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Slides de Técnicas para provas discursivas.

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PROVA DISCURSIVA
Técnicas para resolução de questões 
discursivas, peças e pareceres.
• Fonte de estudo:
� Curso de Peças e Pareceres – ADVOCACIA PÚBLICA – 
Teoria e Prática - Juspodivm
Informações preliminares
•Assessor Jurídico Legislativo:
�1 Parecer Jurídico (Mín. 75 linhas – Máx. 150 linhas)
�2 questões discursivas (Mín. 10 linhas – Máx. 20 linhas)
•Procurador:
�1 Parecer Jurídico ou 1 Peça Judicial (Mín. 75 linhas – 
Máx. 150 linhas)
�3 questões discursivas (Mín. 10 linhas – Máx. 20 linhas)
Ficar atento!
•Não identificar a prova (citar caso da prova da ARSETE);
•Caneta azul ou preta;
•caso seja exigida assinatura, o candidato deverá utilizar 
apenas o termo “Advogado”. Ao texto que contenha outra 
assinatura será atribuída nota 0 (zero), por se tratar de 
identificação do candidato em local indevido (item 
12.5.2.2);
•Não poderá ser usada legislação;
PARECER JURÍDICO
•Parecer jurídico é um documento jurídico com 
análise e informações técnicas, referências 
doutrinárias, jurisprudenciais e indicações 
legislativas sobre um tema em específico, e pode 
ser produzido por advogados e apresentada a 
clientes em consultorias jurídicas ou em 
processos em que o advogado especialista é 
chamado para oferecer um parecer.
•O parecer jurídico deve conter, assim:
�análise do tema demandado;
�referências doutrinárias;
�referências jurisprudenciais;
�indicações das legislações correlatas;
�informações técnicas que fundamentem a 
opinião ou interpretação do tema.
• Não há um padrão estabelecido em lei para um modelo de parecer jurídico, mas há 
elementos que podem ser tomados como exemplos para quem deseja elaborar um 
parecer. É, portanto, a estrutura de um modelo de parecer jurídico:
� título: parecer jurídico nº 0000 (o número é opcional, mas contribui para a organização 
da Procuradoria, e, em geral, está centralizado);
� requerente: é o endereçamento, com nome dos solicitantes; em regra é uma 
autoridade quem solicita o parecer
� ementa: assunto abordado, com indicação das principais palavras-chave, tal qual nas 
jurisprudências;
� Sumário ou resumo ou assunto: indicação dos tópicos abordados no parecer – é 
optativo e nem sempre indicado como elemento necessário, mas é positivo, sobretudo, 
em pareceres extensos;
� relatório: resumo da consulta demandada, com indicação do fatos que a constituem, 
como relatório do processo ou informações trazidas pelo cliente;
� fundamentação: argumentos jurídicos propriamente ditos, com indicação, assim, da 
legislação, da jurisprudência, da doutrina e de outras informações técnicas;
� conclusão: resposta às informações da fundamentação e às solicitações do cliente – o 
advogado deve indicar aqui a que é favorável e finalizar com, por exemplo, “diante do 
exposto, é-se favorável/desfavorável a tais argumento. É o parecer. À aprovação”.
� local, data, advogado e OAB: assinatura final.
RELATÓRIO
•Nesta parte devemos descrever os fatos objeto da 
consulta. Devemos relatar somente os fatos trazidos pelo 
cliente/consulente.
•Caso haja várias questões importantes e independentes 
elas deverão também ser incluídas no relatório.
•Caso haja perguntas formuladas pelo cliente/consulente é 
possível listá-las nessa parte.
•Trata-se de consulta formulada por (autoridade/pessoa 
jurídica ou pessoa física), acerca de (Copiar os dados 
trazidos). 
• “É o relatório. Passo a opinar”.(Para finalizar o relatório)
FUNDAMENTAÇÃO
•É a parte mais importante do parecer. Na parte relativa a 
fundamentação o parecerista deve elaborar as teses que se 
apoiarão a sua conclusão final.
•Devendo abordar com clareza e concisão cada um dos temas 
sugeridos, procurando dar sempre uma resposta precisa e 
convincente com, base na lei vigente, podendo recorrer à 
doutrina e à jurisprudência.
•Caso o problema trazido apresente mais de uma solução é 
recomendável que você divida a fundamentação em itens (ex: 
a, b, c).
•Em cada um dos questionamentos, podemos montar o 
seguinte silogismo:
1) Questionamento;
2) Fundamentos de fato e de direito relativos à questão;
3) Conclusão.
CONCLUSÃO
•A conclusão corresponde a uma síntese de todas as conclusões que 
foram tiradas na parte da fundamentação.
•A conclusão simplesmente responde o que foi questionado pelo 
cliente/consulente.
•Caso tenha havido perguntas é necessário respondê-las.
•Deve ser finalizada com a seguinte expressão: “É o parecer”.
E logo abaixo, a data, o local, nome e a assinatura do(a) advogado(a).
•Exemplo de conclusão: Ante o exposto, respondendo a cada um dos 
questionamentos formulados na consulta, opino pela (opina-se pelo que 
foi perguntado).
•É o parecer. (sempre concluir com essa frase, porque o cliente não está 
vinculado ao parecer)
• Local, data.
•Advogado(a)
Parecer jurídico nº 00001
Requerente: Empresa de materiais de construção XXXXX
Ementa: DIREITO AMBIENTAL. INDÚSTRIA DA 
CONSTRUÇÃO CIVIL. CONSTRUÇÃO DE INDÚSTRIA. 
POLUIÇÃO AMBIENTAL. 
Assunto:
Relatório: a Empresa XXXX, no dia 27 de setembro de 2019, 
solicitou parecer jurídico com análise sobre as eventuais 
infrações à legislação ambiental na implementação de um 
indústria da construção civil na localidade de XXXX. 
Trouxe, para a elaboração do parecer, os documentos tais, 
apresentados em anexo (anexos I e II) e questionou, tendo 
em vista a legislação sobre o tema, a favorabilidade pelo 
empreendimento.
Fundamentação: 
O art. 225 da Constituição Federal, assim, estabelece:
“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.” 
O seguinte autor, dessa maneira, escreve que as ações das empresas devem ser 
responsáveis também pelos danos não previstos, visando a garantia constitucional de 
um direito transgeracional. De igual modo, a jurisprudência do STF é pacífica ao 
estabelecer isso, como se observa do acórdão na ação de inconstitucionalidade nº 
0000000:
“DIREITO AMBIENTAL. AÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI QUE AUTORIZA A 
CONSTRUÇÃO DE EMPRESAS EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL.” 
Este tribunal, assim, entende que…
Conclusão
Diante do exposto, entende-se que a construção da empresa violaria tais fundamentos, 
indo de encontro à doutrina e jurisprudência pacífica, motivo pelo qual este parecer 
mostra-se desfavorável ao solicitado pela requerente.
É o parecer.
Local e data
Advogado
PEÇA JUDICIAL
1. Endereçamento – Lembrar das divisões abaixo;
a) Competência Absoluta x Relativa
b) Competência – Justiça Federal x Justiça Estadual
c) Justiça Federal – x Vara Federal da Subseção Judiciária
d) Justiça Estadual – Vara Cível da Comarca x– Estado
•Para definição da competência lembrar do artigo 109, 
CFRB/88.
2. Estrutura:
a) Endereçamento;
b) Resumo;
c) Fundamentação;
d) Pedidos.
•Nome da peça de forma clara, ou seja, deve estar centralizado e 
no meio da primeira página.
3. Primeiramente, a estética é um dos elementos que deve ser 
levado em conta, já que o aspecto visual acaba sendo o primeiro 
a ser avaliado pelo destinatário, qual seja o examinador.
•Também será necessário respeitar um espaço razoável entre o 
cabeçalho da petição e o texto propriamente dito, tudo isso para 
que o aspecto visual não fique sobrecarregado, prejudicando a 
leitura. 
4. Objetividade e clareza. De uma forma geral, vale ser objetivo e 
conciso, considerando que petições muito extensas podem até 
mesmo dificultar a análise do pedido. O que pode ser escrito em 
poucas páginas não precisa ser estendido a muitas, 
considerando que a repetição constante de ideias é 
desnecessária e confunde o leitor.
5. Preliminares. Lembrar que preliminares são questões 
anteriores ao mérito que devem servir como o fim de 
extinguir o processo sem julgamento de mérito. As 
principais preliminares estão no artigo 337, NCPC, sendo 
certo que algumas podem ser alegadas em qualquer grau de 
jurisdição.
•Observar que na contestação a Reconvenção e a exceçãode 
incompetência relativa passaram a integrar a referida defesa.
6. Doutrina e jurisprudência. Doutrina e jurisprudência devem 
ser citadas com moderação e apenas quando realmente 
tenham ligação com o aquilo que se postula no caso 
concreto. Da mesma forma, não é necessário discorrer 
sobre conhecimento jurídico, transcrevendo diversos 
artigos de lei e súmulas. Será mais eficaz apenas indicar a 
relação do caso concreto com a sua previsão legal.
7. Ponto – Pedido / Requerimentos
•Lembrar de requerer a reforma da decisão em eventual 
recurso ou mesmo a improcedência do pedido em caso 
de peça de defesa.
•Ainda aqui para facilitar, observe os artigos 485 e 487, 
NCPC, de forma que se houver preliminar esta será 
examinada antes dando origem a um julgamento sem 
mérito, enquanto que se não houver preliminar haverá 
julgamento com mérito.
•Quanto aos Recursos, deve-se observar o capítulo de 
cada qual no NCPC, requerendo eventual efeito 
suspensivo e, após, o provimento com reforma da 
decisão.
8. Data, local e assinatura. Lembrar de assinar como 
“Advogado”
QUESTÕES 
DISCURSIVAS 
- 01
• Questão 01. Quanto ao regramento 
do teto remuneratório do 
Procuradores Municipais previstos 
na Constituição Federal e na Lei 
Orgânica do Município de 
Teresina/PI discorra sobre os 
seguinte pontos:
• a) o Procurador do Município está 
submetido ao teto geral do Poder 
Executivo Municipal ou possui 
subteto específico? 
• b) qual o entendimento consolidado 
do STF sobre o tema?
A questão é centrada na aplicação do art. Art. 23, § 2º cumulado com o art. 75, VIII da Lei Orgânica 
Municipal:
⮲ Art. 23 
§ 2º A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da 
administração direta, autárquica e fundacional do Município, dos detentores de mandato eletivo e dos 
demais agentes políticos, bem como proventos, pensões ou outra forma remuneratória, recebidos 
cumulativamente ou não, ficarão impedidos de perceber, em espécie, no que exceder ao do Prefeito, 
observando-se o disposto no art. 75, inciso VIII, desta Lei Orgânica. (Redação dada pela Emenda à Lei 
Orgânica nº 26/2016).
⮲ Art. 75 A administração pública direta, indireta de qualquer dos Poderes do Município, atenderá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e, também, ao seguinte:
VIII - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da 
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros dos Poderes Executivo e Legislativo, dos 
detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie 
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer 
outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, do Prefeito, no âmbito do Poder 
Executivo Municipal, e o subsídio dos Deputados Estaduais aos agentes políticos no âmbito do Poder 
Legislativo Municipal, na forma do art. 29, VI, “f” da Constituição Federal, aplicando-se aos 
Procuradores do Município e aos Auditores Fiscais da Receita Municipal o limite estabelecido no art. 37, 
XI, in fine, da Constituição Federal; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 26/2016)
Portanto, é correto afirmar que o Teto remuneratório do Procuradores Municipais não é o subsídio 
do Prefeito (que é a regra geral do funcionalismo público no âmbito do Poder Executivo Municipal), 
mas sim segue uma regra de exceção, sendo seu teto atrelado ao subsídio dos Desembargadores do 
TJ.
Por fim, o STF pacificou a matéria, com repercussão geral, RE 663696, nos seguintes termos:
Ementa: DIREITO ADMINISTRATIVO. REPERCUSSÃO GERAL. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE 
CONSTITUCIONAL ACERCA DO TETO APLICÁVEL AOS PROCURADORES DO MUNICÍPIO. SUBSÍDIO 
DO DESEMBARGADOR DE TRIBUNAL DE JUSTIÇA, E NÃO DO PREFEITO. FUNÇÕES ESSENCIAIS À 
JUSTIÇA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. 1. Os procuradores municipais integram a 
categoria da Advocacia Pública inserida pela Constituição da República dentre as cognominadas 
funções essenciais à Justiça, na medida em que também atuam para a preservação dos direitos 
fundamentais e do Estado de Direito. 2. O teto de remuneração fixado no texto constitucional teve 
como escopo, no que se refere ao thema decidendum, preservar as funções essenciais à Justiça de 
qualquer contingência política a que o Chefe do Poder Executivo está sujeito, razão que orientou a 
aproximação dessas carreiras do teto de remuneração previsto para o Poder Judiciário. 3. Os 
Procuradores do Município, consectariamente, devem se submeter, no que concerne ao teto 
remuneratório, ao subsídio dos desembargadores dos Tribunais de Justiça estaduais, como impõe a 
parte final do art. 37, XI, da Constituição da República. 4. A hermenêutica que exclua da categoria 
“Procuradores” - prevista no art. 37, XI, parte final, da CRFB/88 – os defensores dos Municípios é 
inconstitucional, haja vista que ubi lex non distinguit, nec interpres distinguere debet. 
5. O termo “Procuradores”, na axiologia desta Corte, compreende os 
procuradores autárquicos, além dos procuradores da Administração Direta, o 
que conduz que a mesma ratio legitima, por seu turno, a compreensão de que os 
procuradores municipais, também, estão abrangidos pela referida locução. 
Precedentes de ambas as Turmas desta Corte: RE 562.238 AgR, Rel. Min. Teori 
Zavascki, Segunda Turma, DJe 17.04.2013; RE 558.258, Rel. Min. Ricardo 
Lewandowski, Primeira Turma, DJe 18.03.2011. 6. O texto constitucional não 
compele os Prefeitos a assegurarem aos Procuradores municipais vencimentos 
que superem o seu subsídio, porquanto a lei de subsídio dos procuradores é de 
iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo municipal, ex vi do art. 61, §1º, 
II, “c”, da Carta Magna. 7. O Prefeito é a autoridade com atribuição para avaliar 
politicamente, diante do cenário orçamentário e da sua gestão de recursos 
humanos, a conveniência de permitir que um Procurador do Município receba 
efetivamente mais do que o Chefe do Executivo municipal. 8. As premissas da 
presente conclusão não impõem que os procuradores municipais recebam o 
mesmo que um Desembargador estadual, e, nem mesmo, que tenham, 
necessariamente, subsídios superiores aos do Prefeito. 9. O Chefe do Executivo 
municipal está, apenas, autorizado a implementar, no seu respectivo âmbito, a 
mesma política remuneratória já adotada na esfera estadual, em que os 
vencimentos dos Procuradores dos Estados têm, como regra, superado o 
subsídio dos governadores. 
10. In casu, (a) o Tribunal de Justiça de Minas Gerais reformou a sentença 
favorável à associação autora para julgar improcedentes os pedidos, 
considerando que o art. 37, XI, da Constituição da República, na redação 
conferida pela Emenda Constitucional 41/03, fixaria a impossibilidade de 
superação do subsídio do Prefeito no âmbito do Município; (b) 
adaptando-se o acórdão recorrido integralmente à tese fixada neste 
Recurso Extraordinário, resta inequívoco o direito da Recorrente de ver 
confirmada a garantia de seus associados de terem, como teto 
remuneratório, noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do 
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
11. Recurso extraordinário PROVIDO. Tese da Repercussão Geral: A 
expressão ‘Procuradores’, contida na parte final do inciso XI do art. 37 da 
Constituição da República, compreende os Procuradores Municipais, uma 
vez que estes se inserem nas funções essenciais à Justiça, estando, 
portanto, submetidos ao teto de noventa inteiros e vinte e cinco 
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do 
Supremo Tribunal Federal. (RE 663696, Relator(a):  Min. LUIZ FUX, 
Tribunal Pleno, julgado em 28/02/2019, PROCESSO ELETRÔNICO 
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-183 DIVULG 21-08-2019 PUBLIC 
22-08-2019)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. 
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. TETO REMUNERATÓRIO (CF, 
ART. 37, XI). PROCURADORES MUNICIPAIS. LIMITE DO SUBSÍDIO 
DO PREFEITO. INTERPRETAÇÃODA PARTE FINAL DO 
DISPOSITIVO. PRETENSÃO DE APLICAÇÃO DA EXCEÇÃO TAMBÉM 
PARA OS ADVOGADOS PÚBLICOS MUNICIPAIS. LIMITE DO 
SUBSÍDIO DOS DESEMBARGADORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
ESTADUAL. QUESTÃO CONSTITUCIONAL COM REFLEXOS 
INDIRETOS NA ESFERA JURÍDICA DOS PROCURADORES DE 
TODOS OS ENTES MUNICIPAIS DA FEDERAÇÃO. PRESENÇA DE 
REPERCUSSÃO GERAL SOB OS ÂNGULOS JURÍDICO E 
ECONÔMICO (CPC, ART. 543-A, § 1º). (RE 663696 RG, Relator(a): 
Min. LUIZ FUX, julgado em 15/12/2011, ACÓRDÃO ELETRÔNICO 
DJe-155 DIVULG 07-08-2012 PUBLIC 08-08-2012 RDECTRAB v. 19, 
n. 218, 2012, p. 18-24 )
Vamos à régua de correção:
Questionamento Fundamento
Composição 
da Nota da 
Questão
o Procurador do 
Município está 
submetido ao teto 
geral do Poder 
Executivo 
Municipal ou 
possui subteto 
específico
Os vencimentos do Procurador do Município está 
submetido ao subteto do subsídio dos 
Desembargadores do TJPI.
Art. 23, § 2º cumulado com o art. 75, VIII da Lei 
Orgânica Municipal (Redação dada pela Emenda 
à Lei Orgânica nº 26/2016).
50%
qual o 
entendimento 
consolidado do 
STF sobre o tema
O entendimento do STF sobre o assunto fora 
pacificado, com repercussão geral, por meio do 
RE 663696 50%
QUESTÕES 
DISCURSIVAS 
- 02
• José Fernando ajuizou ação de 
reparação por danos civis e morais 
por atropelamento ocasionado por 
veículo da Câmara Municipal de 
Teresina/PI dirigido pelo servidor 
público municipal João Antônio, 
que ultrapassara o sinal vermelho. 
Conforme o Estatuto dos 
Servidores Públicos do Município 
de Teresina/PI e a jurisprudência 
dos Tribunais Superiores discorra 
quais as possibilidades de 
cobrança do erário dos valores que 
venha a ser condenado por ato 
culposo/doloso cometido pelo 
Servidor João Antônio. 
A questão é centrada na responsabilidade civil da 
administração pública por ato cometido por servidor, 
previsto no art. 37, § 6º da CF/88, e no art. 134, § 1º e § 2º 
do Estatuo dos Servidores Públicos Municipais de 
Teresina/PI.
Portanto, deve o aluno discorrer sobre a responsabilidade 
do estado em danos causados pelo servidor público, e do 
eventual direito de regresso em ação própria contra o 
servidor que causou o dano:
Art. 37
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito 
privado prestadoras de serviços públicos responderão 
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem 
a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa.
Art. 134. A responsabilidade civil do servidor municipal decorre 
de procedimento doloso ou culposo, que importe em prejuízo à 
Fazenda Municipal ou a terceiros, mesmo quando não em 
exercício de suas funções, utilizando-se indevidamente de bens 
pertencentes ao Município. 
§ 1o O servidor que, nessa qualidade, dolosa ou culposamente 
causar danos a terceiros, responderá perante a Fazenda 
Municipal, em ação regressiva, proposta depois de prolatada 
decisão judicial, da qual não caiba nenhum recurso, que houver 
condenado a Fazenda Municipal a indenizar os terceiros 
prejudicados. 
§ 2o Se o prejuízo resultar de alcance, desfalque, remissão ou 
omissão em efetuar recolhimento ou entradas, nos prazos 
legais, o servidor será obrigado a repor a importância 
respectiva de uma só vez, independentemente de outras 
cominações legais, estatutárias ou regulamentares.
Deve-se notar que numa eventual contestação desta ação deve o aluno abrir 
preliminar de denunciação à lide, chamando o servidor que ocasionou o dano 
para participar do processo, nos termos do art. 125 a 129 do CPC. :
⮲ Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das 
partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi 
transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da 
evicção lhe resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação 
regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
§ 1º O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a 
denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for 
permitida.
§ 2º Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, 
contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável 
por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova 
denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por 
ação autônoma.
Art. 126. A citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o 
denunciante for autor, ou na contestação, se o denunciante for réu, devendo ser 
realizada na forma e nos prazos previstos no art. 131 .
Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a 
posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à 
petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu.
Art. 128. Feita a denunciação pelo réu:
I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo 
prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e 
denunciado;
II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua 
defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua 
atuação à ação regressiva;
III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o 
denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal 
reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso.
Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o 
caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos 
limites da condenação deste na ação regressiva.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art131
Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento 
da denunciação da lide.
Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu 
pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das 
verbas de sucumbência em favor do denunciado. 
Por fim, deve o candidato está atento ao entendimento endossado pelo STF e pelo STJ 
que faz uma leitura bem específica do art. 37, § 6º da CF/88. De fato, entende estes 
Tribunais que no referido dispositivo possui uma previsão constitucional de dupla 
garantia: uma em favor do particular, possibilitando-lhe ação indenizatória contra a 
pessoa jurídica de direito público ou de direito privado que preste serviço público; 
outra, em prol do servidor estatal, que somente responde administrativa e civilmente 
perante a pessoa jurídica a cujo quadro funcional pertencer. Portanto, trata-se de direito 
subjetivo do servidor ser demandado em ação regressiva própria. Todavia, mesmo 
existindo essa garantia ao servidor de apenas ser demandado em ação regressiva 
própria por eventual prejuízo que tenha causado ao erário, os espelhos de provas 
subjetivas e peças processuais, principalmente da FCC, sempre cobraram que o 
candidato ao Cargo de Advogado Público denunciasse à lide o servidor causador do 
dano, como forma de testar o aluno e cobrar do mesmo que utilizasse todos os 
mecanismos processuais disponíveis à Fazenda Pública em sua defesa. Vide RE 
327904/SP, rel. Min. Carlos Britto, 15.8.2006. (RE-327904) Íntegra do Informativo 436 e 
REsp 976730 / RS RECURSO ESPECIAL 2007/0183280-0. 
http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo436.htm
Vamos à régua de correção:
Questionamento Fundamento
Composição da 
Nota da Questão
Responsabilidade do estado 
por dano causado por 
servidor
Discorrer sobre a previsão do art. 37, § 6º da CF/88, e no art. 134, § 1º e § 
2º do Estatuo dos Servidores Públicos Municipais de Teresina/PI, que 
estabelece a responsabilidade do estado por dano ocasionado por culpa 
ou dolo de servidor
30%
Numa eventual ação de 
dano proposta pelo terceiro, 
caberia ao Procurador 
denunciar à lide o servidor 
que ocasionou o dano
Deveria o candidato denunciar à lide, chamando o servidor que ocasionou 
o dano para participar do processo, nos termos do art.125 a 129 do CPC.
30%
Posicionamento do STF e 
STJ sobre a denunciação à 
lide do servidor
Entende estes Tribunais que no referido dispositivo possui uma previsão 
constitucional de dupla garantia: uma em favor do particular, 
possibilitando-lhe ação indenizatória contra a pessoa jurídica de direito 
público ou de direito privado que preste serviço público; outra, em prol do 
servidor estatal, que somente responde administrativa e civilmente 
perante a pessoa jurídica a cujo quadro funcional pertencer. Vide RE 
327904/SP, rel. Min. Carlos Britto, 15.8.2006. (RE-327904) Íntegra do 
Informativo 436 e REsp 976730 / RS RECURSO ESPECIAL 2007/0183280-0.
40%
http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo436.htm
http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo436.htm
QUESTÕES 
DISCURSIVAS 
- 03
José Fernando é servidor municipal 
há mais de 10 anos. Há 6 anos vem 
exercendo funções de chefia na 
seção em que trabalha. Além de seus 
regulares vencimentos, percebe 
gratificação mensal. Nos termos da 
Lei n° 2.138/1992, discorra sobre as 
gratificação previstas aos servidores 
públicos Municipais de Teresina 
abordando os seguintes temas:
a) Esta gratificação se incorpora à 
sua remuneração, em razão de seu 
caráter episódico e decorrente de 
função comissionada? 
b) Esta gratificação se submete ao 
teto estabelecido para os servidores 
municipais? 
A questão é centrada na aplicação do art. Art. 64 e seguintes 
do Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Teresina.
Portanto, no que se refere ao item “a” se depreende que a 
gratificação por exercício de cargo em comissão possui caráter 
transitório, devendo ser recebido pelo servidor apenas e 
enquanto esteja exercendo a chefia. Inclusive, tal gratificação 
não sofre incidência da contribuição previdenciária. Assim, 
salutar a análise do art. 76 e 77 do Estatuto dos Servidores 
Públicos do Município de Teresina/PI:
Art. 76.A gratificação pelo exercício de cargo em comissão 
será concedida ao servidor investido em cargo de provimento 
em comissão na forma em lei.
Art. 77.Ao servidor público investido em função de confiança é 
devida a uma gratificação pelo seu exercício, nos termos da lei.
Por fim, a gratificação por exercício de cargo em comissão está 
submetida ao teto remuneratório estabelecido no art. 23 da Lei Orgânica 
do Município de Teresina. Por conseguinte, o somatório de toda a 
remuneração do servidor público municipal, incluído seus vencimentos 
estão submetidos ao vencimento do Prefeito. Importante ficar atento as 
duas exceções a este teto: verdadeiramente os Procuradores Municipais 
e os Auditores Fiscais estão submetidos ao teto remuneratório do 
subsídio dos Desembargadores do TJPI:
⮲ Art. 23 
§ 2º A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e 
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional do 
Município, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes 
políticos, bem como proventos, pensões ou outra forma remuneratória, 
recebidos cumulativamente ou não, ficarão impedidos de perceber, em 
espécie, no que exceder ao do Prefeito, observando-se o disposto no art. 
75, inciso VIII, desta Lei Orgânica. (Redação dada pela Emenda à Lei 
Orgânica nº 26/2016).
⮲ Art. 75 A administração pública direta, indireta de qualquer dos 
Poderes do Município, atenderá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e, também, ao 
seguinte:
VIII - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e 
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos 
membros dos Poderes Executivo e Legislativo, dos detentores de 
mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões 
ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, 
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não 
poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, do Prefeito, no âmbito 
do Poder Executivo Municipal, e o subsídio dos Deputados Estaduais aos 
agentes políticos no âmbito do Poder Legislativo Municipal, na forma do 
art. 29, VI, “f” da Constituição Federal, aplicando-se aos Procuradores do 
Município e aos Auditores Fiscais da Receita Municipal o limite 
estabelecido no art. 37, XI, in fine, da Constituição Federal; (Redação 
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 26/2016)
Vamos à régua de correção:
Questionamento Fundamento
Composiçã
o da Nota 
da Questão
Esta gratificação se 
incorpora à sua 
remuneração, em 
razão de seu 
caráter episódico e 
decorrente de 
função 
comissionada?
a gratificação por exercício de cargo em comissão 
possui caráter transitório, devendo ser recebido pelo 
servidor apenas e enquanto esteja exercendo a chefia. 
Inclusive, tal gratificação não sofre incidência da 
contribuição previdenciária. Assim, salutar a análise do 
art. 76 e 77 do Estatuto dos Servidores Públicos do 
Município de Teresina/PI
50%
Esta gratificação se 
submete ao teto 
estabelecido para 
os servidores 
municipais?
a gratificação por exercício de cargo em comissão está 
submetida ao teto remuneratório estabelecido no art. 
23, parágrafo segundo da Lei Orgânica do Município de 
Teresina. Por conseguinte, o somatório de toda a 
remuneração do servidor público municipal, incluído 
seus vencimentos estão submetidos ao vencimento do 
Prefeito
50%
QUESTÕES 
DISCURSIVAS 
- 04
• Discorra sobre a diferença entre 
a licença para a capacitação e a 
Licença para estudo e curso de 
aperfeiçoamento?
De fato, apesar da semelhança dos nomes, trata-se de licenças 
diferentes, com requisitos próprios. A reposta a presente questão requer 
do candidato o domínio do disposto nos arts. 100, 101, 102 e 107 do 
Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Teresina/PI:
⮲ Art. 100. Ao servidor público após cada qüinqüênio de efetivo serviço 
prestado exclusivamente ao Município, inclusive nas autarquias e 
fundações, será automaticamente assegurada licença especial de 3 (três) 
meses mantida a percepção integral do vencimento e vantagens do cargo 
que estivar ocupado na data em que entrar em gozo deste beneficio. 
Parágrafo Único - Os períodos de licença de que trata o caput não são 
acumuláveis 
Art. 101. O qüinqüênio de efetivo exercício e contado a partir do dia 
imediato ao término de qüinqüênio anterior. 
Parágrafo Único - Excetuam-se, do disposto no caput deste artigo, os 
servidores incluídos no regime jurídico único por força da Lei Municipal 
no 2.023, de 31 de agosto de 1990, ficando assegurada a contagem do 
tempo de serviço ininterrupto prestado ao Município, anterior à vigência 
da referida lei. 
Art. 102. A licença de que trata esta Seção não será concedida se houver o 
servidor público, no qüinqüênio correspondente: 
I - sofrido pena disciplinar de suspensão, superior a 30 (trinta) dias, resultante 
de inquérito administrativo, salvo se ocorrer prescrição; 
II - faltado ao serviço, sem justificativa aceita, por período de tempo que, 
somado, atinja mais de 30 (trinta) dias; 
III - gozado licença para trato de interesse particular, por período superior a 90 
(noventa) dias: 
IV - cumprido pena privada de liberdade, em decorrência de sentença definitiva. 
Parágrafo Único - Verificando-se qualquer das hipóteses previstas neste artigo, 
será iniciada a contagem de novo qüinqüênio de efetivo serviço, a partir: 
I - da data da reassunção do exercício, voluntário ou não, pelo servidor, nos 
casos de licença ou afastamento previstos nesta Lei; 
II - do dia imediato ao da última falta ao serviço, a que se refere o inciso II do 
caput deste artigo. 
Art. 107. Ao servidor poderá ser concedida licença para atualização, 
curso de aperfeiçoamento e pós-graduação dentro e fora do Município, 
desde que o conteúdo programático do evento esteja relacionado com o 
cargo ou atividades afins e que seja do interesse do município. 
§ 1o A ausência não excederá a 02 (dois) anos, e, finda a licença, 
somente decorrido igual período, será permitida uma nova ausência. 
§ 2o Ao servidor beneficiadopelo disposto neste artigo não será 
concedida licença para tratar de interesse particular antes de decorrido 
período igual ao do afastamento, ressalvada hipótese de ressarcimento 
da despesa havida com o seu afastamento. 
§ 3o O servidor no exercício desta licença deverá comprovar a freqüência 
e/ou aproveitamento nos cursos previstos no caput deste artigo. 
§ 4o Para a concessão de licença para fora do município, será necessária 
a comprovação, por parte do interessado, da inexistência de curso similar 
em faculdade ou escola superior em funcionamento na cidade de 
Teresina. 
Vamos à régua de correção:
Questionamento Fundamento
Composição 
da Nota da 
Questão
Licença para 
capacitação
Artigos 100, 101 e 102 do Estatuo dos 
Servidores Públicos Municipais de 
Teresina/PI, que estabelece o regramento 
da Licença para capacitação
50%
Licença para 
para 
atualização, 
curso de 
aperfeiçoamento 
Artigo 107 do Estatuo dos Servidores 
Públicos Municipais de Teresina/PI, que 
estabelece o regramento da Licença para 
capacitação
50%
QUESTÕES 
DISCURSIVAS 
- 05
• Sobre as espécies de empresas estatais 
reconhecidas pelo ordenamento jurídico 
vigente, esclareça: 
• a) as características comumente presentes 
nessas espécies e em razão das quais elas se 
assemelham e se diferenciam entre si e em 
relação a outras espécies da Administração 
descentralizada; 
• b) na condição de Procurador da Câmara 
Municipal de Teresina/Assessor Jurídico 
Legislativo, como se posicionaria quanto à 
Proposta Legislativa que pretende a 
aplicação ou não da regra de imunidade 
tributária recíproca (art. 150, VI, a, da CF) em 
um caso envolvendo a cobrança de imposto 
municipal de sociedade de economia mista 
estadual que tem suas ações negociadas em 
bolsa de valores; 
• c) o(s) regime(s) de responsabilidade 
extracontratual aplicável(is) a essas 
empresas estatais.
• d) como se dá a representação judicial e 
extrajudicialmente estas empresas estatais? 
Esta questão está centrada em conceitos gerais previstos no Direito 
administrativo quanto a atuação do Poder Público, subdividindo-se essa 
forma de atuação em administração direta e administração indireta. Esta 
última pode ser subdividida em: I) Entes com personalidade jurídica de 
direito público (Autarquias e Fundações públicas) e II) Entes com 
personalidade jurídica de direito privado (Empresas Públicas, Sociedade 
de Economia Mista e Fundações Privadas). 
Note-se, que a Lei de Organização Administrativa do Município de 
Teresina/PI, Lei 2.959/2000, em seu art. 5º, parágrafo único, V estabelece 
que a PGM organizará o Sistema Integrado da Gestão dos Serviços 
Jurídicos do Município de Teresina/PI. Entretanto, isso não dá a PGM a 
atribuição e competência para representar judicial e extrajudicialmente 
as entidades da administração indireta com personalidade de direito 
privado (art. 2º da LC 4.995/2017), no caso as Empresas Públicas (visto 
que no Município de Teresina/PI não possuem Sociedades de Economia 
Mista, nem Fundações Privadas).
Vamos à régua de correção:
Questionamento Fundamento
Composição da Nota da 
Questão
a) as características comumente 
presentes nessas espécies e em razão 
das quais elas se assemelham e se 
diferenciam entre si e em relação a 
outras espécies da Administração 
descentralizada
Análise comparativa das características das empresas públicas e sociedades de economia 
mista, apontando as semelhanças e diferenças entre estas duas espécies e também em 
relação às autarquias e fundações. 
Empresa pública: é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com 
criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente 
detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. Ademais, desde 
que a maioria do capital votante permaneça em propriedade do ente político, será admitida, 
no capital da empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público 
interno, bem como de entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios (Lei 13.303/16, art. 3º);
sociedade de economia mista: é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com 
direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos 
Municípios ou a entidade da administração indireta (Lei 13.303/16, art. 4º);
autarquia: pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de 
autoadministração, para o desempenho de serviço público descentralizado, mediante 
controle administrativo exercido nos limites da lei (Prof. Maria Sylvia Zanella Di Pietro);
fundação pública: é a fundação instituída pelo Poder Público como o patrimônio, total ou 
parcialmente público, dotado de personalidade jurídica de direito público ou privado e 
destinado, por lei, ao desempenho de atividades do Estado de ordem social, com capacidade 
de autoadministração e mediante controle da Administração Pública, nos limites da lei (Prof. 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro);
30%
b) na condição de Procurador do Município de Teresina, como se 
posicionaria quanto à aplicação ou não da regra de imunidade 
tributária recíproca (art. 150, VI, a, da CF) em um caso 
envolvendo a cobrança de imposto municipal de sociedade de 
economia mista estadual que tem suas ações negociadas em 
bolsa de valores
Exige-se o posicionamento de um procurador judicial do município. Este, 
portanto, deverá defender a não aplicação de regra contida no art. 150, 
VI, a, da CF/88, posto que mais benéfico ao município arrecadar o 
tributo. Deve-se sustentar que, ainda que se trate de uma entidade de 
administração pública do Estado, é empresa que prevê distribuição de 
lucros aos seus investidores, sendo-lhe aplicável o art. 173, p. 1, II, da 
CF/88. A referência ao caso que agrada julgamento no STF, em regime 
de repercussão geral (RE 600.867) complementa a nota desse item
 
30%
c) o(s) regime(s) de responsabilidade extracontratual aplicável(is) 
a essas empresas estatais
Deve-se mencionar a distinção feita entre as situações em que há 
prestação de serviço público e as de mero exercício de atividade 
econômica. A partir daí, identificar a aplicação da regra da 
responsabilidade objetiva da entidade no primeiro caso (art. 37, p. 6, da 
CF/88) e da responsabilidade subjetiva no caso de exercício de atividade 
econômica.
20%
d) como se dá a representação judicial e extrajudicialmente estas 
empresas estatais?
a PGM não possui atribuição nem competência para representar judicial 
e extrajudicialmente as entidades da administração indireta com 
personalidade de direito privado (art. 2º da LC 4.995/2017), no caso as 
Empresas Públicas (visto que no Município de Teresina/PI não possuem 
Sociedades de Economia Mista, nem Fundações Privadas). Deverão fazer 
concurso para o cargo específico, ou contratar escritório advocatício.
20%
QUESTÕES 
DISCURSIVAS 
- 06 
Considerando o regramento 
estabelecido pela Constituição 
Federal de 1988 para a defesa do 
Estado e das instituições 
democráticas, discorra a respeito 
do estado de defesa. Em seu 
texto, descreva: 1) o conceito do 
instituto e as hipóteses que 
justificam a sua decretação; 2) os 
direitos fundamentais que podem 
sofrer restrição durante a sua 
vigência; 3) os tipos de controle e 
o momento em que podem ser 
exercidos. 
O estado de defesa, assim como o estado de sítio, representa o que a 
doutrina denomina de “sistema constitucional de crises”. Tais 
institutos constitucionais qualificam-se como regimes jurídicos para 
situações de crise grave (decorrentes de guerra, golpe de estado, 
calamidades) que expressam mecanismos de autopreservação da 
Constituição. No que toca às hipóteses que autorizam a decretação 
do estado de defesa, o art. 136 da CRFB dispôs que o instituto serve 
para preservar ou restabelecer a ordem pública ou a paz social em 
duas situações: (i) grave e iminente instabilidade institucional;(ii) 
calamidades de grandes proporções na natureza (40%). Em relação 
aos direitos fundamentais que podem sofrer restrição, o art. 136, § 
1º, da CRFB, indica os seguintes: (i) direito de reunião; (ii) sigilo de 
correspondência; (iii) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica. 
(30%) Quanto aos tipos de controle e o momento em que podem ser 
exercidos, temos: (i) o controle político exercido pelo Congresso 
Nacional para aprovar o decreto que instaurou o estado de defesa e 
seja para analisar o relatório apresentado pelo presidente da 
República, após cessado o estado de defesa; (ii) o controle judicial 
sobre a legalidade das prisões e medidas executadas durante o 
estado de defesa. (30%).
QUESTÕES 
DISCURSIVAS 
- 07
• Durante a execução do contrato de 
uma obra pública, a empresa 
construtora atrasou a obra e 
pleiteou a dilação do prazo de 
execução. À luz das normais legais 
pertinentes aos contratos públicos, 
redija um texto dissertativo que 
responda aos seguintes 
questionamentos: 1- Que 
situação(ões) pode(m) ser 
legalmente aceita(s) como 
justificativa(s) para prorrogação de 
prazo de execução? 2- Na situação 
hipotética considerada, caso o 
pleito da empresa construtora seja 
aceito, que procedimentos devem 
ser adotados para se ajustar o 
cronograma? 
• 1- Os prazos poderão ser prorrogados, desde que ocorra 
algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em 
processo: a) alteração do projeto ou de suas especificações 
pela administração; b) superveniência de fato excepcional ou 
imprevisível; c) retardamento na expedição da ordem de 
execução do serviço ou autorização de fornecimento, 
interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo 
do trabalho, por ordem e no interesse da administração; d) 
aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato; 
e) impedimento de execução do contrato por fato ou ato de 
terceiro; f) omissão ou atraso de providências a cargo da 
administração. (50%) 2- Caso o pleito seja aceito, o 
cronograma contratual deverá ser alterado mediante aditivo 
contratual. Ocorrendo impedimento, paralisação ou sustação 
do contrato, o prazo ou cronograma de execução será 
prorrogado automaticamente por igual tempo. O contrato 
deve ser aditivado ainda no prazo de vigência do contrato, 
com justificação escrita e previamente autorizada pela 
autoridade competente para celebrar o ajuste.
QUESTÕES 
DISCURSIVAS 
- 08
• Paula foi contratada por um microempreendedor 
individual, mediato contrato de experiência com prazo de 
duração de 90 dias. No octogésimo segundo dia de 
prestação de serviço, Paula descobriu que estava grávida 
e comunicou a gravidez ao seu empregador. No final do 
prazo contratual, Paula não foi efetivada pela empresa 
contratante sob a justificativa de que não estaria 
devidamente qualificada para prestar o serviço. Após o 
nascimento de seu filho, Paula fez o requerimento de 
salário maternidade ao Instituto Nacional do Seguro 
Social, tendo sido o pedido indeferido, sob o argumento de 
que Paula não faria jus ao benefício previdenciário em 
razão da natureza do contrato de emprego. A autarquia 
previdenciária argumentou, ainda, que, mesmo se 
houvesse direito ao salário maternidade, não seria ela a 
responsável direta pelo pagamento do benefício, cabendo 
obrigação ao empregador, conforme legislação vigente. 
Inconformada, Paula compareceu a uma unidade da 
Defensoria Pública da União em busca de orientação 
jurídica. Em face dessa situação hipotética, responda, 
com fundamento na constituição federal, na legislação 
infraconstitucional trabalhista e na previdenciária e na 
jurisprudência sumulada pelo Tribunal Superior do 
Trabalho, as indagações que se seguem. - há amparo no 
ordenamento jurídico e na jurisprudência para 
manutenção da referida relação de emprego? ; - em sendo 
devido o benefício de salário maternidade, qual seria o 
responsável direto pelo seu pagamento, de acordo com a 
legislação previdenciária?
•Espera-se que o candidato responda à questão conforme 
o que se segue. A garantia provisória de emprego (ou 
estabilidade temporária) está garantida, no presente 
caso, pelo disposto no Ato de Disposições 
Constitucionais Transitórias (art. 10, II, “b”), bem como 
na jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho 
(Súmula n.º 244, III). O Instituto Nacional do Seguro 
Social equivocou-se ao indeferir o salário-maternidade à 
empregada, uma vez que a autarquia tem 
responsabilidade direta pelo pagamento do benefício 
previdenciário, de acordo com o art. 72, § 3.º, da Lei n.º 
8.213/1991.
QUESTÕES 
DISCURSIVAS 
- 09
• Redija um texto dissertativo a respeito 
dos possíveis momentos de realização 
do controle de constitucionalidade 
pelo Poder Judiciário. Em seu texto, 
aborde, necessariamente, os seguintes 
aspectos: 1- diferença entre o controle 
repressivo e o controle preventivo de 
constitucionalidade; 2- posicionamento 
do STF quanto à possibilidade de 
utilização da via do mandado de 
segurança para a realização de 
controle de constitucionalidade 
repressivo e preventivo; 3- 
posicionamento do STF quanto à 
possibilidade de realização de controle 
jurisdicional de constitucionalidade 
preventivo de projeto de lei por 
alegação de inconstitucionalidade 
material. 
1 – (40%) Controle preventivo O primeiro ocorre antes do nascimento 
jurídico da lei ou ato normativo, ou seja, legitima mecanismos hábeis ao 
sujeito para impedir que o objeto maculado contamine o ordenamento 
jurídico, por conta de não observar parâmetros constitucionais.
Cabe agora, identificar os legitimados dessa nobre proteção preventiva. 
Subordinados ao Poder Legislativo, identifico os parlamentares, 
responsáveis pela aprovação, ou não, dos projetos de leis. Os protagonistas 
dessa tarefa integram a famosa Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), 
responsável por uma perspectiva jurídica, antes que o projeto prossiga para 
a votação no plenário da Casa Legislativa.
Subordinado ao Poder Executivo, assinalo o Chefe do Poder Executivo, 
responsável pela promulgação ou rejeição de leis e atos normativos. No 
tocante a rejeição, o Presidente da República poderá vetar a lei ou o ato, 
com base em fundamentos jurídicos, caso considere o projeto, no todo ou 
em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público.
Por fim, subordinado ao Poder Judiciário, aponto os magistrados que, em 
conjunto com os parlamentares, garantem a coibição da promulgação de 
objetos inconstitucionais, isto é, o parlamentar pode impetrar mandado de 
segurança contra projeto de lei que, em sua opinião, é inconstitucional. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
Por sua vez, o Controle de Constitucionalidade Repressivo é posterior a 
promulgação da lei ou ato normativo. Dispõe como norte o objetivo de 
expulsar do ordenamento jurídico a norma acabada, incompatível com as 
disposições previstas na Carta Maior.
Esse segundo momento de controle é feito, em regra, pelo Poder Judiciário, 
em que os sujeitos legitimados procuram a Justiça para que a norma 
inconstitucional deixe de surtir efeitos no plano material.
Todavia, em se tratando de Medida Provisória, o Poder Legislativo poderá 
exercer repressivamente o Controle de Constitucionalidade, ou seja, cabe à 
Comissão Mista de Deputados e Senadores examinar as Medidas 
Provisórias e, sobre elas, emitir parecer, antes de serem apreciadas, em 
sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso 
Nacional.
Outra possibilidade de intervenção legislativa, refere-se à lei delegada ou 
ao decreto autônomo/independente, nos casos em que o Presidente da 
República exorbita o poder concedido de legislar e o Congresso Nacional 
susta ou suspende a norma criada.
A última possibilidade de intervenção legislativa, está relacionada caso em 
que o Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-19882 – (30%) Posicionamento do STF quanto à possibilidade de utilização da via do 
mandado de segurança para a realização de controle de constitucionalidade 
repressivo e preventivo
Segundo entendimento sumulado pelo Enunciado nº 266, do Supremo Tribunal 
Federal, é incabível Mandado de Segurança contra lei em tese, devendo ser 
essa interpretação estendida para todos os atos normativos que possuam 
caráter de generalidade e abstração, de acordo com o que restou demonstrado 
acima, bem como em jurisprudência nacional:
EMENTA: - CONSTITUCIONAL. MANDADO DE SEGURANÇA. LEI EM TESE: 
NÃO-CABIMENTO. Súmula 266-STF. I. - Se o ato normativo consubstancia ato 
administrativo, assim de efeitos concretos, cabe contra ele o mandado de 
segurança. Todavia, se o ato - lei, medida provisória, regulamento - tem efeito 
normativo, genérico, por isso mesmo sem operatividade imediata, necessitando, 
para a sua individualização, da expedição de ato administrativo, então contra ele 
não cabe mandado de segurança, já que, admiti-lo implicaria admitir a 
segurança contra lei em tese: Súmula 266-STF. II. - Segurança não conhecida.
(STF - RMS 24266, Relator(a):  Min. CARLOS VELLOSO, Segunda Turma, julgado 
em 07/10/2003, DJ 24-10-2003 PP-00030 EMENT VOL-02129-02 PP-00481)
3 – (30%) Posicionamento do STF quanto à possibilidade de realização de controle jurisdicional de 
constitucionalidade preventivo de projeto de lei, por alegação de inconstitucionalidade material MS nº 
32.033/DF STF?CONSTITUCIONAL. MANDADO DE SEGURANÇA. CONTROLE PREVENTIVO DE 
CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL DE PROJETO DE LEI.INVIABILIDADE. 1. Não se admite, no sistema 
brasileiro, o controle jurisdicional de constitucionalidade material de projetos de lei (controle preventivo 
denormas em curso de formação). O que a jurisprudência do STF tem admitido, como exceção, é ?a 
legitimidade do parlamentar - e somente doparlamentar - para impetrar mandado de segurança com a 
finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de lei ou emendaconstitucional incompatíveis 
com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo? (MS 24.667, Pleno, Min. Carlos 
Velloso, DJde 23.04.04). Nessas excepcionais situações, em que o vício de inconstitucionalidade está 
diretamente relacionado a aspectos formais e procedimentaisda atuação legislativa, a impetração de 
segurança é admissível, segundo a jurisprudência do STF, porque visa a corrigir vício já 
efetivamenteconcretizado no próprio curso do processo de formação da norma, antes mesmo e 
independentemente de sua final aprovação ou não. 2. Sendoinadmissível o controle preventivo da 
constitucionalidade material das normas em curso de formação, não cabe atribuir a parlamentar, a quem 
aConstituição nega habilitação para provocar o controle abstrato repressivo, a prerrogativa, sob todos os 
aspectos mais abrangente e mais eficiente, deprovocar esse mesmo controle antecipadamente, por via de 
mandado de segurança. 3. A prematura intervenção do Judiciário em domínio jurídico epolítico de formação 
dos atos normativos em curso no Parlamento, além de universalizar um sistema de controle preventivo não 
admitido pelaConstituição, subtrairia dos outros Poderes da República, sem justificação plausível, a 
prerrogativa constitucional que detém de debater e aperfeiçoar osprojetos, inclusive para sanar seus 
eventuais vícios de inconstitucionalidade. Quanto mais evidente e grotesca possa ser a inconstitucionalidade 
materialde projetos de leis, menos ainda se deverá duvidar do exercício responsável do papel do Legislativo, 
de negar-lhe aprovação, e do Executivo, de apor-lheveto, se for o caso. Partir da suposição contrária 
significaria menosprezar a seriedade e o senso de responsabilidade desses dois Poderes doEstado.E se, 
eventualmente, um projeto assim se transformar em lei, sempre haverá a possibilidade de provocar o controle 
repressivo peloJudiciário, para negar-lhe validade, retirando-a do ordenamento jurídico. 4. Mandado de 
segurança indeferido.?. (MS 32033/DF, Relator o Min. GilmarMendes, Relator (a) p/ Acórdão: Min. Teori 
Zavascki, DJe de 18/2/14).
QUESTÕES 
DISCURSIVAS 
- 10
• Procurador Municipal - PGM-São 
Luis-MA - Ano: 2018 - Banca: 
AOCP - Direito Administrativo - 
Ato Administrativo - Muitos atos 
da Administração Pública são 
realizados por interesse do 
administrador que desprovido 
de conhecimento, ou 
excepcionalmente por má-fé, 
não respeita a legalidade 
exigida aos Atos 
Administrativos. Uma vez 
detectada eventual ilegalidade, 
o ato administrativo pode ser 
anulado pela própria 
Administração? Fundamente sua 
resposta.
A anulação do ato administrativo consiste no seu próprio desfazimento 
por motivo de ilegalidade, efetuada pelo próprio Poder que o editou ou 
determinada pelo Poder Judiciário. A anulação efetuada pela própria 
Administração decorre do princípio de autotutela administrativa. 
Identificada a ilegalidade do ato, a Administração tem o dever de anulá-lo 
com base no princípio da legalidade, sendo em casos específicos 
justificável a sua manutenção, pois as consequências do desfazimento em 
si e sua repercussão acarretariam maior prejuízo que a subsistência do 
ato. Não existe previsão legal quanto ao prazo para a anulação do ato 
administrativo, todavia já existem leis específicas prevendo o prazo de 5 
anos. A anulação tem efeito ex tunc. A Súmula 473 do STF prevê que “A 
Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios 
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou 
revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação 
judicial. ”
QUESTÕES 
DISCURSIVAS 
- 11
O Município de Teresina/PI e o Estado do PI 
constituíram consórcio público, com personalidade 
jurídica de direito público, para atuar na área de 
saúde, mediante subscrição de protocolo de 
intenções, edição de leis federal e estadual 
ratificando o protocolo de intenções e celebração 
de contrato de programa e de contrato de rateio, 
para, respectivamente, disciplinar as obrigações e 
definir o montante de recursos repassados por 
cada um dos entes consorciados. O consórcio 
público regularmente constituído, após extensa 
pesquisa de preços no mercado, celebrou contrato 
de aquisição de material hospitalar com a empresa 
que forneceu os menores preços, e, para 
capilarização dos serviços, qualificou determinada 
organização não‐governamental como 
Organização Social e com ela firmou contrato de 
gestão. A partir da hipótese sugerida, responda, 
fundamentadamente, aos itens a seguir. I. Os atos 
praticados pelo consórcio público foram regulares? 
II. Os atos praticados pelo consórcio público 
submetem‐se ao controle do Tribunal de Contas? 
III. E os atos praticados pela Organização Social?
I. O consórcio público regularmente constituído pode celebrar contratos ou firmar 
outros acordos, conforme previsão constante do Art. 2º, § 1º, I, da Lei nº 11.107/2005. 
Entretanto, por constituir pessoa jurídica de direito público, integrante da Administração 
Indireta dos entes consorciados, está sujeito a normas do direito público, como a 
realização de licitação. A contratação, sem licitação, de empresa para fornecer material 
hospitalar, portanto, foi irregular. O consórcio público pode, ainda, firmar contrato de 
gestão, com base no mesmo dispositivo. Não pode, entretanto, qualificar uma pessoa 
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, como Organização Social. Tal 
qualificação é prerrogativa do Poder Executivo, conforme previsão do Art. 1º da Lei nº 
9.637/1998, e o consórcio público, que adquire personalidade jurídica própria e integra 
a Administração Indireta dos entes consorciados, não pode oferecer tal qualificação. O 
contrato de gestão firmado, portanto, também foi irregular.
II. Sim, os atos praticados pelo consórcio público submetem-se ao controle do Tribunal 
de Contas, não apenas pela previsão constante do art. 9º, parágrafo único da Lei nº 
11.107/2005,expressa quanto à fiscalização dos consórcios, mas também pela do Art. 
70, § único, da Constituição da República e do art. 5º, I, da Lei nº 8.443/1992, aplicáveis 
a toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize recursos públicos.
III. Também com base no Art. 70, § único, da Constituição da República ou no Art. 5º, I, 
da Lei nº 8.443/1992, os atos praticados pela Organização Social estão sujeitos à 
fiscalização do Tribunal de Contas, uma vez que tal entidade recebeu recursos públicos, 
advindos de pessoa jurídica de direito público (recursos, em última análise, 
reconduzidos à União e ao Estado X, que os repassaram ao consórcio mediante contrato 
de rateio).
QUESTÕES 
DISCURSIVAS 
- 11
• O vereador X apresenta 
proposta de Emenda à Lei 
Orgânica do Município de 
Teresina/PI inserindo, na 
competência exclusiva da 
Câmara Municipal de Teresina, a 
de aprovar os nomes “dos 
presidentes das entidades da 
administração pública indireta”, 
após indicação do Prefeito do 
Município de Teresina/PI. 
Elabore parecer acerca da 
constitucionalidade dessa 
proposta.
PARECER Nº 
Autoridade Consulente:
Assunto: PL. Constitucionalidade/legalidade de PL que estabelece 
competência da Câmara Municipal de Teresina para aprovação dos 
nomes dos dos presidentes das entidades da administração pública 
indireta”, após indicação do Prefeito Municipal de Teresina/PI.
Ementa:
Relatório
Trata-se de consulta formulada pelo Vereador X sobre proposta de 
Emenda à Lei Orgânica do Município de Teresina/PI inserindo, na 
competência exclusiva da Câmara Municipal de Teresina/PI, a de aprovar 
os nomes“ dos presidentes das entidades da administração pública 
indireta”, após indicação do Prefeito Municipal de Teresina/PI.
É o breve relatório.
Fundamentação
1. O Controle de Constitucionalidade de Emenda Constitucional
Inicialmente devemos verificar a própria possibilidade de controle de 
constitucionalidade de emenda à Lei Orgânica do Município de Teresina/PI 
genericamente considerada.
Ainda que possível no direito brasileiro, é válida a afirmação de que a aferição da 
constitucionalidade de Emenda observa um espectro mais restrito do que o controle de 
constitucionalidade dos demais atos normativos.
Isso porque além da verificação do respeito às formalidades do processo legislativo 
(cujo descumprimento gera a chamada inconstitucionalidade formal),só é possível 
verificar a constitucionalidade material de uma emenda em face das cláusulas pétreas 
constitucionais, as quais estão elencadas no rol do artigo 60, § 4º, da CF.
Na nossa história constitucional contemporânea –marcada pelo advento da constituição 
de 1988 –há precedentes de controle de constitucionalidade de emenda, sendo tal 
possibilidade aceita, pacificamente, pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
Assim, o parâmetro possível para a aferição da compatibilidade da alteração 
constitucional proposta é se ela viola alguma das cláusulas pétreas presentes no texto 
constitucional, especificamente, aquela relativa a separação de poderes.
2.1. As entidades da administração indireta
Conforme tradicional conceito doutrinário a Administração Indireta é 
composta de pessoas jurídicas criadas ou autorizadas através de lei 
específica vinculadas a uma entidade política (para o exercício de forma 
descentralizada de atividades administrativas). Compõem a administração 
indireta as entidades com personalidade jurídica: Autarquias, Fundações 
Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.
As Autarquias são entidades da Administração Indireta criadas por lei 
específica, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, 
para executar atividades típicas da Administração Pública que requeiram, 
para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira 
descentralizada.
Fundações Públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de 
direito público ou de privado, segundo a jurisprudência do STF, criada 
após autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que 
não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com 
autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos 
órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos do Estado e 
de outras fontes.
Empresa Pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de 
direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo do ente 
instituidor, criada por lei para a exploração de atividade econômica 
que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou 
de conveniência administrativa, podendo revestir-se de qualquer 
das formas admitidas no Direito. Também possível a existência de 
empresas públicas não exploradoras de atividade econômica, e sim 
prestadoras de serviço público.
Sociedade de Economia Mista é a entidade dotada de personalidade 
jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de 
atividade econômica, sob a forma de Sociedade Anônima, cujas 
ações com direito a voto pertençam em sua maioria ao ente 
federativo criador ou à entidade de sua Administração Indireta.
2.2. A Separação de Poderes e a diferenciação entre as entidades 
pretensamente abrangidas pela norma
O Princípio da separação de poderes é previsto no artigo 2° da 
Constituição Federal, sendo fundamento para a República. A atual 
previsão constitucional da Carta de 1988 se funda na doutrina de 
Montesquieu, que defendia a separação entre os Poderes para fins de 
autolimitação.
A divisão de atribuições entre os Poderes Legislativo, Executivo e 
Judiciário é prevista de forma taxativa nas Constituições dos mais 
diversos países, entre eles o Brasil. 
Tais atribuições, entretanto, não apenas dizem respeito às atividades 
precípuas de cada um dos Poderes. Isto é, além da atividade de 
elaboração de normas, de administração do Município através do 
cumprimento das leis e do julgamento de ações, as Constituições e Leis 
Orgânicas Municipais determinam meios de controle entre os Poderes. 
Tais meios de controle são denominados de freios e contrapesos.
Através do sistema de freios e contrapesos, os Poderes acabam 
possuindo atribuições que limitam a atuação de outro Poder. Assim, são 
impedidas eventuais arbitrariedades e excessos de um Poder, no 
exercício de suas atribuições.
Nesse sentido, a Constituição de 1988 prevê inúmeros mecanismos 
fundamentados nesse sistema. Por exemplo, a nomeação de Ministros do 
STF é realizada através da indicação do Chefe do Poder Executivo de 
pessoa que é sabatinada no Poder Legislativo para que, então, se 
aprovada para exercer cargo na cúpula do Poder Judiciário Nacional.
In casu, é possível vislumbrar, em um primeiro momento, a possibilidade 
de Emenda à Lei Orgânica do Município de Teresina/PI determinar a 
atribuição exclusiva da Câmara Municipal de aprovar os nomes “dos 
presidentes das entidades da administração pública indireta” após 
indicação do Prefeito Municipal. Tal mecanismo, em uma primeira análise, 
poderá ser considerado compatível com a Constituição Federal que, 
embora não o faça expressamente, admite o sistema de freios e 
contrapesos.
A Constituição Federal, inclusive, traz previsão expressa no artigo 52, III, 
alínea d da atribuição do Senado Federal de aprovar, após arguição 
pública, a escolha de Presidente do Banco Central que é uma autarquia 
federal. Ressalte-se que a Lei Federal 11.036/2004 previu, em seu artigo 
2°, a transformação do cargo de Presidente do Banco Central em cargo 
de Ministro de Estado.
Além disso, convém ressaltar que a Emenda à LOM não irá retirar do 
Executivo a prerrogativa de escolher os dirigentes das entidades da 
Administração Indireta, cabendo ao Legislativo apenas aprová-la ou 
rejeitá-la.
Não se está transferido ao Legislativo o poder de escolher os dirigentes 
das entidades da Administração Indireta, mas apenas de exercer um 
controle sobre a escolha efetuada pelo Prefeito. 
Conclui-se, portanto, que à luz do sistema de freios e contrapesos é 
possível que a Lei Orgânica do Município de Teresina/PI preveja que aCâmara Municipal deverá aprovar, após arguição pública, os Presidentes 
de autarquias e fundações públicas. Nesse sentido se orienta a 
jurisprudência do STF.
Entretanto, quanto às empresas públicas e sociedades de economia 
mista, o entendimento daquela Corte Maior não é no mesmo sentido. 
A previsão da criação dessas entidades em decorrência de imperativo de 
segurança nacional ou relevante interesse coletivo, no artigo 173 da 
Constituição da República, determina que tais entidades se submetem ao 
regime jurídico de empresas privadas.
Nas sociedades empresárias privadas inexiste tal mecanismo, ou seja, 
não há previsão no Código Civil, nem na Lei 6.404/64 de nomeação de 
dirigentes de entidades por terceiros que não fazem parte do quadro de 
sócios da sociedade. Nem sequer existe no direito privado a previsão de 
submissão da escolha dos dirigentes de empresas a pessoas que não 
possuem vinculo empresarial com a sociedade.
Logo, ausente a previsão legal nesse sentido, não será possível que 
norma da Lei Orgânica do Município de Teresina/PI preveja atribuição 
exclusiva da Câmara Municipal para aprovar os nomes dos presidentes 
das empresas públicas e sociedades de economia mista após indicação 
do Prefeito Municipal, eis que tal dispositivo viola o artigo 173,§1°, inciso I 
da CRFB.
2.3. A jurisprudência do STF acerca do tema
A jurisprudência do STF é pacífica no sentido do descrito acima, ou seja, a impossibilidade de submissão à 
aprovação da Câmara Municipal dos indicados as empresas estatais, seja de que natureza estas forem.
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ALÍNEA "d" DO INCISO XXIII DO ARTIGO 62 DA 
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. APROVAÇÃO DO PROVIMENTO, PELO EXECUTIVO, DOS 
CARGOS DE PRESIDENTE DAS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA ESTADUAL PELA 
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO 173, DA CONSTITUIÇÃO DO 
BRASIL. DISTINÇÃO ENTRE EMPRESAS ESTATAIS PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO E EMPRESAS 
ESTATAIS QUE DESENVOLVEM ATIVIDADE ECONÔMICA EM SENTIDO ESTRITO. REGIME JURÍDICO 
ESTRUTURAL E REGIME JURÍDICO FUNCIONAL DAS EMPRESAS ESTATAIS. INCONSTITUCIONALIDADE 
PARCIAL. INTERPRETAÇÃO CONFORME À CONSTITUIÇÃO. 1. Esta Corte em oportunidades anteriores definiu 
que a aprovação, pelo Legislativo, da indicação dos Presidentes das entidades da Administração Pública Indireta 
restringe-se às autarquias e fundações públicas, dela excluídas as sociedades de economia mista e as empresas 
públicas. Precedentes. 2. As sociedades de economia mista e as empresas públicas que explorem atividade 
econômica em sentido estrito estão sujeitas, nos termos do disposto no § 1º do artigo 173 da Constituição do 
Brasil, ao regime jurídico próprio das empresas privadas. 3. Distinção entre empresas estatais que prestam 
serviço público e empresas estatais que empreendem atividade econômica em sentido estrito 4. O § 1º do artigo 
173 da Constituição do Brasil não se aplica às empresas públicas, sociedades de economia mista e entidades 
(estatais) que prestam serviço público. 5. A intromissão do Poder Legislativo no processo de provimento das 
diretorias das empresas estatais colide com o princípio da harmonia e interdependência entre os poderes. A 
escolha dos dirigentes dessas empresas é matéria inserida no âmbito do regime estrutural de cada uma delas. 6. 
Pedido julgado parcialmente procedente para dar interpretação conforme à Constituição à alínea "d" do inciso 
XXIII do artigo 62 da Constituição do Estado de Minas Gerais, para restringir sua aplicação às autarquias e 
fundações públicas, dela excluídas as empresas estatais, todas elas.ADI 1642-MG
2.4. A interpretação conforme à Constituição
A interpretação conforme a Constituição determina que, quando o aplicador de 
determinado texto legal se encontrar frente a normas de caráter polissêmico ou, 
até mesmo, plurissignificativo, deve priorizar a interpretação que possua um 
sentido em conformidade com a Constituição. Por conseguinte, uma lei não pode 
ser declarada nula quando puder ser interpretada em consonância com o texto 
constitucional.
A interpretação conforme a Constituição pode ter lugar também quando um 
conteúdo ambíguo e indeterminado de uma norma resultar coerente graças ao 
conteúdo da Constituição.
Pode-se perceber, com maior clareza no Brasil nas decisões do Supremo 
Tribunal Federal, duas dimensões abarcadas pelas possibilidades de 
interpretação conforme a Constituição. Por um lado, sua utilização em casos 
concretos vincularia apenas as partes envolvidas pela decisão, por meio do 
controle difuso de constitucionalidade. Por outro, a interpretação conforme a 
Constituição pode ser justamente utilizada no controle abstrato de normas. Em 
ambas as situações, limita-se o órgão judiciário a declarar a legitimidade do ato 
questionado desde que interpretado em conformidade com a Constituição.
No presente, a interpretação mais evidente da proposta de emenda à 
LOM confere à CMT a prerrogativa de aprovar os nomes de todos os 
“presidentes das entidades da administração pública indireta” após 
indicação do Prefeito Municipal.
Conforme vimos, tal possibilidade é vedada pelo ordenamento jurídico. 
Porém, adotando-se a técnica da interpretação conforme à Constituição 
temos que, é possível extrair da norma uma autolimitação, a qual 
restringe sua incidência somente aos presidentes das autarquias e 
fundações públicas, eis que assim, preserva-se o conteúdo da norma no 
seu sentido constitucionalmente possível.
3. Conclusão
Pelo exposto, verificamos que a proposta de emenda é constitucional no 
que diz respeito à indicação dos presidentes da autarquias e fundações 
públicas não sendo porém, em relação às empresas públicas e 
sociedades de economia mista.
Local, Data, Advogado.
•Hipóteses
•1.Assim sendo, levando-se em consideração a chamada 
“interpretação conforme a Constituição” verifica-se que o 
preceito normativo é constitucional, desde que, tenha 
clareza que seu âmbito normativo é mais restrito do que 
aparenta ser, não se aplicando a empresas públicas e 
sociedades de economia mista.
•2.Assim sendo, por razões de segurança jurídica, em que 
pese a possibilidade de adoção de interpretação 
conforme a constituição sugerimos a adoção de redação 
que expressamente aborde autarquias e fundações 
públicas.
QUESTÕES 
DISCURSIVAS 
- 12
A empresa “seu sonho é o nosso sonho” foi 
contratada pela Câmara Municipal para servir o 
coffee break no evento a ser realizado em 
28/07/2015. Em contrato acordou-se que o 
pagamento seria em 3 parcelas de R$ 5.000,00 
(cinco mil) cada, todas através de depósito bancário 
diretamente na conta da empresa, vencendo-se a 
primeira na assinatura do contrato que se deu em 
01/08/2014, a segunda na data do evento e a 
terceira em 01/10/2014. Por ausência de pagamento 
da 2ª parcela a empresa “seu sonho é o nosso 
sonho” ingressou em 01/08/2020 com a ação de 
execução em face da Câmara Municipal. Como 
procurador da CMT, apresente a medida cabível ao 
caso apresentado, esclarecendo que: •A execução 
veio acompanhada de memória de cálculo que: 1) 
aplicou a correção monetária; 2) aplicou juros de 1% 
desde a data vencida; 3) aplicou multa de 20% ao 
mês. •A atualização da execução nos moldes acima 
descritos não constava em contrato. •A Câmara 
Municipal foi devidamente citada em 17/08/2019.
� PEÇA CABÍVEL - Embargos à Execução
� Procedimentos – Art.914,art. 917,inciso III e art. 919, todos do CPC;
� COMPETÊNCIA - Vara da Fazenda Pública da Comarca de ...
� ENDEREÇAMENTO - Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da____Vara da 
Fazenda Pública da Comarca de.../...
� PRELIMINAR - 1) Prescrição quinquenal - artigo 1º do Decreto Lei nº 20.910, de 6 de 
janeiro de 1932.
� DOS FATOS - Argumentar de forma coerente os fatos apresentados no problema. 
� DO DIREITO - 1) Fundamentação jurídica com base no artigo 917, inciso III do CPC, 
com legislação e jurisprudência;
� DOS PEDIDOS - Requerer : a) Intimação do Embargado, na pessoa de seu Advogado,para que, querendo, apresente impugnação no prazo legal; b) o ACOLHIMENTO DA 
PRELIMINAR com a extinção imediata da execução, c) sejam julgados PROCEDENTES 
os embargos e decretar a nulidade da execução e condenar o embargado ao 
pagamento das custas e honorários de advogado; d) Protesta pela produção de todos 
os meios de prova em direito permitidos e, em especial, pela realização de perícia 
contábil. 
� DO VALOR DA CAUSA - Dá-se a causa o valor de R$....
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ______ Vara da Fazenda 
Pública da Comarca de.../...
Câmara Municipal de _____,(qualificação completa), por seu procurador 
infra-assinado, nos autos da execução que lhe move “seu sonho é o nosso 
sonho” à vista do contido na inicial, vem, respeitosamente, à presença de 
V. Exa. com fulcro no art. 914, art. 917,inciso III, art. 919, todos do CPC 
opor EMBARGOS ÀEXECUÇÃO C/C PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO, 
consoante razões de fato e de direito a seguir aduzidas:
PRELIMINARMENTE:
A presente execução está fulminada pela prescrição quinquenal, 
conforme artigo 1º do Decreto Lei nº 11.20.910, de 6 de janeiro de 1932, 
haja vista a cobrança ser de título vencido em 28/07/2014 e a execução 
distribuída em 01/08/2019. (Citar jurisprudência). Pelo exposto, por se 
tratar de matéria de ordem pública, imprescindível o reconhecimento 
daprescrição.
FATOS: Narrado conforme o problema16
DIREITO
Superadas as preliminares arguidas, ad argumentandum, tem-se que no mérito 
melhor sorte não guarda ao embargado, pois conforme se verifica da memória 
de cálculo apresentada há um excesso de execução. Conforme memória que 
acompanha essa peça processual, o valor da execução é de R$.... Portanto, 
conforme nossa legislação pátria e o entendimento dos nossos tribunais: (Citar 
legislação e jurisprudência.)
DOS PEDIDOS
Isto posto, requer: a) a intimação do Embargado, na pessoa de seu Advogado, 
para que, querendoapresente impugnação no prazo legal; b) o ACOLHIMENTO 
DA PRELIMINAR com a extinção imediata da execução, c) sejam julgados 
PROCEDENTES os embargos e decretar a nulidade da execução e condenar o 
embargado ao pagamento das custas e honorários de advogado; d) Protesta 
pela produção de todos os meios de prova28.em direito permitidos e, em 
especial, pela realização de perícia contábil. 
Dá-se a causa o valor de R$......
Nestes Termos, Pede e Espera Deferimento. 
Local, Data.
Advogado
Nada te perturbe,
nada te amedronte.
Tudo passa,
a paciência tudo alcança.
A quem tem Deus nada 
falta.
Só Deus basta!
(Santa Teresa D’Ávila)
É graça divina começar bem. 
Graça maior persistir na 
caminhada certa. 
Mas graça das graças é não 
desistir nunca. 
(Dom Helder Câmara)
OBRIGADO!
Ari Ferreira
ari_ricardo@yahoo.com.br
ari_ricardo
(86) 99911-1010
mailto:ari_ricardo@yahoo.com.br

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