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Aula 11
1000 Questões de Direito Administrativo - Banca CESPE
Professor: Erick Alves
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Olá pessoal! 
Na aula de hoje iremos comentar questões sobre Controle da 
Administração Pública. 
Seguiremos o seguinte sumário: 
SUMÁRIO 
Lista de questões ............................................................................................................................................................... 3 
Questões comentadas .................................................................................................................................................. 11 
Gabarito ............................................................................................................................................................................... 37 
RESUMÃO DA AULA ................................................................................................................................................ 38 
 
Vamos então? 
 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
1. (CESPE – Professor – SEDF 2017) O poder de fiscalização que a Secretaria de 
Estado de Educação do DF exerce sobre fundação a ela vinculada configura controle 
administrativo por subordinação. 
2. (CESPE – Professor – SEDF 2017) É garantido ao Poder Judiciário o controle de 
mérito administrativo dos atos administrativos, pois lesão ou ameaça a direito não 
podem ser excluídas da apreciação de juiz. 
3. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) A administração possui prerrogativas não 
extensíveis às relações privadas, mas sua liberdade de ação encontra-se sujeita a 
maiores restrições se comparada à dos atos praticados por particulares em suas 
relações. 
4. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) Uma ação ou omissão que, submetida a 
controle administrativo quanto à legalidade, seja considerada correta não poderá ser 
submetida a nenhuma outra medida de controle administrativo. 
5. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) O controle judicial pode incidir sobre atividades 
administrativas realizadas em todos os poderes do Estado. 
6. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) As comissões parlamentares 
de inquérito são instrumentos de controle externo destinados a investigar fato 
determinado em prazo determinado, mas desprovidos de poder condenatório. 
7. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) A CF atribui ao TCU a 
competência para a apreciação dos atos de concessão e renovação de concessão de 
emissoras de rádio e televisão. 
8. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) O controle administrativo 
interno é cabível apenas em relação a atividades de natureza administrativa, mesmo 
quando exercido no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário. 
9. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) O CNJ é órgão externo de 
controle administrativo, financeiro e disciplinar do Poder Judiciário. 
10. (CESPE – Analista – FUNPRESP-JUD 2016) Na administração pública, uma 
forma de controle é o sistema de freios e contrapesos, cuja principal característica é 
a divisão e a independência dos poderes da União. 
11. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O órgão de controle administrativo que decidir 
pelo cancelamento de ato válido, em virtude de considerações de natureza 
administrativa, deverá realizá-lo por meio de ato de anulação. 
12. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O sistema de contencioso administrativo 
ocorre no âmbito de tribunais de competência especializada que não integram a 
estrutura do Poder Judiciário, cujas sentenças são dotadas de força de coisa julgada. 
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13. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Recursos administrativos constituem meios 
hábeis para propiciar o reexame de decisão interna de um órgão da administração por 
órgão correspondente de outro Poder ou de outra esfera. 
14. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle exercido sobre as entidades da 
administração indireta é de caráter essencialmente finalístico, pois elas não estão 
sujeitas à subordinação hierárquica, embora tenham de se enquadrar nas políticas 
governamentais e atuar em consonância com as disposições de seus estatutos. 
15. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O tribunal de contas que executar atividades 
de fiscalização sobre os atos de gestão financeira da administração pública exercerá 
sua função jurisdicional. 
16. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Na administração pública, o controle interno 
deve restringir-se à fiscalização contábil, financeira e orçamentária. 
17. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle interno situa-se no âmbito do 
controle administrativo e é exercido, em cada Poder, sobre seus próprios órgãos e 
entidades. Qualquer irregularidade que seja detectada e não comunicada ao 
respectivo tribunal de contas acarreta pena de responsabilidade solidária. 
18. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O Poder Legislativo, por exercer, nos limites 
da Constituição Federal de 1988, controle sobre os demais Poderes, inclusive sobre 
o Poder Judiciário, quando este executa função administrativa, tem a prerrogativa de 
sustar atos normativos do Executivo e do Judiciário, quando exorbitem do poder 
regulamentar ou dos limites da delegação legislativa. 
19. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) A função fiscalizatória exercida pelos tribunais 
de contas dos estados constitui uma expressão de controle do Poder Legislativo sobre 
os atos da administração pública. 
20. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Os pareceres e as notas técnicas são 
expressões da fase do processo administrativo denominada fase dispositiva ou de 
julgamento. 
21. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Exercerá controle do tipo legislativo 
determinada casa legislativa que anular ato executado por uma de suas unidades 
gestoras. 
22. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) No caso de serviços públicos prestados por 
meio de contratos de concessão, os tribunais de contas têm competência 
constitucional para fiscalizar a atividade financeira e operacional das empresas 
concessionárias. 
23. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle exercido pelos tribunais de contas 
sobre as casas legislativas é considerado controle interno, haja vista a posição dos 
tribunais de contas no âmbito do Poder Legislativo. 
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24. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) A nomeação de alguém, por gestor público 
federal, para determinado cargo de provimento em comissão somente poderá ser 
considerada definitiva se o Tribunal de Contas da União apreciar, aprovar e registrar 
tal ato. 
25. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) A ação civil pública é instrumento válido de 
controle judicial da atividade administrativa. 
26. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) No controle judicial da atividade 
administrativa, notadamente no que se refere às políticaspúblicas, devem-se observar 
limites que impeçam uma substituição do administrador pelo julgador, especialmente 
no que envolva a discricionariedade. 
27. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) O controle interno instituído pela Constituição 
Federal de 1988 foi mais um instrumento para a garantia da legalidade das ações nos 
órgãos e nas entidades da administração pública federal. 
28. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Caso o ato administrativo apresente vício, o 
Poder Judiciário, quando for provocado, poderá anulá-lo, com efeitos ex tunc, ou 
revogá-lo, com efeitos ex nunc. 
29. (CESPE – Auditor – TCE/SC 2016) O Tribunal de Contas de determinado estado 
da Federação, ao analisar as contas prestadas anualmente pelo governador do 
estado, verificou que empresa de publicidade foi contratada, mediante inexigibilidade 
de licitação, para divulgar ações do governo. Na campanha publicitária promovida pela 
empresa contratada, constavam nomes, símbolos e imagens que promoviam a figura 
do governador, que, em razão destes fatos, foi intimado por Whatsapp para apresentar 
defesa. Na data de visualização da intimação, a referida autoridade encaminhou 
resposta, via Whatsapp, declarando-se ciente. Ao final do procedimento, o Tribunal 
de Contas não acolheu a defesa do governador e julgou irregular a prestação de 
contas. 
A partir da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. 
O julgamento proferido pelo Tribunal de Contas é nulo, por incompetência. 
30. (CESPE – Auditor – TCE/SC 2016) As contas de toda e qualquer entidade da 
administração indireta, independentemente de seu objeto e de sua forma jurídica, 
estão sujeitas ao julgamento do tribunal de contas, inclusive ao procedimento de 
tomada de contas especial, aplicável a quem deu causa a perda, extravio ou outra 
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. 
31. (CESPE – Assessor Jurídico – TCE/RN 2015) O controle da administração 
pública pela via da ação popular autoriza a condenação do agente público a ressarcir 
valores ao erário quando, a despeito de falta de comprovação, for possível presumir 
lesão oriunda do ato por aquele praticado. 
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32. (CESPE – Inspetor – TCE/RN 2015) Situação hipotética : Foi constatado um 
superfaturamento para a realização de concurso público para a contratação de 
empregados de uma sociedade de economia mista. 
Assertiva : Nessa situação, ainda que possuísse personalidade jurídica de direito 
privado, a referida sociedade estaria sujeita ao controle pelo respectivo tribunal de 
contas. 
33. (CESPE – Auditor – TCE/RN 2015) Na análise de contas de determinado estado 
da Federação no ano de 2012, o corpo técnico do tribunal de contas estadual (TCE) 
deparou-se com erro de cálculo de reajuste de precatório e outras possíveis 
irregularidades. O referido precatório foi reajustado de R$ 17 milhões, montante da 
dívida calculado em 1997, para R$ 165 milhões, em 2010. O refazimento do cálculo 
foi determinado pelo presidente do tribunal, mas o precatório não sofreu qualquer 
impugnação, mesmo diante do reajuste de mais de 1.000%. Por fim, foi selado termo 
de compromisso judicial para o pagamento parcelado de R$ 85 milhões, o que 
ainda representava um reajuste superior a 500% do valor original. Ocorre que, 
segundo os cálculos realizados pelo TCE, o reajuste aplicado ao valor original 
alcançaria o montante de R$ 72 milhões em lugar dos R$ 165 milhões apontados pelo 
setor de precatórios do respectivo tribunal de justiça. A situação foi levada para o 
pleno do referido TCE para análise e decisão. 
De acordo com a situação hipotética acima, julgue o seguinte item. 
O TCE, nas suas ações de controle, não tem legitimidade para suspender o 
pagamento, pois precatórios decorrem de decisão judicial, e a sua suspensão pelo 
TCE ofenderia o princípio de separação dos poderes. 
34. (CESPE – Advogado da União – AGU 2015) Em consonância com o 
entendimento do STF, os serviços sociais autônomos estão sujeitos ao controle 
finalístico do TCU no que se refere à aplicação de recursos públicos recebidos. 
35. (CESPE – Analista – STJ 2015) A possibilidade de convocação, por qualquer 
das casas do Congresso Nacional, de titulares de órgãos subordinados à Presidência 
da República ilustra o controle político da administração pública, que abrange tanto 
aspectos de legalidade quanto de mérito. 
36. (CESPE – Técnico – MPOG 2015) Os casos de controle legislativo sobre o Poder 
Executivo devem estar dispostos na Constituição Federal, pois constituem exceções 
ao princípio constitucional da separação de poderes, razão pela qual não se admite a 
sua ampliação por legislação infraconstitucional. 
37. (CESPE – Técnico – MPOG 2015) O controle interno deriva do poder de 
autotutela que a administração tem sobre seus próprios atos e agentes. 
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38. (CESPE – Analista – MPOG 2015) O direito de a administração anular seus 
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, implica a 
desnecessidade de garantir o contraditório e a ampla defesa ao terceiro prejudicado. 
39. (CESPE – Analista – MPOG 2015) Em relação ao controle administrativo, julgue 
o item subsequente. 
O controle interno pode ser definido como o exercido no âmbito do mesmo Poder, 
ainda que por órgão diverso daquele que sofra a correição. 
40. (CESPE – Auditor – FUB 2015) É incabível a ação popular em modalidade 
preventiva, exigindo-se, para seu cabimento, lesão efetivamente já ocorrida. 
41. (CESPE – Auditor – FUB 2015) No mandado de segurança impetrado em razão 
de omissão do poder público, a autoridade coatora deve ser aquela competente para 
rever ou corrigir o ato que deveria ter sido praticado. 
42. (Cespe – TRT2 – Juiz – 2013) À luz da lei e da jurisprudência dominante nos 
tribunais superiores, assinale a opção correta a respeito do controle da administração 
pública. 
a) Salvo disposição legal específica, é de cinco dias o prazo para a interposição de 
recurso administrativo. 
b) Prescreve em cinco anos, contados da data do ilícito ambiental, a pretensão da 
administração pública de promover a execução de multa por infração ambiental. 
c) O MP não tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio 
público. 
d) Segundo a jurisprudência do STF, é pacífico que o TCU, no exercício da 
competência de controle externo da legalidade do ato de concessão inicial de 
aposentadorias, reformas e pensões, não se submete ao prazo decadencial 
estabelecido na Lei n.o 9.784/1999, iniciando-se o prazo quinquenal somente após a 
publicação do registro na imprensa oficial. 
e) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de 
mérito, devendo ele ser interposto perante a autoridade imediatamente superior à que 
tiver proferido a decisão recorrida, a qual poderá, se entender necessário, dar vistas 
dos autos à autoridade que proferiu a decisão, a qual poderá se retratar no prazo de 
cinco dias. 
43. (Cespe – MPTCE/PB 2014) Acerca do controle da administração pública, assinale 
a opção correta. 
a) O TCU exerce uma função não judicial quando julga as contas dos administradores 
e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos, nos processos de 
tomada e prestação de contas anual. 
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b) O sistema de controle da administração pública veda a aplicação da accountability 
devido à inexistência de previsão legal para tal aplicação. 
c) O controle da edição do ato administrativo deve ser sempreposterior à sua edição, 
quando este relacionar-se à aplicação de recursos públicos. 
d) Na estrutura do sistema de controle da administração pública federal, a CGU, órgão 
de controle interno, é subordinada ao TCU, órgão de controle externo. 
e) O tribunal de contas do estado está subordinado ao Poder Legislativo estadual, em 
decorrência de delegação da própria CF e ratificação da constituição estadual. 
44. (Cespe – TCE/AC 2009) Em conformidade com a CF, os atos relacionados a 
pessoal que são apreciados pelo TCU para fins de registro ou reexame não incluem: 
a) a admissão de pessoal nas empresas públicas. 
b) a admissão de pessoal nas fundações instituídas e mantidas pelo poder público. 
c) as nomeações para cargo de provimento em comissão na administração direta. 
d) a concessão inicial de pensão. 
e) as melhorias posteriores em aposentadorias que tenham alterado o fundamento 
legal da concessão inicial. 
45. (Cespe – MPTCE/PB 2014) No exercício do controle político da administração 
pública, compete 
a) às CPIs apurar irregularidades e determinar sanções. 
b) ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que 
exorbitem do poder regulamentar, sustando, se for o caso, seus efeitos 
independentemente de prévia manifestação do Poder Judiciário. 
c) ao Senado Federal ou à Câmara dos Deputados — excetuadas suas comissões — 
convocar titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República. 
d) privativamente ao Congresso Nacional e ao Senado Federal apreciar, a priori, os 
atos do Poder Executivo. 
e) ao Senado Federal dispor, por proposta do presidente da República, sobre limites 
globais e condições para a operação de créditos externo e interno da União, dos 
estados, dos municípios e do DF, exceto das autarquias. 
46. (Cespe – Auditor TCE/PR 2016) Acerca da fiscalização contábil, financeira e 
orçamentária e dos tribunais de contas, assinale a opção correta. 
A) Compete ao TCU fiscalizar a aplicação de recursos repassados pela União aos 
estados ou municípios, quando decorrentes da participação ou compensação no 
resultado da exploração de petróleo, xisto betuminoso e gás natural. 
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B) A Controladoria-Geral da União exerce, juntamente com o TCU, o controle externo 
do Poder Executivo. 
C) Compete ao TCU examinar, previamente, a validade de contratos administrativos 
celebrados pelo poder público. 
D) Não violará a CF a previsão contida em Constituição estadual que confira 
competência exclusiva à assembleia legislativa para fiscalizar as contas do respectivo 
tribunal de contas. 
E) Compete ao tribunal de contas fiscalizar a administração direta, autárquica ou 
fundacional, mas não as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
47. (Cespe – MDIC 2014) As formas de controle interno na administração pública 
incluem o controle ministerial, exercido pelos ministérios sobre os órgãos de sua 
estrutura interna, e a supervisão ministerial, exercida por determinado ministério sobre 
as entidades da administração indireta a ele vinculadas. 
48. (Cespe – PM/CE 2014) Considera-se controle por vinculação o poder de 
fiscalização e correção que os órgãos da administração centralizada exercem sobre 
as pessoas jurídicas que integram a administração indireta. 
49. (Cespe – PM/CE 2014) O controle administrativo sobre os órgãos da 
administração direta é um controle interno, que permite à administração pública anular 
os próprios atos, quando ilegais, ou revogá-los, quando inoportunos ou 
inconvenientes. 
50. (Cespe – TCDF 2014) Na esfera federal, o controle administrativo é identificado 
com a supervisão ministerial, que, no caso da administração indireta, caracteriza a 
tutela. A sua autonomia, estabelecida nas próprias leis instituidoras, deve ser 
assegurada, sem prejuízo da fiscalização na aplicação da receita pública e da atenção 
com a eficiência e a eficácia no desempenho da administração. 
51. (Cespe – Polícia Federal 2014) Recursos administrativos são todos os meios 
utilizáveis pelos administrados para provocar o reexame do ato administrativo pela 
administração pública e, pelo fato de o processo administrativo ter impulsão de ofício, 
tais recursos não podem ter efeito suspensivo em hipótese alguma. 
52. (Cespe – MPTCDF 2013) As comissões parlamentares de inquérito, que terão 
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, poderão, por autoridade 
própria, determinar a busca e apreensão domiciliar de documentos. 
53. (Cespe – TRT10 2013) Portaria de caráter normativo editada pelo Ministério da 
Educação que seja ilegal poderá ser sustada pelo Congresso Nacional. 
54. (Cespe – CNJ 2013) A decisão do Tribunal de Contas da União que, dentro de 
suas atribuições constitucionais, julga ilegal a concessão de aposentadoria, negando-
lhe o registro, possui caráter impositivo e vinculante para a administração. 
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55. (Cespe – MPTCDF 2013) O julgamento das contas dos administradores públicos 
é exercido pela Controladoria Geral da União (CGU), órgão central de controle interno 
do Poder Executivo, e seu resultado deve ser informado ao TCU, dentro dos prazos 
estabelecidos na legislação vigente. 
56. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) O controle externo, a cargo do Congresso 
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual 
compete, entre outras atribuições, fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos 
repassados pela União, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos 
congêneres, a estado, ao Distrito Federal ou a município. 
57. (Cespe – CADE 2014) A função fiscalizatória exercida pelos tribunais de contas 
dos estados inclui-se entre as hipóteses de controle do Poder Legislativo sobre os 
atos da administração pública. 
58. (Cespe – MPTCDF 2013) Segundo o entendimento firmado no âmbito do STJ, 
quando se tratar de ato de demissão de servidor público, é permitido questionar o 
Poder Judiciário acerca da legalidade da pena a ele imposta, até porque, em tais 
circunstâncias, o controle jurisdicional é amplo, no sentido de verificar se há motivação 
para o ato de demissão. 
59. (Cespe – TRT10 2013) Conforme a jurisprudência, o ato administrativo que impõe 
sanção disciplinar a servidor público vincula-se aos princípios da proporcionalidade, 
dignidade da pessoa humana e culpabilidade. Dessa forma, o controle jurisdicional 
desse ato é amplo, não se limitando aos aspectos formais do procedimento 
sancionatório. 
60. (Cespe – TRT10 2013) Os atos discricionários praticados pela administração 
pública estão sujeitos ao controle pelo Poder Judiciário quanto à legalidade formal e 
substancial, observada a vinculação da administração aos motivos embasadores dos 
atos por ela praticados, os quais conferem a eles legitimidade e validade. 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. (CESPE – Professor – SEDF 2017) O poder de fiscalização que a Secretaria de 
Estado de Educação do DF exerce sobre fundação a ela vinculada configura controle 
administrativo por subordinação. 
Comentário: O controle exercido pela Administração Dire ta sobre a 
Administração Indireta não é hierárquico; em outras pa lavras, a Administração 
Indireta não está subordinada à Administração Direta, v ale dizer, a fundação não 
é subordinada à Secretaria de Educação. O que existe é apenas uma vinculação , 
para fins de tutela administrativa, que configura no exer cício de controle 
finalístico da Administração Direta sobre a Indireta. 
Gabarito:Errada 
2. (CESPE – Professor – SEDF 2017) É garantido ao Poder Judiciário o controle de 
mérito administrativo dos atos administrativos, pois lesão ou ameaça a direito não 
podem ser excluídas da apreciação de juiz. 
Comentário: O controle judicial dos atos administrativos é um controle de 
legalidade , não incidindo no mérito administrativo. Assim, o Pod er Judiciário, 
no exercício do controle jurisdicional, não pode apr eciar o mérito de atos 
administrativos praticados no exercício da função admin istrativa, daí o gabarito. 
Isso não impede, porém, que o Poder Judiciário, no exercício da função 
administrativa (e não da jurisdicional), reveja seus pr óprios atos, inclusive no 
controle de mérito. Nesse caso, o Judiciário estará ag indo como Administração 
Pública, e não como Poder Judiciário típico. 
Gabarito: Errada 
3. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) A administração possui prerrogativas não 
extensíveis às relações privadas, mas sua liberdade de ação encontra-se sujeita a 
maiores restrições se comparada à dos atos praticados por particulares em suas 
relações. 
Comentário: De fato, a liberdade de ação da Administraçã o é mais restrita 
que a dos particulares, pois, enquanto os particulares podem fazer tudo que a 
lei não proíbe, a Administração só pode fazer aquilo que a lei expressamente 
autoriza ou determina. Assim, ao contrário dos particula res, não basta que 
determinado ato não seja proibido para que a Administr ação possa praticá- lo 
livremente: mais que isso, em razão do princípio da l egalidade, a Administração 
necessita que uma lei a autorize ou a obrigue a pratica r aquele ato. 
Gabarito: Certa 
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4. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) Uma ação ou omissão que, submetida a 
controle administrativo quanto à legalidade, seja considerada correta não poderá ser 
submetida a nenhuma outra medida de controle administrativo. 
Comentário: Os atos praticados pela Administração estão s ujeitos a 
controle administrativo de legalidade e de mérito . No âmbito do controle de 
mérito , é possível que atos considerados legais, ou seja, sem vícios, sejam 
revogados, por razões de conveniência e oportunidade. 
Gabarito: Errada 
5. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) O controle judicial pode incidir sobre atividades 
administrativas realizadas em todos os poderes do Estado. 
Comentário: O controle judicial dos atos, realizado pelo Poder Judiciário, 
incide sobre todos os atos praticados pela Administraçã o Pública, em qualquer 
dos Poderes. Isso se deve ao princípio da inafastabili dade da tutela 
jurisdicional, pelo qual qualquer lesão ou ameaça a direito poderá ser levada à 
apreciação do Poder Judiciário (art. 5º, XXXV da CF/88). 
Gabarito: Certa 
6. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) As comissões parlamentares 
de inquérito são instrumentos de controle externo destinados a investigar fato 
determinado em prazo determinado, mas desprovidos de poder condenatório. 
Comentário: De acordo com o § 3º do art. 58 da CF/88, as comissões 
parlamentares de inquérito, que terão poderes de inves tigação próprios das 
autoridades judiciais, além de outros previstos nos re gimentos das respectivas 
Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pel o Senado Federal, em 
conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus 
membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo , sendo suas 
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministéri o Público, para que 
promova a responsabilidade civil ou criminal dos in frator es. 
Portanto, as CPIs, de fato, são desprovidas de poder cond enatório. Quem 
promove a condenação das ilegalidades apuradas nas CPIs é o Judiciário, 
mediante representação do Ministério Público. 
Gabarito: Certa 
7. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) A CF atribui ao TCU a 
competência para a apreciação dos atos de concessão e renovação de concessão de 
emissoras de rádio e televisão. 
Comentário: De acordo com o art. 49, XII da CF/88, é co mpetência do 
Congresso Nacional apreciar os atos de concessão e renovação de emissor as 
de rádio e televisão. 
Gabarito: Errada 
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8. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) O controle administrativo 
interno é cabível apenas em relação a atividades de natureza administrativa, mesmo 
quando exercido no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário. 
Comentário: O controle interno é aquele exercido por ór gão integrante da 
estrutura do órgão que terá seus atos controlados. É o ca so da Controladoria 
Geral da União (atual Ministério da Transparência, Fis calização e Controladoria-
Geral da União ) no âmbito do Poder Executivo Federal , do CNJ no âmbito do 
Poder Judiciário e dos órgãos de controle interno do L egislativo. 
O controle interno administrativo recai, por definição, apenas sobre as 
atividades de natureza administrativa (licitações, contratos , atos ligados à 
execução orçamentária e financeira, por exemplo), não incidindo sobre atos 
políticos, legislativos ou judiciais. 
Gabarito: Certa 
9. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) O CNJ é órgão externo de 
controle administrativo, financeiro e disciplinar do Poder Judiciário. 
Comentário: O CNJ é órgão de controle interno do Poder Judiciário, e não 
de controle externo, pois integra a estrutura do próprio Poder Judiciário. 
Gabarito: Errada 
10. (CESPE – Analista – FUNPRESP-JUD 2016) Na administração pública, uma 
forma de controle é o sistema de freios e contrapesos, cuja principal característica é 
a divisão e a independência dos poderes da União. 
Comentário: O sistema de freios e contrapesos (check and balances ) é uma 
das formas de controle existentes na Administração Públi ca. Através dele, um 
Poder exerce controle sobre o outro, sem interferir na independência prevista 
no art. 2º da CF/88. Como exemplos de mecanismos de controle decorrentes do 
sistema de freios e contrapesos podemos citar o julgam ento das contas do 
Presidente da República pelo Congresso Nacional, a po ssibilidade de o 
Presidente da república vetar projetos de lei aprovados pelo Congresso 
Nacional, a necessidade de aprovação pelo Senado Fed eral de nomes de 
autoridades indicadas pelo Presidente da República, o controle de 
constitucionalidade de leis pelo Poder Judiciário, den tre outros. 
Gabarito: Certa 
11. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O órgão de controle administrativo que 
decidir pelo cancelamento de ato válido, em virtude de considerações de natureza 
administrativa, deverá realizá-lo por meio de ato de anulação. 
Comentário: A anulação constitui controle de legalidade , que incide sobre 
atos ilegais, ou seja, inválidos. Para cancelar um ato válido (legal, sem vício), A 
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Administração deverá utilizar a revogação , que constitui controle de mérito, 
promovido por razões de conveniência e de oportunidad e, e não de legalidade. 
Gabarito: Errada 
12. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O sistema de contencioso administrativo 
ocorre no âmbito de tribunais de competência especializada que não integram a 
estrutura do Poder Judiciário, cujas sentenças são dotadas de força de coisa julgada. 
Comentário: O sistema de contencioso administrativo é aqu ele no qual os 
conflitos que envolvem a atuação da Administração Públic a não são 
solucionados pelo Poder Judiciário, e sim por tribunais administrativos , que 
possuem a prerrogativa de fazer coisa julgada nessas matérias, ou seja, as 
decisões adotadas pelos tribunais administrativos sobre os conflitosenvolvendo a Administração não são passíveis de revi são por nenhuma outra 
instância, nem mesmo pelo Poder Judiciário. 
Gabarito: Certa 
13. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Recursos administrativos constituem meios 
hábeis para propiciar o reexame de decisão interna de um órgão da administração por 
órgão correspondente de outro Poder ou de outra esfera. 
Comentário: Recursos administrativos são interpostos pera nte a própria 
Administração, no âmbito do mesmo órgão ou Poder que proferiu a decisão a 
ser reexaminada 
Gabarito: Errada 
14. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle exercido sobre as entidades da 
administração indireta é de caráter essencialmente finalístico, pois elas não estão 
sujeitas à subordinação hierárquica, embora tenham de se enquadrar nas políticas 
governamentais e atuar em consonância com as disposições de seus estatutos. 
Comentário: A Administração Direta exerce a chamada tutela sobre as 
entidades da Administração Indireta, que é uma espécie de controle finalístico , 
não hierárquico . O objetivo da tutela é assegurar que a entidade desce ntralizada 
cumpra os objetivos para os quais foi criada. 
Gabarito: Certa 
15. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O tribunal de contas que executar atividades 
de fiscalização sobre os atos de gestão financeira da administração pública exercerá 
sua função jurisdicional. 
Comentário: Os tribunais de contas são órgão administrati vos, e não 
jurisdicionais (eles não integram o Poder Judiciário). Logo, suas decisões 
possuem caráter administrativo. Assim, por exemplo, qu ando um Tribunal de 
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Contas julga irregulares as contas de um gestor e lhe condena em débito e 
multa, está proferindo decisões de natureza administrativa , e não jurisdicional. 
Outra justificativa para o gabarito poderia ser dada com base na matéria 
Controle Externo, onde estudamos que, quando o tribunal de contas executa 
atividades de fiscalização, ele exerce sua função fiscalizatória , e não 
jurisdicional. A função jurisdicional seria exercida apenas quando o tribunal 
praticasse sua competência de julgar as contas dos ges tores. Lembrando que 
essa classificação dada em Controle Externo é apenas do utrinária, para fins de 
sistematização das competências dos tribunais de contas; em qualquer 
hipótese, suas decisões sempre possuem natureza admini strativa. 
Gabarito: Errada 
16. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Na administração pública, o controle interno 
deve restringir-se à fiscalização contábil, financeira e orçamentária. 
Comentário: A resposta está no art. 70, caput, da Constit uição Federal, que 
diz o seguinte: 
Art. 70. A fiscalização contábil , financeira , orçamentária , operacional e patrimonial 
da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, 
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será 
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de 
controle interno de cada Poder. 
Portanto, o controle interno não se restringe à fiscalizaçã o contábil, 
financeira e orçamentária, abrangendo também a fiscaliza ção operacional e 
patrimonial. 
Gabarito: Errada 
17. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle interno situa-se no âmbito do 
controle administrativo e é exercido, em cada Poder, sobre seus próprios órgãos e 
entidades. Qualquer irregularidade que seja detectada e não comunicada ao 
respectivo tribunal de contas acarreta pena de responsabilidade solidária. 
Comentário: O controle interno é aquele exercido pela A dministração sobre 
seus próprios atos. Como o controle interno é exercido pela Administração, 
podemos afirmar que ele se situa no âmbito do controle administrativo . Uma das 
finalidades do controle interno é apoiar o controle exte rno no exercício da sua 
missão institucional (CF, art. 74, IV). Nesse sentido, o a rt. 74, §1º da CF preceitua 
que os responsáveis pelo controle interno têm o dever de comunicar ao Tribunal 
de Contas qualquer irregularidade ou ilegalidade de que tenham conhecimento, 
sob pena de responsabilidade solidária . 
Gabarito: Certo 
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18. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O Poder Legislativo, por exercer, nos limites 
da Constituição Federal de 1988, controle sobre os demais Poderes, inclusive sobre 
o Poder Judiciário, quando este executa função administrativa, tem a prerrogativa de 
sustar atos normativos do Executivo e do Judiciário, quando exorbitem do poder 
regulamentar ou dos limites da delegação legislativa. 
Comentário: A resposta está no art. 49, inciso V da CF, q ue diz o seguinte: 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional : 
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do pode r 
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; 
Portanto, o Congresso Nacional (Poder Legislativo) possui competência 
para sustar apenas os atos normativos praticados pelo Poder Executivo (e não 
pelo Poder Judiciário) que exorbitem do poder regulam entar ou dos limites da 
delegação legislativa. 
Gabarito: Errada 
19. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) A função fiscalizatória exercida pelos tribunais 
de contas dos estados constitui uma expressão de controle do Poder Legislativo sobre 
os atos da administração pública. 
Comentário: Doutrinariamente, o controle exercido pelos tribunais de 
contas sobre a Administração Pública se insere no âmbi to do controle 
legislativo , daí o gabarito. Tal classificação decorre do fato de que os tribunais 
de contas, segundo o art. 71, caput da CF, possuem a atribuição de auxiliar o 
Poder Legislativo no exercício do controle externo. Não obstante, recorde-se de 
que os tribunais de contas não pertencem ao Poder Legis lativo, vale dizer, os 
tribunais de contas não estão inseridos na estrutura org anizacional do Poder 
Legislativo e, por conseguinte, não possuem relação d e 
hierarquia/subordinação com este Poder. Assim, por ex emplo, o Presidente do 
Tribunal de Contas da União (TCU) não está subordinado hierarquicamente ao 
Presidente do Congresso Nacional, muito embora o TCU te nha a missão 
constitucional de auxiliar o Congresso no controle exte rno da Administração 
Pública Federal. 
Gabarito: Certa 
20. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Os pareceres e as notas técnicas são 
expressões da fase do processo administrativo denominada fase dispositiva ou de 
julgamento. 
Comentário: Os pareceres e as notas técnicas são emitido s na fase de 
instrução do processo administrativo, e não na fase de julgamen to. Tais 
documentos têm como objetivo oferecer elementos técnicos para subsidiar a 
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decisão da autoridade competente. Ex: durante a instrução de um processo 
administrativo que tenha por objeto a realização de uma despesa pública , 
poderia ser emitido um parecer demonstrando a viabili dade jurídica da despesa, 
a existência de dotação orçamentária e os resultados qu e seriam alcançados; 
com base nessas informações, a autoridade competente ter ia melhores 
condições para decidir se aprova ou não a despesa. 
Gabarito: Errada 
21. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Exercerá controle do tipo legislativo 
determinada casa legislativa que anular ato executado por uma de suas unidades 
gestoras. 
Comentário: Ao anular ato executado por uma de suas uni dades gestoras, 
a casa legislativa estaria atuando como Administração Pú blica, exercendo de 
maneira atípica a sua função administrativa, mais espec ificamente o seu poder 
de autotutela. Assim, o caso configura hipótesede controle administrativo , e 
não de controle legislativo. 
Gabarito: Erra da 
22. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) No caso de serviços públicos prestados por 
meio de contratos de concessão, os tribunais de contas têm competência 
constitucional para fiscalizar a atividade financeira e operacional das empresas 
concessionárias. 
Comentário: Os tribunais de contas não detêm competência para fiscalizar 
os atos de gestão internos das entidades privadas, mas apenas os atos ligados 
à prestação do serviço público, verificando o cumprim ento das regras 
contratuais e de prestação do serviç o. 
Na verdade, em se tratando do controle de contratos de concessão, os 
tribunais de contas atuam diretamente sobre as agências reguladoras, a quem 
cumpre o papel de assegurar a observância dos termos do contrato por parte 
das empresas e a consequente boa prestação dos serviç os. O controle sobre as 
concessionárias por parte dos tribunais de contas é ap enas indireto. Ex: para 
verificar o cumprimento dos contratos de concessão de te lefonia, o TCU 
fiscaliza a agência reguladora do setor (Anatel) ao inv és de fiscalizar 
diretamente as empresas privadas concessionárias (Tim, Oi, Claro etc). 
Gabarito: Errada 
23. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle exercido pelos tribunais de contas 
sobre as casas legislativas é considerado controle interno, haja vista a posição dos 
tribunais de contas no âmbito do Poder Legislativo. 
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Comentário: Os tribunais de contas não integram a estrutur a 
organizacional do Poder Legislativo, dada a sua carac terística de órgão 
independente. Assim, o controle exercido pelos tribuna is de contas sobre as 
casas legislativas é considerado controle externo , e não interno. 
Gabarito: Errada 
24. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) A nomeação de alguém, por gestor público 
federal, para determinado cargo de provimento em comissão somente poderá ser 
considerada definitiva se o Tribunal de Contas da União apreciar, aprovar e registrar 
tal ato. 
Comentário: De acordo com o art. 71, III da CF/88, com pete ao TCU apreciar, 
para fins de registro, a legalidade dos atos de admiss ão de pessoal, a qualquer 
título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de 
provimento em comissão. 
Gabarito: Errada 
25. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) A ação civil pública é instrumento válido de 
controle judicial da atividade administrativa. 
Comentário: Como instrumentos de controle judicial da ati vidade 
administrativa, podemos mencionar a ação civil pública , a ação popular e o 
mandado de segurança (individual e coletivo). 
Gabarito: Certo 
26. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) No controle judicial da atividade 
administrativa, notadamente no que se refere às políticas públicas, devem-se observar 
limites que impeçam uma substituição do administrador pelo julgador, especialmente 
no que envolva a discricionariedade. 
Comentário: O controle judicial, em essência, é um con trole de legalidade, 
não podendo adentrar no mérito das políticas públicas, cuja definição se insere 
no âmbito da discricionariedade da função administrativ a. A substituição do 
administrador pelo julgador caracteriza indevida inob servância do princípio da 
separação entre os Poderes. 
Gabarito: Certo 
27. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) O controle interno instituído pela Constituição 
Federal de 1988 foi mais um instrumento para a garantia da legalidade das ações nos 
órgãos e nas entidades da administração pública federal. 
Comentário: A Constituição Federal, basicamente, institui u dois sistemas 
de controle da Administração Pública: o sistema de controle externo (art. 71) – 
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exercido pelo Poder Legislativo com o auxílio do Trib unal de Contas – e o 
sistema de controle interno (art. 74) – mantido de forma integrada por cada 
Poder. 
Gabarito: Certa 
28. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Caso o ato administrativo apresente vício, o 
Poder Judiciário, quando for provocado, poderá anulá-lo, com efeitos ex tunc, ou 
revogá-lo, com efeitos ex nunc. 
Comentário: Como o controle judicial é um controle de l egalidade, ele só 
pode resultar na anulação dos atos ilegais, jamais na revogação dos atos 
inoportunos e inconvenientes, pois isso caracteriza con trole de mérito , 
insuscetível de ser praticado pelo Judiciário. 
Gabarito: Errada 
29. (CESPE – Auditor – TCE/SC 2016) O Tribunal de Contas de determinado estado 
da Federação, ao analisar as contas prestadas anualmente pelo governador do 
estado, verificou que empresa de publicidade foi contratada, mediante inexigibilidade 
de licitação, para divulgar ações do governo. Na campanha publicitária promovida pela 
empresa contratada, constavam nomes, símbolos e imagens que promoviam a figura 
do governador, que, em razão destes fatos, foi intimado por Whatsapp para apresentar 
defesa. Na data de visualização da intimação, a referida autoridade encaminhou 
resposta, via Whatsapp, declarando-se ciente. Ao final do procedimento, o Tribunal 
de Contas não acolheu a defesa do governador e julgou irregular a prestação de 
contas. 
A partir da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. 
O julgamento proferido pelo Tribunal de Contas é nulo, por incompetência. 
Comentário: A competência para julgar as contas de gove rno apresentadas 
pelos chefes do Poder Executivo é do Poder Legislativo correspondente. No 
caso, as contas do Governador deveriam ser julgadas pela Assembleia 
Legislativa do Estado , e não pelo Tribunal de Contas. Em relação às contas dos 
chefes do Executivo, compete ao Tribunal de Contas apena s a emissão de 
parecer prévio , que subsidia o julgamento a cargo do Legislativo, n os termos 
do art. 71, I da CF. 
Gabarito: Certa 
30. (CESPE – Auditor – TCE/SC 2016) As contas de toda e qualquer entidade da 
administração indireta, independentemente de seu objeto e de sua forma jurídica, 
estão sujeitas ao julgamento do tribunal de contas, inclusive ao procedimento de 
tomada de contas especial, aplicável a quem deu causa a perda, extravio ou outra 
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. 
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Comentário: O quesito está correto, conforme o art. 71, II da CF: 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio 
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e 
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e 
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federa l, e as contas 
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade d e que resulte 
prejuízo ao erário público ; 
Note que a CF não faz qualquer distinção em relação ao objeto ou à forma 
jurídica da entidade da administração indireta. Assim, os gestores de qualquer 
entidade administrativa (autarquias, fundações, empresas públicas e 
sociedades de economia mista) estão sujeitos ao julga mento do Tribunal de 
Contas, tanto no que se refere às contas anuais ordinári as da entidade, como 
às tomadas de contas especiais, instauradas na hipótese de perda, extravio ou 
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erári o. 
Gabarito: Certa 
31. (CESPE – Assessor Jurídico – TCE/RN 2015) O controle da administração 
pública pela via da ação popular autoriza a condenação do agente público a ressarcir 
valores ao erário quando, a despeitode falta de comprovação, for possível presumir 
lesão oriunda do ato por aquele praticado. 
Comentário: A ação popular é preponderantemente desconstitutiva e 
subsidiariamente condenatória . Significa que, pela ação popular, o cidadão 
demandará do Judiciário a anulação do ato lesivo (sentença desconstitutiva) e, 
subsidiariamente, a sentença poderá, ainda, resultar n a condenação dos 
responsáveis ao pagamento de eventuais perdas e danos comprovados no 
processo, bem como na restituição de bens e valores i ndevidamente obtidos 
(sentença condenatória). O erro do item é que, para que o réu seja condenado a 
ressarcir ao erário, deve haver a efetiva comprovação do dano, e não apenas a 
presunção. 
Gabarito: Errada 
32. (CESPE – Inspetor – TCE/RN 2015) Situação hipotética : Foi constatado um 
superfaturamento para a realização de concurso público para a contratação de 
empregados de uma sociedade de economia mista. Assertiva : Nessa situação, ainda 
que possuísse personalidade jurídica de direito privado, a referida sociedade estaria 
sujeita ao controle pelo respectivo tribunal de contas. 
Comentário: As sociedades de economia mista, assim com o qualquer 
outra entidade da administração indireta, estão sujeitas ao controle do 
respectivo tribunal de contas, uma vez que o Poder Públic o possui participação 
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majoritária na formação de seu capital. Portanto, o fator p reponderante para 
atrair a jurisdição do Tribunal de Contas não é a natu reza da personalidade 
jurídica da entidade – se de direito público ou de direito privado – e sim a 
presença majoritária de recursos públicos na formação do seu capital. 
Gabarito: Certa 
33. (CESPE – Auditor – TCE/RN 2015) Na análise de contas de determinado estado 
da Federação no ano de 2012, o corpo técnico do tribunal de contas estadual (TCE) 
deparou-se com erro de cálculo de reajuste de precatório e outras possíveis 
irregularidades. O referido precatório foi reajustado de R$ 17 milhões, montante da 
dívida calculado em 1997, para R$ 165 milhões, em 2010. O refazimento do cálculo 
foi determinado pelo presidente do tribunal, mas o precatório não sofreu qualquer 
impugnação, mesmo diante do reajuste de mais de 1.000%. Por fim, foi selado termo 
de compromisso judicial para o pagamento parcelado de R$ 85 milhões, o que 
ainda representava um reajuste superior a 500% do valor original. Ocorre que, 
segundo os cálculos realizados pelo TCE, o reajuste aplicado ao valor original 
alcançaria o montante de R$ 72 milhões em lugar dos R$ 165 milhões apontados pelo 
setor de precatórios do respectivo tribunal de justiça. A situação foi levada para o 
pleno do referido TCE para análise e decisão. 
De acordo com a situação hipotética acima, julgue o seguinte item. 
O TCE, nas suas ações de controle, não tem legitimidade para suspender o 
pagamento, pois precatórios decorrem de decisão judicial, e a sua suspensão pelo 
TCE ofenderia o princípio de separação dos poderes. 
Comentário: O pagamento de precatórios por parte do Pode r Judiciário é 
atividade inserida na função administrativa exercida de forma atípica por este 
Poder, estando, assim, na esfera do controle orçamentári o e financeiro exercido 
pelo Tribunal de Contas. Como não se trata de exercíci o da função jurisdicional 
pelo Judiciário (e sim da função administrativa) não há ofensa ao princípio de 
separação de poderes. 
Gabarito: Errada 
34. (CESPE – Advogado da União – AGU 2015) Em consonância com o 
entendimento do STF, os serviços sociais autônomos estão sujeitos ao controle 
finalístico do TCU no que se refere à aplicação de recursos públicos recebidos. 
Comentário: De fato, os serviços sociais autônomos (ex: SESI , SENAC, 
SENAI) estão sujeitos ao controle finalístico do TCU, uma v ez que as atividades 
desses serviços são custeadas por contribuições parafiscais arrecadadas de 
maneira compulsória dos respectivos contribuintes, razã o pela qual são 
consideradas recursos de natureza pública. 
Gabarito: Certa 
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35. (CESPE – Analista – STJ 2015) A possibilidade de convocação, por qualquer das 
casas do Congresso Nacional, de titulares de órgãos subordinados à Presidência da 
República ilustra o controle político da administração pública, que abrange tanto 
aspectos de legalidade quanto de mérito. 
Comentário: O Congresso Nacional, diretamente ou por in termédio de suas 
Casas e comissões, possui competências próprias rela cionadas ao controle 
legislativo de caráter político da Administração Pública . Uma dessas 
competências está prevista no art. 
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e 
temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo 
regimento ou no ato de que resultar sua criação. 
(...) 
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: 
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos 
inerentes a suas atribuições; 
Gabarito: Certa 
36. (CESPE – Técnico – MPOG 2015) Os casos de controle legislativo sobre o Poder 
Executivo devem estar dispostos na Constituição Federal, pois constituem exceções 
ao princípio constitucional da separação de poderes, razão pela qual não se admite a 
sua ampliação por legislação infraconstitucional. 
Comentário: O controle externo que o Poder Legislativo e xerce sobre o 
Poder Executivo está previsto na Constituição Federal (arts. 70 e 71). E não 
poderia ser diferente, uma vez que esse controle constitu i um dos mecanismos 
de freios e contrapesos que nossa Constituição estabelec eu para assegurar a 
separação dos Poderes e, ao mesmo tempo, evitar que um deles se sobressaia 
sobre os demais. 
Gabarito: Certa 
37. (CESPE – Técnico – MPOG 2015) O controle interno deriva do poder de 
autotutela que a administração tem sobre seus próprios atos e agentes. 
Comentário: O controle interno constitui uma das expressõ es do poder de 
autotutela que a Administração Pública exerce sobre seus próprios atos, que a 
permite anular os atos ilegais e revogar os inoportuno s e inconvenientes. 
Gabarito: Certa 
38. (CESPE – Analista – MPOG 2015) O direito de a administração anular seus 
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, implica a 
desnecessidade de garantir o contraditório e a ampla defesa ao terceiro prejudicado. 
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Comentário: Qualquer ato administrativo que prejudique o interesse de 
alguém deverá ser precedido do contraditório e da am pla defesa, inclusive os 
atos dos quais resultem a anulação de outros atos ilega is. 
Gabarito: Errada 
39. (CESPE – Analista – MPOG 2015) Em relação ao controle administrativo, julgue 
o item subsequente. O controle interno pode ser definido como o exercido no âmbito 
do mesmo Poder, ainda que por órgão diverso daquele que sofra a correição. 
Comentário: Uma definição amplamente aceita para controle interno é 
aquela que o define como o controle exercido no âmbito de um mesmo Poder , 
ainda que por órgão diverso. Seria o caso, por exemp lo, do controle exercido 
pela Controladoria-Geral da União sobre os Ministério s do Poder Executivo. 
Tanto a CGU como os Ministérios estão dentro da estrutur a do Poder Executivo, 
razão pela qual estamos diante de um caso de controle i nterno. 
Gabarito: Certa 
40. (CESPE – Auditor – FUB 2015) É incabível a ação popular em modalidade 
preventiva, exigindo-se, para seu cabimento, lesão efetivamente já ocorrida. 
Comentário: A questão está errada. A ação popular poder á serpreventiva 
– quando for ajuizada antes da prática do ato lesivo, co m o fim de evita-lo – ou 
repressiva – quando o intuito da ação for a anulação do ato lesivo já praticado. 
Gabarito: Errada 
41. (CESPE – Auditor – FUB 2015) No mandado de segurança impetrado em razão 
de omissão do poder público, a autoridade coatora deve ser aquela competente para 
rever ou corrigir o ato que deveria ter sido praticado. 
 Comentário : A autoridade coatora (quem responderá no MS), é a pess oa 
responsável pela prática do ato que está sendo impugna do no mandado de 
segurança, o polo passivo da ação. Como destacado na CF, a autoridad e 
impetrada deve ser agente público ou agente de pessoa jurídica privada no 
exercício de atribuições do Poder Público. No caso de omissão, o MS deve ser 
impetrado contra a autoridade que detinha a competência para praticar o ato e 
não o praticou. 
 Gabarito: Errada 
42. (Cespe – TRT2 – Juiz – 2013) À luz da lei e da jurisprudência dominante nos 
tribunais superiores, assinale a opção correta a respeito do controle da administração 
pública. 
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a) Salvo disposição legal específica, é de cinco dias o prazo para a interposição de 
recurso administrativo. 
b) Prescreve em cinco anos, contados da data do ilícito ambiental, a pretensão da 
administração pública de promover a execução de multa por infração ambiental. 
c) O MP não tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio 
público. 
d) Segundo a jurisprudência do STF, é pacífico que o TCU, no exercício da 
competência de controle externo da legalidade do ato de concessão inicial de 
aposentadorias, reformas e pensões, não se submete ao prazo decadencial 
estabelecido na Lei n.o 9.784/1999, iniciando-se o prazo quinquenal somente após a 
publicação do registro na imprensa oficial. 
e) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de 
mérito, devendo ele ser interposto perante a autoridade imediatamente superior à que 
tiver proferido a decisão recorrida, a qual poderá, se entender necessário, dar vistas 
dos autos à autoridade que proferiu a decisão, a qual poderá se retratar no prazo de 
cinco dias. 
 Comentário: Vamos analisar cada alternativa: 
 a) ERRADA. Na esfera federal, o prazo para interposição de recurso 
administrativo é de dez dias , conforme o art. 59 da Lei 9.784/99: 
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de 
recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão 
recorrida. 
 b) ERRADA. Item bastante específico, retirado da Súmula 4 67 do STJ: 
Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo , a 
pretensão da Administração Pública de promover a execução da multa por infração 
ambiental. 
 Portanto, o erro é que o prazo prescricional é contado do término do 
processo administrativo, e não da data do ilícito. 
 c) ERRADA. O MP não tem legitimidade para propor ação popular . Já a ação 
civil pública é sim da competência do MP, conforme art. 129 da Constitu ição: 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública , para a proteção do patrimônio 
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; 
 d) CERTA. Segundo a jurisprudência do STF, o ato de con cessão inicial de 
aposentadoria, reforma ou pensão é um ato administrativo complexo , que só se 
aperfeiçoa com o registro no Tribunal de Contas. Assim , antes do registro não 
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há ato completo, acabado, razão pela qual não há que s e falar em incidência do 
prazo decadencial. Tal prazo só começa a contar a parti r do registro. Dessa 
forma, a manifestação do TCU – frisa-se, necessária para o aperfeiçoamento do 
ato – não se sujeita a prescrição, vale dizer, o TCU pode analisar a legalidade do 
ato para fins de registro a qualquer tempo . O único detalhe é que, se transcorrer 
período superior a cinco anos desde a entrada do ato no TCU até a sua 
apreciação, o beneficiário da aposentadoria, reforma o u pensão deverá ser 
ouvido caso a decisão do Tribunal venha a lhe preju dicar. Ressalte-se, contudo, 
que esse prazo de cinco anos não é prescricional, e sim um prazo razoável 
estabelecido pelo STF para o TCU apreciar o ato. 
 e) ERRADA. O recurso será dirigido à autoridade que p roferiu a decisão 
(pedido de reconsideração), e não à autoridade superio r. Apenas se o autor da 
decisão recorrida não a reconsiderar é que o pleito será dirigido à consideração 
superior. 
 Gabarito: alternativa “d” 
43. (Cespe – MPTCE/PB 2014) Acerca do controle da administração pública, assinale 
a opção correta. 
a) O TCU exerce uma função não judicial quando julga as contas dos administradores 
e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos, nos processos de 
tomada e prestação de contas anual. 
b) O sistema de controle da administração pública veda a aplicação da accountability 
devido à inexistência de previsão legal para tal aplicação. 
c) O controle da edição do ato administrativo deve ser sempre posterior à sua edição, 
quando este relacionar-se à aplicação de recursos públicos. 
d) Na estrutura do sistema de controle da administração pública federal, a CGU, órgão 
de controle interno, é subordinada ao TCU, órgão de controle externo. 
e) O tribunal de contas do estado está subordinado ao Poder Legislativo estadual, em 
decorrência de delegação da própria CF e ratificação da constituição estadual. 
Comentários: Vamos analisar cada alternativa: 
 a) CERTA. Existe certa polêmica na discussão sobre se o TCU exerce ou 
não função judicial ou jurisdicional, com caráter de definitividade (coisa 
julgada). A posição doutrinária e jurisprudencial dom inante, contudo, é que o 
Tribunal não exerce função judicial com força de coisa julgada, u ma vez que em 
nosso ordenamento jurídico impera o princípio da inafastabilidade da tutela 
jurisdicional , ou sistema de jurisdição uma , no qual qualquer lesão ou ameaça 
a direito poderá ser levada à apreciação do Poder Jud iciário. Aliás, vale 
relembrar que o Tribunal de Contas é um órgão de natureza administrativa , e 
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não um órgão judicial. A polêmica existe porque o ar t. 71, II da CF atribui ao TCU 
competência para “julgar” as contas dos administradores públicos (daí é que se 
diz que o TCU exerce “função judicante”). Trata-se de competência própria e 
privativa da Corte de Contas, que não poderá ser exerc ida nem mesmo pelo 
Poder Judiciário. Este, em homenagem ao princípio da i nafastabilidade da tutela 
jurisdicional, apenas aprecia as formalidades da dec isão e só pode se 
pronunciar em caso de manifesta ilegalidade, mas nunc a para julgar as contas 
no lugar do TCU, e sim para anular a decisão do Tribunal. Se isso ocorrer, as 
contas devem ser submetidas a novo julgamento pelo TCU . 
 b) ERRADA. Accountability , de forma rápida, significa “prestar contas”. O 
dever de prestar contas, ao contrário do que afirma a a ssertiva, está previsto de 
forma expressa na Constituição Federal (art. 70, parágra fo único): 
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, 
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos 
ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de 
natureza pecuniária. 
 c) ERRADA. O controle pode ser prévio , concomitante ou posterior à 
prática dos atos administrativos.d) ERRADA. Os órgãos de controle interno não são subor dinados aos 
órgãos de controle externo. Por conseguinte, a CGU (atual MTFC) não é 
subordinada ao TCU, embora o controle interno tenha a missão constitucional 
de apoiar o controle externo no exercício de sua miss ão institucional. Entre eles 
há complementariedade. 
 e) ERRADA. Os tribunais de contas, em qualquer nível fe derativo, são 
órgãos autônomos e independentes , não subordinados ao Poder Legislativo e 
nem mesmo a outro órgão ou Poder. 
 Gabarito: alternativa “a” 
44. (Cespe – TCE/AC 2009) Em conformidade com a CF, os atos relacionados a 
pessoal que são apreciados pelo TCU para fins de registro ou reexame não incluem: 
a) a admissão de pessoal nas empresas públicas. 
b) a admissão de pessoal nas fundações instituídas e mantidas pelo poder público. 
c) as nomeações para cargo de provimento em comissão na administração direta. 
d) a concessão inicial de pensão. 
e) as melhorias posteriores em aposentadorias que tenham alterado o fundamento 
legal da concessão inicial. 
Comentário: A CF atribuiu ao TCU a competência para apr eciar, para fins 
de registro, a legalidade dos atos de admissão de pes soal, a qualquer título , na 
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administração direta e indireta (CF, art. 71, III), incluídas então as empresas 
públicas (letra “a”) e as fundações instituídas e mantidas pelo poder público 
(letra “b”). Ainda que os servidores dessas entidades se submetam ao regime 
celetista, somente podem ser admitidos mediante concurso público. A única 
exceção em relação aos atos de admissão refere-se às nomeações para cargo 
de provimento em comissão (letra “c”), que são de livre nomeação e 
exoneração. Portanto, a alternativa “c” é a resposta da questão. 
Em relação às concessões de aposentadorias, reformas e pensões, os atos 
apreciados pelo TCU para fins de registro compreendem as concessões iniciais 
(letra “d”), assim como as melhorias posteriores que tenham alterado o 
fundamento legal da concessão inicial (letra “e”). A exceção, no caso, são as 
melhorias posteriores que não tenham alterado o fundamento legal, assim como 
as concessões que se submetem ao Regime Geral de Prev idência Social 
(empregados públicos). 
Gabarito: alternativa “c” 
45. (Cespe – MPTCE/PB 2014) No exercício do controle político da administração 
pública, compete 
a) às CPIs apurar irregularidades e determinar sanções. 
b) ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que 
exorbitem do poder regulamentar, sustando, se for o caso, seus efeitos 
independentemente de prévia manifestação do Poder Judiciário. 
c) ao Senado Federal ou à Câmara dos Deputados — excetuadas suas comissões — 
convocar titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República. 
d) privativamente ao Congresso Nacional e ao Senado Federal apreciar, a priori, os 
atos do Poder Executivo. 
e) ao Senado Federal dispor, por proposta do presidente da República, sobre limites 
globais e condições para a operação de créditos externo e interno da União, dos 
estados, dos municípios e do DF, exceto das autarquias. 
 Comentários: Vamos analisar cada alternativa: 
 a) ERRADA. As CPIs apuram irregularidades, mas não de terminam 
sanções. Suas conclusões, se for o caso, devem ser en caminhadas ao 
Ministério Público, para que o órgão promova a respon sabilidade civil ou 
criminal dos infratores (CF, art. 58, §3º). 
 b) CERTA, nos termos do art. 49, V da CF: 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional : 
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V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do pode r 
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; 
 Como é competência exclusiva do Congresso Nacional, a sustação 
independe de manifestação prévia do Poder Judiciário. 
 c) ERRADA. Nos termos do art. 50 da CF: 
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal , ou qualquer de suas 
Comissões , poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos 
diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, 
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime 
de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. 
 Portanto, qualquer comissão da Câmara e do Senado tamb ém pode 
convocar titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da 
República, daí o erro. 
 d) ERRADA. Alternativa confusa, mas, como a opção “b” é manifestamente 
correta, então esta só pode estar errada. E, de fato, é i sso mesmo. Em regra, a 
Casa que aprecia atos do Poder Executivo a priori é o Se nado Federal, 
especialmente quando aprova previamente a escolha de autoridades (CF, art. 
52, III e IV) e autoriza operações de crédito externas (C F, art. 52, V). Mas nada 
impede que o Congresso Nacional ou a Câmara dos Dep utados também o façam. 
Por exemplo, o próprio art. 49, XVI estabelece que é com petência exclusiva do 
Congresso Nacional “aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras 
púb licas com área superior a dois mil e quinhentos hectares”. Ademais, é da 
competência do Congresso Nacional, diretamente, ou por qualquer de suas 
Casas, fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da 
administração indireta (CF, art. 49, X), controle que pode ser desenvolvida de 
forma prévia, concomitante ou posterior. 
 e) ERRADA, pois o Senado também dispõe sobre limites gl obais e 
condições para as operações de crédito das autarquias , nos termos do art. 52, 
VII da CF: 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e 
interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias 
e demais entidades controladas pelo Poder Público federal; 
Gabarito: alternativa “b” 
46. (Cespe – Auditor TCE/PR 2016) Acerca da fiscalização contábil, financeira e 
orçamentária e dos tribunais de contas, assinale a opção correta. 
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A) Compete ao TCU fiscalizar a aplicação de recursos repassados pela União aos 
estados ou municípios, quando decorrentes da participação ou compensação no 
resultado da exploração de petróleo, xisto betuminoso e gás natural. 
B) A Controladoria-Geral da União exerce, juntamente com o TCU, o controle externo 
do Poder Executivo. 
C) Compete ao TCU examinar, previamente, a validade de contratos administrativos 
celebrados pelo poder público. 
D) Não violará a CF a previsão contida em Constituição estadual que confira 
competência exclusiva à assembleia legislativa para fiscalizar as contas do respectivo 
tribunal de contas. 
E) Compete ao tribunal de contas fiscalizar a administração direta, autárquica ou 
fundacional, mas não as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
Comentário: 
a) ERRADA. Os recursos decorrentes da participação ou c ompensação no 
resultado da exploração de petróleo, xisto betuminoso e gás natural não são 
federais , mas apenas são arrecadados pela União e repassado s aos verdadeiros 
donos, os Estados e Municípios. Logo, a fiscalização da aplicação desses 
recursos compete aos respectivos tribunais de contas estaduais e municipais , 
e não ao TCU. 
b) ERRADA. A CGU é órgão de controle interno, e não de controle externo. 
c) ERRADA. O TCU não tem competência para exercer controle prévio em 
relação à validade de contratos administrativos, como c ondição para a eficácia 
desses ajustes. 
d) CERTA. Trata-se de entendimento pacificado na jurispru dência do STF(ver ADI 1.178-8/DF). 
e) ERRADA. O Tribunal de Contas tem sim competência para fiscalizar as 
empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
 Gabarito: alternativa “d” 
47. (Cespe – MDIC 2014) As formas de controle interno na administração pública 
incluem o controle ministerial, exercido pelos ministérios sobre os órgãos de sua 
estrutura interna, e a supervisão ministerial, exercida por determinado ministério sobre 
as entidades da administração indireta a ele vinculadas. 
 Comentário: Questão bastante polêmica. A meu ver, para estar correta, sem 
dúvida alguma, a expressão “controle interno” deveria ser substituída por 
“controle administrativo ”. Com efeito, conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro, o 
controle administrativo abrange a supervisão ministeria l exercida sobre os 
órgãos da Administração Direta (espécie de controle inte rno, fundamentada no 
poder de autotutela ), assim como a supervisão ministerial exercida sobre as 
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entidades da Administração Indireta (espécie de controle externo , 
fundamentada no poder de tutela ). A polêmica da questão reside, portanto, em 
classificar a tutela como uma espécie de controle “interno ”, classificação que 
não encontra eco na doutrina majoritária. De fato, além de Di Pietro, Carvalho 
Filho também entende que a tutela consiste em controle e xterno. Já Celso 
Antônio Bandeira de Mello diz que se trata de um controle “interno-exterior”, ou 
seja, nem um nem outro. 
 O próprio Cespe, em questões anteriores, já consider ou correta a 
afirmativa de que a tutela é um controle externo. Vejamos: 
(Cespe - TCE/RN 2009) Com referência ao controle externo e ao Poder Legislativo do 
estado e dos municípios, julgue o item a seguir: entre os vários critérios adotados para 
classificar as modalidades de controle, destaca-se o que o distingue entre interno e 
externo, dependendo de o órgão que o exerça integrar ou não a própria estrutura em 
que se insere o órgão controlado. Nesse sentido, o controle externo é exercido por 
um poder sobre o outro, ou pela administração direta sobre a indireta . 
Gabarito: Certo 
(Cespe – DP/RR 2013) Assinale a opção correta quanto ao controle da administração 
pública. 
d) O controle exercido pela administração direta sobre as autarquias é finalístico, 
externo e administrativo e não se baseia na subordinação hierárquica. 
Gabarito: alternativa “d” 
 Portanto, a meu ver, a questão deveria ser considerada “Errada” ou, no 
mínimo, anulada. Ressalte-se que, só por essa questão , não dá para concluir 
que o Cespe mudou seu entendimento a respeito do assun to, até porque a 
doutrina continua a mesma. Em questões futuras, acho ma is prudente continuar 
considerando que a tutela é um controle externo. 
 Gabarito: Certo 
48. (Cespe – PM/CE 2014) Considera-se controle por vinculação o poder de 
fiscalização e correção que os órgãos da administração centralizada exercem sobre 
as pessoas jurídicas que integram a administração indireta. 
 Comentário: Entre os Ministérios da Administração Direta e as entidades 
da Administração Indireta não há hierarquia, mas apen as vinculação . Daí porque 
a supervisão ministerial sobre as entidades da Admini stração Indireta também 
é chamada de controle por vinculação , de caráter finalístico, que busca 
assegurar que as entidades cumpram os objetivos para os quais foram criadas, 
sem prejuízo da sua autonomia característica. 
 Gabarito: Certo 
49. (Cespe – PM/CE 2014) O controle administrativo sobre os órgãos da 
administração direta é um controle interno, que permite à administração pública anular 
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os próprios atos, quando ilegais, ou revogá-los, quando inoportunos ou 
inconvenientes. 
 Comentário: De fato, o controle administrativo sobre os ór gãos da 
administração direta é um controle interno, pois é a pr ópria administração direta 
exercendo controle sobre si mesma, no exercício do p oder de autotutela. É o 
que ocorre, por exemplo, quando um Ministro de Estado anula um ato ilegal ou 
revoga um ato inoportuno e inconveniente praticado por um servidor 
subordinado ao Ministério. 
 Gabarito: Certo 
50. (Cespe – TCDF 2014) Na esfera federal, o controle administrativo é identificado 
com a supervisão ministerial, que, no caso da administração indireta, caracteriza a 
tutela. A sua autonomia, estabelecida nas próprias leis instituidoras, deve ser 
assegurada, sem prejuízo da fiscalização na aplicação da receita pública e da atenção 
com a eficiência e a eficácia no desempenho da administração. 
 Comentário: Conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro, o con trole 
administrativo abrange a supervisão ministerial exerci da sobre os órgãos da 
Administração Direta (espécie de controle interno, fundam entada no poder de 
autotutela ), assim como a supervisão ministerial exercida sobre as entidades da 
Administração Indireta (espécie de controle externo, fund amentada no poder de 
tutela ). Ressalte-se que a tutela, como bem afirma o quesito, n ão retira a 
autonomia das entidades da Administração Indireta, muit o pelo contrário, serve 
para assegurar essa autonomia. 
 Gabarito: Certo 
51. (Cespe – Polícia Federal 2014) Recursos administrativos são todos os meios 
utilizáveis pelos administrados para provocar o reexame do ato administrativo pela 
administração pública e, pelo fato de o processo administrativo ter impulsão de ofício, 
tais recursos não podem ter efeito suspensivo em hipótese alguma. 
 Comentário: O recurso administrativo é apenas um dos m eios pelos quais 
o administrado pode provocar o reexame de ato adminis trativo pela 
Administração Pública. Outro instituto que possui a mesm a finalidade é o 
pedido de reconsideração. A questão também erra ao afi rmar que os recursos 
administrativos não podem ter efeito suspensivo em hipóte se alguma. Segundo 
o art. 61 da Lei 9.784/99, “salvo disposição legal em contrário , o recurso não tem 
efeito suspensivo”. Ou seja, a lei pode conferir efeito suspensivo ao recu rso 
administrativo. Ademais, conforme o parágrafo único do art. 61 da mesma Lei 
9.784/99, a autoridade competente (ou aquela imediatamen te superior) para 
apreciação do recurso administrativo poderá , de ofício ou a pedido , de modo 
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excepcional , conceder efeito suspensivo ao expediente recursal, s e houver 
justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparaç ão decorrente da decisão 
recorrida. 
 Gabarito: Errado 
52. (Cespe – MPTCDF 2013) As comissões parlamentares de inquérito, que terão 
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, poderão, por autoridade 
própria, determinar a busca e apreensão domiciliar de documentos. 
 Comentários: De fato, segundo o art. 58, §3º da CF, as comissões 
parlamentares de inquérito (CPI) possuem poderes de inve stigação próprios das 
autoridades judiciais, podendo, dentre outros, determin ar a quebra do sigilo 
bancário e fiscal de pessoas investigadas. Contudo, a s CPI não podem, por 
autoridade própria, determinar a busca e apreensão do miciliar de documentos. 
Para fazer isso, as CPI necessitam de autorização judicial . Outras medidas que 
as CPI não podem adotar sem autorização judicial são: d eterminar medidas 
processuais de garantia, tais como sequestro e indispo nibilidade de bens; 
impedir que pessoa saia do país ou apreender passap orte; determinar a quebra 
do sigilo telefônico para ter acesso ao conteúdo das co nversas (a quebra do 
sigilo telefônico pelas CPI se limita ao acesso à lista dos números 
chamados/recebidos). 
Gabarito: