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GESTÃO DE ESTOQUE MÓDULO 2 - IEFEx

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Módulo 2 
Modelos matemáticos de Gestão de Estoques
ESTÁGIO SETORIAL 
DE 
GESTÃO DE ESTOQUES 
 
 
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS 
INSTITUTO DE ECONOMIA E FINANÇAS DO EXÉRCITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 Introdução 
1. Curva ABC 
 Características dos itens da classificação ABC 
 Elaboração manual da tabela e curva ABC 
2. Lote Econômico de Compras ( LEC) 
 Lote ótimo de compra 
 Estoque máximo – E.Mx 
 Estoque médio – E.M 
3. Ponto de ressuprimento: tempo de reposição 
 Realização do cálculo 
4. Realização do cálculo 
Referências 
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS 
INSTITUTO DE ECONOMIA E FINANÇAS DO EXÉRCITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO 2. Modelos Matemáticos de Gestão de Estoques 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://cdnsjengenhariae.nuneshost.com/wp-content/uploads/2018/05/pareto-8020- 
blue-1024x469.png 
 
 
 
Introdução 
 
 
Você já ouviu falar no diagrama de Pareto? Vamos relembrar seu significado? 
Vilfredo Pareto foi um italiano, político, sociólogo e economista que, no final do século 
XIX, estudou a distribuição de renda e riqueza numa certa população da Itália. Os 
resultados destes estudos demonstraram que 80% da riqueza estavam nas mãos de 
apenas 20% desta população. Este fato ficou conhecido como lei 80-20. 
A partir de tal contexto nosso módulo dois discutirá modelos matemáticos de Gestão 
de Estoques que poderão maximizar resultados. Vamos conhecer? 
 
1. Curva ABC 
 
A partir da demonstração 80-20 podemos entender que este fato ficou 
conhecido como lei 80-20. Posteriormente este princípio foi aplicado aos estoques 
https://cdnsjengenhariae.nuneshost.com/wp-content/uploads/2018/05/pareto-8020-blue-1024x469.png
https://cdnsjengenhariae.nuneshost.com/wp-content/uploads/2018/05/pareto-8020-blue-1024x469.png
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS 
INSTITUTO DE ECONOMIA E FINANÇAS DO EXÉRCITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
com o objetivo de conhecer os 20% mais significativos do ponto de vista dos custos. 
Exemplificando, a curva 80 x 20, ou Lei de Pareto, como também é conhecida, 
consegue mostrar os 20% dos clientes que respondem por 80% do resultado de um 
banco, considerando-se a movimentação de suas contas, identifica os produtos mais 
significativos dentro do portifólio de produtos de uma empresa, os maiores salários de 
uma organização etc. 
Segundo Pozo (2001), a curva ABC foi utilizada pela primeira vez na General 
Eletric por F. Dixie, com o objetivo de avaliar estoques. Dixie adotou, para “A” , 8% dos 
itens e 75% do valor de todo o estoque; os “B” representavam 25% dos itens com 20% 
do valor total do estoque; e, finalmente, os “C” representavam 67% dos itens com 5% 
dos custos totais do estoque considerado. 
 
Tabela 1 – Distribuição de F. Dixie 
 
 
Classificação ABC 
 
% Quantidade de itens 
 
% Valor em Estoque 
A 8% 70% 
B 25% 25% 
C 67% 5% 
Fonte: Fogaça (2013) 
 
 
Foi observado que não existe consenso entre os diversos autores que tratam do 
tema em relação à proporção ideal, ficando a critério do gestor o estabelecimento dos 
valores desejados para a proporção de custos. Entretanto cumpre salientar que, ao 
escolher a proporção de custos, deve se assegurar que A> B> C e que a soma deles seja 
100%. 
Outro fato de grande importância é que, mesmo sendo de baixo custo, um item “C” 
pode paralisar uma linha de produção. A forma de controlar esta possibilidade é 
mediante o estudo da criticidade dos itens. Por criticidade pode-se entender a 
dificuldade em substituir certo item. Portanto um item “A” de criticidade é aquele de 
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS 
INSTITUTO DE ECONOMIA E FINANÇAS DO EXÉRCITO 
 
 
Segundo DIAS (1993), a obtenção da tabela e curva ABC é uma tarefa que poderá ser realizada 
mediante cálculos manual, mecanizado ou eletrônico. 
 
 
 
 
 
 
difícil substituição, e um item “C” é aquele que se consegue substituir com grande 
facilidade. 
 
 Características dos itens da classificação 
ABC Vamos observar a tabela a seguir? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: o autor 
 
 
A partir dessa classificação, priorizamos aqueles de classe “A” nas políticas de 
estoques devido à maior importância econômica. Dessa forma, os itens classe A 
receberão sistematicamente maior atenção do que itens classe “C”, em termos de 
análises mais detalhadas, menores estoques, maiores giros, menores lotes de 
reposição, mais contagem etc. 
 
 
 Na prática 
 
 
 
 
Segue exemplo de tabela e curva que representam, hipoteticamente, um 
estoque existente na farmácia de um hospital. 
Tabela 1 - Tabela ABC aplicada a um exemplo de estoque de um hospital 
Classe A são os principais itens em estoque de alta prioridade, foco de atenção do 
gestor de materiais, pois são materiais com maior valor devido à sua 
importância econômica. Estima-se que 20% dos itens em estoque 
correspondem a 80% do valor em estoque. 
Classe B compreende os itens que ainda são considerados economicamente preciosos, 
logo após os itens de categoria A, e que recebem cuidados medianos. Estima- 
se que 30% dos itens em estoque correspondem a 15% do valor em estoque. 
Classe C não deixam de ser importantes pois sua falta pode inviabilizar a continuidade 
do processo, no entanto o critério estabelece que seu impacto econômico 
não é dramático, o que possibilita menos esforços. Estima-se que 50% dos 
itens em estoque correspondem a 5% do valor em estoque. 
 
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS 
INSTITUTO DE ECONOMIA E FINANÇAS DO EXÉRCITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 1- Simulação de curva ABC aplicada ao exemplo de estoque de um hospital 
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS 
INSTITUTO DE ECONOMIA E FINANÇAS DO EXÉRCITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fogaça (2013) 
 
 
 Elaboração manual da tabela e curva ABC 
 
O gráfico de Pareto, também conhecido como curva ABC ou gráfico 80-20, 
apresenta uma aplicação bem simples para a sua construção. Considere os seguintes 
produtos cujos códigos, quantidades e valores unitários em estoque numa certa 
empresa são apresentados na tabela 2. 
Tabela 2 - Estoque de uma empresa hipotética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fogaça ( 2008) 
Observe que na tabela o valor total é igual à quantidade multiplicada pelo valor 
unitário do item considerado. 
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Atenção! 
 
 
 
 
Veja na tabela 3: 
 
 
Tabela 3 - Estoque de uma empresa hipotética, com os produtos ordenados segundo 
os valores totais (sentido decrescente) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fogaça ( 2008) 
 
 
Observe que a linha inteira iniciada pelo código 6 do produto foi mudada de sua 
posição original para ocupar a primeira linha da tabela. Percebe-se que o item de 
maior valor nesse estoque é o que corresponde ao produto com código 6. Na tabela 4 
mostra-se o somatório que deverá ser feito na coluna do valor total. 
 
Tabela 4 - Cálculo do valor total do estoque 
Após calcular os valores totais, deve-se ordenar todas as linhas, tomando como critério 
o valor total encontrado, com os valores aparecendo em ordem decrescente, ou seja, 
do maior para o menor. 
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Fonte: Fogaça ( 2008) 
O passo seguinte é calcular, para cada item, o percentual sobre o valor total 
acumulado, ou seja, quanto o valor total de 100.000 (produto 6) representa no valor 
141.700 (soma dos valores totais), que 
representado pela operação: 
é o total do estoque. O cálculo será 
 
 
 
 
 
O valor encontrado foi de 70,6%, que deverá ficar na coluna %. Os demais valores que 
aparecem na tabela 5 foram também assim calculados. 
Tabela 5 – Cálculo dos percentuais dos itens 
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Fonte: Fogaça ( 2008) 
Na coluna % acumulada, adiciona-se a cada item a soma das porcentagens 
anteriores, conforme a tabela a seguir. 
Tabela 6 - Obtenção da porcentagem acumulada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fogaça ( 2008 ) 
Concluída a coluna % acumulada, analisa-se os dados obtidos. Deverá ser escolhida 
a proporção desejada para os itens A, B e C. Esta proporção deverá ser feita 
considerando-se o seguinte:„ 
 A > B > C; 
 a soma de A, B e C deverá ser 100%; 
 se A for muito maior que B e C (por exemplo, 90%), a curva que resultará será 
dita de alta concentração. Se A estiver próximo de 50%, a curva resultante 
será dita de baixa concentração; 
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 não existe uma definição clara para os valores desta proporção. No caso de 
estoques, existe interesse em relacionar os percentuais dos custos com os 
percentuais dos itens, por exemplo: 
Quadro 2 - Porcentagens dos custos x itens, conforme a classificação ABC 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fogaça ( 2008) 
Escolhida a proporção (70x20x10) para os custos, poderiam ser encontrados os 
valores (10x30x60) para os itens. O significado é o seguinte: 10% dos itens estariam 
representando 70% dos custos. Por outro lado, 60% dos itens representariam apenas 
10% dos custos do estoque.Voltando ao exemplo da tabela 6, deve-se separar na 
coluna % acumulada o valor que estiver o mais próximo possível de 70%, a menor ou a 
maior. Veja na tabela 7. 
Tabela 7 - Estabelecendo a classificação ABC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fogaça ( 2008) 
A próxima marcação a ser feita é a dos valores de B, ou seja, deve-se somar 20% 
acima dos 70% da proporção adotada. Assim, o valor mais próximo de 90% é 90,3%, 
valor sublinhado na tabela 6. Finalizando, soma-se 10% acima de 90%, ou seja, 100%. 
Os valores entre 90% e 100% definirão aqueles marcados como C. 
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Calcula-se agora a relação entre os itens e os valores já calculados dos custos. No 
nosso hipotético estoque, o total de itens é 8, ou seja, 8 corresponde a 100% dos itens 
em estoque. 
Figura 1 - Cálculo do percentual de cada parte em relação ao total do estoque 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fogaça (2008) 
Cálculos efetuados, identificou-se que 12,5% dos itens correspondem a 70% dos 
custos (1 item A). Já os itens C (5 itens) respondem por 62,5% do total dos itens do 
estoque, entretanto, representam apenas 10% dos custos. Com os dados colhidos, 
finalmente poderemos fazer a curva ABC baseada na tabela que foi construída. 
Gráfico 2- Curva ABC de estoque 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Lote Econômico de Compras ( LEC) 
 
Para Gonçalves (2004), lote econômico é a quantidade ideal de material a ser 
adquirida em cada operação de reposição de estoque, onde o custo total de aquisição, 
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bem como os respectivos custos de estocagem é mínimo para o período considerado. 
Esse conceito aplica-se tanto na relação de abastecimento pela manufatura para a 
área de estoque, recebendo a denominação de lote econômico de produção, quanto à 
relação de reposição de estoque por compras no mercado, passando a ser designado 
como lote econômico de compras. 
Segundo Dias (2005), o Lote Econômico de compras (LEC) é o equilíbrio econômico 
entre o custo de posse (manutenção dos estoques) e o custo de aquisições (obtenção 
de material). 
Para Calixto (coord) (2014), um dos principais desafios do gestor logístico é que os 
custos das atividades a ele subordinadas não caminham todos no mesmo sentido, ou 
seja, na medida que os custos correspondentes a uma atividade crescem, há uma 
compensação, de modo que os custos de outra operação, vinculada à mesma atividade 
logística, caem. 
Calixto (cood) (2014) reforça que o grande “quebra-cabeça” consiste em 
encontrar o ponto de equilíbrio, isto é, o nível para o qual o conjunto dos custos 
apresenta o ponto mínimo. Para produtos comprados, esse ponto de equilíbrio pode 
ser como sendo função do custo de manutenção de estoques, também chamado de 
custo de armazenagem ( Ca) e do Custo de pedir (Cp), de acordo com a figura 2. 
Figura 2 – Lote Econômico de Compras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado Corrêa et al. (2010) 
Observa-se que o Custo total (CT) é menor, no instante em que ocorre a interseção 
dos custos de armazenagem com os custos em realizar o pedido, para efetuar. 
A equação que demonstra o lote econômico de compras é dada por: 
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L = √(2xQxA) / P 
Onde: 
L = Lote econômico de compras 
Q = Quantidade 
A = Custo de cada pedido (incluindo o transporte), também chamado de Cp (Custo de 
pedir) 
P = Custo unitário de estocagem ou Custo de armazenagem (Ca) 
Cabe destacar que o mesmo conceito referente ao lote econômico de compras aplica- 
se na relação de abastecimento da manufatura para a área de estoque, recebendo a 
denominação de lote econômico de produção. 
 
 Lote ótimo de compra 
O Lote econômico de compras não possui em sua fórmula o componente do custo 
do transporte. O Lote ótimo de compras apresenta-se para alimentar esta 
necessidade. Para sua aplicação devemos seguir os seguintes passos: 
a. Definir o LEC; 
b. Identificar as diversas faixas de frete; 
Exemplo: Menos de 500 und- R$ 0,15/und 
De 500 a 700 und - R$ 0,10/und; 
Mais de 700 und - R$ 0,07/und. 
c. Definir tamanhos de lotes com o tamanho do LEC e com as extremidades das 
faixas de frete, abaixo e acima; 
d. Calcular o Custo total para cada opção; 
e. As economias de frete devem ser compensadas com os custos de aquisição e 
manutenção do estoque; 
f. Custo Total (CT) = (Frete Unitário x Demanda anual) + (Custo de aquisição x 
demanda anual/lote de reposição) = (Custo de manutenção x custo do item x 
Estoque médio). 
Exemplo: 
Demanda = 100 und/semana 
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Ano = 52 semanas 
Custo de aquisição por pedido = R$ 20,00 
Custo de manutenção = 25% 
Custo do item = R$ 2,00 
LEC = 650 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Estoque máximo – E.Mx 
É a soma do estoque mínimo mais o lote de compra (Q). 
Mx = E.Mn + Q 
Segundo Dias (2017), esse lote de compras pode ser econômico ou não. Nas 
condições normais de equilíbrio entre a compra e o consumo, o estoque irá variar 
entre os limites máximos e mínimos. Sofre também influências da capacidade de 
armazenagem disponível, que deve ser levada em consideração na ocasião do seu 
dimensionamento. 
 
 Estoque médio – E.M 
É o nível médio de estoque entorno do qual as operações de compra e consumo se 
realizam. Representa-se o E.M como Q/2, sendo Q a quantidade que será comprada 
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para ser consumida. Ao considerarmos o estoque mínimo ou de segurança agregado 
ao estoque médio, teremos a seguinte expressão: 
E.M = E.Mn + Q/2 
 Estoque mínimo ou de segurança – E.Mn 
Para Calixto (coord) (2014) em situações reais, na maioria das vezes, os 
acontecimentos são diferentes do que prevemos. Determinamos uma quantidade de 
estoque para que sirva como “pulmão” e, caso um imprevisto ocorra não venhamos a 
sofrer faltas no estoque, prejudicando a cadeia de suprimentos na sua totalidade. A 
determinação do estoque mínimo é muito importante para a gestão do estoque. 
Por definição, para Dias (2017), E.Mn é a quantidade mínima que deve existir em 
estoque, que se destina a cobrir eventuais atrasos no ressuprimento, objetivando a 
garantia do funcionamento ininterrupto e 
vendas,sem risco de faltas. 
eficiente do processo produtivo, ou das 
Entre as eventualidades que ocasionam faltas, podemos citar: 
 variações no consumo, ou seja, aumento repentino de demanda; 
 atrasos na entrega da mercadoria; 
 oscilação nas épocas de aquisição ( atraso no tempo de reposição); 
 alteração na qualidade, quando o controle de qualidade rejeita um lote. 
 
Cabe destacar que o E.Mn é um volume adicional em seu estoque e, que é a chave 
para o adequado estabelecimento do ponto de pedido. 
 Cálculo do Estoque Mínimo 
E.Mn = (DMáx – DM) x (TRMáx-TR) 
Sendo: 
DMáx = Demanda máxima histórica 
DM = Demanda média 
TRMáx = Tempo de reposição máximo 
TR = Tempo de reposição médio 
 
3. Ponto de ressuprimento: tempo de reposição 
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Uma das informações necessárias para calcular o E.Mn é o tempo de reposição, isto 
é, o tempo gasto desde a verificação de que o estoque precisa ser reposto até a 
chegada do material comprado ao armazém da empresa. 
O modelo de ponto de ressuprimento, também chamado de ponto de reposição ou 
ponto de pedido, é um dos mais utilizados para o controle de mercadorias em 
estoque. 
Figura 3 – Modelo de ponto de ressuprimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Martins ( 2005) 
O gráfico conhecido como Curva Dentes de Serra é utilizado para a reposição de 
estoques em consumo constante de um produto qualquer, com as seguintes 
características: 
 CC- o consumo é constante no caso, representado pela média, que vale para a 
demonstração; 
 EMn- estoque mínimo: um nível mínimo a ser mantido para o caso das 
oscilações(surpresas) na curva de consumo/venda. 
 EMx – estoque máximo: um nível máximo a ser mantido e que geralmente 
está relacionado ao lote de fornecimento, à capacidade de armazenagem, ou 
ainda ao lote econômico calculado; 
 Q - quantidade de reposição: diferença entre E.Mx – E.Mn; 
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Resumindo 
Q = E.Mx – E.Mn 
Exemplo: 
Uma empresa mantém um estoque de segurança de 30 itens de um produto A. Um 
fornecedor demora 8 dias para entregar o produto A e o consumo médio mensal de A 
é de 10 unidades. Calcule o ponto de pedir. 
PP = (CCxTR) + Emn 
PP = (10 x 8) + 30 
PP = 110 
 
 
 
 
 
 
 TR - tempo de reposição: é o tempo que demora para chegar a Q, desde o 
momento em que foi pedida. Pode ser expressa em dias ou meses ; 
 PP - ponto de pedido: é um nível de estoque que, uma vez atingido, deve ser 
providenciada a reposição. Mantém o nível de estoque suficiente para o 
consumo durante o TR, mais o E.Mn (que deve ser preservado) . 
 
3.1. Realização do cálculo 
Para a obtenção dos algoritmos dos conceitos : 
PP(Ponto de pedido)= Estoque suficiente para venda(x) durante o TR, mais o E. Mn. 
Em resumo : 
PP = (CC x TR) + E.Mn 
Q (Quantidade de reposição) = Estoque máximo – Estoque mínimo 
 
 
4. Giro ou Rotatividade do estoque 
 
É definido como o número de vezes em que o estoque é totalmente renovado em 
um período de tempo, geralmente anual. 
Fórmula: 
Giro = Demanda Média do período 
Estoque Médio no Período 
Exemplo: 
Demanda Anual de um produto = 1.420 Un 
Lote de Reposição = 218 Un 
Calculamos: 
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O Giro mostra o número de vezes em que o estoque de um determinado item é 
renovado. 
 
 
 
 
 
 
E. M = 218 = 109 
2 
Giro = 1420 = 13 Vezes/ano 
109 
 
 
 
 
 
Fique atento! 
 
 
 
 
 
 
 
 Referências 
 
ARNOLD, J. R. Tony. Administração de materiais: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1999. 
 
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e 
distribuição física. São Paulo: Atlas, 2007. 
 
 . Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2006. 
 
 . Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2004. 
 
 . Logística empresarial: transportes, administração de materiais e 
distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993. 
 
CALIXTO, F. Logística: um enfoque prático. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2014. 
 
DIAS, M.A. Introdução à Logística: fundamentos, práticas, e integração. São Paulo: Atlas,2017. 
FOGAÇA, M.; SAMPAIO, J.,R. Logística. Palhoça: UnisulVirual, 2013. 
GIANESI, I. G. N. Just In Time, MRP II e OPT: um enfoque estratégico. São Paulo: Atlas, 1993. 
 
GIANESI, I. G. N.; CAON, M. Planejamento, programação e controle da produção. São Paulo: 
Atlas, 2001. 
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GONÇALVES, P. S. Administração de Materiais. 7ª Ed. Rio de Janeiro: Elieser, 2013. 
 
GRAZIANI, A., P. Gestão de estoques e movimentação de materiais. Palhoça: UnisulVirtual, 
2015. 
 
KRAJEWSKI, L.; RITZMAN, L.; MALHOTRA, M. Administração de produção e operações. 8. ed. 
São Paulo: Pearson / Prentice Hall, 2009. 
 
MADEIRA, P.C.S. Fundamentos da Logística Empresarial e Cadeia de Abastecimento. 1ª ed, rev, 
Palhoça: UnisulVirtual, 2011. 
 
MARTINS, P.,G.; Alt, P., R., C. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. 3 ed . São 
Paulo: Saraiva, 2009. 
 
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