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● Porifera: Esponjas são um componente conspícuo e colorido de muitas paisagens marinhas. As esponjas fixas, frequentemente verticais, são para os recifes de coral, grutas marinhas e bóias o que estalagmites e estalactites são para as cavernas terrestres de rocha calcária, exceto que as cores das esponjas são tão vívidas e variadas quanto as flores. ● Apesar de sua semelhança superficial com as plantas, elas são na verdade animais. Porém, como as plantas, capturam e concentram recursos diluídos com sua grande área de superfície. Em vez de utilizar folhas e raízes para capturar luz, CO2 e água para a fotossíntese, as esponjas ampliaram suas superfícies para pegar as partículas orgânicas de alimento suspensas na água do mar. ● As esponjas evoluíram um corpo multicelular unicamente especializado na alimentação por filtração, a separação das partículas alimentares suspensas da água que passa por uma malha que lhe extrai o alimento. O corpo é único porque remodela-se continuamente para ajustar seu sistema de alimentação por filtração. ● Porifera = portadores de poro - sugere que o corpo da esponja é excepcionalmente poroso. A água entra pelos poros e corre ao longo do corpo em um sistema de canais flagelados. A comida e outros metabólitos são removidos do fluxo de água para uso pela esponja. ● Esponjas adultas são organismos sésseis e fixos, embora algumas sejam capazes de movimentos limitados do corpo ou de suas partes. ↪ Organismos Sésseis: organismo que está preso na base, fixado a um ponto, incapaz de se mover de um local, que cresce e se desenvolve sobre um substrato animado (ser vivo) ou inanimado (rochas, por exemplo). ● Variam de tamanho, de alguns milímetros até metros de altura. A simetria do corpo pode ser radial (esférica, cônica, cilíndrica), mas a assimetria predomina. ● Crescimento indeterminado. As formas de crescimento podem ser maciças (espessas), eretas, ramificadas ou incrustantes. ● Muitas espécies são de coloração viva, vermelho, roxo, verde, amarelo ou laranja, já algumas são marrons ou cinzas. A cor é resultado de pigmentos celulares ou de endossimbiontes. ● Estrutura: O corpo de filtração para a alimentação de uma esponja é constituída em torno de um dos três designs anatômicos: asconóide, siconóide ou leuconóide. 1 https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/filo-porifera-1.htm 1. Asconóide: cilindro oco preso ao substrato por sua base. A superfície do corpo está coberta por uma camada única de células planas chamadas pinacoderme (= pele de travessa). O interior é oco, o átrio ou espongiocele, é forrado por uma camada única de células flageladas com colarinho, chamadas coanoderme (= pele de colarinho). Muitos poros pequenos conhecidos como óstios, perfuram a parede do cilindro. Uma abertura maior, o ósculo, está localizado na extremidade superior do corpo. Todas as esponjas asconóides são pequenas e têm corpos cilíndricos ou tubulares, os quais tipicamente não excedem 1 mm em diâmetro. (figura A); a. A coanoderme flagelada cria um fluxo de água unidirecional que entra pelos óstios, passa pelo coanoderme em direção ao átrio e sai pelo ósculo, Esse sistema circulatório de coanoderme, poros e câmara é denominado sistema aquífero. 2. Siconóide: área de superfície maior e volume atrial reduzido, formando bolsas de imaginações alternantes com evaginações da parede de corpo. As evaginações da coanoderme são chamadas de câmara coanocíticas (ou canais radiais). As invaginações de pinacoderme são canais inalantes. Canais inalantes deságuam nas câmaras coanocíticas por numerosas aberturas pequenas conhecidas como prosopis (= portões da frente). Na superfície exterior da esponja, a água pode entrar diretamente nos canais inalantes ou primeiro atravessar um óstio estreito formado por um crescimento secundário de tecido. (figura C) a. Dessa forma, o fluxo de água no sistema aquífero siconóide geralmente segue a rota: óstios → canais inalantes → prosópilas → câmaras coanocíticas → átrio → ósculo. 3. Leuconóide: Alcançam os maiores tamanhos corpóreos. O sistema aquífero é uma complexa rede de vasos de água que penetram um corpo esponjoso sólido. Consiste em câmaras cenocíticas esféricas que se encontram na intersecção de canais inalantes e canais exalantes. Canais exalantes de diâmetro pequeno e, com frequência, ósculos múltiplos substituem o átrio relativamente volumoso e ósculo único de esponjas asconóides e siconóides. A água entra pelos óstios da superfície antes de fluir pelos canais inalantes. Dos canais inalantes, a água atravessa as prosópilas para as câmaras coanocíticas. A água sai de cada câmara coanocítica por uma apópila (=portões dos fundos), e, então, flui pelos canais exalantes, que ficam progressivamente maiores em diâmetro ao passo que se unem com outros canais exalantes. Os grandes canais exalantes esvaziam a água para o exterior por um ou mais ósculos. A maioria das esponjas marinhas de águas rasas e todas as esponjas de água doce possuem design leuconóide. 2 https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/filo-porifera-1.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/filo-porifera-1.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/filo-porifera-1.htm ● Parede do corpo: A parede do corpo em esponjas asconóide é fina, espessa na maioria da esponjas leuconóides, e intermediária em espessura nas espécies siconóides, mas uma distinção clara acontece entre as esponjas-de-vidro (Hexactinellida) e todas as outras (Demospongiae e Calcarea). Em demospôngias e calcárias (entre as quais estão a maioria das esponjas), a parede do corpo é celular, porém, a parede do corpo da esponja-de-vidro é um sincício. Um sincício é um citoplasma multinucleado grande ou extenso encerrado por uma membrana externa, mas que não é dividido em células pelas membranas internas. Esponja-de-vidro (Hexactinellida) na qual as espículas silicosas são fundidas para formar uma treliça. Callyspongia vaginalis, esponja leuconóide tropical (Demospongiae) com corpo tubular Esponja calcária pertencente à classe Calcarea e família Clathrinidae - esponja calcária asconóide ● Parede Celular: os corpos das demospôngias e calcárias (que juntas compõem os Cellularia) estão compostos por células organizadas em dois tipos de tecidos: 1. Tecido Epitelióide: assemelha-se a um epitélio, mas lhe faltam junções intercelulares e os hemidesmossomos do epitélio, e ele não está apoiado sobre uma lâmina basal. Os tecidos epitelióides das esponjas são a pinacoderme, que cobre a superfícies exterior do corpo (exopinacoderme) e forra os canais inalante e exalante (endopinacoderme), e a coanoderme flagelada. A camada de tecido entre a pinacoderme e a coanoderme é chamada de meso-hilo (= madeira mediana). 2. Tecido conjuntivo: Como um tecido conjuntivo, o meso-hilo é a única camada da parede de corpo da esponja que tipicamente não é banhada pela água do ambiente - é composto de uma matriz gelatinosa proteica que contém células não diferenciadas e diferenciadas. ● Parede sincicial: A parede de corpo da esponja-de-vidro não possui o pavimento foliáceo de pinacoderme que cobre o corpo e forra o sistema aquífero das esponjas 3 de Cellularia. Em vez disso, o tecido vivo em hexactinélidas é organizado em um teia tridimensional de fios, chamada sincício trabecular ou rede. As membranas que normalmente separam as células estão ausentes e o citoplasma é contínuo e ininterrupto ao longo do sincício. ● Esqueleto: O esqueleto é principalmente um endoesqueleto do meso-hilo, mas um exoesqueleto também pode ocorrer em determinadas regiões do corpo. De maneira mais comum, a matriz do meso-hilo é completada com espículas minerais, espongina, ou ambos. As espículas enrijecem o meso-hilo em graus variados, dependendo de sua densidade, arranjo e grau em que elas se fundem ou entrelaçam. Algumas esponjas não possuem espículas. ○ Espículas: elemento silicosos ou calcários - são separadas em duas classes de tamanho, megascleras (formam o vigamento do esqueleto principal) e microscleras (suportam o forro de pinacoderme do sistema de canaisou fortalece a parede do corpo). esqueleto da parede do corpo de Farrea sollassii (Hexactinellida). Megascleras e microcleras de Hexactinellida. Megasclera: 1 a 5, Microcleras: 6 a 9. Esqueleto da parede do corpo de Geodia (Demospongiae). Espículas silicosas (óxeas) coladas juntas às suas pontas com espongina para formar uma rede em Halicloma rosea. Fibras de espongina com espículas silicosas embebidas (óxeas), formando uma rede reforçada em Endectyon. 4 ● Locomoção: Embora as esponjas sejam basicamente animais sésseis, algumas espécies têm uma capacidade limitada de locomoção. Tanto em espécies de água doce (Ephydatia) como as marinhas (Chondrilla, Hymeniacidon, Tethya) podem mover-se sobre um substrato. O movimento é aparentemente o resultado dos movimentos amebóides coletivos da pinacoderme e outras células. Outros movimentos da esponja incluem a contração do corpo inteiro (Clathrina coriacea). ● Nutrição: As esponjas filtram as partículas de alimento das águas que flui pelos seus corpos. Os filtros de aprisionamento de alimento são os canais inalantes. O alimento e outras partículas são filtradas enquanto passam por diferentes partes do sistema. ● Reprodução: 1. Reprodução Clonal: assexuadamente - ocorre por fragmentação, brotamento e pela formação de propágulos de resistência, chamados de gêmulas. ↪ Micrópila: pequena abertura no ápice do óvulo, por onde penetra o tubo polínico, para realizar a fecundação. 2. Reprodução Sexuada: no momento apropriado, espermatozoides são gerados e liberados de uma esponja, transportados pela corrente d'água a outras, nas quais a fertilização acontece interiormente. ● Placozoa: Pequeno Filo de animais marinhos com apenas três espécies descritas em três gêneros diferentes. A primeira espécie a ser descrita, Trichoplax adhaerens, foi descoberta por acaso pelo zoólogo alemão Franz Eilhard Schulze, em 1883, na Austria. ● Trichoplax adhaerens: Possui corpo achatado, que alcança 2 a 3 mm em diâmetro, mas somente 25 μm em espessura, está incluso em uma camada de células com a espessura de uma única células, camada essa que se assemelha a um epitélio. ○ Alimenta-se de algas e outros materiais no substrato. Sugere seu alimento extracelular e extracorporeamente (fora de seu corpo). ○ O modo predominantemente de reprodução é o clonal por fragmentação. 5
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