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Redação- Masculinidade tóxica

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É incontrovertível que a divisão de papéis desde a Pré-história entre homens -
responsáveis por atividades que exigiam sua força - e as mulheres, contribuíram para
uma construção de papéis sociais que perpassou a história e permanece vigente na
conjuntura hodierna, onde mulheres são subjugadas inferiores aos homens. Outrossim,
de maneira análoga as rochas sedimentares, facetas sociais se constroem lenta e
gradualmente mediante pequenos constituintes de um todo. Nesse sentido, heranças
patriarcais e a construção do ideal masculino e feminino culminaram para a perpetuação
do conceito nocivo de masculinidade.
“No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho”.
Assim como a pedra no trecho do poeta modernista Carlos Drummond de Andrade
representa um obstáculo, a questão da masculinidade tóxica representa um empecilho na
vida dos homens, uma vez que, o modelo de educação imposto desde a infância de um
ser que não pode demonstrar sentimentos e que devem ser superiores as mulheres,
contribuem para a manutenção do patriarcado e dificulta o rompimento desse sistema
cultural.
Ademais, de acordo com a socióloga Raewyn Connel os homossexuais são
definidos como homens que possuem falta de masculinidade. Nesse sentido, a definição
da homofobia pela maioria das pessoas colocada como heterossexualidade frágil,
representa a fala daqueles que reproduzem um discurso imposta pela sociedade da
formação do “homem de verdade”. Parafraseando, o filósofo Émile Durkheim em seu
conceito de fato social, as ações constantes comuns aos indivíduos em sociedade
tendem a se normalizar. Nesse sentido, é perceptível no Brasil o aumento dos casos de
homofobia e as agressões contra a comunidade LGBT mediante a educação que muitos
recebem em casa e pelo convívio social, de não aceitarem a opção sexual de cada
individuo.
Destarte, é mister que o Ministério da Educação desenvolva projetos de
conscientização, metodologias e ações efetivas diretamente nas comunidades escolares
que abordem sobre a construção dos papéis sociais e que promovam a desconstrução do
ideal patriarcal por meio de palestras, debates e trabalhos em comunidade. O governo
deve criar leis mais efetivas para o combate a homofobia e a sociedade civil deve
supervisionar com maior rigor a aplicação das leis e casos de agressões, para uma
melhor conscientização e convívio em sociedade consolidando direitos regidos pela lei
maior do país, a Constituição Federal, para garantia dos direitos dos cidadãos em um
país democrático.

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