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Geografia - resumao

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Geografia 
Página | 1 
 
Sumário 
Movimentos da Terra ................................................. 2 
Pontos cardeais e subdivisões ..................................... 2 
Fusos horários ............................................................ 2 
Tipos de projeções cartográficas ................................. 2 
Classificações .............................................................. 3 
Mercator .................................................................... 3 
Peters ......................................................................... 3 
Goode ........................................................................ 3 
Anamorfose ................................................................ 3 
Escalas ........................................................................ 3 
Formação do planeta .................................................. 3 
Composição química ................................................... 3 
Composição física ....................................................... 3 
Teoria da deriva continental ....................................... 4 
As correntes de convecção ......................................... 4 
Dinâmica interna ........................................................ 4 
Escudos Cristalinos ..................................................... 5 
Bacias sedimentares ................................................... 5 
Dobramentos modernos ............................................. 5 
Terrenos cristalinos .................................................... 5 
Bacias sedimentares ................................................... 5 
Rochas magmáticas ou ígneas ..................................... 6 
A exploração mineral no Brasil .................................... 6 
Os projetos minerais ................................................... 6 
Principais jazimentos minerais .................................... 6 
Questão ambiental e mineração ................................. 7 
Planaltos ..................................................................... 7 
Planícies ..................................................................... 7 
Depressões ................................................................. 8 
Classificações do relevo brasileiro ............................... 8 
Solos ........................................................................... 8 
Fatores que influenciam na formação de um solo ....... 9 
O perfil de um solo ..................................................... 9 
Latossolos ................................................................... 9 
Argilosos ..................................................................... 9 
Cambissolos ................................................................ 9 
Litossolos .................................................................... 9 
Vertissolos ................................................................ 10 
Preservação, conservação e correção dos solos ........ 11 
Estudo dos gases ...................................................... 11 
Elementos do tempo ................................................ 11 
Principais fatores que influenciam no clima .............. 11 
Precipitações mais comuns no Brasil ........................ 12 
As massas da atmosfera ........................................... 12 
Massas de ar no Brasil .............................................. 12 
El Niño ..................................................................... 12 
La Niña ..................................................................... 12 
Ciclones tropicais ..................................................... 12 
Furacões .................................................................. 13 
Tornados .................................................................. 13 
Intensificação do efeito estufa ................................. 13 
Intensificação da chuva ácida ................................... 14 
Desertificação .......................................................... 14 
Desmatamento ........................................................ 14 
Coluna de gases ....................................................... 15 
Camadas .................................................................. 15 
Bacias hidrográficas ................................................. 15 
Biomas das Savanas ................................................. 16 
Amazônica ............................................................... 17 
Mata Atlântica ......................................................... 18 
Mata dos Pinhais/Florest a de Araucárias ................. 18 
Mata de Cocais......................................................... 18 
Matas ciliares/galeria ............................................... 18 
Cerrado .................................................................... 18 
Caatinga ................................................................... 18 
Campos .................................................................... 19 
Pantanal................................................................... 19 
Mangues .................................................................. 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
Página | 2 
 
Orientação e localização 
Movimentos da Terra 
1. Rotação: movimento que a Terra faz ao girar em torno 
do seu próprio eixo, do Oeste para o Leste, em 24 
horas, definindo os dias e as noites. 
 
2. Translação: movimento que a Terra e os outros 
planetas fazem ao redor do Sol, no sentido Oeste para 
Leste, em um percurso de 365 dias, definindo as 
estações do ano. 
 
Solstícios 
 Momentos que o Sol incide perpendicularmente sobre 
um dos trópicos, de Câncer ou Capricórnio. 
 Causa distribuição irregular da luz e do calor do Sol nos 
Hemisférios Norte e Sul. 
 Os dias e as noites apresentam duração desigual. 
 
Mês 6: no Hemisfério Sul inicia o inverno e tem o dia mais curto 
do ano, e no hemisfério norte inicia o verão, com o dia mais 
longo do ano. 
 
Mês 12: no Hemisfério Sul inicia o verão e no Hemisfério Norte 
inicia o inverno. 
 
Equinócio 
 Momentos que o Sol incide perpendicularmente sobre 
a língua equatorial. 
 Causa distribuição igualitária da luz e do calor pelos 
Hemisférios Norte e Sul. 
 Os dias e as noites apresentam igual duração em toda 
a Terra. 
 
Mês 3: início do outono no Hemisfério Sul e da primavera no 
Hemisfério Norte. 
 
Mês 9: início da primavera no Hemisfério Sul e do outono no 
Hemisfério Norte. 
 
 Periélio: ponto da órbita do planeta está mais próximo 
ao sol, próximo ao dia 4 de janeiro. 
 Afélio: ponto da órbita está mais afastado do sol, 
tendo menor velocidade de translação em toda a sua 
órbita, no dia 4 de julho. 
 
Pontos cardeais e subdivisões 
 O sol nasce no Leste e se põe no Oeste. 
 
 Norte: setentrional, setentrião 
 Sul: meridional, meridião 
 Leste: levante, oriente, nascente 
 Oeste: poente, ocidente, ocaso 
 
Meridianos 
 Cortam a Terra no sentido longitudinal. O de origem é 
o de Greenwich, a partir do qual pode ser definido as 
longitudes. 
 Longitude: de 0º até 180º, a partir do Meridiano de 
Greenwich (L ou O). 
 
Paralelos 
 Latitude: 0º até 90º, a partir do Equador (N ou S). 
 Círculos que cruzam os meridianos 
perpendicularmente, com origem no Equador, de onde 
determina as latitudes. 
 
Fusos horários 
 As horas aumentam para o leste e diminuem para o 
oeste. 
 Ao se ultrapassar a linha internacional de data, deve-se 
alterar a data para o dia anterior (a leste) ou seguinte 
(a oeste). 
 
Projeções cartográficas 
1. Mapa: representação de fenômenos físicos, bióticos 
ou socioeconômicos, sem uma finalidade específica. 
Exemplos: mapa dos Estados do Brasil, mapa de relevo, 
mapa de municípios. 
 
2. Carta: representação de fenômenos espaciais com 
uma finalidade prática. Exemplos: cartas topográficas 
(para avaliar altitudes), cartas de navegação, cartas 
geotécnicas(para o planejamento urbano). 
 
3. Planta: um caso particular de carta, que se restringe a 
uma área muito limitada e a escala é grande, 
consequentemente, com um número maior de 
detalhes. 
 
Tipos de mapas 
1. Gerais: quando se destinam ao público em geral, 
normalmente com pequena escala, como mapas de 
grandes regiões, países, continentes, mapas-múndi. 
 
2. Especiais: destinam a determinados profissionais, 
sendo mais específicos, mais técnicos, e geralmente 
com grande escala, como em mapas econômicos, 
científicos, cartas náuticas. 
 
3. Temáticos: quando se destinam ao estudo, análise e 
pesquisa de determinados temas, como geologia, 
pedologia, demografia. 
 
Tipos de projeções cartográficas 
Cônicas 
 É tangente às médias latitudes, a partir das quais as 
deformações aumentam, tanto em direção ao polo 
quanto ao Equador. 
 Apresentam meridianos retos e paralelos curvos. 
 Representam regiões de médias latitudes. 
 
Azimutais 
 Plano de projeção tangente às altas latitudes (um dos 
polos), a partir das quais as deformações aumentam 
em direção às menores latitudes. 
 Mais utilizados em regiões polares. 
 
Cilíndricas 
 Projeção tangente ao Equador, a partir de onde as 
deformações aumentam em direção às altas latitudes. 
 Deformam exageradamente as regiões polares. 
 Representam regiões de baixa latitude. 
 A mais utilizada é a de Mercator, com o planeta 
centralizado na Europa. 
 
Geografia 
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Classificações 
1. Equidistantes: não representam deformações lineares 
para algumas linhas, sendo em escala uniforme. 
 
2. Conformes: representam, sem deformação, todos os 
ângulos em torno de quaisquer pontos, não 
deformando pequenas regiões. 
 
3. Equivalentes: não alteram as áreas, conservando a 
mesma relação com a área de todo o mapa. 
 
4. Afiláticas: não conservam nenhuma das propriedades. 
 
Projeções mais importantes 
Mercator 
 Projeção cilíndrica conforme, elaborada no século XVI, 
para os navegadores. 
 Apresentam meridianos e paralelos em linhas retas. 
 Manteve as formas dos continentes, mas não 
respeitou as proporções reais. 
 Regiões polares de maneira exagerada. 
 É excelente para navegação. 
 Dispõe a Europa no centro do mapa. 
 
Peters 
 Cilíndrica e tangente ao Equador. 
 Aproximasse da realidade, a proporção de tamanho 
entre os continentes sem se preocupar com a 
equivalência das distâncias. 
 Alteram as formas para manter as reais proporções 
dos continentes. 
 Destaca o continente africano no centro do mapa. 
 Propõe a valorização do mundo subdesenvolvido, 
mostrando sua área real. 
 
Goode 
 Tenta eliminar várias áreas oceânicas. 
 
Anamorfose 
 Mapas esquemáticos, sem escala cartográfica. 
 As áreas sofrem deformações matematicamente 
calculadas, tornando diretamente proporcionais a um 
determinado critério considerado. 
 
Convenções cartográficas 
Curvas de nível: método utilizado para representar o relevo 
terrestre, permitindo um valor aproximado da altitude em 
qualquer ponto do mapa. 
 Mias próximas significam declives mais elevados. 
 Com valores elevados no centro, representam 
montanhas ou montes. 
 
Escalas 
 E = dimensão no mapa/ Dimensão no terreno real 
 
1. Escala numérica: relação entre comprimento no mapa 
e a distância no terreno. 
2. Escala gráfica: segmento de reta graduada. 
 
 Numa pequena escala, o mais importante é mostrar as 
estruturas básicas dos elementos e não a exatidão de 
detalhes. 
 Numa grande escala, existe uma maior preocupação 
com os detalhes. 
 
Formação do planeta 
 A explicação científica mais aceita é a Teoria da Grande 
Explosão, o Big Bang, a qual considera que nosso 
Universo começou entre 14 e 14 bilhões de anos, a 
partir de uma “explosão” cósmica. 
 Embora tenha se esfriado, a Terra continua em 
transformação constante, visto que atividades 
geológicas, como vulcanismo e terremotos, estão 
sempre se manifestando na crosta. 
 Essas atividades são geológicas são determinadas por 
mecanismos térmicos: um interno e outro externo. 
 
Mecanismo interno: conduzido pela energia térmica 
aprisionada durante a origem do planeta e gerada pela 
radioatividade em seus níveis mais profundos. 
 O calor interno controla os movimentos no manto e no 
núcleo, suprindo energia para fundir rochas, mover 
continentes e soerguer montanhas. 
 
Mecanismo externo: conduzido pela energia solar. 
 O calor do Sol energiza a atmosfera e os oceanos e é 
responsável pelo nosso clima e pelas condições 
meteorológicas do tempo. 
 Chuva, vento e gelo erodem montanhas e modelam a 
paisagem. 
 
Estrutura interna da Terra 
 Baseada pela composição química e as propriedades 
físicas. 
 
Composição química 
Crosta terrestre: contém os materiais mais leves e com baixas 
temperaturas de fusão, que constituem diversos compostos de 
sílica, alumínio, cálcio, magnésio, ferro, sódio e potássio, 
combinados com oxigênio. 
 Continental: é a mais espessa, composta por rochas 
“graníticas”, fortemente deformada e influi as rochas 
mais antigas do planeta. 
 Oceânica: menos espessa, composta por rochas 
vulcânicas densas chamadas de basalto e, menos 
deformada e geologicamente mais jovem. 
 
Manto: constituído pelos materiais de densidade intermediária 
deixados na porção mediana da Terra, após os mais pesados 
terem mergulhado para o centro e os mais leves terem 
ascendido para a superfície. 
 É composto por rochas de densidade fluida formadas 
por compostos de oxigênio com ferro, magnésio e 
sílica. 
 
Núcleo: composto basicamente por ferro, é a massa central do 
planeta, sendo muito denso, responsável por 32% da massa. 
 
Composição física 
1. Litosfera: camada externa rígida, resistente e sólida. 
Influi a crosta e a porção mais externa do manto 
superior. 
 
2. Astenosfera: abaixo da litosfera, ainda no manto 
superior, existe uma zona na qual a temperatura e a 
Geografia 
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pressão são muito elevadas, com material 
parcialmente fundido, em que as rochas perdem sua 
resistência, tornando-se plásticas e fluidas. 
 
3. Mesosfera: camada de estrutura interna da Terra, que 
se situa entre a astenosfera e o núcleo. 
 
4. É constituída por materiais rígidos, com rochas mais 
resistentes e mais rígidas, devido as elevadas pressões 
que compensam assaltas temperaturas. 
 
5. Núcleo terrestre: subdividido em externo líquido e 
interno sólido. 
 
Dinâmica das placas tectônicas 
 A litosfera é dividida em doze placas principais que 
realizam três tipos de movimento: convergência, 
divergência e tangencial. 
 Ao longo do tempo geológico, os continentes 
encravados na litosfera deslocam-se, juntamente com 
as placas em movimentos. 
 
Teoria da deriva continental 
 Teoria de que há milhões de anos, a Terra se tratava 
de um supercontinente, a Pangeia, rodeada por um 
enorme oceano. 
 Esses foram se fraturando e seus fragmentos 
constituíram os continentes que hoje existem 
 Para comprovar a existência de um supercontinente, 
em que seria possível agrupar todos, Wegener 
fundamentou sua hipótese em diversos dados: 
 
Paleológicos: semelhança na fauna e na flora antiga em regiões 
separadas hoje por oceanos. 
 
Paleontoclimáticos: existência de climas idênticos, que 
ocorrem simultaneamente, em diferentes zonas. 
 
 As correntes de convecção do manto poderiam 
promover a movimentação das placas, ocasionando a 
formação de uma nova crosta oceânica. 
 
As correntes de convecção 
 É o movimento da astenosfera, em que faz os 
continentes de moverem. 
 É decorrente das diferenças de temperatura do 
material viscoso que a compõe 
 
Isostasia: resulta da flutuação das placas tectônicas sobre o 
material mais denso da astenosfera, cujo equilíbrio depende das 
suas densidades relativas e do peso da placa. 
 Caso ocorra um aumento do peso da placa, esta 
afundará, ocorrendo uma elevação quando o peso 
sobre ela diminuí. 
 
A teoria da tectônica de placas 
1. Verificação do fato de que o assoalho oceânico é 
jovem econtém muitas feições fisiográficas. 
2. Comprovação científica da distribuição de terremotos 
e vulcanismo ao longo das trincheiras oceânicas e 
cadeias de montes submarinos. 
3. Constatação de que o magnetismo das rochas da 
crosta continental demonstra a mobilidade dos 
continentes. 
 
 Essa teoria comprovou o movimento da litosfera sobre 
a astenosfera. 
 De acordo com a teoria, a litosfera é dividida por placas 
e estas deslizam por razão da movimentação das 
correntes de convecção no interior da Terra. 
 O calor oriundo do núcleo da Terra esquenta o manto 
e faz os materiais nele presentes subirem. Essas partes 
resfriam e voltam a descer. São essas correntes que 
movimentam lentamente as placas que formam a 
crosta da Terra. 
 
Os três tipos básicos de limites de placa 
Limites divergentes: uma nova crosta é formada. O movimento 
de divergência pode ocorrer pela separação de placas tanto no 
oceano quanto no continente. 
 Continentes: essas áreas são marcadas por vales em 
atividade vulcânica e terremotos. 
 
Limites convergentes: a crosta é destruída, enquanto uma placa 
“mergulha” sob a outra. 
 Colisão entre duas placas oceânicas: uma mergulha 
em plano inclinado sob a outra, provocando uma 
depressão ou fossa no fundo do mar. 
 Colisão de uma placa oceânica com uma placa 
continental: a placa oceânica, como é menos espessa 
e mais densa, mergulha sob a continental, provocando 
uma deformação na placa continental que enruga, 
criando-se, na sua margem, uma cadeia de montanhas 
associadas à atividade vulcânica. Ocasionam sismos, 
vulcanismo e formação de cadeias montanhosas. 
 Colisão de duas placas continentais: o mergulho de 
uma sobre a outra é dificultado, por terem espessuras 
e densidades parecidas. Assim, sofrem uma 
compressão crescente, originando enrugamentos em 
suas bordas, dando origem a extensas cadeias 
montanhosas marcadas por forte atividade sísmica. 
Esses limites estão atrelados a violentos terremotos, 
devido à natureza quebradiça das placas continentais. 
 
Limites transformantes: as placas deslizam horizontalmente 
uma em relação a outra, assim, a crosta não é destruída nem 
produzida, ocasionando forte atividade sísmica. 
 
Dinâmica interna 
 As diversas formas da crosta terrestres se encontram 
em constante modificação em razão da atuação de 
forças internas (agentes endógenos) e externas 
(agentes exógenos). 
 
Agentes endógenos 
 Forças que atuam de forma lenta e prolongada na 
superfície da Terra. 
 
1. Epirogênese: forças internas atuam verticalmente em 
áreas da crosta terrestre que possuem rochas 
resistentes e com pouca plasticidade, os blocos 
rochosos podem fragmentar-se, deslocar-se, sofrer 
rebaixamento ou soerguimento, dando origem às 
falhas-rupturas e aos desnivelamentos das camadas 
rochosas. 
Geografia 
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 São lentos na escala geológica. 
 
2. Orogênese: representada por esforços internos 
horizontais da crosta terrestre, de curta duração 
geológica, mas de grande intensidade, gerando 
desdobramentos, fraturas e falhas. 
 
Vulcanismo 
 Atividade de expulsão do material magmático do 
interior da crosta terrestre para a superfície. 
 Vulcões são pontos de saúda do magma que ascende 
até a superfície por meio de aberturas ou fendas na 
crosta em regiões instáveis. 
 No oceano, onde o magma ascende nas bordas 
tectônicas divergentes, o material magmático cria um 
novo assoalho oceânico. 
 A maior parte dos vulcões do mundo está concentrada 
no Círculo de Fogo do Pacífico. 
 Ao liberar enorme quantidade de energia, podem 
provocar violentos tremores. 
 
Hot spots em regiões oceânicas: as erupções são geralmente 
calmas e caracterizadas pelo escoamento de lava basáltica. 
 Origem do Havaí. 
 
Hot spot em regiões continentais: as erupções são mais 
violentas, do tipo explosivo. 
 
Os gêiseres 
 Jatos intermitentes e periódicos de água a vapor de 
água a elevadas temperaturas. 
 Típicos de regiões vulcânicas. 
 
Abalos sísmicos 
Acomodação das camadas: os desmoronamentos internos 
podem ser provocados pela dissolução das rochas, pela 
circulação da água subterrânea ou pela acomodação dos 
sedimentos compactados. 
 
Tectônica de placas: responsável pelos grandes abalos da crosta 
terrestre, ligadas ao movimento das placas nos limites, gerando 
um grande acúmulo de energia nas bordas tectônicas. 
 As rochas, quando estão no limite de resistência, 
sofrem faturamento ou deslizamentos, com emissão 
de vibrações e liberação de energia. 
 
Estruturas geológicas 
 Base rochosa sobre a qual se assentam as formas de 
relevo. 
 Caracterizadas pelos tipos de rocha predominantes, 
pelo seu processo de formação e pelo tempo geológico 
em que surgiram. 
 
Escudos Cristalinos 
 Formados na Era Pré-Cambriana. 
 Constituídos por rochas cristalinas ou metamórficas 
bastante antigas, como a gnaisse. 
 Correspondem aos terrenos mais atingidos pelos 
processos erosivos e também tectonicamente estáveis. 
 Abrigam grandes reservas de minerais metálicos, como 
ouro, ferro, manganês, bauxita. 
 
Bacias sedimentares 
 Áreas côncavas existentes no embasamento cristalino 
recobertas por sedimentos de diferentes origens que 
foram transportados e depositados ao longo do 
tempo geológico. 
 Datam da Era Paleozoica, da Mesozoica e da 
Cenozoica. 
 Formadas por grandes pacotes de rochas 
sedimentares e são marcadas pela presença de 
combustíveis fósseis, como carvão mineral, petróleo, 
gás natural e minerais não metálicos, como calcário. 
 
Dobramentos modernos 
 Origem no entrechoque de placas em recentes 
acomodações tectônicas do final da Era Mesozoica. 
 Regiões de terrenos mais recentes, produzidos pela 
tectônica das placas e, por isso, instáveis, nos quais 
predominam uma intensa atividade sísmica e 
vulcanismos. 
 
Estrutura geológica do Brasil 
 O território brasileiro está localizado no centro da 
Placa Tectônica Sul-Americana, distante da borda 
ocidental e oriental. 
 Está menos susceptível aos abalos sísmicos de grande 
magnitude e às manifestações vulcânicas ativas. 
 A estrutura é formada por escudos cristalinos e as 
bacias sedimentares. 
 
Terrenos cristalinos 
 Dividido em Escudo das Guianas e Escudo Brasileiro. 
 São constituídos por rochas magmáticas intrusivas e 
rochas metamórficas que formam o embasamento 
cristalino brasileiro. 
 Apresentam grande importância econômica pois nelas 
se encontram as principais jazidas de minerais 
metálicos. 
 Ex: Quadrilátero Ferrífero, Serra dos Carajás, Maciço 
do Urucum. 
 
Bacias sedimentares 
 Formadas em épocas diversas do tempo geológico. 
 Importância econômica ligada à presença de recursos 
minerais energéticos, como o petróleo e o carvão 
mineral. 
 Ex: Amazônica, Meio-Norte, Paraná, São Francisco, 
Pantanal Mato-grossense. 
 
A coluna geológica – história da evolução terrestre 
1. Cenozoico 
 Último período glacial, mudanças climáticas globais. 
 Aparecimento do homem. 
 Formação das bacias sedimentares recentes. 
 Formação dos desdobramentos modernos. 
 Continentes assumiram atual contorno. 
 Formação das bacias sedimentares. 
 Formação da calota polar Antártica. 
 Formação das ilhas oceânicas brasileiras. 
 
2. Mesozoico 
 Formação das bacias sedimentares e do petróleo. 
 Surgimento e extinção dos dinossauros. 
Geografia 
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 Intensa atividade vulcânica. 
 Fragmentação da Pangeia dando origem a duas massas 
continentais: Gondwana e Laurásia. 
 
3. Paleozoico 
 Formação da Pangeia. 
 Formação das grandes florestas de coníferas. 
 
4. Pré-Cambriano 
 Formação das rochas mais antigas. 
 Formação dos escudos cristalinos. 
 Formação das jazidas de minerais metálicos. 
 Surgimento da vida. 
 Formação da atmosfera. 
 Formação da Terra. 
 
Clico das Rochas 
Rochas magmáticas ou ígneas 
 Resultam da consolidação e da cristalização do magma. 
 Intrusivas ou plutônicas: como se formam no interior 
da crosta, são rochas que se resfriam lentamente, 
como o granito. Extrusivas ou vulcânicas: formam-se na superfície do 
planeta e o seu arrefecimento é rápido, como o 
basalto. 
 
1. Rochas sedimentares 
 Compostas de sedimentos transportados pela água e 
pelo vento, acumulando em áreas rebaixadas. 
 Formam-se pela deposição de partículas originadas 
pela erosão de outras rochas, pela deposição dos 
materiais de origem biológica e pela precipitação de 
substâncias em solução. 
 Clásticas ou detríticas: formadas pela agregação dos 
fragmentos de outras rochas, como o arenito. 
 Orgânicas: formadas a partir da agregação de 
materiais orgânicos, como o carvão mineral. 
 Químicas: formadas por sedimentos cujas estruturas 
foram modificadas a partir de reações químicas. 
 
2. Rochas metamórficas 
 Surgem quando altas temperaturas e pressões do 
interior da Terra atuam em qualquer outro tipo de 
rocha, alterando sua constituição. 
 Exemplo: visto e mármore. 
 
Recursos minerais do Brasil e do mundo 
 Em alguns países, como no Chile, a atividade extrativa 
mineral responde por mais de 20% do PIB, e em 5% no 
Brasil. 
 Apesar da importância do extrativismo mineral para o 
mundo moderno, essa atividade tem sido vista como 
uma das responsáveis pela degradação ambiental. 
 
A exploração mineral no Brasil 
 O Brasil está entre os cinco países com maior potencial 
de descobertas minerais, ao lado da Austrália, do 
Canadá, dos EUA e da Rússia, porém, é apenas o oitavo 
país em investimentos em exploração mineral. 
 Na década de 1990, o Brasil aderiu ao Neoliberalismo 
e deu início às privatizações nos setores petroquímicos 
e de extrativismo mineral. 
 7 grandes empresas respondem por 94% da produção 
de ferro nacional, sendo elas a Vale S.A., Minerações 
Brasileiras Reunidas, Mineração da Trindade, Ferteco 
Mineração, Samarco Mineração, Cia. Siderúrgica 
Nacional e Itaminas Comércio de Minérios. 
 
Áreas mineralógicas do Brasil 
 Reservas abundantes: ferro, manganês, cníquel, 
bauxita, cristal de rocha, berilo, Magnesita, calcário. 
 Reservas suficientes: ouro, cobre, zinco, potássio, 
xisto. 
 Reservas deficientes: chumbo, prata, platina, cromo, 
enxofre, petróleo, carvão e gás natural. 
 
Os projetos minerais 
1. Quadrilátero Ferrífero (MG) 
 Uma das principais regiões de exploração de minério 
de ferro do país, atendendo ao mercado interno e 
externo, possuindo também na região jazidas de 
manganês, cobre, níquel e bauxita. 
 A produção é escoada por meio de dois corredores: a 
Estrada de Ferro Vitória-Minas, que liga a região do 
Quadrilátero aos portos de Vitória e Tubarão – ambos 
no ES, e a Estrada de Ferro Central do Brasil, que liga o 
Quadrilátero ao Porto de Sepetiba, RJ. 
 
2. Projeto Grande Carajás (PA) 
 Foi lançado em 1979 com o objetivo de tornar viável a 
exploração mineral na região da Serra de Carajás, uma 
grande província mineralógica que contém a maior 
reserva mundial de ferro de alto teor, além de 
manganês, cobre e ouro. 
 Atraiu grandes contingentes populacionais para o sul 
do Pará e o impacto socioambiental foi inevitável. 
 
Projeto Trombetas (PA) 
 Extração de bauxita da Serra do Oriximaná junto ao 
Vale do Rio Trombetas, no noroeste do Pará. 
 A bauxita é destinada ao abastecimento de um 
complexo industrial onde é transformada em alumínio, 
sendo exportada depois para o mercado japonês. 
 
Serra do Navio (AP) 
 Foi até a década de 1990 a principal mina de manganês 
do Brasil. 
 A exaustão dessa mina foi compensada com a definição 
de novas reservas no sul do Pará. 
 
Maciço do Urucum (MS) 
 Corresponde a uma área produtora de minério de ferro 
e manganês. 
 A produção oriunda dessa área abastece, 
principalmente, países como Paraguai, Argentina e 
Bolívia. 
 
Principais jazimentos minerais 
Minério de ferro 
 Minera mais abundante no mundo, com jazidas em 
poucos países, sendo que apenas 5 detém 77%. 
 O Brasil possui 8,3% do total, a quinta maior do mundo. 
 As reservas do Brasil e da Austrália apresentam o maior 
teor de ferro. 
 Ocupamos o 2º lugar na produção mundial, perdendo 
apenas para a China. 
Geografia 
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 Os maiores produtores: EUA, Brasil, China e Austrália. 
 
Manganês 
 Importante para a industrialização devido á 
empregabilidade na indústria (química, cerâmica, 
baterias elétricas, fertilizantes). 
 É encontrado em terrenos antigos do Proterozoico, 
geralmente associado ao minério de ferro. 
 O Brasil é o terceiro produtor mundial, sendo o 
primeiro a África do Sul. 
 Internamente, é utilizado nas siderúrgicas compondo 
ligas com o ferro na produção de aço. 
 A produção brasileira está concentrada no estado do 
Pará, na Serra dos Carajás, em Minas Gerais, no 
Quadrilátero Ferrífero e no Amapá, na Serra do Navio. 
 No mundo, as mais importantes reservas estão na 
Rússia, África do Sul, Austrália, índia, México, Gana, 
Hungria e Marrocos. 
 
Alumínio 
 Abundante, mas não encontrada de forma isolada, e o 
processo de industrialização desse metal exige alto 
consumo de energia elétrica. 
 O minério bauxita é a principal fonte para a obtenção 
de alumínio, e a sua extração é realizada no Vale do Rio 
Trombetas, no Pará. 
 No mundo, os principais produtores são China, Rússia, 
Canadá, EUA e Austrália. 
 
Estanho 
 Obtido da cassiterita, utilizado na composição das ligas 
metálicas. 
 Mundo: China, Malásia, Tailândia, Indonésia, Bolívia. 
 As principais áreas de produção estão nos estados do 
Amazonas, Rondônia, Minas Gerais, Pará, Mato Grosso 
e Goiás. 
 
Cobre 
 Mercado dominado pelo Chile e pelos EUA, tanto na 
reserva e na produção. 
 No Brasil, concentra-se nos estados da Bahia, do Pará 
e de Goiás, sendo insuficiente para atender ao 
consumo interno e, importando do Chile e do Peru. 
 Mundo: EUA, Peru, China, Austrália e Peru. 
 
Ouro 
 A produção brasileira atende ao mercado interno e 
externo, sendo Minas Gerais o principal produtor 
nacional, seguido do Pará. 
 Os maiores produtores são África do Sul, EUA, 
Austrália, Canadá, Rússia e Brasil. 
 
Nióbio 
 Utilizado na composição de ligas metálicas que 
requerem resistência e leveza. 
 O Brasil detém grande parte das reservas e da 
produção mundial (maior produtor seguido da Rússia), 
se concentrando em Minas Gerais, Amazonas e Goiás. 
 
Chumbo 
 Produção brasileira em Minas, Rio Grande do Sul, 
Paraná e Bahia, com reduzida participação na 
produção e em reservas. 
 As maiores reservas estão na Austrália, China, EUA, 
Canadá, Peru e México. 
 
Lítio 
 Os maiores produtores mundiais são a Bolívia, o Chile 
e a China. 
 
Questão ambiental e mineração 
 Os minerais são considerados matérias-primas não 
renováveis e, os efeitos ambientais negativos estão 
associados às diversas fases de exploração, como a 
abertura de cavas, com retirada da vegetação, 
escavação, movimentação de terra e modificação da 
paisagem local, o uso de explosivos no desmonte de 
rocha, provocando a vibração do terreno e o 
lançamento na atmosfera de fragmentos, gases, 
poeira, al[em do transporte que afeta a água, o solo e 
o ar. 
 A Constituição de 88 determina que a utilização dos 
recursos mineiras deixa o empreendedor obrigado a 
recuperar o meio ambiente degradado. 
 RIMA, uma empresa interessada na exploração mineral 
exige a apresentação de um relatório de impacto 
ambiental e um plano de recuperação da área 
degradada pela mineração. 
 
As formas de relevo 
 São resultado da interação dos fatores endógenos e 
exógenos. 
 
Planaltos 
 Área de topografia irregular, com altitudes superiores 
à 300m, na qual predominam os processos erosivos. 
 Cristalinos: constituídos de rochas cristalinas, ígneas e 
metamórficas, que são o embasamento de antigos 
terrenos que foram desgastados pela erosão. 
 Sedimentares: originados de áreas de rochas 
sedimentares, as quais eram baixas e foram erguidas 
por movimentos internos da crosta ou tornam-se 
relativamente elevadas em razão da erosão adjacente. 
 Basálticos: formados por rochas ígneas extrusivasou 
vulcânicas. 
 
Formas de relevo planálticas 
Chapadas: forma planáltica de superfície aplainada, ou seja, 
tubular, e encostas de declive acentuado ou quase verticais. 
 Origem sedimentar, com camadas horizontais 
estratificadas. 
 Apresentam topos aplainados. 
 
Cuestas: forma assimétrica e ocorre em bacias sedimentares 
sob a forma de mesas inclinadas. 
 
Inselbergs: relevos residuais que surgem em áreas pediplanadas 
em paisagem árida ou semiárida. 
 Originados de intenso processo erosivo, típico de 
ambientes secos. 
 
Planícies 
 Área de topografia suave na qual predominam os 
processos de sedimentação. 
 Apresentam altitudes inferiores à 100 metros. 
Geografia 
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 São comumente encontradas nas porções mais 
rebaixadas das bacias hidrográficas ou nas regiões 
litorâneas. 
 
Tipos 
 Costeiras: situadas próximo ao litoral. 
 Continentais: situadas no interior dos continentes. 
 Fluviais: formadas por depósitos fluviais. 
 Lacustres: formadas por lagos. 
 
Depressões 
 Área de topografia suave, na qual predominam 
processos erosivos. 
 Absolutas se localizam abaixo do nível do mar. 
 Relativas, quando estão acima do nível do mar. 
 Periféricas, quando se formam em zona de contato 
entre terrenos sedimentares e estruturas cristalinas. 
 Marginais, quando margeiam as bacias sedimentares. 
 
Relevo brasileiro 
 O Brasil apresenta um relevo modesto no que se refere 
à altimetria, sendo apenas o Pico da Neblina, em 
Roraima, que ultrapassa os 3 mil metros. 
 Isso se explica pela inexistência de dobramentos 
modernos e a intensa ação erosiva ligada ao clima e às 
temperaturas. 
 
Classificações do relevo brasileiro 
Aroldo de Azevedo 
 Planaltos e planícies. 
 Baseada na altimetria do relevo, em que as planícies 
são áreas que alcançam 100m de altitude e os 
planaltos, superam. 
 
Aziz Nacib Ab’Saber 
 Critérios relacionados à geomorfologia e à estrutura 
geológica, ou seja, levaram em consideração as formas 
de relevo, tomando como base a sua estrutura 
geológica. 
 
Jurandyr Ross 
 Proposta atual, em que Ross baseou-se nos trabalhos 
anteriores, introduzindo uma nova unidade de relevo: 
as depressões. 
 
O relevo submarino 
 As profundidades são modestas, o que proporciona 
uma boa penetração da luz solar. 
 Há condições propícias para que a vegetação marinha 
se desenvolva, o que torna essa área muito importante 
para atividades ligadas à pesca. 
 As depressões tornam-se, ao longo do tempo 
geológico, bacias sedimentares importantíssimas para 
a exploração de petróleo em águas oceânicas. 
 
Agentes exógenos 
 Atuam em conjunto na superfície terrestre, modificam 
suas formas, originando novas paisagens no decorrer 
da história geológica do planeta. 
 A intensidade da ação estará relacionada ao clima e ao 
tipo de rocha presente na crosta terrestre. 
 
 
Intemperismo ou meteorização 
 Processo pelo qual as rochas são desgastadas na 
superfície do globo terrestre, podendo ser influenciado 
por vários fatores: 
 
1. Clima: a variação de temperatura e da distribuição das 
chuvas determina o tipo e a velocidade. 
2. Relevo: o tipo de inclinação pode favorecer ou não a 
penetração de água. 
3. Tempo: velocidade a qual a rocha intemperiza. 
4. Constituição mineralógica: os tipos de minerais e a 
forma com que eles estão agregados influencia no 
intemperismo. 
5. Estrutura da rocha: as rochas que possuem muitos 
poros ou fraturas podem permitir uma maior 
percolação das soluções. 
 
O intemperismo químico ou decomposição 
 Promove a quebra da estrutura química dos minerais 
que compõem a rocha. 
 Seu principal agente é a água, que provoca uma reação 
química nas rochas. 
 Ocorre quando os minerais de uma rocha são 
quimicamente alterados ou dissolvidos. 
 Nas áreas equatoriais e tropicais, quentes e úmidas, é 
mais intenso e produz formas de relevo mais 
arredondadas, como os mares de morros. 
 
Intemperismo físico ou desintegração mecânica 
 Ocorre quando a rocha é fragmentada por processos 
mecânicos que não alteram a sua constituição química. 
 É típico de áreas sujeitas a climas polares, áridos ou 
semiáridos. 
 Em áridas, por exemplo, durante o dia, as rochas são 
submetidas a elevadas temperaturas e, com isso, 
dilatam-se; já à noite, as rochas se contraem devido à 
diminuição das médias térmicas. Como a dilatação e a 
contração não ocorrem por igual, pois os minerais 
apresentam diferentes coeficientes, a rocha 
desintegra-se. 
 
Intemperismo biológico 
 Ocorre devido à ação dos seres vivos, atreladas ao 
intemperismo físico e químico. 
 Bactérias e algas que adentram fraturas presentes na 
rocha produzem ácidos que, ao desgastarem a rocha, 
estão realizando intemperismo químico. 
 As raízes, por sua vez, são responsáveis pelo desgaste 
das rochas, mas em maior proporção, já que, para 
crescerem, demandam maior espaço, manifestando 
intemperismo físico. 
 
Pedologia: formação e tipos de solo 
Solos 
 São considerados fatores essenciais à formação de um 
solo a presença da rocha-matriz em decomposição, 
presença de ar, água e matéria orgânica. 
 
Elementos formadores de um solo 
Minerais: determinam a textura de um solo e sua composição 
físico-química, a qual determina a fertilidade. 
 
Geografia 
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Matéria orgânica: os materiais decompostos de origem animal 
e vegetal constituem os húmus, essencial à liberação de 
nutrientes, como nitrogênio e o fósforo. 
 
Ar: pode ser encontrado nas partes de maior porosidade e que 
ainda não foram atingidas pela água. 
 É fundamental para o crescimento de vegetação, pois 
as raízes das plantas precisam de oxigênio para realizar 
sua respiração. 
 
Água: essencial para o desenvolvimento de vegetais devido ao 
gás carbônico, ao oxigênio e aos sais minerais nela presentes. 
 
Fatores que influenciam na formação de um solo 
O clima: determina a morfologia do solo, já que a temperatura 
e a umidade são fatores que estabelecem o grau de 
intemperismo da rocha matriz. 
 
Presença de organismos vivos: determina a presença dos 
húmus e a consequente fertilidade do solo. 
 
O relevo: condiciona o movimento superficial da água, o que 
influencia na profundidade do solo e nos processos erosivos que 
podem ocorrer. 
 
O tempo: a evolução do solo está diretamente ligada à 
decomposição da rocha-matriz. 
 A formação do solo é resultado de reações químicas 
que necessitam de um determinado período para se 
manifestarem. 
 
O perfil de um solo 
1. Horizonte O: camada superficial, com “O” de orgânico. 
 Praticamente constituído por húmus. 
 Possui cor escura e é rico em nutrientes. 
 
2. Horizonte A: mistura de húmus e matéria mineral: 
argila e areias. 
 Rico em nutrientes e possui cor escura. 
 É o primeiro a ser atingido pela ação do intemperismo, 
acarretando na perda de minerais. 
 
3. Horizonte E: marcado pela perda de argilas, óxidos de 
ferro, matéria orgânica e alumínio. 
 
4. Horizonte B: é rico em sais minerais solúveis na água. 
 Apresenta coloração vermelha, com alta concentração 
de ferro, ou amarela, com baixa. 
 
5. Horizonte C: ausência de matéria orgânica, sendo 
constituído por material mineral resultante da erosão 
da rocha mãe. 
 
6. Horizonte R: corresponde à rocha-mãe, que está em 
processo de alteração. 
 
Classificação dos solos: quanto à origem 
 Eluviais: solos provenientes da desagregação e da 
decomposição de rochas existentes na região de 
formação. 
 Aluviais: solos formados em função do acúmulo de 
material transportado por meio da ação da água e do 
vento. 
 
Quanto à influência da vegetação 
 Zonais: solos maduros, cujos horizontes são bastante 
diferenciados. 
 Intrazonais: solos parcialmente desenvolvidos. 
 Axonais: pouco desenvolvidos, ou seja, rasos. 
 
Principais solos férteis 
 Tchernozion (orgânico): o mais fértil. 
 Loess (azonal): forma-se pelo acúmulo de sedimentos 
pela ação eólica, constituindo-se basicamente de argila 
e calcário. 
 Massapê (zonal): compostobasicamente de calcário, 
comumente encontrado no litoral nordestino 
brasileiro, indicado para o plantio de cana-de-açúcar. 
 Terra Rocha (zonal): formado da decomposição 
basáltica, material magmático, indicado par ao plantio 
de café. 
 
Classificação e características dos brasileiros 
Latossolos 
 Solos minerais, homogêneos, com pouca 
diferenciação entre os horizontes ou camadas, 
reconhecido facilmente pela cor quase homogênea do 
solo com a profundidade. 
 São profundos, bem drenados, com textura média ou 
mais fina (argilosa, muito argilosa) e, com mais 
frequência. 
 Na Amazônia, recobertos em grande parte pela 
Floresta Equatorial, apresentam-se como o solo 
denominado “solo de várzea”, frágil e vulnerável à 
ação antrópica. 
 
Argilosos 
 Solos com profundidades variadas de ampla variedade 
de texturas. 
 Grande diversidade de fertilidade, enfrentando 
problemas sérios de erosão, devido à grande 
diferença de textura entre os horizontes A e B. 
 
Cambissolos 
 Poucos profundos e, muitas vezes, encascalhados. 
 Solos “jovens” que possuem minerais primários. 
 Alto teor de silte (material sedimentar composto de 
pequenas partículas de minerais diversos, menores do 
que areia fina e maiores do que argila) e pouca 
profundidade, fazendo com que tenham 
permeabilidade baixa. 
 O maior problema é o risco de erosão, visto que os 
sulcos são facilmente formados nesses solos pela 
enxurrada. 
 
Litossolos 
 Ocorrem principalmente no serão nordestino e no 
norte de Minas Gerais. 
 O clima semiárido inibe a formação de solos 
profundos, devido às limitações hídricas das regiões 
onde ocorrem, reduzindo assim o intemperismo 
químico. 
 São solos rasos e duros, mas muito ricos em minerais 
em função da baixa lixiviação. 
 Como a pecuária predomina nessas regiões, esse solo 
pode ficar comprometido com o pisoteamento do 
gado, sofrendo compactação e dificultando ainda 
Geografia 
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mais o desenvolvimento de raízes e penetração de 
água. 
 
Vertissolos 
 Conhecidos como massapé, são solos compostos de 
material mineral com cerca de 30% de argila. 
 Ocorrem na Xona da Mata nordestina. 
 
Processos para o empobrecimento do solo 
Lixiviação 
 Varredura dos nutrientes minerais leves pela adição de 
água, favorecendo o processo de empobrecimento do 
solo. 
 Minerais hidrossolúveis, como sódio, potássio e o 
cálcio são “levados”, aumentando a concentração 
relativa e o afloramento de minerais mais pesados, 
com o hidróxido de alumínio e o ferro. 
 A concentração alta de ferro no solo pode ser 
constatada por meio da cor avermelhada, aumento do 
pH e pela diminuição da usa fertilidade. 
 
Exploração intensiva 
 O solo utilizado intensivamente, principalmente para 
monocultura, sem técnicas de manejo adequadas, 
tende a perder nutrientes, pois os vegetais consomem 
do solo esses elementos. 
 
Salinização 
 Acumulação de sais solúveis de sódio, magnésio e 
cálcio nos solos, reduzindo sua fertilidade. 
 Acontece quando há excesso de evaporação da água 
existente no solo, trazendo os sais das camadas mais 
profundas para as camadas mais superficiais. 
 O lançamento de sal nas estradas acometidas por neve, 
de modo a torna-las transitáveis, e a exploração 
excessiva de águas subterrâneas, contribuem para a 
diminuição do nível dos lençóis freáticos. 
 
Desertificação 
 Degradação típica dos solos de regiões de clima 
semiárido, resultante de diversos fatores, inclusive de 
variações climáticas e de atividades humanas. 
 Afeta cerca de 1/6 da população mundial e, 
acrescentada à pobreza generalizada, caracteriza baixo 
potencial de sustento para homens e animais. 
 No Brasil, as áreas mais vulneráveis a esse processo 
estão na região Nordeste e no norte de Minas. 
 
Arenização 
 Utilizada como sinônimo de desertificação 
erroneamente. 
 Processo em que são formados imensos areais, o que 
acarreta o empobrecimento e o aumento da erosão, 
provocados pelo desmatamento de áreas que são lugar 
à agricultura e à pecuária, porém, nessas áreas não é 
verificado a redução das chuvas como nas regiões 
desertificadas. 
 
Compactação 
 Ocorre quando o solo é sujeito a uma pressão 
mecânica devido ao uso de máquinas ou ao pisoteio 
excessivo do gado, sendo muito difícil reverter a 
compactação das camadas mais profundas. 
 Reduz o espaço poroso entre as partículas do solo, 
deteriorando a sua estrutura e, consequentemente, 
dificultando a penetração e o desenvolvimento de 
raízes, reduzindo a atividade biológica e a fertilidade, o 
arejamento e a estabilidade do solo. 
 As águas superficiais encontram dificuldades para se 
infiltrar no solo, comprometendo a capacidade de 
percolação e armazenamento, aumentando os riscos 
de erosão e de cheias. 
 
Erosão 
 Fenômeno de desgaste da superfície que resulta na 
modificação das formas de relevo. 
 É de caráter exógeno e tende a rebaixar as formas de 
relevo mediante o desgaste dos materiais rochosos. 
 Pode ser natural ou intensificado pela ação humana, 
como no desmatamento de matas ciliares para o 
plantio de monoculturas, a retirada de cobertura 
vegetal de áreas de encostas e a não utilização de 
curvas de nível. 
 Desgaste: degradação dos materiais das rochas 
preexistentes. 
 Transporte: arraste dos materiais arrancados na fase 
de desgaste. 
 Acumulação: deposição dos materiais transportados 
em áreas de baixas latitudes. 
 
Erosão hídrica 
 Fluvial: rios promovem a escavação dos leitos pelo 
turbilhonamento das águas e, ao longo do curso, os 
rios formam vales, destroem rochas e promovem o 
transporte de sedimentos. 
 Pluvial: retirada e transporte de material da parte 
superficial do solo pelas águas da chuva, sendo mais 
intensa quando a água das chovas encontra o solo 
desprovido de vegetação. 
 
1. Laminar: quando a água corre uniformemente pela 
superfície, transportando as partículas sem formar 
canais definidos, causando grande prejuízos por 
transportar grandes quantidades de sedimentos que 
vão assorear os rios. 
2. Ravinamento: causada pela concentração do 
escoamento superficial. 
3. Voçoroca: estágio avançado de degradação e ocorrem 
em regiões de encostas ou em áreas de topografia mais 
plana. Podem se tornar bastante profundas e, com 
isso, atingir o nível freático. 
 
 Marinha: realizada pelo movimento constante das 
ondas, provocando a abrasão dos paredões rochosos 
do litoral, com a formação das falésias. 
 Glacial: as geleiras, quando degelam, acumula-se 
sedimentos e o relevo é aplainado, formando vales 
profundos em forma de “U” ou “V”. 
 Eólica: causada pela destruição, em que o vento retira 
e transporta as partículas mais finas das rochas, e, ao 
lança-las, com violência, contra outras rochas, acaba 
escavando-as (corrasão ou abrasão eólica) e também 
pela acumulação, quando o vento diminui de 
velocidade e deposita os materiais que carrega, 
podendo esculpir arcos naturais ou formar desertos 
pedregosos. 
Geografia 
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 Deslizamentos: movimentos gravitacionais de massa, 
mobilizando sedimentos, solos e/ou rochas, que 
ocorrem de modo brusco em decorrência de rupturas 
nesses materiais, deixando uma cicatriz de geometria 
plana ou ligeiramente côncava. 
 
Preservação, conservação e correção dos solos 
1. Curvas de nível: para que a infiltração da água seja 
favorecida e o escoamento superficial dificultado, 
evitando o desgaste prematuro do solo. 
 
2. Terraceamento: constrói terrações em regiões de 
topografias inclinadas como forma de evitar processos 
erosivos nas áreas de encostas, utilizando 
principalmente na rizicultura. 
 
3. Rotação de cultura: para evitar adubação química e a 
exaustão do solo, troca as culturas a cada novo plantio 
de forma que as necessidades de adubação sejam 
diferentes em cada ciclo, ou seja, alterando espécies 
vegetais numa mesma área. 
 
4. Adubação orgânica: constituem-se de resíduos de 
origem vegetal, animal, com elevados teores de 
componentes orgânicos, lignina,celulose, 
carboidratos, lipídios e outros, para promover e 
restaurar a harmonia entre os componentes biológicos 
do solo. 
 
5. Consórcio de culturas: plantio de diversas espécies 
vegetais ou mesmo tempo em um terreno. Assim, a 
diversidade diminui o risco de pragas ou de doenças. 
 
6. A prática da policultura: cultivo de várias plantas numa 
mesma área provoca a diminuição de praga, evitando 
a utilização de agrotóxicos em excesso. 
 
7. Plantio direto: plantação diretamente sobre os restos 
da colheita anterior. 
 
8. Calagem: adição de calcário a solos considerados 
ácidos como forma de torna-los propensos à 
agricultura. 
 
Composição atmosférica 
Estudo dos gases 
Por que os gases não escapam? 
 Os gases presentes no planeta praticamente não 
conseguem se dissipar para o espaço exterior por 
conta de alguns fatores, dentre os quais: 
 
 Interação gravitacional entre os gases e o planeta. 
 Campo geomagnético terrestre. 
 Condições de temperatura e pressão planetárias. 
 
Nosso planeta azul 
 A aparência azulada da Terra pode ser atribuída a 
fatores como: 
 
 Dispersão da radiação solar: ao interagirem com os 
gases da atmosfera, os fótons da radiação solar 
difundem comprimentos de onda nas bandas do azul e 
do violeta (dispersão de luz). 
 
 Presença de ozônio (O3): as interações dos fótons com 
as moléculas de ozônio interferem na deflexão da luz 
nos comprimentos de onda na faixa do azul. 
 
Elementos do tempo 
Temperatura: estado de agitação molecular na atmosfera. 
 
Precipitação: quantidade total de chuvas ou a queda de outros 
meteoros similares formados por água (neve, granizo) ao longo 
de um período (diário, mensal, anual). 
 
Amplitude térmica: diferença entre a temperatura máxima e a 
temperatura mínima ao longo de um período, geralmente 
diário. 
 
Umidade relativa: porcentagem do vapor de água em 
suspensão na baixa troposfera. 
 
Pressão atmosférica: volume da coluna de ar sobre uma região, 
medido em hPa (hectopascal). A pressão atmosférica no nível 
do mar é de 1.013,25 hPa ou 1 atm. 
 
Zonas climáticas 
Polares: entre os polos e os círculos polares, com temperaturas 
negativas. 
 
Temperadas: entre os círculos polares e os trópicos, com 
temperaturas médias moderadas. 
 
Tropical: entre os trópicos, com temperaturas elevadas. 
 
Clima 
 É a sucessão habitual do tempo meteorológico. 
 
Principais fatores que influenciam no clima 
1. Latitude: relacionada à inclinação terrestre e à 
incidência da radiação solar em diferentes latitudes. 
Esse fator também tem relação com as estações do 
ano, e, portanto, com a translação. 
 
2. Maritimidade e continentalidade: influência das 
distâncias entre as áreas terrestres e marítimas. As 
regiões mais próximas aos oceanos e mares recebem 
mais influência da maritimidade. A regiões mais 
distantes de oceanos e mares, e que também estejam 
em extensas áreas terrestres são mais influenciadas 
pela continentalidade. 
 
3. Circulação atmosférica: diferenças de pressão, volume 
e temperatura das massas de ar, correntes marinhas e 
outros fenômenos de circulação. 
 
4. Altitude: distância entre o nível do mar e as camadas 
mais elevadas da troposfera. A cada 100m de altitude, 
a temperatura diminui 0,65º C. 
 
5. Biótico: influências da evapotranspiração e de outros 
processos responsáveis pela emissão de gases e vapor 
d’água por seres vivos. 
 
6. Antrópico/antropogênico: influência das atividades 
humanas. 
Geografia 
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Precipitações mais comuns no Brasil 
Chuvas convectivas/de convecção: associadas à rápida 
ascensão do ar quente e úmido, comum no verão em parte do 
país. 
 
Chuvas frontais: associadas ao contato entre massas de ar com 
temperaturas e pressões diferentes 
 
Fenômenos climáticos 
Fronteiras 
 As frentes são regiões de contato ou transição entre 
massas de ar com propriedades diferentes 
(temperaturas, pressão, volume etc.). A formação das 
frentes ocorre quando há uma convergência entre 
essas massas de ar. 
 
A formação dessas fronteiras entre frentes pode ser percebida 
através de algumas pistas: 
 
Mudanças repentinas das temperaturas: em situações como a 
da aproximação de uma frente fria em uma área que está com 
temperaturas mais elevadas, ocasionando chuvas frontais e as 
temperaturas podem cair rapidamente, por exemplo. 
 
Movimento: deslocamento das massas de ar com propriedades 
diferentes, como ocorre, por exemplo, com o ar mais frio e 
denso se deslocando em direção e sentido contrário a uma 
massa de ar quente e mais leve. 
 
Inclinação: o deslocamento vertical, que pode variar de acordo 
com as propriedades de pressão, temperatura e volume de cada 
massa no período de choque. 
 
As massas da atmosfera 
 As massas de ar são porções da atmosfera terrestre 
que possuem propriedades de pressão, volume e 
temperatura distintas. Em função dos elementos do 
tempo e de fatores do clima, as massas de ar podem 
variar no comportamento. 
 
Os principais tipos são: 
 De ar quente 
 De ar frio 
 De ar úmido 
 De ar seco 
 
Massas de ar no Brasil 
mEc: massa Equatorial continental 
 Quente e instável. 
 Originada na Amazônia Ocidental, atuando 
praticamente em todas as regiões do país. 
 Apesar de ser continental, é uma massa úmida, em 
razão da presença de rios caudalosos e da intensa 
evapotranspiração da massa vegetal da Floresta 
Amazônica, que provocam chuvas abundantes e quase 
diárias na região. 
 
mEa: massa Equatorial atlântica 
 É quente e úmida. 
 Originária do Atlântico Norte. 
 
mTc: massa Tropical continental 
 É quente e seca. 
 Barra o avança das frentes frias e de nuvens 
responsáveis por chuvas, servindo como um bloqueio 
atmosférico. 
 
mTa: massa Tropical atlântica 
 Origina no Oceano Atlântico. 
 Atua na faixa litorânea do Nordeste ao Sul. 
 É quente e úmida. 
 Provoca as chuvas frontais de inverno no Nordeste 
quando encontra a massa polar atlântica. 
 
MPa: massa Polar atlântica 
 Forma-se no Oceano Atlântico Sul. 
 É fria e úmida, atuando no inverno. 
 É responsável pelas ondas de frio no Centro-Sul do 
país, podendo provocar geadas e neve no Sul. 
 
Fenômenos climáticos 
 Os fenômenos cíclicos El Niño e La Niña, gerados em 
algumas áreas do Oceano Pacífico, contribuem para 
influenciar periodicamente o clima terrestre. 
 
El Niño 
 Aquecimento anormal das águas das porções central e 
leste do Oceano Pacífico, nas mediações da América do 
Sul. 
 Quando atual, ocorrem diversas mudanças no clima, 
que se manifestam de várias maneiras pelo mundo, 
como secas no sudeste asiático, invernos mais quentes 
na América do Norte e temperaturas elevadas na costa 
oeste de América do Sul. 
 As médias em cada evento podem variar entre 0,5ºC e 
10ºC de aumento nas temperaturas. 
 Ocasiona a elevação e o deslocamento dos núcleos 
tropicais de baixa pressão no Oceano Pacífico, 
acarretando uma mudança drástica de direção e de 
velocidade dos ventos em nível global, fazendo com 
que as massas de ar mudem de comportamento em 
várias regiões do planeta. 
 Consequência: há alteração na distribuição de chuva, 
nebulosidade, mudanças na temperatura de países 
como Equador e Peru, além de secas na Amazônia 
Oriental e no Nordeste do Brasil. 
 
La Niña 
 Resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico 
Equatorial Central e Oriental. 
 Quando ocorre, os ventos alísios ficam mais intensos 
que a média. 
 
Ciclones tropicais 
 Movimentos turbilhonares do ar em larga escala 
espacial, ao redor de centros de baixa pressão, por 
vezes acompanhados de ventos muito rápidos, 
formados sobre os oceanos. 
 Ocorre devido a liberação de calor latente para o ar no 
momento de condensação em condições de convecção 
(processo muito intenso nas áreas tropicais). 
 Quanto mais aquecidas forem as águas superficiais dos 
oceanos, maior será a potência desses eventos. 
 Durante o movimento de um ciclone, o nível do mar 
pode subir de 3 a 8 metros, o que resulta em séries 
danos a embarcaçõese a regiões litorâneas. 
Geografia 
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Furacões 
 Origina-se, geralmente, devido a um distúrbio tropical 
com ventos relativamente fracos, com uma fraca área 
de baixa pressão, muita nebulosidade a alguma 
precipitação. 
 São formados quando ocorre o aquecimento do 
oceano acima de 26oC, afetando o processo natural de 
evaporação. 
 O ar que está acima dessas superfícies absorve o vapor 
d’água, tornando-se mais quente e úmido. Com a 
temperatura mais elevada, o ar tende a subir, 
formando uma coluna de baixa pressão atmosférica 
em volta da qual se inicia uma corrente de ventos. 
 Com a subida de ar quente, o vapor d’água também 
sobe, o que forma nuvens com chuvas. Se os ventos 
que estão em torno da coluna de ar quente atingirem 
maior velocidade (em torno de 130 km/h), a pressão 
atmosférica dentro da coluna cairá rapidamente, 
formando o olho do furacão. 
 
Tornados 
 Fenômeno que se origina na base de nuvens do tipo 
Cumulum Nimbus, estendendo-se até o solo com uma 
intensa coluna de ar giratória e normalmente visível 
como uma nuvem funil. 
 São formados sobre o ambiente terrestre e, a grande 
velocidade associada à baixa pressão em seu interior, 
causa uma forte sucção, que é responsável por uma 
série de danos materiais e humanos. 
 
Climas 
Tropical 
 Alternância entre uma estação chuvosa e outra seca, 
com chuvas no verão. 
 Clima quente, com temperatura média do mês mais 
frio > 18 ºC. 
 Inverno pouco definido ou ausente. 
 Forte precipitação anual (superior à evapotranspiração 
potencial anual). 
 
Equatorial 
 Possui as maiores médias térmicas anuais do planeta, 
devido à intensidade de insolação que as baixas 
latitudes recebem. 
 Pequena amplitude térmica anual. 
 Possuem grande quantidade de chuva resultante do 
mecanismo da convecção dos ventos alísios. 
 Massas de ar quentes e úmidas. 
 
Árido 
 Climas secos (precipitação anual inferior a 500 mm). 
 Evapotranspiração potencial anual superior à 
precipitação anual). 
 Não existem cursos d’água permanentes. 
 
Semiárido 
 Baixas precipitações. 
 Apresentam elevadas amplitudes térmicas anuais. 
 
Desértico 
 Carência de chuvas. 
 Amplitudes térmicas diárias mais elevadas do que as 
anuais, pois a perda de calor noturna é elevadíssima 
por causa da baixa umidade do ar, fazendo a 
temperatura baixar muito em relação às altas 
temperaturas diurnas. 
 
Temperado ou Temperado Quente ou Subtropical 
 Climas mesotérmicos. 
 Temperatura média do ar nos três meses mais frios 
entre -3 ºC e 18 ºC. 
 Temperatura média do mês mais quente maior que 10 
ºC. 
 Estações de verão e inverno bem definidas. 
 Os efeitos da maritimidade e da continentalidade 
podem atenuar ou acentuar as amplitudes térmicas. 
 
Mediterrâneo 
 Verões quentes e secos e invernos amenos e chuvosos. 
 
Subtropical 
 Área de transição entre os climas das Zonas 
temperadas e tropical. 
 Apresentam altas temperaturas no verão e inverno 
ameno, controlado pela atuação das massas de ar 
polares. 
 Com chuvas bem distribuídas, não ocorrendo estação 
seca. 
 
Continental ou Temperado Frio 
 Climas microtérmicos. 
 Temperatura média do ar nos três meses mais frios 
menor que -3 ºC. 
 Temperatura média do ar no mês mais quente maior 
que 10 ºC. 
 Estações de verão e inverno bem definidas. 
 
Glacial 
 Climas polares e de alta montanha. 
 Temperatura média do ar no mês mais quente menor 
que 10 ºC Verão pouco definido ou ausente. 
 
Relatório sobre mudanças climáticas 
ECO – 92 
 Foi estabelecido datas para a avaliação do controle da 
emissão de gases causadores do efeito estufa. 
 Protocolo de Kyoto: estabelece prazos para a redução 
dos patamares de emissão de gases poluentes na 
atmosfera, porém, os países mais poluidores não 
aderiram. 
 Apesar disso, com grande adesão dos países 
signatários, há registros de redução nas emissões de 
gases em escala mundial, fruto também da evolução da 
tecnologia nos processos produtivos. 
 
Intensificação do efeito estufa 
 O efeito estufa é indispensável para a vida humana na 
terra. Esse fenômeno decorre da ação bloqueadora 
dos gases da atmosfera sobre o calor emitido pela 
superfície terrestre, possibilitando a manutenção da 
temperatura da Terra. 
 Ele foi m fator determinante para a expansão da vida, 
pois consegue gerar, pela retenção de calor, uma 
média térmica vital para as diversas espécies que 
habitam a Terra. 
Geografia 
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 Quando os raios solares são absorvidos pela superfície 
do planeta, parte deles é liberado como irradiação 
infravermelha. Alguns gases presentes na atmosfera, 
como metano e gás carbônico, aprisionam esses raios, 
mantendo, assim, a temperatura do ambiente em 
valores que propiciam a vida. 
 Aquecimento global: deriva de um aumento da 
temperatura da Terra em decorrência da intensificação 
do efeito estufa. 
 
Rarefação da camada de ozônio 
 A decomposição do ozônio absorve a radiação solar 
ultravioleta, que ajuda a proteger a Terra de danos 
produzidos pela radiação, pois rompe as ligações C-H 
nos compostos orgânicos. 
 Os CFCs (clorofluorcarbonetos), usados em aerossóis, 
em líquido de refrigeração de geladeiras e de ar 
condicionados, são fases nocivos ao ozônio, visto que 
os CFCs não se dissolvem na água e sobem para a 
estratosfera, onde se dissociam e formam átomos de 
cloro. 
 Esses compostos contribuem também para a 
intensificação do efeito estufa, por absorverem as 
radiações infravermelhas que deveriam retornar ao 
espaço. 
 
Crédito de carbono 
 Pelo acordo firmado em Kyoto, os países ricos vão 
dispor de uma cota de emissão de gases estufa, e o gás 
terá sua emissão controlada. 
 Se excederem esse limite, terão de patrocinar projetos 
de despoluição em países em desenvolvimento. 
 
Como é possível retirar o carbono do ar? 
1. Camadas de carvão: nos depósitos de carvão 
localizados em grandes profundidades, o gás pode ser 
armazenado. Isso pode ser economicamente lucrativo, 
já que no processo de injeção de CO2 o carvão libera o 
gás natura, que pode ser comercializado. 
 
2. Campos de petróleo: poços, em fim de produção, já 
rotineiramente recebem injeção de CO2 para, por meio 
dessa pressão, terem seu potencial de extração 
aumentado. 
 
3. Aquíferos salinos: grandes mantos de água salobra, 
imprópria para consumo, podem ser uma alternativa 
para a estocagem de grande quantidade de carbono. 
 
Intensificação da chuva ácida 
 As chuvas são naturalmente ácidas devido à presença 
de CO2 no ar atmosférico. Porém, com a intensificação 
do lançamento na atmosfera de dióxidos de nitrogênio 
e enxofre por ação da queima de combustíveis fósseis, 
as precipitações têm se tornado cada vez mais 
agressivas ao ambiente, em razão do aumento da 
acidez. 
 A colocação de conversores catalíticos nas chaminés de 
indústrias e nos canos de descargas dos veículos 
automotores e, principalmente, a utilização de fontes 
mais limpas de energia figuram como alternativas para 
se amenizar o problema. 
 
Desertificação 
 Corresponde à redução da vegetação e da capacidade 
produtiva do solo, causada pelas variabilidades 
climáticas e pela ação antrópica. 
 Áreas suscetíveis a esse processo são aquelas de clima 
árido, semiárido e subúmido. 
 O corte indiscriminado de madeiras para a produção de 
carvão e lenha, a inexistência de técnicas agrícolas 
adequadas e o assoreamento correspondem a agentes 
causadores e potencializadores do processo. 
 
Desmatamento 
 A grande exploração madeireira e a expansão 
agropecuária têm sido responsáveis pela intensificação 
do desmatamento nos últimos anos. 
 Como importantes causadores estão o crescimento 
das cidades, a construção de estradas e de hidrelétricas 
e a prospecção mineral. 
 Os desmatamentos e as queimadas reduzem a 
vegetação rasteira, deixando o solo exposto e lançando 
na atmosfera grandes quantidades de CO2 e, além 
disso, o fogo consome nutrientes do solo, e a chuva 
carrega seus componentessuperficiais, contribuindo, 
dessa forma, para o seu empobrecimento. 
 
Impactos do aquecimento global nos oceanos 
 Os oceanos funcionam como sequestradores de 
carbono, assim como as florestas. O CO2, ao interagir 
com os oceanos, é transformado em gás carbônico, 
aumento a acidez das águas. 
 Tem sido verificada uma acelerada acidificação desses 
ambientes nos últimos anos devido ao aumento das 
emissões de CO2 pela queima de combustíveis fósseis. 
 Os efeitos da grande acidez serão a dificuldade de 
respiração e reprodução de algumas espécies 
marinhas, o que pode afetar a indústria de pescadores, 
impactando a economia e milhões de pessoas que 
dependem dessa prática, além da redução 
considerável dos recifes de corais. 
 A grande emissão de materiais oriundos de rejeito 
industrial e domésticos ricos em nutrientes favorece a 
proliferação de algas que, em níveis muito elevados, 
podem desestruturar a vida oceânica. Ao passo que se 
desenvolvem rapidamente, a competição leva à morte 
das algas, que, em estágio de decomposição, 
favorecem o aumento das bactérias que exigem muito 
oxigênio do ambiente. Com a intensa disputa pelo 
oxigênio, pode existir uma queda de biodiversidade e 
gerar as chamas “zonas mortas” nos oceanos e mares. 
 Algas em grandes quantidades levam à diminuição dos 
corais, pois bloqueiam a luz solar essencial para a 
manutenção e desenvolvimento dos recifes. 
 A maré vermelha, gerada pelo desenvolvimento 
rápido e descontrolado de algas vermelhas em regiões 
próximas ao litoral (mangues e pântanos), degrada a 
vida nessas áreas. 
 O branqueamento de alguns recifes de corais é devido 
ao bloqueio da luz pelas algas e a acidificação das águas 
pelos CO2, como na grande barreira da Austrália. 
 Os corais são importantes para reserva de alimento 
marinho, abrigo para espécies diversas (cerca de 25% 
da vida marinha), além de representarem um atrativo 
fator turístico. 
 
Geografia 
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Coluna de gases 
 A atmosfera terrestre possui diferentes gases em sua 
composição, com estrutura e altura variáveis, que 
acabam por ser divididas em camadas. 
 
Principais gases: nitrogênio (N2): 78%; oxigênio (O2): 20,9%; 
Argônio (Ar): 0,9% 
 
Impacto ambiental e suas consequências 
Poluição atmosférica 
 Podem ser prejudiciais para a atmosfera, pois podem, 
inclusive, alterar sua composição. 
 Gases de combustíveis. 
 Processos industriais. 
 Incineração. 
 Substâncias voláteis. Podem ser prejudiciais às formas 
de vida. 
 
Ozônio (alterações) 
 Naturalmente, O3 é formado a partir da radiação solar. 
CFCs: podem interromper processo. 
 
Inversão térmica 
 Concentração de ar frio perto do solo. Chuva ácida pH 
< 7,0 (acidez). 
 
Ilhas de calor 
 Aumento de temperatura do ar em áreas sem 
cobertura natural. 
 
Efeito estufa 
 Concentração de poluentes: retém parte da radiação 
infravermelha. 
 Uma parte da radiação que atinge a superfície terrestre 
consegue permanecer por conta da presença de alguns 
gases. 
 Parte da radiação não é perdida para o espaço, 
contribuindo para as características atuais de 
temperatura terrestre. 
 Processo natural: importante para a manutenção da 
vida como conhecemos. 
 Efeitos negativos: a interferência humana na 
atmosfera tem sido apontada como responsável pelo 
aumento anormal das temperaturas nas últimas 
décadas. 
 CO2 > CFCs > N2O > CH4. 
 
Atmosfera 
 Concentra a maioria dos gases segurados pela 
gravidade, pelo campo magnético e pela temperatura. 
 
Camadas 
1. Troposfera: em que acontecem os principais 
fenômenos atmosféricos ligados ao clima e ao tempo. 
 
2. Estratosfera: apresenta concentração elevada de 
ozônio, gás que absorve grande parte dos raios 
ultravioletas enviados pelo Sol. 
 
3. Mesosfera: é a camada mais fria, sem nuvens nem 
gases para absorver a energia do Sol. 
 
4. Termosfera: apresenta íons resultantes da baixa 
densidade do ar e da intensidade da radiação solar, 
sendo também chamada de ianosfera, e é onde que se 
produzem as auroras boreais e austrais, além de ser 
onde transitam os satélites. 
 
5. Exosfera: densidade extraordinariamente baixa do ar. 
 
Hidrografia 
 Dos 3% de água doce restante: apenas 21% estão 
disponíveis para consumo. 
 Água doce não disponível (em geleiras, glaciares e 
outros lugares de difícil acesso): 79%. 
 A agricultura é a que mais consome água. 
 
Mares: aberto, continental, com pequenas saídas para os 
oceanos e fechado. 
 
Poluição hídrica 
 Lançamento de efluentes (indústrias, residências, 
comércio). 
 Uso de pesticidas e fertilizantes. 
 Radiação (vazamentos de material radioativo). 
 Resíduos (lixo). 
 Atividade marítima (navegação). 
 
Conceitos 
 Rio de planície: rios mais calmos, favoráveis a 
navegação, pesca e irrigação. 
 Rio de planalto: potencial hidrelétrico. 
 Regime do rio: pluvial, ou seja, com volume de chuva 
suficiente, nival, com derretimento das geleiras, ou 
misto. 
 Partes do rio: leito, a superfície do rio, a margem, que 
é as laterais e a talvegue, a parte mais profunda. 
 Perene: não seca. 
 Intermitente: em algum período, o rio seca. 
 Endorréico: corre para dentro do continente, 
desaguando em outro rio, ou em um lago. 
 Exorréico: desaguam no próprio oceano. 
 
Bacias hidrográficas 
Amazônica 
 Maior do mundo (em volume de águas). Influenciada 
pela grande quantidade de chuvas. 
 Área de drenagem: cerca de 60%. 
 
Tocantins Araguaia 
 Drenagem alimentada por nascentes nas chapadas do 
Brasil Central. 
 Ilha do Bananal: maior ilha fluvial do mundo. 
 Grandes projetos energéticos (Tucuruí e Belo Monte, 
por exemplo). 
 
São Francisco 
 Área de drenagem em MG e Estados do Nordeste. 
 Drenagem perene e exorreica (a foz fica entre os 
Estados de Sergipe e Alagoas, no Oceano Atlântico). 
 Ligado à interiorização do país. 
 Recentes projetos de transposição. 
 
Paraná 
 Rios de planalto (formam-se nas serras). 
Geografia 
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 Densa ocupação e povoamento (navegação, 
urbanização, agropecuária). 
 
Paraguai 
 Rios de planície. 
 Influência da sazonalidade das chuvas. 
 
Uruguai 
 Brasil, Uruguai e Argentina. 
 Subtropical. 
 
Vegetação 
Grau de umidade 
1. Halófitas: ambientes salgados. 
2. Xerófitas: climas áridos ou semi áridos. 
3. Higrófilas: ambientes úmidos. 
4. Hidrófitas: dentro d’água. 
 
Formação 
1. Arbórea: árvores de grande porte. 
2. Herbácea: vegetação de campos. 
3. Litorânea: submetida à ação do mar. 
4. Arbustiva: árvores de pequeno e médio porte. 
5. Desértica: vegetação descontínua. 
 
Folhas 
1. Caducifólias: as folhas caem em determinada estação. 
2. Perenifólias: sempre com folhas. 
3. Aciculifoliadas: forma de ponta. 
4. Latifoliadas: com folhas largas. 
 
Formações vegetais no brasil 
 Florestais/arbóreas. 
 Arbustivas/herbáceas. 
 Complexas. 
 
Biomas tropicais 
Florestas Tropicais e Equatoriais 
 A área de ocorrência é delimitada pelos dois trópicos e 
é atravessada pelo Equador, determinando, portanto, 
altas temperaturas e grande pluviosidade, 
 São heterogêneas, perenes, higrófilas, latifoliadas e 
heliófilas, com a existência de ombrófilas nas áreas de 
formação mais densas. 
 É onde encontra-se a maior biodiversidade da Terra. 
 Nas áreas mais próximas ao Equador, as florestas são 
mais fechadas e densas, com árvores de vários estratos 
entrelaçadas com cipós. 
 Exemplo: Floresta Amazônica, Floresta do Congo 
(África) e a Floresta da Indonésia (Ásia). 
 Mais afastadas do Equador, recebem menor 
quantidade de calor e de chuva e, por isso, são menos 
exuberantes. 
 Ocupavam grande parte da faixa tropical da América 
do Sul, da América Central, do norte da Austrália e do 
Sudeste Asiático. Porém, são as mais devastadas pela 
facilidade de penetração do homem. 
 Os solos são profundos devido ao intemperismo 
intenso, porém, a alta pluviosidade provoca lixiviação 
e a perda de grande parte dos nutrientes. 
 
Biomas das Savanas 
 Caracterizadaspor uma pequena quantidade de 
árvores ou de arbustos dispersos. 
 Os arbustos são quase sempre espinhosos, e as árvores 
são, na sua maioria, de folha caduca, com troncos 
resistentes e revestidos de casca espessa. 
 As raízes são profundas e ramificadas, a fim de 
poderem captar o máximo de água em profundos 
lençóis freáticos. 
 Desenvolvem-se em regiões de alta temperatura, com 
marcada diferença entre as estações secas e úmidas. 
 As tropicais cobrem áreas extensas na América do Sul, 
África e Austrália setentrional. 
 
Biomas das regiões temperadas 
 Localizam-se em latitudes médias, entre os trópicos e 
os círculos polares. 
 Apresentam grande extensões no Hemisfério Norte, ao 
contrário do que ocorre no Sul. 
 
Floresta de coníferas 
 Surgem nas proximidades dos 50o de latitude até as 
proximidades do Círculo Polar, predominantes no 
Canadá e na Eurásia, sendo quase inexistente no 
Hemisfério Sul. 
 Clima com verões curtos e intensa queda de neve. 
 O desenvolvimento da diversidade biológica é restrito, 
formando uma vegetação homogênea com baixa 
diversidade. 
 São florestas sempre verdes (perenifólias) e possuem 
adaptações para ambientes de inverno longo. 
 Folhas acicufoliadas, solo podzol de coloração clara e 
pouco favorável à agricultura. 
 
Florestas Temperadas 
 Características das zonas temperadas úmidas. 
 Abrangem o oeste e o centro da Europa, leste da Ásia 
(Coreia, Japão e partes da China) e o leste dos EUA, 
áreas densamente povoadas, tornando o bioma 
vulnerável ao intenso desmatamento. 
 Latitude de 40o, na qual ocorre o clima temperado, 
com chuvas bem distribuídas durante o ano. 
 O solo é muito rico em nutrientes devido ao processo 
natural de decomposição das folhas, principalmente. 
 Acumula-se matéria orgânica nos primeiros horizontes 
do solo, possuindo cor mais escura. 
 Devido à queda das suas folhas no período de inverso, 
também são chamadas de Florestas Caducifólias. 
 
Biomas das Estepes e das Pradarias 
 Vegetação constituída principalmente de plantas 
herbáceas, havendo poucos arbustos e quase 
inexistindo vegetação de porte arbóreo. 
 Encontrada nas planícies centrais dos EUA e no centro-
sul do Canadá. 
 As chuvas são menos abundantes que nas florestas, 
porém mais do que nos desertos, estando sujeita a 
períodos de estiagem prolongados. 
 O estresse hídrico dificulta a transpiração das plantas, 
deixando o ar mais seco. 
 Os solos são geralmente secos, há pouca drenagem e a 
água disponível é insuficiente para sustentar o bioma. 
Geografia 
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 A pouca lixiviação favorece a formação de um solo 
castanho-escuro favorável ao desenvolvimento de 
culturas. 
 Estepes: compõem um tipo de vegetação formada por 
herbáceas predominantes nas planícies da Rússia, da 
Hungria e da Ucrânia, com solo de grande fertilidade 
(tchernozion). 
 Pampas Platinos: surgem na porção central da 
Argentina, do Uruguai e no sudoeste do RGS. 
 
Vegetação mediterrânea 
 Formada por bosques de árvores esclerófilas (duras) e 
de arbustos, apresentando uma formação aberta. 
 Localiza-se em regiões de clima com verões quentes e 
secos e invernos amenos e chuvosos. 
 Surge ao sul da Europa, nos extremos norte e sul da 
África, oeste da América do Norte e ao sul da Austrália. 
 A vegetação é bastante variada e nela predominam 
arbustos, moitas altas e baixas. 
 
Biomas das regiões áridas e semiáridas 
Desertos 
 Nas grandes faixas de altas pressões subtropicais, 
predominam um clima quente e muito seco: o 
desértico quente. 
 A enorme acidez é a característica principal do bioma. 
 A falta de umidade no ar provoca uma grande 
amplitude térmica, com temperaturas próximas aos 
45oC durante o dia e -2oC durante a noite. 
 O solo é composto principalmente de areia, que forma 
dunas – é originado pela ação de grande intemperismo 
físico, revelando paisagens típicas, de solos rochosos, 
com desenvolvimento reduzido e vegetação seca. 
 Quando há o afloramento de lençóis subterrâneos, 
surgem os oásis (manchas férteis no meio do deserto, 
muito utilizadas para o cultivo de alimento). 
 Sudoeste dos EUA, norte do México e a Península 
Arábica no Hemisfério Norte, e no Hemisfério Sul está 
a Patagônia e a Atacama na América do Sul e o Kalahari 
na África, além de grande parte do território 
australiano. 
 A vegetação apresenta-se em grupos, espaçadas e 
composta por poucos arbustos xerofíticos, 
extremamente adaptados para conservação da pouca 
umidade disponível. 
 
Semidesertos 
 Vegetação também chamada de semiárida, representa 
a transição entre as savanas e os desertos. 
 Há predominância de vegetação rasteira, que não 
chega a cobrir todo o solo. 
 
Biomas das Zonas Polares e de Altas Montanhas 
Tundra Ártica 
 Surge no sul da região dos gelos polares do Ártico, 
entre os 60o e os 75o de latitude Norte, estendendo-se 
pela Sibéria, Alasca, Canadá e Groenlândia. 
 Situada próximo ao Polo Norte, no Círculo Polar Ártico, 
essa região possui pouca luminosidade e baixa 
pluviosidade, apresentando um clima polar, frio e seco. 
 O solo permanece congelado e coberto de neve 
durante a maior parte do ano (permafrostII). 
 Em algumas áreas desenvolvem-se pequenos arbustos, 
musgos e líquens, pois o inverno longo e a duração 
muito curta do dia não favorecem a existência de um 
bioma heterogêneo. 
 
Altas montanhas 
 O fator climático caracterizado é a altitude. Assim, em 
plena zona tropical, encontramos neve em montanhas 
altas, como na parte central da Cordilheira dos Andes. 
 Possui um clima muito frio, com temperaturas de 10oC 
a 15oC no verão e abaixo de zero no inverno. 
 Aparece nas grandes cadeias montanhosas, como os 
Andes e os Alpes. 
 A cobertura vegetal é composta, predominantemente, 
de um estrato herbáceo, porém, acima de 3000m não 
há cobertura vegetal. 
 Conforme a altitude aumenta, encontra-se a Floresta 
Temperada, a Floresta de coníferas e os Campos 
Alpinos. 
 
Ecossistemas brasileiros 
 O Brasil concentra 23% de todas as espécies vegetais 
do planeta. 
 
Formações florestais 
Amazônica 
 Abrange a Bolívia, a Guiana, a Venezuela, o Peru, a 
Colômbia, o Equador, a Guiana Francesa e o Brasil. 
 Clima equatorial úmido, com padrões térmicos e 
pluviométricos extremos (altas temperaturas e 
elevado índice pluviométrico, com chuvas bem 
distribuídas ao longo do ano). 
 Latifoliada: folhas largas e grandes. 
 Higrófita: vegetação adaptada à presença de elevada 
umidade e pluviosidade. 
 Perene: tem folhagens durante todo o ano, sem 
períodos de queda de folhas. 
 Ombrófila: desenvolvida em climas chuvosos. 
 Heterogênea: elevada diversidade vegetal. 
 
1. Mata de igapó: localiza-se em terrenos alagados 
permanentemente, próximo aos rios. Com espécies de 
menor porte e, por isso, é uma mata de difícil acesso 
devido à incidência de árvores baixas que não superam 
20 metros de altura. 
2. Mata de várzea: em áreas um pouco mais elevadas, 
sujeita às inundações periódicas, com árvores de 
alturas de 25 a 30 metros. 
3. Mata de terra firme: floresta densa e de grande porte 
arbóreo, desenvolvendo em áreas que não estão 
sujeitas a inundações por estarem situadas em relevos 
mais elevados. Nessa área não se desenvolve grande 
quantidade de plantas rasteiras, porque as folhas das 
copas entrelaçam-se, impedindo a penetração da luz. 
 
 A hidrografia amazônica é riquíssima, com rios 
volumosos e perenes que também apresentam 
igarapés (com vegetações de até 20m, muitos 
arbustos, cipós e raízes). Alguns secam durante o 
período de estiagem, dando origem as praias arenosas. 
 O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas 
uma fina camada de nutrientes. No entanto, a flora e a 
fauna mantêm-se em virtude do estado de clímax 
atingido pelo ecossistema. 
Geografia 
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 A manutenção da flora se dá por meio da formação, no 
solo, de uma camada de decomposição de folhas, 
galhos e animais, rapidamente convertidos em 
nutrientes

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