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Texto O valor da filosofia

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Resumo do texto "O Valor da Filosofia” 
 
 Russell, grande matemático, lógico e filósofo do século XX, uma justificativa no que diz 
respeito à utilidade da filosofia nos tempos atuais, fazendo assim, uma crítica aos homens 
práticos, que são os homens que por influências das ciências, das tecnologias e de concepções 
errôneas do fim da vida humana e dos tipos de bens que a filosofia se ocupa em buscar, dizem 
que para nada serve a filosofia, pois eles visam somente e apenas as necessidades materiais, 
se esquecendo das necessidades espirituais. 
 
Porém Russell, ao longo do texto, vai-nos mostrando os motivos pelos quais devemos estudar 
a filosofia, pois, assim como as ciências, a filosofia não tem efeito somente sobre os que a 
estudam, mas também sobre a vida daqueles que não a estudam por meio da influência que 
ela exerce sobre os espíritos daqueles que dedicam seu tempo para estudá-la. Sendo assim, 
Russell nos influencia a procurar o valor da filosofia entre os valores do espírito, porque para 
ele, devemos buscar o valor da filosofia em seus efeitos e o principal efeito que ela nos causa é 
em nosso espírito o tornando mais sereno e livre. 
 
Mostra-nos que o conhecimento que a filosofia busca é o tipo de conhecimento que nos 
oferece uma unidade sistemática para o corpo das ciências e ainda um resultado do exame 
crítico dos fundamentos de nossas convicções, de nossos preconceitos e de nossas crenças, 
porem a filosofia não tem alcançado muitos resultados como as outras ciências positivas, pois 
para as questões que ela encontra respostas positivas deixam, assim, de fazerem parte da 
filosofia e vão se encaixando no corpo de conhecimentos das ciências. Porém é justamente 
nessa não-certeza da filosofia onde devemos procurar o seu valor, pois, segundo Russell, o 
valor da filosofia não deve ser procurado em um corpo definitivo de conhecimento 
assegurável, mas em parte, devemos buscar o seu valor em sua própria incerteza, pois quem 
não pratica o filosofar caminha pela vida preso aos preconceitos que são adquiridos ao longo 
de sua vida e o mundo se torna cada vez mais definido e óbvio. 
 
 A filosofia, assim, é incapaz de nos dar respostas verdadeiras e definitivas para os nossos 
problemas e para os problemas que ela mesma levanta, mas ela é capaz de nos oferecer um 
leque de possibilidades para a solução de determinados problemas, ampliando nossos 
pensamentos e nos livrando da tirania do hábito, assim, embora a filosofia diminua as nossas 
certezas do que as coisas são, ela aumenta o nosso conhecimento do que as coisas possam ou 
poderiam ser, nos tirando do dogmatismo e vivificando nossa admiração pelo mundo. 
Essa admiração é classificada por Russell como a contemplação filosófica, ou seja, uma 
abertura do Eu para o Não-Eu, ou melhor, o Eu se abre para uma visão imparcial do mundo e 
não tenta provar que o mundo é igual a si mesmo, assim, o Eu se alarga, pois ele vai se abrindo 
para o Não-Eu porque na contemplação filosofia partimos do Não-Eu fazendo uma união deste 
com o Eu. Essa contemplação torna o nosso espírito cada vez mais sereno e livre porque quem 
a prática começa a perceber que as partes têm uma conexão e, assim, encara seus objetivos e 
suas escolhas como sendo parte do todo. Este homem não viverá mais em uma cidade isolado 
das outras, mas sim, em um mundo que abrange a cidade de cada um que está a sua volta se 
tornando cidadão do mundo e não apenas de sua cidade.

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