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Pratica Simulada V caso concreto IV

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Pratica Simulada V
Profº Rubico Petroni Cardozo Peres
Casos Concretos, de 1 ao 16
CASO CONCRETO 1
Modelos de peças a serem utilizadas
CASO CONCRETO 2
Teresa é funcionária do município de Y, Estado de São Paulo, e exerce, há 16 anos, atividade profissional em estação de tratamento de esgoto, submetendo-se à exposição constante a agentes nocivos à saúde. Recebe, assim como todos aqueles que trabalham nesta função, adicional por insalubridade. Caio, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y, afirma que segundo a lei orgânica do município, compete ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, efetivando-se, assim, o direito previsto na constituição estadual a tal benefício: Lei orgânica do Município Y. Art. 51 - Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham sobre: (...) III - regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores. Constituição do Estado de São Paulo. Artigo 126 - Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (...) § 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I- portadores de deficiência; II - que exerçam atividades de risco; III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Com base na hipotética situação e, considerando que a Constituição Paulista atribui competência ao Tribunal de Justiça para julgar ações que visem combater a inexistência de norma regulamentadora estadual ou municipal de qualquer dos Poderes, inclusive da Administração Indireta, que torne inviável o exercício de direitos assegurados na Constituição da República e na Constituição Estadual, atue na qualidade de advogado contratado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y promova a medida judicial cabível para atender aos interesses de Teresa e demais associados, atentando-se para os requisitos formais da medida judicial a ser elaborada.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DO MUNICÍPIO Y, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o número "...", com sede à Rua "...", número "...", Bairro "...", Município Y"...", São Paulo, CEP "...", representado neste ato por seu presidente Caio, nacionalidade, estado civil, endereço completo, endereço eletrônico "...", vem, por meio do seu advogado que regularmente constituído, conforme procuração anexa, com fulcro no art. 5º, inciso LXXI da Constituição Federal, perante vossa excelência para propor o presente
MANDADO DE INJUNÇÃO
em face do PREFEITO DO MUNICÍPIO Y, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade nº "...", inscrito no CPF sob o nº "...", residente e domiciliado no (endereço completo), devendo este ser citado na pessoa do procurador-geral do Município Y, com sede na Prefeitura Municipal (endereço completo), pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
I - DOS FATOS
A prefeitura municipal administra uma estação de tratamento de esgoto e nesta trabalham os afiliados do impetrante.
Conforme se demonstra, o labor se dá em ambiente insalubre e com constante exposição a agentes nocivos à saúde, razão pela qual o município demandado despende pagamento de adicional de insalubridade. 
Conforme se observa na lei orgânica do Município Y, compete ao demandado a apresentação de proposta de lei para que seja regulado o exercício do direito a aposentadoria especial dos servidores municipais, conforme também apregoa a Constituição Estadual.
Até o presente momento o responsável por apresentar tal projeto ainda não o fez, razão pela qual se demanda com este instrumento para que a inércia do Prefeito Municipal não incorre em prejuízo aos servidores municipais.
II - DO DIREITO
Conforme bem definido no art. 126, § 4º da Constituição Estadual, é direito do servidor que exerce atividade sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física a aposentadoria com critérios diferenciados, direito também garantido pela Constituição Federal.
Dito isto, reservando-se ao caso comento, compete ao chefe do poder executivo municipal a iniciativa de projeto de lei que disponha sobre o assunto aposentadoria dos servidores e por consequência, da aposentadoria especial dos servidores municipais.
Art. 51 - Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham sobre: (...)
III - regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores.
Assim, o prefeito deve tomar tal iniciativa, visto que há no quadro de servidores pessoas que preenchem requisitos, na forma da lei geral. 
Contudo, até o presente momento tal iniciativa não foi tomada e os servidores públicos municipais carecem de legislação acerca do tema, o que notadamente gera prejuízos.
Desse modo, ante a inércia do prefeito municipal, não restou outra alternativa à demandante senão ingressar com a presente ação judicial para que não seja causado prejuízo aos seus filiados ante a falta de legislação, pugnando, ainda, a aplicação analógica do art. 57 da lei 8.213/1991.
III - DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
a) a notificação da autoridade coatora para que preste informações pertinentes;
b) intimação do Ministério Público para apresentação de parecer, no prazo de 10 dias;
c) a procedência do pedido, para que seja declarada omissão normativa e aplicação analógica do art. 57, § 1º da lei 8.213/1191 para todos os filiados do impetrante até que seja editada norma pertinente pelo Prefeito.
IV - VALOR DA CAUSA
A causa tem o valor de R$ 1.000,00.
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Local e data
Advogado/Nº da OAB
CASO CONCRETO 3
Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora Maria Souza, servidora pública federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota. Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na esfera criminal, a professora foi absolvida, uma vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de demissão. O PAD foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. Em 11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 22/02/2017, procurou seu escritório para tomar as medidas judiciais cabíveis, informando, ainda, que, desde o afastamento, está com sérias dificuldades financeiras. Comoadvogado(a), elabore a peça processual adequada para amparar a pretensão de sua cliente, analisando todos os aspectos jurídicos apresentados. Elabore a peça adequada, considerando que: I. não há necessidade de dilação probatória; II. já transcorreram mais de 30 (trintas) dias desde a publicação da demissão; III. deverá ser adotada a medida judicial cujo procedimento seja, em tese, o mais célere.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIARIA DO ESTADO
MARIA SOUZA, nacionalidade, estado civil, professora, portadora da carteira de identidade n "...", inscrita no CPF sob o nº "...", residente e domiciliada na Rua "...", Bairro "..." Cidade "...", UF "...", CEP "...", e-mail "...", vem, perante vossa excelência, representada nesse ato por seu advogado regularmente constituído, inscrito na OAB sob o nº "...", com endereço profissional "..." (endereço completo), endereço eletrônico "...", com base no artigo 5º, LXIX da Constituição Federal e Lei 12.016/2009, para propor o presente
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR
 pelo rito especial, contra ato do Reitor da Universidade Federal do estado "...", com endereço na Rua "...", pelos fatos e fundamentos que se expõe a seguir.
 	I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
 Afirma a parte autora se pessoa hipossuficiente, não podendo custear as despesas advindas do presente processo sem por em risco a substência sua e de sua família, razão pela qual requer o deferimento da gratuidade de justiça, conforme arts. 98 e seguintes do Código de Processo Civil.
II - DOS FATOS
 Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a parte Autora e em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota. Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na esfera criminal, a professora foi absolvida, uma vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de demissão. O PAD foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. Em 11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 22/02/2017. Em que pese toda a argumentação usada para tal decisão, a mesma não encontra guarida no ordenamento, razão pela qual a parte Autora requer a segurança para evitar, assim, uma injustiça ainda maior.
 	III DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
 DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR
 	Como é de conhecimento, para concessão do que ora se requer faz-se necessário a presença de dois elementos, quais sejam, o fumus boni iuris e o periculum in mora. O fumus boni iuris se caracteriza pela ilegalidade pratica pela Autoridade coatora quando não notificou a autora acerca do PAD, descumprindo assim o preceito do artigo 5º, LV da Constituição Federal e art. 22 da lei 8.112/1990. Ademais, não pode ser afastado do cerne da discussão o fato da autora já ter sido absolvida na esfera criminal por não existir ilicitude da sua conduta em razão da legitima defesa. Frise-se que tal fato AFASTA a demissão ora aplicada, por força de aplicação do art. 132, VII da lei 8.112/1990.
 De outro giro, o periculum in mora reside na precariedade financeira a qual a autora se submete atualmente e permanecerá assim caso não seja desfeito o ato de demissão, visto que o labor como professora na referida universidade consistia na sua única fonte de renda. Em sendo assim, estando presentes ambos os requisitos, é irrefutável a necessidade de concessão da liminar ora requerida.
IV - DO CABIMENTO DA PRESENTE AÇÃO
 	Conforme assinala o art. 5º, LXIX da Constituição Federal e o art. 1º da lei 12.016/2009, o mandado de segurança se presta a resguarda direito líquido e certo contra abuso de poder ou ato ilegal praticado por autoridade. Conforme já narrado, a situação fática se adéqua ao moldes da ação, devendo ser concedida a segurança.
V - DO MÉRITO
É inegável que o art. 5º, incisos LIV e LV da Constituição Federal garantem ao indivíduo o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa.
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de bens sem o devido processo legal; 
LV - aos litigantes em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com meios e recursos a ela inerentes;
Ademais, ainda corroborando o direito da autora, o artigo 143 c/c o artigo 161, § 1º da lei 8.112/90 preceitua que o PAD ou sindicância que se preste a averiguar conduta ilícita de servidor público deve garantir ao mesmo o devido processo legal.
No entanto, como resta muito claro e delineado na tratativa dada a parte autora, a mesma somente veio tomar ciência de que estava sendo submetida à uma PAD quando da publicação da decisão do mesmo em diário oficial, após o ato de sua demissão.
Em adição ao argumento exposto acima, o art. 65 do Código de Processo Penal bem como os arts. 125 e 126 da lei 8.112/90 são claros em definir que decisão penal vincula o conteúdo da decisão em seara administrativa.
Aplicando o texto ao caso concreto e sabendo que a decisão penal absolveu a parte autora do que lhe foi imputado, outra decisão não poderia se esperar, na luz da legalidade que não o arquivamento do PAD eis que, como já dito, a seara penal vincula a seara administrativa.
Mas se viu que o PAD prosseguiu e aplicou sanção de demissão da parte autora ao arrepio da lei.
Ante o exposto, presentes todas as ilegalidades acima expostas, não há outra alternativa senão a anulação do ato demissional bem como que se determine a reintegração da parte autora ao cargo público que ocupava bem como que se apure e pague o valor não pago quando da sua suspensão, na forma do artigo 28 da lei 8.112/90
VI - DOS PEDIDOS
Requer-se:
a) concessão da gratuidade de justiça, na forma do art. 98 e seguintes do CPC;
b) concessão da medida liminar para garantir a reintegração da parte autora ao quadro de servidores ativos da autarquia federal até que se prolate decisão definitiva, na forma do art. 9º c/c art. 701 do CPC; 
c) citação do Réu para apresentar defesa, no prazo legal;
d) confirmação da tutela de urgência, com a anulação do ato que demitiu a parte autora, condenando-se a parte Ré a reintegrar a parte autora ao quadro de servidores ativos da autarquia federal bem como ao pagamento dos valores e vantagens que faria jus caso estivesse no cargo;
e) produção de provas admitidas em direito e especialmente as que ora se anexa ao processo;
f) condenação do Réu ao ônus de sucumbência;
VII - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Local e data
Advogado
OAB/UF
CASO CONCRETO 4
Tício, brasileiro, casado, engenheiro, na década de setenta, participou de movimentos políticos que faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi vigiado pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. Seus movimentos foram monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado, organizados por agentes federais. Após longos anos, no ano de 2010, Tício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas.Esse foi o último ato praticado pelo Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para todos os cidadãos. Tício, inconformado, procura aconselhamentos com seu sobrinho Caio, advogado, que propõe apresentar ação judicial para acessar os dados do seu tio. Na qualidade de advogado contratado por Tício, redija a peça cabível ao tema, observando: a) competência do Juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça inaugural.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
TÍCIO, brasileiro, casado, engenheiro, portador do RG. Nº XXXX, inscrito no CPF sob o nº XXXXXX, residente e domiciliado na Rua. XXX, no município de XXXX, Estado XXX, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 5º, LXXII, da Constituição Federal de 1988 e Lei 9.507/1997, e art. 282e ss do Código do Processo Civil, impetrar:
HABEAS DATA
em face do ato praticado pelo MINISTRO DE ESTADO DE DEFESA, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
I - DO FORO COMPETENTE
O art. 105, I, b, da Constituição Federal, bem como o art. 20, I, b, da Lei 9507/97, estabelece que:
“Compete ao Superior Tribunal de Justiça, processar e julgar, originariamente, os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal”.
Desse modo, verifica-se que a competência para processamento e julgamento da presente ação é originária do Superior Tribunal de Justiça.
II- DO INTERESSE DE AGIR
Nos termos do art. 8º, parágrafo, único da Lei 9507/1997, comprovado o interesse de agir di Impetrante, legitimador do presente Habeas Data, pois j unta-se cópia do anterior indeferimento do pedido à ficha de informações pessoais, no período em que, Tício, foi monitorado pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado. Como se verifica dos documentos juntados, a atitude da Autoridade Coatora viola flagrantemente, o direito do Impetrante em ter acesso, às suas informações pessoais e, portanto, de seu pessoal interesse, que estão nos arquivos públicos do período em que foi monitorado e preso para averiguações.
III- DOS FATOS
Ocorre que o impetrante na década de setenta integrou certos movimentos políticos que faziam oposição ao governo da época. Por isso foi vigiado por agentes estatais e diversas vezes foi preso para averiguações, sendo assim, seus movimentos foram monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de segurança do estado, organizados por agentes federais. Depois de um longo período de tempo, em 2010, Tício Amoreira requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para todos os cidadãos. Conforme o artigo 8º, parágrafo único, da lei 9507/1997, comprova-se o interesse do impetrante, pois junta-se cópia do anterior indeferimento do pedido à ficha de informações pessoais, no período em que, Tício Amoreira, foi monitorado pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado. Observados os documentos juntados, a atitude da autoridade coatora viola o direito do Impetrante em ter acesso, às suas informações pessoais e, portanto, de seu pessoal interesse, que estão nos arquivos públicos do período em que foi monitorado e preso para averiguações.
IV - DO DIREITO
Ocorre que o artigo 5º, LXXII, da Constituição Federal dispõe que será concedido Habeas Data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público bem como para retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. O artigo 5º, XIV da Constituição diz que é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional. Assim, observa-se que ocorreu violação aos dispositivos constitucionais trazidos.
art. 5º, LXXII, da CF/1988 assim dispõe:
Conceder-se-á “habeas-data”:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
Resta visível que o ato que nega o fornecimento de informações do impetrante, inclusive com o esgotamento da via administrativa, se mostra ilegal e abusivo, já que é contrário aos dispositivos Constitucionais que garantem o direito de acesso à informação de dados do impetrante.
V- DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, requer o impetrante que:
A) seja citada a autoridade coatora sobre os fatos narrados a fim de prestar as informações que entender necessárias;
B) seja determinada a intimação do representante do Ministério Público no prazo de cinco dias;
C) seja julgado procedente o pedido, determinando ao impetrado o fornecimento das informações pleiteadas;
Dá-se a causa o valor de Alçada (R$ XXXXX).
Nestes termos, pede deferimento.
Local data
Advogado
OAB/UF n.º...
 
CASO CONCRETO 5
Matilde, domiciliada na cidade do Rio de Janeiro, está sendo executada por seus filhos Jane e Gilson Pires, menores, com treze e seis anos, respectivamente, representados por seu pai, Gildo, pelo rito do artigo 911 do CPC. Na execução de alimentos, que tramita perante o juízo da 10ª Vara de Família da Capital, Matilde foi citada para pagar a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), referente aos últimos cinco meses impagos dos alimentos fixados por sentença pelo juízo da mesma Vara de Família. Ocorre que Matilde está desempregada há 1 ano, fruto da grave situação econômica em que passa o país, com isso não está conseguindo se inserir novamente no mercado de trabalho e nem possui condições financeiras para quitar a dívida alimentar. Diante da real impossibilidade da executada em adimplir a sua dívida, o magistrado decretou a prisão da mesma, pelo prazo de sessenta dias. A filha de Matilde, Jane, de treze anos de idade, telefonou para Josefina, sua avó materna, avisando-a da decisão judicial de decretação da prisão de sua mãe. Desesperada, Madilde procura você, advogado, e afirma que não deixou de pagar por negligência, mas sim por absoluta impossibilidade financeira, bem como por está tratando de uma depressão profunda. Promova a medida judicial necessária aos interesses de Madilte para resguardar o seu direito de locomoção.
MM. DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
 NOME DO ADVOGADO, nacionalidade "...", Estado Civil "...", advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº "...", endereço eletrônico "...", endereço profissional na Rua "...", Cidade/UF "...", CEP "...", vem à presença de vossa excelência, com fulcro no art. 5º, LXVIII da Constituição Federal e nos artigos 647 e 648 do CPP, para impetrar o presente
HABEAS CORPUS PREVENTIVO COM MEDIDA LIMINAR
pelo procedimento especial, em favor de MATILDE, nacionalidade, estado civil profissão, portadora da cédula de identidade nº "...", inscrita no CPF sob o nº "...", com endereço eletrônico "...", residente e domiciliado na Rua "...", Cidade/UF, CEP "...", apontando como autoridade coatora o EXCELENTÍSSIMO JUIZ DA 10ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
I - DOS FATOS
A paciente é genitora dos menores Jane e Gilson Pires, para os quais tem a obrigação de pagar pensão alimentícia no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais), dividoigualmente.
No enanto, a paciente vem enfrentando dificuldades para realocar-se no mercado de trabalho há aproximadamente 1 ano, o que a prejudica na prestação dos alimentos 
A falta da atividade laborativa resultou na impossibilidade de pagamento do valor de pensão estipulado e em razão do inadimplemento, foi ajuizada ação competente para execução de alimentos.
Contudo, mesmo a paciente justificando a falta de pagamento em razão do desemprego, a autoridade coatora determinou a prisão. 
II - DA LIMINAR
Como já é sabido, a concessão de medida liminar fundamenta-se na presença de dois elementos justificantes, quais sejam, o fumus boni iuris e o periculum in mora.
O fumus boni iuris resta claramente demonstrado quando da limitação imposta por lei processual, notadamente quanto ao débito alimentar de três meses e principalmente pelo fato da paciente ter justificado, de modo verídico, a impossibilidade de adimplir sua obrigação alimentar em face de doença e de estar afastada do mercado de trabalho há mais de 1 ano.
De outro giro, o periculum in mora consiste na possibilidade do decreto prisional ser executado, o que causará grave violação de direito, visto que o mesmo não guarda fundamento que o sustente. Ainda poderá agravar os problemas de saúde suportados pela paciente.
III - DOS FUNDAMENTOS
Ante aos fatos expostos acima, não resta dúvida a necessidade medida que ora se requisita.
Conforme disposto no ar. 5º, LXVII da Constituição da República, o habeas corpus se presta a coibir violação da liberdade de locomoção de quem já tenha sofrido ou esteja na iminência de sofrer, o que é o caso em comento.
A decisão da autoridade coatora indica não guarda fundamento de validade, senão vejamos. A paciente foi apresentada como parte Ré num processo de execução de alimentos que busca o pagamento dos últimos 5 meses.
Contudo, o art. 911 do CPC leciona que a execução fundada em título executivo extrajudicial em que haja obrigação de pagar, o juiz mandará citar o executado para que faça o pagamento em três dias.
A paciente, conforme já relatado acima, não apresenta condições de adimplir o débito por motivos alheios à sua vontade, não tendo fundamento a edição do decreto prisional, notadamente em seus artigos 528, §§ 2º ao 7º.
Assim, o direito da paciente foi violado vez que o § 7º do art. 528, combinado com o art. 911 e corroborado pela súmula 309 do STJ são claros em lecionar que a prisão civil é justificada pelo débito dos 3 últimos meses anteriores ao ajuizamento da ação, o que invalida o pedido feito na inicial que ora se ataca.
 SÚMULA 309 : O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores à citação e as que vencerem no curso do processo.
Assim, por estes fundamentos, o decreto prisional não deve ser executado, vez que incorrerá em grave violação do direito da paciente e requer-se, dede logo, que seja concedido o presente pedido de habeas corpus para a manutenção da justiça.
IV - DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se:
a concessão da medida liminar para sustar o decreto prisional, determinando-se o recolhimento do mesmo;
a notificação da autoridade coatora para que preste informações;
a intimação do Ministério Público;
a concessão de Habeas Corpus preventivo com posterior expedição de alvará de salvo conduto em favor da paciente;
a juntada dos documentos que anexa-se à esta peça processual.
V - VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data
Advogado/UF
CASO CONCRETO 6
João, nascido e domiciliado em Florianópolis - SC, indignou-se ao saber, em abril de 2009, por meio da imprensa, que o senador que merecera seu voto nas últimas eleições havia determinado a reforma total de seu gabinete, orçada em mais de R$ 1.000.000,00, a qual seria custeada pelo Senado Federal. A referida reforma incluía aquecimento e resfriamento com controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico para projeção de filmes em DVD, melhorias que João considera suntuosas, incompatíveis com a realidade brasileira. O senador declarara, em entrevistas, que os gastos com a reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. Tendo tomado conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara e que a obra não havia sido iniciada, João, temendo que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da referida reforma, dirigiu-se a uma delegacia de polícia civil, onde foi orientado a que procurasse a Polícia Federal. Supondo tratar-se de um "jogo de empurra-empurra", João preferiu procurar ajuda de profissional da advocacia para aconselhar-se a respeito da providência legal que poderia ser tomada no caso. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) constituído(a) por João, redija a medida judicial mais apropriada para impedir que a reforma do gabinete do referido senador da República onere os cofres públicos.
EXCELENTíSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA FEDERAL DA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINA.
                JOÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº, e inscrito no CPF sob nº, residente e domiciliado na rua, n°, Bairro, Florianópolis/SC, CEP, endereço eletrônico, na condição de cidadão com pleno gozo dos seus direito políticos, conforme título de eleitor nº, zona, seção, por seu advogado que este subscreve, com procuração anexa, com endereço profissional (endereço completo), endereço eletrônico, para fins do Art. 77, V do CPC, vem perante vossa excelência, com fundamento no artigo 5°, LXXIII da CRFB/88 e no Art. 1º da Lei 4.717/65, propor:
                                          AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR
            em face de ato do SENADOR DA REPÚBLICA, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no RG sob nº, inscrito no CPF sob nº, com domicilio profissional na (endereço completo), pelos fatos e fundamentos que passo a expor:
I – DO CABIMENTO
             A ação popular é o meio processual a que tem direito qualquer cidadão que deseje questionar judicialmente a validade de atos que considera lesivos ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, conforme preconiza o Art. 5º LXXIII da CRFB/88, e no mesmo diapasão o Art. 1º da lei 4717/65. No caso em tela, faz-se presente a condição da ação necessária para a propositura de tal feito, visto que o mesmo visa anular ato lesivo ao patrimônio público, fato este de conhecimento público e notório que resta configurado.
II – DA LEGITIMIDADE ATIVA
           O autor é parte capaz do polo ativo de tal feito, visto que é cidadão nato em pleno exercício dos seus direitos políticos, podendo assim utilizar-se da ação popular, prevista no art. 5º, LXXIII, da Constituição da República Federativa do Brasil.
III – DA COMPETÊNCIA PARA O JULGAMENTO DA PRESENTE AÇÃO POPULAR
     Conforme Art. 5°, caput e §2° da Lei 4.717/65, Quando o pleito interessar simultaneamente à União e a qualquer outra pessoa ou entidade, será competente o juiz das causas da União. Assim, por figurar no polo passivo de tal feito o ato do Senador pelo Estado de Santa Catarina, a competência para conhecer, processar e julgar a presente ação popular é deste Douto Juízo. Aliás, sequer se pode aventar a possibilidade de foro privilegiado ao Senador da República, uma vez se tratar de ação popular, cuja regra de competência é do Juízo de primeiro grau.
IV – DO PEDIDO LIMINAR
          Conforme estabelece o art. 5º, § 4º, da Lei n. 4. 717/65, na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado. Observa- se que, no caso em tela, a situação atenta contra a moralidade administrativa, princípio expresso no caput do art. 37 da Constituição Federal, o que demonstra inequivocamente o fumus boni iuris. Já o periculum in mora faz-se presente, visto que o processo licitatório já se encerrou. Embora as obras ainda não tenham se iniciado, necessáriose faz evitar que os gastos sejam efetuados, tendo em vista a enorme dificuldade de reembolso ou ressarcimento futuro ao Erário por parte do Político. Assim, presentes os requisitos para suspenção liminar, é cabível e necessária à concessão da medida proposta.
V – DOS FATOS
            O Autor, cidadão nascido e domiciliado em Florianópolis - SC, indignou-se ao saber, em abril de 2009, por meio da imprensa, que o senador, que merecera seu voto nas últimas eleições havia determinado a reforma total de seu gabinete, orçada em mais de R$ 1.000.000,00, a qual seria custeada pelo Senado Federal. A referida reforma incluía aquecimento e resfriamento com controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico para projeção de filmes em DVD, melhorias que o Autor considera suntuosas, incompatíveis com a realidade brasileira. O senador declarara, em entrevistas, que os gastos com a reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. Tendo tomado conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara e que a obra não havia sido iniciada, o Autor, temendo que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da referida reforma, exerceu sua cidadania e ingressou com a presente ação popular, medida jurídica adequada para evitar a lesão ao patrimônio público e à moralidade administrativa.
VI – DO DIREITO
            Resta comprovado que a referida reforma, a ser custeada com dinheiro público, poderá causar lesão ao patrimônio público, além de ferir frontalmente princípios constitucionais quais sejam o princípio da moralidade administrativa, princípio da impessoalidade, princípio da legalidade. Não é minimamente razoável e inadequado o custo da reforma do gabinete do senador avaliada em R$ 1.000.000,00 e custeada com o dinheiro público do Senado Federal, ainda mais sob o argumento que aquecimento e resfriamento com controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico para projeção de filmes em DVD seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. O artigo 2°, “d” e § único, “d”, da Lei 4.717/65 determinam que são nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: inexistência dos motivos - quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido. Também resta comprovado o desvio de finalidade do objeto do contrato administrativo que a simples reforma do gabinete. Ao incluir itens dispensáveis ao propósito da contratação.
VII – DOS PEDIDOS
        Ante o exposto, requer :
a) A concessão inaudita altera partes da suspenção liminar para os efeitos dos atos licitatórios, cujo objeto atenderão às despesas objeto desta ação popular,
b) A citação do réu, para querendo apresentar contestação,
c) A intimação do ilustríssimo membro do MPF, para nos termos da lei, atuar como custos legis.
d) a intimação do Senado Federal para se manifestar, conforme disposto no § 3.º do art. 6.º da Lei n.º 4.717, de 1965;
e) A procedência do pedido, reconhecendo a nulidade do processo licitatório, com a anulação de quaisquer atos administrativos tomados pelo demandado na presente ação visando despesas objeto da presente ação popular e, caso já tenha havido alguma despesa, o ressarcimento por parte do réu, com comunicação ao Ministério Público para as devidas ações penal e de improbidade que entender pertinentes;
f) A condenação do Réu na sucumbência, a ser fixada por Vossa Excelência, nos termos do art. 12 da Lei n.º 4.717, de 1965, bem como nas custas e demais despesas judiciais e extrajudiciais.
VIII – DAS PROVAS
Requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, na amplidão do Art. 369 do CPC.
IX – DO VALOR DA CAUSA
Nestes termos, pede deferimento
Local, Data
Advogado/
OAB/UF no
CASO CONCRETO 7
O Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados, shopping centers, estabelecendo multas pelo descumprimento e gradação nas punições administrativas, além de delegar ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos relacionados no instrumento normativo. Tício, contratado como advogado Júnior da Confederação Nacional do Comércio, é consultado sobre a possibilidade de ajuizamento de medida judicial, apresentando seu parecer positivo quanto à matéria, pois a referida lei afrontaria a CRFB. Em seguida, diante desse pronunciamento, a Diretoria autoriza a propositura da ação judicial constante do parecer. Na qualidade de advogado, elabore a peça cabível, observando: a) competência do Juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; d) requisitos formais da peça; e) tutela de urgência.
EXCELENTISSIMO SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 
Confederação Nacional do Comércio, pessoa jurídica de direito privado, entidade de âmbito nacional, inscrita no CNPJ sob o nº..., com sede em..., por seu advogado infra-assinado..., com escritório..., endereço que indica para os fins do art. 39, I do CPC, vem propor a presente 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE,
 com fundamento no art. 102, I, “a”, da CRFB/88 e na Lei nº 9.868/99, em face da lei..., pelos motivos abaixo expostos.
I – DO OBJETO
Trata-se de norma editada pelo Estado KWY, determinando a gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados, shopping centers, determinando multas pelo descumprimento, estabelecendo gradação nas punições administrativas.
A lei designa ainda o PROCON como órgão responsável pela fiscalização dos estabelecimentos que ficam obrigados pela lei em questão.
Irresignada com a possível ilegalidade, a autora propõe a presente Ação Direta de Inconstitucionalidade
II – DA LEGIMITIMIDADE ATIVA
A Confederação Nacional do Comércio é legitimada especial elencada no Art. 103, inciso IX.
Trata-se de Confederação nacional de defesa dos comerciários, nos interesses objetivos e subjetivos. Atentou-se para o imenso prejuízo que a medida inconstitucional traria a todos os comerciantes do Estado KWY, impondo-se a propositura da presente Ação como única medida cabível.
Portanto comprovada a legitimidade ativa e estando presente a pertinência temática, a presente Ação Direta de Inconstitucionalidade deve ser conhecida.
III – DOS FUNDAMENTOS
A norma estadual é afronta de diversas maneiras a Constituição da República e 1988.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade é meio cabível para sanar atos normativos que vão a desencontro com a Carta Maior, competindo ao Supremo Tribunal Federal o Julgamento.
Cumpre ressaltar que trata-se de matéria de direito civil, em que somente a União teria a competência para legislar, por força do Art. 22, inciso I da CRFB/88.
Isto porque, há clara violação ao direito de propriedade, vez que o Estado legisla no sentido de ordenar procedimentos em estabelecimentos privados. O direito de propriedade privada está previsto no Art. 5º XXII da CRFB/88.
Não pode o Estado legislar sobre o uso da propriedade privada bem como usurpar a competência de outro ente da federação, razão pela qual a Ação Direta de Inconstitucionalidade deve ser julgada procedente.
IV – DA MEDIDA LIMINAR 
Demonstra-se necessário o deferimento do pedido liminar.
Pelos elementos colacionados na inicial, demonstra-se provas e elementos de informação capazes de convencer o entendimento dos Doutos julgadores, tendo em vista a ampla demonstração do direito, presente desta forma o fomus boni iuris que pode fomentar a suspensão do ato normativo impugnado até o julgamento final da ADI.
Mostra-se também imperioso que o ato normativo seja suspenso imediatamente, tendo em vista que os danos aos comerciários do Estado KWY serão de difícil reparação, presente também o periculum in mora, ensejando a suspensão da Lei publicada pelo Estado KWY.
V - DOSPEDIDOS
Em face do exposto, a Confederação requer:
a) a concessão da medida cautelar inaudita altera pars conforme o Art. 12 da Lei 9868/99 e que ao final seja julgado procedente o pedido e declarada a inconstitucionalidade da norma impugnada;
b) a juntada dos documentos em anexo;
c) que sejam solicitadas informações ao Governador do Estado e à Assembleia Legislativa estadual;
d) a citação do Advogado Geral da União;
e) a oitiva do Procurador-Geral da República.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para fins procedimentais.
Termos em que, pede deferimento.
Local e data
Advogado
OAB n.º...
CASO CONCRETO 8
Você, na qualidade de advogado, do Partido Político PXY, com representação no Congresso Nacional, foi procurado pelo Presidente do Partido, informando que a Lei complementar 135, de junho de 2010 versa sobre a questão de inelegibilidades infraconstitucionais, na forma do disposto no art. 14, § 9º da CRFB/88, sendo prevista sua aplicação até mesmo quando se estiver diante de fatos ocorridos antes do advento do referido diploma legal, sem que isso cause qualquer prejuízo ao principio da irretroatividade das leis e da segurança jurídica. Informa, ainda, a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da citada lei, apresentando-se divergência nos Tribuanis Eleitorais sobre a aplicação dos dispositivos trazidos pela Lei Complementar 135/2010 a fatos que tenham ocorrido antes do advento do novel diploma de inelegibilidades. Lei Complementar nº 135, de 04 de junho de 2010. Altera a Lei Complementar nº 064, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de acordo com o § 9º do artigo 014 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato. Esclarece-se que o TRE de Sergipe, adotou entendimento segundo o qual a lei consitui ofensa aos principios da irretroatividade da lei mais gravosa e da segurança jurídica (conforme julgados), já o TRE de Minas Gerais optou por adotar o entendimento do TSE, segundo o qual a Lei Complementar se aplica às condenações anteriores. Como há controvérsia sobre a possibilidade de aplicação das hipoteses de inelegibilidade instituidas pela Lei Complementar 135/2010, a atos jurídicos que tenham ocorrido antes do advento do diploma legal, o partido PPXY, temeroso de que surjam questionamentos dos candidatos que vierem a ser impugnados nas eleições de 20xx, sobre a consittucionalidade da aplicação da referida lei, já que a indefenição da questão pode causar grave insegurança jurídica nas eleições vindouras, pretende propor ação para que haja pronunciamento sobre o tema, e para tanto pretende demonstrar que a aplicação dos dispositivos da lei a situações ocorridas antes da existência desta não ofende o dispositivo nos incisos XXXVI e XL, do artigo 5º, da CRFB. Na qualidade de advogado, redija a peça cabível visando ver declarada a consitucionalidade da Lei Complementar 135/2010, no que tange a aplicação das inelegibilidades à atos ocorridos anteriormente a existência da citada lei, atentando, necessariamente, para os seguintes aspectos: a) competência do órgão julgador; b) legitimidade; c) argumentos a favor da constitucionalidade da referida lei; d) tutela de urgência.
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PARTIDO POLITICO PXZ qualificação completa na forma do art.319 do CPC por seu advogado com endereço profissional situado na rua. (endereço completo) onde receberá intimação vem propor:
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE 
da Lei Complementar135/2010 pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O autor informa que a Lei Complementar nº 135, de 04 de junho de 2010 que altera a Lei Complementar nº064, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de acordo com o § 9º do artigo 14 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato. Sendo que há controvérsia já que o TRE de Sergipe, adotou entendimento segundo o qual a lei constitui ofensa aos princípios da irretroatividade da lei mais gravosa e da segurança jurídica (conforme julgados), enquanto o TRE de Minas Gerais optou por adotar o entendimento do TSE, segundo o qual a Lei Complementar se aplica às condenações anteriores. A Lei Complementar 135, de junho de 2010 versa sobre a questão de inelegibilidades infraconstitucionais, na forma do disposto no art. 14, § 9 º da CRFB /88, sendo prevista sua aplicação até mesmo quando se estiver diante de fatos ocorridos antes do advento do referido diploma legal, sem que isso cause qualquer prejuízo ao princípio da irretroatividade das leis e da segurança jurídica. Informa, ainda, a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da citada lei, apresentando-se divergência nos Tribunais Eleitorais sobre a aplicação dos dispositivos trazidos pela Lei Complementar 135/2010 a fatos que tenham ocorrido antes do advento do novel diploma de inelegibilidades.
DOS FUNDAMENTOS
Essa lei deve ser declarada constitucional, porque ela não viola o princípio da irretroatividade da lei prevista no art. 5 º XL da CRFB/88. A lei não atinge eleições anteriores, ou seja, mandatos legítimos anteriores e sim ela vai se aplicar a futuras eleições. No entanto com relação a fatos pretéritos dos futuros candidatos, portanto não vai violar o princípio da segurança jurídica porque as eleições anteriores ficaram lá conservadas por seus legítimos eleitos. Essa lei vai privilegiar a moralidade administrativa pois vai resguardar a população quanto aos futuros mandatos eletivos, vamos saber de antemão quem tem condições tem a ficha limpa para assumir mandatos eletivos.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, o autor requer:
1) A intimação da Procuradori a Geral da República;
2) A procedência do pedido de declaração de constitucionalidade da Lei 135/2010.
DAS PROVAS
O autor demonstra os fatos alegados através da prova documental anexa.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$. 
Nestes termos
Pede deferimento
Local e data
Advogado
OAB/UF
CASO CONCRETO 9
O Partido Progressista com representação no Congresso Nacional, por seu Presidente, procura você advogado do partido na intenção de que seja promovida a competente ação em face do descumprimento e da falta de emissão de norma regulamentadora do disposto no artigo 37, X, da Constituição Federal, o qual prevê a revisão geral anual dos servidores públicos, na mesma data e com índices idênticos, para reajuste anual dos servidores públicos do Estado de Santa Catarina. Alega o Partido a omissão do Governador do Estado de Santa Catarina, do dever de encaminhar ao Poder Legislativo projeto de lei que regulamente a revisão geral anual, na mesma data e sem distinção de índices, da remuneração dos servidores públicos daquela unidade da Federação, conforme o disposto no art. 37, X, da Constituição Federal. A agremiação política afirma que a última revisão remuneratória ocorrida naquele Estado-membro se deu com a edição da Lei xxx, de 10/10/2003. Sustenta que os servidores acumulam, desde então, sucessivas perdas salariais geradas pela inflação. Assevera que, mesmo após decorrido todo esse tempo, não há qualquer sinal de que o Executivo Estadual pretenda cumprir o ditame ora destacado. Assim, configurado o comportamento omissivo do Chefe do Poder Executivo catarinense, corroborado tanto pelos reajustes pontuais concedidos a determinadas carreiras estaduais como pela ausência, nas leis orçamentárias dos últimos anos, de dotações visando restituir as perdas salariais dos servidores, pretende propor ação para ver declarada a omissão, tendo em vista a inexistência de norma regulamentadora do art. 37, X, da Carta Magna, bem como o estabelecimento do prazo de trinta dias para que o Exmo. Sr. Governador do Estado deSanta Catarina encaminhe ao Poder Legislativo projeto de lei específico, destinado a fixar ou manter a periodicidade máxima de 12 meses para reajuste dos vencimentos. Na qualidade de advogado, redija a peça cabível atentando, necessariamente, para os seguintes aspectos: a) competência do órgão julgador; b) legitimidade; c) argumentos jurídicos pertinentes; d) tutela de urgência.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PARTIDO PROGRESSISTA, com representação no Congresso Nacional, representado por seu Presidente, CNPJ nº .., com sede na. .. , bairro . ., cidade ..., por seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na .., bairro ., cidade. .. , endereço que indica para fins do artigo 106, do CPC/2015, devidamente constituído, conforme procuração com poderes especiais em anexo (Lei nº 9.868/99), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 103, § 2º, da CRFB/88, sendo também disciplinada nos artigos 12-A a 12-H da Lei nº 9.868/99, alterada pela Lei nº 12.063/2009 que acrescentou à lei nº9.868, de 10 de novembro de 1999, o Capítulo II-A, propor
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMIS SÃO
Com base no artigo 103, §2º, da CRFB/88 e na Lei n º 9.868/99, por omissão do EXMO. SR. GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA em face do descumprimento e da falta de emissão de norma regulamentadora do disposto no artigo 37, X, da Constituição Federal, esperando que seja recebida e seguindo as formalidades de estilo, seja distribuída e ao final declarada a mora do Poder competente, que inviabiliza a aplicação da norma constitucional, conforme será demons trado ao longo da presente petição, nos termos e motivos que passa a expor.
DA LEGITIMIDADE
A legitimidade ativa do partido político para a propositura da presente encontra assento no artigo 103, V III, da CRFB/88, e conforme pacificado por esta corte, segundo o Ministro Celso de Mello, independe de pertinência temática “... os partidos políticos tem legitimidade para ajuizamento de ação direta de inconstituci onalidade, independentemente da matéria versada na norma atacada” “O reconhecimento da legitimidade ativa das agremiações partidiárias para a instauração de controle normativo abstrato, sem as restrições decorrentes do vinculo de pertinência, constitui natural derivação da própria natureza e dos fins institucionais, que justificam a existência em nosso sistema normativo , dos partidos políticos.” (STF–ADI 1396). Portanto, o Requerente por ser considerado Autor Neutro e Universal encontra-se dispe nsado de demonstrar Pertinência Temática.
DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Na forma do artigo 102, I, “a”, CRFB/88 é de competência originária do STF o processamento e julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão. É certo que frente a omissão legislativa federal que se discute no caso em questão, a competência originária do Supremo Tribunal Federal resta evidenciada. 
DO CABIMENTO
A competência legislativa dos Órgãos Estatais é um poder-dever, porquanto o princípio fundamental do Estado de Direito Republicano exige que o poder político deve ser exercido para a realização não de interesses particulares, mas do bem comum do povo (res publica). Segue-se daí que toda competência dos órgãos públicos, em lugar de simples faculdade ou direito subjetivo, representa incontestavelmente um poder-dever. Assim, ao dispor a Constituição da República que o Legislativo, o Executivo e o Judiciário são “Poderes da União, independentes e harmô nicos entre si” (artigo 2°), reforça o princípio que se acaba de lembrar, pois quando os órgãos estatais constitucionalmente dotados de competência exclusiva deixam de exercer seus poderes-deveres, o Estado de Direito desaparece. Sabe-se ser imprescindível, para o cabimento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão a existência de um direito previsto na Constituição Federal que não possa ser exercido por ausência de lei especifica e, no caso em tela, tal direito, pode ser encontrado no artigo 37, X da CRFB/1988.
DOS FATOS E FUNDAMENTOS
Trata-se de ação declaratória de inconstitucionalidade por omissão, proposta pelo Partido Progressista com representação no Congresso Nacional, considerando o descumprimento e da falta de emissão de norma regulamentadora do disposto no artigo 37, X, da Constitui ção Federal, o qual prevê a revisão geral anual dos servidores públicos, na mesma data e com índices idênti cos, para reajuste anual dos servidores públicos do Estado de Santa Catarina. É nítida a omissão do Governador do Estado de Santa Catarina, do dever de encaminhar ao Poder Legislativo projeto de lei que regulamente a revisão geral anual, na mesma data e sem distinção de índices, da remuneração dos servidores públicos dessa unidade da Federação, conforme o disposto no art. 37, X, da Constituição Federal.
Cabe salientar que a última revisão remuneratória ocorrida nesse Estado-membro se deu com a edição da Lei xxx, de 10/10/2003, assim os servidores acumulam, desde então, sucessivas perdas salariais geradas pela inflação, e mesmo após decorrido todo esse tempo, não há qualquer sinal de que o Executivo Estadual pretenda cumprir o ditame ora destacado. Assim, configurado o comportamento omissivo do Chefe do Poder Executivo catarinense, corroborado tanto pelos reajustes pontuais concedidos a determinadas carreiras estaduais como pela ausência, nas leis orçamentárias dos últimos anos, de dotações visando restituir as perdas salariais dos servidores, pretende a presente ação para ver declarada a omissão, tendo em vista a inexistência de norma regulamentadora do art.37, X, da Carta Magna, pretendendo-se também o estabelecimento do prazo de trinta dias para que o Exmo. Sr. Governador do Estado de Santa Catarina encaminhe ao Poder Legislativo projeto de lei específico, destinado a fixar ou manter a periodicidade máxima de 12 meses para reajuste dos vencimentos.
Considerando os fatos acima expedidos, é nítido o direito que ora se pleiteia, dado o caráter obrigatório da revisão geral anual prevista no inc. X, do artigo 37, da CF/88, sendo certo que deve ser fixado um prazo razoável para que o Governador proponha a lei reclamada, prazo este de acordo com art.103, §2 º, da Lei Maior, ou ao menos qualquer outro prazo razoável que faça respeitar as garantias constitucionais dos servidores públicos catarinenses.
Não restam dúvidas o direito a revisão geral anual dos índices de remuneração e subsídios dos servidores públicos estaduais, sendo esse direito um fortalecer da Garantia de irredutibilidade, sendo certo que a mora do Poder Executivo em propor a lei revisora para cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica, vem gerando sérios prejuízos aos servidores, violando de forma clara a garantia de irredutibilidade, pois o texto Constitucional assegura a anualidade e a igualdade de condições de todos os servidores, sem distinção, devendo ocorrer por intermédi o de lei específica, sob pena de violar o princípio constitucional da igualdade(artigo5º da CRFB/88) Ademais, a omissão perpetrada pelo Excelentíssimo Sr. Governador afronta também, ainda que indiretamente, os preceitos constitucionais estribados no artigo 6 º, caput, da CRFB, direitos sociais do cidadão como educação , saúde , lazer etc, não apenas para per si , mas também para sua família, pois a ausência de reajuste priva diretamente o servidor do exercício de tais direitos, considerando abaixado poder aquisitivo.
Por fim, e não menos importante, cabe ressaltar que se esta a incorrer em crime de responsabilidade, posto que tal omissão atenta contra o cumprimento da Constituição Federal, situação que se enquadra no artigo 85, inciso, VII, da CRFB/88, pelo que deve ser reconhecida e declarada a inconstitucionalidade por omissão 
DA CONCESSÃO DA MEDIDA CAUTELAR
Torna-se imprescindível, in casu, a concessão de medida cautelar inaudita altera pars (com fulcro na Lei Federal nº9 .868/99), para que seja concedido a fixação de prazo para a ediçãoda Lei Complementar, considerando os requisitos ensejadores para o deferimento da medida, já que o fumus boni iuris reside na omissão legislativa de norma garantidora do direito revisão geral anual dos servidores públicos, na mesma data e com índices idênticos, para reajuste anual dos servidores públicos do Estado de Santa Catarina, e o periculum in mora no fato de que os servidores encontram-se desemparados em sua regulamentação, restando impedidos de exercer direito constitucional. 
DO PEDIDO
Pelo exposto, requer a V. Exª:
1. com fulcro no artigo 12-F da Lei nº 9.868/99, o deferimento de medida cautelar para, fixar prazo na forma do artigo 103, § 2º, da CRFB/88 ou qualquer outro prazo entendido por razoável para que o Chefe do Poder Executivo providencie a lei Complementar de forma a atender o artigo 37, X, da CRFB/88;
2. a notificação do Exmo. Sr. Governador do Estado, para que como órgão/autoridade responsável pela elaboração da Lei, manifeste-se, querendo, no pra zo legal;
3. a notificação, caso Vossa Excelência entenda pertinente, do Exmo. Sr. Advogado-Geral da União para se manifestar sobre o mérito da presente ação, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do artigo 12-E, §2º, da Lei nº9.868/99;
4. a oitiva do Exmo. Sr. Procurador Geral da República para que emita o seu parecer, nos termos do artigo 12-E, §3º, da Lei n º9.868/99; 
5. a procedência do pedido para que seja declarada a mora legislativa do Exmo. Sr. Governado rdo Estado na elaboração da Lei específica do artigo 37, X, da CRFB/88
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito na forma do artigo 14, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial documental (em anexo cópia das decisões judiciais).
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$…(valor por extenso)arti go 291, do CPC/2015.
Nestes termos,
pede deferimento.
Local, data
Advogado
OAB /UF
CASO CONCRETO 10
O Prefeito do Município Alfa, preocupado com a adequada conduta no seu mandato, procura o presidente nacional do seu partido político Beta, o qual possui representação no Congresso Nacional, e informa que a Lei Orgânica do Município Alfa, publicada em 30 de maio de 1985, estabelece, no seu Art. 11, diversas condutas como crime de responsabilidade do Prefeito, entre elas o não atendimento, ainda que justificado, a pedido de informações da Câmara Municipal, inclusive com previsão de afastamento imediato do Prefeito a partir da abertura do processo político. Informou, também, que a mesma Lei Orgânica, em seu Art. 12, contém previsão que define a competência de processamento e julgamento do Prefeito pelo cometimento de crimes comuns perante Justiça Estadual de primeira instância. Por fim, informou que, em razão de disputa política local, houve recente representação oferecida por Vereadores da oposição com o objetivo de instaurar processo de apuração de crime de responsabilidade com fundamento no referido Art. 11 da Lei Orgânica, a qual poderá ser analisada a qualquer momento. O partido político, após o devido trâmite interno estabelecido no seu estatuto, conclui que a norma municipal está em dissonância com a CRFB/88 e decide adotar providência judicial em relação ao tema. Considerando a situação narrada, na condição de advogado(a) do partido político Beta, utilizando-se do instrumento constitucional adequado, elabore a medida judicial de controle objetivo cabível.
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PARTIDO POLÍTICO BETA, pessoa jurídica de direito xxx, com sede na Rua xxx, Nº xxx, Bairro xxx, Cidade xxx, Estado xxx, CEP xxx, endereço eletrônico xxx, devidamente representado no Congresso Nacional, onde recebe intimações, por meio do advogado subassinado, com endereço profissional na Rua xxx, Nº xxx, Bairro xxx, Cidade xxx, Estado xxx, CEP xxx, endereço eletrônico xxx, local indicado para receber intimações vem com elevado respeito à presença de V. Exa., propor a presente
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL COM PEDIDO LIMINAR
Tendo por objeto o Art. 11 e Art. 12 da Lei Orgânica do Município Alfa, tendo em vista os argumentos a seguir expostos:
DA LEGITIMIDADE
PARTIDO POLÍTICO BETA, como dito no cabeçalho desta ação, devidamente representado no Congresso Nacional, atendendo pois, ao disposto no Art. 2º, inciso I, da Lei nº 9.882/99 e no Art. 103 da CRFB/88. Cumpre esclarecer, com a devida vênia, que não incumbe à mesma, a despeito das inúmeras decisões em diversas arguições de descumprimento de preceito fundamental demonstrar a pertinência temática no exercício do direito de acesso a essa Corte Suprema para pretender ver declarados inconstitucionais dispositivos da Lei Orgânica do Município Alfa.
DOS FATOS
O Prefeito do Município Alfa, preocupado com a adequada conduta no seu mandato, procura o presidente nacional do seu partido político Beta, o qual possui representação no Congresso Nacional, e informa que a Lei Orgânica do Município Alfa, publicada em 30 de maio de 1985, estabelece, no seu Art. 11, diversas condutas como crime de responsabilidade do Prefeito, entre elas o não atendimento, ainda que justificado, a pedido de informações da Câmara Municipal, inclusive com previsão de afastamento imediato do Prefeito a partir da abertura do processo político. Informou, também, que a mesma Lei Orgânica, em seu Art. 12, contém previsão que define a competência de processamento e julgamento do Prefeito pelo cometimento de crimes comuns perante Justiça Estadual de primeira instância. Por fim, informou que, em razão de disputa política local, houve recente representação oferecida por Vereadores da oposição com o objetivo de instaurar processo de apuração de crime de responsabilidade com fundamento no referido Art. 11 da Lei Orgânica, a qual poderá ser analisada a qualquer momento. O partido político, após o devido trâmite interno estabelecido no seu estatuto, conclui que a norma municipal está em dissonância com a CRFB/88 e decide adotar providência judicial em relação ao tema.
DOS FUNDAMENTOS
A presente ADPF funda-se no texto constitucional brasileiro que infere a definição de competência para a apreciação da sobreposta ação, a saber:
“Art.102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
(…)
§1° A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
Além de estar amparada, também, no art. 1º, parágrafo único e inciso I da Lei nº 9.882/99:
“Art. 1º A arguição p revista no § 1º do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. 
Parágrafo único. Caberá também arguição de descumprimento de preceito fundamental: 
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou a to normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição.”
DO CABIMENTO
a) Do ato questionado
Conforme já mencionado anteriormente, o ato questionado tem desconformidade em relação à Constituição Federal de 1988, com base no art. 2° da CRFB/88 que garante a independência e harmonia entre os Poderes, princípio este não respeitado pelo legislativo do Município Alfa.
b) Da prova da violação do preceito fundamental
Neste sentido, resta comprovada a referida prova no exato ato do Município Alfa, através de seu representante que aditou a norma sobre crimes de responsabilidade e suas normas de processo e julgamento, que é de competência privativa da União, de acordo com a Súmula Vinculante 46 do STF que rege:
“A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de competência legislativa privativa da União.”
Bem como o art. 22, inciso I, da CRFB/88, que dispõe algumas das competências privativas da União, sendo elas, legislar sobre direito civil, comercial, penal, agrário, processual, eleitoral, marítimo, aeronáutico,espacial e do trabalho.
c) Da anterioridade da norma
Sabe-se que o objeto desta ação trata-se de dispositivos de Lei anterior a Constituição Federal de 1988, devendo-se analisar a sua recepção ou não, nutrindo a referida arguição de descumprimento de preceito fundamental. 
DA MEDIDA LIMINAR
Com sentido no artigo 5º, da Lei 9.882 de 1999, que trata da ADPF, onde expressa que poderá ser admitida a deferida medida liminar em caso de patente urgência ou perigo de lesão grave, medida que assegura temporariamente a eficácia à futura decisão de mérito. Em suma, a violação do princípio da separação dos poderes(art. 2º da Magna Carta), a competência privativa da União(art. 22, inciso I da CRFB/88 e Súmula Vinculante 46, STF), as quais devem observar os preceitos constitucionais, especialmente garantindo aos Prefeitos a prerrogativa de foro perante o Tribunal de Justiça em crimes comuns.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer:
a) A intimação do Município Alfa, para que, como autoridade responsável pelo ato praticado em desconformidade com a Constituição Federal questionado, manifeste-se, querendo, no prazo de cinco dias, sobre o pedido de concessão de liminar, com fundamento no artigo 5º, §2º, da Lei 9.882 de 1999; 
b) A concessão da medida liminar para determinar que os juízes dos tribunais suspendam o andamento de processos ou os efeitos de decisões judiciais ou qualquer outra medida que apresentem alguma relação com a matéria objeto da presente ação (artigo 5º, §3º, da Lei 9.882 de 1999);
c) A intimação do órgão, para que, como autoridade responsável pela prática do ato que violou em desconformidade a Constituição Federal de 1988, manifeste-se, querendo, sobre o mérito da presente ação, no prazo de dez dias, nos termos do artigo 6º, caput, da Lei 9.882 de 1999
d) A intimação d o Senhor Procurador-geral da República, para emitir seu parecer, no prazo de cinco dias, nos termos do artigo 7º, parágrafo único, da Lei 9.882 de 1999; 
e) a procedência do pedido de mérito, para que seja declarada a violação do preceito fundamental, fixando-se as condições e o seu modo de interpretação e aplicação nos termos do artigo 10 da Lei 9.882 de 1999 e cumprimento do artigo 3º, parágrafo único, da lei 9.882 de 1999 (cópias anexas). 
Dá-se a causa o valor de R$ 100,00 (cem reais)
Termos em que pede deferimento.
Local-Data
Advogado/OAB
CASO CONCRETO 11
A Associação Alfa, constituída há 3 (três) anos, cujo objetivo é a defesa do patrimônio social e, particularmente, do direito à saúde de todos, mostrou-se inconformada com a negativa do Posto de Saúde Gama, gerido pelo Município Beta, de oferecer atendimento laboratorial adequado aos idosos que procuram esse serviço. O argumento das autoridades era o de que não havia profissionais capacitados e medicamentos disponíveis em quantitativo suficiente. Em razão desse estado de coisas e do elevado número de idosos correndo risco de morte, a Associação resolveu peticionar ao Secretário municipal de Saúde, requerendo providências imediatas para a regularização do serviço público de Saúde. O Secretário respondeu que a situação da Saúde é realmente precária e que a comunidade precisa ter paciência e esperar a disponibilização de repasse dos recursos públicos federais, já que a receita prevista no orçamento municipal não fora integralmente realizada. Reiterou, ao final e pelas razões já aventadas, a negativa de atendimento laboratorial aos idosos. Apesar disso, as obras públicas da área de lazer do bairro em que estava situado o Posto de Saúde Gama, nos quais eram utilizados exclusivamente recursos públicos municipais, continuaram a ser realizadas. Considerando os dados acima, na condição de advogado(a) contratado(a) pela Associação Alfa, elabore a medida judicial cabível para o enfrentamento do problema, inclusive com providências imediatas, de modo que seja oferecido atendimento adequado a todos os idosos que venham a utilizar os serviços do Posto de Saúde. A demanda exigirá dilação probatória. Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DA ...VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BETA
 
ASSOCIAÇÃO ALFA, CNPJ..., com sede no endereço..., endereço eletrônico..., legalmente constituída a mais de 3 anos, representada legalmente pelo(a) Sr(a)… (documento de representação anexo), com finalidade institucional a defesa do patrimônio social e, particularmente, do direito à saúde de todos, por intermédio de seu advogado (procuração em anexo), com endereço profissional no endereço ..., onde receberá intimações, vem, perante Vossa Excelência, com fundamento no Art 1º e 5º, inciso V, da Lei nº 7.347/85, propor 
 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA (COM PEDIDO LIMINAR)
 
Em face do MUNICÍPIO BETA, pessoa jurídica de direito público interno, CNPJ …, com sede no endereço…, endereço eletrônico…, pelas razões de fato e de direito que passa a expor: 
 
1. DOS FATOS 
 
A autora mostrou-se inconformada com a negativa do Posto de Saúde Gama, gerido pelo réu, de oferecer atendimento laboratorial adequado aos idosos que procuram esse serviço. O argumento das autoridades era o de que não havia profissionais capacitados e medicamentos disponíveis em quantitativo suficiente. Em razão desse estado de coisas e do elevado número de idosos correndo risco de morte, a autora resolveu peticionar ao Secretário municipal de Saúde, requerendo providências imediatas para a regularização do serviço público de Saúde. O Secretário respondeu que a situação da Saúde é realmente precária e que a comunidade precisa ter paciência e esperar a disponibilização de repasse dos recursos públicos federais, já que a receita prevista no orçamento municipal não fora integralmente realizada. Reiterou, ao final e pelas razões já aventadas, a negativa de atendimento laboratorial aos idosos. Apesar disso, as obras públicas da área de lazer do bairro em que está situado o Posto de Saúde Gama, nos quais eram utilizados exclusivamente recursos públicos do réu, continuaram a ser realizadas. Diante do exposto, só resta à autora, a propositura da presente ação civil pública, com pedido liminar, para o enfrentamento do problema, de modo que seja oferecido atendimento adequado a todos os idosos que venham a utilizar os serviços do Posto de Saúde. 
 
2. DO CABIMENTO E DA LEGITIMIDADE ATIVA 
Verifica-se o pleno cabimento da presente ação civil pública, uma vez que o objeto de tutela mostra-se aplicável à toda a coletividade de idosos do município Beta, constituindo-se, portanto em direito difuso, conforme previsto no Art. 1º, incisos IV e VIII, da Lei nº 7.347/85. Além disso, a autora é parte plenamente legítima para a propositura da presente ação, uma vez que encontra-se em funcionamento a mais de 3 anos e inclui dentre suas finalidades institucionais a proteção do patrimônio social, conforme previsto no Art. 5º, inciso V, da Lei nº 7.347/85. 
 
3. DO DIREITO 
Estabelece a Constituição Federal de 1988, em seu Art. 1º, inciso III, que o Estado brasileiro terá como fundamento a dignidade da pessoa humana. Significa dizer que o Estado terá como fim, a garantia de uma vida digna a todos aqueles que dão razão a sua própria existência. Somado a isso, assegura-se a todos os brasileiros e estrangeiros residentes e de passagem pelo país o direito fundamental a vida, o qual encontra-se insculpido no Art. 5º, caput, da CF/88. Este direito à vida só será assegurando, na plenitude, com a concretização do direito fundamental à saúde, igualmente assegurado no Art. 6º e trazido como dever fundamental do Estado no Art 196, ambos da CF/88. Verifica-se, no caso concreto que o réu não está cumprindo com seu dever de promoção das políticas sociais e econômicas destinadas à preservação da vida, da saúde e da dignidade da população idosa do município. Em assim agindo, fere flagrantemente o Art. 230 da CF/88, o qual impõe ao Estado o dever fundamental de preservação davida e da dignidade da pessoa idosa. Ademais, verifica-se que não está ocorrendo a correta alocação dos recursos públicos, uma vez que estão sendo destinados recursos públicos para a concretização do direito ao lazer. Observa-se que não há como usufruir do direito ao lazer, igualmente consagrado como direito fundamental, sem o pleno direito à vida e saúde. Por fim, reitera-se que o Art 196 da CF/88 apresenta a responsabilidade solidária entre todos os entes da federação, não havendo de prosperar qualquer argumento da municipalidade de que não recebe repasses da União. 
 
4. DO PEDIDO LIMINAR 
No presente caso, como ficou amplamente demonstrado o réu não está ofertando atendimento laboratorial adequado aos idosos da municipalidade, colocando em risco a própria vida, a saúde e agindo com indignidade a esta população que possui especial proteção do Estado, deixando de cumprir seu dever constitucional com a saúde, corroborando a relevância dos fundamentos, demonstrando-se a fumaça do bom direito. Além disso, caso não seja concedida a liminar para que seja oferecido atendimento adequado a todos os idosos que venham a utilizar os serviços do Posto de Saúde, estará se colocando em risco a vida de um número imensurável de idosos que necessitam dos serviços públicos de saúde, para a concretização do direito à vida, saúde e do fundamento republicano da dignidade da pessoa humana, demonstrando-se, no caso, o perigo de dano irreparável. Comprovada a fumaça do bom direito e o perigo de dano irreparável, infere-se a liminar na presente ação civil pública, sem justificação prévia, nos termos no Art 12, da Lei nº 7.347/85, a fim de que o município Beta ofereça imediatamente atendimento adequado a todos os idosos que venham a utilizar os serviços do Posto de Saúde Gama, sob pena de multa diária a ser fixada por esse juízo, conforme o previsto no Art. 11 da Lei nº 7.347/85. 
 
5. DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer: 
1) A concessão da medida liminar, uma vez preenchidos os requisitos legais, a fim de que o município Beta ofereça imediatamente atendimento adequado a todos os idosos que venham a utilizar os serviços do Posto de Saúde Gama, sob pena de multa diária a ser fixada por esse juízo
2) A citação do réu, por intermédio de sua representação judicial, para, querendo, apresentar defesa no prazo legal sob pena de revelia; 
3) Seja intimado o representante do Ministério Público; 
4) A procedência do pedido, confirmando-se a liminar em seus termos, para que o réu proporcione atendimento adequado a todos os idosos que venham a utilizar os serviços do Posto de Saúde Gama, garantindo-lhes o direito à vida e à saúde com dignidade;
5) Seja procedida à juntada da prova documental; 
6) A produção de todas as provas admitidas em direito;
7) A designação da audiência prévia de mediação ou conciliação a ser marcada por esse juízo;
8) A condenação dos réus ao pagamento dos honorários advocatícios e custas processuais;
9) A prioridade de tramitação processual, uma vez envolver direito fundamental de idoso, nos termos do art. 71 da Lei nº 10.741/2003.
Dá-se a causa o valor de R$ ...
Nestes termos, pede deferimento.
Local/data
ADVOGADO/OAB
CASO CONCRETO 12
Com fundamento na recente Lei n. 1.234, do Estado Y, que exclui as entidades de direito privado da Administração Pública do dever de licitar, o banco X (empresa pública daquele Estado) realiza a contratação direta de uma empresa de informática - a Empresa W - para atualizar os sistemas do banco. O caso vem a público após a revelação de que a empresa contratada pertence ao filho do presidente do banco e nunca prestou tal serviço antes. Além disso, o valor pago (milhões de reais) estava muito acima do preço de mercado do serviço em outras empresas. José, cidadão local, ajuíza ação popular em face do Presidente do banco X e da empresa W perante o Juízo de 1ª instância da capital do Estado Y, em que pleiteia a declaração de invalidade do ato de contratação e o pagamento das perdas e danos, ao fundamento de violação ao art. 1º, parágrafo único da Lei n. 8.666/1993 (norma geral sobre licitação e contratos) e a diversos princípios constitucionais. A sentença, entretanto, julgou improcedente o pedido formulado na petição inicial, afirmando ser válida a lei estadual que autoriza a contratação direta, sem licitação, pelas entidades de direito privado da Administração Pública, analisada em face da lei federal, não considerando violados os princípios constitucionais invocados. José interpõe recurso de apelação, ao qual se negou provimento, por unanimidade, pelo mesmo fundamento levantado na sentença. Dez dias após a publicação da decisão que rejeitou os seus embargos declaratórios, José procura um advogado para assumir a causa e ajuizar a medida adequada. Na qualidade de advogado, elabore a peça cabível, observando todos os requisitos formais e a fundamentação pertinente ao tema.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Y.
PROCESSO Nº XXXXXXX
JOSÉ, qualificados nos autos, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 103, III, alínea a e d, da Constituição Federal, artigo 541 e seguintes do Código de Processo Civil e na Lei 8.038/1990, interpor 
RECURSO EXTRAODINÁRIO
 em face do respeitável acordão proferido nas fls.______, que negou provimento ao Recurso de Apelação interposto nos autos da ação em epígrafe, em face dos RECORRIDOS (qualificados nos autos).
Requer seja recebido e processado o presente recurso, intimando-se a parte contrária para que ofereça, dentro do prazo legal, as contrarrazões e, após, seja o recurso admitido e encaminhado com as inclusas razões ao Egrégio Supremo Tribunal Federal.
Por fim, requer a juntada das custas de preparo e porte de remessa e retorno.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogados
OAB/_______ Nº_____
RAZÕES DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO
PROCESSO nº_________________________________________
RECORRENTE: José
RECORRIDOS: Presidente do Banco X e responsáveis da empresa W.
JOSÉ, não se conformando com a decisão que manteveo respeitável acórdão de fls._____, vem, respeitosamente, apresentar as razões do presente recurso extraordinário.
I – BREVE RESUMO
Com fundamento na Lei 1.234 do estado Y, que excluiu as entidades de direito privado da Administração Pública do dever de licitar, o banco X (empresa pública daquele estado) realizou a contratação direta de uma empresa de informática – a Empresa W para atualizar os sistemas do banco.
O caso vem a público a revelação de que a empresa contratada pertence ao filho do presidente do banco e nunca prestou tal serviço antes. Além disso, o valor para (milhões de reais) estava muito acima do preço de mercado do serviço em outras empresas.
O Recorrente, cidadão local, ajuizou ação popular em face do Presidente do banco Xe da empresa W perante o Juízo de 1ª, instância da capital do estado Y, em que pleiteava a declaração de invalidade do ato de contratação e o pagamento das perdas e danos, ao fundamento de violação ao artigo 1º, parágrafo único, da Lei 8.66/1993 (norma geral sobre licitação e contratos) e a diversos princípios constitucionais.
A sentença, entretanto, julgou improcedente o pedido formulado na petição inicial, afirmando ser válida a lei estadual, analisada em face da lei federal, não considerando válidos os princípios constitucionais invocados.
O Recorrente interpôs recurso de apelação, ao qual se negou provimento, por unanimidade, pelo mesmo fundamento levantado na sentença. Além disso, foi interposto embargos declaratórios o prequestionamento da matéria Constitucional suscitada e não apreciada.
II – PRELIMINARMENTE – DA REPERCUSSÃO GERAL
Verifica-se que existe questão relevante do ponto do ponto de vista jurídico, uma vez que foi violada competência constitucional para legislar sobre licitação pelo Estado Y. Além disso, há prejuízo de milhões de reais do erário pela fraude descrita e à moralidade administrativa, sendo relevante do ponto de vista econômico, político

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