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1 INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL TINTAS E VERNIZES Alvanir Muenda – 20200356 Aurora Pereira – 20200093 Cristiane Diamvutu – 20200269 Mawete Samuel – 20201277 Miguel Santos – 20200141 Pedro João – 20191567 Yutka da Cunha – 20200963 Luanda, 2023 2 RESUMO No presente trabalho abordou-se sobre as tintas e vernizes, os tipos de tintas e vernizes, os seus produtos, a sua aplicação, apresentar as vantagens e desvantagens das mesmas, os principais problemas no uso das mesmas. Também foi realizado um estudo sobre as principais empresas produtoras de tintas e vernizes. E por fim trouxemos soluções para os possíveis problemas dos mesmos nas construções. Palavras-chaves: tintas, vernizes, construção. 3 ABSTRACT In the present work, paints and varnishes, the types of paints and varnishes, their products, their application, their advantages and disadvantages, the main problems in their use were discussed. A study was also conducted on the main companies producing paints and varnishes. And finally, we brought solutions to the potential problems of the same ones in the constructions. Keywords: paints, varnishes, construction. 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO …................................................................................................ 5 1.1. Problema …..................................................................................................... 6 1.2. Hipóteses …..................................................................................................... 6 1.3. Objetivo Geral …............................................................................................. 6 1.4. Objetivo Específico …..................................................................................... 6 2. CAPÍTULO I – NOÇÕES GERAIS ….............................................................. 7 2.1. Definições Básicas e Composição …............................................................... 7 2.1.1. Tintas ..................................................................................................... 7 2.1.2. Vernizes ................................................................................................. 9 2.2. Processo De Fabrico ........................................................................................ 11 2.3. Características Fundamentais Das Tintas E Vernizes ..................................... 12 2.4. Tipos De Tintas e Vernizes ............................................................................. 13 2.5. Aplicação Na Construção Civil ....................................................................... 16 2.6. Principais Defeitos Das Pinturas E Soluções .................................................. 17 3. CAPÍTULO II – TINTAS E VERNIZES EM ANGOLA ..................................21 3.1. Empresas Produtoras ....................................................................................... 21 4. CONCLUSÃO …................................................................................................... 22 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 23 5 INTRODUÇÃO A indústria de recobrimentos superficiais é uma indústria antiga. A origem das tintas remonta nos tempos pré-históricos, quando os antigos habitantes da terra registravam suas atividades em figuras coloridas nas paredes das cavernas com tintas grosseiras, que eram provavelmente constituídas por florais ou argilas suspensas em água. . Os egípcios, desde muito cedo, desenvolveram a arte de pintar por volta de 1500 a. C. , dispunham de um grande número e ampla variedade de cores. Em 1000 a. C. , descobriram os antecessores dos vernizes atuais, usando resinas naturais ou cera de abelha como o ingrediente formador de película. Nos séculos mais recentes, devido ao grande avanço tecnológico ocorrido, houve o aprimoramento das técnicas de obtenção dos materiais de recobrimento superficial, uma vez que eram utilizados recursos naturais ou técnicas mais complexas para a obtenção destes. Os produtos das indústrias de materiais de recobrimento superficial são indispensáveis para a preservação de todos os tipos de estruturas arquitetónicas, inclusive fábricas. A madeira e o metal não recobertos são particularmente suscetíveis à deterioração, principalmente nas cidades onde a fuligem e o dióxido de enxofre aceleram a ação deteriorante. Além do efeito protetor, as tintas, os vernizes e as lacas tornam mais atraentes os artigos manufaturados e realçam o aspeto estético de um conjunto de casas e dos seus interiores. Com isso, conclui-se que utilidade e aspeto artístico caminham lado a lado. 6 PROBLEMA A problemática reside nos principais defeitos na aplicação de pinturas e vernizes na construção civil em Luanda. HIPÓTESE • Há uma má aplicação das tintas e vernizes nas construções? • Há uma má qualidade destes produtos? • OBJECTIVO GERAL • Apresentar as tintas e vernizes, a sua composição, principais áreas de utilização, com foco na construção civil, o porquê do uso das tintas nas edificações, qualidades que elas aportam as mesmas. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS • Identificar os diferentes tipos de tintas e vernizes, sua composição; • Conhecer a área e as formas de aplicação; • Conhecer as empresas produtoras; • Apresentar as vantagens e desvantagens das mesmas. 7 CAPÍTULO I – NOÇÕES GERAIS 2.1. DEFINIÇÕES BÁSICAS E COMPOSIÇÃO Quando falamos de revestimentos nos referimos a tintas, têmpera, vernizes, esmaltes, lacas, primers, incluindo revestimentos eletrolíticos, que escapam este campo. No presente trabalho nos focaremos nas tintas e vernizes. "Tinta" e "verniz" são nomes genéricos para camadas externas que secam por evaporação ou pela ação de um solvente. 2.1.1. TINTAS Tinta pode ser definida é um material que se apresenta na forma líquida e que, quando aplicado, com ou sem diluição, sobre uma superfície, deve resultar em filme sólido, contínuo, uniforme e aderente após a secagem/cura, sem pegajosidade ao toque e com as características ou aptidão para uso com que foi projetado. Ou seja, qualquer material de revestimento, de consistência líquida ou pastosa, pronto a cobrir, proteger e colorir uma superfície. Segundo o seu uso podem ser: Brilhantes ou foscos; Coloridas ou incolores; Bem como apresentar resistência a determinados tipos de agentes agressivos. Os componentes da pintura variam muito dependendo do tipo de acabamento requerido e as condições de aplicação e secagem. A tinta é um composto químico formado por uma dispersão de pigmentos numa solução ou emulsão de um ou mais polímeros, que, ao ser aplicado na forma de uma película fina sobre uma superfície, se transforma num revestimento sólido e aderente. A composição genérica de uma tinta é a seguinte, embora alguns tipos pode não conter todos os ingredientes: 1. Pigmentos (pó colorido): são partículas (pó) sólidas e insolúveis, que podem ser divididos em dois grandes grupos: ativos e inertes. Os pigmentos ativos conferem cor e poder de cobertura à tinta, enquanto os inertes (ou cargas) se encarregam de proporcionar lixabilidade, dureza, consistência e outras características. São substâncias sólidas, insolúveis, orgânicas ou inorgânicas, e que dão ao filme seco as propriedades de cor, cobertura, resistência aos agentes químicos e à corrosão. Em geral, devem seropacos, a fim de que tenham um bom poder de cobertura, e quimicamente inertes, a fim de que tenham estabilidade e uma vida longa. Devem ser atóxicos ou pelo menos ter uma toxidez muito baixa, serem molháveis pelos constituintes formadores de película. 8 Os pigmentos servem para aumentar o poder de cobertura, não oferecendo uma cor intensa à tinta. Para dar essa cor mais intensa é adicionado corante. Os pigmentos têm o poder de reduzir o brilho e os reflexos da tinta. A partir do emprego de pigmentos com tamanhos e formatos diversos e em maiores quantidades obtém-se diferentes níveis de brilho. Os químicos que produzem as tintas usam um índice chamado CVP (concentração do volume de pigmento) para indicar a taxa de pigmento em relação ao ligante na formulação de uma tinta. 2. Ligantes, resinas, polímeros ou veículo (em alguns casos): são produtos cuja missão é manter as partículas unidas sólidos, pigmentos e cargas, uma vez que a tinta esteja seca. • Os polímeros fornecem a tinta as propriedades que definem os diferentes tipos de produto de acordo com sua resistência química, dureza, elasticidade, adesão, viscosidade, secagem, etc. Poderia ser acrílico, vinil, poliéster, poliuretano, epóxi, etc. Também óleos vegetais e animais que no processo de secagem por oxidação formam um filme seco e uniforme. • As resinas são os formadores de películas que podem ser sintéticos ou naturais. A resina é o veículo responsável por fornecer brilho e pelas propriedades físicas, entre elas a impermeabilidade da tinta após a secagem. As resinas sintéticas são aquelas produzidas artificialmente, como por exemplo, as resinas alquídicas, acrílicas, poliéster, celulósicas, epóxi, PVA, poliacrílicos puros, copolímeros acrilo-estireno, vinil acrílico entre outras. As resinas naturais são aquelas encontradas na natureza, em geral em árvores coníferas. Temos como exemplo, o pinho de onde é extraída a resina de pinho, e a goma-laca extraída de ramos e galhos de algumas árvores, geralmente encontradas na Índia. • Os veículos que são também as resinas são a parte líquida das tintas, onde a pigmentação está dispersa. Temos alguns tipos de veículos listados a seguir: ➢ Veículo não-volátil - VNV: Este veículo é constituído pelas resinas que formam a sua parte sólida. É o responsável pela formação da película, aglutinando pigmentos e impermeabilizando superfícies. ➢ Veículo Conversível - VC: Este é o veículo onde a formação de película ocorre com transformações físico- químicas na estrutura. 9 ➢ Veículo Inconversível - VI: Este é o veículo onde a formação da película dá-se apenas pela evaporação de solventes, sem modificação estrutural. ➢ Veículo Volátil – VV: Este veículo é responsável pela solubilização e abaixamento de viscosidade dos VNV, pelo controle da velocidade de polimerização e facilitador da aplicação. 3. Cargas, extensores ou fillers: são, em geral, de natureza inorgânica, fornecem corpo, matéria sólida, e dão estrutura, viscosidade e reologia à tinta. Também fornecem espessura de camada, opacidade, propriedades anticorrosivas, etc. cargas são opacos quando secos, mas translúcidos quando molhados. As cargas aportam matéria sólida para a tinta, enquanto os extensores melhoram o desempenho do pigmentos de cobertura. Também é necessário indicar que dependendo da carga utilizada vai variar a viscosidade, reologia, brilho e outras características do produto final. 4. Solventes: são adicionados à tinta para torná-la mais fluida. Os solventes são utilizados em diversas fases de fabricação das tintas, ou seja, para facilitar o empastamento dos pigmentos, regular à viscosidade da pasta de moagem, facilitar a fluidez dos veículos e das tintas prontas na fase de enlatamento. Na obra empregam-se solventes para melhorar a aplicabilidade da tinta, alastramento, etc. Exemplos de solventes: nafta, alifáticos, água, aguarrás, álcoois, acetonas, xilol entre outros. Algumas tintas são classificadas de acordo com o solvente. - As tintas de látex, por exemplo, são diluídas com água e são chamadas tintas à base de água. - Tintas insolúveis em água ou a base de solvente requerem solventes orgânicos, como subprodutos de petróleo. Essas tintas são denominadas tintas à base de solvente. 5. Aditivos: são geralmente, produtos químicos sofisticados, com alto grau de eficiência, capazes de modificar, significativamente, as propriedades da tinta. Os aditivos mais comuns são os secantes, molhados, antiespumantes, plastificantes, dispersantes, engrossantes, bactericidas, e outros. 2.1.2. VERNIZES Um verniz é uma solução ou dispersão sem pigmento, de resinas sintéticas e/ou naturais em óleos ou em outros meios dispersores, usado como revestimento protetor e/ou 10 decorativo de diversas superfícies e que seca por evaporação, oxidação e polimerização de partes dos seus constituintes. Não tendo pigmentos, os vernizes são menos resistentes à luz que as tintas, os esmaltes e as lacas pigmentadas. Formam, entretanto, uma película transparente, que acentua a textura da superfície revestida. Os vernizes são frequentemente óleos-resinosos. Os vernizes a óleo são soluções de uma ou mais de uma resina natural ou sintética num óleo secativo e num solvente volátil. O óleo reduz a fragilidade natural da película de resina pura. Os vernizes a óleo são soluções de resinas, mas o solvente é inteiramente volátil e não forma película. Tinham antigamente, uma importância fundamental, mas foram substituídos, em grande parte, pelos vernizes à base alquídica ou de uretanas, em virtude da maior durabilidade, do menor amarelecimento e da facilidade de aplicação e da beleza dos novos produtos. Existem duas classes menores, os vernizes a álcool e o charão (laca japonesa). Os vernizes a álcool são soluções de resinas em solventes voláteis – metanol, etanol e hidrocarbonetos. Os vernizes a álcool são os que secam com maior rapidez, mas tendem a ser quebradiços, e com o tempo, podem descascar, a menos que se adicione plastificantes. A preparação destes produtos envolve a agitação vigorosa e, em alguns casos, o aquecimento, para ser atingia solubilização desejada. Um exemplo importante de verniz a álcool é a goma-laca, uma solução de goma-laca em metanol ou em álcool etílico. Os charões raramente são usados. São vernizes opacos, a que se adicionam asfalto ou um material semelhante, a fim de que se adquira cor e lustre. Resinas utilizadas nos vernizes A goma-laca é uma importante resina proveniente da fêmea de um inseto (Coccus lacca) que excreta um exsudato ao se alimentar em certas árvores da Índia. Esse exsudato recobre os ramos do vegetal e fornece a goma-laca em barras. Esta goma é coletada e purificada até a goma comercial. As resinas fenólicas são muito resistentes à água e a diversas substâncias químicas. Para que estes materiais sejam solúveis nos óleos e nos solventes de uso comum na indústria dos vernizes, é necessário modificá-los, o que pode ser feito, seja pela adição de materiais mais moles, como o éster de colofonia, seja pelo controle da reação mediante a escolha de um fenol parassubstituído, com o que a reação é suspensa antes de se formar no produto final infusível e insolúvel. As resinas alquídicas são formadas pela condensação de ácidos dicarboxílicos com álcoois poliídricos e modificadas com ácidos graxos, para melhorar a solubilidade. Como constituintes de vernizes ou de esmaltes, apresentam beleza e flexibilidade características, que têm acentuada permanência na exposição prolongada ao tempo. As propriedades das formulações alquídicas podem ser modificadas pelo uso de ácidos graxos ou de óleos secativos e não secativos, ou pelo uso do pentaeritritol com a glicerina, pelo uso de anidridos dibásicos entre outros, com todas as parcelas de anidrido ftálico, e pelamodificação com outras resinas (fenólicas e de pinho). Por isso, encontram aplicações 11 extremamente diversificadas em várias formulações de tintas. Em grande parte, substituíram os vernizes a óleo. O Verniz é um produto indicado para realçar e enobrecer as superfícies de diversos tipos de madeira. Sua variedade de cores e de acabamentos (fosco ou brilhante) permite combinações com diversos estilos de decoração, proporcionando ambientes diferenciados. O Verniz é um “acabamento de poro fechado” formador de filme, que cria uma película de proteção espessa e esconde os veios da madeira sob uma camada encorpada do produto. Um verniz de boa qualidade deve ter estas características: ➢ Boa elasticidade de filme; ➢ Boa transparência; ➢ Filtro solar; ➢ Aspeto Acetinado ou brilhante; ➢ Facilidade de aplicação. Tintas Vs Verniz Tinta – material cuja finalidade é revestir uma dada superfície ou substrato para conferir beleza e proteção. Resina + Pigmentos = Tinta Verniz – consiste na tinta sem pigmentos. Resina Diluída = Verniz Por ter pigmentos a tinta cobre o substrato, enquanto o verniz deixa transparente. 2.2. PROCESSO DE FABRICO O processo de fabrico das tintas de base solvente e de base aquosa é idêntico, apenas diferindo no facto de nas tintas de emulsão a mistura e a dispersão podem ser feitas em simultâneo enquanto nas tintas de base solvente correspondem sempre a duas operações independentes. Assim, os seis passos básicos que envolvem a produção de tintas e vernizes são: 1. Pesagem e doseamento das matérias-primas de acordo com a composição a produzir. Esta operação pode ser feita manual ou automaticamente; 2. Mistura das resinas, diluentes, aditivos e, posteriormente, pigmentos. Neste processo os vários constituintes transformam-se numa pasta; 3. Dispersão é o processo de separação dos aglomerados de partículas de pigmentos e de cargas, formados durante a mistura das partículas com o veículo (solvente orgânico ou água), em partículas primárias. Embora alguns pigmentos e cargas se dispersem facilmente em agitadores de alta velocidade, outros há que requerem a incorporação de aditivos. 4. Diluição e afinação da cor; 12 5. Filtração. Normalmente no produto existem partículas gelatinosas (peles) ou outras partículas indesejadas que são removidas através de crivagem ou centrifugação; 6. Enchimento, rotulagem, armazenagem e expedição. 2.3. CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DAS TINTAS E VERNIZES Existe uma série de características, que são desejáveis em uma tinta, e que podem variar de acordo com a finalidade do produto, mas sua qualidade é dada pela análise de oito itens: estabilidade, cobertura, rendimento, aplicabilidade, nivelamento, secagem, lavabilidade e durabilidade. ✓ Estabilidade: diz que a propriedade do produto deve se manter inalterado durante o seu prazo de validade, não apresentando sedimentação, coagulação, empedramento, separação de pigmentos, sinéreses ou formação de nata, tal que não possa tornar-se homogênea através de simples agitação manual. ✓ Cobertura: é a propriedade da tinta que, ao revestir o substrato no qual foi aplicada, proporciona ocultar a cor da superfície em que foi aplicada e pode ser verificada tanto no filme húmido quanto no filme seco. Alertamos que a diluição interfere diretamente na cobertura, razão pela qual deve ser feita exatamente como indicada (o item cobertura não se aplica aos vernizes). ✓ Rendimento: refere-se ao volume necessário para pintar uma determinada área. ✓ Aplicabilidade: corresponde à facilidade de aplicação. A tinta tem de se espalhar facilmente, de maneira que o rolo ou a trincha deslizem suavemente sobre a superfície. As marcas desses instrumentos devem desaparecer logo após a aplicação da tinta, resultando em uma película uniforme. ✓ Nivelamento: é a propriedade que a tinta possui de formar uma película uniforme sem deixar marcas de aplicação. ✓ Secagem: processo pelo qual uma tinta líquida se converte em película sólida. A uma tinta não deve secar tão rápido, nem tão lento que não permita demãos posteriores num tempo conveniente. ✓ Lavabilidade: é a capacidade da tinta de resistir à ciclos de lavagem ou à limpeza com produtos de uso domésticos, tais como detergentes, água sanitária e outros e resistir à abrasão provocada por uma escova, esponja ou outros meios sem afetar a integridade da película e sem se degradar. ✓ Durabilidade: significa a resistência que a tinta deve ter sob a ação das intempéries (sol, chuva, maresia, etc.). A durabilidade de uma tinta também depende diretamente do tipo, da quantidade de resinas e pigmentos utilizados em sua formulação. É importante ressaltar que tais características variam de acordo com o produto. 13 2.4. TIPOS DE TINTAS E VERNIZES Tipos de tintas na construção civil 1. Tinta de fundo (primer ou selador): substância líquida, constituída por resinas, solventes (ou água), pigmentos e aditivos, aplicado inicialmente (primeira demão) sobre um substrato. Tem a função de preparar a base para receber a massa e ou a tinta de acabamento, diminuir e uniformizar a absorção, isolar quimicamente a tinta do substrato, melhorar a aderência, diminuir o consumo da tinta de acabamento, proteger quimicamente contra corrosão dos metais. 2. Tintas látex acrílicas: tinta à base de água, com consistência de massa, é de fácil aplicação e secagem rápida. É indicada para exteriores e acabamentos de alta qualidade. Possui excelente lavabilidade e cobertura. É indicada para reboco, fibrocimento, gesso, superfícies com massa corrida e repintura de superfícies pintadas com látex. Também pode ser usada em madeiras e metais previamente preparados. Com este tipo de tinta pode-se produzir texturas que são obtidas através de instrumentos específicos como rolos, vassouras, espátulas e outros, para cada tipo de acabamento especificado pelo profissional especializado, que são a ranhura, o vassourado, etc. Mais cara que o látex. 3. Tintas látex PVA (acetato de polivinila ou vinílicas): Apresentam a mesma propriedade que as tintas acrílicas, mas o solvente é água, e com isso gera economia, segurança e não polui alem de facilitar a aplicação. E recomendada para paredes novas, ela apresente uma boa resistência a alcalinidade e a umidade. 4. Acrílica PVA: essa tinta é levemente superior, pois possui uma baixa permeabilidade quando aplicada, sua solubilidade em água é inferior, sua resistência aos álcalis é superior, sua durabilidade perante aos raios UV é bem positiva, porem, seu preço é alto. 5. Superlaváveis: têm acabamento acetinado e oferecem grande resistência à limpeza, ideal para ambientes com intenso tráfego de pessoas ou locais onde há crianças. Podem ser usadas tanto em ambientes internos como externos. 6. Inodoras: são produtos que, em sua maioria, perdem o odor em até três horas após sua aplicação. Estão disponíveis em acabamento fosco e acetinado e podem ser utilizados na pintura de ambientes internos e externos. 7. Em ambientes externos (fachadas) - em que existe a necessidade de maior resistência, em função do intemperismo, devem ser usadas as tintas 14 classificadas como Standard e Premium. Existem ainda tintas para aplicações específicas, como para utilização em banheiros ou em imóveis no litoral, que têm características apropriadas para esses ambientes. 8. Para as madeiras (portas, janelas etc.): É sempre recomendado o uso de vernizes, stains, esmaltes ou tintas a óleo, que evitam rachaduras e trincas e as protegem de envelhecimento precoce, desbotamento e deterioração, repelindo a água e combatendo a formação de fungos, além de manter o ambiente agradável. Madeiras em áreas externas, expostas à ação do sol, chuva e maresia, devem receber atenção especial, com vernizes com filtro solar e esmaltes Premium. 9. Parametais: Os produtos indicados são os esmaltes e a tinta a óleo, tanto para o interior quanto para o exterior dos imóveis. 10. Tintas epóxi: São uma boa opção para a utilização em pisos, especialmente em locais de grande circulação, por apresentarem excelentes propriedades físicas, mecânicas e químicas (ou seja, têm excelente resistência à abrasão, aderência, dureza, resistência a água, agentes químicos etc.). São indicadas para áreas internas, pois a ação dos raios solares é danosa a essas tintas. Aplicada em ambientes quimicamente agressivos como o revestimento de um banheiro e balcões. Não são indicadas para ambientes externos por não ter resistência aos raios solares. 11. Esmalte sintético (Alquídica): tinta à base de solventes para superfícies internas e externas de madeiras e metais. Proporciona ótimo acabamento e resistência a intempéries. Boa distribuição e ótima resistência também ao mofo. Aplicada em superfícies externas e internas de madeira, metais, alumínio e alvenaria. Seu acabamento dá a sensação de uma película formada sobre a superfície, por isso, não é muito adequada para uso direto sobre a parede, pois dependendo da aplicação podem surgir bolhas ou descascamento. 12. A base de Poliuretano: a tinta a base de poliuretano possui uma boa resistência a maresia, a água, a corrosão e a abrasão. As tintas de poliuretano são recomendadas para revestimentos em ambientes agressivos de indústrias químicas, papel, celulose, petroquímica, açúcar e álcool, em pisos comerciais de muito trânsito, laboratórios, hospitais, garagens, depósitos, estruturas metálicas. Para pinturas externas em tanques de derivados de petróleo, equipamentos industriais. Indicadas para aplicação no segmento marítimo, em tabuleiros de pontes e viadutos. 13. Borracha Clorada: a tinta de borracha clorada é usada para revestimento de piscinas, saunas, banheiros, interior de reservatórios d’água, tanques, e todos os locais onde haja umidade. O cloro presente age como bactericida evitando a proliferação de fungos, algas e bactérias. Suas principais aplicações são em ambientes marítimos e sistemas imersos, tais como: casco externo de 15 embarcações; estruturas de aço e concreto submerso em água do mar e piso de conveses com antiderrapantes. 14. Solução de Silicone (Siloxano): as tintas de silicone são indicadas para substratos sujeitos a temperaturas superiores a 180 ºC. Em pintura de chaminés, caldeiras, tubulações quentes ou outras superfícies que trabalhem com temperaturas entre 180 e 550 ºC. São recomendadas também para superfícies de tijolo aparente, cerâmica, pastilhas não vitrificadas, concreto aparente, telhas e pedras, pois evita a infiltração de água. Pode ser usada em repinturas sobre qualquer tipo de tinta. Tipos de Vernizes: Hoje, pelo fato do verniz ser usado em diversos lugares, existem alguns tipos de verniz, como: 1. Verniz para madeira que talvez seja o mais conhecido, usado para amaciar e alisar a madeira, proporcionando um fino acabamento. 2. Verniz poliuretano, também à base de resinas alquídicas, aditivos e solventes indicados para madeiras internas e externas, é um verniz super resistente e durável. 3. Verniz para concreto, é usado para dar acabamento no concreto, deixando o mesmo aparente ou com cor. 4. Verniz acrílico, muitas vezes queremos envernizar uma peça de artesanato e ficamos na dúvida de qual verniz usar. Podemos usar verniz acrílico a base de água ou verniz a base de solvente. 5. Verniz tingidor é um verniz utilizado para dar cor a madeira, ou melhor dizendo; podemos pegar uma madeira clara e tingir com verniz escuro. 6. Verniz para deck de piscina, tem de ser usado um verniz de alta durabilidade e resistência, pois o mesmo pegará chuva e sol 365 dias por ano. 7. Verniz filtro solar: à base de resinas alquídicas, aditivos e solventes, indicado para pintura de superfícies internas e externas de madeira; 8. Verniz copal: também à base de resinas alquídicas, aditivos e solventes, indicado para interiores; 9. Selador para madeiras: à base de resina nitrocelulose, aditivos e solventes, para preparação das madeiras internas. Tempo de cura das tintas TIPO DE BASE TIPO DE TINTA INTERVALO MÍNIMO Concreto, Alvenaria, Argamassas PVA ou Acrílica 30 Dias Cimento ou Cal 1 Semana Esmaltes ou Vernizes 60 Dias Epóxi ou Borracha Clorada Base Seca (Avaliar) Argamassas de Cal PVA ou Acrílica 60 Dias Madeira Esmaltes ou Vernizes Base Seca (Avaliar) 16 2.5. APLICAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL Usamos a tinta para produzir arte, para pintar frascos utilizados para perfumes, maquiagens, entre outros. Na indústria usamos para pintar estruturas metálicas, produção de automóveis, aviões, equipamentos, tubulações, produtos eletroeletrônicos, como proteção anticorrosiva etc. Na construção civil usamos para pintar madeira, em superfícies interiores e exteriores expostas às condições meteorológicas e a tinta ajuda a evitar a absorção da água, sujeiras, o desenvolvimento de mofo entre outros. A proteção da base: No caso de corrosão metálica, esse tipo de tinta é usado para proteger as estruturas da corrosão de agentes químicos ou atmosféricos, prolongado a durabilidade do material e minimizando os prejuízos e custo. Esse tipo de tinta é chamada de anticorrosiva e é usada em estruturas metálicas como maquinários, portões. Proteção do interior de Edificações: Esse tipo de tinta tende a proteger a estrutura de determinas condições térmicas, ela é usada como um isolando fazendo com que o frio ou o calor não atinja a região oposta da aplicação. É bastante utilizado na impermeabilização de lajes, galpões, depósitos, granjas, etc. Higiene: Utilizadas em lugares que precisam estar a todo o momento limpo, esse tipo de tinta tem sua estrutura mais fixa fazendo com que não haja a fixação de sujeiras e com isso bactérias, e utilizada em hospitais, frigoríficos e etc. É comum ver a aplicação de vernizes em objetos de madeira, trazendo brilho para a superfície, durabilidade e uma alteração de cor típica desse tipo de material. No mercado é possível encontrar vernizes foscos, que não dão brilhos para os objetos; vernizes brilhantes, que criam uma película de alto brilho no material que está sendo aplicado; e o acetinado, que apresenta um meio termo, dando um brilho discreto na superfície. Alvenaria e madeira - Por que pintar ? Sobre Alvenaria: As tintas evitam o esfarelamento do material e a absorção da água da chuva e de sujeira, impedem o desenvolvimento de mofo, distribuem luz e têm grande participação na decoração de ambientes ao acrescentar cor, textura e brilho. Sobre madeira: Além de contribuir para o efeito decorativo, a pintura é a solução para o problema de absorção de água e humidade, que geram rachaduras e o apodrecimento do material. Metal e PVC – Por que pintar? Sobre o metal não ferroso: Recomenda-se o emprego da pintura para prolongar a vida dos sistemas de galvanização do alumínio. Sobre o metal ferroso: A tinta é a solução mais económica que conhece até hoje para combater a corrosão. 17 Sobre o PVC: Neste tipo de superfície a pintura não tem finalidade específica de proteção, mas sim de decoração ou sinalização de gases ou líquidos específicos, visando oferecer maior segurança aos laboratórios, prédios, empresas, etc. Pintura Usuais – Cuidados a ter Pintura sobre Reboco: Este deve estar completamente curado, o que demora cerca de 28 dias. Caso contrário, a tinta poderá descascar, porque a impermeabilidade de tinta dificultará a saída da humidade e as trocas gasosas necessárias a carbonatação (cura) do reboco, sem a qual este tende a esfarelar-se sob a película da tinta, causando descascamento. Rebocos fracos, com pouco cimento, apresentam superfícies pouco coesas. Dependendo das condições da parede e da qualidade dos materiais, mais demãosnecessárias. Pintura sobre madeiras: Na primeira pintura, deve-se lixar e eliminar farpas. Em seguida uma demão de branco fosco e posterior acabamento com esmalte sintético. Para acabamento em verniz utiliza-se inicialmente o selador para madeira, seguido de 2 ou mais demãos do verniz. Para nivelar as superfícies, utiliza-se massa à óleo antes do esmalte, em pelo menos, 2 demãos, lixadas, acabamento que se recebe o nome de laqueação. Pintura sobre o Ferro: Superfícies novas, sem indícios de ferrugem, devem receber uma demão de fundo óxido de ferro, seguida das demãos de acabamento em esmalte. Se já houver ferrugem, removê-la com lixa ou escova de aço, aplicar uma ou duas mãos de zarcão ou cromato de zinco antes da pintura final. Se desejar-se nivelar a superfície ,usa- se massa plástica, lixada. Também para eliminar ferrugem, pode-se fazer uso do PCF ( Produto Convertedor de Ferrugens), seguido da pintura. 2.6. PRINCIPAIS DEFEITOS DA PINTURA E SUAS SOLUÇÕES ➢ Descascamento - é quando a tinta começa a se soltar da superfície, em geral ocorre por falta de aderência em superfícies que receberam pintura sobre partes soltas, reboco não curado, superfícies com brilho ou com infiltração de humidade. Causa 1: A aderência da tinta sobre a superfície pulverulenta não é boa, ocasionando o descascamento. Solução 1: Raspar ou escovar a superfície até a remoção total das partes soltas ou mal aderidas; Aplicar uma ou duas demãos de Fundo Preparador de Paredes, Repintar. Causa 2: A superfície, como madeira ou metal, apresenta um acabamento liso ou com brilho, prejudicando assim a aderência. Solução 2: Raspar, lixar até remoção completa do brilho e das partes soltas. Certificar-se de que a superfície está porosa; Remover o pó; Repintar. 18 Causa 3: A superfície apresentou infiltração de humidade, originando o descascamento. Solução 3: Encontrar a origem da umidade e proceder com a solução. Repintar. ➢ Eflorescência: É caracterizada pelo aparecimento de manchas esbranquiçadas na superfície pintada. Obs: Dependendo da cor, a mancha pode apresentar outra coloração. Causa: Acontece quando a tinta foi aplicada sobre reboco húmido ou devido à infiltração. Isso ocorre devido à migração de umidade do interior para o exterior, carregando consigo sais solúveis. Enquanto a umidade ou os sais solúveis não tiverem sido totalmente eliminados, a situação persistirá. Solução: Eliminar eventuais infiltrações; Aguardar a secagem da superfície; Raspar a superfície afetada; Aplicar uma demão. ➢ Manchas de pingo de chuvas: São manchas que aparecem na superfície recém pintada, devido a pingos de chuva ou água em pontos isolados. Também podem ocorrer em superfícies recém pintadas expostas a baixa temperatura. É mais comum ocorrer em cores intensas e acabamento fosco. ➢ Bolhas: São pontos na pintura que se levantam em formato de bolhas. Podem ser muito pequenos (micro) ou maiores. Normalmente, aparecem em pontos isolados e tem sua causa bem evidente. Causa 1: Podem ocorrer quando for aplicada massa corrida PVA em exteriores, pois o produto é indicado apenas para superfícies internas. Solução 1: Remover, por meio de raspagem, toda a massa corrida PVA. Aplicar Fundo Preparador de Paredes. Aplicar Massa Acrílica. Causa 2: Ocorre quando o pó não foi eliminado após lixamento da massa PVA ou quando a tinta não foi devidamente diluída. Solução 2: Lixar e raspar as partes soltas; Eliminar o pó; Diluir a tinta na proporção indicada na embalagem e repintar. Causa 3: A parede apresentou infiltração e/ou umidade que ocorrem em rodapés, parede de divisa, muros encostados em barrancos, etc. Solução 3: Encontrar a origem da umidade e proceder com a solução. Repintar. ➢ Mofo, bolor e fungos: São manchas que aparecem na superfícies, devido à proliferação de micro organismos que se desenvolvem em condições ambientais e superficiais favoráveis. São diferentes das algas, pois não necessitam de luz para sobreviver. Causa: Mofo, bolor e fungos constituem- se num grupo de seres vivos vegetais, que se proliferam em condições favoráveis, principalmente em climas quentes e húmidos, mal ventilados ou mal iluminados, produzindo o escurecimento da película da tinta e decompondo-a. Solução: Lavar a superfície com uma solução de água sanitária na proporção de 1:1, molhando constantemente a superfície com 19 a solução durante um período de 6 horas. Enxaguar a superfície com água em abundância. Deixar secar. Repintura. ➢ Enrugamento: Normalmente, ocorre após a aplicação de esmalte ou verniz de base alquídica. Certos pontos da pintura ficam com aspeto enrugado. Em alguns casos, a secagem desses pontos é retardada e existe uma perda de brilho. Causa: Ocorre quando são aplicadas demãos de tinta espessa, aplicação sobre a superfície ou em ambientes com temperatura excessivamente quente ou diluição de esmalte ou verniz de base alquídica com thinner ou solvente não recomendado pelo fabricante. Outra razão pode ser não respeitar o intervalo entre as demãos. Solução: Remover toda a tinta com auxílio de removedor ; Limpar bem a superfície com pano embebido em aguarrás, certificar-se da total remoção do removedor da superfície. Aplicar o sistema de pintura seguindo todas as recomendações do fabricante, inclusive utilizando o solvente recomendado e respeitando o intervalo entre demãos. ➢ Escorrimento: Escorrimento da tinta logo após ser aplicada. Causa: Diluição excessiva e utilização de solventes não especificados, aplicação de uma camada muito espessa ou sob condições de frio ou humidade. Solução: Se a tinta estiver húmida, passe o rolo novamente sobre o local, a fim de uniformizar a superfície. Se já estiver seca, lixe a superfície e aplique uma nova demão de tinta, respeitando a diluição e retirando o excesso de tinta do rolo. ➢ Baixa lavabilidade: É quando durante o processo de limpeza da superfície, a tinta se desgasta com muito facilidade. Causa 1: Devido à diluição - Se a diluição utilizada no produto for além da especificada na embalagem, a película formada pela tinta se torna frágil. Solução 1: Diluir conforme indicado na embalagem. Causa 2: Número insuficiente de demãos ou curto intervalo entre demãos : Se o número de demãos não for suficiente ou se o intervalo entre elas for muito curto, a película torna-se fraca, saindo com facilidade na limpeza. Solução 2: Aplicação de uma demão geral, respeitando o intervalo e diluição indicados na embalagem ➢ Diferença de tonalidade: É quando uma mesma cor apresenta tonalidades diferentes durante a aplicação do produto na superfície. Causa: Devido à absorção : Parede com absorção diferente pode causar diferença de tonalidade e manchas. Solução: Aplicação de nova demão geral até uniformizar a absorção e tonalidade. ➢ Baixa Cobertura: É quando se aplica várias demãos de tinta e a pintura anterior ou fundo ainda pode ser visto, dando um aspecto manchado. Causa 1: Excesso de diluição. Uma das causas mais comuns é a diluição excessiva, ou seja, quando se adiciona uma quantidade de diluente bem maior que a recomendada pelo fabricante. 20 Solução 1: Não diluir em excesso; Sempre respeitar as informações e aplicar o produto de acordo com as instruções contidas nas embalagens. Causa 2: Devido ao Tipo de Superfície: Superfícies muito absorventes (reboco novo, massa corrida, gesso). Solução 2: Se o produto já foi aplicado, serão necessárias mais demãos, se ainda não foi aplicado, aplicar previamente o fundo para a superfície, conforme indicado na embalagem. ➢ Desagregamento: É o esfarelamento que ocorre quando a tinta foi aplicada sobre reboco não totalmente curado. ➢ Saponificação: São manchas com aspeto pegajoso podendo até ocorrer óleo. Causada pela alcalinidade natural da cal e do cimento do reboco que, na presença da humidade reagecom acidez característica de alguns tipos de resina. ➢ Fissuras: Normalmente ocorre pelo tempo insuficiente de hidratação da cal antes da aplicação do reboco ou camada muito grossa do reboco ou ainda, excesso de cimento na mistura, com a consequente retração. ➢ Defeitos em Pintura sobre Madeira: Ocorrem pelo retardamento da secagem ou sua desuniformidade, em vista da combinação das resinas da tinta com as da madeira. 21 CAPÍTULO II – TINTAS E VERNIZES EM ANGOLA 3.1. EMPRESAS PRODUTORAS CIN ANGOLA É uma empresa angolana criada pela CIN em 1970 com sede em Benguela onde se situa a fábrica e um centro de distribuição. Dispõe ainda de escritórios e de um centro de distribuição em Luanda. Atua nos segmentos de mercado Construção Civil, Proteção Anticorrosiva e Indústria. No mercado angolano, a Tintas CIN está focada na pintura em construção civil, acabamentos industriais e proteção anticorrosiva. A empresa encontra-se implantada em Angola desde 1971, com uma unidade fabril localizada no centro litoral do país, propriamente na província de Benguela, onde ocupa uma área de 11.000 metros quadrados. A opção por Benguela opção explicasse pela sua centralidade em relação aos maiores centros populacionais: Luanda, Huambo e Huíla. Com produção de 15.000 toneladas por ano, capacidade que pretende duplicar, a fábrica está equipada com as máquinas e aparelhos necessários à produção e controlo de qualidade de uma grande variedade de produtos para a pintura, proteção e decoração nas várias áreas. Todas as lojas possuem máquinas tinto métricas (afinação de cores) que trabalham não somente com tintas e esmaltes para construção civil como também trabalham com produtos especiais para a indústria, anticorrosivos e revestimentos para pavimentos em betão. TOPTECH As TINTAS TOPTECH Lda. são uma empresa 100% angolana, na área da indústria Química, que se dedica à produção e comercialização de Tintas Vernizes e diluentes destinados aos mercados da decoração, Indústria Metalomecânica/Metalomecânica pesada e indústria da Carpintaria. Opera no mercado angolano há mais de 20 anos. BARBOT ANGOLA A Barbot Angola dedica-se à produção de tintas e vernizes para a Construção Civil e Indústria, atuando sobretudo no mercado angolano. A Barbot entrou no mercado angolano com a abertura em 2008 de uma nova unidade de produção. A marca conquistou assim um novo destino no seu mapa de internacionalizações e uma nova unidade fabril, desta vez localizada em Luanda, que tem hoje uma área de cerca de 1.800m² e uma capacidade de produção de 12.000 toneladas/ano. 22 CONCLUSÃO Os produtos das indústrias de materiais de recobrimento superficial são indispensáveis para a preservação de todos os tipos de estruturas arquitetónicas, inclusive fábricas. A madeira e o metal não recobertos são particularmente suscetíveis à deterioração, principalmente nas cidades onde a fuligem e o dióxido de enxofre aceleram a ação deteriorante. Além do efeito protetor, as tintas, os vernizes tornam mais atraentes os artigos manufaturados e realçam o aspecto estético de um conjunto de casas e dos seus interiores. Com isso, conclui-se que utilidade e aspecto artístico caminham lado a lado. 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://www.zemoleza.com.br/trabalho-academico/outras/colegial/tintas-e-vernizes/ https://oa.upm.es/39501/1/Pinturas_barnices_y_afines_2020.pdf https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/quimica/industria-tintas-vernizes.htm https://www.skil.es/instrucciones-paso-a-paso/diferentes-tipos-de-pintura-y-barniz.html https://pt.slideshare.net/EloNeto/tintas-e-vernizes-79325754 https://slideplayer.com.br/slide/14281547/ https://slideplayer.com.br/slide/17999061/ https://tintasepintura.pt/o-que-e-uma-tinta/ https://www.linkedin.com/pulse/o-que-%C3%A9-tinta-danilo-pereira- paula/?trk=articles_directory&originalSubdomain=pt https://www.zemoleza.com.br/trabalho-academico/outras/colegial/tintas-e-vernizes/ https://oa.upm.es/39501/1/Pinturas_barnices_y_afines_2020.pdf https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/quimica/industria-tintas-vernizes.htm https://www.skil.es/instrucciones-paso-a-paso/diferentes-tipos-de-pintura-y-barniz.html https://pt.slideshare.net/EloNeto/tintas-e-vernizes-79325754 https://slideplayer.com.br/slide/14281547/ https://slideplayer.com.br/slide/17999061/ https://tintasepintura.pt/o-que-e-uma-tinta/ https://www.linkedin.com/pulse/o-que-%C3%A9-tinta-danilo-pereira-paula/?trk=articles_directory&originalSubdomain=pt https://www.linkedin.com/pulse/o-que-%C3%A9-tinta-danilo-pereira-paula/?trk=articles_directory&originalSubdomain=pt
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