemente de prévia manifestação do Poder Judiciário. c) ao Senado Federal ou à Câmara dos Deputados — excetuadas suas comissões — convocar titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República. d) privativamente ao Congresso Nacional e ao Senado Federal apreciar, a priori, os atos do Poder Executivo. e) ao Senado Federal dispor, por proposta do presidente da República, sobre limites globais e condições para a operação de créditos externo e interno da União, dos estados, dos municípios e do DF, exceto das autarquias. 46. (Cespe – Auditor TCE/PR 2016) Acerca da fiscalização contábil, financeira e orçamentária e dos tribunais de contas, assinale a opção correta. A) Compete ao TCU fiscalizar a aplicação de recursos repassados pela União aos estados ou municípios, quando decorrentes da participação ou compensação no resultado da exploração de petróleo, xisto betuminoso e gás natural. 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 42 B) A Controladoria-Geral da União exerce, juntamente com o TCU, o controle externo do Poder Executivo. C) Compete ao TCU examinar, previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo poder público. D) Não violará a CF a previsão contida em Constituição estadual que confira competência exclusiva à assembleia legislativa para fiscalizar as contas do respectivo tribunal de contas. E) Compete ao tribunal de contas fiscalizar a administração direta, autárquica ou fundacional, mas não as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 47. (Cespe – MDIC 2014) As formas de controle interno na administração pública incluem o controle ministerial, exercido pelos ministérios sobre os órgãos de sua estrutura interna, e a supervisão ministerial, exercida por determinado ministério sobre as entidades da administração indireta a ele vinculadas. 48. (Cespe – PM/CE 2014) Considera-se controle por vinculação o poder de fiscalização e correção que os órgãos da administração centralizada exercem sobre as pessoas jurídicas que integram a administração indireta. 49. (Cespe – PM/CE 2014) O controle administrativo sobre os órgãos da administração direta é um controle interno, que permite à administração pública anular os próprios atos, quando ilegais, ou revogá-los, quando inoportunos ou inconvenientes. 50. (Cespe – TCDF 2014) Na esfera federal, o controle administrativo é identificado com a supervisão ministerial, que, no caso da administração indireta, caracteriza a tutela. A sua autonomia, estabelecida nas próprias leis instituidoras, deve ser assegurada, sem prejuízo da fiscalização na aplicação da receita pública e da atenção com a eficiência e a eficácia no desempenho da administração. 51. (Cespe – Polícia Federal 2014) Recursos administrativos são todos os meios utilizáveis pelos administrados para provocar o reexame do ato administrativo pela administração pública e, pelo fato de o processo administrativo ter impulsão de ofício, tais recursos não podem ter efeito suspensivo em hipótese alguma. 52. (Cespe – MPTCDF 2013) As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, poderão, por autoridade própria, determinar a busca e apreensão domiciliar de documentos. 53. (Cespe – TRT10 2013) Portaria de caráter normativo editada pelo Ministério da Educação que seja ilegal poderá ser sustada pelo Congresso Nacional. 54. (Cespe – CNJ 2013) A decisão do Tribunal de Contas da União que, dentro de suas atribuições constitucionais, julga ilegal a concessão de aposentadoria, negando- lhe o registro, possui caráter impositivo e vinculante para a administração. 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 42 55. (Cespe – MPTCDF 2013) O julgamento das contas dos administradores públicos é exercido pela Controladoria Geral da União (CGU), órgão central de controle interno do Poder Executivo, e seu resultado deve ser informado ao TCU, dentro dos prazos estabelecidos na legislação vigente. 56. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete, entre outras atribuições, fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a estado, ao Distrito Federal ou a município. 57. (Cespe – CADE 2014) A função fiscalizatória exercida pelos tribunais de contas dos estados inclui-se entre as hipóteses de controle do Poder Legislativo sobre os atos da administração pública. 58. (Cespe – MPTCDF 2013) Segundo o entendimento firmado no âmbito do STJ, quando se tratar de ato de demissão de servidor público, é permitido questionar o Poder Judiciário acerca da legalidade da pena a ele imposta, até porque, em tais circunstâncias, o controle jurisdicional é amplo, no sentido de verificar se há motivação para o ato de demissão. 59. (Cespe – TRT10 2013) Conforme a jurisprudência, o ato administrativo que impõe sanção disciplinar a servidor público vincula-se aos princípios da proporcionalidade, dignidade da pessoa humana e culpabilidade. Dessa forma, o controle jurisdicional desse ato é amplo, não se limitando aos aspectos formais do procedimento sancionatório. 60. (Cespe – TRT10 2013) Os atos discricionários praticados pela administração pública estão sujeitos ao controle pelo Poder Judiciário quanto à legalidade formal e substancial, observada a vinculação da administração aos motivos embasadores dos atos por ela praticados, os quais conferem a eles legitimidade e validade. ***** 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 42 QUESTÕES COMENTADAS 1. (CESPE – Professor – SEDF 2017) O poder de fiscalização que a Secretaria de Estado de Educação do DF exerce sobre fundação a ela vinculada configura controle administrativo por subordinação. Comentário: O controle exercido pela Administração Dire ta sobre a Administração Indireta não é hierárquico; em outras pa lavras, a Administração Indireta não está subordinada à Administração Direta, v ale dizer, a fundação não é subordinada à Secretaria de Educação. O que existe é apenas uma vinculação , para fins de tutela administrativa, que configura no exer cício de controle finalístico da Administração Direta sobre a Indireta. Gabarito:Errada 2. (CESPE – Professor – SEDF 2017) É garantido ao Poder Judiciário o controle de mérito administrativo dos atos administrativos, pois lesão ou ameaça a direito não podem ser excluídas da apreciação de juiz. Comentário: O controle judicial dos atos administrativos é um controle de legalidade , não incidindo no mérito administrativo. Assim, o Pod er Judiciário, no exercício do controle jurisdicional, não pode apr eciar o mérito de atos administrativos praticados no exercício da função admin istrativa, daí o gabarito. Isso não impede, porém, que o Poder Judiciário, no exercício da função administrativa (e não da jurisdicional), reveja seus pr óprios atos, inclusive no controle de mérito. Nesse caso, o Judiciário estará ag indo como Administração Pública, e não como Poder Judiciário típico. Gabarito: Errada 3. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) A administração possui prerrogativas não extensíveis às relações privadas, mas sua liberdade de ação encontra-se sujeita a maiores restrições se comparada à dos atos praticados por particulares em suas relações. Comentário: De fato, a liberdade de ação da Administraçã o é mais restrita que a dos particulares, pois, enquanto os particulares podem fazer tudo que a lei não proíbe, a Administração só pode fazer aquilo que a lei expressamente autoriza ou determina. Assim, ao contrário dos particula res, não basta que determinado ato não seja proibido para que a Administr ação possa praticá- lo livremente: mais que isso, em razão do princípio da l egalidade, a Administração necessita que uma lei a autorize ou a obrigue a pratica r aquele ato. Gabarito: Certa 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 42 4. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) Uma ação ou omissão que, submetida a controle administrativo quanto à legalidade, seja considerada correta não poderá ser submetida a nenhuma outra medida de controle administrativo. Comentário: Os atos praticados pela Administração estão s ujeitos a controle administrativo de legalidade e de mérito . No âmbito do controle de mérito , é possível que atos considerados legais, ou seja, sem vícios, sejam revogados, por razões de conveniência e oportunidade. Gabarito: Errada 5. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) O controle judicial pode incidir sobre atividades administrativas realizadas em todos os poderes do Estado. Comentário: O controle judicial dos atos, realizado pelo Poder Judiciário, incide sobre todos os atos praticados pela Administraçã o Pública, em qualquer dos Poderes. Isso se deve ao princípio da inafastabili dade da tutela jurisdicional, pelo qual qualquer lesão ou ameaça a direito poderá ser levada à apreciação do Poder Judiciário (art. 5º, XXXV da CF/88). Gabarito: Certa 6. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) As comissões parlamentares de inquérito são instrumentos de controle externo destinados a investigar fato determinado em prazo determinado, mas desprovidos de poder condenatório. Comentário: De acordo com o § 3º do art. 58 da CF/88, as comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de inves tigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos re gimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pel o Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo , sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministéri o Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos in frator es. Portanto, as CPIs, de fato, são desprovidas de poder cond enatório. Quem promove a condenação das ilegalidades apuradas nas CPIs é o Judiciário, mediante representação do Ministério Público. Gabarito: Certa 7. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) A CF atribui ao TCU a competência para a apreciação dos atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão. Comentário: De acordo com o art. 49, XII da CF/88, é co mpetência do Congresso Nacional apreciar os atos de concessão e renovação de emissor as de rádio e televisão. Gabarito: Errada 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 42 8. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) O controle administrativo interno é cabível apenas em relação a atividades de natureza administrativa, mesmo quando exercido no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário. Comentário: O controle interno é aquele exercido por ór gão integrante da estrutura do órgão que terá seus atos controlados. É o ca so da Controladoria Geral da União (atual Ministério da Transparência, Fis calização e Controladoria- Geral da União ) no âmbito do Poder Executivo Federal , do CNJ no âmbito do Poder Judiciário e dos órgãos de controle interno do L egislativo. O controle interno administrativo recai, por definição, apenas sobre as atividades de natureza administrativa (licitações, contratos , atos ligados à execução orçamentária e financeira, por exemplo), não incidindo sobre atos políticos, legislativos ou judiciais. Gabarito: Certa 9. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) O CNJ é órgão externo de controle administrativo, financeiro e disciplinar do Poder Judiciário. Comentário: O CNJ é órgão de controle interno do Poder Judiciário, e não de controle externo, pois integra a estrutura do próprio Poder Judiciário. Gabarito: Errada 10. (CESPE – Analista – FUNPRESP-JUD 2016) Na administração pública, uma forma de controle é o sistema de freios e contrapesos, cuja principal característica é a divisão e a independência dos poderes da União. Comentário: O sistema de freios e contrapesos (check and balances ) é uma das formas de controle existentes na Administração Públi ca. Através dele, um Poder exerce controle sobre o outro, sem interferir na independência prevista no art. 2º da CF/88. Como exemplos de mecanismos de controle decorrentes do sistema de freios e contrapesos podemos citar o julgam ento das contas do Presidente da República pelo Congresso Nacional, a po ssibilidade de o Presidente da república vetar projetos de lei aprovados pelo Congresso Nacional, a necessidade de aprovação pelo Senado Fed eral de nomes de autoridades indicadas pelo Presidente da República, o controle de constitucionalidade de leis pelo Poder Judiciário, den tre outros. Gabarito: Certa 11. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O órgão de controle administrativo que decidir pelo cancelamento de ato válido, em virtude de considerações de natureza administrativa, deverá realizá-lo por meio de ato de anulação. Comentário: A anulação constitui controle de legalidade , que incide sobre atos ilegais, ou seja, inválidos. Para cancelar um ato válido (legal, sem vício), A 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 42 Administração deverá utilizar a revogação , que constitui controle de mérito, promovido por razões de conveniência e de oportunidad e, e não de legalidade. Gabarito: Errada 12. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O sistema de contencioso administrativo ocorre no âmbito de tribunais de competência especializada que não integram a estrutura do Poder Judiciário, cujas sentenças são dotadas de força de coisa julgada. Comentário: O sistema de contencioso administrativo é aqu ele no qual os conflitos que envolvem a atuação da Administração Públic a não são solucionados pelo Poder Judiciário, e sim por tribunais administrativos , que possuem a prerrogativa de fazer coisa julgada nessas matérias, ou seja, as decisões adotadas pelos tribunais administrativos sobre os conflitosenvolvendo a Administração não são passíveis de revi são por nenhuma outra instância, nem mesmo pelo Poder Judiciário. Gabarito: Certa 13. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Recursos administrativos constituem meios hábeis para propiciar o reexame de decisão interna de um órgão da administração por órgão correspondente de outro Poder ou de outra esfera. Comentário: Recursos administrativos são interpostos pera nte a própria Administração, no âmbito do mesmo órgão ou Poder que proferiu a decisão a ser reexaminada Gabarito: Errada 14. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle exercido sobre as entidades da administração indireta é de caráter essencialmente finalístico, pois elas não estão sujeitas à subordinação hierárquica, embora tenham de se enquadrar nas políticas governamentais e atuar em consonância com as disposições de seus estatutos. Comentário: A Administração Direta exerce a chamada tutela sobre as entidades da Administração Indireta, que é uma espécie de controle finalístico , não hierárquico . O objetivo da tutela é assegurar que a entidade desce ntralizada cumpra os objetivos para os quais foi criada. Gabarito: Certa 15. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O tribunal de contas que executar atividades de fiscalização sobre os atos de gestão financeira da administração pública exercerá sua função jurisdicional. Comentário: Os tribunais de contas são órgão administrati vos, e não jurisdicionais (eles não integram o Poder Judiciário). Logo, suas decisões possuem caráter administrativo. Assim, por exemplo, qu ando um Tribunal de 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 42 Contas julga irregulares as contas de um gestor e lhe condena em débito e multa, está proferindo decisões de natureza administrativa , e não jurisdicional. Outra justificativa para o gabarito poderia ser dada com base na matéria Controle Externo, onde estudamos que, quando o tribunal de contas executa atividades de fiscalização, ele exerce sua função fiscalizatória , e não jurisdicional. A função jurisdicional seria exercida apenas quando o tribunal praticasse sua competência de julgar as contas dos ges tores. Lembrando que essa classificação dada em Controle Externo é apenas do utrinária, para fins de sistematização das competências dos tribunais de contas; em qualquer hipótese, suas decisões sempre possuem natureza admini strativa. Gabarito: Errada 16. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Na administração pública, o controle interno deve restringir-se à fiscalização contábil, financeira e orçamentária. Comentário: A resposta está no art. 70, caput, da Constit uição Federal, que diz o seguinte: Art. 70. A fiscalização contábil , financeira , orçamentária , operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Portanto, o controle interno não se restringe à fiscalizaçã o contábil, financeira e orçamentária, abrangendo também a fiscaliza ção operacional e patrimonial. Gabarito: Errada 17. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle interno situa-se no âmbito do controle administrativo e é exercido, em cada Poder, sobre seus próprios órgãos e entidades. Qualquer irregularidade que seja detectada e não comunicada ao respectivo tribunal de contas acarreta pena de responsabilidade solidária. Comentário: O controle interno é aquele exercido pela A dministração sobre seus próprios atos. Como o controle interno é exercido pela Administração, podemos afirmar que ele se situa no âmbito do controle administrativo . Uma das finalidades do controle interno é apoiar o controle exte rno no exercício da sua missão institucional (CF, art. 74, IV). Nesse sentido, o a rt. 74, §1º da CF preceitua que os responsáveis pelo controle interno têm o dever de comunicar ao Tribunal de Contas qualquer irregularidade ou ilegalidade de que tenham conhecimento, sob pena de responsabilidade solidária . Gabarito: Certo 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 42 18. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O Poder Legislativo, por exercer, nos limites da Constituição Federal de 1988, controle sobre os demais Poderes, inclusive sobre o Poder Judiciário, quando este executa função administrativa, tem a prerrogativa de sustar atos normativos do Executivo e do Judiciário, quando exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa. Comentário: A resposta está no art. 49, inciso V da CF, q ue diz o seguinte: Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional : V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do pode r regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; Portanto, o Congresso Nacional (Poder Legislativo) possui competência para sustar apenas os atos normativos praticados pelo Poder Executivo (e não pelo Poder Judiciário) que exorbitem do poder regulam entar ou dos limites da delegação legislativa. Gabarito: Errada 19. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) A função fiscalizatória exercida pelos tribunais de contas dos estados constitui uma expressão de controle do Poder Legislativo sobre os atos da administração pública. Comentário: Doutrinariamente, o controle exercido pelos tribunais de contas sobre a Administração Pública se insere no âmbi to do controle legislativo , daí o gabarito. Tal classificação decorre do fato de que os tribunais de contas, segundo o art. 71, caput da CF, possuem a atribuição de auxiliar o Poder Legislativo no exercício do controle externo. Não obstante, recorde-se de que os tribunais de contas não pertencem ao Poder Legis lativo, vale dizer, os tribunais de contas não estão inseridos na estrutura org anizacional do Poder Legislativo e, por conseguinte, não possuem relação d e hierarquia/subordinação com este Poder. Assim, por ex emplo, o Presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) não está subordinado hierarquicamente ao Presidente do Congresso Nacional, muito embora o TCU te nha a missão constitucional de auxiliar o Congresso no controle exte rno da Administração Pública Federal. Gabarito: Certa 20. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Os pareceres e as notas técnicas são expressões da fase do processo administrativo denominada fase dispositiva ou de julgamento. Comentário: Os pareceres e as notas técnicas são emitido s na fase de instrução do processo administrativo, e não na fase de julgamen to. Tais documentos têm como objetivo oferecer elementos técnicos para subsidiar a 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 42 decisão da autoridade competente. Ex: durante a instrução de um processo administrativo que tenha por objeto a realização de uma despesa pública , poderia ser emitido um parecer demonstrando a viabili dade jurídica da despesa, a existência de dotação orçamentária e os resultados qu e seriam alcançados; com base nessas informações, a autoridade competente ter ia melhores condições para decidir se aprova ou não a despesa. Gabarito: Errada 21. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Exercerá controle do tipo legislativo determinada casa legislativa que anular ato executado por uma de suas unidades gestoras. Comentário: Ao anular ato executado por uma de suas uni dades gestoras, a casa legislativa estaria atuando como Administração Pú blica, exercendo de maneira atípica a sua função administrativa, mais espec ificamente o seu poder de autotutela. Assim, o caso configura hipótesede controle administrativo , e não de controle legislativo. Gabarito: Erra da 22. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) No caso de serviços públicos prestados por meio de contratos de concessão, os tribunais de contas têm competência constitucional para fiscalizar a atividade financeira e operacional das empresas concessionárias. Comentário: Os tribunais de contas não detêm competência para fiscalizar os atos de gestão internos das entidades privadas, mas apenas os atos ligados à prestação do serviço público, verificando o cumprim ento das regras contratuais e de prestação do serviç o. Na verdade, em se tratando do controle de contratos de concessão, os tribunais de contas atuam diretamente sobre as agências reguladoras, a quem cumpre o papel de assegurar a observância dos termos do contrato por parte das empresas e a consequente boa prestação dos serviç os. O controle sobre as concessionárias por parte dos tribunais de contas é ap enas indireto. Ex: para verificar o cumprimento dos contratos de concessão de te lefonia, o TCU fiscaliza a agência reguladora do setor (Anatel) ao inv és de fiscalizar diretamente as empresas privadas concessionárias (Tim, Oi, Claro etc). Gabarito: Errada 23. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle exercido pelos tribunais de contas sobre as casas legislativas é considerado controle interno, haja vista a posição dos tribunais de contas no âmbito do Poder Legislativo. 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 42 Comentário: Os tribunais de contas não integram a estrutur a organizacional do Poder Legislativo, dada a sua carac terística de órgão independente. Assim, o controle exercido pelos tribuna is de contas sobre as casas legislativas é considerado controle externo , e não interno. Gabarito: Errada 24. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) A nomeação de alguém, por gestor público federal, para determinado cargo de provimento em comissão somente poderá ser considerada definitiva se o Tribunal de Contas da União apreciar, aprovar e registrar tal ato. Comentário: De acordo com o art. 71, III da CF/88, com pete ao TCU apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admiss ão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão. Gabarito: Errada 25. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) A ação civil pública é instrumento válido de controle judicial da atividade administrativa. Comentário: Como instrumentos de controle judicial da ati vidade administrativa, podemos mencionar a ação civil pública , a ação popular e o mandado de segurança (individual e coletivo). Gabarito: Certo 26. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) No controle judicial da atividade administrativa, notadamente no que se refere às políticas públicas, devem-se observar limites que impeçam uma substituição do administrador pelo julgador, especialmente no que envolva a discricionariedade. Comentário: O controle judicial, em essência, é um con trole de legalidade, não podendo adentrar no mérito das políticas públicas, cuja definição se insere no âmbito da discricionariedade da função administrativ a. A substituição do administrador pelo julgador caracteriza indevida inob servância do princípio da separação entre os Poderes. Gabarito: Certo 27. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) O controle interno instituído pela Constituição Federal de 1988 foi mais um instrumento para a garantia da legalidade das ações nos órgãos e nas entidades da administração pública federal. Comentário: A Constituição Federal, basicamente, institui u dois sistemas de controle da Administração Pública: o sistema de controle externo (art. 71) – 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 42 exercido pelo Poder Legislativo com o auxílio do Trib unal de Contas – e o sistema de controle interno (art. 74) – mantido de forma integrada por cada Poder. Gabarito: Certa 28. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Caso o ato administrativo apresente vício, o Poder Judiciário, quando for provocado, poderá anulá-lo, com efeitos ex tunc, ou revogá-lo, com efeitos ex nunc. Comentário: Como o controle judicial é um controle de l egalidade, ele só pode resultar na anulação dos atos ilegais, jamais na revogação dos atos inoportunos e inconvenientes, pois isso caracteriza con trole de mérito , insuscetível de ser praticado pelo Judiciário. Gabarito: Errada 29. (CESPE – Auditor – TCE/SC 2016) O Tribunal de Contas de determinado estado da Federação, ao analisar as contas prestadas anualmente pelo governador do estado, verificou que empresa de publicidade foi contratada, mediante inexigibilidade de licitação, para divulgar ações do governo. Na campanha publicitária promovida pela empresa contratada, constavam nomes, símbolos e imagens que promoviam a figura do governador, que, em razão destes fatos, foi intimado por Whatsapp para apresentar defesa. Na data de visualização da intimação, a referida autoridade encaminhou resposta, via Whatsapp, declarando-se ciente. Ao final do procedimento, o Tribunal de Contas não acolheu a defesa do governador e julgou irregular a prestação de contas. A partir da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. O julgamento proferido pelo Tribunal de Contas é nulo, por incompetência. Comentário: A competência para julgar as contas de gove rno apresentadas pelos chefes do Poder Executivo é do Poder Legislativo correspondente. No caso, as contas do Governador deveriam ser julgadas pela Assembleia Legislativa do Estado , e não pelo Tribunal de Contas. Em relação às contas dos chefes do Executivo, compete ao Tribunal de Contas apena s a emissão de parecer prévio , que subsidia o julgamento a cargo do Legislativo, n os termos do art. 71, I da CF. Gabarito: Certa 30. (CESPE – Auditor – TCE/SC 2016) As contas de toda e qualquer entidade da administração indireta, independentemente de seu objeto e de sua forma jurídica, estão sujeitas ao julgamento do tribunal de contas, inclusive ao procedimento de tomada de contas especial, aplicável a quem deu causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. 13888370728 - Oseas ferreira 3 Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 42 Comentário: O quesito está correto, conforme o art. 71, II da CF: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federa l, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade d e que resulte prejuízo ao erário público ; Note que a CF não faz qualquer distinção em relação ao objeto ou à forma jurídica da entidade da administração indireta. Assim, os gestores de qualquer entidade administrativa (autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista) estão sujeitos ao julga mento do Tribunal de Contas, tanto no que se refere às contas anuais ordinári as da entidade, como às tomadas de contas especiais, instauradas na hipótese de perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erári o. Gabarito: Certa 31. (CESPE – Assessor Jurídico – TCE/RN 2015) O controle da administração pública pela via da ação popular autoriza a condenação do agente público a ressarcir valores ao erário quando, a despeitode falta de comprovação, for possível presumir lesão oriunda do ato por aquele praticado. Comentário: A ação popular é preponderantemente desconstitutiva e subsidiariamente condenatória . Significa que, pela ação popular, o cidadão demandará do Judiciário a anulação do ato lesivo (sentença desconstitutiva) e, subsidiariamente, a sentença poderá, ainda, resultar n a condenação dos responsáveis ao pagamento de eventuais perdas e danos comprovados no processo, bem como na restituição de bens e valores i ndevidamente obtidos (sentença condenatória). O erro do item é que, para que o réu seja condenado a ressarcir ao erário, deve haver a efetiva comprovação do dano, e não apenas a presunção. Gabarito: Errada 32. (CESPE – Inspetor – TCE/RN 2015) Situação hipotética : Foi constatado um superfaturamento para a realização de concurso público para a contratação de empregados de uma sociedade de economia mista. Assertiva : Nessa situação, ainda que possuísse personalidade jurídica de direito privado, a referida sociedade estaria sujeita ao controle pelo respectivo tribunal de contas. Comentário: As sociedades de economia mista, assim com o qualquer outra entidade da administração indireta, estão sujeitas ao controle do respectivo tribunal de contas, uma vez que o Poder Públic o possui participação 13888370728 - Oseas ferreira b Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 42 majoritária na formação de seu capital. Portanto, o fator p reponderante para atrair a jurisdição do Tribunal de Contas não é a natu reza da personalidade jurídica da entidade – se de direito público ou de direito privado – e sim a presença majoritária de recursos públicos na formação do seu capital. Gabarito: Certa 33. (CESPE – Auditor – TCE/RN 2015) Na análise de contas de determinado estado da Federação no ano de 2012, o corpo técnico do tribunal de contas estadual (TCE) deparou-se com erro de cálculo de reajuste de precatório e outras possíveis irregularidades. O referido precatório foi reajustado de R$ 17 milhões, montante da dívida calculado em 1997, para R$ 165 milhões, em 2010. O refazimento do cálculo foi determinado pelo presidente do tribunal, mas o precatório não sofreu qualquer impugnação, mesmo diante do reajuste de mais de 1.000%. Por fim, foi selado termo de compromisso judicial para o pagamento parcelado de R$ 85 milhões, o que ainda representava um reajuste superior a 500% do valor original. Ocorre que, segundo os cálculos realizados pelo TCE, o reajuste aplicado ao valor original alcançaria o montante de R$ 72 milhões em lugar dos R$ 165 milhões apontados pelo setor de precatórios do respectivo tribunal de justiça. A situação foi levada para o pleno do referido TCE para análise e decisão. De acordo com a situação hipotética acima, julgue o seguinte item. O TCE, nas suas ações de controle, não tem legitimidade para suspender o pagamento, pois precatórios decorrem de decisão judicial, e a sua suspensão pelo TCE ofenderia o princípio de separação dos poderes. Comentário: O pagamento de precatórios por parte do Pode r Judiciário é atividade inserida na função administrativa exercida de forma atípica por este Poder, estando, assim, na esfera do controle orçamentári o e financeiro exercido pelo Tribunal de Contas. Como não se trata de exercíci o da função jurisdicional pelo Judiciário (e sim da função administrativa) não há ofensa ao princípio de separação de poderes. Gabarito: Errada 34. (CESPE – Advogado da União – AGU 2015) Em consonância com o entendimento do STF, os serviços sociais autônomos estão sujeitos ao controle finalístico do TCU no que se refere à aplicação de recursos públicos recebidos. Comentário: De fato, os serviços sociais autônomos (ex: SESI , SENAC, SENAI) estão sujeitos ao controle finalístico do TCU, uma v ez que as atividades desses serviços são custeadas por contribuições parafiscais arrecadadas de maneira compulsória dos respectivos contribuintes, razã o pela qual são consideradas recursos de natureza pública. Gabarito: Certa 13888370728 - Oseas ferreira 4 Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 42 35. (CESPE – Analista – STJ 2015) A possibilidade de convocação, por qualquer das casas do Congresso Nacional, de titulares de órgãos subordinados à Presidência da República ilustra o controle político da administração pública, que abrange tanto aspectos de legalidade quanto de mérito. Comentário: O Congresso Nacional, diretamente ou por in termédio de suas Casas e comissões, possui competências próprias rela cionadas ao controle legislativo de caráter político da Administração Pública . Uma dessas competências está prevista no art. Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. (...) § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições; Gabarito: Certa 36. (CESPE – Técnico – MPOG 2015) Os casos de controle legislativo sobre o Poder Executivo devem estar dispostos na Constituição Federal, pois constituem exceções ao princípio constitucional da separação de poderes, razão pela qual não se admite a sua ampliação por legislação infraconstitucional. Comentário: O controle externo que o Poder Legislativo e xerce sobre o Poder Executivo está previsto na Constituição Federal (arts. 70 e 71). E não poderia ser diferente, uma vez que esse controle constitu i um dos mecanismos de freios e contrapesos que nossa Constituição estabelec eu para assegurar a separação dos Poderes e, ao mesmo tempo, evitar que um deles se sobressaia sobre os demais. Gabarito: Certa 37. (CESPE – Técnico – MPOG 2015) O controle interno deriva do poder de autotutela que a administração tem sobre seus próprios atos e agentes. Comentário: O controle interno constitui uma das expressõ es do poder de autotutela que a Administração Pública exerce sobre seus próprios atos, que a permite anular os atos ilegais e revogar os inoportuno s e inconvenientes. Gabarito: Certa 38. (CESPE – Analista – MPOG 2015) O direito de a administração anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, implica a desnecessidade de garantir o contraditório e a ampla defesa ao terceiro prejudicado. 13888370728 - Oseas ferreira 7 Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 42 Comentário: Qualquer ato administrativo que prejudique o interesse de alguém deverá ser precedido do contraditório e da am pla defesa, inclusive os atos dos quais resultem a anulação de outros atos ilega is. Gabarito: Errada 39. (CESPE – Analista – MPOG 2015) Em relação ao controle administrativo, julgue o item subsequente. O controle interno pode ser definido como o exercido no âmbito do mesmo Poder, ainda que por órgão diverso daquele que sofra a correição. Comentário: Uma definição amplamente aceita para controle interno é aquela que o define como o controle exercido no âmbito de um mesmo Poder , ainda que por órgão diverso. Seria o caso, por exemp lo, do controle exercido pela Controladoria-Geral da União sobre os Ministério s do Poder Executivo. Tanto a CGU como os Ministérios estão dentro da estrutur a do Poder Executivo, razão pela qual estamos diante de um caso de controle i nterno. Gabarito: Certa 40. (CESPE – Auditor – FUB 2015) É incabível a ação popular em modalidade preventiva, exigindo-se, para seu cabimento, lesão efetivamente já ocorrida. Comentário: A questão está errada. A ação popular poder á serpreventiva – quando for ajuizada antes da prática do ato lesivo, co m o fim de evita-lo – ou repressiva – quando o intuito da ação for a anulação do ato lesivo já praticado. Gabarito: Errada 41. (CESPE – Auditor – FUB 2015) No mandado de segurança impetrado em razão de omissão do poder público, a autoridade coatora deve ser aquela competente para rever ou corrigir o ato que deveria ter sido praticado. Comentário : A autoridade coatora (quem responderá no MS), é a pess oa responsável pela prática do ato que está sendo impugna do no mandado de segurança, o polo passivo da ação. Como destacado na CF, a autoridad e impetrada deve ser agente público ou agente de pessoa jurídica privada no exercício de atribuições do Poder Público. No caso de omissão, o MS deve ser impetrado contra a autoridade que detinha a competência para praticar o ato e não o praticou. Gabarito: Errada 42. (Cespe – TRT2 – Juiz – 2013) À luz da lei e da jurisprudência dominante nos tribunais superiores, assinale a opção correta a respeito do controle da administração pública. 13888370728 - Oseas ferreira 9 Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 42 a) Salvo disposição legal específica, é de cinco dias o prazo para a interposição de recurso administrativo. b) Prescreve em cinco anos, contados da data do ilícito ambiental, a pretensão da administração pública de promover a execução de multa por infração ambiental. c) O MP não tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio público. d) Segundo a jurisprudência do STF, é pacífico que o TCU, no exercício da competência de controle externo da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadorias, reformas e pensões, não se submete ao prazo decadencial estabelecido na Lei n.o 9.784/1999, iniciando-se o prazo quinquenal somente após a publicação do registro na imprensa oficial. e) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito, devendo ele ser interposto perante a autoridade imediatamente superior à que tiver proferido a decisão recorrida, a qual poderá, se entender necessário, dar vistas dos autos à autoridade que proferiu a decisão, a qual poderá se retratar no prazo de cinco dias. Comentário: Vamos analisar cada alternativa: a) ERRADA. Na esfera federal, o prazo para interposição de recurso administrativo é de dez dias , conforme o art. 59 da Lei 9.784/99: Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida. b) ERRADA. Item bastante específico, retirado da Súmula 4 67 do STJ: Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo , a pretensão da Administração Pública de promover a execução da multa por infração ambiental. Portanto, o erro é que o prazo prescricional é contado do término do processo administrativo, e não da data do ilícito. c) ERRADA. O MP não tem legitimidade para propor ação popular . Já a ação civil pública é sim da competência do MP, conforme art. 129 da Constitu ição: Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: III - promover o inquérito civil e a ação civil pública , para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; d) CERTA. Segundo a jurisprudência do STF, o ato de con cessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão é um ato administrativo complexo , que só se aperfeiçoa com o registro no Tribunal de Contas. Assim , antes do registro não 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 42 há ato completo, acabado, razão pela qual não há que s e falar em incidência do prazo decadencial. Tal prazo só começa a contar a parti r do registro. Dessa forma, a manifestação do TCU – frisa-se, necessária para o aperfeiçoamento do ato – não se sujeita a prescrição, vale dizer, o TCU pode analisar a legalidade do ato para fins de registro a qualquer tempo . O único detalhe é que, se transcorrer período superior a cinco anos desde a entrada do ato no TCU até a sua apreciação, o beneficiário da aposentadoria, reforma o u pensão deverá ser ouvido caso a decisão do Tribunal venha a lhe preju dicar. Ressalte-se, contudo, que esse prazo de cinco anos não é prescricional, e sim um prazo razoável estabelecido pelo STF para o TCU apreciar o ato. e) ERRADA. O recurso será dirigido à autoridade que p roferiu a decisão (pedido de reconsideração), e não à autoridade superio r. Apenas se o autor da decisão recorrida não a reconsiderar é que o pleito será dirigido à consideração superior. Gabarito: alternativa “d” 43. (Cespe – MPTCE/PB 2014) Acerca do controle da administração pública, assinale a opção correta. a) O TCU exerce uma função não judicial quando julga as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos, nos processos de tomada e prestação de contas anual. b) O sistema de controle da administração pública veda a aplicação da accountability devido à inexistência de previsão legal para tal aplicação. c) O controle da edição do ato administrativo deve ser sempre posterior à sua edição, quando este relacionar-se à aplicação de recursos públicos. d) Na estrutura do sistema de controle da administração pública federal, a CGU, órgão de controle interno, é subordinada ao TCU, órgão de controle externo. e) O tribunal de contas do estado está subordinado ao Poder Legislativo estadual, em decorrência de delegação da própria CF e ratificação da constituição estadual. Comentários: Vamos analisar cada alternativa: a) CERTA. Existe certa polêmica na discussão sobre se o TCU exerce ou não função judicial ou jurisdicional, com caráter de definitividade (coisa julgada). A posição doutrinária e jurisprudencial dom inante, contudo, é que o Tribunal não exerce função judicial com força de coisa julgada, u ma vez que em nosso ordenamento jurídico impera o princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional , ou sistema de jurisdição uma , no qual qualquer lesão ou ameaça a direito poderá ser levada à apreciação do Poder Jud iciário. Aliás, vale relembrar que o Tribunal de Contas é um órgão de natureza administrativa , e 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 42 não um órgão judicial. A polêmica existe porque o ar t. 71, II da CF atribui ao TCU competência para “julgar” as contas dos administradores públicos (daí é que se diz que o TCU exerce “função judicante”). Trata-se de competência própria e privativa da Corte de Contas, que não poderá ser exerc ida nem mesmo pelo Poder Judiciário. Este, em homenagem ao princípio da i nafastabilidade da tutela jurisdicional, apenas aprecia as formalidades da dec isão e só pode se pronunciar em caso de manifesta ilegalidade, mas nunc a para julgar as contas no lugar do TCU, e sim para anular a decisão do Tribunal. Se isso ocorrer, as contas devem ser submetidas a novo julgamento pelo TCU . b) ERRADA. Accountability , de forma rápida, significa “prestar contas”. O dever de prestar contas, ao contrário do que afirma a a ssertiva, está previsto de forma expressa na Constituição Federal (art. 70, parágra fo único): Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. c) ERRADA. O controle pode ser prévio , concomitante ou posterior à prática dos atos administrativos.d) ERRADA. Os órgãos de controle interno não são subor dinados aos órgãos de controle externo. Por conseguinte, a CGU (atual MTFC) não é subordinada ao TCU, embora o controle interno tenha a missão constitucional de apoiar o controle externo no exercício de sua miss ão institucional. Entre eles há complementariedade. e) ERRADA. Os tribunais de contas, em qualquer nível fe derativo, são órgãos autônomos e independentes , não subordinados ao Poder Legislativo e nem mesmo a outro órgão ou Poder. Gabarito: alternativa “a” 44. (Cespe – TCE/AC 2009) Em conformidade com a CF, os atos relacionados a pessoal que são apreciados pelo TCU para fins de registro ou reexame não incluem: a) a admissão de pessoal nas empresas públicas. b) a admissão de pessoal nas fundações instituídas e mantidas pelo poder público. c) as nomeações para cargo de provimento em comissão na administração direta. d) a concessão inicial de pensão. e) as melhorias posteriores em aposentadorias que tenham alterado o fundamento legal da concessão inicial. Comentário: A CF atribuiu ao TCU a competência para apr eciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pes soal, a qualquer título , na 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 42 administração direta e indireta (CF, art. 71, III), incluídas então as empresas públicas (letra “a”) e as fundações instituídas e mantidas pelo poder público (letra “b”). Ainda que os servidores dessas entidades se submetam ao regime celetista, somente podem ser admitidos mediante concurso público. A única exceção em relação aos atos de admissão refere-se às nomeações para cargo de provimento em comissão (letra “c”), que são de livre nomeação e exoneração. Portanto, a alternativa “c” é a resposta da questão. Em relação às concessões de aposentadorias, reformas e pensões, os atos apreciados pelo TCU para fins de registro compreendem as concessões iniciais (letra “d”), assim como as melhorias posteriores que tenham alterado o fundamento legal da concessão inicial (letra “e”). A exceção, no caso, são as melhorias posteriores que não tenham alterado o fundamento legal, assim como as concessões que se submetem ao Regime Geral de Prev idência Social (empregados públicos). Gabarito: alternativa “c” 45. (Cespe – MPTCE/PB 2014) No exercício do controle político da administração pública, compete a) às CPIs apurar irregularidades e determinar sanções. b) ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar, sustando, se for o caso, seus efeitos independentemente de prévia manifestação do Poder Judiciário. c) ao Senado Federal ou à Câmara dos Deputados — excetuadas suas comissões — convocar titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República. d) privativamente ao Congresso Nacional e ao Senado Federal apreciar, a priori, os atos do Poder Executivo. e) ao Senado Federal dispor, por proposta do presidente da República, sobre limites globais e condições para a operação de créditos externo e interno da União, dos estados, dos municípios e do DF, exceto das autarquias. Comentários: Vamos analisar cada alternativa: a) ERRADA. As CPIs apuram irregularidades, mas não de terminam sanções. Suas conclusões, se for o caso, devem ser en caminhadas ao Ministério Público, para que o órgão promova a respon sabilidade civil ou criminal dos infratores (CF, art. 58, §3º). b) CERTA, nos termos do art. 49, V da CF: Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional : 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 42 V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do pode r regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; Como é competência exclusiva do Congresso Nacional, a sustação independe de manifestação prévia do Poder Judiciário. c) ERRADA. Nos termos do art. 50 da CF: Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal , ou qualquer de suas Comissões , poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. Portanto, qualquer comissão da Câmara e do Senado tamb ém pode convocar titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República, daí o erro. d) ERRADA. Alternativa confusa, mas, como a opção “b” é manifestamente correta, então esta só pode estar errada. E, de fato, é i sso mesmo. Em regra, a Casa que aprecia atos do Poder Executivo a priori é o Se nado Federal, especialmente quando aprova previamente a escolha de autoridades (CF, art. 52, III e IV) e autoriza operações de crédito externas (C F, art. 52, V). Mas nada impede que o Congresso Nacional ou a Câmara dos Dep utados também o façam. Por exemplo, o próprio art. 49, XVI estabelece que é com petência exclusiva do Congresso Nacional “aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras púb licas com área superior a dois mil e quinhentos hectares”. Ademais, é da competência do Congresso Nacional, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta (CF, art. 49, X), controle que pode ser desenvolvida de forma prévia, concomitante ou posterior. e) ERRADA, pois o Senado também dispõe sobre limites gl obais e condições para as operações de crédito das autarquias , nos termos do art. 52, VII da CF: Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal; Gabarito: alternativa “b” 46. (Cespe – Auditor TCE/PR 2016) Acerca da fiscalização contábil, financeira e orçamentária e dos tribunais de contas, assinale a opção correta. 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 42 A) Compete ao TCU fiscalizar a aplicação de recursos repassados pela União aos estados ou municípios, quando decorrentes da participação ou compensação no resultado da exploração de petróleo, xisto betuminoso e gás natural. B) A Controladoria-Geral da União exerce, juntamente com o TCU, o controle externo do Poder Executivo. C) Compete ao TCU examinar, previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo poder público. D) Não violará a CF a previsão contida em Constituição estadual que confira competência exclusiva à assembleia legislativa para fiscalizar as contas do respectivo tribunal de contas. E) Compete ao tribunal de contas fiscalizar a administração direta, autárquica ou fundacional, mas não as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Comentário: a) ERRADA. Os recursos decorrentes da participação ou c ompensação no resultado da exploração de petróleo, xisto betuminoso e gás natural não são federais , mas apenas são arrecadados pela União e repassado s aos verdadeiros donos, os Estados e Municípios. Logo, a fiscalização da aplicação desses recursos compete aos respectivos tribunais de contas estaduais e municipais , e não ao TCU. b) ERRADA. A CGU é órgão de controle interno, e não de controle externo. c) ERRADA. O TCU não tem competência para exercer controle prévio em relação à validade de contratos administrativos, como c ondição para a eficácia desses ajustes. d) CERTA. Trata-se de entendimento pacificado na jurispru dência do STF(ver ADI 1.178-8/DF). e) ERRADA. O Tribunal de Contas tem sim competência para fiscalizar as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Gabarito: alternativa “d” 47. (Cespe – MDIC 2014) As formas de controle interno na administração pública incluem o controle ministerial, exercido pelos ministérios sobre os órgãos de sua estrutura interna, e a supervisão ministerial, exercida por determinado ministério sobre as entidades da administração indireta a ele vinculadas. Comentário: Questão bastante polêmica. A meu ver, para estar correta, sem dúvida alguma, a expressão “controle interno” deveria ser substituída por “controle administrativo ”. Com efeito, conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro, o controle administrativo abrange a supervisão ministeria l exercida sobre os órgãos da Administração Direta (espécie de controle inte rno, fundamentada no poder de autotutela ), assim como a supervisão ministerial exercida sobre as 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 42 entidades da Administração Indireta (espécie de controle externo , fundamentada no poder de tutela ). A polêmica da questão reside, portanto, em classificar a tutela como uma espécie de controle “interno ”, classificação que não encontra eco na doutrina majoritária. De fato, além de Di Pietro, Carvalho Filho também entende que a tutela consiste em controle e xterno. Já Celso Antônio Bandeira de Mello diz que se trata de um controle “interno-exterior”, ou seja, nem um nem outro. O próprio Cespe, em questões anteriores, já consider ou correta a afirmativa de que a tutela é um controle externo. Vejamos: (Cespe - TCE/RN 2009) Com referência ao controle externo e ao Poder Legislativo do estado e dos municípios, julgue o item a seguir: entre os vários critérios adotados para classificar as modalidades de controle, destaca-se o que o distingue entre interno e externo, dependendo de o órgão que o exerça integrar ou não a própria estrutura em que se insere o órgão controlado. Nesse sentido, o controle externo é exercido por um poder sobre o outro, ou pela administração direta sobre a indireta . Gabarito: Certo (Cespe – DP/RR 2013) Assinale a opção correta quanto ao controle da administração pública. d) O controle exercido pela administração direta sobre as autarquias é finalístico, externo e administrativo e não se baseia na subordinação hierárquica. Gabarito: alternativa “d” Portanto, a meu ver, a questão deveria ser considerada “Errada” ou, no mínimo, anulada. Ressalte-se que, só por essa questão , não dá para concluir que o Cespe mudou seu entendimento a respeito do assun to, até porque a doutrina continua a mesma. Em questões futuras, acho ma is prudente continuar considerando que a tutela é um controle externo. Gabarito: Certo 48. (Cespe – PM/CE 2014) Considera-se controle por vinculação o poder de fiscalização e correção que os órgãos da administração centralizada exercem sobre as pessoas jurídicas que integram a administração indireta. Comentário: Entre os Ministérios da Administração Direta e as entidades da Administração Indireta não há hierarquia, mas apen as vinculação . Daí porque a supervisão ministerial sobre as entidades da Admini stração Indireta também é chamada de controle por vinculação , de caráter finalístico, que busca assegurar que as entidades cumpram os objetivos para os quais foram criadas, sem prejuízo da sua autonomia característica. Gabarito: Certo 49. (Cespe – PM/CE 2014) O controle administrativo sobre os órgãos da administração direta é um controle interno, que permite à administração pública anular 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 42 os próprios atos, quando ilegais, ou revogá-los, quando inoportunos ou inconvenientes. Comentário: De fato, o controle administrativo sobre os ór gãos da administração direta é um controle interno, pois é a pr ópria administração direta exercendo controle sobre si mesma, no exercício do p oder de autotutela. É o que ocorre, por exemplo, quando um Ministro de Estado anula um ato ilegal ou revoga um ato inoportuno e inconveniente praticado por um servidor subordinado ao Ministério. Gabarito: Certo 50. (Cespe – TCDF 2014) Na esfera federal, o controle administrativo é identificado com a supervisão ministerial, que, no caso da administração indireta, caracteriza a tutela. A sua autonomia, estabelecida nas próprias leis instituidoras, deve ser assegurada, sem prejuízo da fiscalização na aplicação da receita pública e da atenção com a eficiência e a eficácia no desempenho da administração. Comentário: Conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro, o con trole administrativo abrange a supervisão ministerial exerci da sobre os órgãos da Administração Direta (espécie de controle interno, fundam entada no poder de autotutela ), assim como a supervisão ministerial exercida sobre as entidades da Administração Indireta (espécie de controle externo, fund amentada no poder de tutela ). Ressalte-se que a tutela, como bem afirma o quesito, n ão retira a autonomia das entidades da Administração Indireta, muit o pelo contrário, serve para assegurar essa autonomia. Gabarito: Certo 51. (Cespe – Polícia Federal 2014) Recursos administrativos são todos os meios utilizáveis pelos administrados para provocar o reexame do ato administrativo pela administração pública e, pelo fato de o processo administrativo ter impulsão de ofício, tais recursos não podem ter efeito suspensivo em hipótese alguma. Comentário: O recurso administrativo é apenas um dos m eios pelos quais o administrado pode provocar o reexame de ato adminis trativo pela Administração Pública. Outro instituto que possui a mesm a finalidade é o pedido de reconsideração. A questão também erra ao afi rmar que os recursos administrativos não podem ter efeito suspensivo em hipóte se alguma. Segundo o art. 61 da Lei 9.784/99, “salvo disposição legal em contrário , o recurso não tem efeito suspensivo”. Ou seja, a lei pode conferir efeito suspensivo ao recu rso administrativo. Ademais, conforme o parágrafo único do art. 61 da mesma Lei 9.784/99, a autoridade competente (ou aquela imediatamen te superior) para apreciação do recurso administrativo poderá , de ofício ou a pedido , de modo 13888370728 - Oseas ferreira Direito Administrativo - CESPE 1000 Questões Comentadas Prof. Erick Alves ʹ Aula 11 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 42 excepcional , conceder efeito suspensivo ao expediente recursal, s e houver justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparaç ão decorrente da decisão recorrida. Gabarito: Errado 52. (Cespe – MPTCDF 2013) As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, poderão, por autoridade própria, determinar a busca e apreensão domiciliar de documentos. Comentários: De fato, segundo o art. 58, §3º da CF, as comissões parlamentares de inquérito (CPI) possuem poderes de inve stigação próprios das autoridades judiciais, podendo, dentre outros, determin ar a quebra do sigilo bancário e fiscal de pessoas investigadas. Contudo, a s CPI não podem, por autoridade própria, determinar a busca e apreensão do miciliar de documentos. Para fazer isso, as CPI necessitam de autorização judicial . Outras medidas que as CPI não podem adotar sem autorização judicial são: d eterminar medidas processuais de garantia, tais como sequestro e indispo nibilidade de bens; impedir que pessoa saia do país ou apreender passap orte; determinar a quebra do sigilo telefônico para ter acesso ao conteúdo das co nversas (a quebra do sigilo telefônico pelas CPI se limita ao acesso à lista dos números chamados/recebidos). Gabarito: