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Tintas e Vernizes (conteudo)

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1 
 
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIAS 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TINTAS E VERNIZES 
 
 
 
Alvanir Muenda – 20200356 
Aurora Pereira – 20200093 
Cristiane Diamvutu – 20200269 
Mawete Samuel – 20201277 
Miguel Santos – 20200141 
Pedro João – 20191567 
Yutka da Cunha – 20200963 
 
 
 
 
Luanda, 2023 
 
 2 
RESUMO 
 
No presente trabalho abordou-se sobre as tintas e vernizes, os tipos de tintas e vernizes, 
os seus produtos, a sua aplicação, apresentar as vantagens e desvantagens das mesmas, os 
principais problemas no uso das mesmas. 
Também foi realizado um estudo sobre as principais empresas produtoras de tintas e 
vernizes. E por fim trouxemos soluções para os possíveis problemas dos mesmos nas 
construções. 
Palavras-chaves: tintas, vernizes, construção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
ABSTRACT 
 
In the present work, paints and varnishes, the types of paints and varnishes, their products, 
their application, their advantages and disadvantages, the main problems in their use were 
discussed. 
A study was also conducted on the main companies producing paints and varnishes. And 
finally, we brought solutions to the potential problems of the same ones in the 
constructions. 
Keywords: paints, varnishes, construction. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO …................................................................................................ 5 
1.1. Problema …..................................................................................................... 6 
1.2. Hipóteses …..................................................................................................... 6 
1.3. Objetivo Geral …............................................................................................. 6 
1.4. Objetivo Específico …..................................................................................... 6 
2. CAPÍTULO I – NOÇÕES GERAIS ….............................................................. 7 
2.1. Definições Básicas e Composição …............................................................... 7 
2.1.1. Tintas ..................................................................................................... 7 
2.1.2. Vernizes ................................................................................................. 9 
2.2. Processo De Fabrico ........................................................................................ 11 
2.3. Características Fundamentais Das Tintas E Vernizes ..................................... 12 
2.4. Tipos De Tintas e Vernizes ............................................................................. 13 
2.5. Aplicação Na Construção Civil ....................................................................... 16 
2.6. Principais Defeitos Das Pinturas E Soluções .................................................. 17 
3. CAPÍTULO II – TINTAS E VERNIZES EM ANGOLA ..................................21 
3.1. Empresas Produtoras ....................................................................................... 21 
4. CONCLUSÃO …................................................................................................... 22 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
INTRODUÇÃO 
 
A indústria de recobrimentos superficiais é uma indústria antiga. A origem das tintas 
remonta nos tempos pré-históricos, quando os antigos habitantes da terra registravam suas 
atividades em figuras coloridas nas paredes das cavernas com tintas grosseiras, que eram 
provavelmente constituídas por florais ou argilas suspensas em água. . Os egípcios, desde 
muito cedo, desenvolveram a arte de pintar por volta de 1500 a. C. , dispunham de um 
grande número e ampla variedade de cores. Em 1000 a. C. , descobriram os antecessores 
dos vernizes atuais, usando resinas naturais ou cera de abelha como o ingrediente 
formador de película. 
Nos séculos mais recentes, devido ao grande avanço tecnológico ocorrido, houve o 
aprimoramento das técnicas de obtenção dos materiais de recobrimento superficial, uma 
vez que eram utilizados recursos naturais ou técnicas mais complexas para a obtenção 
destes. 
Os produtos das indústrias de materiais de recobrimento superficial são indispensáveis 
para a preservação de todos os tipos de estruturas arquitetónicas, inclusive fábricas. A 
madeira e o metal não recobertos são particularmente suscetíveis à deterioração, 
principalmente nas cidades onde a fuligem e o dióxido de enxofre aceleram a ação 
deteriorante. Além do efeito protetor, as tintas, os vernizes e as lacas tornam mais 
atraentes os artigos manufaturados e realçam o aspeto estético de um conjunto de casas e 
dos seus interiores. Com isso, conclui-se que utilidade e aspeto artístico caminham lado 
a lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
PROBLEMA 
A problemática reside nos principais defeitos na aplicação de pinturas e vernizes na 
construção civil em Luanda. 
 
HIPÓTESE 
• Há uma má aplicação das tintas e vernizes nas construções? 
• Há uma má qualidade destes produtos? 
• 
 
OBJECTIVO GERAL 
• Apresentar as tintas e vernizes, a sua composição, principais áreas de utilização, 
com foco na construção civil, o porquê do uso das tintas nas edificações, 
qualidades que elas aportam as mesmas. 
 
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS 
• Identificar os diferentes tipos de tintas e vernizes, sua composição; 
• Conhecer a área e as formas de aplicação; 
• Conhecer as empresas produtoras; 
• Apresentar as vantagens e desvantagens das mesmas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
CAPÍTULO I – NOÇÕES GERAIS 
 
2.1. DEFINIÇÕES BÁSICAS E COMPOSIÇÃO 
 
Quando falamos de revestimentos nos referimos a tintas, têmpera, vernizes, esmaltes, 
lacas, primers, incluindo revestimentos eletrolíticos, que escapam este campo. No 
presente trabalho nos focaremos nas tintas e vernizes. "Tinta" e "verniz" são nomes 
genéricos para camadas externas que secam por evaporação ou pela ação de um solvente. 
 
2.1.1. TINTAS 
 
Tinta pode ser definida é um material que se apresenta na forma líquida e que, quando 
aplicado, com ou sem diluição, sobre uma superfície, deve resultar em filme sólido, 
contínuo, uniforme e aderente após a secagem/cura, sem pegajosidade ao toque e com as 
características ou aptidão para uso com que foi projetado. 
Ou seja, qualquer material de revestimento, de consistência líquida ou pastosa, pronto a 
cobrir, proteger e colorir uma superfície. 
Segundo o seu uso podem ser: Brilhantes ou foscos; Coloridas ou incolores; Bem como 
apresentar resistência a determinados tipos de agentes agressivos. 
Os componentes da pintura variam muito dependendo do tipo de acabamento requerido e 
as condições de aplicação e secagem. A tinta é um composto químico formado por uma 
dispersão de pigmentos numa solução ou emulsão de um ou mais polímeros, que, ao ser 
aplicado na forma de uma película fina sobre uma superfície, se transforma num 
revestimento sólido e aderente. A composição genérica de uma tinta é a seguinte, embora 
alguns tipos pode não conter todos os ingredientes: 
 
1. Pigmentos (pó colorido): são partículas (pó) sólidas e insolúveis, que podem ser 
divididos em dois grandes grupos: ativos e inertes. Os pigmentos ativos conferem 
cor e poder de cobertura à tinta, enquanto os inertes (ou cargas) se encarregam de 
proporcionar lixabilidade, dureza, consistência e outras características. 
 
São substâncias sólidas, insolúveis, orgânicas ou inorgânicas, e que dão ao filme 
seco as propriedades de cor, cobertura, resistência aos agentes químicos e à 
corrosão. 
 
Em geral, devem seropacos, a fim de que tenham um bom poder de cobertura, e 
quimicamente inertes, a fim de que tenham estabilidade e uma vida longa. Devem 
ser atóxicos ou pelo menos ter uma toxidez muito baixa, serem molháveis pelos 
constituintes formadores de película. 
 8 
Os pigmentos servem para aumentar o poder de cobertura, não oferecendo uma 
cor intensa à tinta. Para dar essa cor mais intensa é adicionado corante. 
 
Os pigmentos têm o poder de reduzir o brilho e os reflexos da tinta. A partir do 
emprego de pigmentos com tamanhos e formatos diversos e em maiores 
quantidades obtém-se diferentes níveis de brilho. 
 
Os químicos que produzem as tintas usam um índice chamado CVP (concentração 
do volume de pigmento) para indicar a taxa de pigmento em relação ao ligante na 
formulação de uma tinta. 
 
2. Ligantes, resinas, polímeros ou veículo (em alguns casos): são produtos cuja 
missão é manter as partículas unidas sólidos, pigmentos e cargas, uma vez que a 
tinta esteja seca. 
 
• Os polímeros fornecem a tinta as propriedades que definem os diferentes 
tipos de produto de acordo com sua resistência química, dureza, 
elasticidade, adesão, viscosidade, secagem, etc. Poderia ser acrílico, vinil, 
poliéster, poliuretano, epóxi, etc. Também óleos vegetais e animais que no 
processo de secagem por oxidação formam um filme seco e uniforme. 
 
• As resinas são os formadores de películas que podem ser sintéticos ou 
naturais. A resina é o veículo responsável por fornecer brilho e pelas 
propriedades físicas, entre elas a impermeabilidade da tinta após a 
secagem. 
 
As resinas sintéticas são aquelas produzidas artificialmente, como por 
exemplo, as resinas alquídicas, acrílicas, poliéster, celulósicas, epóxi, 
PVA, poliacrílicos puros, copolímeros acrilo-estireno, vinil acrílico entre 
outras. As resinas naturais são aquelas encontradas na natureza, em geral 
em árvores coníferas. Temos como exemplo, o pinho de onde é extraída a 
resina de pinho, e a goma-laca extraída de ramos e galhos de algumas 
árvores, geralmente encontradas na Índia. 
 
• Os veículos que são também as resinas são a parte líquida das tintas, onde 
a pigmentação está dispersa. Temos alguns tipos de veículos listados a 
seguir: 
 
➢ Veículo não-volátil - VNV: Este veículo é constituído 
pelas resinas que formam a sua parte sólida. É o responsável 
pela formação da película, aglutinando pigmentos e 
impermeabilizando superfícies. 
➢ Veículo Conversível - VC: Este é o veículo onde a 
formação de película ocorre com transformações físico-
químicas na estrutura. 
 9 
➢ Veículo Inconversível - VI: Este é o veículo onde a 
formação da película dá-se apenas pela evaporação de 
solventes, sem modificação estrutural. 
➢ Veículo Volátil – VV: Este veículo é responsável pela 
solubilização e abaixamento de viscosidade dos VNV, pelo 
controle da velocidade de polimerização e facilitador da 
aplicação. 
 
3. Cargas, extensores ou fillers: são, em geral, de natureza inorgânica, fornecem 
corpo, matéria sólida, e dão estrutura, viscosidade e reologia à tinta. Também 
fornecem espessura de camada, opacidade, propriedades anticorrosivas, etc. 
cargas são opacos quando secos, mas translúcidos quando molhados. 
 
As cargas aportam matéria sólida para a tinta, enquanto os extensores melhoram 
o desempenho do pigmentos de cobertura. Também é necessário indicar que 
dependendo da carga utilizada vai variar a viscosidade, reologia, brilho e outras 
características do produto final. 
 
4. Solventes: são adicionados à tinta para torná-la mais fluida. Os solventes são 
utilizados em diversas fases de fabricação das tintas, ou seja, para facilitar o 
empastamento dos pigmentos, regular à viscosidade da pasta de moagem, facilitar 
a fluidez dos veículos e das tintas prontas na fase de enlatamento. Na obra 
empregam-se solventes para melhorar a aplicabilidade da tinta, alastramento, etc. 
 
Exemplos de solventes: nafta, alifáticos, água, aguarrás, álcoois, acetonas, xilol 
entre outros. 
 
Algumas tintas são classificadas de acordo com o solvente. 
 
- As tintas de látex, por exemplo, são diluídas com água e são chamadas tintas à 
base de água. 
 
- Tintas insolúveis em água ou a base de solvente requerem solventes orgânicos, 
como subprodutos de petróleo. Essas tintas são denominadas tintas à base de 
solvente. 
 
5. Aditivos: são geralmente, produtos químicos sofisticados, com alto grau de 
eficiência, capazes de modificar, significativamente, as propriedades da tinta. Os 
aditivos mais comuns são os secantes, molhados, antiespumantes, plastificantes, 
dispersantes, engrossantes, bactericidas, e outros. 
 
2.1.2. VERNIZES 
 
Um verniz é uma solução ou dispersão sem pigmento, de resinas sintéticas e/ou naturais 
em óleos ou em outros meios dispersores, usado como revestimento protetor e/ou 
 10 
decorativo de diversas superfícies e que seca por evaporação, oxidação e polimerização 
de partes dos seus constituintes. 
Não tendo pigmentos, os vernizes são menos resistentes à luz que as tintas, os esmaltes e 
as lacas pigmentadas. Formam, entretanto, uma película transparente, que acentua a 
textura da superfície revestida. 
Os vernizes são frequentemente óleos-resinosos. Os vernizes a óleo são soluções de uma 
ou mais de uma resina natural ou sintética num óleo secativo e num solvente volátil. O 
óleo reduz a fragilidade natural da película de resina pura. Os vernizes a óleo são soluções 
de resinas, mas o solvente é inteiramente volátil e não forma película. Tinham 
antigamente, uma importância fundamental, mas foram substituídos, em grande parte, 
pelos vernizes à base alquídica ou de uretanas, em virtude da maior durabilidade, do 
menor amarelecimento e da facilidade de aplicação e da beleza dos novos produtos. 
Existem duas classes menores, os vernizes a álcool e o charão (laca japonesa). 
Os vernizes a álcool são soluções de resinas em solventes voláteis – metanol, etanol e 
hidrocarbonetos. Os vernizes a álcool são os que secam com maior rapidez, mas tendem 
a ser quebradiços, e com o tempo, podem descascar, a menos que se adicione 
plastificantes. A preparação destes produtos envolve a agitação vigorosa e, em alguns 
casos, o aquecimento, para ser atingia solubilização desejada. Um exemplo importante de 
verniz a álcool é a goma-laca, uma solução de goma-laca em metanol ou em álcool etílico. 
Os charões raramente são usados. São vernizes opacos, a que se adicionam asfalto ou um 
material semelhante, a fim de que se adquira cor e lustre. 
 
Resinas utilizadas nos vernizes 
A goma-laca é uma importante resina proveniente da fêmea de um inseto (Coccus lacca) 
que excreta um exsudato ao se alimentar em certas árvores da Índia. Esse exsudato 
recobre os ramos do vegetal e fornece a goma-laca em barras. Esta goma é coletada e 
purificada até a goma comercial. 
As resinas fenólicas são muito resistentes à água e a diversas substâncias químicas. Para 
que estes materiais sejam solúveis nos óleos e nos solventes de uso comum na indústria 
dos vernizes, é necessário modificá-los, o que pode ser feito, seja pela adição de materiais 
mais moles, como o éster de colofonia, seja pelo controle da reação mediante a escolha 
de um fenol parassubstituído, com o que a reação é suspensa antes de se formar no produto 
final infusível e insolúvel. 
As resinas alquídicas são formadas pela condensação de ácidos dicarboxílicos com 
álcoois poliídricos e modificadas com ácidos graxos, para melhorar a solubilidade. Como 
constituintes de vernizes ou de esmaltes, apresentam beleza e flexibilidade características, 
que têm acentuada permanência na exposição prolongada ao tempo. As propriedades das 
formulações alquídicas podem ser modificadas pelo uso de ácidos graxos ou de óleos 
secativos e não secativos, ou pelo uso do pentaeritritol com a glicerina, pelo uso de 
anidridos dibásicos entre outros, com todas as parcelas de anidrido ftálico, e pelamodificação com outras resinas (fenólicas e de pinho). Por isso, encontram aplicações 
 11 
extremamente diversificadas em várias formulações de tintas. Em grande parte, 
substituíram os vernizes a óleo. 
O Verniz é um produto indicado para realçar e enobrecer as superfícies de diversos tipos 
de madeira. Sua variedade de cores e de acabamentos (fosco ou brilhante) permite 
combinações com diversos estilos de decoração, proporcionando ambientes 
diferenciados. 
O Verniz é um “acabamento de poro fechado” formador de filme, que cria uma película 
de proteção espessa e esconde os veios da madeira sob uma camada encorpada do 
produto. 
Um verniz de boa qualidade deve ter estas características: 
➢ Boa elasticidade de filme; 
➢ Boa transparência; 
➢ Filtro solar; 
➢ Aspeto Acetinado ou brilhante; 
➢ Facilidade de aplicação. 
Tintas Vs Verniz 
Tinta – material cuja finalidade é revestir uma dada superfície ou substrato para conferir 
beleza e proteção. Resina + Pigmentos = Tinta 
Verniz – consiste na tinta sem pigmentos. Resina Diluída = Verniz 
Por ter pigmentos a tinta cobre o substrato, enquanto o verniz deixa transparente. 
 
2.2. PROCESSO DE FABRICO 
 
O processo de fabrico das tintas de base solvente e de base aquosa é idêntico, apenas 
diferindo no facto de nas tintas de emulsão a mistura e a dispersão podem ser feitas em 
simultâneo enquanto nas tintas de base solvente correspondem sempre a duas operações 
independentes. Assim, os seis passos básicos que envolvem a produção de tintas e 
vernizes são: 
1. Pesagem e doseamento das matérias-primas de acordo com a composição a 
produzir. Esta operação pode ser feita manual ou automaticamente; 
2. Mistura das resinas, diluentes, aditivos e, posteriormente, pigmentos. Neste 
processo os vários constituintes transformam-se numa pasta; 
3. Dispersão é o processo de separação dos aglomerados de partículas de pigmentos 
e de cargas, formados durante a mistura das partículas com o veículo (solvente 
orgânico ou água), em partículas primárias. Embora alguns pigmentos e cargas se 
dispersem facilmente em agitadores de alta velocidade, outros há que requerem a 
incorporação de aditivos. 
4. Diluição e afinação da cor; 
 12 
5. Filtração. Normalmente no produto existem partículas gelatinosas (peles) ou 
outras partículas indesejadas que são removidas através de crivagem ou 
centrifugação; 
6. Enchimento, rotulagem, armazenagem e expedição. 
 
2.3. CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DAS TINTAS E VERNIZES 
 
Existe uma série de características, que são desejáveis em uma tinta, e que podem 
variar de acordo com a finalidade do produto, mas sua qualidade é dada pela análise 
de oito itens: estabilidade, cobertura, rendimento, aplicabilidade, nivelamento, 
secagem, lavabilidade e durabilidade. 
✓ Estabilidade: diz que a propriedade do produto deve se manter inalterado 
durante o seu prazo de validade, não apresentando sedimentação, coagulação, 
empedramento, separação de pigmentos, sinéreses ou formação de nata, tal 
que não possa tornar-se homogênea através de simples agitação manual. 
✓ Cobertura: é a propriedade da tinta que, ao revestir o substrato no qual foi 
aplicada, proporciona ocultar a cor da superfície em que foi aplicada e pode 
ser verificada tanto no filme húmido quanto no filme seco. Alertamos que a 
diluição interfere diretamente na cobertura, razão pela qual deve ser feita 
exatamente como indicada (o item cobertura não se aplica aos vernizes). 
✓ Rendimento: refere-se ao volume necessário para pintar uma determinada 
área. 
✓ Aplicabilidade: corresponde à facilidade de aplicação. A tinta tem de se 
espalhar facilmente, de maneira que o rolo ou a trincha deslizem suavemente 
sobre a superfície. As marcas desses instrumentos devem desaparecer logo 
após a aplicação da tinta, resultando em uma película uniforme. 
✓ Nivelamento: é a propriedade que a tinta possui de formar uma película 
uniforme sem deixar marcas de aplicação. 
✓ Secagem: processo pelo qual uma tinta líquida se converte em película sólida. 
A uma tinta não deve secar tão rápido, nem tão lento que não permita demãos 
posteriores num tempo conveniente. 
✓ Lavabilidade: é a capacidade da tinta de resistir à ciclos de lavagem ou à 
limpeza com produtos de uso domésticos, tais como detergentes, água 
sanitária e outros e resistir à abrasão provocada por uma escova, esponja ou 
outros meios sem afetar a integridade da película e sem se degradar. 
✓ Durabilidade: significa a resistência que a tinta deve ter sob a ação das 
intempéries (sol, chuva, maresia, etc.). A durabilidade de uma tinta também 
depende diretamente do tipo, da quantidade de resinas e pigmentos utilizados 
em sua formulação. É importante ressaltar que tais características variam de 
acordo com o produto. 
 
 
 13 
2.4. TIPOS DE TINTAS E VERNIZES 
 
Tipos de tintas na construção civil 
1. Tinta de fundo (primer ou selador): substância líquida, constituída por 
resinas, solventes (ou água), pigmentos e aditivos, aplicado inicialmente 
(primeira demão) sobre um substrato. 
 
Tem a função de preparar a base para receber a massa e ou a tinta de 
acabamento, diminuir e uniformizar a absorção, isolar quimicamente a tinta 
do substrato, melhorar a aderência, diminuir o consumo da tinta de 
acabamento, proteger quimicamente contra corrosão dos metais. 
 
2. Tintas látex acrílicas: tinta à base de água, com consistência de massa, é de 
fácil aplicação e secagem rápida. É indicada para exteriores e acabamentos de 
alta qualidade. Possui excelente lavabilidade e cobertura. É indicada para 
reboco, fibrocimento, gesso, superfícies com massa corrida e repintura de 
superfícies pintadas com látex. Também pode ser usada em madeiras e metais 
previamente preparados. 
 
Com este tipo de tinta pode-se produzir texturas que são obtidas através de 
instrumentos específicos como rolos, vassouras, espátulas e outros, para cada 
tipo de acabamento especificado pelo profissional especializado, que são a 
ranhura, o vassourado, etc. Mais cara que o látex. 
 
3. Tintas látex PVA (acetato de polivinila ou vinílicas): Apresentam a mesma 
propriedade que as tintas acrílicas, mas o solvente é água, e com isso gera 
economia, segurança e não polui alem de facilitar a aplicação. E recomendada 
para paredes novas, ela apresente uma boa resistência a alcalinidade e a 
umidade. 
 
4. Acrílica PVA: essa tinta é levemente superior, pois possui uma baixa 
permeabilidade quando aplicada, sua solubilidade em água é inferior, sua 
resistência aos álcalis é superior, sua durabilidade perante aos raios UV é bem 
positiva, porem, seu preço é alto. 
 
5. Superlaváveis: têm acabamento acetinado e oferecem grande resistência à 
limpeza, ideal para ambientes com intenso tráfego de pessoas ou locais onde 
há crianças. Podem ser usadas tanto em ambientes internos como externos. 
 
6. Inodoras: são produtos que, em sua maioria, perdem o odor em até três horas 
após sua aplicação. Estão disponíveis em acabamento fosco e acetinado e 
podem ser utilizados na pintura de ambientes internos e externos. 
 
7. Em ambientes externos (fachadas) - em que existe a necessidade de maior 
resistência, em função do intemperismo, devem ser usadas as tintas 
 14 
classificadas como Standard e Premium. Existem ainda tintas para aplicações 
específicas, como para utilização em banheiros ou em imóveis no litoral, que 
têm características apropriadas para esses ambientes. 
 
8. Para as madeiras (portas, janelas etc.): É sempre recomendado o uso de 
vernizes, stains, esmaltes ou tintas a óleo, que evitam rachaduras e trincas e as 
protegem de envelhecimento precoce, desbotamento e deterioração, repelindo 
a água e combatendo a formação de fungos, além de manter o ambiente 
agradável. Madeiras em áreas externas, expostas à ação do sol, chuva e 
maresia, devem receber atenção especial, com vernizes com filtro solar e 
esmaltes Premium. 
 
9. Parametais: Os produtos indicados são os esmaltes e a tinta a óleo, tanto para 
o interior quanto para o exterior dos imóveis. 
 
10. Tintas epóxi: São uma boa opção para a utilização em pisos, especialmente 
em locais de grande circulação, por apresentarem excelentes propriedades 
físicas, mecânicas e químicas (ou seja, têm excelente resistência à abrasão, 
aderência, dureza, resistência a água, agentes químicos etc.). São indicadas 
para áreas internas, pois a ação dos raios solares é danosa a essas tintas. 
Aplicada em ambientes quimicamente agressivos como o revestimento de um 
banheiro e balcões. Não são indicadas para ambientes externos por não ter 
resistência aos raios solares. 
 
11. Esmalte sintético (Alquídica): tinta à base de solventes para superfícies 
internas e externas de madeiras e metais. Proporciona ótimo acabamento e 
resistência a intempéries. Boa distribuição e ótima resistência também ao 
mofo. Aplicada em superfícies externas e internas de madeira, metais, 
alumínio e alvenaria. Seu acabamento dá a sensação de uma película formada 
sobre a superfície, por isso, não é muito adequada para uso direto sobre a 
parede, pois dependendo da aplicação podem surgir bolhas ou descascamento. 
 
12. A base de Poliuretano: a tinta a base de poliuretano possui uma boa 
resistência a maresia, a água, a corrosão e a abrasão. As tintas de poliuretano 
são recomendadas para revestimentos em ambientes agressivos de indústrias 
químicas, papel, celulose, petroquímica, açúcar e álcool, em pisos comerciais 
de muito trânsito, laboratórios, hospitais, garagens, depósitos, estruturas 
metálicas. Para pinturas externas em tanques de derivados de petróleo, 
equipamentos industriais. Indicadas para aplicação no segmento marítimo, em 
tabuleiros de pontes e viadutos. 
 
13. Borracha Clorada: a tinta de borracha clorada é usada para revestimento de 
piscinas, saunas, banheiros, interior de reservatórios d’água, tanques, e todos 
os locais onde haja umidade. O cloro presente age como bactericida evitando 
a proliferação de fungos, algas e bactérias. Suas principais aplicações são em 
ambientes marítimos e sistemas imersos, tais como: casco externo de 
 15 
embarcações; estruturas de aço e concreto submerso em água do mar e piso de 
conveses com antiderrapantes. 
 
14. Solução de Silicone (Siloxano): as tintas de silicone são indicadas para 
substratos sujeitos a temperaturas superiores a 180 ºC. Em pintura de 
chaminés, caldeiras, tubulações quentes ou outras superfícies que trabalhem 
com temperaturas entre 180 e 550 ºC. São recomendadas também para 
superfícies de tijolo aparente, cerâmica, pastilhas não vitrificadas, concreto 
aparente, telhas e pedras, pois evita a infiltração de água. Pode ser usada em 
repinturas sobre qualquer tipo de tinta. 
Tipos de Vernizes: 
Hoje, pelo fato do verniz ser usado em diversos lugares, existem alguns tipos de verniz, 
como: 
1. Verniz para madeira que talvez seja o mais conhecido, usado para amaciar e 
alisar a madeira, proporcionando um fino acabamento. 
2. Verniz poliuretano, também à base de resinas alquídicas, aditivos e solventes 
indicados para madeiras internas e externas, é um verniz super resistente e 
durável. 
3. Verniz para concreto, é usado para dar acabamento no concreto, deixando o 
mesmo aparente ou com cor. 
4. Verniz acrílico, muitas vezes queremos envernizar uma peça de artesanato e 
ficamos na dúvida de qual verniz usar. Podemos usar verniz acrílico a base de 
água ou verniz a base de solvente. 
5. Verniz tingidor é um verniz utilizado para dar cor a madeira, ou melhor 
dizendo; podemos pegar uma madeira clara e tingir com verniz escuro. 
6. Verniz para deck de piscina, tem de ser usado um verniz de alta durabilidade e 
resistência, pois o mesmo pegará chuva e sol 365 dias por ano. 
7. Verniz filtro solar: à base de resinas alquídicas, aditivos e solventes, indicado 
para pintura de superfícies internas e externas de madeira; 
8. Verniz copal: também à base de resinas alquídicas, aditivos e solventes, 
indicado para interiores; 
9. Selador para madeiras: à base de resina nitrocelulose, aditivos e solventes, 
para preparação das madeiras internas. 
Tempo de cura das tintas 
TIPO DE BASE TIPO DE TINTA INTERVALO MÍNIMO 
 
 
Concreto, Alvenaria, 
Argamassas 
PVA ou Acrílica 30 Dias 
Cimento ou Cal 1 Semana 
Esmaltes ou Vernizes 60 Dias 
Epóxi ou Borracha 
Clorada 
Base Seca 
(Avaliar) 
Argamassas de Cal PVA ou Acrílica 60 Dias 
Madeira Esmaltes ou Vernizes Base Seca 
(Avaliar) 
 
 16 
2.5. APLICAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
Usamos a tinta para produzir arte, para pintar frascos utilizados para perfumes, 
maquiagens, entre outros. 
Na indústria usamos para pintar estruturas metálicas, produção de automóveis, aviões, 
equipamentos, tubulações, produtos eletroeletrônicos, como proteção anticorrosiva etc. 
Na construção civil usamos para pintar madeira, em superfícies interiores e exteriores 
expostas às condições meteorológicas e a tinta ajuda a evitar a absorção da água, sujeiras, 
o desenvolvimento de mofo entre outros. 
A proteção da base: No caso de corrosão metálica, esse tipo de tinta é usado para proteger 
as estruturas da corrosão de agentes químicos ou atmosféricos, prolongado a durabilidade 
do material e minimizando os prejuízos e custo. Esse tipo de tinta é chamada de 
anticorrosiva e é usada em estruturas metálicas como maquinários, portões. 
Proteção do interior de Edificações: Esse tipo de tinta tende a proteger a estrutura de 
determinas condições térmicas, ela é usada como um isolando fazendo com que o frio ou 
o calor não atinja a região oposta da aplicação. É bastante utilizado na impermeabilização 
de lajes, galpões, depósitos, granjas, etc. 
Higiene: Utilizadas em lugares que precisam estar a todo o momento limpo, esse tipo de 
tinta tem sua estrutura mais fixa fazendo com que não haja a fixação de sujeiras e com 
isso bactérias, e utilizada em hospitais, frigoríficos e etc. 
É comum ver a aplicação de vernizes em objetos de madeira, trazendo brilho para a 
superfície, durabilidade e uma alteração de cor típica desse tipo de material. No mercado 
é possível encontrar vernizes foscos, que não dão brilhos para os objetos; vernizes 
brilhantes, que criam uma película de alto brilho no material que está sendo aplicado; e o 
acetinado, que apresenta um meio termo, dando um brilho discreto na superfície. 
Alvenaria e madeira - Por que pintar ? 
Sobre Alvenaria: As tintas evitam o esfarelamento do material e a absorção da água da 
chuva e de sujeira, impedem o desenvolvimento de mofo, distribuem luz e têm grande 
participação na decoração de ambientes ao acrescentar cor, textura e brilho. 
Sobre madeira: Além de contribuir para o efeito decorativo, a pintura é a solução para o 
problema de absorção de água e humidade, que geram rachaduras e o apodrecimento do 
material. 
Metal e PVC – Por que pintar? 
Sobre o metal não ferroso: Recomenda-se o emprego da pintura para prolongar a vida 
dos sistemas de galvanização do alumínio. 
Sobre o metal ferroso: A tinta é a solução mais económica que conhece até hoje para 
combater a corrosão. 
 17 
Sobre o PVC: Neste tipo de superfície a pintura não tem finalidade específica de 
proteção, mas sim de decoração ou sinalização de gases ou líquidos específicos, visando 
oferecer maior segurança aos laboratórios, prédios, empresas, etc. 
 
Pintura Usuais – Cuidados a ter 
Pintura sobre Reboco: Este deve estar completamente curado, o que demora cerca de 
28 dias. Caso contrário, a tinta poderá descascar, porque a impermeabilidade de tinta 
dificultará a saída da humidade e as trocas gasosas necessárias a carbonatação (cura) do 
reboco, sem a qual este tende a esfarelar-se sob a película da tinta, causando 
descascamento. Rebocos fracos, com pouco cimento, apresentam superfícies pouco 
coesas. Dependendo das condições da parede e da qualidade dos materiais, mais demãosnecessárias. 
Pintura sobre madeiras: Na primeira pintura, deve-se lixar e eliminar farpas. Em 
seguida uma demão de branco fosco e posterior acabamento com esmalte sintético. Para 
acabamento em verniz utiliza-se inicialmente o selador para madeira, seguido de 2 ou 
mais demãos do verniz. Para nivelar as superfícies, utiliza-se massa à óleo antes do 
esmalte, em pelo menos, 2 demãos, lixadas, acabamento que se recebe o nome de 
laqueação. 
Pintura sobre o Ferro: Superfícies novas, sem indícios de ferrugem, devem receber uma 
demão de fundo óxido de ferro, seguida das demãos de acabamento em esmalte. Se já 
houver ferrugem, removê-la com lixa ou escova de aço, aplicar uma ou duas mãos de 
zarcão ou cromato de zinco antes da pintura final. Se desejar-se nivelar a superfície ,usa-
se massa plástica, lixada. Também para eliminar ferrugem, pode-se fazer uso do PCF ( 
Produto Convertedor de Ferrugens), seguido da pintura. 
 
2.6. PRINCIPAIS DEFEITOS DA PINTURA E SUAS SOLUÇÕES 
 
➢ Descascamento - é quando a tinta começa a se soltar da superfície, em geral 
ocorre por falta de aderência em superfícies que receberam pintura sobre partes 
soltas, reboco não curado, superfícies com brilho ou com infiltração de humidade. 
 
Causa 1: A aderência da tinta sobre a superfície pulverulenta não é boa, 
ocasionando o descascamento. Solução 1: Raspar ou escovar a superfície até a 
remoção total das partes soltas ou mal aderidas; Aplicar uma ou duas demãos de 
Fundo Preparador de Paredes, Repintar. 
Causa 2: A superfície, como madeira ou metal, apresenta um acabamento liso ou 
com brilho, prejudicando assim a aderência. Solução 2: Raspar, lixar até remoção 
completa do brilho e das partes soltas. Certificar-se de que a superfície está 
porosa; Remover o pó; Repintar. 
 
 18 
Causa 3: A superfície apresentou infiltração de humidade, originando o 
descascamento. Solução 3: Encontrar a origem da umidade e proceder com a 
solução. Repintar. 
 
➢ Eflorescência: É caracterizada pelo aparecimento de manchas esbranquiçadas na 
superfície pintada. Obs: Dependendo da cor, a mancha pode apresentar outra 
coloração. 
Causa: Acontece quando a tinta foi aplicada sobre reboco húmido ou devido à 
infiltração. Isso ocorre devido à migração de umidade do interior para o exterior, 
carregando consigo sais solúveis. Enquanto a umidade ou os sais solúveis não 
tiverem sido totalmente eliminados, a situação persistirá. Solução: Eliminar 
eventuais infiltrações; Aguardar a secagem da superfície; Raspar a superfície 
afetada; Aplicar uma demão. 
 
➢ Manchas de pingo de chuvas: São manchas que aparecem na superfície recém 
pintada, devido a pingos de chuva ou água em pontos isolados. Também podem 
ocorrer em superfícies recém pintadas expostas a baixa temperatura. É mais 
comum ocorrer em cores intensas e acabamento fosco. 
 
➢ Bolhas: São pontos na pintura que se levantam em formato de bolhas. Podem ser 
muito pequenos (micro) ou maiores. Normalmente, aparecem em pontos isolados 
e tem sua causa bem evidente. 
 
Causa 1: Podem ocorrer quando for aplicada massa corrida PVA em exteriores, 
pois o produto é indicado apenas para superfícies internas. Solução 1: Remover, 
por meio de raspagem, toda a massa corrida PVA. Aplicar Fundo Preparador de 
Paredes. Aplicar Massa Acrílica. 
 
Causa 2: Ocorre quando o pó não foi eliminado após lixamento da massa PVA 
ou quando a tinta não foi devidamente diluída. Solução 2: Lixar e raspar as partes 
soltas; Eliminar o pó; Diluir a tinta na proporção indicada na embalagem e 
repintar. 
 
Causa 3: A parede apresentou infiltração e/ou umidade que ocorrem em rodapés, 
parede de divisa, muros encostados em barrancos, etc. Solução 3: Encontrar a 
origem da umidade e proceder com a solução. Repintar. 
 
➢ Mofo, bolor e fungos: São manchas que aparecem na superfícies, devido à 
proliferação de micro organismos que se desenvolvem em condições ambientais 
e superficiais favoráveis. São diferentes das algas, pois não necessitam de luz para 
sobreviver. 
 
Causa: Mofo, bolor e fungos constituem- se num grupo de seres vivos vegetais, 
que se proliferam em condições favoráveis, principalmente em climas quentes e 
húmidos, mal ventilados ou mal iluminados, produzindo o escurecimento da 
película da tinta e decompondo-a. Solução: Lavar a superfície com uma solução 
de água sanitária na proporção de 1:1, molhando constantemente a superfície com 
 19 
a solução durante um período de 6 horas. Enxaguar a superfície com água em 
abundância. Deixar secar. Repintura. 
 
➢ Enrugamento: Normalmente, ocorre após a aplicação de esmalte ou verniz de 
base alquídica. Certos pontos da pintura ficam com aspeto enrugado. Em alguns 
casos, a secagem desses pontos é retardada e existe uma perda de brilho. 
Causa: Ocorre quando são aplicadas demãos de tinta espessa, aplicação sobre a 
superfície ou em ambientes com temperatura excessivamente quente ou diluição 
de esmalte ou verniz de base alquídica com thinner ou solvente não recomendado 
pelo fabricante. Outra razão pode ser não respeitar o intervalo entre as demãos. 
Solução: Remover toda a tinta com auxílio de removedor ; Limpar bem a 
superfície com pano embebido em aguarrás, certificar-se da total remoção do 
removedor da superfície. Aplicar o sistema de pintura seguindo todas as 
recomendações do fabricante, inclusive utilizando o solvente recomendado e 
respeitando o intervalo entre demãos. 
 
➢ Escorrimento: Escorrimento da tinta logo após ser aplicada. 
Causa: Diluição excessiva e utilização de solventes não especificados, aplicação 
de uma camada muito espessa ou sob condições de frio ou humidade. 
Solução: Se a tinta estiver húmida, passe o rolo novamente sobre o local, a fim 
de uniformizar a superfície. Se já estiver seca, lixe a superfície e aplique uma nova 
demão de tinta, respeitando a diluição e retirando o excesso de tinta do rolo. 
 
➢ Baixa lavabilidade: É quando durante o processo de limpeza da superfície, a tinta 
se desgasta com muito facilidade. 
 
Causa 1: Devido à diluição - Se a diluição utilizada no produto for além da 
especificada na embalagem, a película formada pela tinta se torna frágil. 
Solução 1: Diluir conforme indicado na embalagem. 
 
Causa 2: Número insuficiente de demãos ou curto intervalo entre demãos : Se o 
número de demãos não for suficiente ou se o intervalo entre elas for muito curto, 
a película torna-se fraca, saindo com facilidade na limpeza. 
Solução 2: Aplicação de uma demão geral, respeitando o intervalo e diluição 
indicados na embalagem 
 
➢ Diferença de tonalidade: É quando uma mesma cor apresenta tonalidades 
diferentes durante a aplicação do produto na superfície. 
Causa: Devido à absorção : Parede com absorção diferente pode causar diferença 
de tonalidade e manchas. 
Solução: Aplicação de nova demão geral até uniformizar a absorção e tonalidade. 
 
➢ Baixa Cobertura: É quando se aplica várias demãos de tinta e a pintura anterior 
ou fundo ainda pode ser visto, dando um aspecto manchado. 
Causa 1: Excesso de diluição. Uma das causas mais comuns é a diluição 
excessiva, ou seja, quando se adiciona uma quantidade de diluente bem maior que 
a recomendada pelo fabricante. 
 20 
Solução 1: Não diluir em excesso; Sempre respeitar as informações e aplicar o 
produto de acordo com as instruções contidas nas embalagens. 
 
Causa 2: Devido ao Tipo de Superfície: Superfícies muito absorventes (reboco 
novo, massa corrida, gesso). 
Solução 2: Se o produto já foi aplicado, serão necessárias mais demãos, se ainda 
não foi aplicado, aplicar previamente o fundo para a superfície, conforme indicado 
na embalagem. 
 
➢ Desagregamento: É o esfarelamento que ocorre quando a tinta foi aplicada sobre 
reboco não totalmente curado. 
 
➢ Saponificação: São manchas com aspeto pegajoso podendo até ocorrer óleo. 
Causada pela alcalinidade natural da cal e do cimento do reboco que, na presença 
da humidade reagecom acidez característica de alguns tipos de resina. 
 
➢ Fissuras: Normalmente ocorre pelo tempo insuficiente de hidratação da cal antes 
da aplicação do reboco ou camada muito grossa do reboco ou ainda, excesso de 
cimento na mistura, com a consequente retração. 
 
➢ Defeitos em Pintura sobre Madeira: Ocorrem pelo retardamento da secagem ou 
sua desuniformidade, em vista da combinação das resinas da tinta com as da 
madeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
CAPÍTULO II – TINTAS E VERNIZES EM ANGOLA 
3.1. EMPRESAS PRODUTORAS 
 
CIN ANGOLA 
É uma empresa angolana criada pela CIN em 1970 com sede em Benguela onde se situa 
a fábrica e um centro de distribuição. Dispõe ainda de escritórios e de um centro de 
distribuição em Luanda. Atua nos segmentos de mercado Construção Civil, Proteção 
Anticorrosiva e Indústria. 
No mercado angolano, a Tintas CIN está focada na pintura em construção civil, 
acabamentos industriais e proteção anticorrosiva. A empresa encontra-se implantada em 
Angola desde 1971, com uma unidade fabril localizada no centro litoral do país, 
propriamente na província de Benguela, onde ocupa uma área de 11.000 metros 
quadrados. A opção por Benguela opção explicasse pela sua centralidade em relação aos 
maiores centros populacionais: Luanda, Huambo e Huíla. 
Com produção de 15.000 toneladas por ano, capacidade que pretende duplicar, a fábrica 
está equipada com as máquinas e aparelhos necessários à produção e controlo de 
qualidade de uma grande variedade de produtos para a pintura, proteção e decoração nas 
várias áreas. 
Todas as lojas possuem máquinas tinto métricas (afinação de cores) que trabalham não 
somente com tintas e esmaltes para construção civil como também trabalham com 
produtos especiais para a indústria, anticorrosivos e revestimentos para pavimentos em 
betão. 
 
TOPTECH 
As TINTAS TOPTECH Lda. são uma empresa 100% angolana, na área da indústria 
Química, que se dedica à produção e comercialização de Tintas Vernizes e diluentes 
destinados aos mercados da decoração, Indústria Metalomecânica/Metalomecânica 
pesada e indústria da Carpintaria. Opera no mercado angolano há mais de 20 anos. 
 
BARBOT ANGOLA 
A Barbot Angola dedica-se à produção de tintas e vernizes para a Construção Civil e 
Indústria, atuando sobretudo no mercado angolano. A Barbot entrou no mercado 
angolano com a abertura em 2008 de uma nova unidade de produção. A marca conquistou 
assim um novo destino no seu mapa de internacionalizações e uma nova unidade fabril, 
desta vez localizada em Luanda, que tem hoje uma área de cerca de 1.800m² e uma 
capacidade de produção de 12.000 toneladas/ano. 
 
 
 22 
CONCLUSÃO 
 
Os produtos das indústrias de materiais de recobrimento superficial são indispensáveis 
para a preservação de todos os tipos de estruturas arquitetónicas, inclusive fábricas. A 
madeira e o metal não recobertos são particularmente suscetíveis à deterioração, 
principalmente nas cidades onde a fuligem e o dióxido de enxofre aceleram a ação 
deteriorante. Além do efeito protetor, as tintas, os vernizes tornam mais atraentes os 
artigos manufaturados e realçam o aspecto estético de um conjunto de casas e dos seus 
interiores. Com isso, conclui-se que utilidade e aspecto artístico caminham lado a lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
https://www.zemoleza.com.br/trabalho-academico/outras/colegial/tintas-e-vernizes/ 
https://oa.upm.es/39501/1/Pinturas_barnices_y_afines_2020.pdf 
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/quimica/industria-tintas-vernizes.htm 
https://www.skil.es/instrucciones-paso-a-paso/diferentes-tipos-de-pintura-y-barniz.html 
https://pt.slideshare.net/EloNeto/tintas-e-vernizes-79325754 
https://slideplayer.com.br/slide/14281547/ 
https://slideplayer.com.br/slide/17999061/ 
https://tintasepintura.pt/o-que-e-uma-tinta/ 
https://www.linkedin.com/pulse/o-que-%C3%A9-tinta-danilo-pereira-
paula/?trk=articles_directory&originalSubdomain=pt 
 
 
 
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https://www.linkedin.com/pulse/o-que-%C3%A9-tinta-danilo-pereira-paula/?trk=articles_directory&originalSubdomain=pt

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