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Mendes LC, Fontenele FC, Dodt RCM et al. A dor no recém-nascido na unidade de… 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(11):6446-54, nov., 2013 6446 
DOI: 10.5205/reuol.3794-32322-1-ED.0711201318 ISSN: 1981-8963 
 
 
 
A DOR NO RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL 
PAIN IN THE NEWBORN WITHIN THE NEONATAL INTENSIVE CARE UNIT 
EL DOLOR EN EL RECIÉN NACIDO EN LA UNIDAD DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL 
Lanuza Celes Mendes1, Fernanda Cavalcante Fontenele2, Regina Cláudia Melo Dodt3, Livia Silva de Almeida4, 
Maria Vera Lúcia Moreira Leitão Cardoso5, Cecilia Bezerra Gomes da Silva6 
RESUMO 
Objetivo: identificar as condutas realizadas pelas técnicas de enfermagem frente ao recém-nascido com dor 
em uma unidade de terapia intensiva neonatal. Método: estudo exploratório e descritivo realizado em uma 
maternidade pública de Fortaleza/CE, Nordeste do Brasil, com 25 técnicos de enfermagem. O instrumento 
utilizado na entrevista foi um roteiro semiestruturado e os dados foram processados, discutidos e analisados 
de acordo com a literatura. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, sob o 
Protocolo nº 74/11. Resultados: como sinal indicativo de dor, 20 (80%) entrevistadas mencionaram observar a 
face do recém-nascido; 25 (100%) consideraram como procedimentos dolorosos as punções, destacando-se as 
venosas. Na prevenção da dor no RN, referiram: sucção não nutritiva, 18 (72%), e na presença de dor, elas 
mencionaram principalmente contatar enfermeira ou médico, 12 (48%). Conclusão: as profissionais 
demonstraram compreender que os RN reagem à dor e que há necessidade de intervenções preventivas e 
atenuantes desses fatores estressantes por parte da equipe. Descritores: Dor; Recém-Nascido; Unidades de 
Terapia Intensiva Neonatal; Enfermagem. 
ABSTRACT 
Objective: to identify the conducts performed by nursing technicians before the newborn with pain in a 
neonatal intensive care unit. Method: it is an exploratory and descriptive study conducted in a public 
maternity in Fortaleza/CE, Brazilian Northeast, with 25 nursing technicians. Semi-structured interview was 
the used instrument, and the data were processed, analyzed and discussed according to the literature. The 
research project was approved by the Ethics Research Committee, under the Protocol nº 74/11. Results: as an 
indication of pain, 20 (80%) interviewees mentioned observing the face of the newborn; 25 (100%) considered 
the punctures as painful procedures, highlighting the venipunctures. Regarding the prevention of pain in 
newborns, they reported non-nutritive suction, 18 (72%), and in the presence of pain, they mainly mentioned 
making contacts with nurses or physicians, 12 (48%). Conclusion: professionals have demonstrated to 
understand that newborns react to pain and there is a need for preventive and extenuating interventions 
towards these stressors on the part of the staff. Descriptors: Pain; Newborn; Neonatal Intensive Care Units; 
Nursing. 
RESUMEN 
Objetivo: identificar las conductas realizadas por las técnicas de enfermería frente al recién nacido con dolor 
en una unidad de terapia intensiva neonatal. Método: estudio exploratorio descriptivo realizado en una 
maternidad pública de Fortaleza/CE, Nordeste de Brasil, con 25 técnicos de enfermería. El instrumento 
utilizado en la entrevista fue una guía semiestructurada y los datos fueron procesados, discutidos y analizados 
de acuerdo con la literatura. El proyecto de investigación fue aprobado por el Comité de Ética e Investigación, 
Protocolo nº 74/11. Resultados: como señal indicativo de dolor, 20(80%) entrevistadas mencionaron observar 
el rostro del recién nacido; 25(100%) consideraron procedimientos dolorosos las punciones, destacándose la 
venosa. En la prevención del dolor en el RN se destacaron: succión no nutritiva: 18 (72%) y en la presencia de 
dolor, ellas mencionaron principalmente contactar enfermera o médico 12 (48%). Conclusión: las 
profesionales demostraron comprender que los RN reaccionan al dolor y que hay necesidad de intervenciones 
preventivas y atenuantes de estos factores estresantes por parte del equipo. Descriptores: Dolor; Recién 
nacido; Unidades de Terapia Intensiva Neonatal; Enfermería. 
1Enfermeira, Especialista em Saúde da Mulher e da Criança, Maternidade Escola Assis Chateaubriand. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: 
lana_celes@hotmail.com; 2Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Maternidade Escola Assis Chateaubriand/MEAC. Fortaleza (CE), Brasil. E-
mail: fernanda_meac@hotmail.com; 3Enfermeira, Professora Doutora em Enfermagem, Faculdade Metropolitana da Grande 
Fortaleza/FAMETRO, Maternidade Escola Assis Chateaubriand, Hospital Infantil Albert Sabin. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: 
reginadodt@yahoo.com.br; 4Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Hospital Geral de Fortaleza/HGF. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: 
almeilivia@gmail.com; 5Enfermeira, Professora Pós-Doutora, Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Ceará/UFC. 
Pesquisador do CNPq. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: cardoso@ufc.br; 6Enfermeira, Especialista em Saúde da Mulher e da Criança, 
Maternidade Escola Assis Chateaubriand. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: ceccizinha@gmail.com 
 
 
 
 
 
ARTIGO ORIGINAL 
mailto:lana_celes@hotmail.com
mailto:fernanda_meac@hotmail.com
mailto:reginadodt@yahoo.com.br
mailto:almeilivia@gmail.com
mailto:cardoso@ufc.br
mailto:ceccizinha@gmail.com
Mendes LC, Fontenele FC, Dodt RCM et al. A dor no recém-nascido na unidade de… 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(11):6446-54, nov., 2013 6447 
DOI: 10.5205/reuol.3794-32322-1-ED.0711201318 ISSN: 1981-8963 
 
A assistência de enfermagem ao recém-
nascido (RN) na Unidade de Terapia Intensiva 
Neonatal (UTIN) tem estado evidente em 
estudos recentes, por configurarem 
intervenções fundamentais a recuperação da 
saúde e bem-estar dos neonatos. Por muitos 
anos, acreditou-se que o recém-nascido era 
impossibilitado de sentir dor, devido à falta 
de maturidade do Sistema Nervoso Central 
(SNC), ausência da bainha de mielina e 
deficiência da memória da dor.1 Dessa forma, 
RN eram submetidos a diversos procedimentos 
dolorosos sem nenhuma medida para 
minimizar ou mesmo avaliar a dor. 
Com o passar dos anos, foi observado que a 
dor não dependia exclusivamente da 
mielinização e que o RN tinha todos os 
componentes, principalmente cerebrais, 
necessários para transmissão do estímulo 
doloroso.2 Entretanto, foi somente a partir da 
década de 1990 que a dor começou a ser vista 
como alvo de pesquisa e investigação na 
assistência ao RN, seja ele a termo ou pré-
termo. 
A dor no RN é considerada um dos aspectos 
de grande relevância no contexto da 
assistência humanizada. Pesquisas têm 
contribuído para o entendimento da 
ocorrência da dor em neonatos, assim como 
para conscientização de todos os profissionais 
da área da saúde que prestam cuidados 
diretos a essa população.3 Destarte, é 
importante a adoção de medidas relacionadas 
com a avaliação e tratamento da dor, através 
de iniciativas que visem à promoção de 
cuidados holísticos e respeito pelo RN.4 
A dor pode ser definida como uma 
experiência sensorial e emocional 
desagradável, associada a um dano real ou 
potencial dos tecidos, ou descrita em termos 
de tais danos.5 Conhecer e compreender o 
conceito de dor se faz relevante, pois, 
considerando que na UTIN, de acordo com a 
patologia e estado de saúde, o RN é 
submetido a procedimentos estressantes e 
dolorosos como: intubação, aspiração, punção 
venosa ou arterial, dentre outros. Calcula-se 
que os RN internados na Unidade de Terapia 
Intensiva recebem em torno de 50 a 150 
procedimentos potencialmente dolorosos e 
que neonatos prematuros com menos de 1000 
g sofrem em média 500 ao longo de sua 
internação nessa unidade.6 
Considerando queo RN não tem capacidade 
para informar o local da dor e a sua 
intensidade, a equipe de enfermagem é de 
suma importância, pois presta cuidados 
diretos aos neonatos de forma contínua. Dessa 
forma, é necessário que o profissional de 
enfermagem saiba como e o que observar para 
realizar as intervenções indicadas quando o 
RN sentir dor. A disponibilidade de métodos 
para avaliação da dor no RN é a base para o 
seu tratamento adequado.7 A avaliação da dor 
deve fazer parte das atividades da equipe de 
enfermagem, a qual passa mais tempo com o 
paciente, além de assegurar um cuidado 
humanizado, o que é um direito dos 
pacientes.8 
A vivência das autoras em unidade neonatal 
revelou um dia a dia com intervenções 
diversas, ou seja, rotinas que predispõem a 
realização de procedimentos álgicos, o que, 
na maioria das vezes, não era percebido por 
parte de alguns profissionais. Logo, não há 
uma uniformidade na avaliação do RN quanto 
a estar ou não com dor. Tal fato despertou o 
interesse para o estudo, pois reconhecer e 
caracterizar o sinal de dor deve ser um 
compromisso de toda equipe que presta 
assistência ao RN (independente de seu estado 
clínico). Portanto, objetivou-se identificar as 
condutas realizadas pelas técnicas de 
enfermagem frente ao recém-nascido com dor 
em uma unidade de terapia intensiva 
neonatal. 
 
Estudo exploratório descritivo, realizado 
em uma unidade de terapia intensiva neonatal 
de uma maternidade pública referência em 
atendimento neonatal, pertencente ao 
complexo hospitalar da Universidade Federal 
do Ceará (UFC), localizado no município de 
Fortaleza, Estado do Ceará, Nordeste do 
Brasil. 
A instituição desenvolve importantes 
atividades na área da saúde relacionadas à 
assistência ao RN e atua como campo de 
estágio para os alunos de graduação e pós-
graduação de instituições públicas e privadas 
nas diversas áreas multiprofissionais. 
Desempenha importante papel na assistência 
à saúde da mulher e do recém-nascido, 
destacando-se pelo uso da tecnologia por uma 
equipe humanizada, comprometida com a 
melhoria contínua da qualidade da 
assistência. Ainda integra a Rede Norte-
Nordeste de Saúde Perinatal, uma iniciativa 
conjunta da área técnica de Saúde da Criança 
e Aleitamento Materno do Ministério da 
Saúde. 
A UTIN presta assistência aos recém-
nascidos de alto risco, prematuros extremos, 
de muito baixo peso e com patologias 
distintas. Atende pacientes provenientes do 
centro obstétrico do próprio serviço. É 
dividida em quatro unidades: duas unidades 
MÉTODO 
INTRODUÇÃO 
Mendes LC, Fontenele FC, Dodt RCM et al. A dor no recém-nascido na unidade de… 
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de médio risco (com 15 leitos cada) e duas 
unidades de alto risco (uma com 12 leitos e 
outra com 9 leitos). 
A população do estudo foi composta por 25 
Técnicas de enfermagem pertencentes à 
unidade neonatal. Utilizaram-se como critério 
de inclusão todas as técnicas de enfermagem 
que trabalhassem na Unidade de Terapia 
Intensiva Neonatal, com no mínimo dois anos 
de experiência, prestando cuidados diretos ao 
recém-nascido e que estivessem atuando no 
período da coleta. Foram excluídas as que no 
período da pesquisa estavam em escala de 
greve, férias e licença saúde. A escolha pela 
UTIN se deu por ser uma unidade de maior 
complexidade, estando sempre com seus 
leitos ocupados, com maior chance de 
experiências de aprendizagem. 
O instrumento utilizado durante a 
entrevista semiestruturada para realizar os 
registros fora um formulário, com questões 
objetivas e subjetivas, no qual o pesquisador 
formula previamente as questões e anota as 
respostas encontradas.9 O formulário foi 
dividido em duas partes: a primeira referente 
aos dados de identificação das profissionais, 
como idade, tempo de conclusão do curso 
técnico, tempo de experiência em 
neonatologia. A segunda parte continha as 
seguintes questões abertas: Na sua opinião, o 
recém-nascido sente dor? Como você percebe 
que o RN está com dor? Nesta unidade de 
neonatologia há utilização de escalas de 
mensuração de dor? Que procedimentos você 
considera dolorosos para o RN? Que cuidados 
de enfermagem você realiza para prevenir a 
dor no RN? Que cuidados de enfermagem você 
realiza para aliviar a dor no RN? 
A coleta foi realizada no mês de agosto de 
2011, na própria instituição, em local 
reservado, contribuindo para o 
estabelecimento de um ambiente privativo. 
Os dados obtidos foram processados, 
discutidos e analisados minuciosamente de 
acordo com a literatura pertinente, no intuito 
de evitar erros, informações confusas ou 
informações que pudessem vir a prejudicar o 
resultado da pesquisa. Eles foram 
apresentados em forma de figuras, sendo 
utilizadas as frequências absoluta e relativa, 
em planilha de Excel. Na oportunidade, 
calcularam-se, quando possível, as medidas 
estatísticas: média e desvio padrão. 
Cada professional, após a concordância e 
assinatura do Termo de Consentimento, 
recebeu uma via. O estudo foi aprovado pelo 
Comitê de Ética e Pesquisa da instituição, com 
o Protocolo nº 74/11. 
 
Para uma melhor compreensão do estudo, 
traçou-se o perfil das profissionais que dele 
participaram, sendo todas do sexo feminino. 
Das 25 profissionais entrevistadas, 12 (48%) 
tinham entre 29 e 40 anos de idade; 8 (32%) 
tinham entre 41 e 50 anos e 5 (20%) tinham 
entre 51 e 54 anos de idade. 
Quanto ao tempo de experiência 
trabalhando em neonatologia: 14 (56%) tinham 
entre 11 e 20 anos de experiência; 8 (32%) 
tinham entre 21 e 30 anos e 3 (12%) tinham 
entre 9 e 10 anos de vivência em 
neonatologia. É importante destacar que 21 
(84%) tinham apenas o curso de Técnico de 
Enfermagem, enquanto 2 (8%) tinham curso de 
graduação e ainda 2 (8%) tinham curso de pós-
graduação. A Figura 1 mostra a distribuição 
dos parâmetros de avaliação utilizados pelas 
técnicas de enfermagem para avaliar a dor no 
RN: 
 
 
Figura 1. Sinais indicativos de dor, segundo Técnicas de Enfermagem, Fortaleza, 2011. 
 
Como sinais indicativos de dor, foram 
identificados os gestos faciais do RN, 20 (80%), 
seguidos pelo choro, 18 (27%), irritação do RN, 
15 (60%), movimentos corporais, 8 (32%), 
RESULTADOS 
Mendes LC, Fontenele FC, Dodt RCM et al. A dor no recém-nascido na unidade de… 
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episódios de taquicardia, 5 (20%), e ainda 
hipossaturação, 3 (12%). 
No que se refere aos procedimentos 
considerados mais dolorosos pelas técnicas de 
enfermagem (Figura 2), elas mencionaram: 
 
Figura 2. Procedimentos dolorosos citados pelas profissionais, Fortaleza, 2011. 
 
Nos procedimentos considerados dolorosos, 
destaca-se a ênfase nas punções como uma 
unanimidade em todas as profissionais, quer 
sejam venosas 25 (100%), capilares 10 (40%), 
arteriais 8 (32%), ou lombares 8 (32%). 
Ressalta-se aqui outros procedimentos 
mencionados por elas que consideram 
dolorosos, porém foram citados em menor 
número: introdução da cânula orotraqueal 
(COT), frio, manuseio excessivo, troca de 
curativo, tricotomia e aspiração da COT e das 
vias aéreas. 
Quando interrogadas acerca de quais os 
cuidados realizados para prevenir a dor no RN, 
obteve-se (Figura 3): 
 
Figura 3. Cuidados mais citados pelas profissionais para prevenir dor no RN, Fortaleza, 2011. 
 
O cuidado mais relatado pelas profissionais 
na prevenção de dor no RN foi a sucção não 
nutritiva com gaze e leite materno ou com 
glicose a 25%: 18 (72%). As técnicas ainda 
informaram: agasalhar o RN, 10 (40%), realizar 
mudançade decúbito, 6 (24%), manuseio 
delicado, 5 (20%), e agrupar cuidados 4 (16%). 
Outros cuidados foram citados também em 
menor quantidade, tais como a promoção de 
atendimento humanizado e promover 
penumbra no ambiente hospitalar. 
Relativo aos cuidados com os RN, quando 
detectado presença de dor, obteve-se como 
respostas: contatar enfermeira ou médico, 12 
(48%), oferecer sucção não nutritiva, 9 (36%), 
realizar manuseio mínimo, 9 (36%), passar 
medicação tópica nos locais de punção, 8 
(32%), e também aconchegar e conversar com 
o RN, 4 (16%). Também, em números 
menores, houve relatos de preocupação com o 
cuidado humanizado (toque delicado e 
mínimo, promover penumbra, realizar 
mudança de decúbito). 
 
Observa-se que todas as entrevistadas eram 
do sexo feminino e tinham, em média, 38 
anos, (DP+ 6,17). Estudo semelhante também 
encontrou que 100% das auxiliares de uma 
UTIN eram do sexo feminino e apresentaram 
DISCUSSÃO 
Mendes LC, Fontenele FC, Dodt RCM et al. A dor no recém-nascido na unidade de… 
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uma média de idade de 32 anos.10 Esses dados 
revelam uma realidade das UTIN onde há um 
domínio de profissionais do gênero feminino, 
caracterizando uma predominância de tal 
gênero na profissão de enfermagem. 
A maioria, 16 (84%), tinha mais de 10 anos 
de experiência na área neonatal, em média, 
17,5 (+ 6,16), resultado semelhante ao 
encontrado em outro estudo, onde mais da 
metade da população em estudo (53,6%) tinha 
experiência de mais de 10 anos no cuidado ao 
recém-nascido.11 Esse dado revela a existência 
de profissionais com vivência comprovada na 
assistência ao RN. A grande parte dos 
profissionais (84%) tinha como maior titulação 
o curso de Técnico de Enfermagem; apenas 2 
(10,5%) profissionais tinham uma graduação 
além do curso técnico e 1 (5,2%) tinha pós 
graduação em Enfermagem. 
Quando se interrogou as técnicas de 
enfermagem se elas concordavam que os 
recém-nascidos sentem dor, todas 
confirmaram que eles são capazes de sentir 
dor, incluindo os prematuros. Há evidências 
de que os neonatos possuem capacidade 
neurológica para perceber a dor, mesmo os 
neonatos pré-termos.12 
Uma atenção especial à dor e a busca de 
meios para diminuí-la, e até evitá-la, podem 
se um passo importante para a melhoria da 
qualidade de vida do RN internado em UTIN, 
almejando uma atenção mais humanizada.13 
Para o tratamento adequado e humanizado 
do fenômeno doloroso, é necessário que os 
profissionais tenham conhecimento sobre os 
aspectos importantes da dor: a avaliação 
sistemática, multidimensionalidade, 
intervenção adequada, farmacologia, 
monitorização dos resultados do tratamento e 
comunicação com a equipe de saúde.14 
É fundamental que os profissionais saibam 
reconhecer os sinais que confirmam a 
presença de dor no RN. Portanto, para que os 
profissionais de saúde de neonatologia possam 
atuar terapeuticamente diante de situações 
possivelmente dolorosas, é necessário dispor 
de instrumentos que “decodifiquem” a 
linguagem da dor.12 
Percebeu-se que na instituição onde se 
realizou o estudo ainda não se utilizam 
escalas para se mensurar a dor. Nas 
instituições onde se faz rotineiramente 
mensuração da dor dos pacientes, somente as 
enfermeiras e residentes de enfermagem 
utilizam escalas de avaliação da dor, pois 
escalas estão inseridas na Sistematização da 
Assistência de Enfermagem (SAE), documento 
preenchido somente por enfermeiras.15 
Para quantificação e qualificação da dor, 
têm-se utilizado escalas que levam em conta 
alterações comportamentais e fisiológicas no 
período neonatal. Entre as escalas utilizadas 
para avaliação da dor no recém-nascido, 
citam-se: Neonatal Infant Pain Scale (NIPS), 
Neonatal Facial Coding System (NFCS) e 
Premature Infant Pain Profile (PIPP).16 
O uso de escalas de dor à beira do leito do 
RN durante procedimentos dolorosos pode vir 
a ser um passo fundamental para se 
instalarem no serviço de Neonatologia, 
medidas não farmacológicas, pois as escalas 
comprovam a existência da dor e, assim, 
favorecem ao RN intervenções adequadas.13 
Destaca-se a importância de se ter 
profissionais qualificados para a utilização das 
escalas. Estudo que comparou a avaliação de 
dor do RN durante a coleta de sangue por 
meio de duas escalas, em que uma delas foi 
aplicada pelas enfermeiras que realizaram o 
procedimento doloroso, indicou a 
possibilidade de limitação das enfermeiras 
quanto ao reconhecimento dos sinais de dor 
manifestados pelos RN.17 
Estudo realizado em Sergipe, com 90 
pacientes, revelou que, apesar da dor ser 
considerada o quinto sinal vital, a avaliação 
inadequada associada ao tratamento fora do 
padrão da escada analgésica de dor 
permanece sendo um parâmetro pouco 
explorado e com poucos registros.14 
Outro estudo, realizado no Paraná, com 
188 profissionais de enfermagem, relatou as 
dificuldades encontradas pela equipe quanto 
ao não registro das ações de enfermagem, em 
especial a dificuldade de compreensão do 
paciente em relação à dor, a falta de tempo e 
subestimação da dor por parte dos 
profissionais de saúde para avaliação 
adequada do fenômeno doloroso. Isso envolve 
questão ética por parte desses profissionais, 
pois o alívio da dor é um aspecto humanitário 
e um direito do paciente.8 È necessário a 
evolução das pesquisas no sentido de 
identificar, disponibilizar e divulgar os 
equipamentos e as orientações adequadas aos 
profissionais de enfermagem.18 
A prevenção da dor é importante, não 
somente devido a aspectos éticos, mas 
também pelo potencial de consequências 
deletérias à exposição repetida da dor ao 
recém-nascido. Essas consequências incluem 
alteração da sensibilidade, alterações 
comportamentais e fisiológicas.19 
Nesse contexto, os sinais indicativos de dor 
que as participantes mencionaram observar 
foram principalmente faces de dor e choro. 
Entretanto, irritação, movimentos excessivos 
Mendes LC, Fontenele FC, Dodt RCM et al. A dor no recém-nascido na unidade de… 
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Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(11):6446-54, nov., 2013 6451 
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nos membros, taquicardia e hipossaturação 
foram também identificados com sinais 
dolorosos. 
Também em pesquisas realizadas em 
Maceió, no ano 2009, com 15 enfermeiras, e 
em São Paulo, com 32 enfermeiras, revelou-se 
que todas acreditavam que o recém-nascido 
sente dor e apenas 4,9% relataram a 
existência de um protocolo de dor nos serviços 
que trabalham. Expressão facial, choro e 
agitação foram as respostas mais 
prevalentes.11,15 
As alterações da mímica facial vêm sendo 
uma das ferramentas mais empregadas no 
estudo da dor do recém-nascido, quais sejam: 
fronte saliente, fenda palpebral estreitada, 
sulco nasolabial aprofundado, lábios 
entreabertos, boca estirada, tremor de queixo 
e língua tensa.20 
A expressão facial permite informações 
válidas, sensíveis e específicas a respeito da 
natureza e da intensidade da dor; já o choro, 
quando isolado, não fornece informações 
suficientes, pois pode indicar fome e 
desconforto.21 
No que se refere aos procedimentos 
realizados nas UTIN, diversos foram os 
considerados dolorosos pelas entrevistadas, 
porém os mais citados foram: punção venosa, 
25 (100%), capilar, 10 (40%), arterial 8 (32%), 
e lombar, 8 (32%). Ressalta-se aqui outros 
procedimentos mencionados por elas, os quais 
consideram dolorosos, porém foram citados 
em menor número, tais como: introdução da 
cânula orotraqueal (COT), frio, manuseio 
excessivo, troca de curativo, tricotomia e 
aspiração da COT e das viasaéreas. 
Semelhantes resultados foram obtidos em 
estudo desenvolvido em 2009, o qual 
identificou como procedimentos dolorosos: 
intubação e ventilação mecânica, assim como 
punções venosas e arteriais.11 Outra pesquisa 
teve como resultados a punção venosa, 
intubação, aspiração, drenagem torácica, 
passagem de sonda e CPAP nasal.15 
Estudo realizado com RN revelou que a 
aspiração do tubo orotraqueal e vias aéreas, 
uso do CPAP nasal, consideradas práticas 
dolorosas, podem levar o RN a apresentar 
alterações nos parâmetros fisiológicos.22 
Considerando as características da 
clientela, RN que precisa de assistência 
intensa por parte da equipe de enfermagem, 
diante de suas necessidades terapêuticas, 
entende-se o motivo de tais procedimentos 
previamente citados. Procedimentos 
dolorosos, mas necessários, que devem ser 
realizados da melhor maneira possível, na 
tentativa de atenuar o sofrimento do RN. 
Os protocolos de cuidados para recém-
nascidos devem incorporar o princípio de 
minimizar as intervenções dolorosas tanto 
quanto possível. As estratégias devem incluir 
avaliação da dor rotineiramente, diminuição 
do número de procedimentos realizados à 
beira do leito e utilização de medidas efetivas 
comprovadas cientificamente.23 
Destarte, prevenir é fundamental. Ao 
serem interrogadas sobre quais condutas 
teriam para prevenir a dor no RN, obteve-se: 
sucção não nutritiva com gaze e leite materno 
ou com glicose a 25%: 18 (72%). As técnicas 
ainda informaram: agasalhar o RN, 10 (40%), 
realizar mudança de decúbito, 6 (24%), 
manuseio delicado, 5 (20%), e agrupar 
cuidados, 4 (16%). Outros cuidados foram 
citados também em menor quantidade como 
promoção de atendimento humanizado, 
promover penumbra no ambiente hospitalar. 
Quando não se consegue evitar que o RN 
tenha dor, aliviá-la é muito importante. 
Atualmente, existem diversas técnicas para 
tratamento da dor, as quais podem ser 
farmacológicas ou não farmacológicas. 
A administração de glicose tem sido muito 
utilizada como intervenção não farmacológica 
para o alívio da dor.24-5 Estudos mostram que é 
uma medida terapêutica indicada para a 
realização de pequenos procedimentos como a 
coleta de sangue, pois ajuda o recém-nascido 
a se organizar após o estímulo doloroso, 
minimizando as repercussões fisiológicas e 
comportamentais.24,26 Os procedimentos de 
alívio da dor aumentam a homeostase e 
estabilidade do RN e são essenciais para o 
cuidado e suporte aos neonatos imaturos, a 
fim de sobreviverem ao estresse.27 
Em relação às ações realizadas pelos 
profissionais para aliviar a dor, foram 
mencionadas: contatar enfermeira ou médico, 
12 (48%), oferecer sucção não nutritiva, 9 
(36%), realizar manuseio mínimo, 9 (36%), 
passar medicação tópica nos locais de punção, 
8 (32%), e também aconchegar e conversar 
com o RN, 4 (16%). Também em números 
menores relatos de preocupação com o 
cuidado humanizado (toque delicado e 
mínimo, promover penumbra, realizar 
mudança de decúbito). Toda dor deve ser 
considerada e requer uma intervenção de 
enfermagem, sendo os profissionais de 
enfermagem responsáveis por oferecer uma 
assistência livre de imperícia, negligência e 
imprudência. O profissional não pode ser 
omisso. 
Existe uma vertente que busca o alívio da 
dor do RN. No caso dos enfermeiros, 
destacam-se as medidas não farmacológicas, 
que não exigem prescrições médicas, o que 
Mendes LC, Fontenele FC, Dodt RCM et al. A dor no recém-nascido na unidade de… 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(11):6446-54, nov., 2013 6452 
DOI: 10.5205/reuol.3794-32322-1-ED.0711201318 ISSN: 1981-8963 
facilita a utilização na assistência de 
enfermagem. A enfermagem ocupa posição de 
destaque na avaliação e intervenção sobre a 
dor em RN, já que são os profissionais de 
enfermagem atuam na maioria dos 
procedimentos dolorosos durante a sua 
internação na UTIN.18 
Outro estudo sobre dor revelou que 42% dos 
profissionais entrevistados tratavam a dor do 
neonato apenas com drogas, 9,9% com o toque 
ou o carinho, 2.5% com nutrição não nutritiva, 
9,9% com posicionamento adequado, 4,9% com 
a manutenção dos pais próximos ao RN e 
24,7% utilizam mais de uma forma de 
tratamento.11 
Um aspecto importante para assistência de 
enfermagem neonatal é a criação de um 
ambiente propício para o tratamento do RN, 
livre de estímulos nocivos, que promova o 
desenvolvimento positivo do RN e minimize os 
efeitos negativos da doença.19 
Portanto, apesar da necessidade de 
realização de alguns procedimentos dolorosos 
e desagradáveis, podem-se adotar, durante 
estes, algumas medidas ambientais, tais como 
a redução de luminosidade e a diminuição de 
ruídos. Quanto às medidas comportamentais, 
o enrolamento, a contenção, a sucção não 
nutritiva, a glicose a 25% e a realização de 
agrupamento dos cuidados foram utilizadas 
pelos profissionais de enfermagem em 
procedimentos dolorosos.28 
Evidenciou-se que ainda há muitas 
discussões e controvérsias sobre o método 
mais eficaz para o alívio da dor. De maneira 
geral, os profissionais de saúde expressam 
dificuldades em diagnosticar e lidar com a dor 
no recém-nascido devido a falhas nos 
conhecimentos básicos sobre a experiência 
dolorosa nos recém-nascidos.29 
 
As técnicas de enfermagem que 
participaram do estudo compreendem que os 
RN reagem às sensações dolorosas quando 
estimulados na UTIN. Entretanto, não há uma 
padronização das intervenções indicadas 
nestes casos. Em meio a tantas evidências, é 
relevante lembrar que oferecer um 
tratamento com o mínimo de dor possível é 
promover um cuidado humanizado ao RN. 
A dor como um sinal subjetivo, somada a 
impossibilidade do RN verbalizá-la, condiciona 
o profissional de saúde em UTIN a estar atento 
às alterações comportamentais e fisiológicas 
que acompanham o episódio doloroso, não 
devendo nunca subestimá-lo. 
Urge a necessidade de uma capacitação 
dessas profissionais com relação à avaliação e 
manejo da dor para melhorar a característica 
da assistência, tornando-a mais científica e 
segura, baseada em evidências. Sugere-se a 
criação de um protocolo de avaliação e 
tratamento da dor na rotina da instituição, 
como a aplicação de escalas, pelas 
enfermeiras, para que estas possam guiar as 
demais profissionais que compõem a equipe, 
melhorando assim a qualidade da assistência 
prestada aos neonatos. 
 
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Submissão: 23/05/2012 
Aceito: 24/08/2013 
Publicado: 01/11/2013 
Correspondência 
Lanuza Celes Mendes 
Rua Muirá, 1916 / Messejana 
CEP: 60865-280  Fortaleza (CE), Brasil 
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